SlideShare a Scribd company logo
1 of 10
Download to read offline
CAPÍTULO 8
OS SÉCULOS XIV E XV
Pelo fim do XIII Século, muitas das traduções do Árabe tinham sido
completadas.
Eruditos europeus podiam agora realizar seu trabalho
independentemente.
Essa nova independência, entretanto, não levou imediatamente a um
rápido desenvolvimento da ciência.
Ao invés disso, pareceu que os estudiosos tinham que trabalhar sobre
esse material e ponderar sobre ele por um período prolongado antes
que eles pudessem usá-lo criativamente.
Os escritores dos Séculos XIV e XV eram, entretanto, menos originais
do que se esperava em vista dos impressionantes avanços dos Séculos
XII e XIII.
Na verdade, as grandes conquistas desse período posterior estão na
fundação das novas universidades e a organização daquelas já em
existência, a descoberta da impressão, e a tremenda expansão do
conhecimento no mundo proporcionada pelas atividades dos
exploradores.
Os resultados dessas conquistas para a ciência se tornam mais
aparentes entre os estudiosos do Século XVI.
Esse período de progresso relativamente lento aconteceu na Química
assim como em outras ciências.
Não existia falta de atividade, mas ela não conduzia em direção à
química científica como conhecemos hoje.
Ao invés disso, atividade centrada na produção de mais manuscritos
alquímicos.
Desde que as teorias alquímicas eram bem estabelecidas e os
procedimentos práticos não variavam grandemente, muitos dos
manuscritos meramente repetiam o que tinha sido dito anteriormente.
Uma crescente tendência à alegoria e misticismo caracterizaram o
período, e os charlatães eram frequentes. Mais uma vez a Alquimia caiu
em descrédito em círculos oficiais.
O Papa João XXII lançou um decreto contra ela, e várias autoridades
civis e eclesiásticas a denunciaram. Existia uma considerável descrença
popular sobre os alquimistas, refletida no satírico ​Cannon Yeoman’s
Tale ​de Chaucer e o fato de que Dante colocou os alquimistas no fundo
do Inferno.
Nenhuma dessas desaprovações parece ter prejudicado a popularidade
ou a propagação da própria Alquimia, ou a produção de novos
manuscritos sobre o assunto.
Um dos livros mais influentes desse período e um que foi citado e
copiado muito frequentemente, foi escrito por volta de 1310
aparentemente por um alquimista praticante Espanhol que atribuiu seu
trabalho ao grande alquimista Árabe Geber. Essa era a forma latina do
nome Jabir, mas por outro lado quase não existe conexão com os
trabalhos verdadeiros do Corpus de Jabir.
Quatro livros são comumente atribuídos a Geber: ​A Investigação da
Perfeição, A Soma da Perfeição ou o Magistralmente Perfeito, A
Invenção da Verdade, e o Livro dos Fornos​.
Esses discutem em alguma extensão as razões para a verdade da
Alquimia. Eles então oferecem as teorias aceitas para a composição dos
metais, nos quais as exalações fumacentas e úmidas de Aristóteles são
identificadas com o enxofre (e sulfeto de arsênio também, nesse caso) e
mercúrio.
Os metais que não sejam ouro são considerados imperfeitos, ou
doentes, e devem ser curados pela pedra filosofal, que converte-as em
ouro.
A parte mais significante dos livros de Geber está nas instruções
práticas. Elas mostram claramente que o autor era familiarizado com os
aparatos e operações de laboratório. Ele descreve fornos e outros
equipamentos em detalhes, e dá instruções ainda mais claras que as de
seus antecessores e sucessores para a purificação ou preparação de
substâncias.
Sua descrição da purificação do sal, por exemplo, pode ser seguida por
qualquer um: “Sal comum é limpo assim: primeiro queime-o, e verta-o
em combustão em água quente a fim de dissolvê-lo; filtre a solução, que
congela em um fogo gentil. Calcine o congelado por um dia e uma noite
em fogo moderado, e guarde-o para uso.”
De mais importância é a sua receita para uma “água dissolutiva.”
Primeiro R do Vitriol do Chipre, lib. I do Salitre, lib. II e de Jamenous
Allom uma quarta parte; extraia a Água com o Vermelho de Alembeck
(porque este é muito Solutivo) e use-o nos anteriormente alegados
capítulos.
O termo “magistério.” Que é amplamente usado na literatura alquímica,
originalmente significava um método. Ela reteve esse significado, mas
gradualmente veio também a significar o agente usado no processo no
qual esse método era usado.
Ela é também produzida muito mais aguda, se nela você dissolver uma
quarta parte de Sal Amoníaco; porque aquele dissolve Ouro, Enxofre e
Prata.
Esta é uma das melhores descrições de preparação de misturas de
ácidos sulfúrico, nítrico e clorídrico a ser dada até então.
Os livros deixam claro que Geber era também um metalurgista prático,
pois as propriedades dos metais são bem descritas, e o método de
cupelação para separar ouro e prata é dado em detalhes.
Este é um processo no qual amostras de ouro ou prata são aquecidos
com chumbo em um vaso feito de cinzas de ossos.
O chumbo forma litargírio que se separa com as impurezas, enquanto
que o ouro mais pesado ou a prata afundam como um glóbulo metálico.
O processo é muito antigo, e pressupõe alguma familiaridade com o uso
de uma balança, mas não tinha sido tão claramente descrito antes.
Os trabalhos de Geber mostram que por trás das especulações dos
alquimistas existiam uma grande quantidade de trabalho químico
prático, especialmente em relação aos metais. Esse conhecimento não
foi abertamente publicado novamente por outro par de séculos.
Como Geber explicou os detalhes práticos da Química mais claramente
que o que tinha sido feito previamente, então o médico Petrus Bonus de
Ferrara deu uma exposição especialmente clara da teoria alquímica em
sua ​Pretiosa Margarita Novella​, a “Preciosa Nova Perola,” publicada em
1530.
Assim, na geração dos metais, nós distinguimos dois tipos de umidade,
um dos quais é viscoso e externo, e não totalmente grudado às partes
terrosas da substância: e o mesmo é inflamável e sulfuroso; enquanto o
outro é uma viscosidade interna úmida, e é idêntica em sua composição
às porções terrosas; ela não é nem combustível nem inflamável, porque
todas as suas menores partes estão tão intimamente ligadas a fim de
formar um todo inseparável de pratafluente (mercúrio): as partículas de
seco e de úmido estão tão intimamente unidas para serem separadas
pelo calor do fogo, e existe um balanço perfeito entre elas. A primeira
materia de todos os metais, então, é a umidade, o viscoso,
incombustível, súbito, incorporado nas cavernas minerais com terra
sutil, a qual é igualmente e indissoluvelmente misturada nas suas
menores partículas. A matéria aproximada dos metais é a pratafluente
(mercúrio), gerada pela sua indissolúvel comixturação. A esta natureza,
em sua sabedoria, agregou-se um agente próprio, viz., sulphur, que
digere e o molda em uma forma metálica. Sulphur (enxofre) é uma certa
gordura terrosa, espessada e endurecida por uma bem temperada
decocção, e está relacionada à pratafluente como o macho está para a
fêmea, e é o agente próprio para a própria matéria. Alguns enxofres são
fusíveis, outros não, de acordo com os metais aos quais pertencem
serem fusíveis ou não. Pratafluente é coagulada nas tigelas de terra por
seu próprio sulphur. Portanto nós devemos dizer que esses dois,
pratafluente e sulphur (mercúrio e enxofre), em sua operação adjunta
mútua, são os primeiros princípios dos metais. A possibilidade de mutar
sais comuns em ouro repousa no fato de que em metais ordinários o
sulphur ainda não cumpriu todo o seu trabalho; porque se fossem
perfeitos como eles são, poderia ser necessário transformá-los em sua
substância metálica primeira antes de transmutá-los em ouro; e isso foi
admitido ser impossível.
A definição de enxofre como uma “gordura terrosa” deve ser
particularmente notada, porque essa ideia tornou-se a base para as
teorias posteriores sobre combustão.
Sobre essas técnicas e ideias, os alquimistas dos Séculos XIV e XV
basearam seus escritos.
Em geral, eles meramente repetiam-nas indefinidamente, sem introduzir
quaisquer novas ideias.
Muitos dos manuscritos foram atribuídos a algum famoso escritor do
passado, provavelmente na esperança de que os nomes bem
conhecidos pudessem atrair mais leitores.
Assim um considerável corpo de manuscritos foi atribuído a Arnold de
Villanova.
Esses escritos eram similares uns aos outros e tendiam a ressaltar o
mercúrio como a fonte principal da Pedra Filosofal às custas do
enxofre, cuja importância era minimizada.
Substâncias animais eram consideradas de pouco valor.
Apesar de que essa escola de pensamento alquímico fosse
preeminente no Século XV, ela era vigorosamente combatida por muitos
escritores, e eventualmente, como será visto, o enxofre vaio e garantir o
lugar principal na teoria química.
Suporte para importância do enxofre veio do largo corpo de escritos
atribuídos a Raymond Lull. Aqueles trabalhos foram escritos após a
morte de Lull, quem, em seus genuínos escritos, declarou sua
descrença na Alquimia. No Corpus de Lull, enxofre, criado
artificialmente, é o calor natural, e mercúrio é a substância material e
umidade radical de todas as substâncias liquefazíveis.
De maneira similar, trabalhos dos alquimistas posteriores foram
atribuídos a Vincent de Beauvais, Roger Bacon, e Albertus Magnus,
apesar de que alguns autores publicaram sob seus próprios nomes.
Nenhum faz mais que repetir as teorias gerais e receitas típicas que
vinham sendo descritas. É portanto óbvio que, nos próprios manuscritos
alquímicos, a Química tinha atingido alguma forma de beco sem saída.
Esse tipo de literatura continuou firme no Século XVIII, e não
desapareceu completamente até os dias de hoje. Ela se tornou
crescentemente mística e alegórica.
Eventualmente, seus devotos tentam tratar a química prática de
laboratório como uma espécie inferior, na qual os verdadeiros adeptos
estavam preocupados apenas com a perfeição da alma humana.
É portanto necessário olhar para outros lugares se desejarmos traçar o
desenvolvimento da química como uma ciência.
Durante os Séculos XIV e XV, tal desenvolvimento pode ser seguido
principalmente através de referências incidentais em trabalhos médicos
e científicos.
Médicos e Cientistas naturais estavam preocupados com substâncias
químicas, e embora eles pudessem aceitar as teorias dos alquimistas
(que eram, naturalmente, essencialmente ideias Aristotélicas dos
homens educados daquele tempo), eles não usavam essas teorias
somente para justificar ou explicar transmutações alquímicas.
Tais homens eram muito mais práticos, e eles usavam compostos
químicos para propósitos práticos. Em adição, os Físicos estavam
estudando princípios que mais tarde tornaram-se de grande importância
na Química.
Por exemplo, a teoria e construção das balanças estava sob estudo
ativo. Jordanus Nemorarius no Século XIII escreveu sobre esse
assunto, e seu trabalho foi comentado e ampliado por Blasius de Parma
(falecido em 1416).
Nicolas de Cusa (1401-1464), um humanista importante, advogava o
uso contínuo da balança, e mesmo sugeriu um experimento de pesar
terra e sementes, e então as plantas daí resultantes, e as cinzas das
plantas queimadas.
Isso poderia mostrar quanta terra entrou na composição das plantas.
Ele não realizou o experimento, mas sua ideia mostra que uma
abordagem quantitativa estava em desenvolvimento. O experimento
obviamente contém o germe da ideia testada por Van Helmont em 1648,
apesar de que este último estava mais interessado na água do que na
terra como um componente das plantas.
Giovanni da Fontana, um engenheiro militar e médico, usou foguetes e
pólvora para construir figuras diabólicas que voavam pelo ar ou eram
propelidas sob a água, alarmando enormemente os espectadores. De
forma que ele podia usar seguramente seus conhecimentos sobre
substâncias químicas para realizar esses truques sem sofrer como um
mágico, indica a atitude mais cética em relação aos assuntos
sobrenaturais que começaram a aparecer.
Era natural que os médicos deviam estar bem familiarizados com
compostos químicos. Embora mesmo que muitos de seus
medicamentos fossem compostos de elaboradas misturas de produtos
animais, algumas vezes de uma natureza excepcionalmente
repugnante, eles utilizavam muitas substâncias que tinham sido
preparadas primeiro pelos alquimistas e foram preparadas pelos
apotecários tão logo a demanda cresceu.
Posteriormente, a noção de que elixires não apenas curavam metais,
mas também podiam prolongar a vida e curar males humanos, tornou
imperativo para os médicos progressistas manterem-se a par das
teorias alquímicas.
Muitos médicos eram também alquimistas. Portanto o uso de
substâncias químicas como medicamentos era difundido. Iatroquímica,
o uso de substâncias químicas para a cura de doenças humanas,
estava estabelecida antes dos dias de Paracelsus, apesar de que ele foi
o primeiro a popularizar o tema.
As visões de John de Rupescissa sobre o álcool como a quintessência
do vinho já haviam sido mencionadas.
Ele veio a desenvolver a teoria de que as quintessências podiam ser
extraídas de praticamente tudo.
Assim ele era um entusiasta da quintessência do antimônio, preparada
como um líquido vermelho e doce pela extração do “antimônio mineral”
(o sulfeto) com vinagre.
Rupescissa tinha já mostrado em um trabalho alquímico, o Liber Lucis,
que ele era familiarizado com Alquimia e poderia descrever seus
métodos com clareza incomum.
Nas suas núpcias do álcool como quintessência, ele aplicou suas ideias
alquímicas à medicina, e assim pode ser considerado o fundador da
química médica.
Michel Savonarola, avô do monge reformador de Florença, era
familiarizado com remédios químicos. Ele usou métodos químicos em
seus estudos sobre a evaporação de águas minerais, as quais ele
descreveu em um livro sobre banhos publicado por volta de 1450. Ele
fez testes qualitativos para distinguir sal de soda.
Pode ser visto dessas referências incidentais que métodos químicos
foram gradualmente sendo aplicadas em vários campos, e que uma
apreciação da possibilidade de usar aqueles métodos estava se
desenvolvendo entre os eruditos em campos outros além da Alquimia.
Mesmo assim, não é possível julgá-los a partir dessas referências o
quão longe a tecnologia química e a abordagem química tinha
atualmente progredido.
Com a vinda do Século XVI, essa situação mudou completamente. Pela
primeira vez, métodos químicos eram descritos em detalhes completos.
A Química ainda não conseguia parar sob seus pés; ela era ainda uma
serva da medicina, mineração e outras especialidades, mas os escritos
dos cientistas do Século XVI finalmente mostraram que o quanto a
Química havia progredido, e como ela podia ser usada para avanços
científicos adicionais. O caminho estava aberto para os homens que, no
Século XVII, seriam chamados de Químicos.
QUESTIONÁRIO
1) Quem foi e o que produziu de útil para a Química o autor
conhecido como o pseudo-Geber?
2) O que são elixires?
3) Quem foi John de Rupescissa?
4) Qual era o estado da química prática ao final do século XIV?
LINKS INTERESSANTES:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_medieval
https://seuhistory.com/noticias/o-misterioso-texto-de-alquimia-da-tabua-
de-esmeralda
https://en.wikipedia.org/wiki/Emerald_Tablet
http://www.alchemywebsite.com/texts.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Divina_Com%C3%A9dia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mutus_Liber
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_filosofal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitriol
https://pt.wikipedia.org/wiki/Azul_da_pr%C3%BAssia
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8930

More Related Content

What's hot

Capítulo 14 - Lavoisier e a fundação da química moderna
Capítulo 14  - Lavoisier e a fundação da química modernaCapítulo 14  - Lavoisier e a fundação da química moderna
Capítulo 14 - Lavoisier e a fundação da química modernaMárcio Martins
 
Capítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidade
Capítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidadeCapítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidade
Capítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidadeMárcio Martins
 
Capítulo XXIV - Bioquímica
Capítulo XXIV - BioquímicaCapítulo XXIV - Bioquímica
Capítulo XXIV - BioquímicaMárcio Martins
 
Capítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômica
Capítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômicaCapítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômica
Capítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômicaMárcio Martins
 
Capítulo 11 - A difusão das teorias atomísticas
Capítulo 11  - A difusão das teorias atomísticasCapítulo 11  - A difusão das teorias atomísticas
Capítulo 11 - A difusão das teorias atomísticasMárcio Martins
 
Capítulo XVI - Leis de combinação atômica
Capítulo XVI - Leis de combinação atômicaCapítulo XVI - Leis de combinação atômica
Capítulo XVI - Leis de combinação atômicaMárcio Martins
 
Capítulo 7 - Transmissão da química para o ocidente
Capítulo 7 - Transmissão da química para o ocidenteCapítulo 7 - Transmissão da química para o ocidente
Capítulo 7 - Transmissão da química para o ocidenteMárcio Martins
 
power point de química professor Vinicius
power point de química professor Vinicius power point de química professor Vinicius
power point de química professor Vinicius Fortunato Fortunato
 
Aula 1 a história da química orgânica
Aula 1   a história da química orgânicaAula 1   a história da química orgânica
Aula 1 a história da química orgânicaLarissa Cadorin
 
História da Química Orgânica
História da Química OrgânicaHistória da Química Orgânica
História da Química OrgânicaAlcione Torres
 
Mdulo ii unidade 2 contedo
Mdulo ii unidade 2 contedoMdulo ii unidade 2 contedo
Mdulo ii unidade 2 contedoresolvidos
 
Aula 9 lei de lavoisier e lei de proust
Aula 9   lei de lavoisier e lei de proustAula 9   lei de lavoisier e lei de proust
Aula 9 lei de lavoisier e lei de proustprofNICODEMOS
 
História da química
História da químicaHistória da química
História da químicaMarco Bumba
 
Química Orgânica I - Introdução
Química Orgânica I - IntroduçãoQuímica Orgânica I - Introdução
Química Orgânica I - IntroduçãoRicardo Stefani
 

What's hot (20)

Capítulo 14 - Lavoisier e a fundação da química moderna
Capítulo 14  - Lavoisier e a fundação da química modernaCapítulo 14  - Lavoisier e a fundação da química moderna
Capítulo 14 - Lavoisier e a fundação da química moderna
 
Capítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidade
Capítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidadeCapítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidade
Capítulo 12 - teorias do século XVIII - flogisto e afinidade
 
Capítulo XXIV - Bioquímica
Capítulo XXIV - BioquímicaCapítulo XXIV - Bioquímica
Capítulo XXIV - Bioquímica
 
Capítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômica
Capítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômicaCapítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômica
Capítulo XXIII - Radioatividade e estrutura atômica
 
Capítulo 11 - A difusão das teorias atomísticas
Capítulo 11  - A difusão das teorias atomísticasCapítulo 11  - A difusão das teorias atomísticas
Capítulo 11 - A difusão das teorias atomísticas
 
Capítulo XVI - Leis de combinação atômica
Capítulo XVI - Leis de combinação atômicaCapítulo XVI - Leis de combinação atômica
Capítulo XVI - Leis de combinação atômica
 
Capítulo 7 - Transmissão da química para o ocidente
Capítulo 7 - Transmissão da química para o ocidenteCapítulo 7 - Transmissão da química para o ocidente
Capítulo 7 - Transmissão da química para o ocidente
 
Química
QuímicaQuímica
Química
 
A tabela periodica dos elementos quimicos
A tabela periodica dos elementos quimicosA tabela periodica dos elementos quimicos
A tabela periodica dos elementos quimicos
 
power point de química professor Vinicius
power point de química professor Vinicius power point de química professor Vinicius
power point de química professor Vinicius
 
"Somos Físicos" Lavoisier e suas leis
"Somos Físicos" Lavoisier e suas leis"Somos Físicos" Lavoisier e suas leis
"Somos Físicos" Lavoisier e suas leis
 
Aula 1 a história da química orgânica
Aula 1   a história da química orgânicaAula 1   a história da química orgânica
Aula 1 a história da química orgânica
 
Lei de lavoisier
Lei de lavoisierLei de lavoisier
Lei de lavoisier
 
Antoine Lavoisier
Antoine LavoisierAntoine Lavoisier
Antoine Lavoisier
 
História da Química Orgânica
História da Química OrgânicaHistória da Química Orgânica
História da Química Orgânica
 
Mdulo ii unidade 2 contedo
Mdulo ii unidade 2 contedoMdulo ii unidade 2 contedo
Mdulo ii unidade 2 contedo
 
Aula 9 lei de lavoisier e lei de proust
Aula 9   lei de lavoisier e lei de proustAula 9   lei de lavoisier e lei de proust
Aula 9 lei de lavoisier e lei de proust
 
História da química
História da químicaHistória da química
História da química
 
Samilly
SamillySamilly
Samilly
 
Química Orgânica I - Introdução
Química Orgânica I - IntroduçãoQuímica Orgânica I - Introdução
Química Orgânica I - Introdução
 

Similar to Capítulo 8 - Séculos XIV e XV

Cap 1 química promordial
Cap 1  química promordialCap 1  química promordial
Cap 1 química promordialMárcio Martins
 
classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais
 classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais
classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_saisJulyanne Rodrigues
 
“Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...
  “Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...  “Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...
“Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...RODRIGO ORION
 
Capítulo 29 tabulação dos elementos
Capítulo 29   tabulação dos elementosCapítulo 29   tabulação dos elementos
Capítulo 29 tabulação dos elementosellen1990
 
Capitulo 02tabela periódica
Capitulo 02tabela periódicaCapitulo 02tabela periódica
Capitulo 02tabela periódicaMira Raya
 
Capítulo XVII - Eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVII - Eletroquímica e afinidade químicaCapítulo XVII - Eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVII - Eletroquímica e afinidade químicaMárcio Martins
 
Capítulo XVIII - eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVIII - eletroquímica e afinidade químicaCapítulo XVIII - eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVIII - eletroquímica e afinidade químicaMárcio Martins
 
A alquimia e a química
A alquimia e a químicaA alquimia e a química
A alquimia e a químicaliamarasampaio
 
A epopeia de gilgamesh
A epopeia de gilgameshA epopeia de gilgamesh
A epopeia de gilgameshKariny Davis
 
A epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontes
A epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontesA epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontes
A epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontesjuliana alves
 
Lavoisier e a constituição da química moderna
Lavoisier e a constituição da química modernaLavoisier e a constituição da química moderna
Lavoisier e a constituição da química modernaJailson Alves
 
Capítulo 5 - alquimia chinesa
Capítulo 5 -  alquimia chinesaCapítulo 5 -  alquimia chinesa
Capítulo 5 - alquimia chinesaMárcio Martins
 
Capítulo 6 - alquimia árabe
Capítulo 6  - alquimia árabeCapítulo 6  - alquimia árabe
Capítulo 6 - alquimia árabeMárcio Martins
 
Revisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestral
Revisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestralRevisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestral
Revisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestrallailairbene4
 

Similar to Capítulo 8 - Séculos XIV e XV (20)

Cap 1 química promordial
Cap 1  química promordialCap 1  química promordial
Cap 1 química promordial
 
Leucipo e Arquimedes
Leucipo e ArquimedesLeucipo e Arquimedes
Leucipo e Arquimedes
 
Não metais
Não metaisNão metais
Não metais
 
classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais
 classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais
classificacao e_nomenclatura_de_acidos_bases_e_sais
 
“Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...
  “Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...  “Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...
“Assim é Trindade em Unidade, e Unidade em Trindade, pois onde estão Espíri...
 
Capítulo 29 tabulação dos elementos
Capítulo 29   tabulação dos elementosCapítulo 29   tabulação dos elementos
Capítulo 29 tabulação dos elementos
 
Capitulo 02tabela periódica
Capitulo 02tabela periódicaCapitulo 02tabela periódica
Capitulo 02tabela periódica
 
A espectroscopia e a química
A espectroscopia e a química A espectroscopia e a química
A espectroscopia e a química
 
Capítulo XVII - Eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVII - Eletroquímica e afinidade químicaCapítulo XVII - Eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVII - Eletroquímica e afinidade química
 
Capítulo XVIII - eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVIII - eletroquímica e afinidade químicaCapítulo XVIII - eletroquímica e afinidade química
Capítulo XVIII - eletroquímica e afinidade química
 
A alquimia e a química
A alquimia e a químicaA alquimia e a química
A alquimia e a química
 
Wicca
WiccaWicca
Wicca
 
O pai da Química
O pai da QuímicaO pai da Química
O pai da Química
 
A epopeia de gilgamesh
A epopeia de gilgameshA epopeia de gilgamesh
A epopeia de gilgamesh
 
A epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontes
A epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontesA epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontes
A epopeiade gilgamesh-anonimo-martinsfontes
 
Lavoisier e a constituição da química moderna
Lavoisier e a constituição da química modernaLavoisier e a constituição da química moderna
Lavoisier e a constituição da química moderna
 
Capítulo 5 - alquimia chinesa
Capítulo 5 -  alquimia chinesaCapítulo 5 -  alquimia chinesa
Capítulo 5 - alquimia chinesa
 
Capítulo 6 - alquimia árabe
Capítulo 6  - alquimia árabeCapítulo 6  - alquimia árabe
Capítulo 6 - alquimia árabe
 
Revisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestral
Revisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestralRevisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestral
Revisão 9 ANO.pptx revisa para prova bimestral
 
A alquimia
A alquimiaA alquimia
A alquimia
 

More from Márcio Martins

Termoquimica - Por que o papel não queima?
Termoquimica - Por que o papel não queima?Termoquimica - Por que o papel não queima?
Termoquimica - Por que o papel não queima?Márcio Martins
 
Teoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal Rahmeier
Teoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal RahmeierTeoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal Rahmeier
Teoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal RahmeierMárcio Martins
 
Sequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal Rahmeier
Sequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal RahmeierSequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal Rahmeier
Sequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal RahmeierMárcio Martins
 
Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0Márcio Martins
 
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0Márcio Martins
 
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0Márcio Martins
 
Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0
Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0
Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0Márcio Martins
 
Oficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEF
Oficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEFOficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEF
Oficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEFMárcio Martins
 
Um ensino de química_ muitas abordagens (1).pdf
Um ensino de química_ muitas abordagens (1).pdfUm ensino de química_ muitas abordagens (1).pdf
Um ensino de química_ muitas abordagens (1).pdfMárcio Martins
 
O universo de _O conto da aia_.pdf
O universo de _O conto da aia_.pdfO universo de _O conto da aia_.pdf
O universo de _O conto da aia_.pdfMárcio Martins
 
Palestra fc cerro largo 29 10-2019
Palestra fc cerro largo 29 10-2019Palestra fc cerro largo 29 10-2019
Palestra fc cerro largo 29 10-2019Márcio Martins
 
Notas parciais de fq3 2019-1
Notas parciais de fq3 2019-1Notas parciais de fq3 2019-1
Notas parciais de fq3 2019-1Márcio Martins
 
Marcadores para o RApp Chemistry
Marcadores para o RApp ChemistryMarcadores para o RApp Chemistry
Marcadores para o RApp ChemistryMárcio Martins
 
Utilizando tecnologias digitais para o ensino
Utilizando tecnologias digitais para o ensinoUtilizando tecnologias digitais para o ensino
Utilizando tecnologias digitais para o ensinoMárcio Martins
 
Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!
Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!
Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!Márcio Martins
 
Criando um cartão de visitas em Realidade Aumentada
Criando um cartão de visitas em Realidade AumentadaCriando um cartão de visitas em Realidade Aumentada
Criando um cartão de visitas em Realidade AumentadaMárcio Martins
 
Slides oficina 38 edeq energy2 d
Slides oficina 38 edeq   energy2 dSlides oficina 38 edeq   energy2 d
Slides oficina 38 edeq energy2 dMárcio Martins
 
Slides Oficina 38 EDEQ - Energy 2D
Slides Oficina 38 EDEQ - Energy 2DSlides Oficina 38 EDEQ - Energy 2D
Slides Oficina 38 EDEQ - Energy 2DMárcio Martins
 
O Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuário
O Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuárioO Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuário
O Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuárioMárcio Martins
 

More from Márcio Martins (20)

Termoquimica - Por que o papel não queima?
Termoquimica - Por que o papel não queima?Termoquimica - Por que o papel não queima?
Termoquimica - Por que o papel não queima?
 
Teoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal Rahmeier
Teoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal RahmeierTeoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal Rahmeier
Teoria das colisões - Aula teórica criada pela Profa Geovana Leal Rahmeier
 
Sequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal Rahmeier
Sequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal RahmeierSequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal Rahmeier
Sequência Didática Cinética Química - Profa Geovana Leal Rahmeier
 
Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
 
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
 
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0
 
Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0
Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0
Fenômenos de superfície - e-book Físico-Química III v1.0
 
Oficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEF
Oficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEFOficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEF
Oficina Criação de vídeos didáticos com Inteligência Artificial XXV SNEF
 
Um ensino de química_ muitas abordagens (1).pdf
Um ensino de química_ muitas abordagens (1).pdfUm ensino de química_ muitas abordagens (1).pdf
Um ensino de química_ muitas abordagens (1).pdf
 
O universo de _O conto da aia_.pdf
O universo de _O conto da aia_.pdfO universo de _O conto da aia_.pdf
O universo de _O conto da aia_.pdf
 
Palestra fc cerro largo 29 10-2019
Palestra fc cerro largo 29 10-2019Palestra fc cerro largo 29 10-2019
Palestra fc cerro largo 29 10-2019
 
Notas parciais de fq3 2019-1
Notas parciais de fq3 2019-1Notas parciais de fq3 2019-1
Notas parciais de fq3 2019-1
 
Marcadores para o RApp Chemistry
Marcadores para o RApp ChemistryMarcadores para o RApp Chemistry
Marcadores para o RApp Chemistry
 
Diagrama de rich suter
Diagrama de rich suterDiagrama de rich suter
Diagrama de rich suter
 
Utilizando tecnologias digitais para o ensino
Utilizando tecnologias digitais para o ensinoUtilizando tecnologias digitais para o ensino
Utilizando tecnologias digitais para o ensino
 
Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!
Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!
Tutorial Quinz e Jumble no Kahoot!
 
Criando um cartão de visitas em Realidade Aumentada
Criando um cartão de visitas em Realidade AumentadaCriando um cartão de visitas em Realidade Aumentada
Criando um cartão de visitas em Realidade Aumentada
 
Slides oficina 38 edeq energy2 d
Slides oficina 38 edeq   energy2 dSlides oficina 38 edeq   energy2 d
Slides oficina 38 edeq energy2 d
 
Slides Oficina 38 EDEQ - Energy 2D
Slides Oficina 38 EDEQ - Energy 2DSlides Oficina 38 EDEQ - Energy 2D
Slides Oficina 38 EDEQ - Energy 2D
 
O Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuário
O Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuárioO Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuário
O Linux na minha trajetória acadêmica: percepções de um usuário
 

Recently uploaded

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPanandatss1
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 

Recently uploaded (20)

Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Educação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SPEducação São Paulo centro de mídias da SP
Educação São Paulo centro de mídias da SP
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 

Capítulo 8 - Séculos XIV e XV

  • 1. CAPÍTULO 8 OS SÉCULOS XIV E XV Pelo fim do XIII Século, muitas das traduções do Árabe tinham sido completadas. Eruditos europeus podiam agora realizar seu trabalho independentemente. Essa nova independência, entretanto, não levou imediatamente a um rápido desenvolvimento da ciência. Ao invés disso, pareceu que os estudiosos tinham que trabalhar sobre esse material e ponderar sobre ele por um período prolongado antes que eles pudessem usá-lo criativamente. Os escritores dos Séculos XIV e XV eram, entretanto, menos originais do que se esperava em vista dos impressionantes avanços dos Séculos XII e XIII. Na verdade, as grandes conquistas desse período posterior estão na fundação das novas universidades e a organização daquelas já em existência, a descoberta da impressão, e a tremenda expansão do conhecimento no mundo proporcionada pelas atividades dos exploradores. Os resultados dessas conquistas para a ciência se tornam mais aparentes entre os estudiosos do Século XVI. Esse período de progresso relativamente lento aconteceu na Química assim como em outras ciências. Não existia falta de atividade, mas ela não conduzia em direção à química científica como conhecemos hoje. Ao invés disso, atividade centrada na produção de mais manuscritos alquímicos.
  • 2. Desde que as teorias alquímicas eram bem estabelecidas e os procedimentos práticos não variavam grandemente, muitos dos manuscritos meramente repetiam o que tinha sido dito anteriormente. Uma crescente tendência à alegoria e misticismo caracterizaram o período, e os charlatães eram frequentes. Mais uma vez a Alquimia caiu em descrédito em círculos oficiais. O Papa João XXII lançou um decreto contra ela, e várias autoridades civis e eclesiásticas a denunciaram. Existia uma considerável descrença popular sobre os alquimistas, refletida no satírico ​Cannon Yeoman’s Tale ​de Chaucer e o fato de que Dante colocou os alquimistas no fundo do Inferno. Nenhuma dessas desaprovações parece ter prejudicado a popularidade ou a propagação da própria Alquimia, ou a produção de novos manuscritos sobre o assunto. Um dos livros mais influentes desse período e um que foi citado e copiado muito frequentemente, foi escrito por volta de 1310 aparentemente por um alquimista praticante Espanhol que atribuiu seu trabalho ao grande alquimista Árabe Geber. Essa era a forma latina do nome Jabir, mas por outro lado quase não existe conexão com os trabalhos verdadeiros do Corpus de Jabir. Quatro livros são comumente atribuídos a Geber: ​A Investigação da Perfeição, A Soma da Perfeição ou o Magistralmente Perfeito, A Invenção da Verdade, e o Livro dos Fornos​. Esses discutem em alguma extensão as razões para a verdade da Alquimia. Eles então oferecem as teorias aceitas para a composição dos metais, nos quais as exalações fumacentas e úmidas de Aristóteles são identificadas com o enxofre (e sulfeto de arsênio também, nesse caso) e mercúrio. Os metais que não sejam ouro são considerados imperfeitos, ou doentes, e devem ser curados pela pedra filosofal, que converte-as em ouro.
  • 3. A parte mais significante dos livros de Geber está nas instruções práticas. Elas mostram claramente que o autor era familiarizado com os aparatos e operações de laboratório. Ele descreve fornos e outros equipamentos em detalhes, e dá instruções ainda mais claras que as de seus antecessores e sucessores para a purificação ou preparação de substâncias. Sua descrição da purificação do sal, por exemplo, pode ser seguida por qualquer um: “Sal comum é limpo assim: primeiro queime-o, e verta-o em combustão em água quente a fim de dissolvê-lo; filtre a solução, que congela em um fogo gentil. Calcine o congelado por um dia e uma noite em fogo moderado, e guarde-o para uso.” De mais importância é a sua receita para uma “água dissolutiva.” Primeiro R do Vitriol do Chipre, lib. I do Salitre, lib. II e de Jamenous Allom uma quarta parte; extraia a Água com o Vermelho de Alembeck (porque este é muito Solutivo) e use-o nos anteriormente alegados capítulos. O termo “magistério.” Que é amplamente usado na literatura alquímica, originalmente significava um método. Ela reteve esse significado, mas gradualmente veio também a significar o agente usado no processo no qual esse método era usado. Ela é também produzida muito mais aguda, se nela você dissolver uma quarta parte de Sal Amoníaco; porque aquele dissolve Ouro, Enxofre e Prata. Esta é uma das melhores descrições de preparação de misturas de ácidos sulfúrico, nítrico e clorídrico a ser dada até então.
  • 4. Os livros deixam claro que Geber era também um metalurgista prático, pois as propriedades dos metais são bem descritas, e o método de cupelação para separar ouro e prata é dado em detalhes. Este é um processo no qual amostras de ouro ou prata são aquecidos com chumbo em um vaso feito de cinzas de ossos. O chumbo forma litargírio que se separa com as impurezas, enquanto que o ouro mais pesado ou a prata afundam como um glóbulo metálico. O processo é muito antigo, e pressupõe alguma familiaridade com o uso de uma balança, mas não tinha sido tão claramente descrito antes. Os trabalhos de Geber mostram que por trás das especulações dos alquimistas existiam uma grande quantidade de trabalho químico prático, especialmente em relação aos metais. Esse conhecimento não foi abertamente publicado novamente por outro par de séculos. Como Geber explicou os detalhes práticos da Química mais claramente que o que tinha sido feito previamente, então o médico Petrus Bonus de Ferrara deu uma exposição especialmente clara da teoria alquímica em sua ​Pretiosa Margarita Novella​, a “Preciosa Nova Perola,” publicada em 1530. Assim, na geração dos metais, nós distinguimos dois tipos de umidade, um dos quais é viscoso e externo, e não totalmente grudado às partes terrosas da substância: e o mesmo é inflamável e sulfuroso; enquanto o outro é uma viscosidade interna úmida, e é idêntica em sua composição às porções terrosas; ela não é nem combustível nem inflamável, porque todas as suas menores partes estão tão intimamente ligadas a fim de formar um todo inseparável de pratafluente (mercúrio): as partículas de seco e de úmido estão tão intimamente unidas para serem separadas pelo calor do fogo, e existe um balanço perfeito entre elas. A primeira materia de todos os metais, então, é a umidade, o viscoso, incombustível, súbito, incorporado nas cavernas minerais com terra
  • 5. sutil, a qual é igualmente e indissoluvelmente misturada nas suas menores partículas. A matéria aproximada dos metais é a pratafluente (mercúrio), gerada pela sua indissolúvel comixturação. A esta natureza, em sua sabedoria, agregou-se um agente próprio, viz., sulphur, que digere e o molda em uma forma metálica. Sulphur (enxofre) é uma certa gordura terrosa, espessada e endurecida por uma bem temperada decocção, e está relacionada à pratafluente como o macho está para a fêmea, e é o agente próprio para a própria matéria. Alguns enxofres são fusíveis, outros não, de acordo com os metais aos quais pertencem serem fusíveis ou não. Pratafluente é coagulada nas tigelas de terra por seu próprio sulphur. Portanto nós devemos dizer que esses dois, pratafluente e sulphur (mercúrio e enxofre), em sua operação adjunta mútua, são os primeiros princípios dos metais. A possibilidade de mutar sais comuns em ouro repousa no fato de que em metais ordinários o sulphur ainda não cumpriu todo o seu trabalho; porque se fossem perfeitos como eles são, poderia ser necessário transformá-los em sua substância metálica primeira antes de transmutá-los em ouro; e isso foi admitido ser impossível. A definição de enxofre como uma “gordura terrosa” deve ser particularmente notada, porque essa ideia tornou-se a base para as teorias posteriores sobre combustão. Sobre essas técnicas e ideias, os alquimistas dos Séculos XIV e XV basearam seus escritos. Em geral, eles meramente repetiam-nas indefinidamente, sem introduzir quaisquer novas ideias. Muitos dos manuscritos foram atribuídos a algum famoso escritor do passado, provavelmente na esperança de que os nomes bem conhecidos pudessem atrair mais leitores. Assim um considerável corpo de manuscritos foi atribuído a Arnold de Villanova. Esses escritos eram similares uns aos outros e tendiam a ressaltar o mercúrio como a fonte principal da Pedra Filosofal às custas do enxofre, cuja importância era minimizada.
  • 6. Substâncias animais eram consideradas de pouco valor. Apesar de que essa escola de pensamento alquímico fosse preeminente no Século XV, ela era vigorosamente combatida por muitos escritores, e eventualmente, como será visto, o enxofre vaio e garantir o lugar principal na teoria química. Suporte para importância do enxofre veio do largo corpo de escritos atribuídos a Raymond Lull. Aqueles trabalhos foram escritos após a morte de Lull, quem, em seus genuínos escritos, declarou sua descrença na Alquimia. No Corpus de Lull, enxofre, criado artificialmente, é o calor natural, e mercúrio é a substância material e umidade radical de todas as substâncias liquefazíveis. De maneira similar, trabalhos dos alquimistas posteriores foram atribuídos a Vincent de Beauvais, Roger Bacon, e Albertus Magnus, apesar de que alguns autores publicaram sob seus próprios nomes. Nenhum faz mais que repetir as teorias gerais e receitas típicas que vinham sendo descritas. É portanto óbvio que, nos próprios manuscritos alquímicos, a Química tinha atingido alguma forma de beco sem saída. Esse tipo de literatura continuou firme no Século XVIII, e não desapareceu completamente até os dias de hoje. Ela se tornou crescentemente mística e alegórica. Eventualmente, seus devotos tentam tratar a química prática de laboratório como uma espécie inferior, na qual os verdadeiros adeptos estavam preocupados apenas com a perfeição da alma humana. É portanto necessário olhar para outros lugares se desejarmos traçar o desenvolvimento da química como uma ciência. Durante os Séculos XIV e XV, tal desenvolvimento pode ser seguido principalmente através de referências incidentais em trabalhos médicos e científicos.
  • 7. Médicos e Cientistas naturais estavam preocupados com substâncias químicas, e embora eles pudessem aceitar as teorias dos alquimistas (que eram, naturalmente, essencialmente ideias Aristotélicas dos homens educados daquele tempo), eles não usavam essas teorias somente para justificar ou explicar transmutações alquímicas. Tais homens eram muito mais práticos, e eles usavam compostos químicos para propósitos práticos. Em adição, os Físicos estavam estudando princípios que mais tarde tornaram-se de grande importância na Química. Por exemplo, a teoria e construção das balanças estava sob estudo ativo. Jordanus Nemorarius no Século XIII escreveu sobre esse assunto, e seu trabalho foi comentado e ampliado por Blasius de Parma (falecido em 1416). Nicolas de Cusa (1401-1464), um humanista importante, advogava o uso contínuo da balança, e mesmo sugeriu um experimento de pesar terra e sementes, e então as plantas daí resultantes, e as cinzas das plantas queimadas. Isso poderia mostrar quanta terra entrou na composição das plantas. Ele não realizou o experimento, mas sua ideia mostra que uma abordagem quantitativa estava em desenvolvimento. O experimento obviamente contém o germe da ideia testada por Van Helmont em 1648, apesar de que este último estava mais interessado na água do que na terra como um componente das plantas. Giovanni da Fontana, um engenheiro militar e médico, usou foguetes e pólvora para construir figuras diabólicas que voavam pelo ar ou eram propelidas sob a água, alarmando enormemente os espectadores. De forma que ele podia usar seguramente seus conhecimentos sobre substâncias químicas para realizar esses truques sem sofrer como um mágico, indica a atitude mais cética em relação aos assuntos sobrenaturais que começaram a aparecer.
  • 8. Era natural que os médicos deviam estar bem familiarizados com compostos químicos. Embora mesmo que muitos de seus medicamentos fossem compostos de elaboradas misturas de produtos animais, algumas vezes de uma natureza excepcionalmente repugnante, eles utilizavam muitas substâncias que tinham sido preparadas primeiro pelos alquimistas e foram preparadas pelos apotecários tão logo a demanda cresceu. Posteriormente, a noção de que elixires não apenas curavam metais, mas também podiam prolongar a vida e curar males humanos, tornou imperativo para os médicos progressistas manterem-se a par das teorias alquímicas. Muitos médicos eram também alquimistas. Portanto o uso de substâncias químicas como medicamentos era difundido. Iatroquímica, o uso de substâncias químicas para a cura de doenças humanas, estava estabelecida antes dos dias de Paracelsus, apesar de que ele foi o primeiro a popularizar o tema. As visões de John de Rupescissa sobre o álcool como a quintessência do vinho já haviam sido mencionadas. Ele veio a desenvolver a teoria de que as quintessências podiam ser extraídas de praticamente tudo. Assim ele era um entusiasta da quintessência do antimônio, preparada como um líquido vermelho e doce pela extração do “antimônio mineral” (o sulfeto) com vinagre. Rupescissa tinha já mostrado em um trabalho alquímico, o Liber Lucis, que ele era familiarizado com Alquimia e poderia descrever seus métodos com clareza incomum. Nas suas núpcias do álcool como quintessência, ele aplicou suas ideias alquímicas à medicina, e assim pode ser considerado o fundador da química médica. Michel Savonarola, avô do monge reformador de Florença, era familiarizado com remédios químicos. Ele usou métodos químicos em seus estudos sobre a evaporação de águas minerais, as quais ele
  • 9. descreveu em um livro sobre banhos publicado por volta de 1450. Ele fez testes qualitativos para distinguir sal de soda. Pode ser visto dessas referências incidentais que métodos químicos foram gradualmente sendo aplicadas em vários campos, e que uma apreciação da possibilidade de usar aqueles métodos estava se desenvolvendo entre os eruditos em campos outros além da Alquimia. Mesmo assim, não é possível julgá-los a partir dessas referências o quão longe a tecnologia química e a abordagem química tinha atualmente progredido. Com a vinda do Século XVI, essa situação mudou completamente. Pela primeira vez, métodos químicos eram descritos em detalhes completos. A Química ainda não conseguia parar sob seus pés; ela era ainda uma serva da medicina, mineração e outras especialidades, mas os escritos dos cientistas do Século XVI finalmente mostraram que o quanto a Química havia progredido, e como ela podia ser usada para avanços científicos adicionais. O caminho estava aberto para os homens que, no Século XVII, seriam chamados de Químicos. QUESTIONÁRIO 1) Quem foi e o que produziu de útil para a Química o autor conhecido como o pseudo-Geber? 2) O que são elixires? 3) Quem foi John de Rupescissa? 4) Qual era o estado da química prática ao final do século XIV? LINKS INTERESSANTES: https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_medieval https://seuhistory.com/noticias/o-misterioso-texto-de-alquimia-da-tabua- de-esmeralda https://en.wikipedia.org/wiki/Emerald_Tablet http://www.alchemywebsite.com/texts.html https://pt.wikipedia.org/wiki/Divina_Com%C3%A9dia