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Assim, nas ciências naturais há uma distânciaAssim, nas ciências naturais há uma distância
irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa,irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa,
o que torna a objetividade científica mais evidente nao que torna a objetividade científica mais evidente na
análise de fenômenos desse tipo.análise de fenômenos desse tipo.
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ou seja, eventos com determinações complexas e queou seja, eventos com determinações complexas e que
podem ocorrer em ambientes diferenciados.podem ocorrer em ambientes diferenciados.
Desta forma, apesar de também levar em conta aDesta forma, apesar de também levar em conta a
objetividade científica na análise desses fenômenos, aobjetividade científica na análise desses fenômenos, a
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contextualizadas da realidade socialcontextualizadas da realidade social
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Ao observar os fenômenos sociais somosAo observar os fenômenos sociais somos
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mundo que interfere na nossa pesquisa.mundo que interfere na nossa pesquisa.
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de ser e de agir revelam o tipo dede ser e de agir revelam o tipo de
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Desde sempre os homens se preocuparam emDesde sempre os homens se preocuparam em
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MUNDO”, nos séculos XV e XVI, que osMUNDO”, nos séculos XV e XVI, que os
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Objeto e método das ciências sociais

  • 1. CULTURA E SOCIEDADECULTURA E SOCIEDADE Objeto e método das ciênciasObjeto e método das ciências sociaissociais
  • 2. CIÊNCIAS NATURAIS ECIÊNCIAS NATURAIS E CIÊNCIAS SOCIAIS: Objeto eCIÊNCIAS SOCIAIS: Objeto e métodométodo As Ciências Naturais estudam fatosAs Ciências Naturais estudam fatos simples, eventos que, presumivelmente,simples, eventos que, presumivelmente, têm causas simples e são facilmentetêm causas simples e são facilmente isoláveis, recorrentes e sincrônicos.isoláveis, recorrentes e sincrônicos.
  • 3. FATOS QUE ...FATOS QUE ... Podem ser vistosPodem ser vistos IsoladosIsolados Reproduzidos dentroReproduzidos dentro de condições dede condições de controle razoáveis,controle razoáveis, num laboratórionum laboratório
  • 4. Assim, nas ciências naturais há uma distânciaAssim, nas ciências naturais há uma distância irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa,irremediável entre o cientista e seu objeto de pesquisa, o que torna a objetividade científica mais evidente nao que torna a objetividade científica mais evidente na análise de fenômenos desse tipo.análise de fenômenos desse tipo. As ciências sociais estudam fenômenos complexos.As ciências sociais estudam fenômenos complexos. Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais,Seu objeto de investigação são os fenômenos sociais, ou seja, eventos com determinações complexas e queou seja, eventos com determinações complexas e que podem ocorrer em ambientes diferenciados.podem ocorrer em ambientes diferenciados. Desta forma, apesar de também levar em conta aDesta forma, apesar de também levar em conta a objetividade científica na análise desses fenômenos, aobjetividade científica na análise desses fenômenos, a interação entre sujeito e objeto leva a interpretaçõesinteração entre sujeito e objeto leva a interpretações contextualizadas da realidade socialcontextualizadas da realidade social
  • 5. COMO ESTUDAR FENÔMENOSCOMO ESTUDAR FENÔMENOS COMPLEXOSCOMPLEXOS Ao observar os fenômenos sociais somosAo observar os fenômenos sociais somos levados a enfrentar nossa próprialevados a enfrentar nossa própria posição, nossos valores, nossa visão deposição, nossos valores, nossa visão de mundo que interfere na nossa pesquisa.mundo que interfere na nossa pesquisa. Nossa fala, nossos gestos, nosso modoNossa fala, nossos gestos, nosso modo de ser e de agir revelam o tipo dede ser e de agir revelam o tipo de socialização que tivemos e influencia emsocialização que tivemos e influencia em nossa visão de mundonossa visão de mundo
  • 6. Dessa forma, trabalhamos comDessa forma, trabalhamos com fenômenos que estão bem perto de nós,fenômenos que estão bem perto de nós, temos a interação complexa entre otemos a interação complexa entre o investigador e o investigado, pois ambosinvestigador e o investigado, pois ambos compartilham de um mesmo universo decompartilham de um mesmo universo de experiências humanas.experiências humanas. ““Nasce, daí, um debate inovador, numaNasce, daí, um debate inovador, numa relação dialética entre investigador erelação dialética entre investigador e investigado.”(DA MATA, Roberto in:investigado.”(DA MATA, Roberto in: Relativizando: uma introdução àRelativizando: uma introdução à antropologiaantropologia
  • 7. A antropologia é a área por excelência deA antropologia é a área por excelência de debates sobre essa questão.debates sobre essa questão. O primeiro antropólogo a sistematizar oO primeiro antropólogo a sistematizar o conceito de cultura foi EDWARD TYLOR.conceito de cultura foi EDWARD TYLOR. ““cultura é todo complexo que incluicultura é todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei,conhecimento, crença, arte, moral, lei, costume e quaisquer outras capacidadescostume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem nae hábitos adquiridos pelo homem na condição de membro da sociedade.”condição de membro da sociedade.” CONCEITO DE CULTURACONCEITO DE CULTURA
  • 8. Desde sempre os homens se preocuparam emDesde sempre os homens se preocuparam em entender por que outros homens possuíamentender por que outros homens possuíam hábitos alimentares, formas de se vestir, dehábitos alimentares, formas de se vestir, de formarem famílias, de acessarem o sagrado deformarem famílias, de acessarem o sagrado de maneiras diferentes das suas.maneiras diferentes das suas. A essa multiplicidade de formas de vida dá-se oA essa multiplicidade de formas de vida dá-se o nome de “diversidade cultural”.nome de “diversidade cultural”. Contudo, foi a partir da descoberta do “NOVOContudo, foi a partir da descoberta do “NOVO MUNDO”, nos séculos XV e XVI, que osMUNDO”, nos séculos XV e XVI, que os europeus se depararam com modos de vidaeuropeus se depararam com modos de vida completamente distintos dos seus e passaram acompletamente distintos dos seus e passaram a elaborar interpretações sobre esses povos eelaborar interpretações sobre esses povos e seus costumesseus costumes
  • 9. O impacto e a estranheza se deram dosO impacto e a estranheza se deram dos dois ladosdois lados Os grupos não europeus se espantavamOs grupos não europeus se espantavam com o ser diferente que chegava até elescom o ser diferente que chegava até eles desembarcando em suas praias edesembarcando em suas praias e tomando posse do seu território.tomando posse do seu território. Hoje reconhecemos que não é fácilHoje reconhecemos que não é fácil vivenciar uma outra cultura diferente davivenciar uma outra cultura diferente da nossa. Por que?nossa. Por que? Pensamos que os nossos hábitos ePensamos que os nossos hábitos e costumes devem ser os mesmos paracostumes devem ser os mesmos para todostodos
  • 10.
  • 11. Naturalizamos nossos costumes eNaturalizamos nossos costumes e achamos o do outro diferente.achamos o do outro diferente. Mas, qual é o padrão “normal” segundo oMas, qual é o padrão “normal” segundo o qual analisamos o diferente? Geralmentequal analisamos o diferente? Geralmente estabelecemos nossa cultura comoestabelecemos nossa cultura como padrão, a norma. Assim, tudo o que épadrão, a norma. Assim, tudo o que é diferente é concebido como estranho, ediferente é concebido como estranho, e mesmo errado.mesmo errado. Tal postura é o que denominamos deTal postura é o que denominamos de ““ÉTNOCENTRISTMOÉTNOCENTRISTMO
  • 12. ETNOCENTRISMOETNOCENTRISMO Everardo RochaEverardo Rocha Visão do mundo onde o nosso próprioVisão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo egrupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidostodos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossosatravés dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é amodelos, nossas definições do que é a existênciaexistência
  • 13. No plano intelectual, pode ser visto comoNo plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença;a dificuldade de pensarmos a diferença; No plano afetivo, como sentimentos deNo plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc...estranheza, medo, hostilidade, etc... Antes de cogitar se “aceitamos” ou nãoAntes de cogitar se “aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, aesta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-antropologia nos convida a compreendê- la, e verificar que ao seu jeito uma outrala, e verificar que ao seu jeito uma outra vida é vivida, segundo outros modelos devida é vivida, segundo outros modelos de pensamento e de costumespensamento e de costumes
  • 14. O fato de que o homem vê o mundoO fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem consequênciaatravés de sua cultura tem consequência a propensão em considerar o seu modoa propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o maisde vida como o mais correto e o mais natural.natural. O conceito de cultura permite umaO conceito de cultura permite uma perspectiva mais consciente de nósperspectiva mais consciente de nós mesmos.mesmos. Diz que não há homem sem culturaDiz que não há homem sem cultura Devem-se analisar as práticas culturais noDevem-se analisar as práticas culturais no contextos em que elascontextos em que elas são praticadassão praticadas
  • 15. RELATIVISMO CULTURALRELATIVISMO CULTURAL É a postura privilegiada pela AntropologiaÉ a postura privilegiada pela Antropologia contemporânea, de buscar compreendercontemporânea, de buscar compreender a lógica da vida do outro.a lógica da vida do outro. Antes de cogitar se “aceitamos” ou nãoAntes de cogitar se “aceitamos” ou não esta outra forma de ver o mundo, aesta outra forma de ver o mundo, a antropologia nos convida a compreendê-antropologia nos convida a compreendê- la, e verificar que ao seu jeito outra vida éla, e verificar que ao seu jeito outra vida é vivida, segundo outros modelos devivida, segundo outros modelos de pensamento e costumespensamento e costumes
  • 16. Cada sociedade humana conhecida é umCada sociedade humana conhecida é um espelho onde nossa própria existência seespelho onde nossa própria existência se reflete.reflete. A postura relativista pode ser sintetizadaA postura relativista pode ser sintetizada nas palavras de uma das mais notáveisnas palavras de uma das mais notáveis antropóloga americana Margaret Mead,antropóloga americana Margaret Mead, que no prefácio de “Sexo eque no prefácio de “Sexo e Temperamento” afirmou: “toda diferença éTemperamento” afirmou: “toda diferença é preciosa e precisa ser tratada com muitopreciosa e precisa ser tratada com muito carinho.carinho.