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Treinamento e Desenvolvimento

Pedro Zany Caldeira
Roteiro
• Definições
• Tipos de treinamento
– Conceptual
– Comportamental
– Experiencial

• Desenvolvimento de competências
– Conhecimentos
– Habilidades
– Atitudes

• Ciclo de treinamento: modelo de Salas e Stagl
Definições [Winterton, 2007)
Treinamento
Ação que visa que os trabalhadores
desenvolvam ou mantenham as competências
exigidas para desempenharem eficientemente
as suas funções.
O treinamento visa a formação continuada ao
longo de toda a carreira dos trabalhadores.
Definições [Winterton, 2007)
Desenvolvimento
Ação que visa mais o indivíduo que a ocupação e
diz respeito ao crescimento pessoal de longo
termo e às movimentações na carreira.
O desenvolvimento envolve um conjunto mais
alargado de atividades com finalidades menos
específicas que o treino.
Definições [Winterton, 2007)
Competência
A competência é a habilidade ou capacidade de
desempenhar as tarefas laborais a um
determinado padrão. O oposto de competente é
“ainda não é competente”, o que implica espaço
para aprendizagem e desenvolvimento para
alcançar o padrão previsto.
Incompetente não possui a mesma associação e
em geral é usado de forma perjurativa.
Tipos de treinamento
• Treinamento
– Conceptual: visa a aprendizagem da informação
necessária para desempenhar uma tarefa ou função
– Comportamental: visa a aprendizagem do
comportamento adequado para desenvolver uma
tarefa ou função (simulações, role-playings...)
– Experiencial: promove vivências intensas e
memoráveis, que aumentam os níveis de
desempenho, potenciando o envolvimento, a
motivação e o compromisso (formação Outdoor – que
é determinante para a construção ou manutenção de
equipas de rendimento elevado)

Saber

Saber-fazer

Saber-ser ou saber-estar
Desenvolvimento de competências
• Desenvolvimento
– Conhecimentos: visa a aprendizagem da
informação de nível mais complexo e elevado, de
modo a auxiliar os trabalhadores a pensarem de
modo mais amplo e global
– Habilidades: visa a aprendizagem de habilidades
de maior complexidade e importância
organizacional
– Atitudes: visa a mudança de atitudes face ao
trabalho e às pessoas (clientes internos e
externos)
Treino num mundo complexo
Os gestores investem muito em treinamento
porque sabem que é uma ferramenta poderosa
para estruturar e orientar experiências que
facilita a aquisição pelos trabalhadores de
aprendizagens afetivas, comportamentais e
cognitivas.
No entanto...
Treino num mundo complexo [cont.]
... é difícil saber quais são as verdadeiras
necessidades de treinamento e
desenvolvimento numa organização e, por isso,
calcula-se que apenas 10% do investimento em
treinamento seja transferido para o posto de
trabalho (Georgeson, 1982 apud Salas e Stagl,
2009) e 5% das soluções de treinamento sejam
avaliadas ao nível dos benefícios para a
organização (Swanson, 2001 apud Salas e Stagl,
2009).
Daí...
... a necessidade de se usar uma metodologia que
contemple:
• a análise das necessidades individuais e
organizacionais de treinamento e
desenvolvimento
• a estruturação de conteúdos, materiais e
vivências para que essas necessidades sejam
colmatas
• a implantação do treinamento
• e a sua respectiva avaliação.
Modelo de Salas-Stagl
• Análise das necessidades de treinamento e
desenvolvimento
– Ser minucioso:
• quanto às características da organização
• quanto à articulação dos benefícios do treinamento
para indivíduos, equipas e unidades de ordem superior
• ao associar soluções a resultados organizacionais
específicos
• ao considerar o impacto nos fatores relacionados com o
desempenho (satisfação, reputação e capital social)
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Análise das necessidades de treinamento e
desenvolvimento
– Definir exigências de desempenho:
• usar metodologias já testadas para fazer o
levantamento das teorias de desempenho mais
relevantes para orientar a especificação de critérios
• usar inventários de tarefas, análise de tarefas cognitivas
e entrevistas de incidentes críticos para perceber quais
os fatores críticos com que o treinamento deve lidar
• mapear a mudança de desempenho novato para perito
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Análise das necessidades de treinamento e
desenvolvimento
– Definir os estados cognitivos e afetivos:
• enquadrar os estados cognitivos (modelos mentais,
consciência da situação) e afetivos (auto-aficácia)
individuais
• descrever os tipos de modelos mentais (equipamento,
tarefa, equipe) que serão alvo de desenvolvimento
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Análise das necessidades de treinamento e
desenvolvimento
– Definir os atributos CHA:
• descrever o conhecimento declarativo, processual e
estratégico aplicado nos processos de desempenho de
tarefas / funções
• descrever as atitudes que podem ser alteradas num
processo de aprendizagem
• identificar exigências de competência de curto, médio e
longo termo para formas alternativas de desempenhar
as tarefas / funções
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Análise das necessidades de treinamento e
desenvolvimento
– Delinear os objetivos de aprendizagem:
• traduzir as necessidades de treinamento em objetivos
de treinamento, objetivos de aprendizagem e objetivos
de desempenho em tarefas / funções
• contextualizar as descrições das tarefas descrevendo
padrões ajustados de desempenho
• delinear objetivos de aprendizagem baseados em
afetos, cognições e comportamentos
• assegurar que os objetivos de aprendizagem são claros,
concisos e estão associados a resultados mensuráveis
de aprendizagem
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Desenvolver conteúdo do treinamento
– Desenhar a arquitetura de aprendizagem:
• desenvolver um cenário que possibilite a autoria de
conteúdos pelos formadores e pelos cursistas
• conceber um dashboard que possa ser usado para
controlar o conteúdo, a sequência e o ritmo do
treinamento
• conceber um sistema que forneça treinamento
customizado
• criar um sistema de registro dos desempenhos que
possa constituir um repositório de lições
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Desenvolver conteúdo do treinamento
– Forjar experiências de ensino:
• desenvolver um plano de gestão do ensino, manuais e
roteiros para o formador
• mapear as diferentes vias de aprendizagem que podem
ser seguidas e prever as dificuldades que os cursistas
possam ter
• construir um cronograma das atividades de
treinamento
• incluir atividades em que os cursistas possam
desenvolver conhecimento e relacionamentos por eles
próprios
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Desenvolver conteúdo do treinamento
– Forjar experiências de ensino (cont.):
• desenvolver jogos, listas de leitura e casos de estudo
ilustrativos
• incorporar obstáculos rotineiros, situações de
emergência e crises que retire os cursistas da sua zona
de conforto
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Desenvolver conteúdo do treinamento
– Desenvolver ferramentas de avaliação:
• desenvolver ferramentas que permitam avaliar as
aprendizagens e os desempenhos dos cursistas
• desenvolver mapas conceituais para esclarecer as
estruturas de conhecimento
• criar ferramentas para captar dinamicamente as teclas
digitadas pelos cursistas , suas comunicações e
movimentos oculares
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Implantar o treinamento
– Preparar o palco para a aprendizagem:
• preparar os cursistas para desenvolverem processos
meta-cognitivos e auto-regulatórios
• fornecer organizadores avançados das aprendizagens a
efetuar
• enquadrar os erros como parte do treinamento que
contribui para a aprendizagem
• alertar os cursistas para refletirem sobre os aspectos
informativos dos erros quando eles ocorrem
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Implantar o treinamento
– Fornecer uma solução mista (blended-instruction):
• usar técnicas de apresentação de informação como
leituras, exposições e discussões
• exigir que os cursistas integrem e associem vários fatos
e ações em modelos mentais coerentes
• colocar questões difíceis e estruturadas após a
apresentação de casos
• pedir aos cursistas que integrem informação e
encontrem temas comuns fornecidos em diferentes
casos
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Avaliar o treinamento
– Executar o plano de avaliação:
• compilar índices subjetivos e objetivos de avaliação dos
múltiplos critérios de treinamento
• considerar a eficácia relativa de diversas abordagens
para medir a mudança ao longo do tempo
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Avaliar o treinamento
– Estimar a aprendizagem do cursista:
• diferenciar entre reações afetivas e de utilidade
• avaliar a aprendizagem ao nível dos resultados afetivos,
comportamentais e cognitivos
• medir a retenção de curto termo logo após o
treinamento e a retenção a longo termo
• estimar a transferência ao analisar a generalização ao
contexto de trabalho e a manutenção da aprendizagem
ao longo do tempo
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Avaliar o treinamento
– Estimar a aprendizagem da equipe:
• avaliar os resultados do individuo e da unidade quando
está prevista a transferência vertical
• usar designs longitudinais na avaliação da transferência
vertical
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Avaliar o treinamento
– Estimar o impacto organizacional:
• estimar a contribuição da melhoria de desempenho
individual no desempenho organizacional
• determinar se os custos do treinamento foram
recuperados
• estimar o ROI do treinamento
• estimar a utilidade ou o impacto econômico de uma
solução de treinamento ao longo do tempo
Modelo de Salas-Stagl [cont.]
• Avaliar o treinamento
– Disseminar os resultados do treinamento:
• fornecer aos cursistas uma cópia do relatório da avaliação do
treinamento
• assegurar que a informação colhida a partir do contexto de
transferência está disponível a todas as partes interessadas
• assegurar que todas as partes interessadas têm uma
compreensão clara das implicações dos resultados da
avaliação
• implantar mudanças no processo de solução sugeridas pelos
resultados da avaliação formativa
• implantar mudanças no sistema de gestão de talentos
sugeridas pela avaliação somativa
Pedro Zany Caldeira

FIM

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Treinamento e Desenvolvimento: Modelo de Salas-Stagl

  • 2. Roteiro • Definições • Tipos de treinamento – Conceptual – Comportamental – Experiencial • Desenvolvimento de competências – Conhecimentos – Habilidades – Atitudes • Ciclo de treinamento: modelo de Salas e Stagl
  • 3. Definições [Winterton, 2007) Treinamento Ação que visa que os trabalhadores desenvolvam ou mantenham as competências exigidas para desempenharem eficientemente as suas funções. O treinamento visa a formação continuada ao longo de toda a carreira dos trabalhadores.
  • 4. Definições [Winterton, 2007) Desenvolvimento Ação que visa mais o indivíduo que a ocupação e diz respeito ao crescimento pessoal de longo termo e às movimentações na carreira. O desenvolvimento envolve um conjunto mais alargado de atividades com finalidades menos específicas que o treino.
  • 5. Definições [Winterton, 2007) Competência A competência é a habilidade ou capacidade de desempenhar as tarefas laborais a um determinado padrão. O oposto de competente é “ainda não é competente”, o que implica espaço para aprendizagem e desenvolvimento para alcançar o padrão previsto. Incompetente não possui a mesma associação e em geral é usado de forma perjurativa.
  • 6. Tipos de treinamento • Treinamento – Conceptual: visa a aprendizagem da informação necessária para desempenhar uma tarefa ou função – Comportamental: visa a aprendizagem do comportamento adequado para desenvolver uma tarefa ou função (simulações, role-playings...) – Experiencial: promove vivências intensas e memoráveis, que aumentam os níveis de desempenho, potenciando o envolvimento, a motivação e o compromisso (formação Outdoor – que é determinante para a construção ou manutenção de equipas de rendimento elevado) Saber Saber-fazer Saber-ser ou saber-estar
  • 7. Desenvolvimento de competências • Desenvolvimento – Conhecimentos: visa a aprendizagem da informação de nível mais complexo e elevado, de modo a auxiliar os trabalhadores a pensarem de modo mais amplo e global – Habilidades: visa a aprendizagem de habilidades de maior complexidade e importância organizacional – Atitudes: visa a mudança de atitudes face ao trabalho e às pessoas (clientes internos e externos)
  • 8. Treino num mundo complexo Os gestores investem muito em treinamento porque sabem que é uma ferramenta poderosa para estruturar e orientar experiências que facilita a aquisição pelos trabalhadores de aprendizagens afetivas, comportamentais e cognitivas. No entanto...
  • 9. Treino num mundo complexo [cont.] ... é difícil saber quais são as verdadeiras necessidades de treinamento e desenvolvimento numa organização e, por isso, calcula-se que apenas 10% do investimento em treinamento seja transferido para o posto de trabalho (Georgeson, 1982 apud Salas e Stagl, 2009) e 5% das soluções de treinamento sejam avaliadas ao nível dos benefícios para a organização (Swanson, 2001 apud Salas e Stagl, 2009).
  • 10. Daí... ... a necessidade de se usar uma metodologia que contemple: • a análise das necessidades individuais e organizacionais de treinamento e desenvolvimento • a estruturação de conteúdos, materiais e vivências para que essas necessidades sejam colmatas • a implantação do treinamento • e a sua respectiva avaliação.
  • 11. Modelo de Salas-Stagl • Análise das necessidades de treinamento e desenvolvimento – Ser minucioso: • quanto às características da organização • quanto à articulação dos benefícios do treinamento para indivíduos, equipas e unidades de ordem superior • ao associar soluções a resultados organizacionais específicos • ao considerar o impacto nos fatores relacionados com o desempenho (satisfação, reputação e capital social)
  • 12. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Análise das necessidades de treinamento e desenvolvimento – Definir exigências de desempenho: • usar metodologias já testadas para fazer o levantamento das teorias de desempenho mais relevantes para orientar a especificação de critérios • usar inventários de tarefas, análise de tarefas cognitivas e entrevistas de incidentes críticos para perceber quais os fatores críticos com que o treinamento deve lidar • mapear a mudança de desempenho novato para perito
  • 13. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Análise das necessidades de treinamento e desenvolvimento – Definir os estados cognitivos e afetivos: • enquadrar os estados cognitivos (modelos mentais, consciência da situação) e afetivos (auto-aficácia) individuais • descrever os tipos de modelos mentais (equipamento, tarefa, equipe) que serão alvo de desenvolvimento
  • 14. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Análise das necessidades de treinamento e desenvolvimento – Definir os atributos CHA: • descrever o conhecimento declarativo, processual e estratégico aplicado nos processos de desempenho de tarefas / funções • descrever as atitudes que podem ser alteradas num processo de aprendizagem • identificar exigências de competência de curto, médio e longo termo para formas alternativas de desempenhar as tarefas / funções
  • 15. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Análise das necessidades de treinamento e desenvolvimento – Delinear os objetivos de aprendizagem: • traduzir as necessidades de treinamento em objetivos de treinamento, objetivos de aprendizagem e objetivos de desempenho em tarefas / funções • contextualizar as descrições das tarefas descrevendo padrões ajustados de desempenho • delinear objetivos de aprendizagem baseados em afetos, cognições e comportamentos • assegurar que os objetivos de aprendizagem são claros, concisos e estão associados a resultados mensuráveis de aprendizagem
  • 16. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Desenvolver conteúdo do treinamento – Desenhar a arquitetura de aprendizagem: • desenvolver um cenário que possibilite a autoria de conteúdos pelos formadores e pelos cursistas • conceber um dashboard que possa ser usado para controlar o conteúdo, a sequência e o ritmo do treinamento • conceber um sistema que forneça treinamento customizado • criar um sistema de registro dos desempenhos que possa constituir um repositório de lições
  • 17. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Desenvolver conteúdo do treinamento – Forjar experiências de ensino: • desenvolver um plano de gestão do ensino, manuais e roteiros para o formador • mapear as diferentes vias de aprendizagem que podem ser seguidas e prever as dificuldades que os cursistas possam ter • construir um cronograma das atividades de treinamento • incluir atividades em que os cursistas possam desenvolver conhecimento e relacionamentos por eles próprios
  • 18. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Desenvolver conteúdo do treinamento – Forjar experiências de ensino (cont.): • desenvolver jogos, listas de leitura e casos de estudo ilustrativos • incorporar obstáculos rotineiros, situações de emergência e crises que retire os cursistas da sua zona de conforto
  • 19. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Desenvolver conteúdo do treinamento – Desenvolver ferramentas de avaliação: • desenvolver ferramentas que permitam avaliar as aprendizagens e os desempenhos dos cursistas • desenvolver mapas conceituais para esclarecer as estruturas de conhecimento • criar ferramentas para captar dinamicamente as teclas digitadas pelos cursistas , suas comunicações e movimentos oculares
  • 20. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Implantar o treinamento – Preparar o palco para a aprendizagem: • preparar os cursistas para desenvolverem processos meta-cognitivos e auto-regulatórios • fornecer organizadores avançados das aprendizagens a efetuar • enquadrar os erros como parte do treinamento que contribui para a aprendizagem • alertar os cursistas para refletirem sobre os aspectos informativos dos erros quando eles ocorrem
  • 21. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Implantar o treinamento – Fornecer uma solução mista (blended-instruction): • usar técnicas de apresentação de informação como leituras, exposições e discussões • exigir que os cursistas integrem e associem vários fatos e ações em modelos mentais coerentes • colocar questões difíceis e estruturadas após a apresentação de casos • pedir aos cursistas que integrem informação e encontrem temas comuns fornecidos em diferentes casos
  • 22. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Avaliar o treinamento – Executar o plano de avaliação: • compilar índices subjetivos e objetivos de avaliação dos múltiplos critérios de treinamento • considerar a eficácia relativa de diversas abordagens para medir a mudança ao longo do tempo
  • 23. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Avaliar o treinamento – Estimar a aprendizagem do cursista: • diferenciar entre reações afetivas e de utilidade • avaliar a aprendizagem ao nível dos resultados afetivos, comportamentais e cognitivos • medir a retenção de curto termo logo após o treinamento e a retenção a longo termo • estimar a transferência ao analisar a generalização ao contexto de trabalho e a manutenção da aprendizagem ao longo do tempo
  • 24. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Avaliar o treinamento – Estimar a aprendizagem da equipe: • avaliar os resultados do individuo e da unidade quando está prevista a transferência vertical • usar designs longitudinais na avaliação da transferência vertical
  • 25. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Avaliar o treinamento – Estimar o impacto organizacional: • estimar a contribuição da melhoria de desempenho individual no desempenho organizacional • determinar se os custos do treinamento foram recuperados • estimar o ROI do treinamento • estimar a utilidade ou o impacto econômico de uma solução de treinamento ao longo do tempo
  • 26. Modelo de Salas-Stagl [cont.] • Avaliar o treinamento – Disseminar os resultados do treinamento: • fornecer aos cursistas uma cópia do relatório da avaliação do treinamento • assegurar que a informação colhida a partir do contexto de transferência está disponível a todas as partes interessadas • assegurar que todas as partes interessadas têm uma compreensão clara das implicações dos resultados da avaliação • implantar mudanças no processo de solução sugeridas pelos resultados da avaliação formativa • implantar mudanças no sistema de gestão de talentos sugeridas pela avaliação somativa