O documento discute o egoísmo como o maior vício da humanidade e a causa raiz de todos os outros vícios. Ele argumenta que o egoísmo precisa ser combatido e destruído para que a humanidade possa progredir moralmente e alcançar a perfeição moral. A educação é vista como a chave para combater o egoísmo e desenvolver a caridade em seu lugar.
Albert Schweitzer foi um campeão da vida. Nascido em 1875 em Kaysersberg, no então Império Alemão, desde jovem Albert mostrou-se possuidor de múltiplos talentos, e aos trinta anos já era professor, músico, escritor, teólogo e pastor estabelecido e renomado. Foi quando resolveu retomar os estudos num campo totalmente diverso: A Medicina. Não o fez por mero capricho intelectual: Seu propósito era dedicar-se a socorrer pessoas na desassistida África.
E assim ele fez, contra tudo e contra todos, pagando os mais duros preços – durante a Primeira Grande Guerra, já em África, chegou a ser aprisionado pelos franceses, passando anos num campo de concentração. Mas, retomada a liberdade, retornou ao serviço humanitário no qual gastou-se até o fim de seus dias.
Entre um atendimento e outro em sua clínica médica em Lambaréné, na África Equatorial Francesa (atual Gabão), ele escrevia livros que impactariam os homens de seu tempo e que seguem impactando e confrontando a cada um que se lhes depara.
Suas palavras e seu abnegado exemplo de pacifista, humanitarista e pensador ético foram lampejos que iluminaram o conflagrado Século XX, e lhe valeram o Prêmio Nobel da Paz, em 1952.
Aqui, nesta breve obra, coligimos um pouco do melhor do pensamento deste gigante do bem.
Em tempos de polarização de opinões vale a pena estudar o que a doutrina espírita traz para que possamos nos portar como verdadeiros cristãos em um mundo em crise, egoísta e sem ética.
Na vida moderna, é natural que o estresse se manifeste num momento ou noutro, mas o perigo está em seu excesso, sempre pronto a se apresentar, sem que muitas vezes possamos perceber ou, pior ainda, impedir.
Sobre tal problema que afeta a tantas pessoas é que se debruça este pequenino livro. Aqui estão coligidas diversas frases que poderão lhe ajudar a perceber, compreender, conviver, enfrentar e, fundamentalmente, superar o estresse.
Ao fim deste volume, uma breve reflexão (Uma vida resistente ao estresse) lhe ajudará a conseguir o equilíbrio e a paz emocional e existencial de que todos nós tanto necessitamos.
O polivalente e desconcertante Gilbert Keith Chesterton foi muitos - escritor, poeta, crítico de arte, jornalista, teólogo... Nascido em 1874 em Londres e falecido em 1936, sua vasta obra (apenas os livros beiram os oitenta) abarca desde os clássicos de seu pensamento crítico e apologético como Ortodoxia e O Homem Eterno até ficções como O Homem que Foi Quinta Feira, além dos muitos livros de seu renomado detetive, Padre Brown. Sua obra teve considerável influência sobre nomes que vão desde C. S. Lewis até Jorge Luís Borges.
Grande polemista e observador arguto da alma humana, Chesterton construiu sua obra celebrando a vida e o mistério do Universo, demolindo argumentos relativistas e opositores de ocasião. Seu raciocínio por vezes (e este é um de seus encantos) trilha caminhos inesperados. É preciso estar atento: A ironia e o paradoxo são as constantes em muito do pensamento do autor.
Aqui, um pouco da verve, da luminosidade e da espirituosidade do gigante (1,93m) peso-pesado (130kg), que era chamado não sem razão de “o príncipe do paradoxo”.
Albert Schweitzer foi um campeão da vida. Nascido em 1875 em Kaysersberg, no então Império Alemão, desde jovem Albert mostrou-se possuidor de múltiplos talentos, e aos trinta anos já era professor, músico, escritor, teólogo e pastor estabelecido e renomado. Foi quando resolveu retomar os estudos num campo totalmente diverso: A Medicina. Não o fez por mero capricho intelectual: Seu propósito era dedicar-se a socorrer pessoas na desassistida África.
E assim ele fez, contra tudo e contra todos, pagando os mais duros preços – durante a Primeira Grande Guerra, já em África, chegou a ser aprisionado pelos franceses, passando anos num campo de concentração. Mas, retomada a liberdade, retornou ao serviço humanitário no qual gastou-se até o fim de seus dias.
Entre um atendimento e outro em sua clínica médica em Lambaréné, na África Equatorial Francesa (atual Gabão), ele escrevia livros que impactariam os homens de seu tempo e que seguem impactando e confrontando a cada um que se lhes depara.
Suas palavras e seu abnegado exemplo de pacifista, humanitarista e pensador ético foram lampejos que iluminaram o conflagrado Século XX, e lhe valeram o Prêmio Nobel da Paz, em 1952.
Aqui, nesta breve obra, coligimos um pouco do melhor do pensamento deste gigante do bem.
Em tempos de polarização de opinões vale a pena estudar o que a doutrina espírita traz para que possamos nos portar como verdadeiros cristãos em um mundo em crise, egoísta e sem ética.
Na vida moderna, é natural que o estresse se manifeste num momento ou noutro, mas o perigo está em seu excesso, sempre pronto a se apresentar, sem que muitas vezes possamos perceber ou, pior ainda, impedir.
Sobre tal problema que afeta a tantas pessoas é que se debruça este pequenino livro. Aqui estão coligidas diversas frases que poderão lhe ajudar a perceber, compreender, conviver, enfrentar e, fundamentalmente, superar o estresse.
Ao fim deste volume, uma breve reflexão (Uma vida resistente ao estresse) lhe ajudará a conseguir o equilíbrio e a paz emocional e existencial de que todos nós tanto necessitamos.
O polivalente e desconcertante Gilbert Keith Chesterton foi muitos - escritor, poeta, crítico de arte, jornalista, teólogo... Nascido em 1874 em Londres e falecido em 1936, sua vasta obra (apenas os livros beiram os oitenta) abarca desde os clássicos de seu pensamento crítico e apologético como Ortodoxia e O Homem Eterno até ficções como O Homem que Foi Quinta Feira, além dos muitos livros de seu renomado detetive, Padre Brown. Sua obra teve considerável influência sobre nomes que vão desde C. S. Lewis até Jorge Luís Borges.
Grande polemista e observador arguto da alma humana, Chesterton construiu sua obra celebrando a vida e o mistério do Universo, demolindo argumentos relativistas e opositores de ocasião. Seu raciocínio por vezes (e este é um de seus encantos) trilha caminhos inesperados. É preciso estar atento: A ironia e o paradoxo são as constantes em muito do pensamento do autor.
Aqui, um pouco da verve, da luminosidade e da espirituosidade do gigante (1,93m) peso-pesado (130kg), que era chamado não sem razão de “o príncipe do paradoxo”.
Contribuição das Casas Espíritas para a propagação dos postulados do Espiritismo e entendimento dos fenômenos das manifestações e das influencias dos espíritos em nossos pensamentos e atos. a contribuição do espiritismo para o progresso moral da humanidade .
Contribuição das Casas Espíritas para a propagação dos postulados do Espiritismo e entendimento dos fenômenos das manifestações e das influencias dos espíritos em nossos pensamentos e atos. a contribuição do espiritismo para o progresso moral da humanidade .
Este estudo fala sobre uma das potencias da alma...a vontade como alavanca propulsora pra qualquer realização no Bem. Aborda perguntas de O Livros dos Espíritos,O Pensamento de Emmanuel,Evolução em Dois Mundos entre outros.
“Assim não deve ser entre vós,
ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior,
seja vosso servo ; - e, aquele que quiser
ser o primeiro entre vós seja vosso escravo.”
(S. Mateus, capítulo XX, vv. 20 a 28.)
Este livro é uma bomba de informações sobre a relação do Vaticano e o homossexualismo, o texto base pertence ao jornalista francês Frédéric Martel na sua consagrada obra NO ARMÁRIO DO VATICANO. Neste obra, eu faço meus comentários sobre os primeiros dois capítulos do texto de Martel. As informações sobre a quantidade de altos membros do Vaticano envolvidos na pratica homossexual é de um escândalo sem precedentes na história do cristianismo. Fico imaginando a tristeza de muitos católicos ao saberem que no Vaticano em vez daqueles “homens santos” estarem orando e jejuando, estão na verdade fazendo sexo anal com seus amantes. Sodoma se instalou no Vaticano e a doutrina do celibato obrigatório canalizou muitos homens com tendencias homossexuais a optarem pelo sacerdócio católico como uma forma de camuflar suas preferencias sexuais sem despertar suspeitas na sociedade. Mas vivemos na era da informação e certas coisas não dá mais para esconder. A Igreja Católica esta diante de um dilema: ou permite a pratica aberta do homossexualismo ou expurga esta prática antibíblica do seu seio. Mas como veremos nesta série de livros, acho que os gays são maioria e já tomaram o poder no Vaticano. O próximo livro desta série é O MUNDO GAY DO VATICANO, onde continuarei comentado o resultado das investigações de Frédéric Martel. Ao final também coloco um apêndice com as revelações do arcebispo CARLOS MARIA VIGANÒ na famosa carta chamada TESTEMUNHO.
A carta do apóstolo Paulo aos Romanos é a mais completa explicação da salvação pela fé em Jesus Cristo, mesmo sem praticarmos integralmente a Lei de Deus. A obediência ao evangelho vem como consequencia da salvação e não como a causa. Mesmo que não conseguirmos ser estritamente fiel a tudo, ainda assim Jesus é o nosso salvador. Eu não estou fazendo coisas para ser salvo. Eu estou sendo salvo. Podemos dizer que a carta aos Romanos foi o estopim da grande cisão entre católicos e protestantes, porque a grande bomba teológica que Martinho Lutero estou no seio católico foi a interpretação da salvação pela fé conforme a carta aos Romanos. As 95 teses de Lutero não foram tão importantes teologicamente como foi a interpretação de Lutero sobre a doutrina da salvação exposta nesta carta. Este livro é uma pequena introdução aos temas mais sensíveis da carta aos Romanos. Os cristãos precisam olhar com mais atenção para a carta aos Romanos. Mas imagino o efeito que esta carta teve no meio judaico-cristão. Como resistiram a Paulo por sua interpretação do plano de divino de salvação. Até hoje os judeus tem mais repulsa por Paulo do que por Jesus, pois acreditam que Paulo foi o responsável pelo rompimento completo do cristianismo com o judaísmo. Paulo com a carta aos Romanos cortou o cordão umbilical que nos ligava ao judaísmo. Esta carta separou os cristãos dos judeus e depois separou os protestantes dos católicos.
Lição 9 - Resistindo à Tentação no Caminho.pptxCelso Napoleon
Lição 9 - Resistindo à Tentação no Caminho
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
Estudo da introdução à carta de Paulo aos Filipenses.
Veja o estudo completo em: https://www.esbocosermao.com/2024/06/filipenses-uma-igreja-amorosa.html
Simbologia do Galo na Maçonaria - Roberto Lico.pdf
LE Q.913 ESE cap13_item15
1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS
CAPÍTULO XII- DA PERFEIÇÃO MORAL
Egoísmo
Dubai, 15-09-2019 Por Patrícia Farias
2. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
“Acovardado e por interesse pessoal, Pilatos manda vestir-lhe a tunica
do condenado, e, lavando as mãos diante da multidão, exclama: Eu sou
inocente do sangue deste justo, e, lavrando a sua sentença, entrega-o a
sanha dos soldados.” - Jesus perante a Cristandade - Frederico Pereira, pelo espírito
Francisco Leite de Bittencourt Sampaio
3. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
“O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra,
a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a
tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é,
pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar
suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem,
porque dela muito mais necessita cada um para vencer a si mesmo,
do que para vencer os outros.” Emmanuel – Cap. XI Amar ao Proximo
como a si mesmo – item 11 - O egoísmo
4. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
913. Dentre os vícios, qual o que se pode considerar
radical?
“Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva
todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no
fundo de todos há egoísmo. Por mais que lhes deis
combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não
atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes
destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços
para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira
chaga da sociedade. Quem quiser, desde esta vida, ir
aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o
seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser
o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a
caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.”
5. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
914. Fundando-se o egoísmo no sentimento do
interesse pessoal, bem difícil parece extirpá-lo
inteiramente do coração humano. Chegar-se-á a
consegui-lo?
“À medida que os homens se instruem acerca das
coisas espirituais, menos valor dão às coisas
materiais. Depois, necessário é que se reformem as
instituições humanas que o entretêm e excitam.
Isso depende da educação.”
6. O moço de quem falamos certamente gostava da tia e ter-se-ia revoltado se lhe tivessem
dito o contrário, contudo, sua afeição não chegava ao ponto de fatigar-se por ela. De sua
parte, não era um desígnio premeditado, mas uma repulsa instintiva, consequente de
seu egoísmo inato. A luz que ele não soube encontrar em vida, hoje lhe aparece, e ele
lamenta não ter aproveitado melhor os ensinamentos que recebeu. Orai por ele.
O egoísmo é o verme roedor da Sociedade, é mais ou menos o de cada um de vós. Em
breve eu farei uma dissertação na qual ele será encarado sob suas múltiplas nuanças;
será um espelho: olhai-o com cuidado, para ver se não percebeis num canto qualquer
um reflexo de vossa personalidade.
VOSSO GUIA ESPIRITUAL
7. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
915. Por ser inerente à espécie humana, o egoísmo
não constituirá sempre um obstáculo ao reinado
do bem absoluto na Terra?
“É exato que no egoísmo tendes o vosso maior mal, porém ele
se prende à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra e
não à Humanidade mesma. Ora, depurando-se por
encarnações sucessivas, os Espíritos se despojam do egoísmo,
como de suas outras impurezas. Não existirá na Terra nenhum
homem isento de egoísmo e praticante da caridade? Há muito
mais homens assim do que supondes. Apenas, não os
conheceis, porque a virtude foge à viva claridade do dia.
Desde que haja um, por que não haverá dez? Havendo dez,
por que não haverá mil e assim por diante?
8. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
916. Longe de diminuir, o egoísmo cresce com a
civilização, que, até, parece, o excita e mantém. Como
poderá a causa destruir o efeito?
“Quanto maior é o mal, mais hediondo se torna. Era preciso
que o egoísmo produzisse muito mal, para que compreensível
se fizesse a necessidade de extirpá-lo. Os homens, quando se
houverem despojado do egoísmo que os domina, viverão
como irmãos, sem se fazerem mal algum, auxiliando-se
reciprocamente, impelidos pelo sentimento mútuo da
solidariedade. Então, o forte será o amparo e não o opressor do
fraco e não mais serão vistos homens a quem falte o
indispensável, porque todos praticarão a lei de justiça. Esse o
reinado do bem, que os Espíritos estão incumbidos de
preparar.” (784)
9. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
917. Qual o meio de destruir-se o egoísmo?
“De todas as imperfeições humanas, o egoísmo é a mais difícil
de desenraizar-se porque deriva da influência da matéria,
influência de que o homem, ainda muito próximo de sua
origem, não pôde libertar-se e para cujo entretenimento tudo
concorre: suas leis, sua organização social, sua educação.
O egoísmo se enfraquecerá à proporção que a vida moral for predominante
sobre a vida material e, sobretudo, com a compreensão, que o Espiritismo
vos faculta, do vosso estado futuro, real e não desfigurado por ficções
alegóricas. Quando, bem compreendido, se houver identificado com os
costumes e as crenças, o Espiritismo transformará os hábitos, os usos, as
relações sociais. O egoísmo assenta na importância da personalidade. Ora, o
Espiritismo, bem compreendido, repito, mostra as coisas de tão alto que o
sentimento da personalidade desaparece, de certo modo, diante da
imensidade. Destruindo essa importância, ou, pelo menos, reduzindo-a às
suas legítimas proporções, ele necessariamente combate o egoísmo.
10. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
“O choque, que o homem experimenta, do egoísmo dos outros é o que
muitas vezes o faz egoísta, por sentir a necessidade de colocar-se na
defensiva. Notando que os outros pensam em si próprios e não nele, ei-lo
levado a ocupar-se consigo, mais do que com os outros. Sirva de base às
instituições sociais, às relações legais de povo a povo e de homem a homem
o princípio da caridade e da fraternidade e cada um pensará menos na sua
pessoa, assim veja que outros nela pensam. Todos experimentarão a
influência moralizadora do exemplo e do contacto. Em face do atual
extravasamento de egoísmo, grande virtude é verdadeiramente necessária,
para que alguém renuncie à sua personalidade em proveito dos outros,
que, de ordinário, absolutamente lhe não agradecem. Principalmente para
os que possuem essa virtude, é que o reino dos céus se acha aberto. A esses,
sobretudo, é que está reservada a felicidade dos eleitos, pois em verdade
vos digo que, no dia da justiça, será posto de lado e sofrerá pelo abandono,
em que se há de ver, todo aquele que em si somente houver pensado.”
(785)
11. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
FRANÇOIS FÉNELON (1651-
1715)
O egoísmo é a fonte de todos
os vícios, como a caridade o é
de todas as virtudes.
Destruir um e desenvolver a
outra, tal deve ser o alvo de
todos os esforços do homem, se
quiser assegurar a sua
felicidade neste mundo, tanto
quanto no futuro.
12. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
Louváveis esforços indubitavelmente se empregam para fazer que a Humanidade
progrida. Os bons sentimentos são animados, estimulados e honrados mais do que
em qualquer outra época. Entretanto, o egoísmo, verme roedor, continua a ser a
chaga social. É um mal real, que se alastra por todo o mundo e do qual cada homem
é mais ou menos vítima. Cumpre, pois, combatê-lo, como se combate uma
enfermidade epidêmica. Para isso, deve-se proceder como procedem os médicos: ir à
origem do mal. Procurem-se em todas as partes do organismo social, da família aos
povos, da choupana ao palácio, todas as causas, todas as influências que, ostensiva
ou ocultamente, excitam, alimentam e desenvolvem o sentimento do egoísmo.
Conhecidas as causas, o remédio se apresentará por si mesmo. Só restará então
destruí-las, senão totalmente, de uma só vez, ao menos parcialmente, e o veneno
pouco a pouco será eliminado. Poderá ser longa a cura, porque numerosas são as
causas, mas não é impossível. Contudo, ela só se obterá se o mal for atacado em sua
raiz, isto é, pela educação, não por essa educação que tende a fazer homens
instruídos, mas pela que tende a fazer homens de bem.
13. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
A educação, convenientemente entendida, constitui a chave do progresso moral.
Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se
conhece a de manejar as inteligências, conseguir-se-á corrigi-los, do mesmo modo
que se aprumam plantas novas. Essa arte, porém, exige muito tato, muita
experiência e profunda observação. É grave erro pensar-se que, para exercê-la com
proveito baste o conhecimento da Ciência. Quem acompanhar, assim o filho do rico,
como o do pobre, desde o instante do nascimento, o observar todas as influências
perniciosas que sobre eles atuam, em consequência da fraqueza, da incúria e da
ignorância dos que os dirigem, observando igualmente com quanta frequência
falham os meios empregados para moralizá-los, não poderá espantar-se de encontrar
pelo mundo tantas esquisitices. Faça-se com o moral o que se faz com a inteligência
e ver-se-á que, se há naturezas refratárias, muito maior do que se
julga é o número das que apenas reclamam boa cultura, para produzir bons frutos.
(872)
14. EGOÍSMO
XII - DA PERFEIÇÃO MOR
O homem deseja ser feliz e natural é o sentimento que dá origem a esse desejo. Por
isso é que trabalha incessantemente para melhorar a sua posição na Terra, que
pesquisa as causas de seus males, para remediá-los. Quando compreender bem que
no egoísmo reside uma dessas causas, a que gera o orgulho, a ambição, a cupidez, a
inveja, o ódio, o ciúme, que a cada momento o magoam, a que perturba todas as
relações sociais, provoca as dissensões, aniquila a confiança, a que o obriga a se
manter constantemente na defensiva contra o seu vizinho, enfim a que do amigo faz
inimigo, ele compreenderá também que esse vício é incompatível com a sua
felicidade e, podemos mesmo acrescentar, com a sua própria segurança. E quanto
mais haja sofrido por efeito desse vício, mais sentirá a necessidade de combatê-lo,
como se combatem a peste, os animais nocivos e todos os outros flagelos. O seu
próprio interesse a isso o induzirá. (784)
O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade o é de todas as
virtudes. Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os
esforços do homem, se quiser assegurar a sua felicidade neste mundo, tanto
quanto no futuro.