O documento discute os conceitos fundamentais da anatomia comparada, incluindo órgãos homólogos, evolução divergente, séries filogenéticas, órgãos análogos e evolução convergente. Explica que a anatomia comparada estuda as semelhanças morfológicas entre animais diferentes para inferir ancestrais comuns e como a seleção natural levou a adaptações diferentes em grupos que colonizaram habitats distintos.
2. Introdução
O desenvolvimento de sistemas de classificação para
ordenar a grande diversidade de seres vivos conduziu à
necessidade de estudar as semelhanças morfológicas.
Desta forma, surgiu a Anatomia Comparada.
Animais
aparentemente
diferentes
apresentam
semelhanças anatómicas
o que sugere a existência
de um ancestral comum, com um plano estrutural
idêntico ao apresentado por todos os seres vivos que
dele terão derivado.
4. Evolução Divergente
A Evolução Divergente é um dado onde se verifica a
divergência de organismos a partir de um grupo
ancestral comum que colonizou diferentes habitats
e, por isso, sofreu pressões seletivas distintas.
A seleção natural operada sobre as estruturas originais
seleciona aquelas que permitem uma melhor
adaptação dos indivíduos ao habitat colonizado.
Ex : membros anteriores do esqueleto do
cavalo, morcego, homem, gato e baleia
5.
6. O conjunto ordenado dos órgãos homólogos em
diferentes organismos constitui uma Série Filogenética.
Esta pode ser:
Série Filogenética Progressiva - o processo evolutivo
deu-se no sentido da maior complexidade dos órgãos.
Exemplo disso é a evolução do coração dos
vertebrados.
Série Filogenética Regressiva - se o órgão
primitivamente complexo evolui para mais simples.
Como
exemplo
temos
as
asas
das
aves
corredoras.(avestruz)
7. Órgãos Análogos
Estrutura e origem embriológica diferente
Mesma função
Estes terão resultado de pressões seletivas idênticas
sobre indivíduos de diferentes grupos, que
conquistaram meios semelhantes.
8. Evolução Convergente
Os indivíduos têm origens distintas. Contudo, quando
sujeitos a condições ambientais semelhantes, foram
selecionados os que apresentavam estruturas
que, embora anatomicamente
diferentes, desempenhavam funções semelhantes.
Ex.: cauda da baleia e barbatana caudal dos peixes;
asas dos insectos e das aves; caules e folhas dos
cactos e das eufórbias.
9.
10. Órgãos Vestigiais
São órgãos atrofiados, que não apresentam uma
função evidente nem importância fisiológica num
determinado grupo de seres vivos.
Porém, noutros grupos, estes órgãos podem
apresentar-se bem desenvolvidos e com significado
fisiológico, isto é, funcionais.
A existência de órgãos vestigiais pressupõe a
existência de um ancestral comum.
Ex: de órgãos vestigiais no Homem:
caninos, apêndice, músculos das orelhas, cóxis
(evolução regressiva)