1) O documento descreve alguns dos autores fundamentais da língua portuguesa, incluindo Luís de Camões, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós.
2) Luís de Camões é considerado o maior poeta português por sua famosa epopeia Os Lusíadas.
3) Camilo Castelo Branco foi um dos maiores escritores portugueses do século XIX, conhecido por suas novelas passionais como Amor de Perdição.
4) Eça de Queirós é considerado um dos mais importantes escritores
1. ESTUDO DA LÍNGUA PORTUGUESA — AUTORES FUNDAMENTAIS
RICARDO BRITO
A aula de Língua Portuguesa, está focada na dimensão oral e escrita do discente, preparando-o para
diferentes situações comunicacionais, e onde a literatura tem uma forte presença. Assim, o aluno irá
robustecendo, de igual modo, a sua bagagem cultural e o seu autoconhecimento individual.
Uma das formas privilegiadas de aprendizagem, da língua e da cultura portuguesas assenta precisa-
mente na leitura de obras literárias marcantes, redigidas por escritores inolvidáveis para a História da
Cultura, tais como Almeida Garrett, Gil Vicente, Padre António Vieira, Camilo Castelo Branco, Eça de
Queirós, Fernando Pessoa, Luís Vaz de Camões, e tantos outros. Foram selecionados os últimos qua-
tro autores, para o desenvolvimento deste trabalho.
FDC
Emissão– 01.12.65
Lisboa
FDC
Emissão: 07.03.57
Lisboa
2. LUIS VAZ DE CAMÕES (1524?-1580)
Foi um poeta português, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes
poetas da tradição ocidental.
Nascido, de uma família da pequena nobreza. Ainda jovem, terá recebido uma sólida educação nos
moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e a história antigas e modernas. Fre-
quentou a corte de D. João III. Iniciou a sua carreira como poeta lírico, vivenciando uma vida boémia e
turbulenta. Entre amores, batalhas, prisões e uma série de adversidades, escreveu a sua obra mais co-
nhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas. Que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal.
É o maior representante do Classicismo Português.
1524/1525? Nasce em Lisboa
1541 Curso de artes (Coimbra)
1549 Cruzada em Ceuta. Perca do
olho em combate
1551 Volta a Lisboa. É preso após
duelo com um cavaleiro real
1553 É perdoado. Parte para o
Oriente servindo como solda-
do
1554 Parte para Goa. Naufrágio no
Rio Nekong
1556 É eleito provedor-mor em
Em Macau
Flâmula “Quarto Centenário da Publicação de Os Lusiadas”, emis-
são: 26.12.72. Lisboa
Postal máximo, emissão: 27.12.72. Porto
3. Após a publicação de Os Lusíadas, recebeu uma pequena pensão do rei D. Sebastião pelos serviços
prestados à Coroa, mas nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades para se manter.
Após a sua morte, a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras
de teatro cómico. Pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de
alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia e influenciando gerações de
poetas em vários países. Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro câ-
none; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade da sua pátria e é uma referência para toda
a comunidade lusófona e internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado
um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-
se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.
O programa do Português do 10º ano, contempla o estudo de Rimas e de Os Lusíadas.
1562 É novamente preso por não
pagar as dívidas
1567 Embarca rumo a Moçambique
1570 Com a ajuda de amigos,
volta à pátria. Trazendo
consigo os 10 cantos de
Os Lusíadas
1572 1ª edição de Os Lusíadas,
Patrocinada pelo rei
1580 Morre a 10 de Junho, na
pobreza e miséria
Carta circulada: Beja (21.09.41) → Lisboa (22.09.41)
Posta máximo. Emissão: 20.04.83. Belém
4. “As armas e os barões assinalados Que, da ocidental praia lusitana, Por mares nunca de antes nave-
gados Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a
força humana, entre gente remota edificaram Novo reino, que tanto sublimaram. ..... Cantando espa-
lharei por toda a parte, Se a tanto me ajudar o engenho e arte” - Os Lusíadas, Canto I
Carimbos de 1º dia Camões / Os Lusíadas
FDC. Emissão: 10.06.69. Lourenço Marques
5. CAMILO CASTELO BRANCO (1825-1890)
Foi um dos maiores escritores portugueses do século XIX. "Amor de Perdição" foi a sua novela mais im-
portante. As suas novelas passionais fazem do escritor o representante típico do Ultra Romantismo em
Portugal. Foi um dos primeiros escritores portugueses a viver exclusivamente do que escrevia.
Nasceu em 1825, Lisboa, oriundo de uma família da aristocracia. Órfão de mãe aos dois anos de idade
e de pai aos dez anos, o que lhe criou um carácter de eterna insatisfação com a vida.
Na adolescência, formou-se lendo os clássicos portugueses e latinos e literatura eclesiástica. Ao mesmo
tempo desenvolveu o seu carácter instável, irrequieto e irreverente levando-o a um estilo de vida tumul-
tuoso na altura e ao longo da sua vida.
Participou na Revolta da Maria da Fonte, em 1846, tendo combatido ao lado da guerrilha Miguelista. Por
esse feito, em 1885 seria-lhe concedido pelo rei D. Luís o título de 1.º Visconde de Correia Botelho.
1825 Nasce em Lisboa
1827 Morre a mãe
1835 Morre o pai
1844 Frequenta o curso de medicina
(Universidade do Porto)
1845 Estreia-se na poesia.
Nasce Eça de Queiroz
1846 Estreia-se no teatro e jornalismo
1855 Publica A Filha do Arcediago
1856 Onde Está a Felicidade?
1858 Vingança
1860 É preso. É visitado pelo rei D.
Pedro V
1861 O Romance de um Homem Rico,
peça de teatro O Morgado de
Fafe
1862 Amor de Perdição, Memórias do
Cárcere
Carta registada Elvas (08.01.92) → Lisboa (09.01.92)
Posta Máximo. Emissão: 11.07.90. V.N. Famalicão
Carimbo 1º dia. Emissão: 11.07.90. Lisboa
6. FDC. missão: 15.11.91. Lisboa + moeda
comemorativa do 1º Cent. da Morte de
Camilo Castelo Branco. Valor facial: 100$
AFINSA Nº 299-314
7. A partir de 1848, faz uma vida de boémia repleta de paixões, repartindo o seu tempo entre os cafés e
os salões burgueses, e dedicando-se entretanto ao jornalismo e escrita.
A sua vida atribulada deu-lhe a inspiração para os temas das suas novelas. A sua produção literária é
extensa, com mais de uma centena de obras. Produziu poesia, teatro, historiografia, contos, romances
e novelas históricas, de aventuras e passionais.
1863 O Bem e o Mal
1864 Vinte Horas de Liteira
1865 A Queda de um Anjo, a peça
de teatro O morgado de Fafe
Amoroso
1868 O Retrato de Ricardina
1870 Mulher Fatal
1872 Recebe o imperador do Brasil
D. Pedro II
1874 O Regicida
1877 Novelas do Minho
1878 Acentuam-se os problemas de
Visão
1879 Eusébio Macário
1882 A Brasileira de Prazins
1885 O Rei atribui-lhe o título de
Visconde
1889 Homenagem em Lisboa, numa
iniciativa de João de Deus
1888 Nasce Fernando Pessoa
1990 Cego, suicida-se com um tiro de
pistola a 1 de Junho na sua
casa em Famalicão
Postal circulado, 04.10.34, Alenquer
Postal circulado, Lisboa (11.05.34) → Köln (Alemanha)
Postal circulado, Lisboa (24.08.35) → Hoogerheid (Holanda)
8. Em Fevereiro de 1869, recebeu do governo de Espanha a Comenda de Carlos III.
Nos seus últimos anos da vida, evidencía níveis de instabilidade emocional, dificuldades financeiras, afe-
tado por múltiplas doenças, constantemente preocupado com a família disfuncional. Faleceu em Vila No-
va de Famalicão a 01 de Junho de 1890.
A sua obra é predominantemente romântica. Os modelos clássicos vão ter sempre peso na sua produção
literária. imensamente influenciado por Almeida Garrett. Contudo, a fidelidade à linguagem e aos costu-
mes populares, vão permanecer como algumas das suas maiores qualidades.
O programa do Português do 11º ano, adota o estudo da sua obra Amor de Perdição de 1862.
Bilhete postal. Emissão: 16.11.12. V.N. Famalicão
Bilhete postal. Emissão: 19.03.16. Ribeira de Pena
9. EÇA DE QUEIROZ (1845-1900)
Eça de Queiroz nasceu na Póvoa de Varzim a 25 de novembro de 1845. Foi um escritor e diplomata
português. É considerado um dos mais importantes escritores portugueses da história. Foi autor
de romances de reconhecida importância, de Os Maias e O Crime do Padre Amaro, entre outros.
Passou a sua infância e adolescência longe da família, sendo criado pelos avós paternos. Em 1861 in-
gressou no curso de Direito da Universidade de Coimbra, onde contactou com Antero de Quental e
Teófilo Braga. Em 1867 foi morar para Lisboa onde se dedicou à advocacia. Ai iniciou-se no jornalismo,
e na sua carreira literária.
1845 Nasce na Póvoa do Varzim
1845-1855 Infância e adolescência em
Verdemilho
1861-1866 Faculdade de direito de Coimbra
1867 Vem viver para Lisboa. Inicia-se
na advocacia e jornalismo
1869 Viagem pelo Egipto e Canal de
Suez
1871 Publica As Farpas
1872 É nomeado 1º cônsul. Colocado
em Havana
1874 Transferência para o consulado
De Newcastle.
1875 O crime do Padre Amaro
Carta circulada Florianópolis (07.11.95) → Porto
Carimbo 1º dia. Emissão: 27.10.95. Póvoa do Varzim
Carimbo de 1º dia. Emissão: 02.09.95
Póvoa do Varzim
10. Postal Máximo. Emissão: 25.11.95. Póvoa do Varzim Postal Máximo. Emissão: 25.09.95. Lisboa
Carta registada, carimbo comemorativo, 16.08.00, Lisboa, marca diária, 16.08.00, Braga
11. Em 1872, ingressa na carreira diplomática. Os anos entre 1874 e 1888, foram os mais produtivos da
sua carreira literária. Em 1875, publica "O Crime do Padre Amaro". O seu primeiro grande trabalho, um
marco inicial do Realismo em Portugal.
Os Maias (1888) é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX. Notabi-
lizou-se pela originalidade e riqueza do seu estilo e linguagem, o realismo descritivo; e pela crítica soci-
al constante nos seus romances. Foi o único romancista português que conquistou fama internacional
na sua época.
Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris.
O programa do Português do 11º ano, contempla o estudo de Os Maias e A Ilustre Casa de Ramires.
FDC, Emissão: 25, 07, 18, Lisboa
1878 O Primo Basílio
1880 O Mandarim
1883 Membro da Academia Real
das Ciências
1888 Nomeado cônsul de Paris.
Os Maias.
Nasce Fernando Pessoa
1891 Tradução das Minas de Salo-
mão
1894 A Ilustre Casa de Ramires
1896 Um Génio que era um Santo
1900 A Correspondência de Fradi
que Mendes. A Cidade e as
Serras. Morte de doença pro
longada, Neully (França)
FDCB circulado em correio azul, 25.07.18, Lisboa
Flâmula Eça Régio, 31.02.01, Lisboa
13. FERNANDO PESSOA (1888-1935)
Fernando Pessoa foi um poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor,
empresário, correspondente comercial, crítico literário e comentador político. foi um dos mais importan-
tes poetas da língua portuguesa e figura central do Modernismo português. Poeta lírico e nacionalista
cultivou uma poesia voltada aos temas tradicionais de Portugal e ao seu lirismo saudosista, que expres-
sa reflexões sobre o seu “eu profundo”, as suas inquietações, solidão e tédio.
É o mais universal poeta português. Por ter sido educado na África do Sul, chegou a ter maior familiari-
dade com o idioma inglês do que com o português e escreveu os seus primeiros poemas nesse idioma.
Nasceu em Lisboa em 1888. A sua infância e adolescência foram marcadas por factos que o influencia-
riam posteriormente. Em 1893, aos 5 anos falece o seu pai de tuberculose. E o seu irmão um ano de-
pois. Em 1896, a sua mãe volta a casar-se e a família viaja para Durban ( África do Sul). Aluno brilhan-
te, recebeu uma educação católica e durante o seu percurso estudantil iniciara-se já na prosa e poesia.
1887 Nasce Ricardo Reis
1888 FP nasce em Lisboa
1889 Nasce Alberto Caeiro
1890 Nasce Álvaro de Campos
1893 Morre o pai de Tuberculose
1896 Parte para Durban
1903 Publica o seu 1º poema em
inglês “The Minor´s Song”
1905 Regresso definitivo a Lisboa
Flâmula, 13.5.88, Santa Maria da Feira
Postal Máximo, 02.10.85, Lisboa
14. Deixando a família em Durban, regressa definitivamente a Lisboa, em 1905. Em 1912, Inicia a sua ati-
vidade de ensaísta e crítico literário. Frequenta a tertúlia literária no café A Brasileira, no Largo do Chi-
ado em Lisboa. Mais tarde, já nos anos vinte, o seu café preferido seria o Martinho da Arcada, na Pra-
ça do Comércio, onde escrevia e se encontrava com amigos e escritores.
Em 1915 participou na revista literária Orpheu, a qual lançou o movimento modernista em Portugal,
causando algum escândalo e muita controvérsia. Em 1924, Fernando Pessoa lançou a revista Athena,
na qual fixou o «drama em gente» dos seus heterónimos, publicando poesias de Ricardo Reis, Álvaro
de Campos e Alberto Caeiro, bem como do ortónimo Fernando Pessoa.
No dia 30 de Novembro de 1935, falece no Hospital de São Luís dos Franceses, em Lisboa.
O programa do 12º ano da disciplina de Português contempla o estudo de Fernando Pessoa: poesia
dos heterónimos / ortónimo, Livro do Desassossego, e A Mensagem.
1909 Abre uma Tipografia/Editora
em Lisboa
1915 Publica a Revista Orpheu.
Morre Alberto Caeiro
1919 Ricardo Reis exila-se no Brasil
1920 Aluga a sua casa, atual Casa
Fernando Pessoa.
Cria a Olissipo, editora de livros
1922 Publica o único livro de poesia
em português em vida, O Ban-
queiro Anarquista
1923 O Governador Civil de Lisboa
ordena a apreensão de vários
livros “imorais” da sua editora
1924 Início da publicação da revista
Athena
Selo e Carimbo conjuntos Brasil/Portugal, 07.09.12, Brasília
Postal Máximo, 30.11.85, Lisboa
15. 1934 Publica A Mensagem
1935 Morre a 30 de Novembro
1942 Poesias de Fernando Pessoa
1944 Poesias de Álvaro de Campos
1945 3º Edição de A Mensagem
1946 Poesias de Alberto Caeiro,
Odes de Ricardo Reis
1952 Poemas Dramáticos
1982 Livro do desassossego
Postal Máximo, 03.10.11, Madrid
Postal Máximo, 14.06.88. Lisboa
16. Nas palavras do heterónimo Bernardo Soares escreveu, "a minha pátria é a língua portuguesa"
Postal Máximo, 28.10.85, Lisboa
Postal Máximo, 14.11.85, Lisboa