O modelo de gestão tradicional é baseado na divisão da empresa entre pensadores e executores e tenta garantir a realização do trabalho através da estratégia de comando e controle. Consequentemente, relações hierárquicas são criadas e a avaliação de desempenho busca melhorar cada vez mais a produtividade das pessoas determinando como eficiente tudo que estiver em conformidade com as políticas, padrões e diretrizes de qualidade. Por outro lado, estamos vivendo em um mundo onde é a inovação que gera riqueza e o pré-requisito fundamental para a inovação é a diversidade de pensamento e de ação, além da capacidade de adaptação às mudanças do mercado e da economia. Nesse sentido, abordagens de gestão como Management 3.0, Beyond Budgeting e Radical Management estão redefinindo a maneira como as empresas e as pessoas trabalham. Novo modelos de gestão baseados em autonomia, colaboração, trabalho em equipe e sem relações hierárquicas estão emergindo em empresas inovadoras como Zappos, Valve, Morning Star, Google e outras. Algumas empresas brasileiras, com a Webgoal e a Lambda3, já fazem a gestão dos seus negócios sem os cargos de gerente ou coordenador. Entretanto, essa mudança de paradigma na gestão empresarial tem criado muitos questionamentos nas empresas que estão adotando uma gestão moderna: É possível fazer a gestão de uma empresa sem ter gerentes ou coordenadores? Como as decisões são tomadas em uma empresa que não possui hierarquia formal? Como são feitas as definições sobre salários e planos de carreira numa gestão mais orgânica? Essa palestra teve como objetivo responder essas e outras perguntas, além de apresentar práticas e ferramentas que estão ajudando equipes e empresas na adoção de novos modelos de gestão.