Este documento é uma coleção de poemas curtos sobre vários membros da Marinha Portuguesa. Cada poema fornece pequenos detalhes sobre as funções e personalidades de indivíduos como o Quartel-Mestre, o Sargento, o Cozinheiro e o Especialista em Morse.
1. O Nosso Quartel-Mestre Dos números só ele sabia E ninguém se podia enganar Habilidades ele não permitia Se alguém o quisesse aldrabar
2. Um Bom Sargento Deste homem que posso dizer Se era a bondade em pessoa Melhor que ele não pode haver Neste mundo de gente boa
3. Sem pelo na careca Sem um pelo na sua cabeça Protege-se do sol com o boné Bem gostaria de pregar-lhe uma peça Mas não me atrevo assim é que é
4. O Mais Malandro de Todos O certo é que ele tinha pinta Mais que outros que eu cá sei No livro fez gastar muita tinta E por sorte eu disso escapei
5. Amigo como este não havia Se alguém estivesse enrascado E a precisar de uma ajudinha Tinha-o sempre do seu lado Disso podem ter a certezinha
6. O Homem da Manobra De entre todos o mais velho Homem de juízo e de bem A quem se pedia conselho E claro, a sua amizade também
7. O Chefe da Dispensa Manhã cedo lá ia ao Mercado Trazia o peixe e a carne, fruta e legumes Levantar cedo custava um bocado Do seu cargo ninguém tinha ciúmes
8. O Homem da Cantina Andava sempre risonho e contente E não era nada desconfiado Mas corria com toda a gente Que ousasse pedir-lhe fiado
9. Arria o guincho, oh Manobra Certo que antiguidade é um posto Disso ninguém se pode esquecer O nosso homem tomou-lhe o gosto E todos lhe tinham de obedecer
10. Grande amigo e companheiro Versado nas artes da Marinharia De navegar já estava saturado Sem saber o que o futuro lhe traria Mudou de rumo, acabou ao nosso lado
11. Chefe do Martelo e do Serrote Da carpintaria ele era o Cabo Homem sincero e com muito siso Quando pela frente lhe aparecia algum nabo O mais certo era perder o juízo
12. O Homem da Secretaria Sabia mais com os olhos fechados Do que muitos com eles abertos Com números e livros bem controlados E tudo o resto nos sítios certos
13. O Homem dos toiros e toiradas Oriundo da lezíria ribatejana Enfrentava tudo com valentia E há uma força que dele emana Na rotina do seu dia-a-dia
14. O Homem dos Tachos e Panelas Na cozinha outro chefe não havia Autoridade só ele é que tinha Tudo marchava como ele queria Faxinas e rancheiros na linha
15. Artilheiro com Bazuca e Morteiro Se outras armas não havia E não por falta de dinheiro Pegar na bazuca e fazer pontaria Se não preferisse o morteiro
16. O Meu Chefe Matias Ele era alto como o Cristo-Rei Um pouco marreco também Mas há uma coisa que eu sei Ele era um homem de bem!
17. Foi à Índia e lá preso ficou Chegou a hora e do Alentejo abalou Foi para a Marinha, fizeram dele marinheiro Para seguir seu destino ele cedo embarcou Navegou até à Índia e lá preso ficou
18. Fuzileiro Reconvertido Que interessa o que foi primeiro Se todos somos da Marinha Um dia decidiu ser fuzileiro Deixou a dele, juntou-se à minha
19. Fuzileiro, pois então Vaidoso como qualquer marinheiro À civil ou com a farda vestida Na estica era sempre o primeiro Era disso que ele gostava na vida
20. O Homem da Escrita Fina Na Marinha foi homem da escrita Mas isso não lhe dava dinheiro Decidiu escolher vida mais bonita E acabou convertido em fuzileiro
21. Mais um das armas pesadas Era a guerra, que se havia de fazer Todos deviam alinhar na Companhia Naquela altura estavam longe de saber Nessa guerra não entrou a artilharia
22. Ajudante de Artilheiro Pois é, artilheiros há muitos Mas sozinhos não fazem nada Se não fossem os seus adjuntos Teriam a vida mais complicada
23. O Especialista em Morse Com as comunicações na Pré-História Seria preciso um homem assim Sem ele não haveria vitória E a guerra não chegaria ao fim
24. O nosso Herói da India Veio de Peniche para ser marinheiro Meteram-no a bordo e foi navegar Estava na Índia e ficou prisioneiro E na Companhia 2 viria aterrar