SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 31
Baixar para ler offline
O que as imagens nos mostram?
Por muito tempo, ainda no final do século
XIX e início do século XX, já na República,
a legislação e as práticas continuam a exigir
que crianças e adolescentes se comportem
como adultos e sejam simples objetos das
vontades e determinações dos adultos.


   O arranjo familiar conjugal (pai, mãe e filhos
  morando na mesma casa), é contemporâneo da
  Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
Crianças de rua, recolhidas em Portugal e trazidas
      ao Brasil para, novamente, voltarem às ruas
4%
Cerca de 4% dos escravos trazidos da África
                             eram crianças
Crianças indígenas
           utilizadas, pelos Jesuítas,
                  na catequização de
                       índios adultos




Meninos-
  língua
Adolescentes utilizados no carregamento de
canhões nas guerras, correndo riscos frente a
disparos indesejados (ser “bucha de canhão”)
Mão de obra infantil e juvenil
“As classes escolares inicialmente não eram separadas
por idade, e somente depois do século XV começou-se
a dividir a população escolar em grupos da mesma
capacidade. Somente no início do séc. XIX preocupou-
se com a correspondência entre idade e classe.”




   “Os Guaikurus e os Tupis matavam os gêmeos recém-
  nascidos. Os Tapinaré não achavam de bom agouro ter
  mais que três filhos, e mais que dois do mesmo sexo. A
        criança destinada a morrer era enterrada em um
                               buraco escavado na casa.”
“Outros parentes costumavam matar recém nascidos
quando possuíam alguma deformidade, ou quando
eram filhos ilegítimos ou provenientes da união com
inimigos da tribo.”




     “Rapazes de 6 a 12 anos aprendiam a ler e escrever,
       aritmética e desenho aos 14 anos. Dessa maneira
  assegurava-se o serviço público, carpinteiros, ferreiros,
                   seleiros, fundidores, maquinistas etc”
                                     (T. Ewbank - 1846).
“As meninas aprendiam a ler e escrever, manejar um
chicote, fazer doces e cantar acompanhando-se ao
piano, Aprendiam isso em algumas escolas de moda,
até completarem 13/14 anos. Se fossem ricas, eram
consideradas preparadas para a vida e apresentadas
pelo pai ao futuro marido” (Kidder & Fletcher - 1853)




     “No Brasil não existem crianças no sentido inglês. A
   menor menina usa colares e pulseiras e os meninos de 8
              anos fumam cigarros” Edgecumbe - 1886).
“As Santas Casas ofereciam um
               estipêndio a quem cuidasse das
               crianças abandonadas nas rodas.
               Muitos pais colocavam os próprios
               filhos e se ofereciam para cuidar deles
               para ganhar o estipêndio, que era
               oferecido até os 12 anos, a partir daí
               as famílias recusavam as crianças que
               acabavam perambulando pelas ruas”.
               Ou se transformavam em escravos
               domésticos.

"Roda dos Excluídos ou Expostos“ da Santa Casa
 de São Paulo, onde, entre 1884 e 1948 as mães,
   por questões financeiras, sociais ou morais,
             deixavam seus filhos.
Asilo dos Menores Abandonados (Rio de Janeiro)
Fonte: Archivos de Assistencia à Infancia, IPAI, 1907
Pará, Album do Estado do Pará (1901-1909)
Foto cedida por: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
“A sexualidade não se mantinha escondida na criança e
era muito comum os jogos que os adultos faziam com a
sexualidade infantil. Não era incomum as amas e outros
adultos afagarem os órgãos genitais das crianças e
encorajarem crianças de 5 anos a imitarem atos sexuais
adultos.”




           “Inicialmente as crianças eram dadas a outras
         famílias, os bebês eram mandados para amas de
       leite em aldeias vizinhas. Somente entre o final da
           Idade Média e os séculos XVI e XVII a criança
                 conquistou um lugar junto de seus pais.”
E nós, como vemos as crianças e
adolescentes no mundo moderno?
Uma nova forma de adulto em miniatura?
- agenda cheia...
roupas, horários e ambientes de adultos...
- Educação para ser adulto, para o trabalho
     e não para a cidadania e plenitude...

 Nos adaptamos conscientemente ao mundo moderno,
  ou abandonamos a idéia de ser em desenvolvimento
peculiar, repetindo as estruturas que nos são impostas
                (consumismo, mídia, escola, religião) ?
A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
Trabalhou para os Jesuítas...
Foi trazida nos navios negreiros...
Prestou serviços no Brasil colônia...
E na Revolução Industrial...
Por isso não nos causa estranhamento, não nos causa indignação,
não nos faz agir...

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...Educação Infantil
 
As concepções de criança e infância...
As concepções de criança e infância...As concepções de criança e infância...
As concepções de criança e infância...Marilia Pires
 
Maria montessori
Maria montessoriMaria montessori
Maria montessorijesuton
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMarília Bogéa
 
Concepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaConcepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaLílian Reis
 
A relação entre o brincar e o desenvolvimento infantil,
A relação entre o brincar e o  desenvolvimento infantil,A relação entre o brincar e o  desenvolvimento infantil,
A relação entre o brincar e o desenvolvimento infantil,Caminhos do Autismo
 
Biografia de Lev Vygotsky
Biografia de Lev VygotskyBiografia de Lev Vygotsky
Biografia de Lev VygotskyKleber Saraiva
 
Aula sobre Vygotsky - FPE
Aula sobre Vygotsky - FPEAula sobre Vygotsky - FPE
Aula sobre Vygotsky - FPERodrigo Castro
 
A história da criança no brasil
A história da criança no brasilA história da criança no brasil
A história da criança no brasilDaniele Rubim
 
Autoridade,liberdade e permissividade.pdf
Autoridade,liberdade e permissividade.pdfAutoridade,liberdade e permissividade.pdf
Autoridade,liberdade e permissividade.pdfCarlaMedeiros47
 
1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias
1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias 1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias
1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias Bruno Djvan Ramos Barbosa
 

Mais procurados (20)

Direitos da Criança na Ed. Infantil
Direitos da Criança na Ed. InfantilDireitos da Criança na Ed. Infantil
Direitos da Criança na Ed. Infantil
 
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
Concepcoes da infancia_e_historia_social_das_criancas_no_brasil_-_professora_...
 
As concepções de criança e infância...
As concepções de criança e infância...As concepções de criança e infância...
As concepções de criança e infância...
 
Maria montessori
Maria montessoriMaria montessori
Maria montessori
 
Metodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantilMetodologia da educação infantil
Metodologia da educação infantil
 
Concepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaConcepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da história
 
A relação entre o brincar e o desenvolvimento infantil,
A relação entre o brincar e o  desenvolvimento infantil,A relação entre o brincar e o  desenvolvimento infantil,
A relação entre o brincar e o desenvolvimento infantil,
 
Biografia de Lev Vygotsky
Biografia de Lev VygotskyBiografia de Lev Vygotsky
Biografia de Lev Vygotsky
 
Aula sobre Vygotsky - FPE
Aula sobre Vygotsky - FPEAula sobre Vygotsky - FPE
Aula sobre Vygotsky - FPE
 
A história da criança no brasil
A história da criança no brasilA história da criança no brasil
A história da criança no brasil
 
Vigotski seminário
Vigotski seminárioVigotski seminário
Vigotski seminário
 
Histórico Ed Infantil
Histórico Ed InfantilHistórico Ed Infantil
Histórico Ed Infantil
 
A criança e a infância
A criança e a infância A criança e a infância
A criança e a infância
 
Teoria De Vygotyski
Teoria De VygotyskiTeoria De Vygotyski
Teoria De Vygotyski
 
Currículo escolar
Currículo escolarCurrículo escolar
Currículo escolar
 
Autoridade,liberdade e permissividade.pdf
Autoridade,liberdade e permissividade.pdfAutoridade,liberdade e permissividade.pdf
Autoridade,liberdade e permissividade.pdf
 
Jean Piaget
Jean PiagetJean Piaget
Jean Piaget
 
1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias
1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias 1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias
1 - Jean Piaget - Histórias e suas Teorias
 
Jean Piaget
Jean PiagetJean Piaget
Jean Piaget
 
EDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTILEDUCAÇÃO INFANTIL
EDUCAÇÃO INFANTIL
 

Destaque

A Misericórida de Piratininga - Palestra
A Misericórida de Piratininga - PalestraA Misericórida de Piratininga - Palestra
A Misericórida de Piratininga - PalestraDanilo Barros Andrade
 
Seminário sobre Miriam L. Moreira Leite
Seminário sobre Miriam L. Moreira LeiteSeminário sobre Miriam L. Moreira Leite
Seminário sobre Miriam L. Moreira LeiteCarolina Seixas Lima
 
Imagens de crianças
Imagens de criançasImagens de crianças
Imagens de criançassapo
 
A CriançA Conhecendo Arte
A CriançA Conhecendo ArteA CriançA Conhecendo Arte
A CriançA Conhecendo ArteEdmilson Faria
 
Projeto a Arte colorindo a Educação Infantil
Projeto a Arte colorindo a Educação InfantilProjeto a Arte colorindo a Educação Infantil
Projeto a Arte colorindo a Educação InfantilSiméia Silva
 

Destaque (8)

A Misericórida de Piratininga - Palestra
A Misericórida de Piratininga - PalestraA Misericórida de Piratininga - Palestra
A Misericórida de Piratininga - Palestra
 
Seminário sobre Miriam L. Moreira Leite
Seminário sobre Miriam L. Moreira LeiteSeminário sobre Miriam L. Moreira Leite
Seminário sobre Miriam L. Moreira Leite
 
Os Desamparados
Os DesamparadosOs Desamparados
Os Desamparados
 
Imagens de crianças
Imagens de criançasImagens de crianças
Imagens de crianças
 
A CriançA Conhecendo Arte
A CriançA Conhecendo ArteA CriançA Conhecendo Arte
A CriançA Conhecendo Arte
 
Projeto a Arte colorindo a Educação Infantil
Projeto a Arte colorindo a Educação InfantilProjeto a Arte colorindo a Educação Infantil
Projeto a Arte colorindo a Educação Infantil
 
Projeto de artes
Projeto de artesProjeto de artes
Projeto de artes
 
Games na Educação
Games na EducaçãoGames na Educação
Games na Educação
 

Semelhante a Imagens de Infancias

01_Infância – conceito social.ppt
01_Infância – conceito social.ppt01_Infância – conceito social.ppt
01_Infância – conceito social.pptPrfª Flávia
 
Letramento nos primórdios do brasil
Letramento nos primórdios do brasilLetramento nos primórdios do brasil
Letramento nos primórdios do brasilLari Aveiro
 
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...Renata Cunha
 
A vida das crianças de elite durante o Império
A vida das crianças de elite durante o ImpérioA vida das crianças de elite durante o Império
A vida das crianças de elite durante o ImpérioAdrielison Ramos
 
As relações familiares em grandes esperanças
As relações familiares em grandes esperançasAs relações familiares em grandes esperanças
As relações familiares em grandes esperançasMarta Matos
 
Histórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infânciasHistórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infânciasTaís Ferreira
 
Nísia floresta e os direitos das mulheres
Nísia floresta e os direitos das mulheresNísia floresta e os direitos das mulheres
Nísia floresta e os direitos das mulheresPriscila Aristimunha
 
Texto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonial
Texto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonialTexto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonial
Texto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonialPIBID HISTÓRIA
 
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no BrasilAula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no BrasilDarlene Cesar
 
Conferência livre história da infância
Conferência livre   história da infânciaConferência livre   história da infância
Conferência livre história da infânciaJine Kacia Monteiro
 
A história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasilA história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasilPriscila Aristimunha
 
21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna
21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna
21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Maternaguest41333dc
 
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...Fábio Fernandes
 

Semelhante a Imagens de Infancias (20)

01_Infância – conceito social.ppt
01_Infância – conceito social.ppt01_Infância – conceito social.ppt
01_Infância – conceito social.ppt
 
Letramento nos primórdios do brasil
Letramento nos primórdios do brasilLetramento nos primórdios do brasil
Letramento nos primórdios do brasil
 
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
Concepcoesdainfanciaehistoriasocialdascriancasnobrasil professorasoniamargari...
 
A vida das crianças de elite durante o Império
A vida das crianças de elite durante o ImpérioA vida das crianças de elite durante o Império
A vida das crianças de elite durante o Império
 
Eca
EcaEca
Eca
 
As relações familiares em grandes esperanças
As relações familiares em grandes esperançasAs relações familiares em grandes esperanças
As relações familiares em grandes esperanças
 
Ariér
AriérAriér
Ariér
 
Histórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infânciasHistórias de crianças e infâncias
Histórias de crianças e infâncias
 
Literatura infantil
Literatura infantilLiteratura infantil
Literatura infantil
 
Nísia floresta e os direitos das mulheres
Nísia floresta e os direitos das mulheresNísia floresta e os direitos das mulheres
Nísia floresta e os direitos das mulheres
 
Texto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonial
Texto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonialTexto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonial
Texto Introdutório - Infância das crianças escravas no Brasil colonial
 
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumondA chegada dos portugueses por simone helen drumond
A chegada dos portugueses por simone helen drumond
 
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no BrasilAula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
Aula 19 - Grandes vultos do espiritismo no Brasil
 
Conferência livre história da infância
Conferência livre   história da infânciaConferência livre   história da infância
Conferência livre história da infância
 
A história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasilA história da educação dos negros no brasil
A história da educação dos negros no brasil
 
21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna
21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna
21 Fevereiro - Dia Internacional Da LíNgua Materna
 
Nísia floresta final
Nísia floresta finalNísia floresta final
Nísia floresta final
 
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
 
Direitos da Criança e do Adolescente - Assistentes Sociais Andreia Lima e Mar...
Direitos da Criança e do Adolescente - Assistentes Sociais Andreia Lima e Mar...Direitos da Criança e do Adolescente - Assistentes Sociais Andreia Lima e Mar...
Direitos da Criança e do Adolescente - Assistentes Sociais Andreia Lima e Mar...
 
0044adepoimento10 form
0044adepoimento10 form0044adepoimento10 form
0044adepoimento10 form
 

Mais de Paloma Chaves

100 things to watch in 2011
100 things to watch in 2011100 things to watch in 2011
100 things to watch in 2011Paloma Chaves
 
Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010Paloma Chaves
 
Roteiro Para Acesso à CVB
Roteiro Para Acesso à CVBRoteiro Para Acesso à CVB
Roteiro Para Acesso à CVBPaloma Chaves
 
Pauta do 2º Dia de Santos Retificada
Pauta do 2º Dia de Santos RetificadaPauta do 2º Dia de Santos Retificada
Pauta do 2º Dia de Santos RetificadaPaloma Chaves
 
Roteiro para Criação de Blog AFT
Roteiro para Criação de Blog AFTRoteiro para Criação de Blog AFT
Roteiro para Criação de Blog AFTPaloma Chaves
 
Roteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFT
Roteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFTRoteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFT
Roteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFTPaloma Chaves
 
AFT & Indique em Bauru
AFT & Indique em BauruAFT & Indique em Bauru
AFT & Indique em BauruPaloma Chaves
 

Mais de Paloma Chaves (10)

100 things to watch in 2011
100 things to watch in 2011100 things to watch in 2011
100 things to watch in 2011
 
Para entender o ECA
Para entender o ECAPara entender o ECA
Para entender o ECA
 
Mapas do Eca
Mapas do EcaMapas do Eca
Mapas do Eca
 
Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010Indique Apresentação END 2010
Indique Apresentação END 2010
 
AFT GI Oficina
AFT GI OficinaAFT GI Oficina
AFT GI Oficina
 
Roteiro Para Acesso à CVB
Roteiro Para Acesso à CVBRoteiro Para Acesso à CVB
Roteiro Para Acesso à CVB
 
Pauta do 2º Dia de Santos Retificada
Pauta do 2º Dia de Santos RetificadaPauta do 2º Dia de Santos Retificada
Pauta do 2º Dia de Santos Retificada
 
Roteiro para Criação de Blog AFT
Roteiro para Criação de Blog AFTRoteiro para Criação de Blog AFT
Roteiro para Criação de Blog AFT
 
Roteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFT
Roteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFTRoteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFT
Roteiro para Cadastro de Usuário no Blog AFT
 
AFT & Indique em Bauru
AFT & Indique em BauruAFT & Indique em Bauru
AFT & Indique em Bauru
 

Imagens de Infancias

  • 1. O que as imagens nos mostram?
  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Por muito tempo, ainda no final do século XIX e início do século XX, já na República, a legislação e as práticas continuam a exigir que crianças e adolescentes se comportem como adultos e sejam simples objetos das vontades e determinações dos adultos. O arranjo familiar conjugal (pai, mãe e filhos morando na mesma casa), é contemporâneo da Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
  • 6. Crianças de rua, recolhidas em Portugal e trazidas ao Brasil para, novamente, voltarem às ruas
  • 7. 4% Cerca de 4% dos escravos trazidos da África eram crianças
  • 8. Crianças indígenas utilizadas, pelos Jesuítas, na catequização de índios adultos Meninos- língua
  • 9. Adolescentes utilizados no carregamento de canhões nas guerras, correndo riscos frente a disparos indesejados (ser “bucha de canhão”)
  • 10. Mão de obra infantil e juvenil
  • 11.
  • 12. “As classes escolares inicialmente não eram separadas por idade, e somente depois do século XV começou-se a dividir a população escolar em grupos da mesma capacidade. Somente no início do séc. XIX preocupou- se com a correspondência entre idade e classe.” “Os Guaikurus e os Tupis matavam os gêmeos recém- nascidos. Os Tapinaré não achavam de bom agouro ter mais que três filhos, e mais que dois do mesmo sexo. A criança destinada a morrer era enterrada em um buraco escavado na casa.”
  • 13. “Outros parentes costumavam matar recém nascidos quando possuíam alguma deformidade, ou quando eram filhos ilegítimos ou provenientes da união com inimigos da tribo.” “Rapazes de 6 a 12 anos aprendiam a ler e escrever, aritmética e desenho aos 14 anos. Dessa maneira assegurava-se o serviço público, carpinteiros, ferreiros, seleiros, fundidores, maquinistas etc” (T. Ewbank - 1846).
  • 14. “As meninas aprendiam a ler e escrever, manejar um chicote, fazer doces e cantar acompanhando-se ao piano, Aprendiam isso em algumas escolas de moda, até completarem 13/14 anos. Se fossem ricas, eram consideradas preparadas para a vida e apresentadas pelo pai ao futuro marido” (Kidder & Fletcher - 1853) “No Brasil não existem crianças no sentido inglês. A menor menina usa colares e pulseiras e os meninos de 8 anos fumam cigarros” Edgecumbe - 1886).
  • 15. “As Santas Casas ofereciam um estipêndio a quem cuidasse das crianças abandonadas nas rodas. Muitos pais colocavam os próprios filhos e se ofereciam para cuidar deles para ganhar o estipêndio, que era oferecido até os 12 anos, a partir daí as famílias recusavam as crianças que acabavam perambulando pelas ruas”. Ou se transformavam em escravos domésticos. "Roda dos Excluídos ou Expostos“ da Santa Casa de São Paulo, onde, entre 1884 e 1948 as mães, por questões financeiras, sociais ou morais, deixavam seus filhos.
  • 16.
  • 17. Asilo dos Menores Abandonados (Rio de Janeiro) Fonte: Archivos de Assistencia à Infancia, IPAI, 1907
  • 18. Pará, Album do Estado do Pará (1901-1909) Foto cedida por: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
  • 19. “A sexualidade não se mantinha escondida na criança e era muito comum os jogos que os adultos faziam com a sexualidade infantil. Não era incomum as amas e outros adultos afagarem os órgãos genitais das crianças e encorajarem crianças de 5 anos a imitarem atos sexuais adultos.” “Inicialmente as crianças eram dadas a outras famílias, os bebês eram mandados para amas de leite em aldeias vizinhas. Somente entre o final da Idade Média e os séculos XVI e XVII a criança conquistou um lugar junto de seus pais.”
  • 20. E nós, como vemos as crianças e adolescentes no mundo moderno? Uma nova forma de adulto em miniatura? - agenda cheia... roupas, horários e ambientes de adultos... - Educação para ser adulto, para o trabalho e não para a cidadania e plenitude... Nos adaptamos conscientemente ao mundo moderno, ou abandonamos a idéia de ser em desenvolvimento peculiar, repetindo as estruturas que nos são impostas (consumismo, mídia, escola, religião) ?
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24.
  • 25. A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
  • 26. A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
  • 27. Trabalhou para os Jesuítas...
  • 28. Foi trazida nos navios negreiros...
  • 29. Prestou serviços no Brasil colônia...
  • 30. E na Revolução Industrial...
  • 31. Por isso não nos causa estranhamento, não nos causa indignação, não nos faz agir...