O documento descreve as principais massas encontradas no mediastino anterior, incluindo linfomas, tumores de células germinativas e lesões tímicas. É destacada a importância da tomografia computadorizada no diagnóstico destas lesões.
1. MEDIASTINO
- DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CLÍNICA MÉDICA
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
PROF. CARLOS JESUS
21. MEDIASTINO
• 1- Corpo do esterno;
• 2- Parte ascendente da aorta;
• 3- Veia cava superior. Formada pela união das veias braquiocefálicas direita e esquerda na altura do ângulo do esterno.
Localiza-se ao lado direito da parte ascendente da aorta. É uma das três veias que desembocam no átrio direito (sendo as
outras duas: veia cava superior e o seio coronário);
• 4- Tronco pulmonar. Origina-se do ventrículo direito, fazendo parte de sua configuração anatômica. No interior do ventrículo
direito a crista supraventricular delimita a área de saída do ventrículo, iniciando uma região lisa denominada de cone
arterial, que origina o tronco pulmonar. O tronco pulmonar é uma artéria de grande calibre que conduz sangue com alta
concentração de dióxido de carbono para as artérias pulmonares (direita e esquerda), alcançando os pulmões;
• 5- Artéria pulmonar direita. Oriunda do tronco pulmonar. Transporta sangue com alta concentração de dióxido de carbono
para o pulmão direito;
• 6- Átrio esquerdo. Observe que o átrio esquerdo está localizado anteriormente a parte torácica do esôfago;
• 7- Parte torácica do esôfago;
• 8- Parte descendente torácica da aorta;
• 9- Veia ázigo. Origina-se da união da veia subcostal direita e lombar ascendente direita. No início de sua formação, a veia
ázigo se comunica com a veia cava inferior. A veia ázigo ascende para o tórax, cruzando o mediastino inferior e superior, a
sua direita. Arqueia-se sobre o hilo do pulmão direito, desembocando na veia cava superior. Pode ser uma via colateral de
retorno venoso, comunicando diretamente as veias cavas superior e inferior;
• 10 – Corpo da vértebra torácica;
• 11- Medula espinal.
23. MEDIASTINO
• 1- Corpo do osso esterno;
• 2- Átrio direito;
• 3- Veia cava superior. Desembocando na região posterior do átrio direito;
• 4- Cone arterial. Início do tronco pulmonar, localizado na região de saída do
ventrículo direito, superiormente a crista supraventricular;
• 5- Parte ascendente da aorta. Local da valva aórtica, constituída por três válvulas
semilunares (direita, esquerda e posterior). As válvulas semilunares direita e
esquerda estão relacionadas com os óstios das respectivas artérias coronárias;
• 6- Átrio esquerdo;
• 7- Ventrículo esquerdo;
• 8- Veia pulmonar direita;
• 9- Veia pulmonar esquerda;
• 10- Parte descendente torácica da aorta;
• 11- Parte torácica do esôfago.
35. • “In the Mayo Clinic series,[14] about 75%
of mediastinal masses in both adults and
children were benign and completely
resectable and 25% were malignant.”
47. LINFOMA DE HODGKIN
• Faixa etária: bimodal ( 25 -30 anos e > 70 anos)
• 67% tem envolvimento intratorácico na apresentação
(adenopatia mediastinal anterior e/ ou superior)
• Múltiplos grupos de linfonodos são afetados (aparência
lobulada no RX)
• Envolvimento bilateral, progressão contígua entre as cadeias
•
• Pode haver envolvimento da pleura, pericárdio e parede
torácica anterior. 15 a 40% dos pacientes tem envolvimento
pulmonar (extensão direta ou nódulos pulmonares)
Outros achados: derrame pleural, consolidação,
erosões esternais
48. LINFOMA DE HODGKIN
Massa com borda lobulada em Massa de partes moles no
Deslocamento posterior da mediastino anterior com áreas de
mediastino anterior. LN mediastinais traquéia pelo tumor
e hilares; baixa atenuação
49. LINFOMA NÃO HODGKIN
• 4 vezes mais comum que o LH;
• Terceira malignidade mais comum em crianças;
• Classificação: 3 graus (baseada em histologia e
prognóstico);
• Não há estadiamento específico, a maioria dos
pacientes está em estágio avançado: Ann Arbor é
usado;
• Idade média: 55 anos
50. LINFOMA NÃO HODGKIN
• Na apresentação: 40% a 43% dos pacientes com
doença intratorácica, com 87% destes tendo
linfadenopatia hilar e mediastinal;
• Envolve mediastino médio (mais comum), posterior e
ângulos cardiofrênicos ;
• Ao contrário do LH, o LNH aparece como uma única
grande massa conglomerada de linfonodos, mais do
que linfonodos individuais aumentados.
• Outros locais: pulmão, pleura e pericárdio;
52. TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS
Benignos:
• Teratoma maduro
Malignos:
• Teratocarcinoma
• Seminoma
• Tumor do seio endodérmico
• Carcinoma de células embrionárias
• coriocarcinoma
53. TUMORES DE CÉLULAS GERMINATIVAS
• Seminomas x não-seminomas (teratoma, CA de
células embrionárias, tumor de seio endodérmico ou
de saco germinativo, coriocarcinoma)
• 20 - 40 anos
• H=M
• Malignos: alfafetoproteína, HCG
• Papel importante da TC
54. NEOPLASIAS SEMINOMATOSAS
• 30 a 50% dos tumores de células germinativas
• Mais comum tumor maligno primário de células
germinativas
• Menos agressivas que os tumores não-
seminomatosos
• Jovens do sexo masculino
• TC: grandes massas com bordos demarcados,
geralmente com atenuação homogênea (pode ter
áreas de alta e baixa atenuação de permeio –
hemorragia/ necrose)
• TTO: RTX, cura em 80%
55. SEMINOMA
Massa que se projeta à esquerda Massa anterior no mediastino
da linha média, com desvio da
traquéia para direita
Massa de partes moles que desloca traquéia e esôfago para
direita, com área hipodensa em aspecto posterior esquerdo. A
massa circunda os grandes vasos;
56. NEOPLASIAS NÃO-SEMINOMATOSAS
• mais agressivas que as seminomatosas
• altos níveis de alfafetoproteína e HCG
• Teratomas: tumores não-seminomatosos mais
comuns; tumor de células germinativas mais comum;
benigno/ maligno
57. TERATOMA BENIGNO
• mulheres jovens
• assintomáticas
• achado incidental
• RX: grandes massas arredondadas no mediastino
anterior (em frente à raiz da aorta e da artéria
pulmonar). Calcificação, ossificação ou dentes
podem ser vistos
• TC: grandes massas císticas com elementos das
diferentes camadas celulares germinativas
58. TERATOMA BENIGNO
• TERATOMA CÍSTICO BENIGNO (cisto dermóide):
predomina derivados ectodérmicos (pele, cabelos,
sebo, calcificação)
• TC: capa espessa que se impregna pelo contraste e
calcificações curvilíneas
• 50% tem tecido adiposo: se o cisto rompe no
pericárdio ou pleura: nível hidrolipídico
59. TERATOMA
GRANDE MASSA CÍSTICA E SÓLIDA, COM GORDURA, LÍQUIDO E CALCIFICAÇÕES
NO SEU INTERIOR. DESVIO DO MEDIASTINO PARA ESQUERDA. A MASSA ENVOLVE
MEDIASTINO ANTERIOR, MÉDIO E POSTERIOR.
60. TERATOMA MALIGNO
• Adultos jovens
• H>M
• RX: semelhante ao teratoma benigno; diferenças: contorno
mais lobulado; raramente tem calcificações; nunca tem
densidade de gordura
• Mx: pulmões, ossos, pleura
• TC: massa com borda irregular, com cápsula espessa que
realça pelo contraste
• Menos císticos, áreas entremeadas de realce e de baixa
atenuação - hemorragia e necrose
• TTO: QTX neoadjuvante + cirurgia
62. TIMO
• Retroesternal, atrás do manúbrio
• Anterior a aorta ascendente proximal e VCS distal
• RN: maior que o coração
• Em crianças maiores: pode estender-se
inferiormente e ocupar o espaço anterior do coração
• FORMA: ponta de seta (62%), bilobada (32%),
unilobar (6%)
63. TIMO
• Forma geralmente simétrica
• LE > LD (cada lobo é circundado por uma cápsula fibrosa)
• RX: timo normal- altera de tamanho e forma da massa
mediastinal anterior na expiração e inspiração
• TC: timo normal- ajusta-se ao espaço anterior dos grandes
vasos, atenuação de cerca de 30UH
• A TC detecta o timo normal em 83% dos pacientes com menos
de 50 anos e em 17% dos pacientes com mais de 50 anos)
• RM: timo tem sinal semelhante ao músculo em T1 e
intensidade de sinal maior que a do músculo nas sequencias
ponderades em T2
64. HIPERPLASIA TÍMICA
• Massa mediastinal mais comum da infância até a
puberdade
• Histo: hiperplasia dos centros germinativos
• Associação: hipertireoidismo, miastenia gravis,
acromegalia, doença de Addison
• Hiperplasia rebote: crianças, recuperação de doenças
graves (queimaduras, Cushing, quimio). O timo
cresce mais de 50% do normal transitoriamente.
65. HIPERPLASIA TÍMICA - TC
• Aumento difuso e simétrico da glândula
• A glândula se ajusta a forma das estruturas
adjacentes
• Atenuação ligeiramente maior que a dos músculos
adjacentes;
67. CISTOS TÍMICOS
• 1 a 2% das massas mediastinais, mais em crianças
• Geralmente simples
• Etiologia: congênitos, inflamatórios, neoplásicos ou
pós-operatórios
• Geralmente assintomáticos
• Se hemorragia dentro do cisto: dor pleurítica
68. CISTOS TÍMICOS
• RX: difícil de diferenciar cisto tímico de outra massa
não lobulada
• TC: atenuação de líquido. Se hemorragia, a
atenuação pode aumentar
• RM: os cistos mostram hipossinal em T1 e hipersinal
em T2
69. TIMOMA
• É a neoplasia primária mais comum do mediastino anterior
• 50 – 60 anos
• H=M
• Classificação: timoma encapsulado; localmente invasivo,
metastatizante e carcinoma tímico
• 30 a 35% são malignos
• Geralmente assintomáticos
• Se sintomas: compressivos, síndromes paratímicas (miastenia
gravis);
71. TIMOMA
• RX: anterior a aorta ascendente, acima do tronco da artéria
pulmonar
• TC: massas bem definidas, densidade homogênea,
impregnação uniforme pelo contraste; podem ter áreas de
menor atenuação (necrose, cistos) e calcificações
• Timomas malignos: atenuação heterogênea, podem obliterar
os planos de gordura mediastinais
• A TC também detecta disseminação pleural e pericárdica
• A RM não é superior a TC nestes tumores
72. TIMOMA
PEQUENA MASSA
MEDIASTINAL
ANTERIOR
MASSA ARREDONDADA,
BEM DELIMITADA, EM
CONTATO COM A AORTA
ASCENDENTE, COM
REALCE PELO
CONTRASTE. ÁREA FOCAL
DE HIPODENSIDADE NA
LATERAL DIREITA.
75. TIREOIDE
• Bócio multinodular, adenoma ou carcinoma
• As massas se extendem para baixo, do mediastino
superior para o anterior
• Tecido tireoideo ectópico (sem conexão com a
tireoide) no mediastino anterior é incomum
76. BÓCIO MULTINODULAR
INTRATORÁCICO (SUBESTERNAL)
• 10% das massas mediastinais
• 75 a 80% são encontradas no mediastino
anterior (o restante no posterior)
• Assintomáticos ou sintomas compressivos
(traquéia, laringeo recorrente, esôfago)
77. BÓCIO
• RX: aparência lobulada e bem definida, geralmente
deslocam ou estreitam a traquéia, em geral anterior
e lateral a traquéia (pode ser posterior)
• TC: calcificações (nodular, curvilínea, circunferencial).
Antes do contraste, atenuação > 100 UH. Após, alta e
prolongada impregnação (> de 2 min)
• RM: em T1, intensidade semelhante a dos músculos,
com áreas de hiper e hipossinal (áreas císticas e
hemorrágicas). Em T2, intensidade de sinal
heterogênea
78. BÓCIO SUBESTERNAL
A: MASSA PARATRAQUEAL DIREITA, DESLOCAMENTO DA TRAQUÉIA PARA ESQUERDA;
B: MASSA TAMBÉM É POSTERIOR À TRAQUÉIA;
C – D: MASSA NO LD DA TIREÓIDE ATÉ O MEDIASTINO MÉDIO E POSTERIOR. CALCIFICAÇÕES
EM FLOCOS.
80. CARCINOMA DA TIREOIDE
INTRATORÁCICO
• Raro
• Extensão da condição maligna do pescoço
• Crescimento rápido, pacientes sintomático
• TC ou RM: raramente distingue massas benignas das
malignas. As malignas podem ser bem ou mal definidas, com
áreas de hemorragia ou calcificação idênticas as benignas
• Após contraste: CA tem impregnação periférica não-
homogênea
• Linfadenopatia e invasão dos planos gordurosos mediastinais;
81. Tumor de Tireóide
• Menos de 5% das glândulas aumentadas produzem
um bócio retroesternal. Podem ser assintomáticos ou
produzir disfagia e estridor.
• Etiologia:
– Alargamento não tóxico da glândula
– Tireotoxicose
– Carcinoma
– Doença de Hashimoto
82. Tumor de Tireóide
• Radiologia: Comumente projeta-se no lado
direito do mediastino, com desvio da traquéia
para a esquerda e em alguns casos são
retrotraqueiais desviando o esôfago e
traquéia.
• Podem ocorrer calcificações e hemorragias
85. ADENOMA DE PARATIREOIDE
• 10 a 20% da população: paratireoides ectópicas
• Mediastino anterior (62 a 81%) e posterior (20%)
• Encontradas em pacientes com hipercalcemia persistente
após paratireoidectomia
• Adenoma, carcinoma
• TC: identifica adenomas > 2,0cm de diâmetro. Difícil de
diferenciar adenomas menores de linfonodos
• RM: hipossinal em T1 e hiperssinal em T2;
86. TUMORES TERATODERMÓIDES
• Cisto dermóide: tecidos ectodérmicos
• Teratomas maligno e benigno: tecidos ectodérmicos,
mesodérmicos e endodérmicos
• Geralmente assintomáticos, porém podem ocasionar
dispnéia, tosse e dor torácica e até tornarem-se
infectado.
• Radiologia: massa de tecidos moles arredondada ou
oval, geralmente bem definidos, pode conter bordos
periféricos ou nódulos centrais de calcificação e nível
líquido-gorduroso.
87.
88. DEPOSIÇÃO GORDUROSA
• Achado incidental
• Radiologia: alargamento do mediastino superior e
grandes coxins de gordura epicárdica em pacientes
obesos, com síndrome de Cushing ou que recebem
corticosteróides
• DD: hemorragia mediastinal, linfadenopatia ou
aneurisma dissecante de aorta.
91. CISTO PLEUROPERICÁRDICO
• Assintomáticos
• 75% ocorrem no ângulo cardiofrênico anterior direito
• Radiologia: massa de tecido moles triangular, oval ou
arredondada no mediastino anterior ou médio;
podem mudar sua posição durante a respiração.
95. HÉRNIA DE MORGAGNI
• Defeito do desenvolvimento persistente
anteriormente ao diafragma, entre os septos
transversos e as origens costais direita e esquerda do
diafragma sendo que 90% apresentam-se no ângulo
cardiofrênico anterior direito.
• Podem conter omento quando pequenas e cólon
transverso, fígado, estômago e intestino delgado
quando grandes.
• Geralmente assintomática, porém pode produzir dor
torácica retroesternal, desconforto epigástrico e
dispnéia.
104. ANEURISMA DE AORTA
• Apresentam-se como uma massa mediastinal ou alargamento
do mediastino, podendo produzir dor torácica, dor lombar,
incompetência da válvula aórtica, rouquidão e disfagia.
• Etiologia: aterosclerose, hipertensão, trauma torácico, aortite
sifilítica, anomalias congênitas(coarctação da aorta, síndrome
de Marfan e de Ehlers-Danlos).
• Radiologia: massas ovais ou arredondadas, com limites
definidos e algumas vezes bordos de calcificação periférica.
Podem envolver ossos adjacentes ocasionando entalhes
erosivos. Desvio do bordo periférico da calcificação para fora
da parede da aorta indica uma dissecção.
105. ANEURISMA DE AORTA
• Aneurisma dissecante:
Tipo A: envolvem aorta ascendente, arco e aorta
descendente
Tipo B: envolvem aorta descendente
108. DILATAÇÃO DA VEIA CAVA SUPERIOR
• Produzida por pressão venosa central elevada.
• Etiologia: insuficiência cardíaca congestiva, doença da válvula
tricúspide, pericardite constritiva, cardiomiopatia, tumor do
átrio direito, drenagem venosa pulmonar anômala ou tumor
mediastinal
• Rx: alargamento da parte superior do mediastino à direita
109. CISTO BRONCOGÊNICO
• Cistos de paredes finas revestidos por epitélio colunar ciliado
de origem respiratória contendo material mucóide.
• Geralmente assintomáticos
• Radiologia: massa de tecidos moles arredondada ou oval,
freqüentemente à direita, próximo à carina, podendo mudar
de forma com a respiração e, em caso de ruptura para árvore
brônquica, nível hidroaéreo
115. CISTOS DE DUPLICAÇÃO DO ESÔFAGO
• 10 a 20% das duplicações do trato alimentar
• Estruturas cheias de líquido que se originam da parede do
esôfago ou adjacentes a ela
• Origem: vacúolos na luz esofágica, 5-8ª semanas, sem
comunicação entre o cisto e a luz esofágica;
• Mucosa gástrica ectópica
• Assintomáticos ou sintomas compressivos;
• RX de tórax: massas mediastinais médias ou posteriores;
• Contrastados: lesão intra ou extramural
• TC e RM: confirmam a natureza cística destas massas, as quais
devem ser bem próxiams ao esôfago
116. CISTOS DE DUPLICAÇÃO DO
ESÔFAGO
ESTRUTURA TUBULAR NO MEDIASTINO POSTERIOR SEGUINDO O CURSO DO ESÔFAGO
COM ATENUAÇÃO IGUAL A DA ÁGUA.
120. TUMORES NEUROGÊNICOS
• Crianças: ganglioneuroma(neoplasma composto de fibras
nervosas e células ganglionares maduras) e
neuroblastoma(sarcoma que consiste em neuroblastos
malignos) – surgem no gânglio simpático torácico
• Adultos: neurofibroma(tumor geralmente benigno de nervos
periféricos) e neurilemoma ou schwannoma(tipo mais comum
de tumor neurogênico, usualmente isolado, encapsulado e
benigno) – desenvolvem-se dos nervos costais periféricos
121. TUMORES NEUROGÊNICOS
• Geralmente assintomáticos, porém podem produzir
dor nas costas e estenderem-se através do forame
intervertebral produzindo uma síndrome
compressiva da medula(tumores em Halteres).
• Radiologia: massa arredondada ou oval com limites
bem definidos na goteira paravertebral, projetando-
se geralmente para um lado do mediastino posterior.
122. TUMORES NEUROGÊNICOS
• Achados característicos:
• Ganglioneuroma: massa de tecidos moles
alongadas
• Neurofibroma: massa circular
• Neuroblastoma: espículas centrais ou um
bordo periférico de calcificação
125. LESÕES DE ESÔFAGO
• Neoplasias
• Cistos de duplicação
• Divertículos
• Dilatação difusa
• Hérnias de hiato
• Varizes paraesofágicas
126. CARCINOMA DE ESÔFAGO
• 4 a 10% das malignidades gastrointestinais
• FR: álcool, tabagismo, DRGE, carcinógenos ingeridos,
danos à mucosa
• O carcinoma de células escamosas é o mais comum.
Adenocarcinoma fica em segundo lugar (FR: esôfago de
Barret)
• Sintomas: disfagia progressiva e perda de peso; dor
torácica, rouquidão, anemia
127. CARCINOMA DE ESÔFAGO: IMAGENS
• RX simples: alargamento do mediastino (pelo tumor ou
dilatação esofágica próxima a obstrução), espessamento do
ângulo traqueoesofágico. Desvio da traquéia
• RX contrastado: lesão achatada, em placa, ulceração central;
irregularidades de mucosa; estreitamento luminal – obstrução
• TC: massa intratorácica, espessamento de paredes de esôfago,
perda dos planos gordurosos adjacentes, acometimento d
linfonodos
• RM: define melhor a relação da massa esofágica com as
estruturas adjacentes;
128. CARCINOMA DE ESÔFAGO
MASSA NO MEDIASTINO MÉDIO E POSTERIOR, COM NÍVEL HIDROAÉREO AO LONGO DO LADO DIREITO
ARQUEAMENTO ANTERIOR DA TRAQUÉIA
MASSA LOBULADA HETEROGÊNEA, COM
DESLOCAMENTO E ULCERAÇÃO DO ESÔFAGO
129. HÉRNIAS DE HIATO
• Por deslizamento, paraesofágica e mista
• Por deslizamento: junção gastroesofágica acima do diafragma.
Podem ser reduzida com variações na pressão abdominal
• RX de tórax: nível hidroaéreo em massa atrás do coração
• TC: hiato esofágico aumentado, herniação do estômago,
tecido adiposo, e às vezes líquido ascítico
• Assintomáticas ou refluxo, regurgitação, dor abdominal e
disfagia
130. HÉRNIAS DE HIATO
• Hénias paraesofágicas: herniação do
estômago anteriormente ao esôfago, com a
junção gastroesofágica em posição normal
• Complicações: gastrite hemorrágica, úlceras
gástricas e volvo gástrico
131. HÉRNIA DE HIATO
• Causa comum de massa mediastinal
• Pode ser assintomática ou produzir dispnéia, dor
torácica retroesternal e desconforto epigástrico.
• Radiologia: massa de tecidos moles arredondada,
com nível hidroaéreo, localizando-se à esquerda em
70% dos casos. Hérnias maiores podem conter
também fígado, omento e intestino delgado.
133. HÉRNIA DE BOCHDALEK
• Defeito persistente do desenvolvimento posterior do
diafragma, produzido por uma incompetência da membrana
do canal pleuroperitoneal de se fundir com o mesentério
esofagiano dorsal medialmente e a parede corporal
lateralmente. A maioria(90%) ocorre no hemidiafragma
esquerdo e podem conter gordura retroperitoneal, rim, baço e
até a flexura esplênica do cólon e intestino delgado.
• Em neonatos pode ocasionar um distúrbio respiratório, e em
adultos pode levar a desconforto abdominal ou em ambas as
idades serem assintomáticos.
137. CONDIÇÕES DIVERSAS
• MEDIASTINITE: pneumomediastino, alargamento de
mediastino superior, derrame pleural
• HEMORRAGIAS MEDIASTINAIS: trauma é a causa
mais comum. Alargamento do mediastino no RX
• PNEUMOMEDIASTINO: ruptura alveolar, ruptura de
estruturas mediastinais, perfuração de faringe,
traquéia ou esôfago, etc.
• LIPOMATOSE MEDIASTINAL: alargamento do
mediastino superior com borda lobulada;
138. PNEUMOMEDIASTINO
• Geralmente apresenta-se como achado incidental, entretanto
pode ocasionar dor torácica com piora a respiração ou a
deglutição.
• Etiologia: perfuração de esôfago após endoscopia, síndrome
de Mallory-Weiss, ruptura de brônquio ou traquéia após
broncoscopia ou trauma torácico, pressão de ventilação
positiva intermitente, asma, pneumoperitônio, etc.
• Radiologia: grandes volumes podem ser identificados na
região cervical em radiografias de tórax em PA e volumes
menores em imagens laterais, atrás do coração ou esterno.