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Notas de estudo sobre
User-Defined Components
por
Nécio de Lima Veras
Objetivo
Estes slides objetivam documentar um estudo
sobre a programação de agentes em sistemas
multi-agentes, especificamente, o capítulo 7
(componentes definidos pelo usuário) do livro
Programming Multi-Agent Systems in
AgentSpeak Using Jason. A ideia é investigar
as formas de implementar arquiteturas
(diferentes à BDI) de agentes no Jason.
Introdução do capítulo
●

●

Jason é distribuído com um conjunto de funcionalidade
para desenvolvimento de Agentes;
No entanto, desenvolvedores sempre necessitam de
requisitos específicos em seus sistemas, tais como:
–

Acesso à base de dados;

–

Integração com sistemas legados;

–

Interfaces gráficas;

–

Capacidades e percepções personalizadas de agentes;

–

Manipulação de intenções especiais;

–

Muitos outros.....
Introdução do capítulo
●

●

●

●

Para atender a essas especificidades uma abordagem baseada em
extensibilidade foi adotada no projeto Jason;
Como o próprio Jason é escrito em Java, então essas extensões
envolvem também a linguagem Java;
É possível desenvolver agentes com uma linguagem totalmente
declarativa (AgentSpeak) e também estender a linguagem com
bibliotecas e componentes criados usando o paradigma tradicional
da OO;
Novos comandos podem ser adicionados à linguagem por meio de
ações internas e diversos componentes (ambos escritos em Java)
do interpretador podem ser personalizados;
–

Para isso, existe uma API disponível;
Introdução do capítulo
●

Há dois motivos para a criação de ação interna:
–

–

●

Ampliar as capacidades internas do Agentes (quando a OO for
mais cabível do que o paradigma do AgentSpeak);
Permitir que seja usado código legado já programado em Java
ou em outras linguagens (acessíveis por meio do JNI – Java
Native Interface);

Existem algumas ações (padrão) internas no Jason, tais como:
–
–

.send

–

.my_name

–
●

.print

Uma lista completa está no apêndice A.3 do livro.

Além disso é possível também personalizar e estender diferentes
componentes do interpretador;
Definindo uma nova ação interna
●

●

●

Ações internas definidas pelo usuário podem ser
organizadas em bibliotecas específicas;
Em AgentSpeak, uma AI é acessada pelo nome da
biblioteca seguido por um “.” e pelo nome da ação;
Exemplo:
–

Uma nova AI chamada de distance dentro de uma
biblioteca chamada math pode ser usada tanto no
contexto ou no corpo de um plano do código
AgentSpeak;
Definindo uma nova ação interna
●

●

Bibliotecas são definidas como packages em
Java e cada AI é uma classe Java dentro do
pacote;
Lembre-se que em AgentSpeak
identificadores que iniciam com letras
maiúsculas indicam variáveis;
–

Por isso nomes de bibliotecas e de ações internas
em Java devem iniciar com letras minúsculas
já que serão usadas no AgentSpeak;
Mesmo sendo um
antipadrão OO
Definindo uma nova ação interna
●

●

Todas as classes que definem uma AI deve implementar a
interface InternalAction;
Existe uma implementação padrão desta interface que
simplifica a criação de novas AI chamada de
DefaultInternalAction;
Definindo uma nova ação interna
●

Exemplo:
Definindo uma nova ação interna
●

Entendendo o exemplo:
–

O método sobrescrito execute é chamado pelo interpretador
AgentSpeak para executar a AI;

–

O argumento ts contém todas as informações sobre o estado
atual do agente;

–

O segundo (un) é uma função unificadora que é determinado
pela execução do plano onde a AI apareceu (ou a checagem
se o plano é aplicável);
●
●

–

Isso depende se a AI surgiu no contexto ou em um plano;
Essa função unificadora é importante para o caso do valor ligado a
variáveis AgentSpeak for necessário para a implementação da AI;

O terceiro é um array de termos e contém os argumentos
passados para a AI pelo usuário no código AgentSpeak que
chama a AI;
Definindo uma nova ação interna
●

O segundo método de DefaultInternalAction
–

Chamado de suspendIntention
●

Deve retornar true quando a AI causar uma suspensão
do estado da intenção, assim como
–

●

.at e também .send com askOne como performativa;

Por padrão o método retorna false;

–

O usuário precisa garantir que a intenção será
retomada quando for o caso (se o método
suspendIntention for sobrescrito);

–

O código Java para execução da ação interna
math.distance possui três etapas:
Passo 1:
● obter as referências dos parâmetros

Passo 2:
● Realizar os cálculos

Passo 3:
● Organizar, unificar e retornar os
resultados
Definindo uma nova ação interna
●

●

Para o caso da AI ter sido usada no contexto
do plano retornar falso significa que o plano
não é aplicável;
Quando usado em um corpo de um plano,
retornar falso irá causar uma falha no plano;
Exemplo alternativo (um bingo!)
●

●

Existe um ambiente (Cartago) será um “bingo” onde números serão
sorteados depois de X cartelas “vendidas”;
Existem dois agentes: um proprietário (owner) e um jogador (player);
–

O owner cria o artefato “Bingo” e monitora-o a fim de perceber se as X
cartelas foram vendidas. Feito isso, ele realiza uma operação no
ambiente para iniciar o sorteio;

–

O player fica “vagando” até encontrar o artefato “bingo”. Ao encontrar
realiza uma operação de “compra” para participar do sorteio. Após isso
sua função é monitorar o ambiente esperando por números sorteados
(informados por meio de sinais) e pelo final do sorteio.
●

Este possui uma internal action chamada de buildCard que fica
no pacote ias. Ela gera aleatoriamente uma cartela de N números
com um um teto T para o sorteio dos números.
Ação interna buildCard
package ias;
public class buildCard extends DefaultInternalAction{
private Set <Integer> box = new HashSet <Integer>();
@Override
public Object execute (TransitionSystem ts, Unifier un, Term[] args) throws Exception{
NumberTerm size = (NumberTerm) args[0];
NumberTerm max= (NumberTerm) args[1];
Random r = new Random();
while (box.size() < size.solve())
box.add(r.nextInt((int)max.solve()) + 1);
ListTerm result = new ListTermImpl();
for (Integer i : box){
Term t = new NumberTermImpl(i);
result.add(t);
}
return un.unifies(result, args[2]);
}
}

//tamanho da cartela
// TETO para um numero sorteado

//garantir a não repetição dos números da
cartela

//converter a cartela em um feedback para o
agente
Estrutura e planos do agente Player
/* Initial beliefs and rules */
/* Initial goals */
!participate.
/* Plans */
+!participate: true<?myArtifact (ID);
focus(ID);
sell; //buy
- adquire uma cartela
println("Comprei uma cartela ...no bingo:", ID);
Chamada para a ação interna
ias.buildCard(5, 40, Card);
.concat("Cartela:", Card,S);
println(S);
Registrando a cartela na base de crença
+myCard(Card);
Hit = 0;
Registrando o número de acertos na base de crença
+myHits(Hit).
+?myArtifact(C) : true <lookupArtifact("b0", C).
-?myArtifact(Art) : true <.wait(1000);
println("Esperando por um bingo.");
!participate.
Percepções do agente Player
//Perceptions of the signals
+status(S) : S == "sorted" & myCard(Card) & myHits(Hit) <?numSorted(V);
println("Opa, percebi um numero sorteado ... ", V);
if (.member(V, Card) ) {
+myHits(Hit+1);
println("acertei:", V, " Ate agora acertei ", Hit+1, " numero(s) em um total de ", .length(Card));
}.
+myHits(Hit) : myCard(Card) <if (Hit == .length(Card)){
print("Gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnhhhhhhhhhhheeeeeeeeiiiiiii!!");
winner;
}.
+status(S) :
S == "started" <println("Legal! Bingo inciado!").
+status(S) :
S == "stoped" <println("Ahhhh .. já acabou.").
//Percepctions of the Observable Properties
+numSorted(V).
Personalizando a classe Agente
●

Partindo do ponto de vista do interpretador AgentSpeak um
agente é:
–

Um conjunto de crenças;

–

Um conjunto de planos;

–

Algumas funções de seleção definidas pelo usuário;

–

Funções de confiança (uma relação socialmente aceitável para
mensagens recebidas);

–

A função de atualização de crença;

–

A função de revisão de crenças;

–

Elementos circunstanciais (eventos pendentes, intenções e outras
estruturas necessárias durante a interpretação de um agente em
AgentSpeak);
Personalizando a classe Agente
●

●

A implementação padrão destas funções está
na classe Agent que pode ser customizada
por desenvolvedores a fim de estender
funcionalidades básicas;
Alguns dos métodos da classe pode ser
enxergado no diagrama a seguir;
Personalizando a classe Agente
Personalizando a classe Agente
●

Métodos da classe Agent que
normalmente são
sobrescritos:
–

selectMessage
(Queue<Message> mailbox)
●

●

●

Seleciona a mensagem que será
manipulada no atual ciclo de
raciocínio;
Na implementação padrão o
método retorna e remove a
primeira mensagem na caixa do
agente;
Implementa a função SM

Recorte do ciclo de raciocínio Jason
Personalizando a classe Agente
●

Métodos da classe Agent
que normalmente são
sobrescritos:
–

selectEvent
(Queue<Event> events);

–

Seleciona o evento que será
manipulado no atual ciclo de
raciocínio;

–

A implementação padrão
remove e retorna o primeiro
evento na fila;

–

Implementa a função SE

Recorte do ciclo de raciocínio Jason
Personalizando a classe Agente
Recorte do ciclo de raciocínio Jason
●

Métodos da classe Agent que
normalmente são sobrescritos:
–

selectOption
(List<Option> options)

–

É usado para selecionar um
dentre várias opções para
manipular um evento;

–

A implementação padrão remove e
retorna a primeira opção de
acordo com a ordem de escrita
dos planos do código do agente;

–

Implementa a função S0
Personalizando a classe Agente
●

Métodos da classe Agent que
normalmente são sobrescritos:
–

selectIntention
(Queue<Intention> intentions)

–

Seleciona uma intenção para
continuar a ser executada no
atual ciclo do raciocínio;

–

A implementação padrão remove
e retorna a primeira intenção da
fila e após a execução da
intenção é inserida no final da fila
(como em um round robin)

–

Implementa a função SI

Recorte do ciclo de raciocínio Jason
Personalizando a classe Agente
●

Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos:
–

socAcc(Message m)
●

Retorna true se a mensagem m é socialmente aceitável;

●

A implementação padrão retorna true para todas as mensagens;

●

Se segurança for um problema, então este método deve
sobrescrito;

Caso contrário, o agente ficará suscetível a simples ataques de
DoS;
buf(List<Literal> percepts)
–

–

●
●

Atualiza a base de crenças com as percepções dadas;
Adiciona todas as alterações efetivadas como novos eventos em
um conjunto de eventos;
Personalizando a classe Agente
●

Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos:
–

brf(Literal add, Literal rem, Intention i)
●

●

●

Revisa a base de crença com um literal a ser adicionado (se
houver), outra a ser removido (se houver) e a estrutura da
intenção é requerida para alterar a crença
A implementação padrão não faz nada e o método deve ser
sobrescrito ( ou seja, não há um revisor padrão de crenças em
Jason);
Retorna duas listas em uma matriz (uma com os acréscimos na
base de crença e outra com as exclusões);

As listas podem ser úteis para gerar eventos relevantes;
É importante enfatizar que a função de atualização de crença em
Jason apenas atualiza a base de crenças e gera eventos externos de
acordo com as percepções atuais;
–

●

–

Ela NÃO garante consistência de crença;
Personalizando a classe Agente
●

A implementação padrão da função de
atualização da base de crença funciona da
seguinte forma:
Conjunto de todos os literais atualmente na
base de crença
Lista das percepções atuais recebidas

Conjunto de eventos
Um primeiro exemplo de
personalização da classe Agent
●

Vamos mudar a função de seleção de eventos do robô aspirador de
pó (descrito no cap. 5);
–

●

●

Agora, ela priorizará eventos criados quando a sujeira é percebida;

A fila de eventos possui eventos criados a partir das percepções
(sujo; pos(r); pos(l)) e ações internas criadas por intenções;
O método passa por todos os eventos da fila e verifica se o gatilho
é igual a sujo (dirty)
–

–

●

Se for, a função remove da fila e retorna esse como único a ser tratado
no atual ciclo de raciocínio;
Se não, ele invoca a implementação padrão (que retorna o evento no
início da fila);

A seguir a implementação …....
Gatilho de uma percepção de sujeira

Retorna o comportamento padrão
Um primeiro exemplo de
personalização da classe Agent
●

Lembrando que o arquivo de configuração
deve associar os agentes oriundos dessa
nova classe da seguinte forma:

Nossa classe
Um segundo exemplo...
●

Suponha que queremos indicar no código AgentSpeak de um agente
que uma intenção deve ser selecionada apenas quando não há mais
nada a fazer;
–

●

Vamos chamar essa intenção de “the idle intention”;

Assim, o agente deve:
–
–

●

Selecionar a intenção ociosa somente se for a única intenção do agente;
Ou seja, enquanto o agente possui muitos focos simultâneos então a
intenção ociosa jamais deve ser selecionada;

Para marcar uma intenção como ociosa, um programador deve
adicionar uma anotação “idle” em um rótulo de plano que irá
formar a intenção;
–

●

Quando este plano se torna a intenção significa que toda a intenção tornase “idle”;

O código a seguir mostra a implementação da função Si
Jason: Componentes personalizados
Considere o seguinte agente:

A saída seria:

Perceba que as duas intenções são executadas
concorrentemente.
Se adicionarmos uma anotação rotulando o “idle” no
último plano da seguinte forma:

Teremos então a seguinte saída:
Conclusões sobre a personalização
da classe Agent
●

●

Percebemos que é possível estender o Jason com
novas funcionalidades (como a intenção ociosa);
No entanto, vale enfatizar que ajustes nas funções de
seleção são perigosos, pois emergem problemas
típicos da programação concorrente como o
starvation de intenções ou eventos;
–

●

Estes devem ser feitos com muito cuidado;

Por outro lado, de qualquer maneira, na prática os
agentes podem precisar morrer por inanição de
eventos se o ambiente for bastante dinâmico;
Referência
●

Bordini, R. H., Hübner, J. F., and Wooldridge, M. 2007. Programming
Multi-Agent Systems in AgentSpeak Using Jason. John Wiley & Sons,
Ltd.

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  • 1. Notas de estudo sobre User-Defined Components por Nécio de Lima Veras
  • 2. Objetivo Estes slides objetivam documentar um estudo sobre a programação de agentes em sistemas multi-agentes, especificamente, o capítulo 7 (componentes definidos pelo usuário) do livro Programming Multi-Agent Systems in AgentSpeak Using Jason. A ideia é investigar as formas de implementar arquiteturas (diferentes à BDI) de agentes no Jason.
  • 3. Introdução do capítulo ● ● Jason é distribuído com um conjunto de funcionalidade para desenvolvimento de Agentes; No entanto, desenvolvedores sempre necessitam de requisitos específicos em seus sistemas, tais como: – Acesso à base de dados; – Integração com sistemas legados; – Interfaces gráficas; – Capacidades e percepções personalizadas de agentes; – Manipulação de intenções especiais; – Muitos outros.....
  • 4. Introdução do capítulo ● ● ● ● Para atender a essas especificidades uma abordagem baseada em extensibilidade foi adotada no projeto Jason; Como o próprio Jason é escrito em Java, então essas extensões envolvem também a linguagem Java; É possível desenvolver agentes com uma linguagem totalmente declarativa (AgentSpeak) e também estender a linguagem com bibliotecas e componentes criados usando o paradigma tradicional da OO; Novos comandos podem ser adicionados à linguagem por meio de ações internas e diversos componentes (ambos escritos em Java) do interpretador podem ser personalizados; – Para isso, existe uma API disponível;
  • 5. Introdução do capítulo ● Há dois motivos para a criação de ação interna: – – ● Ampliar as capacidades internas do Agentes (quando a OO for mais cabível do que o paradigma do AgentSpeak); Permitir que seja usado código legado já programado em Java ou em outras linguagens (acessíveis por meio do JNI – Java Native Interface); Existem algumas ações (padrão) internas no Jason, tais como: – – .send – .my_name – ● .print Uma lista completa está no apêndice A.3 do livro. Além disso é possível também personalizar e estender diferentes componentes do interpretador;
  • 6. Definindo uma nova ação interna ● ● ● Ações internas definidas pelo usuário podem ser organizadas em bibliotecas específicas; Em AgentSpeak, uma AI é acessada pelo nome da biblioteca seguido por um “.” e pelo nome da ação; Exemplo: – Uma nova AI chamada de distance dentro de uma biblioteca chamada math pode ser usada tanto no contexto ou no corpo de um plano do código AgentSpeak;
  • 7. Definindo uma nova ação interna ● ● Bibliotecas são definidas como packages em Java e cada AI é uma classe Java dentro do pacote; Lembre-se que em AgentSpeak identificadores que iniciam com letras maiúsculas indicam variáveis; – Por isso nomes de bibliotecas e de ações internas em Java devem iniciar com letras minúsculas já que serão usadas no AgentSpeak; Mesmo sendo um antipadrão OO
  • 8. Definindo uma nova ação interna ● ● Todas as classes que definem uma AI deve implementar a interface InternalAction; Existe uma implementação padrão desta interface que simplifica a criação de novas AI chamada de DefaultInternalAction;
  • 9. Definindo uma nova ação interna ● Exemplo:
  • 10. Definindo uma nova ação interna ● Entendendo o exemplo: – O método sobrescrito execute é chamado pelo interpretador AgentSpeak para executar a AI; – O argumento ts contém todas as informações sobre o estado atual do agente; – O segundo (un) é uma função unificadora que é determinado pela execução do plano onde a AI apareceu (ou a checagem se o plano é aplicável); ● ● – Isso depende se a AI surgiu no contexto ou em um plano; Essa função unificadora é importante para o caso do valor ligado a variáveis AgentSpeak for necessário para a implementação da AI; O terceiro é um array de termos e contém os argumentos passados para a AI pelo usuário no código AgentSpeak que chama a AI;
  • 11. Definindo uma nova ação interna ● O segundo método de DefaultInternalAction – Chamado de suspendIntention ● Deve retornar true quando a AI causar uma suspensão do estado da intenção, assim como – ● .at e também .send com askOne como performativa; Por padrão o método retorna false; – O usuário precisa garantir que a intenção será retomada quando for o caso (se o método suspendIntention for sobrescrito); – O código Java para execução da ação interna math.distance possui três etapas:
  • 12. Passo 1: ● obter as referências dos parâmetros Passo 2: ● Realizar os cálculos Passo 3: ● Organizar, unificar e retornar os resultados
  • 13. Definindo uma nova ação interna ● ● Para o caso da AI ter sido usada no contexto do plano retornar falso significa que o plano não é aplicável; Quando usado em um corpo de um plano, retornar falso irá causar uma falha no plano;
  • 14. Exemplo alternativo (um bingo!) ● ● Existe um ambiente (Cartago) será um “bingo” onde números serão sorteados depois de X cartelas “vendidas”; Existem dois agentes: um proprietário (owner) e um jogador (player); – O owner cria o artefato “Bingo” e monitora-o a fim de perceber se as X cartelas foram vendidas. Feito isso, ele realiza uma operação no ambiente para iniciar o sorteio; – O player fica “vagando” até encontrar o artefato “bingo”. Ao encontrar realiza uma operação de “compra” para participar do sorteio. Após isso sua função é monitorar o ambiente esperando por números sorteados (informados por meio de sinais) e pelo final do sorteio. ● Este possui uma internal action chamada de buildCard que fica no pacote ias. Ela gera aleatoriamente uma cartela de N números com um um teto T para o sorteio dos números.
  • 15. Ação interna buildCard package ias; public class buildCard extends DefaultInternalAction{ private Set <Integer> box = new HashSet <Integer>(); @Override public Object execute (TransitionSystem ts, Unifier un, Term[] args) throws Exception{ NumberTerm size = (NumberTerm) args[0]; NumberTerm max= (NumberTerm) args[1]; Random r = new Random(); while (box.size() < size.solve()) box.add(r.nextInt((int)max.solve()) + 1); ListTerm result = new ListTermImpl(); for (Integer i : box){ Term t = new NumberTermImpl(i); result.add(t); } return un.unifies(result, args[2]); } } //tamanho da cartela // TETO para um numero sorteado //garantir a não repetição dos números da cartela //converter a cartela em um feedback para o agente
  • 16. Estrutura e planos do agente Player /* Initial beliefs and rules */ /* Initial goals */ !participate. /* Plans */ +!participate: true<?myArtifact (ID); focus(ID); sell; //buy - adquire uma cartela println("Comprei uma cartela ...no bingo:", ID); Chamada para a ação interna ias.buildCard(5, 40, Card); .concat("Cartela:", Card,S); println(S); Registrando a cartela na base de crença +myCard(Card); Hit = 0; Registrando o número de acertos na base de crença +myHits(Hit). +?myArtifact(C) : true <lookupArtifact("b0", C). -?myArtifact(Art) : true <.wait(1000); println("Esperando por um bingo."); !participate.
  • 17. Percepções do agente Player //Perceptions of the signals +status(S) : S == "sorted" & myCard(Card) & myHits(Hit) <?numSorted(V); println("Opa, percebi um numero sorteado ... ", V); if (.member(V, Card) ) { +myHits(Hit+1); println("acertei:", V, " Ate agora acertei ", Hit+1, " numero(s) em um total de ", .length(Card)); }. +myHits(Hit) : myCard(Card) <if (Hit == .length(Card)){ print("Gaaaaaaaaaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnhhhhhhhhhhheeeeeeeeiiiiiii!!"); winner; }. +status(S) : S == "started" <println("Legal! Bingo inciado!"). +status(S) : S == "stoped" <println("Ahhhh .. já acabou."). //Percepctions of the Observable Properties +numSorted(V).
  • 18. Personalizando a classe Agente ● Partindo do ponto de vista do interpretador AgentSpeak um agente é: – Um conjunto de crenças; – Um conjunto de planos; – Algumas funções de seleção definidas pelo usuário; – Funções de confiança (uma relação socialmente aceitável para mensagens recebidas); – A função de atualização de crença; – A função de revisão de crenças; – Elementos circunstanciais (eventos pendentes, intenções e outras estruturas necessárias durante a interpretação de um agente em AgentSpeak);
  • 19. Personalizando a classe Agente ● ● A implementação padrão destas funções está na classe Agent que pode ser customizada por desenvolvedores a fim de estender funcionalidades básicas; Alguns dos métodos da classe pode ser enxergado no diagrama a seguir;
  • 21. Personalizando a classe Agente ● Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos: – selectMessage (Queue<Message> mailbox) ● ● ● Seleciona a mensagem que será manipulada no atual ciclo de raciocínio; Na implementação padrão o método retorna e remove a primeira mensagem na caixa do agente; Implementa a função SM Recorte do ciclo de raciocínio Jason
  • 22. Personalizando a classe Agente ● Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos: – selectEvent (Queue<Event> events); – Seleciona o evento que será manipulado no atual ciclo de raciocínio; – A implementação padrão remove e retorna o primeiro evento na fila; – Implementa a função SE Recorte do ciclo de raciocínio Jason
  • 23. Personalizando a classe Agente Recorte do ciclo de raciocínio Jason ● Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos: – selectOption (List<Option> options) – É usado para selecionar um dentre várias opções para manipular um evento; – A implementação padrão remove e retorna a primeira opção de acordo com a ordem de escrita dos planos do código do agente; – Implementa a função S0
  • 24. Personalizando a classe Agente ● Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos: – selectIntention (Queue<Intention> intentions) – Seleciona uma intenção para continuar a ser executada no atual ciclo do raciocínio; – A implementação padrão remove e retorna a primeira intenção da fila e após a execução da intenção é inserida no final da fila (como em um round robin) – Implementa a função SI Recorte do ciclo de raciocínio Jason
  • 25. Personalizando a classe Agente ● Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos: – socAcc(Message m) ● Retorna true se a mensagem m é socialmente aceitável; ● A implementação padrão retorna true para todas as mensagens; ● Se segurança for um problema, então este método deve sobrescrito; Caso contrário, o agente ficará suscetível a simples ataques de DoS; buf(List<Literal> percepts) – – ● ● Atualiza a base de crenças com as percepções dadas; Adiciona todas as alterações efetivadas como novos eventos em um conjunto de eventos;
  • 26. Personalizando a classe Agente ● Métodos da classe Agent que normalmente são sobrescritos: – brf(Literal add, Literal rem, Intention i) ● ● ● Revisa a base de crença com um literal a ser adicionado (se houver), outra a ser removido (se houver) e a estrutura da intenção é requerida para alterar a crença A implementação padrão não faz nada e o método deve ser sobrescrito ( ou seja, não há um revisor padrão de crenças em Jason); Retorna duas listas em uma matriz (uma com os acréscimos na base de crença e outra com as exclusões); As listas podem ser úteis para gerar eventos relevantes; É importante enfatizar que a função de atualização de crença em Jason apenas atualiza a base de crenças e gera eventos externos de acordo com as percepções atuais; – ● – Ela NÃO garante consistência de crença;
  • 27. Personalizando a classe Agente ● A implementação padrão da função de atualização da base de crença funciona da seguinte forma: Conjunto de todos os literais atualmente na base de crença Lista das percepções atuais recebidas Conjunto de eventos
  • 28. Um primeiro exemplo de personalização da classe Agent ● Vamos mudar a função de seleção de eventos do robô aspirador de pó (descrito no cap. 5); – ● ● Agora, ela priorizará eventos criados quando a sujeira é percebida; A fila de eventos possui eventos criados a partir das percepções (sujo; pos(r); pos(l)) e ações internas criadas por intenções; O método passa por todos os eventos da fila e verifica se o gatilho é igual a sujo (dirty) – – ● Se for, a função remove da fila e retorna esse como único a ser tratado no atual ciclo de raciocínio; Se não, ele invoca a implementação padrão (que retorna o evento no início da fila); A seguir a implementação …....
  • 29. Gatilho de uma percepção de sujeira Retorna o comportamento padrão
  • 30. Um primeiro exemplo de personalização da classe Agent ● Lembrando que o arquivo de configuração deve associar os agentes oriundos dessa nova classe da seguinte forma: Nossa classe
  • 31. Um segundo exemplo... ● Suponha que queremos indicar no código AgentSpeak de um agente que uma intenção deve ser selecionada apenas quando não há mais nada a fazer; – ● Vamos chamar essa intenção de “the idle intention”; Assim, o agente deve: – – ● Selecionar a intenção ociosa somente se for a única intenção do agente; Ou seja, enquanto o agente possui muitos focos simultâneos então a intenção ociosa jamais deve ser selecionada; Para marcar uma intenção como ociosa, um programador deve adicionar uma anotação “idle” em um rótulo de plano que irá formar a intenção; – ● Quando este plano se torna a intenção significa que toda a intenção tornase “idle”; O código a seguir mostra a implementação da função Si
  • 33. Considere o seguinte agente: A saída seria: Perceba que as duas intenções são executadas concorrentemente. Se adicionarmos uma anotação rotulando o “idle” no último plano da seguinte forma: Teremos então a seguinte saída:
  • 34. Conclusões sobre a personalização da classe Agent ● ● Percebemos que é possível estender o Jason com novas funcionalidades (como a intenção ociosa); No entanto, vale enfatizar que ajustes nas funções de seleção são perigosos, pois emergem problemas típicos da programação concorrente como o starvation de intenções ou eventos; – ● Estes devem ser feitos com muito cuidado; Por outro lado, de qualquer maneira, na prática os agentes podem precisar morrer por inanição de eventos se o ambiente for bastante dinâmico;
  • 35. Referência ● Bordini, R. H., Hübner, J. F., and Wooldridge, M. 2007. Programming Multi-Agent Systems in AgentSpeak Using Jason. John Wiley & Sons, Ltd.