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Departamento de Ciências da Educação
Curso do 1º Ciclo em Ciências da Educação
Unidade Curricular de Educação Comparada
         Ano Lectivo 2009/2010
           2º Ano 1º Semestre




          Portugal vs Irlanda




       Docente: Nuno Silva Fraga
       Discentes: Ângela Marques
                 Luísa Teixeira
                 Nelita Caetano




                Funchal
Introdução

       O presente trabalho pretende analisar o desempenho dos alunos portugueses e
irlandeses com a idade de15 anos, no âmbito dos resultados internacionais da OCDE,
nas áreas de literacia matemática, leitura e científica. Esta análise foi inspirada
sobretudo no relatório Pisa de 2000, 2003 e 2006 referente aos 2 países em estudo,
Portugal e Irlanda. Feita esta pesquisa tentamos fazer uma comparação no âmbito do
sucesso/insucesso escolar, que era no fundo o objectivo principal da nossa investigação.
Constatamos ainda e para finalizar que, existe muitas outras variáveis que podem
influenciar o sucesso/insucesso como é o caso da escolaridade obrigatória, e a situação
socioeconómica e cultural das famílias.




                                                                                      2
Portugal e Irlanda


       “ A finalidade da EC não é a de oferecer modelos para imitar ou para recusar
mas a de compreender os povos e aprender com as suas experiencias educacionais e
culturais. (…) A finalidade da EC, não é a de melhorar um sistema educativo
isoladamente considerado mas a de melhorar a educação no mundo inteiro através da
melhoria de sistemas educativos concretos.” (Garcia Garrido)
       É a partir da Comparação entre dois sistemas educativos Europeus, Irlanda e
Portugal, que o nosso blogue se incidirá, onde ficará bem expresso as variáveis
abordadas o Sucesso e Insucesso Escolar no Secundário, com o fundo de análise e
estudo no PISA.
As etapas a percorrer serão bem convincentes, com base no que fora facultado pelo
docente, Descrever, Interpretar Justapor e Comparar segundo o Método Comparativo
de Bereday. Serão examinados todos os documentos, com foco maior nas divergências
educativas dos dois países em questão.
       Daremos uma leve explicação sobre cada um dos passos acima descritos:
Descrição: “ O comparatista devia tentar obter dados necessários a uma exposição
tanto objectiva quanto sucinta. “
Interpretação: “ (…) tentar interpretar os dados com recurso a métodos de outras
ciências sociais.”
Justaposição: “ Fazer o primeiro confronto para estabelecer o Tertium comparationis e
definir a hipótese sujeita a estudo na etapa seguinte. (…)”
Comparação: “ Devia proceder-se à comparação, isto é, a análise simultânea da
educação além fronteiras nacionais. “
       As “Fases do Método” segundo Bereday, apontam as duas primeiras como
“primordialmente descritiva”, este método é o que mais contribuiu para a educação
contemporânea e sua história.




                                                                                    3
PISA - OECD Programme for International Student Assessment


          O seu autor é conhecido por ser, um físico consagrado de 45 anos, Andreas
Schleicher.
          O programa onde recai o nosso estudo é intitulado de PISA, “Programa
Internacional de Avaliação de Alunos”, lançado em 1997 pela OCDE.
          Este programa alerta para os problemas da educação, seguindo uma linha
trianual, aplicada em diversos países, com ênfase em áreas como as Ciências, Língua
Materna (leitura) e Matemática.
          O primeiro ano em que foi lançado, 2000, a área inicial escolhida foi a Leitura
(Língua Materna), abrangeu 265 000 alunos de 32 países na casa dos 15 anos de idade.
Em Portugal, o primeiro ano de implementação do PISA, decorreu em 149 instituições
de ensino “( sendo 138 públicas e 11 privadas)”, com alunos do 5º ao 11º ano, que ao
todo deu cerca de 4604 participantes.
          Em 2003 a Matemática foi destaque de avaliação de 250 000 alunos de 41
países. Em Portugal, 4608 alunos abrangidos entre o 7º e o 11º ano de escolaridade de
153 escolas “( sendo 141 públicas e 12 privadas)”.
          O ano de 2006 incidiu mais na Ciência, a quantidade de países que aderiram ao
PISA subiu, somando 60 países e 2000 000 alunos de 70 000 escolas. Portugal
contribuiu para a percentagem, tocando 172 escolas “ (sendo 152 públicas e 20
privadas) ”, com o total de 5109 alunos do segundo ciclo.
          Os países em estudo neste ano foram: “Argentina, Alemanha, Austrália, Áustria,
Azerbaijão, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia, Dinamarca,
Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Federação Russa,
Finlândia, França, Grécia, Hong Kong - China, Hungria, Indonésia, Islândia, Irlanda,
Israel, Itália, Japão, Jordânia, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Macau -
China, México, Montenegro, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Portugal,
Qatar, Quirguistão, Reino Unido, República Checa, República da Croácia, Roménia,
Sérvia, Suécia, Suíça, Tailândia, Taipei - China, Tunísia, Turquia, Uruguai.”
          O ano transacto ainda não foi finalizado, os seus dados ainda permanecem em
estudo, mas podemos antever uma maior adesão quer de países como de instituições de
ensino.



                                                                                       4
Selecção dos Alunos
       O processo de selecção dos alunos, foi efectuado nas faixas etárias dos 15 aos 16
anos de idade, a condição é a de frequentarem o ensino regular independentemente da
condição da instituição. A selecção é aleatória.
       Portugal, teve como principal objectivo a participação das regiões NUT II, esta
regiões são, “ (…) (NUT II) - Alentejo, Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Norte,
Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira - e a dimensão de cada
escola. (…)”, outro factor a ter em consideração foi a classe social dos alunos.
O objectivo a alcançar
        A conclusão de cada ano, servirá de instrumento de trabalho de cada país, para
melhorar o sistema educativo de cada um, na vida dos jovens e salvaguardado o seu
futuro académico.
Coordenadores
       Cada um dos países têm um coordenador, é este que ficará a cargo de toda a
elaboração do PISA no seu país e onde recairá toda a responsabilidade de executar a
tarefa de coordenação e entrega dos dados.
Manual do Coordenador
       O manual do coordenador, tem como objectivo informar a instituição de ensino,
quais as normas a serem seguidas no projecto.
       O coordenador é escolhido em cada escola, com base no seu currículo, o seu
trabalho é o de estar em linha directa com as entidades do PISA, com o GAVE e os
Aplicadores de Teste.
       Têm uma lista de tarefas que devem ser seguidas com exactidão, elas abrangem
áreas como, as datas dos testes, informar a GAVE e o PISA sobre a selecção dos alunos
o cuidadoso processo de informar alunos, pais e docentes sobre o programa e sua
finalidades, garantir que tem o numero necessário de funcionários suficientes para o
programa, avaliar todo o processo confirmando cuidadosamente salas, horas e dias entre
muitas outras coisas, pois o seu trabalho abrange um vasto leque de domínios.
       Os testes devem ser efectuados entre 20 de Abril e 31 Maio, correspondendo a
cada coordenador escolher as datas e informar a AT. A realização dos testes demora
aproximadamente três horas e trinta minutos, repartidos entre entrega, leitura, execução
e intervalo entre tempos. No dia dos testes, o Inspector do PISA visitará as escolas de



                                                                                      5
forma aleatória sem aviso prévio, para observar e garantir que este processo seja
executado de forma correcta.
       Os alunos com necessidades educativas especiais, têm de ser classificados como
tal. Na altura da selecção e entrega da lista com o nome e dados de cada um, existem
alguns que não podem participar, apesar do objectivo do PISA ser abrangente ao
máximo.
       A todos os alunos, é obrigatório a presença e a posse de calculadora, sendo que
no esquecimento ou avaria do aparelho, o coordenador fica responsável pela
substituição.
       Na Irlanda no ano de 2000, 2003 e 2006 estava a frente da organização, Judith
Cosgrove, em 2009 era Rachel Perkins e Jude Cosgrove.
       No que respeita a Portugal, em 2000, o cargo era ocupado por Glória Ramalho,
em 2003 e 2006 por Lídia Padinha e em 2009, o cargo foi partilhado por, Anabela
Serrão e Carlos Pinto Ferreira.
       Todos os países colocam à disponibilidade dados, que podem vir a ajudar os que
necessitem de pesquisar algo sobre cada um deles. Neste caso iremos colocar só os
correspondentes à análise da, Irlanda e Portugal.


       “Ireland
       Rachel Perkins
       Educational Research Centre
       St Patrick's College
       Drumcondra, Dublin 9
       Ireland
       Tel: (353) 1 837 3789 / 353 1806 5224
       Fax: (353) 1 837 8997
       Email: rachael.perkins@erc.ie; pisa@erc.ie




       Portugal
       M. Anabela Serrão
       GAVE - Gabinete de Avaliação Educacional - Educational Evaluation
       Department

                                                                                    6
Ministério da Educação - Ministry of Education
        15, Travessa Terras de Sant'Ana, 15
        1250-269 Lisboa
        Portugal
        Phone: (+351) 213 895 200
        Fax:   (+351) 213 895 150
        E-mail: pisa@gave.min-edu.pt; anabela.serrao@gave.min-edu.pt “


                     Resultado do estudo Internacional do PISA


        A recolha dos dados foi efectuada em 32 países, juntando 265 000 alunos de 15
anos.
        Neste ano visou-se avaliar as capacidades cognitivas dos jovens, em áreas como,
a utilização dos seus conhecimentos para a resolução dos problemas, em vertentes como
na literacia em literatura, matemática e ciências, aprofundando as suas compreensões
em conceitos fundamentais, finalizando na captação dos objectivos e perspectivas
destes, face ao seu futuro académico.
        Agrupando diversos países membros da OCDE, e não só, é coordenado por uma
organizada teia de instituições e de especialistas.
        A primeira secção observada, é a da literatura, relacionando com os resultados
internacionais, quanto a segunda, focara os estudantes portugueses em vertentes da
matemática e ciências. A última parte do estudo, será direccionada para conclusões da
participação de Portugal neste programa.


                    Organização e Desenvolvimento do PISA 2000


        Na primeira vez em que este estudo foi realizado no nosso pais, foram alvo de
estudo 149 instituições de ensino, 138 do publico e 11 do privado, somando ao todo
4605 alunos. Algumas destas escolas fazem parte da comunidade das regiões NUT II no
que concerne aos alunos, a escolha é completamente aleatória.




                                                                                     7
Resultados do desempenho dos alunos Portugueses no contexto Internacional –
                               Literacia em Literatura.

    Gráfico

A avaliação destes alunos, corresponde a cinco níveis de classificação:

                                                    Mais de 650 pontos (aluno
       Nível 5
                                                    excelente)

       Nível 4                                      Entre 553 2 625 pontos

       Nível 3                                      Entre 481 e 552 pontos

       Nível 2                                      Entre 408 e 480 pontos

                                                    Não são capazes de realizar tarefas
       Nível 1
                                                    básicas do PISA

       Nível 0                                      Nível muito Baixo




                                                                                          8
Distribuição dos níveis de Desempenho

    Gráfico

Comparação entre Portugal e Irlanda




       A observação cuidada deste gráfico, com base no estudo realizado, evidencia a
grande problemática do nosso país e a colocação da Irlanda acima da média da OCDE.
       A média da União Europeia é taxada de 60%, Portugal encontra-se abaixo deste
valor, aproximadamente de 50%, enquanto a Irlanda supera o valor médio da OCDE.
Esta é a narrativa do gráfico acima exposto.




          Nível 5             04% Em Portugal           09% Média OCDE
          Nível 4             17% Em Portugal           22% Média OCDE
          Nível 3             27% Em Portugal           29% Média OCDE
          Nível 2             25% Em Portugal           22% Média OCDE

                                                                                     9
Nível 1          17% Em Portugal                12% Média OCDE



  Gráfico

O que difere um aluno de 4 e um de 1

Para obter estes dados, a análise dos questionários elaborados pelos alunos no início do
processo, são a palavra-chave para a resposta.




       A grande discrepância entre os dois agregados, corresponde às estratégias de
estudo utilizadas, ou seja, os educandos com desempenho elevado, possuem estratégias
mais bem organizadas, é uma boa assimilação de matérias sabendo equiparar dados, o
gosto pela leitura e a diversidade de obras lidas, são lícitos assinaláveis de uma
disparidade, mas outros campos de ensino são também tocados, entre alunos de nível 4
e os de 1.
       O ponto em concordância, é a utilização da memorização, mas é no grupo mais
baixo, que a memorização significa um estratagema de estudo.
       O factor família, é algo a ter em apreciação, um meio familiar coeso e rico em
cultura, é a causa primordial para uma distinção significativa entre os dois grupos.


Desempenho Médios

                                                                                       10
Neste campo, vamos enquadrar os resultados dos alunos do nosso país, em
relação aos nossos camaradas europeus e não só, na topografia da literacia em leitura.



   •   Irlanda Média de 527

   •   Portugal Média de 470




    Gráfico

   No gráfico de comparação

Este gráfico é fundamental para a confrontação entre as estatísticas, de Portugal e
Irlanda, tendo como base uma avaliação enumeraria, da seguinte forma,

                                                    É classificada como desempenho
                                                    médio significativamente acima do
                        1
                                                    país de comparação


                                                    Sem     diferença   estatisticamente
                                                    significativamente acima do pais
                        0
                                                    de comparação

                                                    Desempenho                    médio
                                                    significativamente abaixo do país
                        -1
                                                    de comparação



       É evidente no quadro, que entre Portugal e Irlanda existe um grande fosso,
verifica-se uma avaliação indigna do nosso país, com um nível de comparação com
Irlanda de -1, facto que ao contrário, já não sucede, com uma nota de 1, ou seja, bem
melhor que Portugal.

Desempenho dos alunos portugueses por região NUT II

       Neste gráfico, temos a oportunidade de verificar as notas por regiões do nosso
país, constata-se que a Madeira é das regiões com a nota mais baixa, com cerca de 425
                                                                                         11
pontos, muito abaixo da média nacional, a que mais sobressai é Lisboa e Vale do Tejo,
com a anotação mais alta de todas as regiões, permanecendo acima da média nacional e
igualando a da OCDE.
       Já no que consta aos sexos, no nosso país, o sexo feminino demonstra uma
grande percentagem de sucesso de cerca de 482 (perto dos 500 da união), já no sexo
masculino os 452 ficam aquém do sexo oposto. Estes dados europeus, são semelhantes
aos portugueses, com o sexo feminino a liderar a tabela de sucesso escolar.



Desempenho dos Alunos Portugueses na Escala Global de Leitura,
por Ano de Escolaridade

       É-nos demonstrado um gráfico que estabelece uma justaposição, entre os anos
escolares, é notório que o 10º e 11º estão cimentados acima da média da OCDE, já as
restantes escolaridades estão muito abaixo.

Desempenho dos Alunos Portugueses de Acordo com o Tipo de Tarefa de Leitura:
Extracção da Informação, Interpretação e Reflexão e/ou Avaliação


       Este campo tende a desvendar as semelhanças e as diferenças no sucesso da
literatura, nos mais vastos campos, em todos os países enquadrados no PISA. Nos
gráficos A; B E C, confere três tipos de estruturas, A) extracção de informação; B)
Interpretação; C) reflexão/ avaliação.
       Vamos descodificar, estas patentes em Portugal e Irlanda, e ver qual dos dois
esta mais bem classificado.



Quadro A; B: C

         Quadros                         Portugal                     Irlanda

 Extracção de Informação       Um pouco acima dos 520       Abaixo da média, cerca de
                                                                        450

       Interpretação           Um pouco acima dos 520       Abaixo da média, cerca de
                                                                        460

   Reflexão/Avaliação          Um pouco acima dos 540       Abaixo da média, cerca de


                                                                                    12
480

       Média da OCDE                    500 Pontos                  500 Pontos



        Ressalta sempre a mesma conclusão, Irlanda situa-se sempre acima da média,
competindo pelos primeiros lugares do pódio, já Portugal fica retraído, à semelhança de
outros países fica abaixo da média e longe de alcançar a Irlanda.
        A que frisar, que estes resultados podem ter sido influenciados pela dificuldade
da tarefa, levando a algum insucessos dos resultados.


Analise dos resultados Portugueses.
        Nota-se neste campo que aos portugueses, ao serem apresentados textos
literários, demonstram maior facilidade nos narrativos, com maior gosto pela narração,
apresentando elevadas capacidades cognitivas, elevando mesmo a média portuguesa
para próximo da média da OCDE. Já nos outros estilos literários, os portugueses são
mais fracos, engrossando a estimativa dos membros mais baixos.

RESULTADOS DO DESEMPENHO DOS
ALUNOS PORTUGUESES NO
CONTEXTO INTERNACIONAL – LITERACIA MATEMÁTICA


        Os procedimentos neste campo são idênticos ao anterior, as normas de
classificação são também idênticas com contextos de avaliação iguais.
Resultados médios:
   •    Irlanda média de 503

   •    Portugal média de 454

   Como na literatura, os resultados a matemática são deveras preocupantes, com uma
taxa abaixo da média da OCDE, sendo que a Irlanda desceu significativamente
aproximando-se drasticamente da média, ao contrário do campo anterior, ocupando o
centro da tabela do conjunto de todos os países.
   Na avaliação de, 1; 0 e -1, os resultados são os seguintes, Irlanda vs Portugal com a
nota de 1; Portugal Irlanda -1, igual a anterior.
Distribuição do Desempenho.

                                                                                     13
Fica claro no texto a seguinte finalização, Irlanda 212, com uma menor variação
    e Portugal tem um intervalo de 258 pontos.


    RESULTADOS DO DESEMPENHO DOS
    ALUNOS PORTUGUESES NO
    CONTEXTO INTERNACIONAL – LITERACIA CIENTÍFICA


           Neste campo, como nos dois a cima descritos os resultados não se alteram, a
    Irlanda supera a média da União e Portugal fica a baixo, com a mesma classificação.
•   Irlanda média de 513
•   Portugal média de 459

    DESEMPENHO DOS ALUNOS E INVESTIMENTO EM
    EDUCAÇÃO NOS VÁRIOS PAÍSES


           Para este item, foi necessário a utilização das três áreas em foco neste estudo,
    para entendermos qual o investimento real feito pelos países participantes deste
    programa. Uma das variáveis para estes resultados, sucesso e insucesso, é o financeiro,
    ou seja, quanto mais rico mais sucesso terá, mas não é bem assim, porque o
    investimento feito, não significou uma taxa de aprovação acima da média da OCDE.
           No que concerne, ao nosso pais, o investimento feito, não elevou o resultado,
    nem de longe.


                       Resultados dos alunos portugueses no PISA 2003


    Literacia Matemática
           A informação recolhida no PISA 2003 aborda essencialmente os resultados
    alcançados pelos alunos portugueses referentes à literacia matemática, no âmbito dos
    resultados internacionais, e as literacias da leitura e ciências.
           Através dos dados fornecidos pelo PISA, conseguimos apurar que existe alguma
    disparidade na distribuição das percentagens dos países da OCDE. Cerca de 30% dos
    alunos portugueses apresentam o nível igual ou inferior a 1 em literacia matemática
    enquanto a média de alunos nesta situação dos países da OCDE é de 21%.


                                                                                          14
Comparando os níveis mais altos de alunos na mesma área, mais uma vez faz-se
notar as desigualdades entre Portugal e os restantes países, ou seja, 15% de alunos dos
restantes países da OCDE estão nos níveis 5 ou 6, em Portugal apenas 5% se encontram
nesta situação.


Literacia em contexto de Leitura
       No relatório do PISA 2003 podemos verificar que as áreas de leitura e de
ciências tiveram um tempo de avaliação inferior que a literacia matemática.
Os resultados obtidos em 2003 em literacia de leitura persistem os mesmos que no ano
2000, sendo que, ouve uma pequena alteração de 494 para 500 pontos dada a entrada de
novos países na OCDE.
       Verifica-se no entanto que tal como em 2000, Portugal conta com 48% dos
alunos no nível 2, a média da OCDE essa proporção é de 42%.


Literacia Científica
       Como já foi dito anteriormente, o tempo de avaliação na literacia científica
também foi menor, daí os resultados não se apresentarem tão aprofundados.
A média apurada em Portugal foi de 468, pois mais uma vez verifica-se que o
desempenho dos alunos se situa muito abaixo dos países das OCDE.


                   Resultados dos alunos irlandeses no PISA 2003


       Na Irlanda o cenário altera-se, as médias da literacia matemática, literacia em
contexto de leitura e literacia científica são claramente mais elevadas que a média
apresentada pela OCDE.
       Os resultados irlandeses apresentam-se distribuídos da seguinte forma: na
literacia matemática a média é de 502.8, a média da OCDE é de 500, em literacia em
contexto de leitura exibe uma média de 515.5 enquanto na OCDE é de 494.2, na
literacia científica o valor é de 505.4 na OCDE a média é de 499.6.
       Estes valores dão à Irlanda uma vantagem significativa em relação a Portugal, no
ranking da OCDE colocando este país nos lugares mais privilegiados das estatísticas
mundiais.



                                                                                    15
Resultados do PISA 2006


       No Pisa 2006 para além de termos os dados relativos a 2006, podemos ainda
compará-los com 2000 e 2003 e constatar o seu sucesso ou insucesso, na área das
ciências, matemática e português.
Para facilitar a interpretação da pontuação atribuída aos alunos, a escala foi construída
de modo a ter uma média de 500 entre os países da OCDE.
       Os alunos portugueses obtiveram em 2006 um nível global médio de
desempenho em literacia cientifica de 474, sendo que, quanto mais elevado o ano de
escolaridade dos alunos, maior o seu desempenho médio. Este desempenho médio, não
só fica abaixo do conjunto de países da OCDE, mas também abaixo no conjunto dos 25
países da União Europeia, que tem uma média global de 497.
       Tal como aconteceu nas ciências o desempenho médio global dos alunos
portugueses em literacia de leitura, também ficou abaixo do nível médio do conjunto de
países da OCDE neste caso em Portugal o valor foi de 472 em 2006.
       Relativamente a literacia matemática o desempenho médio global é ainda mais
baixo do que nas áreas de português ou ciências, tendo no ciclo de 2006 sido o mesmo
valor de 2003 que foi de 466.


                         Dados do PISA 2006 relativos à Irlanda


       A média da Irlanda em literacia científica é de 508.0, o que significa uma média
acima da média da OCDE que é de 500. Para a literacia de leitura a Irlanda tem o valor
de 517.3, comparando neste caso com 491.8 da OCDE, ficando assim na quinta posição,
em relação aos 29 países que fazem parte deste grupo. Na literacia matemática o seu
valor é mais baixo (501.5), mas mesmo assim está acima do valor médio da OCDE, que
é de 497.7.




              Factores ou variáveis que levam ao sucesso e insucesso escolar




                                                                                      16
Ao abordar esta temática, demos a conhecer as variáveis que contribuíram, para
os resultados demonstrados ao longo desta investigação, é uma forma prática de
legitimar a comparação consumada entre os dois países.
       São inconstantes e vastos os motivos que levam ao abandono escolar, abrange
alunos e familiares, tocando em factores sócias e culturais em que estas pessoas estão
inseridas.
       As variáveis para este abandono atingem, quase sempre, agentes sociais e
culturais, como já fora referenciado, também não podemos afastar a questão económica,
que está a braços com a crise financeira e o grave aumento do desemprego dos
cônjuges, a implementação da escolaridade obrigatória e o aumento dos preços também
a nível escolar, engrossam todo o insucesso patente no nosso país.
       A Irlanda testemunha grandes vantagens no ensino, o governo implementou a lei
de escolaridade gratuita, factor distinto de Portugal, o que faculta uma taxa de sucesso
escolar acima da média da OCDE. Similarmente é de realçar, os valores culturais bem
mais fortificados, como por exemplo, o nível tecnológico apreciado, com todas as
escolas providas de computadores, para todos os aprendizes, um baixo índice de
abandono escolar precoce é o efeito invejado pelo nosso país.
       Descrevendo cada um dos factores, iniciaremos com o factor cultural e social,
Portugal é o país de acolhimento de inúmeros imigrantes das mais variadas
nacionalidades e religiões, abarcando desde já inúmeros problemas como a inserção das
crianças em idade escolar, barreiras como a língua, a religião e valores morais, já a
Irlanda, não se apresenta estes problemas, pelo menos não tão altos, aumentando o seu
sucesso.
       O segundo factor de contribuição para o sucesso/insucesso é as famílias, ou seja,
o meio familiar é o alicerce para um aluno empenhado e crescido cognitivamente, se
estes reforçarem a importância dos estudos e auxiliarem ferramentas para tal, terão
filhos com notas mais altas. O factor económico (terceiro ponto), nas famílias mais
carenciadas com fracos recursos económicos, existem aquelas que estão dispostas a
fazer esforços para dar aos seus educandos uma boa escolaridade, ou então, pode-se
observar o contrário.
       Os dados que agrupamos, encaminha-nos a considerar quais os factores que
contribuíram para o sucesso dos dois países de comparação. O sucesso escolar, é fonte
de um estruturado regime político, como já fora citado, a Irlanda complementa-se com

                                                                                     17
uma lei de bases do sistema educativo proveitosa para os seus alunos, já Portugal, é
exactamente o contrário.
       Para uma resolução desse problema, exaltaremos as seguintes afirmações, em
modo de desfecho, a entrada na creche ou vulgarmente chamado ensino pré-escolar,
pois sem ser rígido como o normal, contribui para uma boa adaptação. Todos os alunos
devem ser detentores de um computador, acompanhamento contínuo dos docentes,
elementos com que os alunos se identifiquem dentro da instituição de ensino, uma boa
organização da escola fomentada por uma mão forte na liderança, iniciativas e
divulgação de actividades, como o plano nacional da leitura, as olimpíadas de
matemática, clubes de ciências, entre muitas outras.




                              Referências Bibliográficas


       Fontes:

                                                                                 18
http://www.erc.ie
       http://www.gave.min-edu.pt
       http://www.gepe.min-edu.pt
       http://www.educare.pt
       http://tv1.rtp.pt
       Capucha, L., Albuquerque, J. L., Rodrigues, N., Estevão, P. (2009). Mais
escolaridade - Realidade e ambição. Estudo preparatório do alargamento da
escolaridade obrigatória. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, I. P.




                                                                                19

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Comparação PISA Portugal Irlanda

  • 1. Departamento de Ciências da Educação Curso do 1º Ciclo em Ciências da Educação Unidade Curricular de Educação Comparada Ano Lectivo 2009/2010 2º Ano 1º Semestre Portugal vs Irlanda Docente: Nuno Silva Fraga Discentes: Ângela Marques Luísa Teixeira Nelita Caetano Funchal
  • 2. Introdução O presente trabalho pretende analisar o desempenho dos alunos portugueses e irlandeses com a idade de15 anos, no âmbito dos resultados internacionais da OCDE, nas áreas de literacia matemática, leitura e científica. Esta análise foi inspirada sobretudo no relatório Pisa de 2000, 2003 e 2006 referente aos 2 países em estudo, Portugal e Irlanda. Feita esta pesquisa tentamos fazer uma comparação no âmbito do sucesso/insucesso escolar, que era no fundo o objectivo principal da nossa investigação. Constatamos ainda e para finalizar que, existe muitas outras variáveis que podem influenciar o sucesso/insucesso como é o caso da escolaridade obrigatória, e a situação socioeconómica e cultural das famílias. 2
  • 3. Portugal e Irlanda “ A finalidade da EC não é a de oferecer modelos para imitar ou para recusar mas a de compreender os povos e aprender com as suas experiencias educacionais e culturais. (…) A finalidade da EC, não é a de melhorar um sistema educativo isoladamente considerado mas a de melhorar a educação no mundo inteiro através da melhoria de sistemas educativos concretos.” (Garcia Garrido) É a partir da Comparação entre dois sistemas educativos Europeus, Irlanda e Portugal, que o nosso blogue se incidirá, onde ficará bem expresso as variáveis abordadas o Sucesso e Insucesso Escolar no Secundário, com o fundo de análise e estudo no PISA. As etapas a percorrer serão bem convincentes, com base no que fora facultado pelo docente, Descrever, Interpretar Justapor e Comparar segundo o Método Comparativo de Bereday. Serão examinados todos os documentos, com foco maior nas divergências educativas dos dois países em questão. Daremos uma leve explicação sobre cada um dos passos acima descritos: Descrição: “ O comparatista devia tentar obter dados necessários a uma exposição tanto objectiva quanto sucinta. “ Interpretação: “ (…) tentar interpretar os dados com recurso a métodos de outras ciências sociais.” Justaposição: “ Fazer o primeiro confronto para estabelecer o Tertium comparationis e definir a hipótese sujeita a estudo na etapa seguinte. (…)” Comparação: “ Devia proceder-se à comparação, isto é, a análise simultânea da educação além fronteiras nacionais. “ As “Fases do Método” segundo Bereday, apontam as duas primeiras como “primordialmente descritiva”, este método é o que mais contribuiu para a educação contemporânea e sua história. 3
  • 4. PISA - OECD Programme for International Student Assessment O seu autor é conhecido por ser, um físico consagrado de 45 anos, Andreas Schleicher. O programa onde recai o nosso estudo é intitulado de PISA, “Programa Internacional de Avaliação de Alunos”, lançado em 1997 pela OCDE. Este programa alerta para os problemas da educação, seguindo uma linha trianual, aplicada em diversos países, com ênfase em áreas como as Ciências, Língua Materna (leitura) e Matemática. O primeiro ano em que foi lançado, 2000, a área inicial escolhida foi a Leitura (Língua Materna), abrangeu 265 000 alunos de 32 países na casa dos 15 anos de idade. Em Portugal, o primeiro ano de implementação do PISA, decorreu em 149 instituições de ensino “( sendo 138 públicas e 11 privadas)”, com alunos do 5º ao 11º ano, que ao todo deu cerca de 4604 participantes. Em 2003 a Matemática foi destaque de avaliação de 250 000 alunos de 41 países. Em Portugal, 4608 alunos abrangidos entre o 7º e o 11º ano de escolaridade de 153 escolas “( sendo 141 públicas e 12 privadas)”. O ano de 2006 incidiu mais na Ciência, a quantidade de países que aderiram ao PISA subiu, somando 60 países e 2000 000 alunos de 70 000 escolas. Portugal contribuiu para a percentagem, tocando 172 escolas “ (sendo 152 públicas e 20 privadas) ”, com o total de 5109 alunos do segundo ciclo. Os países em estudo neste ano foram: “Argentina, Alemanha, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Chile, Colômbia, Coreia, Dinamarca, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos da América, Estónia, Federação Russa, Finlândia, França, Grécia, Hong Kong - China, Hungria, Indonésia, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Jordânia, Letónia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Macau - China, México, Montenegro, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polónia, Portugal, Qatar, Quirguistão, Reino Unido, República Checa, República da Croácia, Roménia, Sérvia, Suécia, Suíça, Tailândia, Taipei - China, Tunísia, Turquia, Uruguai.” O ano transacto ainda não foi finalizado, os seus dados ainda permanecem em estudo, mas podemos antever uma maior adesão quer de países como de instituições de ensino. 4
  • 5. Selecção dos Alunos O processo de selecção dos alunos, foi efectuado nas faixas etárias dos 15 aos 16 anos de idade, a condição é a de frequentarem o ensino regular independentemente da condição da instituição. A selecção é aleatória. Portugal, teve como principal objectivo a participação das regiões NUT II, esta regiões são, “ (…) (NUT II) - Alentejo, Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Norte, Região Autónoma dos Açores e Região Autónoma da Madeira - e a dimensão de cada escola. (…)”, outro factor a ter em consideração foi a classe social dos alunos. O objectivo a alcançar A conclusão de cada ano, servirá de instrumento de trabalho de cada país, para melhorar o sistema educativo de cada um, na vida dos jovens e salvaguardado o seu futuro académico. Coordenadores Cada um dos países têm um coordenador, é este que ficará a cargo de toda a elaboração do PISA no seu país e onde recairá toda a responsabilidade de executar a tarefa de coordenação e entrega dos dados. Manual do Coordenador O manual do coordenador, tem como objectivo informar a instituição de ensino, quais as normas a serem seguidas no projecto. O coordenador é escolhido em cada escola, com base no seu currículo, o seu trabalho é o de estar em linha directa com as entidades do PISA, com o GAVE e os Aplicadores de Teste. Têm uma lista de tarefas que devem ser seguidas com exactidão, elas abrangem áreas como, as datas dos testes, informar a GAVE e o PISA sobre a selecção dos alunos o cuidadoso processo de informar alunos, pais e docentes sobre o programa e sua finalidades, garantir que tem o numero necessário de funcionários suficientes para o programa, avaliar todo o processo confirmando cuidadosamente salas, horas e dias entre muitas outras coisas, pois o seu trabalho abrange um vasto leque de domínios. Os testes devem ser efectuados entre 20 de Abril e 31 Maio, correspondendo a cada coordenador escolher as datas e informar a AT. A realização dos testes demora aproximadamente três horas e trinta minutos, repartidos entre entrega, leitura, execução e intervalo entre tempos. No dia dos testes, o Inspector do PISA visitará as escolas de 5
  • 6. forma aleatória sem aviso prévio, para observar e garantir que este processo seja executado de forma correcta. Os alunos com necessidades educativas especiais, têm de ser classificados como tal. Na altura da selecção e entrega da lista com o nome e dados de cada um, existem alguns que não podem participar, apesar do objectivo do PISA ser abrangente ao máximo. A todos os alunos, é obrigatório a presença e a posse de calculadora, sendo que no esquecimento ou avaria do aparelho, o coordenador fica responsável pela substituição. Na Irlanda no ano de 2000, 2003 e 2006 estava a frente da organização, Judith Cosgrove, em 2009 era Rachel Perkins e Jude Cosgrove. No que respeita a Portugal, em 2000, o cargo era ocupado por Glória Ramalho, em 2003 e 2006 por Lídia Padinha e em 2009, o cargo foi partilhado por, Anabela Serrão e Carlos Pinto Ferreira. Todos os países colocam à disponibilidade dados, que podem vir a ajudar os que necessitem de pesquisar algo sobre cada um deles. Neste caso iremos colocar só os correspondentes à análise da, Irlanda e Portugal. “Ireland Rachel Perkins Educational Research Centre St Patrick's College Drumcondra, Dublin 9 Ireland Tel: (353) 1 837 3789 / 353 1806 5224 Fax: (353) 1 837 8997 Email: rachael.perkins@erc.ie; pisa@erc.ie Portugal M. Anabela Serrão GAVE - Gabinete de Avaliação Educacional - Educational Evaluation Department 6
  • 7. Ministério da Educação - Ministry of Education 15, Travessa Terras de Sant'Ana, 15 1250-269 Lisboa Portugal Phone: (+351) 213 895 200 Fax: (+351) 213 895 150 E-mail: pisa@gave.min-edu.pt; anabela.serrao@gave.min-edu.pt “ Resultado do estudo Internacional do PISA A recolha dos dados foi efectuada em 32 países, juntando 265 000 alunos de 15 anos. Neste ano visou-se avaliar as capacidades cognitivas dos jovens, em áreas como, a utilização dos seus conhecimentos para a resolução dos problemas, em vertentes como na literacia em literatura, matemática e ciências, aprofundando as suas compreensões em conceitos fundamentais, finalizando na captação dos objectivos e perspectivas destes, face ao seu futuro académico. Agrupando diversos países membros da OCDE, e não só, é coordenado por uma organizada teia de instituições e de especialistas. A primeira secção observada, é a da literatura, relacionando com os resultados internacionais, quanto a segunda, focara os estudantes portugueses em vertentes da matemática e ciências. A última parte do estudo, será direccionada para conclusões da participação de Portugal neste programa. Organização e Desenvolvimento do PISA 2000 Na primeira vez em que este estudo foi realizado no nosso pais, foram alvo de estudo 149 instituições de ensino, 138 do publico e 11 do privado, somando ao todo 4605 alunos. Algumas destas escolas fazem parte da comunidade das regiões NUT II no que concerne aos alunos, a escolha é completamente aleatória. 7
  • 8. Resultados do desempenho dos alunos Portugueses no contexto Internacional – Literacia em Literatura.  Gráfico A avaliação destes alunos, corresponde a cinco níveis de classificação: Mais de 650 pontos (aluno Nível 5 excelente) Nível 4 Entre 553 2 625 pontos Nível 3 Entre 481 e 552 pontos Nível 2 Entre 408 e 480 pontos Não são capazes de realizar tarefas Nível 1 básicas do PISA Nível 0 Nível muito Baixo 8
  • 9. Distribuição dos níveis de Desempenho  Gráfico Comparação entre Portugal e Irlanda A observação cuidada deste gráfico, com base no estudo realizado, evidencia a grande problemática do nosso país e a colocação da Irlanda acima da média da OCDE. A média da União Europeia é taxada de 60%, Portugal encontra-se abaixo deste valor, aproximadamente de 50%, enquanto a Irlanda supera o valor médio da OCDE. Esta é a narrativa do gráfico acima exposto. Nível 5 04% Em Portugal 09% Média OCDE Nível 4 17% Em Portugal 22% Média OCDE Nível 3 27% Em Portugal 29% Média OCDE Nível 2 25% Em Portugal 22% Média OCDE 9
  • 10. Nível 1 17% Em Portugal 12% Média OCDE  Gráfico O que difere um aluno de 4 e um de 1 Para obter estes dados, a análise dos questionários elaborados pelos alunos no início do processo, são a palavra-chave para a resposta. A grande discrepância entre os dois agregados, corresponde às estratégias de estudo utilizadas, ou seja, os educandos com desempenho elevado, possuem estratégias mais bem organizadas, é uma boa assimilação de matérias sabendo equiparar dados, o gosto pela leitura e a diversidade de obras lidas, são lícitos assinaláveis de uma disparidade, mas outros campos de ensino são também tocados, entre alunos de nível 4 e os de 1. O ponto em concordância, é a utilização da memorização, mas é no grupo mais baixo, que a memorização significa um estratagema de estudo. O factor família, é algo a ter em apreciação, um meio familiar coeso e rico em cultura, é a causa primordial para uma distinção significativa entre os dois grupos. Desempenho Médios 10
  • 11. Neste campo, vamos enquadrar os resultados dos alunos do nosso país, em relação aos nossos camaradas europeus e não só, na topografia da literacia em leitura. • Irlanda Média de 527 • Portugal Média de 470  Gráfico No gráfico de comparação Este gráfico é fundamental para a confrontação entre as estatísticas, de Portugal e Irlanda, tendo como base uma avaliação enumeraria, da seguinte forma, É classificada como desempenho médio significativamente acima do 1 país de comparação Sem diferença estatisticamente significativamente acima do pais 0 de comparação Desempenho médio significativamente abaixo do país -1 de comparação É evidente no quadro, que entre Portugal e Irlanda existe um grande fosso, verifica-se uma avaliação indigna do nosso país, com um nível de comparação com Irlanda de -1, facto que ao contrário, já não sucede, com uma nota de 1, ou seja, bem melhor que Portugal. Desempenho dos alunos portugueses por região NUT II Neste gráfico, temos a oportunidade de verificar as notas por regiões do nosso país, constata-se que a Madeira é das regiões com a nota mais baixa, com cerca de 425 11
  • 12. pontos, muito abaixo da média nacional, a que mais sobressai é Lisboa e Vale do Tejo, com a anotação mais alta de todas as regiões, permanecendo acima da média nacional e igualando a da OCDE. Já no que consta aos sexos, no nosso país, o sexo feminino demonstra uma grande percentagem de sucesso de cerca de 482 (perto dos 500 da união), já no sexo masculino os 452 ficam aquém do sexo oposto. Estes dados europeus, são semelhantes aos portugueses, com o sexo feminino a liderar a tabela de sucesso escolar. Desempenho dos Alunos Portugueses na Escala Global de Leitura, por Ano de Escolaridade É-nos demonstrado um gráfico que estabelece uma justaposição, entre os anos escolares, é notório que o 10º e 11º estão cimentados acima da média da OCDE, já as restantes escolaridades estão muito abaixo. Desempenho dos Alunos Portugueses de Acordo com o Tipo de Tarefa de Leitura: Extracção da Informação, Interpretação e Reflexão e/ou Avaliação Este campo tende a desvendar as semelhanças e as diferenças no sucesso da literatura, nos mais vastos campos, em todos os países enquadrados no PISA. Nos gráficos A; B E C, confere três tipos de estruturas, A) extracção de informação; B) Interpretação; C) reflexão/ avaliação. Vamos descodificar, estas patentes em Portugal e Irlanda, e ver qual dos dois esta mais bem classificado. Quadro A; B: C Quadros Portugal Irlanda Extracção de Informação Um pouco acima dos 520 Abaixo da média, cerca de 450 Interpretação Um pouco acima dos 520 Abaixo da média, cerca de 460 Reflexão/Avaliação Um pouco acima dos 540 Abaixo da média, cerca de 12
  • 13. 480 Média da OCDE 500 Pontos 500 Pontos Ressalta sempre a mesma conclusão, Irlanda situa-se sempre acima da média, competindo pelos primeiros lugares do pódio, já Portugal fica retraído, à semelhança de outros países fica abaixo da média e longe de alcançar a Irlanda. A que frisar, que estes resultados podem ter sido influenciados pela dificuldade da tarefa, levando a algum insucessos dos resultados. Analise dos resultados Portugueses. Nota-se neste campo que aos portugueses, ao serem apresentados textos literários, demonstram maior facilidade nos narrativos, com maior gosto pela narração, apresentando elevadas capacidades cognitivas, elevando mesmo a média portuguesa para próximo da média da OCDE. Já nos outros estilos literários, os portugueses são mais fracos, engrossando a estimativa dos membros mais baixos. RESULTADOS DO DESEMPENHO DOS ALUNOS PORTUGUESES NO CONTEXTO INTERNACIONAL – LITERACIA MATEMÁTICA Os procedimentos neste campo são idênticos ao anterior, as normas de classificação são também idênticas com contextos de avaliação iguais. Resultados médios: • Irlanda média de 503 • Portugal média de 454 Como na literatura, os resultados a matemática são deveras preocupantes, com uma taxa abaixo da média da OCDE, sendo que a Irlanda desceu significativamente aproximando-se drasticamente da média, ao contrário do campo anterior, ocupando o centro da tabela do conjunto de todos os países. Na avaliação de, 1; 0 e -1, os resultados são os seguintes, Irlanda vs Portugal com a nota de 1; Portugal Irlanda -1, igual a anterior. Distribuição do Desempenho. 13
  • 14. Fica claro no texto a seguinte finalização, Irlanda 212, com uma menor variação e Portugal tem um intervalo de 258 pontos. RESULTADOS DO DESEMPENHO DOS ALUNOS PORTUGUESES NO CONTEXTO INTERNACIONAL – LITERACIA CIENTÍFICA Neste campo, como nos dois a cima descritos os resultados não se alteram, a Irlanda supera a média da União e Portugal fica a baixo, com a mesma classificação. • Irlanda média de 513 • Portugal média de 459 DESEMPENHO DOS ALUNOS E INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO NOS VÁRIOS PAÍSES Para este item, foi necessário a utilização das três áreas em foco neste estudo, para entendermos qual o investimento real feito pelos países participantes deste programa. Uma das variáveis para estes resultados, sucesso e insucesso, é o financeiro, ou seja, quanto mais rico mais sucesso terá, mas não é bem assim, porque o investimento feito, não significou uma taxa de aprovação acima da média da OCDE. No que concerne, ao nosso pais, o investimento feito, não elevou o resultado, nem de longe. Resultados dos alunos portugueses no PISA 2003 Literacia Matemática A informação recolhida no PISA 2003 aborda essencialmente os resultados alcançados pelos alunos portugueses referentes à literacia matemática, no âmbito dos resultados internacionais, e as literacias da leitura e ciências. Através dos dados fornecidos pelo PISA, conseguimos apurar que existe alguma disparidade na distribuição das percentagens dos países da OCDE. Cerca de 30% dos alunos portugueses apresentam o nível igual ou inferior a 1 em literacia matemática enquanto a média de alunos nesta situação dos países da OCDE é de 21%. 14
  • 15. Comparando os níveis mais altos de alunos na mesma área, mais uma vez faz-se notar as desigualdades entre Portugal e os restantes países, ou seja, 15% de alunos dos restantes países da OCDE estão nos níveis 5 ou 6, em Portugal apenas 5% se encontram nesta situação. Literacia em contexto de Leitura No relatório do PISA 2003 podemos verificar que as áreas de leitura e de ciências tiveram um tempo de avaliação inferior que a literacia matemática. Os resultados obtidos em 2003 em literacia de leitura persistem os mesmos que no ano 2000, sendo que, ouve uma pequena alteração de 494 para 500 pontos dada a entrada de novos países na OCDE. Verifica-se no entanto que tal como em 2000, Portugal conta com 48% dos alunos no nível 2, a média da OCDE essa proporção é de 42%. Literacia Científica Como já foi dito anteriormente, o tempo de avaliação na literacia científica também foi menor, daí os resultados não se apresentarem tão aprofundados. A média apurada em Portugal foi de 468, pois mais uma vez verifica-se que o desempenho dos alunos se situa muito abaixo dos países das OCDE. Resultados dos alunos irlandeses no PISA 2003 Na Irlanda o cenário altera-se, as médias da literacia matemática, literacia em contexto de leitura e literacia científica são claramente mais elevadas que a média apresentada pela OCDE. Os resultados irlandeses apresentam-se distribuídos da seguinte forma: na literacia matemática a média é de 502.8, a média da OCDE é de 500, em literacia em contexto de leitura exibe uma média de 515.5 enquanto na OCDE é de 494.2, na literacia científica o valor é de 505.4 na OCDE a média é de 499.6. Estes valores dão à Irlanda uma vantagem significativa em relação a Portugal, no ranking da OCDE colocando este país nos lugares mais privilegiados das estatísticas mundiais. 15
  • 16. Resultados do PISA 2006 No Pisa 2006 para além de termos os dados relativos a 2006, podemos ainda compará-los com 2000 e 2003 e constatar o seu sucesso ou insucesso, na área das ciências, matemática e português. Para facilitar a interpretação da pontuação atribuída aos alunos, a escala foi construída de modo a ter uma média de 500 entre os países da OCDE. Os alunos portugueses obtiveram em 2006 um nível global médio de desempenho em literacia cientifica de 474, sendo que, quanto mais elevado o ano de escolaridade dos alunos, maior o seu desempenho médio. Este desempenho médio, não só fica abaixo do conjunto de países da OCDE, mas também abaixo no conjunto dos 25 países da União Europeia, que tem uma média global de 497. Tal como aconteceu nas ciências o desempenho médio global dos alunos portugueses em literacia de leitura, também ficou abaixo do nível médio do conjunto de países da OCDE neste caso em Portugal o valor foi de 472 em 2006. Relativamente a literacia matemática o desempenho médio global é ainda mais baixo do que nas áreas de português ou ciências, tendo no ciclo de 2006 sido o mesmo valor de 2003 que foi de 466. Dados do PISA 2006 relativos à Irlanda A média da Irlanda em literacia científica é de 508.0, o que significa uma média acima da média da OCDE que é de 500. Para a literacia de leitura a Irlanda tem o valor de 517.3, comparando neste caso com 491.8 da OCDE, ficando assim na quinta posição, em relação aos 29 países que fazem parte deste grupo. Na literacia matemática o seu valor é mais baixo (501.5), mas mesmo assim está acima do valor médio da OCDE, que é de 497.7. Factores ou variáveis que levam ao sucesso e insucesso escolar 16
  • 17. Ao abordar esta temática, demos a conhecer as variáveis que contribuíram, para os resultados demonstrados ao longo desta investigação, é uma forma prática de legitimar a comparação consumada entre os dois países. São inconstantes e vastos os motivos que levam ao abandono escolar, abrange alunos e familiares, tocando em factores sócias e culturais em que estas pessoas estão inseridas. As variáveis para este abandono atingem, quase sempre, agentes sociais e culturais, como já fora referenciado, também não podemos afastar a questão económica, que está a braços com a crise financeira e o grave aumento do desemprego dos cônjuges, a implementação da escolaridade obrigatória e o aumento dos preços também a nível escolar, engrossam todo o insucesso patente no nosso país. A Irlanda testemunha grandes vantagens no ensino, o governo implementou a lei de escolaridade gratuita, factor distinto de Portugal, o que faculta uma taxa de sucesso escolar acima da média da OCDE. Similarmente é de realçar, os valores culturais bem mais fortificados, como por exemplo, o nível tecnológico apreciado, com todas as escolas providas de computadores, para todos os aprendizes, um baixo índice de abandono escolar precoce é o efeito invejado pelo nosso país. Descrevendo cada um dos factores, iniciaremos com o factor cultural e social, Portugal é o país de acolhimento de inúmeros imigrantes das mais variadas nacionalidades e religiões, abarcando desde já inúmeros problemas como a inserção das crianças em idade escolar, barreiras como a língua, a religião e valores morais, já a Irlanda, não se apresenta estes problemas, pelo menos não tão altos, aumentando o seu sucesso. O segundo factor de contribuição para o sucesso/insucesso é as famílias, ou seja, o meio familiar é o alicerce para um aluno empenhado e crescido cognitivamente, se estes reforçarem a importância dos estudos e auxiliarem ferramentas para tal, terão filhos com notas mais altas. O factor económico (terceiro ponto), nas famílias mais carenciadas com fracos recursos económicos, existem aquelas que estão dispostas a fazer esforços para dar aos seus educandos uma boa escolaridade, ou então, pode-se observar o contrário. Os dados que agrupamos, encaminha-nos a considerar quais os factores que contribuíram para o sucesso dos dois países de comparação. O sucesso escolar, é fonte de um estruturado regime político, como já fora citado, a Irlanda complementa-se com 17
  • 18. uma lei de bases do sistema educativo proveitosa para os seus alunos, já Portugal, é exactamente o contrário. Para uma resolução desse problema, exaltaremos as seguintes afirmações, em modo de desfecho, a entrada na creche ou vulgarmente chamado ensino pré-escolar, pois sem ser rígido como o normal, contribui para uma boa adaptação. Todos os alunos devem ser detentores de um computador, acompanhamento contínuo dos docentes, elementos com que os alunos se identifiquem dentro da instituição de ensino, uma boa organização da escola fomentada por uma mão forte na liderança, iniciativas e divulgação de actividades, como o plano nacional da leitura, as olimpíadas de matemática, clubes de ciências, entre muitas outras. Referências Bibliográficas Fontes: 18
  • 19. http://www.erc.ie http://www.gave.min-edu.pt http://www.gepe.min-edu.pt http://www.educare.pt http://tv1.rtp.pt Capucha, L., Albuquerque, J. L., Rodrigues, N., Estevão, P. (2009). Mais escolaridade - Realidade e ambição. Estudo preparatório do alargamento da escolaridade obrigatória. Lisboa: Agência Nacional para a Qualificação, I. P. 19