SlideShare a Scribd company logo
1 of 5
 Silogismo condicional
Um silogismo condicional contém uma proposição condicional (proposição em que o
sujeito e o predicado se afirmam dependendo de uma condição. Existem duas formas válidas
de silogismo condicional: modus ponens e modus tollens.
Modus ponens – Sempre que o antecedente é afirmado na premissa menor, a conclusão
tem de afirmar o consequente (afirmar a condição é afirmar o condicionado), mas quando a
premissa menor afirma ou confirma o consequente não é válido concluir afirmando o
antecedente (afirmar o condicionado não implica afirmar a condição).
Se estiver com atenção, então aprendo Lógica.
Eu estou com atenção.
Logo, aprenderei Lógica.
Se estiver com atenção, então aprendo Lógica.
Eu aprendo Lógica.
Logo, estou com atenção.
Modus tollens – Sempre que o consequente é negado na premissa menor, a conclusão
tem de negar o antecedente (negar o condicionado é negara condição), masquando a premissa
menor nega o antecedente não é válido concluir negando o consequente (negar a condição
não implica negar o condicionado).
Se aquecermos o ferro, então ele dilata-se.
O ferro não dilatou.
Logo, o ferro não foi aquecido.
Se aquecermos o ferro, então ele dilata-se.
Não aquecemos o ferro.
Logo, ele não se dilatou.
Um silogismo condicional é válido se:
a) nunca afirmar o consequente;
b) nunca negar o antecedente.
Os silogismos condicionais nas formas modus ponens e modus tollens são
sempre válidos e são os únicos válidos.
 Distinção entre demonstração e argumentação informal
Demonstração – sinónimo de prova ou de inferência dedutiva válida que parte de
premissas universalmente reconhecidas como verdadeiras para delas extrair uma conclusão
verdadeira. Opõe-se tradicionalmente, aos argumentos dialéticos e retóricos, quer pela
natureza das suas premissas quer ainda pelo carácter constringente da sua conclusão.
Corresponde ao que hoje chamamos argumento sólido (argumento dedutivo válido, com
premissas verdadeiras.
Âmbito da lógica formal;
Domínio do evidente;
Visa mostrar a relação necessária entre a conclusão e as premissas;
Permite uma única interpretação pela simplicidade da linguagem formal;
É impessoal ao nível da prova: a validade não depende em nada da
opinião;
É isolada de todo o contexto: não depende do orador e do auditório;
Caracterizada pela objetividade;
Utiliza exclusivamente argumentos formais: dedução;
É válida ou inválida.
V
áli
do
I
nvál
ido
V
áli
do
I
nvál
ido
Argumentação retórica – segundo Aristóteles, é a faculdade de considerar, para cada
questão, o que pode ser adequado para persuadir. A sua natureza intrínseca define-se,
portanto, por relação com a persuasão. Tradicionalmente, significa tanto a arte de persuasão
como a disciplina que versa sobre essa arte. Inclui procedimentos não dedutivos e é o objeto
de estudo, por excelência, da lógica informal. É, por vezes, também definida como arte
oratória, da palavra ou arte de bem falar.
Âmbito da lógica informal;
Domínio do verosímil;
Visa provocar a adesão do auditório;
Permite uma pluralidade de interpretações pela riqueza e complexidade
da linguagem natural;
É pessoal, pois dirige-se a indivíduos em relação aos quais se esforça por
obter adesão;
É contextualizada: depende do orador e do auditório;
Caracterizada pela subjetividade;
Utiliza argumentos informais: indução (por generalização, por previsão,
por analogia, de autoridade);
É forte ou fraca.
Argumentação dialética – segundo Aristóteles, compreende qualquer
argumento dedutivo válido cujas premissas são opiniões respeitáveis abertas à discussão,
isto é, afirmações verosímeis e não verdades estabelecidas. Tradicionalmente, designa
ainda a arte da conversação ou de bem debater e a disciplina que versa sobre essa arte.
 Distinção entre demonstração e argumentação informal (Perelman)
Para Perelman, a argumentação informal (ou retórica) é algo com uma natureza
radicalmente diferente de uma demonstração. Enquanto a demonstração é definida
como um processo lógico-formal de derivação ou de prova, a argumentação informal
tem um carácter dialógico: implica uma resposta por parte do auditório (conjunto de
todos aqueles que o orador quer influenciar com a sua argumentação) e o confronto
de pontos de vista.
Demonstração:
Lógica formal;
É constringente (deduz conclusões a partir de premissas universalmente
estabelecidas, segundo regras puramente formais);
Mostra uma prova (visa exibir uma verdade que deriva lógica e
necessariamente de premissas verdadeiras ou axiomáticas);
É impessoal e isolada de todo o contexto (a prova não depende em nada
de opinião e das circunstâncias dos sujeitos, mas exclusivamente de
regras formais de dedução);
Apoia-se em sistemas simbólicos formalizados (persegue a univocidade
dos signos e não se compadece com ambiguidades);
É válida ou inválida (correta ou incorreta, consoante cumpra ou não as
regras de inferência dedutiva; a prova extraída de premissas
estabelecidas,desde que resultante de procedimentos válidos, é universal
e encerra, por isso, a questão).
Argumentação retórica:
Lógica informal;
É não constringente (indica razões em favor da aceitação ou da recusa de
uma determinada tese ou conclusão verosímil);
Procura a adesão do auditório (visa fazer admitir o carácter razoável,
plausível ou verosímil de uma conclusão);
É pessoal e situada (insere-se num determinado contexto; dirige-se a um
auditório determinado, a indivíduos em relação aos quais se esforça por
obter adesão);
Exprime-se através da linguagem natural (é marcada pela ambiguidade,
o equívoco, a pluralidade de sentidos e de leituras interpretativas);
É forte ou fraca (mais ou menos verosímil ou inverosímil, dependente da
adesão ou do acordo; mesmo quando aceite, não garante que a questão
levantada não permaneça em aberto, devido à ausência de um
procedimento constringente de resolução).
 Argumentação e auditório: ethos, pathos e logos
A argumentação informal une um orador e um auditório através da argumentação. O
orador deve adaptar o discurso ao auditório, tendo em conta os objetivos visados e as
circunstâncias particulares.
O sucesso de qualquer argumentação depende de dois instrumentos persuasivos: meios
não técnicos (recursos já existentes, como as leis, os testemunhos, as confissões) e meios
técnicos (instrumentos persuasivos criados pelo orador).
Os meios técnicos que permitem a persuasão são de três espécies: os que se fundam no
carácter do orador (ethos), os que residem na condição de quem ouve (pathos) e os que se
prendem com o próprio discurso (logos).
Ethos → Orador→ Quem fala? →Persuade-se pelo ethos quando fica a ideia de o orador
ser digno de confiança;
Pathos →Auditório →A quem se dirige? → Persuade-se pelopathos quando o auditório
é levado a sentir emoções por meio do discurso;
Logos → Discurso → Qual é o argumento apresentado? → Persuade-se pelo logos
quando a persuasão emerge dos argumentos em si mesmos.
 Principais tipos de argumentos não dedutivos
Argumento indutivo – processos de inferência cuja conclusão,ainda que não se siga (ou
derive) necessariamente das premissas, é, de alguma maneira, apoiada por estas ou plausível
à luz destas.
As inferências indutivas são sempre extrapolações: a conclusão ultrapassa as premissas,
no sentido em que a verdade conjunta das premissas não garante a verdade da conclusão.
Os argumentos indutivos podem ser indutivos por generalização, por previsão. Os
argumentos podem ser argumentos por analogia e de autoridade.
Os argumentos indutivos por generalização são argumentos indutivos com as
premissas menos gerais que a conclusão. Atribuir a todos os casos o que se verifica na
observação de alguns casos.
 Todos os A observados são X. Logo, todos os A são X. (ex.: Até hoje não
foram observados lobos que não fossem carnívoros. Logo, todos os lobos são
carnívoros.)
Os argumentos indutivos por previsão são argumentos em que as premissas dizem
respeito a casos passados e a conclusão a casos ainda não observados.
 Todos os A observados (até este momento) são X. Logo, todos os A
observados (no futuro) serão X. (ex.: Até hoje não foram observados lobos
que não fossem carnívoros. Logo, o próximo lobo que observarmos será
carnívoro.)
Para garantirmos que os argumentos indutivos são fortes,isto é,para acautelarmos que o
vínculo que une premissas e conclusão está baseado num forte grau de probabilidade:
A amostra deve ser ampla;
A amostra deve ser relevante, representativa do universo em questão;
A amostra não deve omitir informação relevante.
Os argumentos por analogia são argumentos baseados numa comparação entre duas
coisas supostamente semelhantes. Parte-se do princípio que se duas realidades são
semelhantes em certos aspetos conhecidos é provável que também o sejam noutros.
 A é como B em x e y. B é z. Logo, A também é z. (ex.: O cabo que liga a
pessoa ao barco no ski aquático é resistente e fiável, conseguindo suportar
muito peso durante bastante tempo. O fio de pesca é como o cabo que liga a
pessoa ao barco no ski aquático. Logo, o fio de pesca é resistente e fiável,
conseguindo suportar muito peso durante bastante tempo.
Para que um argumento por analogia possa ser considerado forte devemos poder
responder afirmativamente às duas primeiras perguntas do conjunto que se segue e
negativamente à terceira:
As semelhanças apontadas são relevantes para a conclusão?
A comparação tem por base um número razoável de semelhanças?
Não haverá diferenças importantes entre o que está a ser comparado?
Os argumentos de autoridade são argumentos cuja conclusão é sustentada pela opinião
de um especialista ou pelos dados de uma instituição confiável.
 X (uma pessoa ou uma organização que tem obrigação de saber)diz A. Logo,
A é verdade.
Para que um argumento de autoridade possa ser considerado forte:
As fontes devem ser citadas;
As fontes devem ser qualificadas para a afirmação;
As fontes devem ser imparciais;
Deverá existir acordo relativamente à informação.
 Principais tipos de falácias informais
Falácia informal – erro de raciocínio, intencional ou não, associado ao conteúdo das
proposições do argumento ou a deficiências de linguagem. Geralmente, o erro não é óbvio.
o Falácia contra a pessoa (ad hominem):atacar pessoalmente o opositor e não as
suas afirmações.
X afirma A. X tem uma característica reprovável. Logo, A é falso. (ex.:
Defendes que as touradas devem acabar porque não passas de um
intelectual suburbano desligado da vida rural. Logo, as touradas não
devem acabar.)
o Falácia do apelo à ignorância (ad ignorantiam): argumentar que uma
afirmação é verdadeira/falsa só porque não se mostrou o contrário.
Ninguém provou que A é falsa. Logo, A é verdadeira. (ex.: Ninguém
provou que Deus não existe. Logo, Deus existe.)
Ninguém provou que A é verdadeira. Logo, A é falsa. (ex.: Ninguém
provou que Deus existe. Logo, Deus não existe.)
o Falácia da falsa causa: assumir precipitadamente uma relação causal com base
na mera sucessão temporal.
Quando o evento A acontece, em seguida o evento B também ocorre.
Portanto, o evento A é causa do evento B. (ex.: O gato miou quando eu
abri a porta. Logo, o gato miou porque eu abri a porta.)
o Falácia da petição de princípio: usar implicitamente a conclusão do argumento
como premissa.
A. Logo, A. (ex.: Toda a gente sabe que as autarquias são corruptas. Por
isso, não faz sentido provar o contrário.)
o Falácia da derrapagem (ou “bola de neve”): Assumir que se dermos um
pequeno passonuma dada direção não conseguiremos evitar serconduzidos a um
passo muito mais substancial na mesma direção.
Xdefende a posição de A.Yencadeia de forma exagerada consequências
que podem resultar se se aceitar A. (ex.: Os pequenos delitos se não
forem severamente reprimidos, abrem caminho aos crimes mais
hediondos.)
o Falácia do boneco de palha (ou espantalho): caricaturar uma opinião oposta
para que assim seja mais fácil refutá-la.
X defende a posição A. Y apresenta a posição B (que é uma perspetiva
distorcida da posição A). Y ataca a posição B. Logo, a proposição A é
incorreta.
o Falácia do falso dilema: reduzir as opções possíveis a apenas duas.
Ou A ou B (ignorando-se outras alternativas). Não é A. Logo, é B. (ex.:
Quem não está por mim, está contra mim.)
o Falácia da generalização precipitada:a amostra é demasiado limitada e é usada
apenas para apoiar uma conclusão tendenciosa.
(ex.: Nenhum dos meus netos gosta de Matemática. Creio que na
próxima geração não teremos cientistas.)
o Falácia da falsa analogia: tirar conclusões de um caso para outro semelhante,
sem ter em conta as suas diferenças.
(ex.: As aves voam. Os morcegos voam. Logo, os morcegos são aves.)
o Falácia do apelo à força: pressão psicológica sobre o auditório. Os argumentos
são substituídos por ameaças de punições.
(ex.: As minhas ideias são verdadeiras, quem não as seguir será
castigado.)
o Falácia do apelo à piedade ou misericórdia: faz-se apelo à misericórdia do
auditório de forma a que a conclusão seja aceite.
(ex.: Esperamos que aceite as nossas recomendações. Passámos os
últimos três meses a trabalhar desalmadamente nesse relatório.)
o Falácia do apelo à autoridade:faz apelo à autoridade e prestígio de alguém para
sustentar uma dada conclusão.
(ex.: Einstein, o maior génio de todos os tempos, gostava de batatas
fritas. Logo, as batatas fritas são o melhor alimento do mundo.)

More Related Content

What's hot

O nascimento da lógica 2º ano ok
O nascimento da lógica 2º ano okO nascimento da lógica 2º ano ok
O nascimento da lógica 2º ano okMilena Leite
 
Os Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAno
Os Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAnoOs Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAno
Os Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAnocolegiomb
 
Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)
Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)
Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)IsabelPereira2010
 
Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...
Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...
Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...Joana Pinto
 
Argumentação e lógica formal
Argumentação e lógica formalArgumentação e lógica formal
Argumentação e lógica formalJoaquim Melro
 
Falácias Informais - Filosofia e retórica
Falácias Informais - Filosofia e retóricaFalácias Informais - Filosofia e retórica
Falácias Informais - Filosofia e retóricaIsaque Tomé
 
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio
Resumofilosofia10e11anos testeintermedioResumofilosofia10e11anos testeintermedio
Resumofilosofia10e11anos testeintermedioleonor rentroia
 
Argumentação e retórica
Argumentação e retóricaArgumentação e retórica
Argumentação e retóricaNikita Soares
 
Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1
Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1
Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1Giovanni Damele
 
Argumentos e falácias informais
Argumentos e falácias informaisArgumentos e falácias informais
Argumentos e falácias informaisJulieta Martins
 

What's hot (20)

O nascimento da lógica 2º ano ok
O nascimento da lógica 2º ano okO nascimento da lógica 2º ano ok
O nascimento da lógica 2º ano ok
 
Os Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAno
Os Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAnoOs Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAno
Os Instrumentos Lógicos do Pensamento - Filosofia 10ºAno
 
Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)
Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)
Filosofia ae lógica caderno 2_ (paginado com soluções)
 
Logica
LogicaLogica
Logica
 
Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...
Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...
Filosofia 2º teste - argumentação e retórica, lógica informal, falácias infor...
 
Logica
LogicaLogica
Logica
 
Argumentação e lógica formal
Argumentação e lógica formalArgumentação e lógica formal
Argumentação e lógica formal
 
Falácias Informais - Filosofia e retórica
Falácias Informais - Filosofia e retóricaFalácias Informais - Filosofia e retórica
Falácias Informais - Filosofia e retórica
 
Lógica formal e lógica dialética
Lógica formal e lógica dialéticaLógica formal e lógica dialética
Lógica formal e lógica dialética
 
Síntese1
Síntese1Síntese1
Síntese1
 
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio
Resumofilosofia10e11anos testeintermedioResumofilosofia10e11anos testeintermedio
Resumofilosofia10e11anos testeintermedio
 
Argumentação e retórica
Argumentação  e retóricaArgumentação  e retórica
Argumentação e retórica
 
Argumentos
ArgumentosArgumentos
Argumentos
 
Lógica
LógicaLógica
Lógica
 
Argumentação e retórica
Argumentação e retóricaArgumentação e retórica
Argumentação e retórica
 
Lógica filosófica
Lógica filosóficaLógica filosófica
Lógica filosófica
 
Log1 introducao
Log1 introducaoLog1 introducao
Log1 introducao
 
Lógica
LógicaLógica
Lógica
 
Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1
Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1
Retórica e Argumentação - 2016 - Aula 1
 
Argumentos e falácias informais
Argumentos e falácias informaisArgumentos e falácias informais
Argumentos e falácias informais
 

Similar to Resumo filosofia (1)

Resumo 2º teste
Resumo 2º testeResumo 2º teste
Resumo 2º testeInês Mota
 
Dissertação e Argumentação
Dissertação e ArgumentaçãoDissertação e Argumentação
Dissertação e Argumentaçãomarinamcd
 
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdfwaltermoreira
 
Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos
Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos  Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos
Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos complementoindirecto
 
Lógia Powerpoint 10ºA ano.pptx
Lógia Powerpoint 10ºA ano.pptxLógia Powerpoint 10ºA ano.pptx
Lógia Powerpoint 10ºA ano.pptxFreiheit Ribeiro
 
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..pptSequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..pptMarinaAlessandra
 
Argumentação e retórica
Argumentação e retóricaArgumentação e retórica
Argumentação e retóricaCarlos Silva
 
Ficha 6.argumentação e demonstração
Ficha 6.argumentação e demonstraçãoFicha 6.argumentação e demonstração
Ficha 6.argumentação e demonstraçãosergiomtcarvalho
 
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
04 aul dissertaçâo_desenvolvimentomarcelocaxias
 
Ficha retórica 3
Ficha retórica 3Ficha retórica 3
Ficha retórica 3Joana
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo7 de Setembro
 
Apostila básica de Lógica
Apostila básica de LógicaApostila básica de Lógica
Apostila básica de LógicaCleber Oliveira
 

Similar to Resumo filosofia (1) (20)

Resumo 2º teste
Resumo 2º testeResumo 2º teste
Resumo 2º teste
 
Dissertação e Argumentação
Dissertação e ArgumentaçãoDissertação e Argumentação
Dissertação e Argumentação
 
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
07_Prova_Discursiva_Redacao.pdf
 
Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos
Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos  Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos
Texto expositivo, argumentativo, reflexivo, dissertativo e tipos de argumentos
 
Lógia Powerpoint 10ºA ano.pptx
Lógia Powerpoint 10ºA ano.pptxLógia Powerpoint 10ºA ano.pptx
Lógia Powerpoint 10ºA ano.pptx
 
Argumentar
ArgumentarArgumentar
Argumentar
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..pptSequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
Sequências Tipológicas argumentativa e injuntiva..ppt
 
Argumentação e retórica
Argumentação e retóricaArgumentação e retórica
Argumentação e retórica
 
Ap11 1-11
Ap11 1-11Ap11 1-11
Ap11 1-11
 
Texto argumentativo
Texto argumentativoTexto argumentativo
Texto argumentativo
 
Ficha 6.argumentação e demonstração
Ficha 6.argumentação e demonstraçãoFicha 6.argumentação e demonstração
Ficha 6.argumentação e demonstração
 
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
04 aul dissertaçâo_desenvolvimento
 
Ficha retórica 3
Ficha retórica 3Ficha retórica 3
Ficha retórica 3
 
O que é argumentar
O que é argumentarO que é argumentar
O que é argumentar
 
Texto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-ArgumentativoTexto Dissertativo-Argumentativo
Texto Dissertativo-Argumentativo
 
Apostila básica de Lógica
Apostila básica de LógicaApostila básica de Lógica
Apostila básica de Lógica
 
ApresentaçãO IntroduçãO à LóGica
ApresentaçãO IntroduçãO à LóGicaApresentaçãO IntroduçãO à LóGica
ApresentaçãO IntroduçãO à LóGica
 
Filosofia 10. ano
Filosofia   10. anoFilosofia   10. ano
Filosofia 10. ano
 
Argumentação
ArgumentaçãoArgumentação
Argumentação
 

More from Mateus Ferraz

More from Mateus Ferraz (20)

Resumo filosofia (3)
Resumo filosofia (3)Resumo filosofia (3)
Resumo filosofia (3)
 
Resumo filosofia (2)
Resumo filosofia (2)Resumo filosofia (2)
Resumo filosofia (2)
 
Educação Física (vários temas)
Educação Física (vários temas)Educação Física (vários temas)
Educação Física (vários temas)
 
Resumo geologia (1)
Resumo geologia (1)Resumo geologia (1)
Resumo geologia (1)
 
Resumo geologia (0)
Resumo geologia (0)Resumo geologia (0)
Resumo geologia (0)
 
Resumo biologia (3)
Resumo biologia (3)Resumo biologia (3)
Resumo biologia (3)
 
Resumo biologia (2)
Resumo biologia (2)Resumo biologia (2)
Resumo biologia (2)
 
Resumo biologia (1)
Resumo biologia (1)Resumo biologia (1)
Resumo biologia (1)
 
Resumo biologia (0)
Resumo biologia (0)Resumo biologia (0)
Resumo biologia (0)
 
"Regresso às fragas" de Miguel Torga
"Regresso às fragas" de Miguel Torga"Regresso às fragas" de Miguel Torga
"Regresso às fragas" de Miguel Torga
 
Mito de Sísifo
Mito de SísifoMito de Sísifo
Mito de Sísifo
 
Mito de Orpheu
Mito de OrpheuMito de Orpheu
Mito de Orpheu
 
Mito de Anteu
Mito de AnteuMito de Anteu
Mito de Anteu
 
"A um negrilho" de Miguel Torga
"A um negrilho" de Miguel Torga"A um negrilho" de Miguel Torga
"A um negrilho" de Miguel Torga
 
Cyberterrorismo
CyberterrorismoCyberterrorismo
Cyberterrorismo
 
As 24 Horas de Le Mans
As 24 Horas de Le MansAs 24 Horas de Le Mans
As 24 Horas de Le Mans
 
Adolf Hitler
Adolf HitlerAdolf Hitler
Adolf Hitler
 
Jacques ancet
Jacques ancetJacques ancet
Jacques ancet
 
Jacques ancet
Jacques ancetJacques ancet
Jacques ancet
 
Protocolo de kioto
Protocolo de kiotoProtocolo de kioto
Protocolo de kioto
 

Recently uploaded

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Susana Stoffel
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 

Recently uploaded (20)

Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
Família de palavras.ppt com exemplos e exercícios interativos.
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 

Resumo filosofia (1)

  • 1.  Silogismo condicional Um silogismo condicional contém uma proposição condicional (proposição em que o sujeito e o predicado se afirmam dependendo de uma condição. Existem duas formas válidas de silogismo condicional: modus ponens e modus tollens. Modus ponens – Sempre que o antecedente é afirmado na premissa menor, a conclusão tem de afirmar o consequente (afirmar a condição é afirmar o condicionado), mas quando a premissa menor afirma ou confirma o consequente não é válido concluir afirmando o antecedente (afirmar o condicionado não implica afirmar a condição). Se estiver com atenção, então aprendo Lógica. Eu estou com atenção. Logo, aprenderei Lógica. Se estiver com atenção, então aprendo Lógica. Eu aprendo Lógica. Logo, estou com atenção. Modus tollens – Sempre que o consequente é negado na premissa menor, a conclusão tem de negar o antecedente (negar o condicionado é negara condição), masquando a premissa menor nega o antecedente não é válido concluir negando o consequente (negar a condição não implica negar o condicionado). Se aquecermos o ferro, então ele dilata-se. O ferro não dilatou. Logo, o ferro não foi aquecido. Se aquecermos o ferro, então ele dilata-se. Não aquecemos o ferro. Logo, ele não se dilatou. Um silogismo condicional é válido se: a) nunca afirmar o consequente; b) nunca negar o antecedente. Os silogismos condicionais nas formas modus ponens e modus tollens são sempre válidos e são os únicos válidos.  Distinção entre demonstração e argumentação informal Demonstração – sinónimo de prova ou de inferência dedutiva válida que parte de premissas universalmente reconhecidas como verdadeiras para delas extrair uma conclusão verdadeira. Opõe-se tradicionalmente, aos argumentos dialéticos e retóricos, quer pela natureza das suas premissas quer ainda pelo carácter constringente da sua conclusão. Corresponde ao que hoje chamamos argumento sólido (argumento dedutivo válido, com premissas verdadeiras. Âmbito da lógica formal; Domínio do evidente; Visa mostrar a relação necessária entre a conclusão e as premissas; Permite uma única interpretação pela simplicidade da linguagem formal; É impessoal ao nível da prova: a validade não depende em nada da opinião; É isolada de todo o contexto: não depende do orador e do auditório; Caracterizada pela objetividade; Utiliza exclusivamente argumentos formais: dedução; É válida ou inválida. V áli do I nvál ido V áli do I nvál ido
  • 2. Argumentação retórica – segundo Aristóteles, é a faculdade de considerar, para cada questão, o que pode ser adequado para persuadir. A sua natureza intrínseca define-se, portanto, por relação com a persuasão. Tradicionalmente, significa tanto a arte de persuasão como a disciplina que versa sobre essa arte. Inclui procedimentos não dedutivos e é o objeto de estudo, por excelência, da lógica informal. É, por vezes, também definida como arte oratória, da palavra ou arte de bem falar. Âmbito da lógica informal; Domínio do verosímil; Visa provocar a adesão do auditório; Permite uma pluralidade de interpretações pela riqueza e complexidade da linguagem natural; É pessoal, pois dirige-se a indivíduos em relação aos quais se esforça por obter adesão; É contextualizada: depende do orador e do auditório; Caracterizada pela subjetividade; Utiliza argumentos informais: indução (por generalização, por previsão, por analogia, de autoridade); É forte ou fraca. Argumentação dialética – segundo Aristóteles, compreende qualquer argumento dedutivo válido cujas premissas são opiniões respeitáveis abertas à discussão, isto é, afirmações verosímeis e não verdades estabelecidas. Tradicionalmente, designa ainda a arte da conversação ou de bem debater e a disciplina que versa sobre essa arte.  Distinção entre demonstração e argumentação informal (Perelman) Para Perelman, a argumentação informal (ou retórica) é algo com uma natureza radicalmente diferente de uma demonstração. Enquanto a demonstração é definida como um processo lógico-formal de derivação ou de prova, a argumentação informal tem um carácter dialógico: implica uma resposta por parte do auditório (conjunto de todos aqueles que o orador quer influenciar com a sua argumentação) e o confronto de pontos de vista. Demonstração: Lógica formal; É constringente (deduz conclusões a partir de premissas universalmente estabelecidas, segundo regras puramente formais); Mostra uma prova (visa exibir uma verdade que deriva lógica e necessariamente de premissas verdadeiras ou axiomáticas); É impessoal e isolada de todo o contexto (a prova não depende em nada de opinião e das circunstâncias dos sujeitos, mas exclusivamente de regras formais de dedução); Apoia-se em sistemas simbólicos formalizados (persegue a univocidade dos signos e não se compadece com ambiguidades); É válida ou inválida (correta ou incorreta, consoante cumpra ou não as regras de inferência dedutiva; a prova extraída de premissas estabelecidas,desde que resultante de procedimentos válidos, é universal e encerra, por isso, a questão). Argumentação retórica: Lógica informal; É não constringente (indica razões em favor da aceitação ou da recusa de uma determinada tese ou conclusão verosímil);
  • 3. Procura a adesão do auditório (visa fazer admitir o carácter razoável, plausível ou verosímil de uma conclusão); É pessoal e situada (insere-se num determinado contexto; dirige-se a um auditório determinado, a indivíduos em relação aos quais se esforça por obter adesão); Exprime-se através da linguagem natural (é marcada pela ambiguidade, o equívoco, a pluralidade de sentidos e de leituras interpretativas); É forte ou fraca (mais ou menos verosímil ou inverosímil, dependente da adesão ou do acordo; mesmo quando aceite, não garante que a questão levantada não permaneça em aberto, devido à ausência de um procedimento constringente de resolução).  Argumentação e auditório: ethos, pathos e logos A argumentação informal une um orador e um auditório através da argumentação. O orador deve adaptar o discurso ao auditório, tendo em conta os objetivos visados e as circunstâncias particulares. O sucesso de qualquer argumentação depende de dois instrumentos persuasivos: meios não técnicos (recursos já existentes, como as leis, os testemunhos, as confissões) e meios técnicos (instrumentos persuasivos criados pelo orador). Os meios técnicos que permitem a persuasão são de três espécies: os que se fundam no carácter do orador (ethos), os que residem na condição de quem ouve (pathos) e os que se prendem com o próprio discurso (logos). Ethos → Orador→ Quem fala? →Persuade-se pelo ethos quando fica a ideia de o orador ser digno de confiança; Pathos →Auditório →A quem se dirige? → Persuade-se pelopathos quando o auditório é levado a sentir emoções por meio do discurso; Logos → Discurso → Qual é o argumento apresentado? → Persuade-se pelo logos quando a persuasão emerge dos argumentos em si mesmos.  Principais tipos de argumentos não dedutivos Argumento indutivo – processos de inferência cuja conclusão,ainda que não se siga (ou derive) necessariamente das premissas, é, de alguma maneira, apoiada por estas ou plausível à luz destas. As inferências indutivas são sempre extrapolações: a conclusão ultrapassa as premissas, no sentido em que a verdade conjunta das premissas não garante a verdade da conclusão. Os argumentos indutivos podem ser indutivos por generalização, por previsão. Os argumentos podem ser argumentos por analogia e de autoridade. Os argumentos indutivos por generalização são argumentos indutivos com as premissas menos gerais que a conclusão. Atribuir a todos os casos o que se verifica na observação de alguns casos.  Todos os A observados são X. Logo, todos os A são X. (ex.: Até hoje não foram observados lobos que não fossem carnívoros. Logo, todos os lobos são carnívoros.) Os argumentos indutivos por previsão são argumentos em que as premissas dizem respeito a casos passados e a conclusão a casos ainda não observados.  Todos os A observados (até este momento) são X. Logo, todos os A observados (no futuro) serão X. (ex.: Até hoje não foram observados lobos que não fossem carnívoros. Logo, o próximo lobo que observarmos será carnívoro.)
  • 4. Para garantirmos que os argumentos indutivos são fortes,isto é,para acautelarmos que o vínculo que une premissas e conclusão está baseado num forte grau de probabilidade: A amostra deve ser ampla; A amostra deve ser relevante, representativa do universo em questão; A amostra não deve omitir informação relevante. Os argumentos por analogia são argumentos baseados numa comparação entre duas coisas supostamente semelhantes. Parte-se do princípio que se duas realidades são semelhantes em certos aspetos conhecidos é provável que também o sejam noutros.  A é como B em x e y. B é z. Logo, A também é z. (ex.: O cabo que liga a pessoa ao barco no ski aquático é resistente e fiável, conseguindo suportar muito peso durante bastante tempo. O fio de pesca é como o cabo que liga a pessoa ao barco no ski aquático. Logo, o fio de pesca é resistente e fiável, conseguindo suportar muito peso durante bastante tempo. Para que um argumento por analogia possa ser considerado forte devemos poder responder afirmativamente às duas primeiras perguntas do conjunto que se segue e negativamente à terceira: As semelhanças apontadas são relevantes para a conclusão? A comparação tem por base um número razoável de semelhanças? Não haverá diferenças importantes entre o que está a ser comparado? Os argumentos de autoridade são argumentos cuja conclusão é sustentada pela opinião de um especialista ou pelos dados de uma instituição confiável.  X (uma pessoa ou uma organização que tem obrigação de saber)diz A. Logo, A é verdade. Para que um argumento de autoridade possa ser considerado forte: As fontes devem ser citadas; As fontes devem ser qualificadas para a afirmação; As fontes devem ser imparciais; Deverá existir acordo relativamente à informação.  Principais tipos de falácias informais Falácia informal – erro de raciocínio, intencional ou não, associado ao conteúdo das proposições do argumento ou a deficiências de linguagem. Geralmente, o erro não é óbvio. o Falácia contra a pessoa (ad hominem):atacar pessoalmente o opositor e não as suas afirmações. X afirma A. X tem uma característica reprovável. Logo, A é falso. (ex.: Defendes que as touradas devem acabar porque não passas de um intelectual suburbano desligado da vida rural. Logo, as touradas não devem acabar.) o Falácia do apelo à ignorância (ad ignorantiam): argumentar que uma afirmação é verdadeira/falsa só porque não se mostrou o contrário. Ninguém provou que A é falsa. Logo, A é verdadeira. (ex.: Ninguém provou que Deus não existe. Logo, Deus existe.) Ninguém provou que A é verdadeira. Logo, A é falsa. (ex.: Ninguém provou que Deus existe. Logo, Deus não existe.) o Falácia da falsa causa: assumir precipitadamente uma relação causal com base na mera sucessão temporal. Quando o evento A acontece, em seguida o evento B também ocorre. Portanto, o evento A é causa do evento B. (ex.: O gato miou quando eu abri a porta. Logo, o gato miou porque eu abri a porta.)
  • 5. o Falácia da petição de princípio: usar implicitamente a conclusão do argumento como premissa. A. Logo, A. (ex.: Toda a gente sabe que as autarquias são corruptas. Por isso, não faz sentido provar o contrário.) o Falácia da derrapagem (ou “bola de neve”): Assumir que se dermos um pequeno passonuma dada direção não conseguiremos evitar serconduzidos a um passo muito mais substancial na mesma direção. Xdefende a posição de A.Yencadeia de forma exagerada consequências que podem resultar se se aceitar A. (ex.: Os pequenos delitos se não forem severamente reprimidos, abrem caminho aos crimes mais hediondos.) o Falácia do boneco de palha (ou espantalho): caricaturar uma opinião oposta para que assim seja mais fácil refutá-la. X defende a posição A. Y apresenta a posição B (que é uma perspetiva distorcida da posição A). Y ataca a posição B. Logo, a proposição A é incorreta. o Falácia do falso dilema: reduzir as opções possíveis a apenas duas. Ou A ou B (ignorando-se outras alternativas). Não é A. Logo, é B. (ex.: Quem não está por mim, está contra mim.) o Falácia da generalização precipitada:a amostra é demasiado limitada e é usada apenas para apoiar uma conclusão tendenciosa. (ex.: Nenhum dos meus netos gosta de Matemática. Creio que na próxima geração não teremos cientistas.) o Falácia da falsa analogia: tirar conclusões de um caso para outro semelhante, sem ter em conta as suas diferenças. (ex.: As aves voam. Os morcegos voam. Logo, os morcegos são aves.) o Falácia do apelo à força: pressão psicológica sobre o auditório. Os argumentos são substituídos por ameaças de punições. (ex.: As minhas ideias são verdadeiras, quem não as seguir será castigado.) o Falácia do apelo à piedade ou misericórdia: faz-se apelo à misericórdia do auditório de forma a que a conclusão seja aceite. (ex.: Esperamos que aceite as nossas recomendações. Passámos os últimos três meses a trabalhar desalmadamente nesse relatório.) o Falácia do apelo à autoridade:faz apelo à autoridade e prestígio de alguém para sustentar uma dada conclusão. (ex.: Einstein, o maior génio de todos os tempos, gostava de batatas fritas. Logo, as batatas fritas são o melhor alimento do mundo.)