1. Síndrome de Cushing
A síndrome de Cushing ou hipercortisolismo ou hiperadrenocorticismo é uma desordem endócrina
causada por níveis elevados de cortisol no sangue. O cortisol é liberado pela glândula adrenal em
resposta à liberação de ACTH na glândula pituitária no cérebro. Níveis altos de cortisol também
podem ser induzidos pela administração de drogas. A doença de Cushing é muito parecida com a
síndrome de Cushing, já que todas as manifestações fisiológicas são as mesmas. Ambas as
doenças são caracterizadas por níveis elevados de cortisol no sangue, mas a causa do cortisol
elevado difere entre as doenças. A doença de Cushing se refere especificamente a um tumor na
glândula pituitária que, por lançar grandes quantidades de ACTH, estimula uma secreção
excessiva de cortisol na glândula adrenal. Já a sindrome de Cushing pode resultar de um tumor
das glândulas suprarrenais (zona do córtex - que produz cortisol) de uma forma que não é
controlada pelos mecanismos fisiológicos normais, i.e., mecanismo de feedback negativo sobre a
hipófise com diminuição da síntese de ACTH (efeito principal de feedback) e sobre o hipotálamo
com diminuição da síntese de CRH. Foi descoberta pelo médico americano Harvey Cushing
(1869-1939) e descrita por ele em 1932.
A síndrome de Cushing também é uma doença relativamente comum em cães domésticos.
Sinais e sintomas
Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no
pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e a parte detrás do pescoço, local onde se
forma um importante acúmulo denominado de "giba". A gordura também se deposita no rosto, na
região malar ("maçãs do rosto"), onde a pele fica também avermelhada, formando-se uma face
que é conhecida como de "lua-cheia". Ocorre também afilamento dos braços e das pernas com
diminuição da musculatura, e, conseqüente, fraqueza muscular que se manifesta principalmente
quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com
que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais
como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer.
Nas mulheres são muito freqüentes as alterações menstruais e o surgimento de pêlos corporais
na face, no tórax, abdômen e nos braços e pernas. Como grande parte dos pacientes desenvolve
hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da glicose e da
pressão arterial tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume urinário, aumento
do apetite e visão borrada. Quando ocorre aumento importante dos pêlos, pode ocorrer também o
surgimento de espinhas (acne) na face e no tronco, e nas mulheres pode surgir mudança na voz,
queda do cabelo semelhante a calvície masculina e diminuição das mamas. Esses sintomas se
associam com tumores de supra-renal.
No abdômen e no tórax podem ser observadas estrias de cor avermelhada e violeta, algumas
vezes com vários centímetros de largura. Algumas pessoas apresentam também colelitíase
(pedras na vesícula) e conseqüentemente cólica. A osteoporose é freqüente, provocando dores na
coluna e às vezes fraturas nos braços, pernas e na coluna, nos casos de uso continuo por um
longo periodo pode tambem apresentar raias de vasos sanguineos na pele, sendo mais visivel no
rosto
Aneurisma Cerebral
Aneurisma cerebral é uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura da
mesma no local enfraquecido e dilatado. Nos indivíduos que têm aneurisma cerebral há a ruptura
desta irregularidade da artéria cerebral e "vazamento" de sangue para um espaço virtual que
existe no cérebro chamado de "espaço subaracnóide".
A ruptura inicial de um aneurisma cerebral leva à morte quase um terço dos pacientes. Alguns
pacientes apresentam dois ou mais episódios de hemorragia do aneurisma cerebral. Em cada
uma das hemorragias o risco de morte vai se somando.
Como se desenvolve?A ruptura do aneurisma pode ocorrer durante toda a vida, mas é mais
frequente entre a quarta e quinta década de vida.
Muitas pessoas nascem com aneurismas cerebrais, os chamados aneurismas congênitos os
quais, ao longo da vida, podem aumentar e romper.
2. Existem fatores de risco como parentesco de sangue próximo ao de alguém que já teve
aneurisma, principalmente irmãos.
Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver aneurismas cerebrais.
Em torno de 20% dos pacientes com aneurisma cerebral apresentam mais do que um aneurisma
Outros fatores de risco são: hipertensão arterial, dislipidemias (alteração do colesterol e
triglicerídeos), doenças do colágeno, diabete mélito (açúcar no sangue) e fumo.
O sintoma mais comum é cefaléia de grande intensidade acompanhada de vômitos, convulsões e
perda de consciência. Alguns pacientes desenvolvem ptose palpebral (queda súbita da pálpebra)
acompanhado de cefaléia. Perda progressiva da visão por comprometimento do nervo óptico por
compressão do aneurisma.
Com o decorrer das horas a dor de cabeça pode evoluir para uma dor importante na nuca e levar
a "rigidez de nuca" que é comum na meningite, ou dor nas costas e pernas. Isso ocorre por que o
sangue escorre da cabeça para a coluna e "irrita" as raízes nervosas provocando dor nas costas.
Pacientes que não rompem o aneurisma cerebral podem ter sintomas de isquemias cerebrais de
repetição, pois pode haver formação de pequenos coágulos dentro do saco aneurismático levando
a liberação dos mesmos para a corrente sangüínea e "entupindo" pequenas artérias.
Como o médico faz o diagnóstico?
Os pacientes com aneurisma cerebral não roto apresentam dificuldade de diagnóstico por parte
do médico. Os aneurismas não rotos não dão dor de cabeça. Algumas vezes apresentam-se como
pequenas isquemias cerebrais ou queda da pálpebra. O especialista experiente deverá solicitar
uma angiografia cerebral digital ou uma angiografia por ressonância magnética. Somente nos
aneurisma muito grandes podemos fazer diagnóstico dos mesmo com uma tomografia
computadorizada do encéfalo.
O diagnóstico de suspeição é feito pela história que o paciente conta quando o aneurisma é roto.
Muitas vezes o paciente já chega em coma ao hospital. Cabe ao médico solicitar uma tomografia
computadorizada do encéfalo que deve demonstrar sangue no espaço subaracnóide ou
hematoma cerebral (coágulo dentro do cérebro).
Caso a tomografia computadorizada seja normal e o paciente apresente rigidez de nuca o médico
procede a uma punção lombar para ver se há sangue no líquido que banha o cérebro e a espinha,
chamado de "líquor". Nos pacientes com hemorragia por aneurisma cerebral o líquor - que é da
cor da água - aparece avermelhado pelo sangue da hemorragia.
Como se trata?
Já os aneurismas rotos apresentam-se como uma urgência médica devendo ser tratados com
máxima brevidade. Até o início da década de 90 o tratamento era feito exclusivamente através da
cirurgia, que consiste em abertura do crânio e bloqueio do aneurisma com clipes (grampos)
metálicos. Nem todos os pacientes podem ser tratados com cirurgia. Dependendo do estado de
saúde do paciente e do local a ser alcançado, uma intervenção cirúrgica poderá ser perigosa.
A partir da metade da década de 90, foi desenvolvido um método denominado embolização por
cateter que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é
levado até ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de
platina. Nisto reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização por cateter,
que consiste em introduzir um cateter na artéria da virilha e através do cateter, que é levado até
ao aneurisma, promover o bloqueio do aneurisma com inserção de micro molas de platina. Nisto
reside o tratamento endovascular, também conhecido como embolização.
Há casos em que a estrutura vascular do paciente não permite a passagem do cateter. Nesses
casos, não existe alternativa a não ser o tratamento cirúrgico. Recentemente foi desenvolvido
novo material para tratar o aneurisma, chama-se Onyx. Trata-se de um líquido que se torna sólido
no interior do aneurisma. O Onyx deverá substituir as molas de platina, mas sua utilização tem o
mesmo conceito terapêutico.
Fonte . Www.abc saude
Lipoma
3. Os lipomas são considerados tumores benignos de tecido adiposo (gorduroso) normal localizados
sob a pele (no tecido sub-cutâneo). Esta variedade de tumor é mais freqüente em adultos entre 30
e 60 anos.
A causa do aparecimento dos lipomas não é conhecida. Raramente os lipomas podem estar
associados a algumas síndromes (conjuntos de sinais e sintomas) tais como a lipomatose múltipla
hereditária, adipose dolorosa, síndrome de Gardner e doenças de Madelung.
Os sintomas mais comuns são os de tumoração indolor mais ou menos salientes, únicos ou
múltiplos, podendo aparecer em praticamente todas as partes do corpo, com uma certa predileção
para o couro cabeludo, os braços e as raízes das coxas.
Algumas das características dos lipomas são:
- A pele que o recobre é normal;
- A consistência é elástica;
- O tumor desliza sob os dedos;
- O volume é variável, podendo chegar ao tamanho de uma maçã;
Existem algumas variedades de lipomas:
O lipoma do coração é um tumor benigno, normalmente assintomático, relativamente freqüente e
cujo diagnóstico é habitualmente feito de modo casual.
Os lipomas do intestino delgado habitualmente aparecem no íleo distal e na válvula íleo-cecal
(transição do intestino delgado para o grosso) e também costumam não causar sintomas.
Os lipomas do sistema nervoso central podem se desenvolver em vários locais do cérebro e da
medula espinhal.
Os lipomas localizados nos tendões musculares (estruturas que fazem a inserção do músculo no
osso) são mais freqüentes nas regiões dos punhos, dos pés, das mãos.
Fala-se em lipomatose, quando existem vários lipomas em uma só pessoa. O tratamento
consiste na remoção cirúrgica, ou aspiração do conteúdo do lipoma.