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TECIDO
CONJUNTIVO
 Especializados em revestir e proteger todas
  as superfícies do organismo, os tecidos
  epiteliais são formados por células
  juntapostas e geralmente poliédricas. Essa
  juntaposição celular acarreta a escassez de
  substâncias intercelulares nos tecidos
  epiteliais.
 Por serem também desprovidos de vasos
 sangüíneos, os epitélios são nutridos pelo
 tecido subjacente, que é o tecido conjuntivo.
 De fato, os vasos capilares sangüíneos
 chegam somente até o tecido
 conjuntivo, onde fornecem os nutrientes
 necessários para a manutenção de vidas nas
 células. O tecido conjuntivo, por
 difusão, passa parte do material nutritivo
 para o epitélio.
 Assim , justifica-se o fato de se encontrarem
  células vivas no epitélio, embora esse tecido
  não seja vascularizado.
Membrana basal: alimentação e
suporte ao tecido epitelial
 O epitélio não se encontra apoiado diretamente
  na lâmina própia. Entre ambos existe uma
  camada acelular, constituída de proteínas e
  glicoproteínas, chamada membrana basal Essa
  membrana, permeável aos nutrientes provindo
  da lâmina própria, permite que o epitélio seja
  convenientemente alimentado, além de servi-lhe
  de suporte, promovendo sua eficiente fixação no
  tecido conjuntivo subjacente.
Tipos de tecidos epiteliais

 Além de revestir e proteger as superfícies do
  organismo, os epitélios têm ainda o papel de
  elaborar secreções. Pode-
  se, então, reconhecer dois tipos básicos de
  tecidos epiteliais: de revestimento ou
  protetores e glandulares ou secretores.
Os epitélios de revestimento

 Recobrindo as camadas mais superficiais da
  pele e "atapetando" todas as superfícies
  internas do corpo, os epitélios de
  revestimento constituem a camada limítrofe
  entre a matéria viva e o meio ambiente. Isso
  significa que qualquer substância, para entrar
  ou sair do organismo, precisa,
  necessariamente, atravessar o tecido epitelial
 . Quando uma pessoa digere determinado
  alimento, o fluxo do bolo alimentar ocorre no
  sentido boca -> faringe -> esôfago -> estômago -
  > intestino. Porém, enquanto o
  alimentopermanece dentro de qualquer um
  desses órgãos, a rigor ele se encontra fora do
  organismo. Apenas quando as partículas
  alimentares atravessam, por exemplo, o epitélio
  que reveste internamente o intestino, e passa
  para o interior dos vasos sangüíneos, podemos
  dizer que o alimento penetrou verdadeiramente
  no organismo.
 Nos vertebrados, a associação entre o epitélio e
  o tecido conjuntivo que lhe serve de
  suporte, revestindo as superfícies internas do
  organismo, constitue a pele. Quando essa
  associação revesteas cavidadesinternas que se
  comunicam com o meio externo temos as
  membranas mucosas, como a mucosa bucal, a
  gástrica, a nasal, a intestinal etc. A associação
  que reveste as cavidades internas são chamadas
  membranas serosas (que reveste o pulmão). o
  pericárdio (que reveste o coração) e o peritônio
  (que reveste os órgão abdominais).
 Nos vertebrados, a pele é constituídas por
  duas porções: a epiderme - formada por
  tecido epitelial - e derme - formada por
  tecido conjuntivo.
 Número de camadas celulares. Levando em
  conta o número de camadas que constitue o
  epitélio pode ser:
 simples - quando formado por apenas uma
  camada de células;
 estratificado - quando formado por duas ou
  várias camadas de células;
 pseudo-estratificado - quando formado por
  apenas uma camada de célula, de tamanhos
  diferentes, que conferem ao epitélio uma
  aparente estratificação; na verdade, trata-se de
  uma variação do epitélio simples.
 Formato celular. Tomando por base o formato das
    células que o compõem, o epitélio de revestimento
    pode ser:
   pavimentoso ou plano - quando as células são
    achatadas em forma de ladrilhos;
   prismático ou colunar - quando as células têm a
    forma de prismas;
   cúbico - quando as células têm a forma de um cubo;
   de transição - quando constituídos por várias
    camadas de células dotadas de grande flexibilidade e
    cujo o formato varia, conforme a distensão ou
    contração dos órgãos onde ocorre.
Tipos de epitélios          Exemplos de ocorrência no corpo humano




pavimentoso simples          revestimento interno dos vasos
                             sangüíneos, pericárdio
cúbico simples               revestimento ovariano
prismático simples           revestimento do estômago e intestino
                             revestimento da pele (epiderme), boca
pavimentoso estratificado
                             e esôfago
cúbico estratificado         conjuntiva do olho
prismático estratificado     epiglote e uretra masculina
pseudo-estratificado         revestimento da traquéia, fossas nasais
                             e brônquios
transição                    revestimento interno da bexiga e das
                             vias urinárias
Os epitélios glandulares

 Com função secretora, os epitélios
  glandulares se originam de grupos de células
  que proliferam a partir dos epitélios de
  revestimento, formando as glândulas
 Critérios de classificações das glândulas
 Existem três critérios de classificação das
  glândulas: quanto ao local onde a secreção é
  eliminada, quanto ao modo de eliminaras
  secreções e quanto ao número de células que
  formam a glândula.
Local de eliminação das
secreções.
 Dependendo do local em que eliminam suas
 secreções as glândulas classificam-se em:
 exócrinas - eliminam o produto elaborado na superfície do epitélio de
  revestimento que originou a glândula; para tanto, as glândulas exócrinas
  são dotadas de dutos ou canais que transportam a secreção desde a
  glândula até o epitélio; exemplos: glândulas sudoríporas, mammárias,
  lacrimais, sebáceas e salivares.
 endócrinas - não tem contato físico com o epitélio do qual se originam;
  são desprovidas de dutos ou canais transportadores, sendo suas
  secreções coletadas por vasos sangüíneos; tais secreções são chamadas
  de hormônios; exemplo de glândulas endócrinas: hipófise, tireóide,
  adrenais, ovários e testículos.
 anficrinas ou mistas - apresentam duplo comportamento, isto é, são ao
  mesmo tempo exócrinas e endócrinas; o pâncreas, por exemplo, tem
  atividade exócrina quando elabora e elimina o suco pancreático, com
  função digestiva; tem atividade endócrina ao elaborar a insulina e o
  glucagon, hormônios que regulam a glicêmia
Modo de eliminação das
secreções.
 As secreções glandulares são eliminadas de
  diversas maneiras. De acordo com esse
  critério, existem glândulas:
 merócrinas - as células eliminam exclusivamente os
  produtos secretados; exemplos: glândulas
  lacrimais, salivares e sudoríporas;
 holócrinas - as células se desintegram e são
  eliminadas juntamente com o produto; neste caso, a
  atividade da glândula é mantidapor um contínuo
  processo de renovação celular; exemplo: glândulas
  sebáceas dos mamíferos;
 apócrinas ou holomerócrinas - as células eliminam a
  secreção juntamente com parte de seu conteúdo
  protoplasmático; em seguida, a célulasecretora
  regenera-se; exemplo: glândulas mamárias.
Número de células

 Considerando o número de células que
  constitui as glândulas, estas podem ser:
 unicelulares - compõem-se de uma única célula;
  exemplo: glândulas caliciformes das fossas
  nasais, cuja função é secretar o muco, uma
  substância de caráter viscoso que retém as partículas
  do ar no tubo respiratório;
 pluricelulares - constituídas por grupos de
  células, podendo ser tubulares (quando a região
  secretora tem a forma de um túbulo, com diâmentro
  relativamente constante), alveolares ou acinosas
  (quando a região secretora é arredondada) e túbulo-
  alveolaresa (quando a região secretora tem forma
  intermediária entre as dusa, isto é, não é totalmente
  tubular nem totalmente alveolar).
Considerações sobre os
epitélios
 As células epidérimicas mais externas da pele de
  animais como os répteis, as aves e os
  mamíferos, principalmente, são impregnadas por
  uma proteína impermeabilizante deminada
  queratina. Uma vez impermeabilizadas, tais células
  ficam impedidas de receber nutrientes e morrem.
  Esse conjunto morto, descamativo e queratinizado
  de células constitui a chamada camada córnea. A
  presença de queratina na epiderme garante uma
  eficiente proteção ao animal contra uma
  desidratação excessiva. Por esse motivo, pode-se
  dizer que a queratina contribui para a adaptação da
  vida terrestre. Além disso, por ser de difícil
  decomposição, a queratina aumenta a resistência do
  epitélio a invasão microbiana.
 Na superfície epidérmica podem ser
  encontrados milhões de microrganismos por
  centímetro quadrado. Embora a maioria seja
  inofensiva, compreende-se a importância
  protetora da camada córnea queratinizada.
 Nas traquéias e nos brônqios das vias
  respiratórias o epitélio é pseudo-estratificado
  ciliado. Em fumantes crônicos, sob a ação
  irritante dos componentes do fumo, esse
  tecido é gradativamente substituído por um
  epitélio pavimentoso estratificado que, além
  de renovar-se mais rapidamente, é mais
  resitente que o pseudo-estratificado. A esse
  processo de mudança de um tipo de tecido
  para outro dá-se o nome de metaplasia.
 O epitélio pavimentoso prismático do
  intestino apresenta inúmeras
  microvilosadades, isto é, expansões da
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Tecido conjuntivo e epitelial

  • 2.  Especializados em revestir e proteger todas as superfícies do organismo, os tecidos epiteliais são formados por células juntapostas e geralmente poliédricas. Essa juntaposição celular acarreta a escassez de substâncias intercelulares nos tecidos epiteliais.
  • 3.  Por serem também desprovidos de vasos sangüíneos, os epitélios são nutridos pelo tecido subjacente, que é o tecido conjuntivo. De fato, os vasos capilares sangüíneos chegam somente até o tecido conjuntivo, onde fornecem os nutrientes necessários para a manutenção de vidas nas células. O tecido conjuntivo, por difusão, passa parte do material nutritivo para o epitélio.
  • 4.  Assim , justifica-se o fato de se encontrarem células vivas no epitélio, embora esse tecido não seja vascularizado.
  • 5. Membrana basal: alimentação e suporte ao tecido epitelial  O epitélio não se encontra apoiado diretamente na lâmina própia. Entre ambos existe uma camada acelular, constituída de proteínas e glicoproteínas, chamada membrana basal Essa membrana, permeável aos nutrientes provindo da lâmina própria, permite que o epitélio seja convenientemente alimentado, além de servi-lhe de suporte, promovendo sua eficiente fixação no tecido conjuntivo subjacente.
  • 6.
  • 7. Tipos de tecidos epiteliais  Além de revestir e proteger as superfícies do organismo, os epitélios têm ainda o papel de elaborar secreções. Pode- se, então, reconhecer dois tipos básicos de tecidos epiteliais: de revestimento ou protetores e glandulares ou secretores.
  • 8. Os epitélios de revestimento  Recobrindo as camadas mais superficiais da pele e "atapetando" todas as superfícies internas do corpo, os epitélios de revestimento constituem a camada limítrofe entre a matéria viva e o meio ambiente. Isso significa que qualquer substância, para entrar ou sair do organismo, precisa, necessariamente, atravessar o tecido epitelial
  • 9.  . Quando uma pessoa digere determinado alimento, o fluxo do bolo alimentar ocorre no sentido boca -> faringe -> esôfago -> estômago - > intestino. Porém, enquanto o alimentopermanece dentro de qualquer um desses órgãos, a rigor ele se encontra fora do organismo. Apenas quando as partículas alimentares atravessam, por exemplo, o epitélio que reveste internamente o intestino, e passa para o interior dos vasos sangüíneos, podemos dizer que o alimento penetrou verdadeiramente no organismo.
  • 10.  Nos vertebrados, a associação entre o epitélio e o tecido conjuntivo que lhe serve de suporte, revestindo as superfícies internas do organismo, constitue a pele. Quando essa associação revesteas cavidadesinternas que se comunicam com o meio externo temos as membranas mucosas, como a mucosa bucal, a gástrica, a nasal, a intestinal etc. A associação que reveste as cavidades internas são chamadas membranas serosas (que reveste o pulmão). o pericárdio (que reveste o coração) e o peritônio (que reveste os órgão abdominais).
  • 11.  Nos vertebrados, a pele é constituídas por duas porções: a epiderme - formada por tecido epitelial - e derme - formada por tecido conjuntivo.
  • 12.  Número de camadas celulares. Levando em conta o número de camadas que constitue o epitélio pode ser:  simples - quando formado por apenas uma camada de células;  estratificado - quando formado por duas ou várias camadas de células;  pseudo-estratificado - quando formado por apenas uma camada de célula, de tamanhos diferentes, que conferem ao epitélio uma aparente estratificação; na verdade, trata-se de uma variação do epitélio simples.
  • 13.  Formato celular. Tomando por base o formato das células que o compõem, o epitélio de revestimento pode ser:  pavimentoso ou plano - quando as células são achatadas em forma de ladrilhos;  prismático ou colunar - quando as células têm a forma de prismas;  cúbico - quando as células têm a forma de um cubo;  de transição - quando constituídos por várias camadas de células dotadas de grande flexibilidade e cujo o formato varia, conforme a distensão ou contração dos órgãos onde ocorre.
  • 14.
  • 15. Tipos de epitélios Exemplos de ocorrência no corpo humano pavimentoso simples revestimento interno dos vasos sangüíneos, pericárdio cúbico simples revestimento ovariano prismático simples revestimento do estômago e intestino revestimento da pele (epiderme), boca pavimentoso estratificado e esôfago cúbico estratificado conjuntiva do olho prismático estratificado epiglote e uretra masculina pseudo-estratificado revestimento da traquéia, fossas nasais e brônquios transição revestimento interno da bexiga e das vias urinárias
  • 16. Os epitélios glandulares  Com função secretora, os epitélios glandulares se originam de grupos de células que proliferam a partir dos epitélios de revestimento, formando as glândulas
  • 17.
  • 18.  Critérios de classificações das glândulas  Existem três critérios de classificação das glândulas: quanto ao local onde a secreção é eliminada, quanto ao modo de eliminaras secreções e quanto ao número de células que formam a glândula.
  • 19. Local de eliminação das secreções.  Dependendo do local em que eliminam suas secreções as glândulas classificam-se em:
  • 20.  exócrinas - eliminam o produto elaborado na superfície do epitélio de revestimento que originou a glândula; para tanto, as glândulas exócrinas são dotadas de dutos ou canais que transportam a secreção desde a glândula até o epitélio; exemplos: glândulas sudoríporas, mammárias, lacrimais, sebáceas e salivares.  endócrinas - não tem contato físico com o epitélio do qual se originam; são desprovidas de dutos ou canais transportadores, sendo suas secreções coletadas por vasos sangüíneos; tais secreções são chamadas de hormônios; exemplo de glândulas endócrinas: hipófise, tireóide, adrenais, ovários e testículos.  anficrinas ou mistas - apresentam duplo comportamento, isto é, são ao mesmo tempo exócrinas e endócrinas; o pâncreas, por exemplo, tem atividade exócrina quando elabora e elimina o suco pancreático, com função digestiva; tem atividade endócrina ao elaborar a insulina e o glucagon, hormônios que regulam a glicêmia
  • 21. Modo de eliminação das secreções.  As secreções glandulares são eliminadas de diversas maneiras. De acordo com esse critério, existem glândulas:
  • 22.  merócrinas - as células eliminam exclusivamente os produtos secretados; exemplos: glândulas lacrimais, salivares e sudoríporas;  holócrinas - as células se desintegram e são eliminadas juntamente com o produto; neste caso, a atividade da glândula é mantidapor um contínuo processo de renovação celular; exemplo: glândulas sebáceas dos mamíferos;  apócrinas ou holomerócrinas - as células eliminam a secreção juntamente com parte de seu conteúdo protoplasmático; em seguida, a célulasecretora regenera-se; exemplo: glândulas mamárias.
  • 23.
  • 24. Número de células  Considerando o número de células que constitui as glândulas, estas podem ser:
  • 25.  unicelulares - compõem-se de uma única célula; exemplo: glândulas caliciformes das fossas nasais, cuja função é secretar o muco, uma substância de caráter viscoso que retém as partículas do ar no tubo respiratório;  pluricelulares - constituídas por grupos de células, podendo ser tubulares (quando a região secretora tem a forma de um túbulo, com diâmentro relativamente constante), alveolares ou acinosas (quando a região secretora é arredondada) e túbulo- alveolaresa (quando a região secretora tem forma intermediária entre as dusa, isto é, não é totalmente tubular nem totalmente alveolar).
  • 26.
  • 27. Considerações sobre os epitélios  As células epidérimicas mais externas da pele de animais como os répteis, as aves e os mamíferos, principalmente, são impregnadas por uma proteína impermeabilizante deminada queratina. Uma vez impermeabilizadas, tais células ficam impedidas de receber nutrientes e morrem. Esse conjunto morto, descamativo e queratinizado de células constitui a chamada camada córnea. A presença de queratina na epiderme garante uma eficiente proteção ao animal contra uma desidratação excessiva. Por esse motivo, pode-se dizer que a queratina contribui para a adaptação da vida terrestre. Além disso, por ser de difícil decomposição, a queratina aumenta a resistência do epitélio a invasão microbiana.
  • 28.  Na superfície epidérmica podem ser encontrados milhões de microrganismos por centímetro quadrado. Embora a maioria seja inofensiva, compreende-se a importância protetora da camada córnea queratinizada.
  • 29.  Nas traquéias e nos brônqios das vias respiratórias o epitélio é pseudo-estratificado ciliado. Em fumantes crônicos, sob a ação irritante dos componentes do fumo, esse tecido é gradativamente substituído por um epitélio pavimentoso estratificado que, além de renovar-se mais rapidamente, é mais resitente que o pseudo-estratificado. A esse processo de mudança de um tipo de tecido para outro dá-se o nome de metaplasia.
  • 30.  O epitélio pavimentoso prismático do intestino apresenta inúmeras microvilosadades, isto é, expansões da membrana plasmática das células epiteliais. As microvilosidades aumentam considervelmente a superfície de absorção dos alimentos.