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História e MemóriaDocumento e Monumento Jacques Le Goff
A memória coletiva e a sua forma cientifica, a História, apresenta-se sob duas formas principais:  Os Documentos  e Os Monumentos.
Monumentos. Os monumentos , herança do passado, tem como características o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária, das sociedades históricas ( é um legado à memória coletiva) e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos escritos. Originalmente o documento se opunha ao monumento.
Documentos. Termo latino Documentum derivado de docere, "ensinar", evoluiu para o significado de "prova". Com a escola positivista, o documento triunfa. A partir de então, todo o historiador recordará que é indispensável o recurso do documento
Contudo é somente com os Annales que o historiador amplia seu olhar sobre as fontes e com isso o documento muda. “Não há História sem documentos", com esta precisão: " Há que tomar a palavra ‘documento’ no sentido mais amplo, documento escrito, ilustrado,transmitido pelo som, a imagem, ou de qualquer outra maneira".
A Crítica: O dever principal do historiador é a crítica do documento - qualquer que seja ele - enquanto monumento. O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que ai detinham o poder. Só a análise do documento monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e o historiador usá-lo cientificamente, isto é, com conhecimento de causa.
Para Foucault o problema da História está em questionar os documentos.  Desestruturar o documento evidenciando o seu caráter de monumento.“O documento não é inócuo. É, antes de mais nada, o resultado de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história da época, da sociedade que o produziram, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver, talvez esquecido, durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silêncio”
Mas importa salientar que todo documento tem em si um caráter de monumento e não existe memória coletiva bruta. Resulta do esforço das sociedades históricas para impor ao futuro – voluntária ou involuntariamente – determinada imagem de si próprias” “... não existe um documento-verdade. Todo o documento é mentira... falso, porque um monumento é em primeiro lugar uma roupagem, uma aparência enganadora, uma montagem.
É preciso começar por desmontar, demolir esta montagem, desestruturar esta construção e analisar as condições de produção dos documentos-monumentos”  “... importa não isolar os documentos do conjunto de monumentos de que fazem parte”
Criação e Apresentação: Nila Michele Bastos Santos Historiadora, Psicopedagoga, Professora da Rede Municipal e Privada de São Luis –Ma. Professora Da Faculdade Santa Fé  Email: nilamichele@yahoo.com.br

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Documento e monumento

  • 1. História e MemóriaDocumento e Monumento Jacques Le Goff
  • 2. A memória coletiva e a sua forma cientifica, a História, apresenta-se sob duas formas principais: Os Documentos e Os Monumentos.
  • 3. Monumentos. Os monumentos , herança do passado, tem como características o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária, das sociedades históricas ( é um legado à memória coletiva) e o reenviar a testemunhos que só numa parcela mínima são testemunhos escritos. Originalmente o documento se opunha ao monumento.
  • 4. Documentos. Termo latino Documentum derivado de docere, "ensinar", evoluiu para o significado de "prova". Com a escola positivista, o documento triunfa. A partir de então, todo o historiador recordará que é indispensável o recurso do documento
  • 5. Contudo é somente com os Annales que o historiador amplia seu olhar sobre as fontes e com isso o documento muda. “Não há História sem documentos", com esta precisão: " Há que tomar a palavra ‘documento’ no sentido mais amplo, documento escrito, ilustrado,transmitido pelo som, a imagem, ou de qualquer outra maneira".
  • 6. A Crítica: O dever principal do historiador é a crítica do documento - qualquer que seja ele - enquanto monumento. O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que ai detinham o poder. Só a análise do documento monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e o historiador usá-lo cientificamente, isto é, com conhecimento de causa.
  • 7. Para Foucault o problema da História está em questionar os documentos. Desestruturar o documento evidenciando o seu caráter de monumento.“O documento não é inócuo. É, antes de mais nada, o resultado de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história da época, da sociedade que o produziram, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver, talvez esquecido, durante as quais continuou a ser manipulado, ainda que pelo silêncio”
  • 8. Mas importa salientar que todo documento tem em si um caráter de monumento e não existe memória coletiva bruta. Resulta do esforço das sociedades históricas para impor ao futuro – voluntária ou involuntariamente – determinada imagem de si próprias” “... não existe um documento-verdade. Todo o documento é mentira... falso, porque um monumento é em primeiro lugar uma roupagem, uma aparência enganadora, uma montagem.
  • 9. É preciso começar por desmontar, demolir esta montagem, desestruturar esta construção e analisar as condições de produção dos documentos-monumentos” “... importa não isolar os documentos do conjunto de monumentos de que fazem parte”
  • 10. Criação e Apresentação: Nila Michele Bastos Santos Historiadora, Psicopedagoga, Professora da Rede Municipal e Privada de São Luis –Ma. Professora Da Faculdade Santa Fé Email: nilamichele@yahoo.com.br