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A vida nas zonas abissais
Coelho1, D.; Ramos2, M.;
1danikax_coelho@hotmail.com;
2mick_ki_nha@hotmail.com;
Escola Secundária de D. Duarte
Bibliografia
http://www.not1.xpg.com.br/vida-nos-
mares-profundezas-adaptacoes-e-
descobertas/
Daniela Coelho
Micael Ramos
Agradecimentos
Agradecimentos ao professor Paulo
Magalhães, que nos disponibilizou os
materiais para que pudéssemos
consultar para a realização do trabalho.
ES D. Duarte
Curso Científico–Humanístico de
Ciências e Tecnologias
Biologia e Geologia
Ano Letivo 2012/2013
Conclusão
A fauna abissal cobre metade da superfície do nosso
planeta. No entanto, não oferece qualquer perspetiva de
exploração comercial que compense a diminuição atual dos
quantitativos de pesca, em virtude da sua fraca
produtividade biológica. Um outro aspeto a ter em
consideração, é que estas zonas abissais são extremamente
vulneráveis aos efeitos da poluição. Em virtude do nível
muito baixo da sua taxa de crescimento, qualquer dano no
seu ecossistema só muito lentamente será reparado.
DESENVOLVIMENTO
A diferença entre a abundante vida à superfície e a esparsa fauna
das águas escuras e profundas é flagrante.
Verificou-se que a fauna abissal, quer planctónica quer bentónica,
é tão diversificada como a fauna tropical de águas pouco
profundas, no entanto, mais reduzida. Esta diversidade deve-se à
estabilidade e à uniformidade do habitat abissal.
A fauna destas zonas de trevas, utiliza como fonte de energia as
substâncias nutritivas que caem da superfície, com origem em
células do fitoplâncton, em cadáveres do zooplâncton e restos dos
organismos superiores.
A diminuição de substâncias alimentares, com a profundidade,
corresponde a uma rarefação da vida animal.
Com condições tão adversas, estes animais apresentam
características que os tornam bem adaptados a este ambiente.
Assim, o peixe víbora, Chauliodus sp., possui maxilas muito
desenvolvidas e guarnecidas de presas curvas, podendo abri-las
desmesuradamente para capturar animais de grande porte.
O rabo-de-rato, peixe comum das regiões profundas, escava o
substrato à procura de alimento. Apresenta uma cabeça grande e
a cauda é semelhante a um chicote.
A lula das grandes profundidades, tem um corpo prateado e
translúcido. Mantém o equilíbrio graças a uma glândula cheia de
amónia.
Semelhante a um monstro iridescente, o peixe-machado é um
predador eficaz. Tem um corpo comprimido lateralmente, olhos
proeminentes e virados para cima e a boca enorme. Apesar deste
aspeto, cabe na palma de uma mão.
O Benteuphausia sp., tem uma cor característica. O laranja e o
vermelho vivo são as cores de copépodes e eufausiáceos, sendo
as espécies de superfície transparentes.
Introdução
Nos oceanos existem grandes regiões de permanente
escuridão, que se situam abaixo das camadas superficiais
iluminadas pelo Sol e para além dos sistemas de correntes
superficiais.
Esta zona corresponde a 90% da coluna de água para lá das
plataformas continentais e a cerca de 95% sobre as fossas
oceânicas.
As zonas abissais apresentam as seguintes características:
. a temperatura modifica-se muito lentamente em relação à
profundidade;
. as estações do ano, assim como a alternância do dia e da
noite, são impercetíveis;
. Os movimentos das águas e a velocidade das correntes são
também praticamente impercetíveis.
Lula das grandes profundidades
Bathypterois grallator – peixe tripé
Camadas da zona
pelágica
http://wikipedia.org
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