O documento discute a obesidade, seus fatores de risco como estilo de vida sedentário e fatores genéticos, e seus impactos na saúde como doenças cardiovasculares e metabólicas. Também aborda a avaliação da obesidade pelo índice de massa corporal e medidas de tratamento como dieta, exercício e medicamentos.
5. O excesso de gordura resulta de
sucessivos balanços energéticos
positivos, em que a quantidade de energia
ingerida é superior à quantidade de
energia despendida.
Os fatores que determinam este
desequilíbrio são complexos e podem ter
origem genética, metabólica, ambiental e
comportamental.
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7. Vida Sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos eletrónicos, ou
jogos de computador, maior a prevalência de obesidade.
Zona de residência urbana – quanto mais urbanizada é a zona de
residência, maior é a prevalência de obesidade.
Grau de informação dos pais – quanto menor o grau de informação dos
pais, maior a prevalência de obesidade
8. Fatores genéticos – a presença de genes envolvidos no aumento
do peso, aumentam a susceptilidade ao risco para desenvolver
obesidade, quando o individuo é exposto a condições ambientais
favorecedoras ,o que significa que a obesidade tem tendência
familiar.
Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento da
gordura na mulher com excesso de peso.
9. Existem dois tipos de obesidade:
Obesidade Androide, abdominal ou visceral – quando o tecido
adiposo se acumula na metade superior do corpo, sobretudo no
abdómen. È típica do homem obeso.
Obesidade ginoide - quando a gordura se distribui, principalmente,
na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e
coxas.É típica da mulher obesa.
10. Aparelho cardiovascular – Hipertensão arterial
Arteriosclerose
Insuficiência cardíaca
Angina de Peito
Complicações metabólicas – Hiperlipemia
Alterações de tolerância á glicose
Diabetes tipo 2
Gota
Sistema pulmonar – Dispneia
(dificuldade em respirar)
Fadiga
Insuficiência respiratória do obeso
Apneia do sono (ressonar)
Embolismo pulmonar
11. Aparelho gastrintestinal
Esteatose hepática
Litíase Vesicular
Cálculos na vesícula
Carcinoma do Cólon
Aparelho génito-urinário e reprodutor:
Infertilidade
Amenorreia (ausência anormal de menstruação)
Incontinência urinária de esforço
Hiperplasia
Cancro do Endométrio
Cancro da mama
Ovários Poliquísticos
Cancro da Próstata
Hirsutismo
Hérnias
Propensão a quedas
12. A obesidade provoca também alterações socioeconómicas e
psicossociais:
Discriminação educativa laboral e social
Isolamento social
Depressão
Perda de autoestima
14. O Tratamento médico para a obesidade passa pela combinação de
dieta de baixas calorias, modificação comportamental e aumento de
atividade física.
Quando com a modificação do estilo de vida não se consegue atingir os
objetivos, é necessário o uso de fármacos anti obesidade.
15. O problema deste tipo de tratamento ou abordagem é a
incapacidade de muitos doentes obesos perderem peso ou
manterem o peso anteriormente perdido. Nos casos de
obesidade grave IMC superior ou igual a 40kg /m2 ou superior
a 35 com morbilidade, que tenha pelo menos cinco anos de
evolução da sua obesidade e múltiplos tratamentos médicos
ineficazes, a cirurgia pode ser recomendada.
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18. Existem também medicamentos que são tomados para reduzir a
sensação de apetite. Todavia esses remédios deveriam ser
reservados a casos em que a obesidade não responde mais ao
tratamento baseado na combinação da dieta com atividade física ou
quando for necessário um emagrecimento rápido por motivo de riscos
que a obesidade expõe em presença de doenças associadas.
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20. Sobrepeso e obesidade e seus problemas de saúde associados
têm um impacto económico significativo nos sistemas de saúde e
os custos médicos associados com sobrepeso e obesidade, têm
tanto, os custos diretos e indiretos .
Custos médicos diretos podem incluir serviços de prevenção
,diagnóstico e tratamento relacionados à obesidade, enquanto
custos indiretos dizem respeito a perda de diminuição da
produtividade, atividade restrita, o absentismo, dias de cama e os
rendimentos perdidos por morte prematura.
21. Como se determina ou diagnostica a obesidade e a pré-obesidade?
A obesidade e a pré-obesidade são avaliadas pelo Índice de Massa Corporal (IMC). Este índice mede a
corpulência, que se determina dividindo o peso (quilogramas) pela altura (metros), elevada ao quadrado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, considera-se que há excesso de peso quando o IMC é igual
ou superior a 25 e que há obesidade quando o IMC é igual ou superior a 30.
Índice de Massa Corporal
IMC > 18 < 25 Kg/m2
Normal
IMC > 25 < 30 Kg/m2
Excesso de Peso
IMC > 30 < 35 Kg/m2
Obesidade moderada (grau I)
IMC > 35 < 40 Kg/m2
Obesidade grave (grau II)
IMC > 40 Kg/m2
Obesidade mórbida (grau III)
No entanto, em certos casos, nomeadamente nos atletas, nos indivíduos com edemas e com ascite
(hidropisia abdominal), o IMC não é fiável na medição da obesidade, pois não permite distinguir a causa
do excesso de peso.
(Índice de Massa Corporal)
22. Qual a importância do perímetro abdominal?
As mulheres e os homens cujo perímetro abdominal seja
superior a 88 cm e 102cm, respectivamente, têm maior
probabilidade de adoecerem em resultado da obesidade.
Por outro lado, a determinação da relação entre o perímetro
da cintura e da anca fornece informação útil sobre a
distribuição da gordura, a qual tem um papel importante nas
doenças relacionadas com a obesidade, uma vez que uma
distribuição abdominal da gordura (corpo em forma de maçã)
está associada a maiores riscos para a saúde do que uma
distribuição periférica (corpo em forma de pera).