5. Por muito tempo, ainda no final do século
XIX e início do século XX, já na República,
a legislação e as práticas continuam a exigir
que crianças e adolescentes se comportem
como adultos e sejam simples objetos das
vontades e determinações dos adultos.
O arranjo familiar conjugal (pai, mãe e filhos
morando na mesma casa), é contemporâneo da
Revolução Francesa e da Revolução Industrial.
6. Crianças de rua, recolhidas em Portugal e trazidas
ao Brasil para, novamente, voltarem às ruas
7. 4%
Cerca de 4% dos escravos trazidos da África
eram crianças
8. Crianças indígenas
utilizadas, pelos Jesuítas,
na catequização de
índios adultos
Meninos-
língua
9. Adolescentes utilizados no carregamento de
canhões nas guerras, correndo riscos frente a
disparos indesejados (ser “bucha de canhão”)
12. “As classes escolares inicialmente não eram separadas
por idade, e somente depois do século XV começou-se
a dividir a população escolar em grupos da mesma
capacidade. Somente no início do séc. XIX preocupou-
se com a correspondência entre idade e classe.”
“Os Guaikurus e os Tupis matavam os gêmeos recém-
nascidos. Os Tapinaré não achavam de bom agouro ter
mais que três filhos, e mais que dois do mesmo sexo. A
criança destinada a morrer era enterrada em um
buraco escavado na casa.”
13. “Outros parentes costumavam matar recém nascidos
quando possuíam alguma deformidade, ou quando
eram filhos ilegítimos ou provenientes da união com
inimigos da tribo.”
“Rapazes de 6 a 12 anos aprendiam a ler e escrever,
aritmética e desenho aos 14 anos. Dessa maneira
assegurava-se o serviço público, carpinteiros, ferreiros,
seleiros, fundidores, maquinistas etc”
(T. Ewbank - 1846).
14. “As meninas aprendiam a ler e escrever, manejar um
chicote, fazer doces e cantar acompanhando-se ao
piano, Aprendiam isso em algumas escolas de moda,
até completarem 13/14 anos. Se fossem ricas, eram
consideradas preparadas para a vida e apresentadas
pelo pai ao futuro marido” (Kidder & Fletcher - 1853)
“No Brasil não existem crianças no sentido inglês. A
menor menina usa colares e pulseiras e os meninos de 8
anos fumam cigarros” Edgecumbe - 1886).
15. “As Santas Casas ofereciam um
estipêndio a quem cuidasse das
crianças abandonadas nas rodas.
Muitos pais colocavam os próprios
filhos e se ofereciam para cuidar deles
para ganhar o estipêndio, que era
oferecido até os 12 anos, a partir daí
as famílias recusavam as crianças que
acabavam perambulando pelas ruas”.
Ou se transformavam em escravos
domésticos.
"Roda dos Excluídos ou Expostos“ da Santa Casa
de São Paulo, onde, entre 1884 e 1948 as mães,
por questões financeiras, sociais ou morais,
deixavam seus filhos.
16.
17. Asilo dos Menores Abandonados (Rio de Janeiro)
Fonte: Archivos de Assistencia à Infancia, IPAI, 1907
18. Pará, Album do Estado do Pará (1901-1909)
Foto cedida por: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
19. “A sexualidade não se mantinha escondida na criança e
era muito comum os jogos que os adultos faziam com a
sexualidade infantil. Não era incomum as amas e outros
adultos afagarem os órgãos genitais das crianças e
encorajarem crianças de 5 anos a imitarem atos sexuais
adultos.”
“Inicialmente as crianças eram dadas a outras
famílias, os bebês eram mandados para amas de
leite em aldeias vizinhas. Somente entre o final da
Idade Média e os séculos XVI e XVII a criança
conquistou um lugar junto de seus pais.”
20. E nós, como vemos as crianças e
adolescentes no mundo moderno?
Uma nova forma de adulto em miniatura?
- agenda cheia...
roupas, horários e ambientes de adultos...
- Educação para ser adulto, para o trabalho
e não para a cidadania e plenitude...
Nos adaptamos conscientemente ao mundo moderno,
ou abandonamos a idéia de ser em desenvolvimento
peculiar, repetindo as estruturas que nos são impostas
(consumismo, mídia, escola, religião) ?
21.
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25. A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...
26. A criança que vemos hoje nos faróis é nossa velha conhecida...