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JOVENS DE OPINIÃO
(memorial pedagógico)
Mieli Rivero Montaño
Profº de redação
E. E. José Monteiro Boanova
São Paulo
Dezembro de 2014
“Nosso papel não é falar ao povo sobre a nossa
visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas
dialogar com ele sobre a sua e a nossa.”
Paulo Freire – A pedagogia do oprimido.
Dedicado à Vanessa Montaño,
minha borboleta.
Agradecimentos:
Tânia Fabichak
Renata Rochiti
Nilse Silvestrine
Raiane P. Cruz
ÍNDICE
Introdução...............................................................................................................................04
I – Reflexão, debate e produção textual:
o ato de pensar, escrever e corrigir..................................................................................05
II – O conteúdo programático...............................................................................................07
III – Jovens de opinião...........................................................................................................10
 A Importância da Tecnologia no Ensino - Erick Fernando Marques da Silva 2ºD
 Preconceito ou pré-conceito? - Larissa Martins 2ºD
 Sociedade LGB - Aline Santos Rosa – 2ºB
 Uma nova geração - Camila Lopes 2ªC
 Preconceito contra vegetarianos - Sabrina S. Macêdo - 2ºC
 Lados positivos e negativos da tecnologia dentro das escolas - Raiane P.Cruz –2ªB
 Tecnologia na escola é mesmo necessário? - Vitória Ramos – 2ºC
 A tecnologia no aprendizado – Laura Guidugli Godo - 2ºA
 Preconceito linguístico, até quando? - Renan Gouveia -2ºC
 A consequência do capitalismo selvagem que reduziu o trabalho a mero fator de produção -
Ana Carolina Ferreira da costa Pereira – 3ºB
 O peru que matou meu pai, Rafael Ribeiro de Souza – 1ªC
 A série de protestos nas cidades brasileiros, Thainá Augusto Dutra – 1ªC
 O que faz de você pensar que é melhor do que o outo?, Beatriz Ranahli – 2ºD
 Preconceito. Por que tão comum? - Egno H. Silva – 2ºC.
 O feminismo na prática. – Lahis Prata – 2°C.
 Opto pelo bom senso – Tamires Bianca Warken – 2ºC.
IV - Conclusão........................................................................................................................26
Bibliografia.............................................................................................................................27
INTRODUÇÃO
JOVENS DE OPINIÃO (memorial pedagógico) é um relato de experiência fruto do meu
projeto pedagógico1
que visa cumprir duas funções: a primeira é apresentar alguns textos
produzidos pelos alunos durante o ano letivo que termina. A segunda é registrar e documentar as
atividades desenvolvidas a fim de proporcionar uma reflexão sobre minha atuação enquanto
PROFESSOR DE REDAÇÃO na E.E.JOSÉ MONTEIRO BOANOVA, parte do PROGRAMA
PROFESSOR AUXILIAR – Ensino Médio e do PROGRAMA PROFESSOR DE APOIO –
Ensino fundamental e médio, do período matutino, ambos de 2014.
A ideia deste trabalho surgiu da crença que a escola deve proporcionar ao educando a
capacidade de desenvolver o pensamento crítico em busca da autonomia. Desse ponto de vista,
saber expor uma opinião de maneira clara, objetiva e organizada é fundamental, principalmente
na modalidade escrita, “pois é uma forma de estar no mundo de modo mais inteiro, menos
passivo, menos alienado”.2
As aulas tiveram como tema-guia o “Estudo dos gêneros textuais e a produção escrita”, com
o objetivo de desenvolver nos educandos a habilidade de produzir textos, especialmente o artigo
de opinião e o texto dissertativo-argumentativo.
A partir da leitura e reflexão de textos narrativos, opinativos, entrevistas publicadas em
diversas mídias (jornal, internet, talking show, entre outros) sobre assuntos polêmicos em voga
na sociedade, o aluno foi convidado a um debate acerca do tema proposto para em seguida
produzir seu próprio texto, no caso, de caráter opinativo, sempre observando a exposição de
ideias no que diz respeito à estrutura do texto; gênero; argumentação; inferência; ortografia;
coesão e coerência. Estes foram, inclusive, os parâmetros para a correção das redações.
A busca pela construção da autonomia do educando é o maior objetivo do projeto, desta
forma a “palavra adquire a autonomia que a torna disponível para ser recriada na expressão
escrita”3
1
documento entregue à direção da escola.
2
Secretaria do Estado de São Paulo. EMR – Ensino Médio em rede. Programa de Formação Contínua
para professores do ensino médio. 2000.
3
Paulo Freire – a pedagogia do oprimido.
I
REFLEXÃO, DEBATE E PRODUÇÃO TEXTUAL:
O ATO DE PENSAR, ESCREVER E CORRIGIR.
Qual é a melhor forma para aprender a andar de bicicleta? Andar de bicicleta. Não é possível
aprender andar de bicicleta olhando-a, parada, contemplando-a, É preciso observar outras
pessoas andando de bicicleta, compreender o mecanismo, manter a calma, criar coragem, se
concentrar e fazer: sentar no veículo, se equilibrar e sair pedalando. No entanto a dica mais
importante (antes de tudo isso) é não se esquecer de aprender como funciona o freio!
Escrever é a mesma coisa: só se aprende escrever, escrevendo. Para tanto é preciso:
 Observar outras pessoas (ler).
 Compreender o mecanismo (regras de ortografia e de escrita).
 Manter a calma (refletir sobre o que quer falar).
 Sentar, se equilibrar e sair pedalando (se entregar ao processo de escrita).
 Não esquecer o freio (tomar cuidado coma redundância, com os exageros).
Quem lê muito, diversos tipos de textos e tamanhos, se tornará um ótimo leitor, vai
desenvolver somente uma habilidade, o da leitura. É preciso ler e escrever.
Alunos que não gostam de escrever apresentam vários motivos, no entanto o mais comum é o
medo de errar. Esse temor é compreensível até pela cultura que o brasileiro tem em não admitir o
erro do outro. Essa intolerância impede que algumas pessoas sintam-se a vontade na hora de
escrever. Quem já não recebeu na escola sua redação corrigida com caneta vermelha, aquela
“hemorragia” na folha branca, sem saber o porquê de tais intervenções, e no final levou uma nota
D? Isso motiva alguém? Claro que não.
Durante nossas aulas, o educando foi motivado a aprender com os erros, levado a produzir
seus textos a partir de um processo de reflexão, pesquisa, produção e, principalmente, a correção.
Fazer e refazer é imprescindível para uma boa produção textual. Os alunos são instigados a
refletir sobre isso.
Não há como produzir uma redação razoável sem REFLEXÃO, PESQUISA e
consequentemente o TRABALHO COM A LINGUAGEM. A “reflexão” é mais valiosa
acompanhada de um “debate”, para isso os alunos tiveram como textos motivadores autores
diversos, desde o filósofo Mário Sergio Cortella (E tem gente que se acha) a Gabriel, o pensador
(Lavagem Cerebral).
A “pesquisa” é fator primordial para sustentar um ponto de vista, nesse sentido o aluno foi
instruído a buscar “fontes” para seus textos, usar argumentos de autoridade para dar base às
opiniões defendidas. Aqui as formas de citação direta e indireta foram estudadas.
Mas é no TRABALHO COM A LINGUAGEM o maior desafio das produções: barrar vícios
de linguagem como o famoso “hoje em dia”, desfazer a confusão entre “mas” e “mais”,
redirecionar os problemas de “coesão e coerência”, foram tabus enfrentados em todos os níveis
de escrita apresentados pelos alunos.
NINGUÉM ESCREVE DE PRIMEIRA. Os alunos compraram bem a ideia de ESCREVER-
CORRIGIR-REFAZER, todas as redações passaram por esse processo de produção textual,
como no exemplo a seguir:
[
1ª versão
devolvida ao
aluno com
observações
2º versão produção
final do aluno
II
O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Período: 1º semestre: estudo dos gêneros.
Conteúdo.
 Língua e linguagem.
 Texto literário e não literário.
 Música e poesia: Meu Reino – Biquíni Cavadão.
 Metáfora e antítese: atividade de compreensão.
 Debate e reflexão: O que é trabalho?
 Texto filosófico: E tem gente que se acha – Mário Sérgio Cortella.
 Música e poesia: Novos Horizontes – Engenheiros do Hawaii.
 O conto: o trabalho com a ficção:
Passeio Noturno I e II, Ruben Fonseca.
Elementos da narrativa.
 A crônica: A última crônica, Fernando Sabino.
 Ambiguidades: SARESP 2010.
 O artigo de opinião: tese, antítese e síntese.
 Texto: emoções e razões, Antonio Suarez Abreu.
 A arte de argumentar: Convencer e persuadir.
 Texto: Uma surpresa para Daphine, Luiz Fernando Veríssimo.
 Produção textual: Título, Tema e Tese.
 Texto: Racismo não pode. Ok. Mas, e o machismo?, Moema Fiuza.
http://moemafiuza.jusbrasil.com.br/artigos/119304479/racismo-nao-pode-ok-mas-e-o-machismo
 Debate e Reflexão: O preconceito contra mulher no futebol
 A construção do argumento. Texto: Lavagem Cerebral – Gabriel, o pensador.
 Produção textual: Artigo de Opinião. Tema: Racismo e preconceito.
 O argumento de autoridade e a citação.
 Debate e Reflexão: Opinião x Juízo de valor.
 Texto: “Somos todos racistas. E a banana do Daniel Alves não muda isso”.
http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2014/04/29/somos-todos-racistas-e-a-banana-do-daniel-alves-nao-
muda-isso/
Período: 2º semestre: produção textual.
Conteúdo.
 Debate e reflexão: em busca dos significados.
 Texto O que é explicação, Mário Sérgio Cortella.
 Debate e reflexão: A tecnologia na educação.
 Tese, antítese e síntese.
 Argumento de autoridade.
 O pronome oblíquo.
 Texto: Fora de Si, Arnaldo Antunes.
 Produção textual: tema: o uso da tecnologia na educação.
 Intertextualidade: Monte Castelo, Legião Urbana x Amor é fogo, L. Camões x Corintos
13, Bíblia Sagrada.
 Leitura e análise: Dom Casmurro, Machado de Assis, I e II cap.
 Opinião e Ponto de vista.
 Texto: Hip Hop em legítima defesa, Preto Ghóez.
 Organizadores textuais: mas, pois, além disso, em suma, portanto, entretanto...
 Texto: O endurecimento das penas seguramente é um instrumento de inibição à
criminalidade, Ari Friedenbach.
 Argumento, contra-argumento e inferência.
 Produção textual: a violência contra a mulher.
 Análise de propaganda: O poder de persuasão da mulher. Sabão em pó.
 Texto: Mulheres que amam demais?, Mieli Rivero Montaño.
 Debate e reflexão: ENEN GUIA DE REDAÇÃO.
 Texto: A questão do aborto, DráuzioVarella.
III
JOVENS DE OPINIÃO
Nesta parte do trabalho estão apresentadas redações produzidas por alguns alunos durante
o ano letivo, passando sempre pelo crivo anteriormente explicado. A disposição dos textos foi
ordenada de forma aleatória, ou seja, não foi separado por tema, nem por ordem alfabética,
tampouco por “melhores redações”.
É evidente que as redações convidadas a fazer parte desta coletânea se destacaram sobre
as demais por algum motivo, não estão aqui de graça, mas a razão comum a todas foi o interesse,
a dedicação e a motivação dos alunos para fazer parte do projeto.
A Importância da Tecnologia no Ensino.
Erick Fernando Marques da Silva.
No Brasil a educação é muito limitada. Em um país que se diz estar em fase de crescimento e
se desenvolvendo rapidamente deveria possuir recursos que ajudassem a prender a atenção dos
jovens nas redes de ensino.
Com o avanço da tecnologia os jovens vêm perdendo o gosto de ir para escola aprender, pois
acham que as aulas estão se tornando “maçantes” e com isso estão perdendo o interesse. O Brasil
já possui escolas que adaptaram sua rotina de ensino com a tecnologia e com isso estão notando
um interesse maior dos alunos em estar ali aprendendo e também observando que os professores
estão satisfeitos com o crescimento dos alunos e com isso despertando o interesse deles a se
atualizarem mais e a pesquisarem, para trazer cada dia mais coisas novas e interessantes que
cativem os alunos a estar ali naquele ambiente.
Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, doutora em Educação e coordenadora do programa
de Gestão Escolar e Tecnologias, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de
São Paulo, afirma que as escolas não exploram todo o potencial que a tecnologia oferece.
Portanto o governo brasileiro deveria rever seus conceitos do que eles dizem ser uma “boa
educação”.
Para isso um dia ser concretizado professores deveriam receber incentivo do governo a se
especializarem em novos conceitos tecnológicos e de como isso pode ser incorporado dentro de
cada disciplina escolar. Se isso tudo vier um dia a ser concretizado temos certeza de que teremos
professores satisfeitos, alunos brilhantes tornando o mundo cheio de pessoas inteligentes e
responsáveis, que sabem tomar ótimas decisões tornando um mundo cada vez melhor.
Preconceito ou pré-conceito?
Larissa Martins.
A sociedade atual é marcada pela luta contra o preconceito, no entanto existe uma diferença
quando se trata de “preconceito” e “pré-conceito”, porque são duas palavras diferentes, porém
muito fáceis de serem confundidas.
Pré-conceito é apenas um impacto que a pessoa tem ao se chocar com uma realidade
diferente da sua, mas que pode ser modificada com o passar do tempo, com aproximação e
descoberta. Preconceito é algo que não é superado com tempo e que na verdade, de acordo com a
filosofia é algo que realmente impede essa relação e contato. Conforme *Allport (1954), sendo
“uma atitude negativa em relação a uma pessoa baseada na crença de que ela tem as
características negativas atribuídas a um grupo, essa atitude seria constituída por dois
componentes: um cognitivo, a generalização categorial; e um disposicional, a hostilidade, que
influenciaria comportamentos discriminatórios”.
Sendo assim pode-se fazer a seguinte pergunta: a grande maioria das pessoas tem algum
tipo de preconceito? Todos querendo ou não, já passaram por situações, ou conheceram algo ou
pessoas, tão diferente da sua realidade a ponto de querer se afastar. Sabemos que infelizmente
isso acontece no meio da sociedade, mesmo todos sabendo que nunca se deve desprezar ou
menosprezar alguém ou algo diferente daquilo que está acostumado a conviver.
Portanto, o pré-conceito é algo quase que inevitável, mas possível de ser superado; já o
preconceito é algo que não é superado com o tempo e que impede a relação e contato entre as
pessoas.
*fonte: http://www.scielo.br/
Sociedade LGBT.
Aline Santos Rosa.
Vivemos numa sociedade onde o preconceito e a descriminação contra Lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) é constante em todos os lugares do mundo. Vivemos e
crescemos num mundo duro e difícil de lidar e a sociedade LGBT vem tentando mudar isso,
mostrando que somos todos iguais, com os mesmos direitos e deveres e que já esta na hora delas
serem aceitas perante a sociedade.
As pessoas tem que entender que homofobia é crime e que isso de “homem e mulher
devem ficar juntos, pois é o certo” não existe mais! A igreja muitas vezes aborda esse assunto,
repreendem e dizem que casal do mesmo sexo é pecado. Por isso as pessoas que estão ali
presentes naquela igreja ficam com aquele pensamento, que casais do mesmo sexo não devem
ficar juntos e que aquelas palavras ditas ali são as certas.
Quando surgiu a lei que homossexual podia se casar, em vários lugares, casais
homoafetivos foram para o cartório oficializar a união. Um exemplo foi o casamento de
Alessandra Lustosa que diz “Éramos único casal do mesmo sexo naquele dia, e ela era a noiva
mais linda”.
Isso mostra o bom avanço que tivemos, mas não é suficiente para fazer com que eles
tenham mais respeito e não sejam maltratados na rua, pois mesmo que uma parte da sociedade
aceita e apoia, a outra continuará reprimindo-a.
Queremos viver numa sociedade onde todos são aceitos e que nossas diferenças nos faça
acreditar que tudo é possível e que devemos lutar pelo que acreditamos, independente das ações
e opiniões das pessoas ao nosso redor.
Uma nova geração.
Camila Lopes.
O uso da tecnologia nas escolas tomou maiores proporções nesse novo cenário do século
XXI, no entanto, este é um assunto que vem sendo discutido há tempos. O mundo em que
vivemos é conectado virtualmente de diversas formas. Integrar a tecnologia à educação seria o
início de uma nova maneira de pensar.
A internet é um meio tecnológico, além de ser uma rede de comunicação e informação. Com
ela, acessar essas informações se tornaram práticas. A introdução de tais meios no ensino escolar
seria eficaz, sendo que economizaria tempo e, consequentemente, mais conteúdo seria
transmitido. Ferramentas virtuais ajudam tanto os alunos quanto os professores. De uma forma
geral, se a tecnologia fosse introduzida no ensino, deveria haver uma supervisão, tanto no
desenvolvimento do aluno quanto nas informações obtidas por ele. O professor possivelmente
perderia o controle. Este seria responsável por propor aos alunos uma situação-problema, ao
invés de uma simples apresentação.
Um exemplo da tecnologia no ensino são as salas virtuais, onde os alunos assistem aulas
online e interagem com outros estudantes, como em uma sala comum. A partir desse ponto de
vista, percebe-se que a sociedade está evoluindo, principalmente para resolver questões como
tempo e distância. Segundo José Manuel Moran, um dos maiores especialistas brasileiros no uso
da Internet em sala de aula: “Na sociedade da informação, todos estamos aprendendo a conhecer,
a comunicar-nos, a ensinar, a integrar o ser humano e o tecnológico, a integrar o audiovisual, o
grupal e o social’. Como resultado, obteríamos uma geração mais preparada.
Muitas escolas já adotaram métodos como estes para melhorar aprendizagem e a tendência é
de que outras escolas façam o mesmo. Deve-se compreender que a internet é uma fonte de
pesquisas e uma ferramenta que traz inúmeros benefícios, se usada com responsabilidade. O
espaço virtual deve auxiliar no processo de aprendizado, não necessariamente substituí-lo.
Atualmente, a nova geração está sendo preparada em uma cultura completamente digital.
Preconceito contra vegetarianos.
Sabrina S. Macêdo.
A maioria das pessoas que e adepta à dieta vegetariana, em certo momento da vida sofre
algum tipo de preconceito, podendo vir de desconhecidos, de amigos ou até dos próprios
familiares que não aceitam a decisão.
Para o senso comum vegetarianismo e viver de salada e por isso e sinônimo de morte. O Dr.
George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas explica em sua publicação
"Sobre nutricionista e a resistência ao vegetarianismo" que esse comportamento e uma reação
típica quando pessoas são pouco confrontadas com ideias que são pouco aceitas pela sociedade
na qual estão inseridas.
Costumam dizer que não vai fazer diferença uma ou duas pessoas pararem de comer carne,
porém segundo o IBOPE 9% da população brasileira é vegetariana, ou seja 17,5 milhões de
pessoas não consomem carne e por isso incontáveis animais são poupados na morte. Insatisfeitos
os preconceituosos tentam convencer do quanto é boa e saudável tal alimento, porém o estudo
sobre saúde desenvolvido pela faculdade de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda na
Califórnia, EUA, aponta que vegetarianos vivem mais tempo do que os que seguem uma dieta
carnívora.
Por fim, o preconceito sobre os vegetarianos deve parar de ser praticado e o governo deveria
pensar em soluções como eventos de conscientização e incentivo em educação, ensinando
princípios alimentares.
Lados positivos e negativos da tecnologia dentro das escolas.
Raiane Pereira da Cruz.
A tecnologia nas escolas é um projeto interessante de se avaliar, pois assim como apresenta
seu lado positivo, também apresenta seu lado negativo.
Muitas escolas são classificadas como melhores ou piores pelos recursos e avanços que ela
apresenta e o acesso que ela disponibiliza à tecnologia. A diferença está em como essas escolas
utilizam os recursos da tecnologia e como é explorado dentro das escolas. A tecnologia é uma
forma inovadora e mais ampla de se adquirir conhecimento dentro da sala de aula, é possível
aprofundar e explorar muitos assuntos diferentes em tempo real e extrair diversas informações
em rápido tempo. Pode ser também uma forma de atrair mais o aluno para os estudos. Porém, a
tecnologia pode servir de distração para o aluno se não for aplicada com um objetivo e com um
professor auxiliando.
A questão é a tecnologia pode e deve ser implantada dentro nas escolas, porém não deve
tomar o lugar dos livros, dos professores, nem substituir os outros métodos de ensino que já vem
sendo aplicado há muitos anos. Deve haver um certo controle do uso da tecnologia dentro da
sala, o professor deve auxiliar os alunos, preparar uma aula, expor e transmitir seus
conhecimentos, não necessariamente o professor deve entender tudo sobre a tecnologia, mas
deve saber o básico para usá-la ao seu favor , como diz Eugenio Severin '' Ninguém espera que
os professores sejam experts em tecnologia , eles têm que ser especialista em educação , pensar
em experiência de aprendizagem enriquecedoras usando a tecnologia ''.
Os livros também continuam sendo muito úteis mesmo com esse avanço todo da tecnologia,
não se deve abandonar os livros, é preciso adquirir mais formas enriquecedoras de aprendizado e
não abandonar os outros modos que adquirimos a anos como diz Mario Sérgio Cortella '' O livro
exige maior atenção e não produz algo que é muito ruim para o estudo a distração. Não é que as
plataformas digitais não tenham seu lugar, mas elas não são substitutas dos modelos
anteriores.'' Desta forma, o segredo está em como aplicar a tecnologia nas escolas, tornando algo
bom para os alunos .
Tecnologia na escola é mesmo necessária?
Vitória Ramos.
A tecnologia na escola é algo ainda muito discutido, principalmente quando se trata da
tecnologia para aprimorar nossos estudos, e não para mexer em celulares, tabletes, etc, na sala de
aula. É possível afirmar que a tecnologia nas escolas seria muito bom, como por exemplo: lousas
digitais, tablets para os alunos(uso pedagógico), enfim com certeza as aulas seriam mais
produtivas, facilitando o aprendizado, como diz o filósofo Mario Sérgio Cortella, em uma
entrevista para revista Kalunga: "Tecnologia é uma das maneiras de facilitar a existência, a
comunicação, o acesso à vida [...] Portanto, não é a tecnologia em si, mas o modo de usa-lá".
Quando usado com sabedoria é perfeitamente aproveitada.
O papel da escola é passar conhecimento e não tantas informações, afirma Mario Cortella
em uma entrevista para revista Direcional Escolas (edição 16-Maio/2006) "A escola trabalha
com informação. Conhecimento quem constrói é o próprio individuo". Portanto as escola pensam
que atolar os alunos de informações vão conseguir os melhores resultados? Ilusão, porque não
conseguem, pois quem constrói o conhecimento é o aluno, o individuo independente do tamanho
de informações que lhe foi oferecida.
Tecnologia na escola, se bem aproveitada, com certeza seria algo útil e ótimo para
educação. Tanto que em algumas escolas particulares, alunos usam tablets (pedagógico), são
poucas escolas e a minoria ainda, mas quem sabe em um futuro próximo, não exista mais lousas
de giz e sim as digitais e tablets para os alunos, quem sabe!
A tecnologia no aprendizado.
Laura Guidugli Godoy.
É sabido que a tecnologia se desenvolve diariamente, com a criação de novos equipamentos
e a melhoria dos já existentes, facilitando diversas – senão todas – as atividades seja em casa, no
trabalho ou na escola. No entanto, com a facilidade de se obter informações sobre qualquer
assunto, enfrentamos um dilema: até que ponto a tecnologia pode ser benéfica para o aluno e
para o professor quando em ambiente de estudo?
A internet pode ser um grande auxilio no ambiente escolar. Matérias bem explicadas,
exercícios extras, vídeo-aulas e respostas que nem sempre o professor possui podem ser
encontradas com facilidade. Porém, com uma fonte tão rica de informação em mãos, nem todos
os alunos sabem quando usá-la de maneira adequada e acabam por trocar os estudos por
distrações a parte. Cópias de trabalhos prontos também são um problema muito comum.
O filósofo Mário Sérgio Cortella, em uma palestra no II encontro de Educação SER da
Abril de 2014, expõe sua opinião sobre o instigante tema “tecnologia e educação”: “Seria tolo
não usar a tecnologia a nossa disposição para fazermos melhor o que fazemos, mas, cautela (!),
para não se colocar a temática da digitalização como sendo a única alternativa que nos ofereça
sucesso”. Mostrando um simples, porém esclarecedor pensamento sobre o assunto, Cortella nos
diz como as ferramentas tecnológicas podem – e devem – ser usadas nas escolas, mas não com
exclusividade.
Além dos aparelhos já adotados em muitas escolas, como televisões e computadores, cabe
ao aluno compreender quando e como fazer uso de ferramentas móveis pessoais, tais como
celulares e tablets, e, ao professor, auxiliá-los para que o mau uso feito por uma parte não impeça
o aproveitamento dos benefícios que a tecnologia pode trazer no aprendizado e na formação
acadêmica dos estudantes.
Preconceito linguístico, até quando? Renan Gouveia.
Nesses novos tempos, o preconceito linguístico existe, devido a baixa escolaridade dos mais
velhos, que hoje em dia tomam conta das suas famílias e não conseguem se envolver com a
educação novamente, são raros os casos em que voltam para a escola e terminam os estudos.
Segundo Marcos Bagno, autor do livro Preconceito linguístico – o que é, como se faz.“Esse
tipo de preconceito nasce da ideia de que há uma única língua portuguesa correta, que é a
ensinada nas escolas, está presente nos livros e dicionários e baseia-se na gramática normativa.
Apesar de ser muito importante a existência de uma norma que regulamente a escrita, a torne
homogênea e defina suas regras, a mesma acaba servindo como instrumento de exclusão social,
já que ao não reconhecer a língua como uma unidade viva e mutável, ela passa a ser utilizada
como meio de distinção social daqueles que têm acesso a educação, e consequentemente, mais
poder aquisitivo, e daqueles que não têm. Além disso, acaba gerando também o preconceito com
determinadas construções linguísticas que variam de acordo com as regiões do país.”
Como Bagno reforça, a língua “corretamente” falada é a daquelas pessoas que por terem
acesso à escola, condição e por terem absorvido o conhecimento (sem tirar o mérito), hoje é
considerado o português culto, e isto também se aplica ao caso da pessoa ter um curso superior,
pois hoje em dia é mais questão de status.
Um exemplo disso é o ex presidente Luís Inácio Lula da Silva, que não tinha o português
culto e muito menos curso superior, e estava a frente de um dos maiores cargos do país, sem
julgar os mandatos. E isso era causa de enormes preconceitos, porque: “Ah, o cara não sabe nem
falar e é o presidente da república!?”, “Opa, o Brasil “tá” bem, nosso presidente nem diploma
escolar tem, vamos ver...”
Como bem diz a professora, Ana Maria Dalsasso: “A antiga segurança de que o diploma
universitário garantia um bom emprego não existe mais. Só o diploma não é suficiente. Para ser
bem sucedido num mundo de mudanças rápidas e valores sociais em alta, o profissional do
futuro terá de mostrar habilidades e competências que não se aprende na escola. A escola pode
até ajudar, mas a família é determinante na preparação do futuro profissional.”
Desta forma, é possível afirmar que diploma não garante a colheita de bons frutos,
conhecimento sim, que é ótimo, mas é claro, não se faz melhor e nem pior que alguém que não o
tenha. A baixa escolaridade é o ponto chave do preconceito que desencadeia vários outros, por
isso não podemos julgar uma pessoa se ela não teve a oportunidade de estudar ou por algum
motivo largou a escola, se ao invés de caçoar, nós ajudássemos essas pessoa, o mundo seria
outro, ou melhor, o Brasil seria outro.
A consequência do capitalismo selvagem que reduziu o trabalho a mero fator de produção.
Ana Carolina Ferreira da costa Pereira.
A lei áurea (lei que proíbe o uso legal da mão de obra escrava no Brasil) assinada há 125
anos, não garantiu que o uso da mão de obra escrava fosse extinto do país, muito pelo contrário,
ela possibilitou que essa pratica não se limitasse somente aos negros, mas também a todos
aqueles que foram marginalizados pelo sistema.
O trabalhador escravo na lógica capitalista é apenas mais um fator de produção, isto é, os
trabalhadores são como objeto, e por isso são explorados a fim de se conferir maior
produtividade, eficiência e lucratividade ao empreendimento econômico, sem que se dê real
importância ao elemento humano. Assim, após o aliciamento (que geralmente é feito por “gato”
que ilude o indivíduo com propostas de bons salários e boa qualidade de vida) trabalhador é
obrigado a comprar o material de trabalho, alimentação e dormitório e tem toda a “despesa”
descontado do seu salário, que no final das contas, o empregado contrai uma dívida bem maior
do que pode pagar e isso acaba se transformando em um ciclo vicioso.
Os setores onde há o maior predomínio desse tipo de serviços são no setor rural (na criação
de bovino, produção de carvão, soja, café, algodão, frutas, pasto, corte e retirada de madeira), na
área urbana (construção civil, exploração sexual e indústrias do setor têxtil). Segundo o relatório
IDEG (Índice de Escravidão Global 2014), da Fundação Walk Free, divulgado nesta segunda-
feira (17), cerca de 155,3 mil pessoas em situação análoga à escravidão.
Embora o projeto de fiscalização, criado pelo então presidente Luís Inácio Lula da silva em
2006, tenha consigo aumentar a fiscalização e reduzir o número de trabalhadores nessas
condições, é necessário que haja maior repressão nas empresas que praticam tal ato que e não
acomodar-se apenas com edição de novas leis pois não basta ter leis se não houver aplicações
eficientes para punir. Além disso, é importante que se crie medidas de inserção como a criação
de cooperativas nas regiões mais pobres proporcionando a geração de renda aos trabalhadores e
seus familiares para que eles não precisem se submeter a essas condições.
O peru que matou meu pai.
Rafael Ribeiro de Souza.
Essa resenha refere-se ao conto “O peru de natal” de Mário de Andrade, que conta sobre o
natal de uma família onde o pai era avarento e não gostava de gastar mais que o suficiente. Mas o
primeiro natal após sua morte, a família resolve comprar um peru para comerem sozinhos, mas
isso acaba transformando-se em uma confusão.
Um trecho bastante interessante desse livro é “e eu, que gostava apenas regularmente de meu
pai, mais por instinto de filho do que por espontaneidade de amor”. O filho só gostava do pai por
ele seu pai, não possuía nenhuma afeição por ele. Me identifico, pois também não possuo afeição
pelo meu pai.
“Empanturrados de castanhas e monotonias, a gente se abraçava e ia pra cama”. Pode-se
perceber que o natal deles não era nem tão luxuoso como o da maioria das pessoas, eles comiam
castanhas e iam dormir.
Depois de ler esse conto, pude perceber que a vida deve continuar, não se afundar no
passado, por mais que ele tenha sido ótimo. Devemos viver o presente e o futuro sem que o
passado nos atrapalhe. Recomendo esse livro porque retrata bem isso.
A série de protestos nas cidades brasileiras.
Thainá Augusto Dutra.
Uma série de protestos que foram motivados pelo aumento do preço da passagem de ônibus
se espalhou pelas principais metrópoles brasileiras e adquiriu repercussão internacional. O
movimento sem dúvidas foi o maior das últimas décadas e levou as autoridades estaduais e
municipais a tomarem decisões precipitadas.
Após duas semanas de tumultos, os governos de São Paulo e de outros estados brasileiros
recuaram e anunciaram a redução do valor das tarifas. Mas o porta-voz dos manifestantes disse
que continuariam nas ruas, lutando pela melhor qualidade no transporte público.
O movimento pedia por melhorias na prestação de serviços público, um direito do cidadão.
Milhares de pessoas participam das passeatas que, apesar dos atos de vandalismo, conquistaram
o apoio das populações. Os manifestantes usaram as redes sociais e aparelhos celulares para
coordenar os eventos.
Os protestos foram motivados pelo aumento da passagem de ônibus na capital paulista, que
passa de R$ 3,00 para R$ 3, 20. Nos primeiros protestos, a depredação de ônibus, bancos,
estações de metrô patrimônios despertaram a revolta da opinião pública. Esse cenário mudou
quando a polícia militar reprimiu as manifestações ferindo populares e jornalistas. Vamos fazer
manifestações que ajude a melhorar o país brasileiro, e não piorar o que não está bom.
O que faz você pensar que é melhor do que o outro?
Beatriz Ranahli
Preconceito. Da junção do português e do latim, ''Pré' de ''Antes" e ''Conceptus" resumo,
conceito. Segundo o dicionário Online: ''S.M. Opinião ou pensamento acerca de algo ou alguém,
cujo teor é construído a partir de análises sem fundamentos, sendo preconcebidas sem
conhecimento e/ou reflexão, prejulgamento.''
A origem da palavra é simples, o modo de pensar e agir de quem tem preconceitos diversos
não.É difícil para muitos lembrar, ou sequer imaginar, que no nosso país tão "evoluído'' e de
pessoas de ''mente aberta'', um país branco, que ainda ontem havia escravidão, e que de certa
forma ela ainda existe. Nos dias de hoje existem homossexuais sendo espancados na rua,
nordestinos sendo ridicularizados, meninos e meninas com grandes problemas emocionais e até
casos de suicídio por sofrerem bullying.
O preconceito pode até estar mais escondido, no entanto ele ainda existe, sendo a causa de
milhares de problemas na nossa sociedade. A discriminação é inaceitável, seja contra negros,
brancos, gordos, magros, nordestinos ou paulistas, todos somos iguais. Não importa no entanto
se a pessoa acredita em Deus, em santos, em Orixás, ou não acredita em nada. Mesmo assim,
todos tem o direito de fazer, cultuar e acreditar no que quiser, e nada dá ao outro o direito de
julgar, criticar e discriminar suas ações.
Hoje o que uma pequena parte procura, é levar conhecimento e educação as crianças, para
que elas cresçam e passem isso aos seus filhos, que passarão aos seus netos e assim um isso terá
acabado. Para as pessoas adultas nos restam as leis, para punir certas ações. Como já disse
Nicollo Maquiavel ''Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios. '' Precisamos cultivar
os princípios.
Preconceito. Por que é tão comum?
Egno H. Silva
Preconceito. Por que é tão comum no mundo de hoje? Será por causa das ações que muitos
cometem à base do senso comum? Talvez já venha de berço em algum casos... mesmo assim não
tem um motivo para nós, seres humanos, achamos ou julgamos alguém diferente simplesmente
por causa da cor da pele, fala, idioma, cultura, costumes ou hábitos.
Tantos motivos para a preocupação neste sistema e por motivos na maioria das vezes
emocionais ou razão julgada, outro problema vem com mais assuntos a serem colocados em
debate. O sociólogo Carlos Ribeiro diz que o racismo que se enquadra na linha do preconceito, e
“pode ser causado pela desigualdade econômica”. Isso pode ter um lado de verdade e outro um
pouco duvidoso. Hoje vemos até pessoas de mesma classe social cometendo esse erro
simplesmente por motivos de ira. Então o preconceito não é exclusividade de uma classe social.
De qualquer modo esse tipo de atitude precisa ser deixado no passado. Em pleno séc. XX
ainda existem “escravos” de ideias preconceituosas que para algum já tinha se apagado no tempo
ou enterradas junto com muitos mortos que foram os verdadeiros escravos. Se isso tivesse se
apagado da sociedade, hoje não veríamos marca desse “senso comum”
“Quão bom será o dia em que brancos e negros estarão sentados juntos na mesa da
irmandade, vivendo em paz eterna.” (Axel Rose)
O feminismo na prática.
Lahis Prata
O feminismo, de fato, é a luta das mulheres (e de alguns homens também) para a igualdade
de gêneros. Com a palavra “igualdade”, as pessoas têm interpretações distintas dessa ideologia,
muitas vezes errônea.
A real ideia de igualdade de gênero luta para que homens e mulheres tenham os mesmos
direitos como, por exemplo, os salários que em grande parte das vezes a mulher ganha menos do
que um homem que ocupa o mesmo cargo. O feminismo luta para quebrar ideias sexistas que
prejudicam as mulheres e, em certas situações, prejudicam o homem também.
Questões como por que o homem paga a conta? por que a mulher tem que cuidar da casa e
dos filhos? por que os homens estão em maior número em profissões de lógica ou de peso e as
mulheres sofrem com crimes domésticos e estupros? foram levantadas e combatidas pelas
feministas.
Como em toda ideologia, o feminismo tem seus seguidores radicais, que pregam a ideia de
abdicação de gêneros, etc. Essas pessoas passam uma visão errada, e para quem nãom sabe
direito o que é o feminismo, acabam entendendo que a luta é a favor das mulheres, e não de
ambos os sexos.
Há mais de 90 anos, feministas foram queimadas por protestar por seus direitos, muitas
mulheres foram violentadas, escravizadas pela sociedade machista. Até hoje ações como estas
acontecem e são ignoradas.
Então, agora é a hora de “por a boca no trombone” e gritar tudo o que foi silenciado até hoje.
Juntos, homens e mulheres poderão alcançar a igualdade dos gêneros e acabar com a injustiça
que está “debaixo do nosso nariz”.
Opto pelo bom senso.
Tamires Bianca Warken
Nos últimos tempos as mulheres tiveram muitas conquistas. Romperam pelo menos com uma
grande parte das barreiras de sociedade que diziam que “mulheres e homens não deveriam ter
direitos iguais”. Esse é um assunto polêmico, pois envolve o “machismo” e o “feminismo”, além
do “femismo”.
Desde pequena ouço falar em machismo. Claro que no início não sabia exatamente o que era,
mas associando com a palavra “macho”, e com o passar do tempo através de noticiários,
compreendi o que significava. Já o feminismo, não tinha ideia do que poderia ser.
No final do ano passado e no início desse ano, por meio dos debates na escola com amigos e
professores de sociologia, fui entendendo realmente os significados e as relações entre o
machismo e o feminismo. De modo geral, e breve, o machismo é o conjunto de ideias que
defendem que o homem é, em todos os sentidos, superior à mulher. O feminismo defende que
mulheres e homens são iguais, que tem o mesmo nível de capacidade em todos os sentidos. As
duas opções são radicais. Hoje, a mulher, por exemplo, chegou à Presidência da República, ou
seja, em direitos, profissionalismo, capacidade intelectual, ambos podem chegar a mesma
posição, entretanto, as questões físicas, sem dúvida alguma, os homens têm mais força.
Um cidadão que defende ideias feministas e machistas, ao mesmo tempo, não significa que é
“bandeirinha” ou sem personalidade, muito pelo contrário, a meu ver, a pessoa que opta pelo
equilíbrio, pelo bom senso.
CONCLUSÃO
Desenvolver no aluno o pensamento crítico por meio da escrita foi o maior desafio deste
projeto. Sendo a cultura representada também pela palavra escrita, esta, porém, não pode ser
construída de forma repetitiva, mas de maneira crítica para que seu usuário possa tomar
consciência e construir seu próprio destino:
Alfabetizar-se é aprender a ler essa palavra escrita em que a cultura se diz,
e dizendo-se criticamente, deixa de ser repetição intemporal do que passou,
para temporalizar-se, para conscientizar sua temporalidade constituinte, que é
anúncio e promessa do que há de vir. O destino, criticamente, recupera-se
como projeto.4
Não é nosso interesse aqui separar, enumerar ou conceituar os níveis de alfabetização dos
nossos alunos. Embora se espere encontrar nos ensinos fundamental e médio turmas
devidamente alfabetizadas, a realidade nos apresenta indivíduos com diversos níveis de escrita,
desde aquele acostumado a somente “copiar a lição” até aquele que domina a construção do texto
escrito, mas que ainda precisa de alguma orientação. No entanto todos os alunos foram
instigados a construir seu texto a partir de uma pesquisa e amplo debate. Trocar ideias com total
liberdade foi fundamental para que se sentissem à vontade para expor suas ideias de maneira
crítica.
Dentre os participantes deste trabalho (de caráter memorial e não científico) alguns textos se
apresentaram de maneira primorosa outros ainda precisavam de alguns ajustes, mas todos estão
aqui principalmente porque os alunos se interessaram e quiseram fazer parte do projeto, ficando,
inclusive, alguns de fora por motivos de espaço na edição.
Escrever esse memorial foi importante para que eu pudesse ter uma visão ampla do que foi
trabalhado em sala, um verdadeiro mapeamento permitindo maior reflexão do que foi o ano
letivo, observando o que deu certo, o que deu errado e abrindo um leque de novas ideias para o
próximo ano.
Os alunos se dedicaram a escrever por diversos fatores, mas o fundamental parece ter sido a
percepção de que suas redações foram lidas com devida atenção, além do feedback pessoal, cara
a cara, em que cada um pode se explicar e ouvir as orientações de maneira personalizada. Algo
difícil de realizar com um só professor em sala, devido ao grande conteúdo que o aluno precisa
ter acesso durante o ano. Nesse ponto de vista, a presença de um professor auxiliar pode ser
decisiva dentro da relação ensino-aprendizado.
4
Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido, 17º edição. Pg.10. Ed. Paz e Terra. RJ. 1994.
BIBLIOGRAFIA
ALBORNOZ, S. O que é trabalho – coleção primeiros passos. Editora Brasiliense.
ABREU, S.A. A arte de argumentar – gerenciando razão e emoção. 10º edição. Ateliê
Editorial. Cotia – SP. 2006.
CITELLI, A. Linguagem e Persuasão. 11º edição. Editora Ática. SP, 1997.
CORTELLA, M.S. Pensar bem, nos faz bem. Editora Voz. Petrópolis. RJ. 2013.
ERNANI, T. & NICOLA, J. Redação para o 2º grau – Pensando, lendo e escrevendo. Editora
Scipione. SP, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, 17º edição.Editora Paz e Terra. RJ. 1994.
MAIA. Português. Série Novo Ensino Médio – volume único. Editora Afiliada. SP. 2005.
SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. EMR – Ensino médio em rede. Programa de
formação Contínua para professores do ensino médio. 2000.

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Jovens expressam opiniões sobre temas atuais

  • 1. JOVENS DE OPINIÃO (memorial pedagógico) Mieli Rivero Montaño Profº de redação E. E. José Monteiro Boanova São Paulo Dezembro de 2014
  • 2. “Nosso papel não é falar ao povo sobre a nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa.” Paulo Freire – A pedagogia do oprimido.
  • 3. Dedicado à Vanessa Montaño, minha borboleta.
  • 5. ÍNDICE Introdução...............................................................................................................................04 I – Reflexão, debate e produção textual: o ato de pensar, escrever e corrigir..................................................................................05 II – O conteúdo programático...............................................................................................07 III – Jovens de opinião...........................................................................................................10  A Importância da Tecnologia no Ensino - Erick Fernando Marques da Silva 2ºD  Preconceito ou pré-conceito? - Larissa Martins 2ºD  Sociedade LGB - Aline Santos Rosa – 2ºB  Uma nova geração - Camila Lopes 2ªC  Preconceito contra vegetarianos - Sabrina S. Macêdo - 2ºC  Lados positivos e negativos da tecnologia dentro das escolas - Raiane P.Cruz –2ªB  Tecnologia na escola é mesmo necessário? - Vitória Ramos – 2ºC  A tecnologia no aprendizado – Laura Guidugli Godo - 2ºA  Preconceito linguístico, até quando? - Renan Gouveia -2ºC  A consequência do capitalismo selvagem que reduziu o trabalho a mero fator de produção - Ana Carolina Ferreira da costa Pereira – 3ºB  O peru que matou meu pai, Rafael Ribeiro de Souza – 1ªC  A série de protestos nas cidades brasileiros, Thainá Augusto Dutra – 1ªC  O que faz de você pensar que é melhor do que o outo?, Beatriz Ranahli – 2ºD  Preconceito. Por que tão comum? - Egno H. Silva – 2ºC.  O feminismo na prática. – Lahis Prata – 2°C.  Opto pelo bom senso – Tamires Bianca Warken – 2ºC. IV - Conclusão........................................................................................................................26 Bibliografia.............................................................................................................................27
  • 6. INTRODUÇÃO JOVENS DE OPINIÃO (memorial pedagógico) é um relato de experiência fruto do meu projeto pedagógico1 que visa cumprir duas funções: a primeira é apresentar alguns textos produzidos pelos alunos durante o ano letivo que termina. A segunda é registrar e documentar as atividades desenvolvidas a fim de proporcionar uma reflexão sobre minha atuação enquanto PROFESSOR DE REDAÇÃO na E.E.JOSÉ MONTEIRO BOANOVA, parte do PROGRAMA PROFESSOR AUXILIAR – Ensino Médio e do PROGRAMA PROFESSOR DE APOIO – Ensino fundamental e médio, do período matutino, ambos de 2014. A ideia deste trabalho surgiu da crença que a escola deve proporcionar ao educando a capacidade de desenvolver o pensamento crítico em busca da autonomia. Desse ponto de vista, saber expor uma opinião de maneira clara, objetiva e organizada é fundamental, principalmente na modalidade escrita, “pois é uma forma de estar no mundo de modo mais inteiro, menos passivo, menos alienado”.2 As aulas tiveram como tema-guia o “Estudo dos gêneros textuais e a produção escrita”, com o objetivo de desenvolver nos educandos a habilidade de produzir textos, especialmente o artigo de opinião e o texto dissertativo-argumentativo. A partir da leitura e reflexão de textos narrativos, opinativos, entrevistas publicadas em diversas mídias (jornal, internet, talking show, entre outros) sobre assuntos polêmicos em voga na sociedade, o aluno foi convidado a um debate acerca do tema proposto para em seguida produzir seu próprio texto, no caso, de caráter opinativo, sempre observando a exposição de ideias no que diz respeito à estrutura do texto; gênero; argumentação; inferência; ortografia; coesão e coerência. Estes foram, inclusive, os parâmetros para a correção das redações. A busca pela construção da autonomia do educando é o maior objetivo do projeto, desta forma a “palavra adquire a autonomia que a torna disponível para ser recriada na expressão escrita”3 1 documento entregue à direção da escola. 2 Secretaria do Estado de São Paulo. EMR – Ensino Médio em rede. Programa de Formação Contínua para professores do ensino médio. 2000. 3 Paulo Freire – a pedagogia do oprimido.
  • 7. I REFLEXÃO, DEBATE E PRODUÇÃO TEXTUAL: O ATO DE PENSAR, ESCREVER E CORRIGIR. Qual é a melhor forma para aprender a andar de bicicleta? Andar de bicicleta. Não é possível aprender andar de bicicleta olhando-a, parada, contemplando-a, É preciso observar outras pessoas andando de bicicleta, compreender o mecanismo, manter a calma, criar coragem, se concentrar e fazer: sentar no veículo, se equilibrar e sair pedalando. No entanto a dica mais importante (antes de tudo isso) é não se esquecer de aprender como funciona o freio! Escrever é a mesma coisa: só se aprende escrever, escrevendo. Para tanto é preciso:  Observar outras pessoas (ler).  Compreender o mecanismo (regras de ortografia e de escrita).  Manter a calma (refletir sobre o que quer falar).  Sentar, se equilibrar e sair pedalando (se entregar ao processo de escrita).  Não esquecer o freio (tomar cuidado coma redundância, com os exageros). Quem lê muito, diversos tipos de textos e tamanhos, se tornará um ótimo leitor, vai desenvolver somente uma habilidade, o da leitura. É preciso ler e escrever. Alunos que não gostam de escrever apresentam vários motivos, no entanto o mais comum é o medo de errar. Esse temor é compreensível até pela cultura que o brasileiro tem em não admitir o erro do outro. Essa intolerância impede que algumas pessoas sintam-se a vontade na hora de escrever. Quem já não recebeu na escola sua redação corrigida com caneta vermelha, aquela “hemorragia” na folha branca, sem saber o porquê de tais intervenções, e no final levou uma nota D? Isso motiva alguém? Claro que não. Durante nossas aulas, o educando foi motivado a aprender com os erros, levado a produzir seus textos a partir de um processo de reflexão, pesquisa, produção e, principalmente, a correção. Fazer e refazer é imprescindível para uma boa produção textual. Os alunos são instigados a refletir sobre isso. Não há como produzir uma redação razoável sem REFLEXÃO, PESQUISA e consequentemente o TRABALHO COM A LINGUAGEM. A “reflexão” é mais valiosa acompanhada de um “debate”, para isso os alunos tiveram como textos motivadores autores diversos, desde o filósofo Mário Sergio Cortella (E tem gente que se acha) a Gabriel, o pensador (Lavagem Cerebral).
  • 8. A “pesquisa” é fator primordial para sustentar um ponto de vista, nesse sentido o aluno foi instruído a buscar “fontes” para seus textos, usar argumentos de autoridade para dar base às opiniões defendidas. Aqui as formas de citação direta e indireta foram estudadas. Mas é no TRABALHO COM A LINGUAGEM o maior desafio das produções: barrar vícios de linguagem como o famoso “hoje em dia”, desfazer a confusão entre “mas” e “mais”, redirecionar os problemas de “coesão e coerência”, foram tabus enfrentados em todos os níveis de escrita apresentados pelos alunos. NINGUÉM ESCREVE DE PRIMEIRA. Os alunos compraram bem a ideia de ESCREVER- CORRIGIR-REFAZER, todas as redações passaram por esse processo de produção textual, como no exemplo a seguir: [ 1ª versão devolvida ao aluno com observações 2º versão produção final do aluno
  • 9. II O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Período: 1º semestre: estudo dos gêneros. Conteúdo.  Língua e linguagem.  Texto literário e não literário.  Música e poesia: Meu Reino – Biquíni Cavadão.  Metáfora e antítese: atividade de compreensão.  Debate e reflexão: O que é trabalho?  Texto filosófico: E tem gente que se acha – Mário Sérgio Cortella.  Música e poesia: Novos Horizontes – Engenheiros do Hawaii.  O conto: o trabalho com a ficção: Passeio Noturno I e II, Ruben Fonseca. Elementos da narrativa.  A crônica: A última crônica, Fernando Sabino.  Ambiguidades: SARESP 2010.  O artigo de opinião: tese, antítese e síntese.  Texto: emoções e razões, Antonio Suarez Abreu.  A arte de argumentar: Convencer e persuadir.  Texto: Uma surpresa para Daphine, Luiz Fernando Veríssimo.  Produção textual: Título, Tema e Tese.  Texto: Racismo não pode. Ok. Mas, e o machismo?, Moema Fiuza. http://moemafiuza.jusbrasil.com.br/artigos/119304479/racismo-nao-pode-ok-mas-e-o-machismo  Debate e Reflexão: O preconceito contra mulher no futebol  A construção do argumento. Texto: Lavagem Cerebral – Gabriel, o pensador.  Produção textual: Artigo de Opinião. Tema: Racismo e preconceito.  O argumento de autoridade e a citação.  Debate e Reflexão: Opinião x Juízo de valor.  Texto: “Somos todos racistas. E a banana do Daniel Alves não muda isso”. http://rodrigomattos.blogosfera.uol.com.br/2014/04/29/somos-todos-racistas-e-a-banana-do-daniel-alves-nao- muda-isso/
  • 10. Período: 2º semestre: produção textual. Conteúdo.  Debate e reflexão: em busca dos significados.  Texto O que é explicação, Mário Sérgio Cortella.  Debate e reflexão: A tecnologia na educação.  Tese, antítese e síntese.  Argumento de autoridade.  O pronome oblíquo.  Texto: Fora de Si, Arnaldo Antunes.  Produção textual: tema: o uso da tecnologia na educação.  Intertextualidade: Monte Castelo, Legião Urbana x Amor é fogo, L. Camões x Corintos 13, Bíblia Sagrada.  Leitura e análise: Dom Casmurro, Machado de Assis, I e II cap.  Opinião e Ponto de vista.  Texto: Hip Hop em legítima defesa, Preto Ghóez.  Organizadores textuais: mas, pois, além disso, em suma, portanto, entretanto...  Texto: O endurecimento das penas seguramente é um instrumento de inibição à criminalidade, Ari Friedenbach.  Argumento, contra-argumento e inferência.  Produção textual: a violência contra a mulher.  Análise de propaganda: O poder de persuasão da mulher. Sabão em pó.  Texto: Mulheres que amam demais?, Mieli Rivero Montaño.  Debate e reflexão: ENEN GUIA DE REDAÇÃO.  Texto: A questão do aborto, DráuzioVarella.
  • 11. III JOVENS DE OPINIÃO Nesta parte do trabalho estão apresentadas redações produzidas por alguns alunos durante o ano letivo, passando sempre pelo crivo anteriormente explicado. A disposição dos textos foi ordenada de forma aleatória, ou seja, não foi separado por tema, nem por ordem alfabética, tampouco por “melhores redações”. É evidente que as redações convidadas a fazer parte desta coletânea se destacaram sobre as demais por algum motivo, não estão aqui de graça, mas a razão comum a todas foi o interesse, a dedicação e a motivação dos alunos para fazer parte do projeto. A Importância da Tecnologia no Ensino. Erick Fernando Marques da Silva. No Brasil a educação é muito limitada. Em um país que se diz estar em fase de crescimento e se desenvolvendo rapidamente deveria possuir recursos que ajudassem a prender a atenção dos jovens nas redes de ensino. Com o avanço da tecnologia os jovens vêm perdendo o gosto de ir para escola aprender, pois acham que as aulas estão se tornando “maçantes” e com isso estão perdendo o interesse. O Brasil já possui escolas que adaptaram sua rotina de ensino com a tecnologia e com isso estão notando um interesse maior dos alunos em estar ali aprendendo e também observando que os professores estão satisfeitos com o crescimento dos alunos e com isso despertando o interesse deles a se atualizarem mais e a pesquisarem, para trazer cada dia mais coisas novas e interessantes que cativem os alunos a estar ali naquele ambiente. Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, doutora em Educação e coordenadora do programa de Gestão Escolar e Tecnologias, desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, afirma que as escolas não exploram todo o potencial que a tecnologia oferece. Portanto o governo brasileiro deveria rever seus conceitos do que eles dizem ser uma “boa educação”. Para isso um dia ser concretizado professores deveriam receber incentivo do governo a se especializarem em novos conceitos tecnológicos e de como isso pode ser incorporado dentro de cada disciplina escolar. Se isso tudo vier um dia a ser concretizado temos certeza de que teremos professores satisfeitos, alunos brilhantes tornando o mundo cheio de pessoas inteligentes e responsáveis, que sabem tomar ótimas decisões tornando um mundo cada vez melhor.
  • 12. Preconceito ou pré-conceito? Larissa Martins. A sociedade atual é marcada pela luta contra o preconceito, no entanto existe uma diferença quando se trata de “preconceito” e “pré-conceito”, porque são duas palavras diferentes, porém muito fáceis de serem confundidas. Pré-conceito é apenas um impacto que a pessoa tem ao se chocar com uma realidade diferente da sua, mas que pode ser modificada com o passar do tempo, com aproximação e descoberta. Preconceito é algo que não é superado com tempo e que na verdade, de acordo com a filosofia é algo que realmente impede essa relação e contato. Conforme *Allport (1954), sendo “uma atitude negativa em relação a uma pessoa baseada na crença de que ela tem as características negativas atribuídas a um grupo, essa atitude seria constituída por dois componentes: um cognitivo, a generalização categorial; e um disposicional, a hostilidade, que influenciaria comportamentos discriminatórios”. Sendo assim pode-se fazer a seguinte pergunta: a grande maioria das pessoas tem algum tipo de preconceito? Todos querendo ou não, já passaram por situações, ou conheceram algo ou pessoas, tão diferente da sua realidade a ponto de querer se afastar. Sabemos que infelizmente isso acontece no meio da sociedade, mesmo todos sabendo que nunca se deve desprezar ou menosprezar alguém ou algo diferente daquilo que está acostumado a conviver. Portanto, o pré-conceito é algo quase que inevitável, mas possível de ser superado; já o preconceito é algo que não é superado com o tempo e que impede a relação e contato entre as pessoas. *fonte: http://www.scielo.br/
  • 13. Sociedade LGBT. Aline Santos Rosa. Vivemos numa sociedade onde o preconceito e a descriminação contra Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) é constante em todos os lugares do mundo. Vivemos e crescemos num mundo duro e difícil de lidar e a sociedade LGBT vem tentando mudar isso, mostrando que somos todos iguais, com os mesmos direitos e deveres e que já esta na hora delas serem aceitas perante a sociedade. As pessoas tem que entender que homofobia é crime e que isso de “homem e mulher devem ficar juntos, pois é o certo” não existe mais! A igreja muitas vezes aborda esse assunto, repreendem e dizem que casal do mesmo sexo é pecado. Por isso as pessoas que estão ali presentes naquela igreja ficam com aquele pensamento, que casais do mesmo sexo não devem ficar juntos e que aquelas palavras ditas ali são as certas. Quando surgiu a lei que homossexual podia se casar, em vários lugares, casais homoafetivos foram para o cartório oficializar a união. Um exemplo foi o casamento de Alessandra Lustosa que diz “Éramos único casal do mesmo sexo naquele dia, e ela era a noiva mais linda”. Isso mostra o bom avanço que tivemos, mas não é suficiente para fazer com que eles tenham mais respeito e não sejam maltratados na rua, pois mesmo que uma parte da sociedade aceita e apoia, a outra continuará reprimindo-a. Queremos viver numa sociedade onde todos são aceitos e que nossas diferenças nos faça acreditar que tudo é possível e que devemos lutar pelo que acreditamos, independente das ações e opiniões das pessoas ao nosso redor.
  • 14. Uma nova geração. Camila Lopes. O uso da tecnologia nas escolas tomou maiores proporções nesse novo cenário do século XXI, no entanto, este é um assunto que vem sendo discutido há tempos. O mundo em que vivemos é conectado virtualmente de diversas formas. Integrar a tecnologia à educação seria o início de uma nova maneira de pensar. A internet é um meio tecnológico, além de ser uma rede de comunicação e informação. Com ela, acessar essas informações se tornaram práticas. A introdução de tais meios no ensino escolar seria eficaz, sendo que economizaria tempo e, consequentemente, mais conteúdo seria transmitido. Ferramentas virtuais ajudam tanto os alunos quanto os professores. De uma forma geral, se a tecnologia fosse introduzida no ensino, deveria haver uma supervisão, tanto no desenvolvimento do aluno quanto nas informações obtidas por ele. O professor possivelmente perderia o controle. Este seria responsável por propor aos alunos uma situação-problema, ao invés de uma simples apresentação. Um exemplo da tecnologia no ensino são as salas virtuais, onde os alunos assistem aulas online e interagem com outros estudantes, como em uma sala comum. A partir desse ponto de vista, percebe-se que a sociedade está evoluindo, principalmente para resolver questões como tempo e distância. Segundo José Manuel Moran, um dos maiores especialistas brasileiros no uso da Internet em sala de aula: “Na sociedade da informação, todos estamos aprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar, a integrar o ser humano e o tecnológico, a integrar o audiovisual, o grupal e o social’. Como resultado, obteríamos uma geração mais preparada. Muitas escolas já adotaram métodos como estes para melhorar aprendizagem e a tendência é de que outras escolas façam o mesmo. Deve-se compreender que a internet é uma fonte de pesquisas e uma ferramenta que traz inúmeros benefícios, se usada com responsabilidade. O espaço virtual deve auxiliar no processo de aprendizado, não necessariamente substituí-lo. Atualmente, a nova geração está sendo preparada em uma cultura completamente digital.
  • 15. Preconceito contra vegetarianos. Sabrina S. Macêdo. A maioria das pessoas que e adepta à dieta vegetariana, em certo momento da vida sofre algum tipo de preconceito, podendo vir de desconhecidos, de amigos ou até dos próprios familiares que não aceitam a decisão. Para o senso comum vegetarianismo e viver de salada e por isso e sinônimo de morte. O Dr. George Guimarães, nutricionista especializado em dietas vegetarianas explica em sua publicação "Sobre nutricionista e a resistência ao vegetarianismo" que esse comportamento e uma reação típica quando pessoas são pouco confrontadas com ideias que são pouco aceitas pela sociedade na qual estão inseridas. Costumam dizer que não vai fazer diferença uma ou duas pessoas pararem de comer carne, porém segundo o IBOPE 9% da população brasileira é vegetariana, ou seja 17,5 milhões de pessoas não consomem carne e por isso incontáveis animais são poupados na morte. Insatisfeitos os preconceituosos tentam convencer do quanto é boa e saudável tal alimento, porém o estudo sobre saúde desenvolvido pela faculdade de Saúde Pública da Universidade de Loma Linda na Califórnia, EUA, aponta que vegetarianos vivem mais tempo do que os que seguem uma dieta carnívora. Por fim, o preconceito sobre os vegetarianos deve parar de ser praticado e o governo deveria pensar em soluções como eventos de conscientização e incentivo em educação, ensinando princípios alimentares.
  • 16. Lados positivos e negativos da tecnologia dentro das escolas. Raiane Pereira da Cruz. A tecnologia nas escolas é um projeto interessante de se avaliar, pois assim como apresenta seu lado positivo, também apresenta seu lado negativo. Muitas escolas são classificadas como melhores ou piores pelos recursos e avanços que ela apresenta e o acesso que ela disponibiliza à tecnologia. A diferença está em como essas escolas utilizam os recursos da tecnologia e como é explorado dentro das escolas. A tecnologia é uma forma inovadora e mais ampla de se adquirir conhecimento dentro da sala de aula, é possível aprofundar e explorar muitos assuntos diferentes em tempo real e extrair diversas informações em rápido tempo. Pode ser também uma forma de atrair mais o aluno para os estudos. Porém, a tecnologia pode servir de distração para o aluno se não for aplicada com um objetivo e com um professor auxiliando. A questão é a tecnologia pode e deve ser implantada dentro nas escolas, porém não deve tomar o lugar dos livros, dos professores, nem substituir os outros métodos de ensino que já vem sendo aplicado há muitos anos. Deve haver um certo controle do uso da tecnologia dentro da sala, o professor deve auxiliar os alunos, preparar uma aula, expor e transmitir seus conhecimentos, não necessariamente o professor deve entender tudo sobre a tecnologia, mas deve saber o básico para usá-la ao seu favor , como diz Eugenio Severin '' Ninguém espera que os professores sejam experts em tecnologia , eles têm que ser especialista em educação , pensar em experiência de aprendizagem enriquecedoras usando a tecnologia ''. Os livros também continuam sendo muito úteis mesmo com esse avanço todo da tecnologia, não se deve abandonar os livros, é preciso adquirir mais formas enriquecedoras de aprendizado e não abandonar os outros modos que adquirimos a anos como diz Mario Sérgio Cortella '' O livro exige maior atenção e não produz algo que é muito ruim para o estudo a distração. Não é que as plataformas digitais não tenham seu lugar, mas elas não são substitutas dos modelos anteriores.'' Desta forma, o segredo está em como aplicar a tecnologia nas escolas, tornando algo bom para os alunos .
  • 17. Tecnologia na escola é mesmo necessária? Vitória Ramos. A tecnologia na escola é algo ainda muito discutido, principalmente quando se trata da tecnologia para aprimorar nossos estudos, e não para mexer em celulares, tabletes, etc, na sala de aula. É possível afirmar que a tecnologia nas escolas seria muito bom, como por exemplo: lousas digitais, tablets para os alunos(uso pedagógico), enfim com certeza as aulas seriam mais produtivas, facilitando o aprendizado, como diz o filósofo Mario Sérgio Cortella, em uma entrevista para revista Kalunga: "Tecnologia é uma das maneiras de facilitar a existência, a comunicação, o acesso à vida [...] Portanto, não é a tecnologia em si, mas o modo de usa-lá". Quando usado com sabedoria é perfeitamente aproveitada. O papel da escola é passar conhecimento e não tantas informações, afirma Mario Cortella em uma entrevista para revista Direcional Escolas (edição 16-Maio/2006) "A escola trabalha com informação. Conhecimento quem constrói é o próprio individuo". Portanto as escola pensam que atolar os alunos de informações vão conseguir os melhores resultados? Ilusão, porque não conseguem, pois quem constrói o conhecimento é o aluno, o individuo independente do tamanho de informações que lhe foi oferecida. Tecnologia na escola, se bem aproveitada, com certeza seria algo útil e ótimo para educação. Tanto que em algumas escolas particulares, alunos usam tablets (pedagógico), são poucas escolas e a minoria ainda, mas quem sabe em um futuro próximo, não exista mais lousas de giz e sim as digitais e tablets para os alunos, quem sabe!
  • 18. A tecnologia no aprendizado. Laura Guidugli Godoy. É sabido que a tecnologia se desenvolve diariamente, com a criação de novos equipamentos e a melhoria dos já existentes, facilitando diversas – senão todas – as atividades seja em casa, no trabalho ou na escola. No entanto, com a facilidade de se obter informações sobre qualquer assunto, enfrentamos um dilema: até que ponto a tecnologia pode ser benéfica para o aluno e para o professor quando em ambiente de estudo? A internet pode ser um grande auxilio no ambiente escolar. Matérias bem explicadas, exercícios extras, vídeo-aulas e respostas que nem sempre o professor possui podem ser encontradas com facilidade. Porém, com uma fonte tão rica de informação em mãos, nem todos os alunos sabem quando usá-la de maneira adequada e acabam por trocar os estudos por distrações a parte. Cópias de trabalhos prontos também são um problema muito comum. O filósofo Mário Sérgio Cortella, em uma palestra no II encontro de Educação SER da Abril de 2014, expõe sua opinião sobre o instigante tema “tecnologia e educação”: “Seria tolo não usar a tecnologia a nossa disposição para fazermos melhor o que fazemos, mas, cautela (!), para não se colocar a temática da digitalização como sendo a única alternativa que nos ofereça sucesso”. Mostrando um simples, porém esclarecedor pensamento sobre o assunto, Cortella nos diz como as ferramentas tecnológicas podem – e devem – ser usadas nas escolas, mas não com exclusividade. Além dos aparelhos já adotados em muitas escolas, como televisões e computadores, cabe ao aluno compreender quando e como fazer uso de ferramentas móveis pessoais, tais como celulares e tablets, e, ao professor, auxiliá-los para que o mau uso feito por uma parte não impeça o aproveitamento dos benefícios que a tecnologia pode trazer no aprendizado e na formação acadêmica dos estudantes.
  • 19. Preconceito linguístico, até quando? Renan Gouveia. Nesses novos tempos, o preconceito linguístico existe, devido a baixa escolaridade dos mais velhos, que hoje em dia tomam conta das suas famílias e não conseguem se envolver com a educação novamente, são raros os casos em que voltam para a escola e terminam os estudos. Segundo Marcos Bagno, autor do livro Preconceito linguístico – o que é, como se faz.“Esse tipo de preconceito nasce da ideia de que há uma única língua portuguesa correta, que é a ensinada nas escolas, está presente nos livros e dicionários e baseia-se na gramática normativa. Apesar de ser muito importante a existência de uma norma que regulamente a escrita, a torne homogênea e defina suas regras, a mesma acaba servindo como instrumento de exclusão social, já que ao não reconhecer a língua como uma unidade viva e mutável, ela passa a ser utilizada como meio de distinção social daqueles que têm acesso a educação, e consequentemente, mais poder aquisitivo, e daqueles que não têm. Além disso, acaba gerando também o preconceito com determinadas construções linguísticas que variam de acordo com as regiões do país.” Como Bagno reforça, a língua “corretamente” falada é a daquelas pessoas que por terem acesso à escola, condição e por terem absorvido o conhecimento (sem tirar o mérito), hoje é considerado o português culto, e isto também se aplica ao caso da pessoa ter um curso superior, pois hoje em dia é mais questão de status. Um exemplo disso é o ex presidente Luís Inácio Lula da Silva, que não tinha o português culto e muito menos curso superior, e estava a frente de um dos maiores cargos do país, sem julgar os mandatos. E isso era causa de enormes preconceitos, porque: “Ah, o cara não sabe nem falar e é o presidente da república!?”, “Opa, o Brasil “tá” bem, nosso presidente nem diploma escolar tem, vamos ver...” Como bem diz a professora, Ana Maria Dalsasso: “A antiga segurança de que o diploma universitário garantia um bom emprego não existe mais. Só o diploma não é suficiente. Para ser bem sucedido num mundo de mudanças rápidas e valores sociais em alta, o profissional do futuro terá de mostrar habilidades e competências que não se aprende na escola. A escola pode até ajudar, mas a família é determinante na preparação do futuro profissional.” Desta forma, é possível afirmar que diploma não garante a colheita de bons frutos, conhecimento sim, que é ótimo, mas é claro, não se faz melhor e nem pior que alguém que não o tenha. A baixa escolaridade é o ponto chave do preconceito que desencadeia vários outros, por isso não podemos julgar uma pessoa se ela não teve a oportunidade de estudar ou por algum motivo largou a escola, se ao invés de caçoar, nós ajudássemos essas pessoa, o mundo seria outro, ou melhor, o Brasil seria outro.
  • 20. A consequência do capitalismo selvagem que reduziu o trabalho a mero fator de produção. Ana Carolina Ferreira da costa Pereira. A lei áurea (lei que proíbe o uso legal da mão de obra escrava no Brasil) assinada há 125 anos, não garantiu que o uso da mão de obra escrava fosse extinto do país, muito pelo contrário, ela possibilitou que essa pratica não se limitasse somente aos negros, mas também a todos aqueles que foram marginalizados pelo sistema. O trabalhador escravo na lógica capitalista é apenas mais um fator de produção, isto é, os trabalhadores são como objeto, e por isso são explorados a fim de se conferir maior produtividade, eficiência e lucratividade ao empreendimento econômico, sem que se dê real importância ao elemento humano. Assim, após o aliciamento (que geralmente é feito por “gato” que ilude o indivíduo com propostas de bons salários e boa qualidade de vida) trabalhador é obrigado a comprar o material de trabalho, alimentação e dormitório e tem toda a “despesa” descontado do seu salário, que no final das contas, o empregado contrai uma dívida bem maior do que pode pagar e isso acaba se transformando em um ciclo vicioso. Os setores onde há o maior predomínio desse tipo de serviços são no setor rural (na criação de bovino, produção de carvão, soja, café, algodão, frutas, pasto, corte e retirada de madeira), na área urbana (construção civil, exploração sexual e indústrias do setor têxtil). Segundo o relatório IDEG (Índice de Escravidão Global 2014), da Fundação Walk Free, divulgado nesta segunda- feira (17), cerca de 155,3 mil pessoas em situação análoga à escravidão. Embora o projeto de fiscalização, criado pelo então presidente Luís Inácio Lula da silva em 2006, tenha consigo aumentar a fiscalização e reduzir o número de trabalhadores nessas condições, é necessário que haja maior repressão nas empresas que praticam tal ato que e não acomodar-se apenas com edição de novas leis pois não basta ter leis se não houver aplicações eficientes para punir. Além disso, é importante que se crie medidas de inserção como a criação de cooperativas nas regiões mais pobres proporcionando a geração de renda aos trabalhadores e seus familiares para que eles não precisem se submeter a essas condições.
  • 21. O peru que matou meu pai. Rafael Ribeiro de Souza. Essa resenha refere-se ao conto “O peru de natal” de Mário de Andrade, que conta sobre o natal de uma família onde o pai era avarento e não gostava de gastar mais que o suficiente. Mas o primeiro natal após sua morte, a família resolve comprar um peru para comerem sozinhos, mas isso acaba transformando-se em uma confusão. Um trecho bastante interessante desse livro é “e eu, que gostava apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho do que por espontaneidade de amor”. O filho só gostava do pai por ele seu pai, não possuía nenhuma afeição por ele. Me identifico, pois também não possuo afeição pelo meu pai. “Empanturrados de castanhas e monotonias, a gente se abraçava e ia pra cama”. Pode-se perceber que o natal deles não era nem tão luxuoso como o da maioria das pessoas, eles comiam castanhas e iam dormir. Depois de ler esse conto, pude perceber que a vida deve continuar, não se afundar no passado, por mais que ele tenha sido ótimo. Devemos viver o presente e o futuro sem que o passado nos atrapalhe. Recomendo esse livro porque retrata bem isso.
  • 22. A série de protestos nas cidades brasileiras. Thainá Augusto Dutra. Uma série de protestos que foram motivados pelo aumento do preço da passagem de ônibus se espalhou pelas principais metrópoles brasileiras e adquiriu repercussão internacional. O movimento sem dúvidas foi o maior das últimas décadas e levou as autoridades estaduais e municipais a tomarem decisões precipitadas. Após duas semanas de tumultos, os governos de São Paulo e de outros estados brasileiros recuaram e anunciaram a redução do valor das tarifas. Mas o porta-voz dos manifestantes disse que continuariam nas ruas, lutando pela melhor qualidade no transporte público. O movimento pedia por melhorias na prestação de serviços público, um direito do cidadão. Milhares de pessoas participam das passeatas que, apesar dos atos de vandalismo, conquistaram o apoio das populações. Os manifestantes usaram as redes sociais e aparelhos celulares para coordenar os eventos. Os protestos foram motivados pelo aumento da passagem de ônibus na capital paulista, que passa de R$ 3,00 para R$ 3, 20. Nos primeiros protestos, a depredação de ônibus, bancos, estações de metrô patrimônios despertaram a revolta da opinião pública. Esse cenário mudou quando a polícia militar reprimiu as manifestações ferindo populares e jornalistas. Vamos fazer manifestações que ajude a melhorar o país brasileiro, e não piorar o que não está bom.
  • 23. O que faz você pensar que é melhor do que o outro? Beatriz Ranahli Preconceito. Da junção do português e do latim, ''Pré' de ''Antes" e ''Conceptus" resumo, conceito. Segundo o dicionário Online: ''S.M. Opinião ou pensamento acerca de algo ou alguém, cujo teor é construído a partir de análises sem fundamentos, sendo preconcebidas sem conhecimento e/ou reflexão, prejulgamento.'' A origem da palavra é simples, o modo de pensar e agir de quem tem preconceitos diversos não.É difícil para muitos lembrar, ou sequer imaginar, que no nosso país tão "evoluído'' e de pessoas de ''mente aberta'', um país branco, que ainda ontem havia escravidão, e que de certa forma ela ainda existe. Nos dias de hoje existem homossexuais sendo espancados na rua, nordestinos sendo ridicularizados, meninos e meninas com grandes problemas emocionais e até casos de suicídio por sofrerem bullying. O preconceito pode até estar mais escondido, no entanto ele ainda existe, sendo a causa de milhares de problemas na nossa sociedade. A discriminação é inaceitável, seja contra negros, brancos, gordos, magros, nordestinos ou paulistas, todos somos iguais. Não importa no entanto se a pessoa acredita em Deus, em santos, em Orixás, ou não acredita em nada. Mesmo assim, todos tem o direito de fazer, cultuar e acreditar no que quiser, e nada dá ao outro o direito de julgar, criticar e discriminar suas ações. Hoje o que uma pequena parte procura, é levar conhecimento e educação as crianças, para que elas cresçam e passem isso aos seus filhos, que passarão aos seus netos e assim um isso terá acabado. Para as pessoas adultas nos restam as leis, para punir certas ações. Como já disse Nicollo Maquiavel ''Os preconceitos têm mais raízes do que os princípios. '' Precisamos cultivar os princípios.
  • 24. Preconceito. Por que é tão comum? Egno H. Silva Preconceito. Por que é tão comum no mundo de hoje? Será por causa das ações que muitos cometem à base do senso comum? Talvez já venha de berço em algum casos... mesmo assim não tem um motivo para nós, seres humanos, achamos ou julgamos alguém diferente simplesmente por causa da cor da pele, fala, idioma, cultura, costumes ou hábitos. Tantos motivos para a preocupação neste sistema e por motivos na maioria das vezes emocionais ou razão julgada, outro problema vem com mais assuntos a serem colocados em debate. O sociólogo Carlos Ribeiro diz que o racismo que se enquadra na linha do preconceito, e “pode ser causado pela desigualdade econômica”. Isso pode ter um lado de verdade e outro um pouco duvidoso. Hoje vemos até pessoas de mesma classe social cometendo esse erro simplesmente por motivos de ira. Então o preconceito não é exclusividade de uma classe social. De qualquer modo esse tipo de atitude precisa ser deixado no passado. Em pleno séc. XX ainda existem “escravos” de ideias preconceituosas que para algum já tinha se apagado no tempo ou enterradas junto com muitos mortos que foram os verdadeiros escravos. Se isso tivesse se apagado da sociedade, hoje não veríamos marca desse “senso comum” “Quão bom será o dia em que brancos e negros estarão sentados juntos na mesa da irmandade, vivendo em paz eterna.” (Axel Rose)
  • 25. O feminismo na prática. Lahis Prata O feminismo, de fato, é a luta das mulheres (e de alguns homens também) para a igualdade de gêneros. Com a palavra “igualdade”, as pessoas têm interpretações distintas dessa ideologia, muitas vezes errônea. A real ideia de igualdade de gênero luta para que homens e mulheres tenham os mesmos direitos como, por exemplo, os salários que em grande parte das vezes a mulher ganha menos do que um homem que ocupa o mesmo cargo. O feminismo luta para quebrar ideias sexistas que prejudicam as mulheres e, em certas situações, prejudicam o homem também. Questões como por que o homem paga a conta? por que a mulher tem que cuidar da casa e dos filhos? por que os homens estão em maior número em profissões de lógica ou de peso e as mulheres sofrem com crimes domésticos e estupros? foram levantadas e combatidas pelas feministas. Como em toda ideologia, o feminismo tem seus seguidores radicais, que pregam a ideia de abdicação de gêneros, etc. Essas pessoas passam uma visão errada, e para quem nãom sabe direito o que é o feminismo, acabam entendendo que a luta é a favor das mulheres, e não de ambos os sexos. Há mais de 90 anos, feministas foram queimadas por protestar por seus direitos, muitas mulheres foram violentadas, escravizadas pela sociedade machista. Até hoje ações como estas acontecem e são ignoradas. Então, agora é a hora de “por a boca no trombone” e gritar tudo o que foi silenciado até hoje. Juntos, homens e mulheres poderão alcançar a igualdade dos gêneros e acabar com a injustiça que está “debaixo do nosso nariz”.
  • 26. Opto pelo bom senso. Tamires Bianca Warken Nos últimos tempos as mulheres tiveram muitas conquistas. Romperam pelo menos com uma grande parte das barreiras de sociedade que diziam que “mulheres e homens não deveriam ter direitos iguais”. Esse é um assunto polêmico, pois envolve o “machismo” e o “feminismo”, além do “femismo”. Desde pequena ouço falar em machismo. Claro que no início não sabia exatamente o que era, mas associando com a palavra “macho”, e com o passar do tempo através de noticiários, compreendi o que significava. Já o feminismo, não tinha ideia do que poderia ser. No final do ano passado e no início desse ano, por meio dos debates na escola com amigos e professores de sociologia, fui entendendo realmente os significados e as relações entre o machismo e o feminismo. De modo geral, e breve, o machismo é o conjunto de ideias que defendem que o homem é, em todos os sentidos, superior à mulher. O feminismo defende que mulheres e homens são iguais, que tem o mesmo nível de capacidade em todos os sentidos. As duas opções são radicais. Hoje, a mulher, por exemplo, chegou à Presidência da República, ou seja, em direitos, profissionalismo, capacidade intelectual, ambos podem chegar a mesma posição, entretanto, as questões físicas, sem dúvida alguma, os homens têm mais força. Um cidadão que defende ideias feministas e machistas, ao mesmo tempo, não significa que é “bandeirinha” ou sem personalidade, muito pelo contrário, a meu ver, a pessoa que opta pelo equilíbrio, pelo bom senso.
  • 27. CONCLUSÃO Desenvolver no aluno o pensamento crítico por meio da escrita foi o maior desafio deste projeto. Sendo a cultura representada também pela palavra escrita, esta, porém, não pode ser construída de forma repetitiva, mas de maneira crítica para que seu usuário possa tomar consciência e construir seu próprio destino: Alfabetizar-se é aprender a ler essa palavra escrita em que a cultura se diz, e dizendo-se criticamente, deixa de ser repetição intemporal do que passou, para temporalizar-se, para conscientizar sua temporalidade constituinte, que é anúncio e promessa do que há de vir. O destino, criticamente, recupera-se como projeto.4 Não é nosso interesse aqui separar, enumerar ou conceituar os níveis de alfabetização dos nossos alunos. Embora se espere encontrar nos ensinos fundamental e médio turmas devidamente alfabetizadas, a realidade nos apresenta indivíduos com diversos níveis de escrita, desde aquele acostumado a somente “copiar a lição” até aquele que domina a construção do texto escrito, mas que ainda precisa de alguma orientação. No entanto todos os alunos foram instigados a construir seu texto a partir de uma pesquisa e amplo debate. Trocar ideias com total liberdade foi fundamental para que se sentissem à vontade para expor suas ideias de maneira crítica. Dentre os participantes deste trabalho (de caráter memorial e não científico) alguns textos se apresentaram de maneira primorosa outros ainda precisavam de alguns ajustes, mas todos estão aqui principalmente porque os alunos se interessaram e quiseram fazer parte do projeto, ficando, inclusive, alguns de fora por motivos de espaço na edição. Escrever esse memorial foi importante para que eu pudesse ter uma visão ampla do que foi trabalhado em sala, um verdadeiro mapeamento permitindo maior reflexão do que foi o ano letivo, observando o que deu certo, o que deu errado e abrindo um leque de novas ideias para o próximo ano. Os alunos se dedicaram a escrever por diversos fatores, mas o fundamental parece ter sido a percepção de que suas redações foram lidas com devida atenção, além do feedback pessoal, cara a cara, em que cada um pode se explicar e ouvir as orientações de maneira personalizada. Algo difícil de realizar com um só professor em sala, devido ao grande conteúdo que o aluno precisa ter acesso durante o ano. Nesse ponto de vista, a presença de um professor auxiliar pode ser decisiva dentro da relação ensino-aprendizado. 4 Paulo Freire. Pedagogia do Oprimido, 17º edição. Pg.10. Ed. Paz e Terra. RJ. 1994.
  • 28. BIBLIOGRAFIA ALBORNOZ, S. O que é trabalho – coleção primeiros passos. Editora Brasiliense. ABREU, S.A. A arte de argumentar – gerenciando razão e emoção. 10º edição. Ateliê Editorial. Cotia – SP. 2006. CITELLI, A. Linguagem e Persuasão. 11º edição. Editora Ática. SP, 1997. CORTELLA, M.S. Pensar bem, nos faz bem. Editora Voz. Petrópolis. RJ. 2013. ERNANI, T. & NICOLA, J. Redação para o 2º grau – Pensando, lendo e escrevendo. Editora Scipione. SP, 1996. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido, 17º edição.Editora Paz e Terra. RJ. 1994. MAIA. Português. Série Novo Ensino Médio – volume único. Editora Afiliada. SP. 2005. SECRETARIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. EMR – Ensino médio em rede. Programa de formação Contínua para professores do ensino médio. 2000.