1) O documento apresenta dados sobre a situação da hanseníase no estado de Mato Grosso em 2008, incluindo taxas de detecção por município, áreas de cluster, e desafios no combate à doença.
2) Apresenta também informações sobre avanços recentes como capacitações, parcerias, e melhorias nos indicadores, mas destaca a necessidade de garantir suprimentos de medicamentos e atingir 100% de capacitação de equipes.
3) O resumo encerra com uma citação sobre a importância de cada um fazer sua
2. ESTADO DE MATO GROSSO
Dados Gerais
Capital: Cuiabá
Região: Centro-Oeste
Sigla: MT
Gentílico: mato-grossense
População:2.957.732 habitantes
(2008).
Área (em Km²): 903.357
Densidade Demográfica
(habitantes por km²): 2,6
Quantidade de Municípios: 141
Principais Cidades: Cuiabá, Várzea
Grande, Rondonópolis, Cáceres,
Sinop, Tangara da Serra, Barra do
Garças, Alta Floresta
Clima: Tropical
7. A hanseníase em Mato Grosso – 2008
• Ocupa o 1º lugar em coeficiente de detecção geral, em relação aos
outros 27 Estados da Federação;
• É o 1º colocado na Região Centro-Oeste em coeficiente de detecção
geral;
• 93,4% das Regionais de Saúde estão em áreas de cluster, com 85,1%
dos municípios estadual concentrados nessas áreas;
• 91% da população estadual está em área de cluster
8. Cluster – Aglomerado no tempo
e/ou espaço de casos de uma
doença.
Doenças Transmissíveis –
Espera-se que a distribuição dos
casos na população não são ao
acaso, mas que os casos estejam
agregados no espaço em
consequência da transmissão
Metodologia – Estatística Scan
Espacial, método de Poisson
levando em conta a distribuição da
população, com base na taxa
média de detecção de casos
novos, para o período de 2003 a
2005.
Áreas de Cluster
10. MT - 2008
Casos Novos: 2686
População Geral: 3.001.725
Coef. Detc.: 89,48
Casos Novos 0 – 14 Anos: 142
População 0 – 14 anos: 817.602
Coef. Detecção < 15 anos: 17,37
Observações:
Grade Populacional
Coef. Det. Geral: 100.000 hab
Coef. Det. 0 – 14 Anos: 100.000
hab
Coef. De Prevalência: 10.000 hab
Fonte:SINAN/SVS-MS dados disponíveis em 31/07/2010
11. Municipio CN População Coef. Detecção
Cuiabá 380 550562 69,02
Rondonópolis 203 181904 111,6
Várzea Grande 170 240038 70,82
Alta Floresta 136 51414 264,52
Sinop 108 114053 94,69
Tangara da Serra 99 81957 120,8
Mato Grosso 2686 3001725 89,52
Coef. Detecção Geral Principais Municípios
12. Coeficiente de Detecção < 15 anos
Município CN Pop. Residente
Coef. Detec
<15A
Cuiabá 23 134941 17,04
Várzea Grande 11 64939 16,94
Rondonópolis 10 44767 22,34
Alta Floresta 9 13380 67,26
Tangara da Serra 8 21850 36,61
Sinop 1 33864 2,95
Mato Grosso 143 817602 17,49
13. A detecção de casosA detecção de casos
novos de hanseníase emnovos de hanseníase em
menores de 15 anos foimenores de 15 anos foi
adotada como principaladotada como principal
indicador deindicador de
monitoramento damonitoramento da
endemia, com meta deendemia, com meta de
redução estabelecida emredução estabelecida em
10%, de 2008 a 2011 e10%, de 2008 a 2011 e
está inserida noestá inserida no
Programa Mais Saúde:Programa Mais Saúde:
Direitos deDireitos de
Todos/Programa deTodos/Programa de
Aceleração doAceleração do
Crescimento (Brasil,Crescimento (Brasil,
2008).2008).
14. A campanha de informação de
massa sobre hanseníase nos
países endêmicos, é tão
imprescindível para a
eliminação da doença quanto
a própria poliquimioterapia.
As doses se completam.
Qualquer programa de combate
à hanseníase que não inclua
campanha informativa a
população é paliativa e
incompleta, é ineficaz.
Francisco Augusto Vieira Nunes(Bacurau)
15. Número de casos novos de hanseníase diagnosticados segundo distribuição
de grau de incapacidade Física, e percentual de avaliados e grau 2 segundo
UF de residência e Região Brasil – 2009 (Pacto 92%)
UF de
Residência
Grau Zero Grau 1 Grau 2 % Grau 2 %
Avaliados
Região
Centro
Oeste 3.923 1.251 290 5,3 88,8
Mato Grosso
do Sul 307 185 33 6,3 79,7
Mato Grosso 1707 524 101 4,3 86,8
Goias 1778 472 127 5,3 92,7
Distrito
Federal 131 70 29 12,6 93,9
Brasil 23.180 7.986 2.436 7,2 89,3
16. Apertar a mão que perdeu oApertar a mão que perdeu o
dedo nadedo na guerra é umaguerra é uma
coisa; apertar a mão quecoisa; apertar a mão que
perdeu o dedo porperdeu o dedo por causacausa
de umade uma doença contagiosadoença contagiosa
é outra coisa, a mão de umé outra coisa, a mão de um
“guerreiro”“guerreiro” é diferente daé diferente da
mão de ummão de um “leproso”,“leproso”,
mesmo que o trauma físicomesmo que o trauma físico
seja igual.seja igual.
Algumas dessas agressõesAlgumas dessas agressões
físicas atingem tanto asfísicas atingem tanto as
outras dimensões que, emoutras dimensões que, em
alguns casos, causamalguns casos, causam
mais danos a estasmais danos a estas.Francisco Augusto Vieira Nunes(Bacurau)
17. Número absoluto de contatos dos casos novos de hanseníase, registrados,
examinados e percentual segundo UF de residência e Região, Brasil – 2009
(Pacto 80%)
UF Residência
Contato
Registrado
Contato
Examinado
% Contatos
Examinados
Região Centro
Oeste
19.173 12.408
64,7
Mato Grosso
do Sul
2.237 1.361
60,8
Mato Grosso
8.421 5.628 66,8
Goias
7.769 4.897 63,0
Distrito Federal
746 522 70,0
Brasil 134.335 80.319 59,8
18. Existe uma grande massa deExiste uma grande massa de
doentes ocultosdoentes ocultos, imersos na, imersos na
multidão que vêm à tonamultidão que vêm à tona
quase por acasoquase por acaso. Não é à toa. Não é à toa
que a grande maioria dosque a grande maioria dos
doentes conhecidos sódoentes conhecidos só foramforam
diagnosticadosdiagnosticados com acom a doençadoença
polarizadapolarizada. O que significa que. O que significa que
já estava doentes alimentandojá estava doentes alimentando
assim a endemia.assim a endemia. Nada ouNada ou
pouco se faz para provocar apouco se faz para provocar a
demanda da doençademanda da doença.
Francisco Augusto Vieira Nunes(Bacurau)
19. Do jeito que estáDo jeito que está, nós, nós
estamos apenas podando,estamos apenas podando,
aparando os seus galhosaparando os seus galhos,,
deixando odeixando o troco geradortroco gerador,,
que são osque são os doentes nãodoentes não
diagnosticadosdiagnosticados e nãoe não
tratados,tratados, ocultos naocultos na
multidãomultidão. O que fazer para. O que fazer para
arrancar essesarrancar esses “tronco”“tronco”
que gera vida tão danosa?que gera vida tão danosa?
Temos que seguir oTemos que seguir o
óbvio.Emóbvio.Em primeiro lugarprimeiro lugar,,
temos que admitir quetemos que admitir que
quem pegaquem pega a hanseníasea hanseníase
sãosão pessoas humanaspessoas humanas
igualzinhas a nósigualzinhas a nós.Francisco Augusto Vieira
Nunes(Bacurau)
20. Número e percentual de cura nas coortes de casos novos de
hanseníase por UF de residência e Região (Pacto 84%)
UF Residência atual Atual % CURA PB+MB
Região Centro Oeste 80,2
Mato Grosso do Sul 85,6
Mato Grosso 82,6
Goias 76,2
Distrito Federal 83,4
Brasil 82,1
Legenda: Precário < 75,0%
Regular 75,0 a 89,9%
Bom ≥ 90,0%
21. A HANSENÍASE TEM CURA !!!A HANSENÍASE TEM CURA !!!
Esta é uma das maisEsta é uma das mais
importantes e espetacularesimportantes e espetaculares
manchetes domanchetes do século XX.século XX. ÉÉ
uma pena que tão poucasuma pena que tão poucas
pessoas saibam disso.pessoas saibam disso.
Inclusive a grande maioria dosInclusive a grande maioria dos
pacientes, porque nem sabempacientes, porque nem sabem
que estão doentesque estão doentes..
Eu sei que é difícil eliminar aEu sei que é difícil eliminar a
hanseníasehanseníase. Mas temos que. Mas temos que
sonhar ( só os seres humanossonhar ( só os seres humanos
sonham!)Até porque, se fossesonham!)Até porque, se fosse
fácil, outros já teriamfácil, outros já teriam
conseguido.conseguido.
Francisco Augusto Vieira
Nunes(Bacurau)
22. Dificuldades
Alta Rotatividade de profissionais.
Recursos humanos insuficientes para realização das atividades de capacitação,
supervisão, monitoramento das ações de controle da hanseníase.
Falta de compromisso de alguns gestores municipais no planejamento e apoio para
execução das ações de controle e eliminação da hanseníase, verificado pela baixa
resolutividade dos problemas.
Dificuldade no envolvimento dos profissionais da Atenção Básica para realização
do diagnostico, da avaliação das funções neurais, e da priorização das visitas
domiciliares para exame de contatos.
Garantia de cirurgia e reabilitação de todos os casos com Incapacidades Físicas
registrados.
23. Facilidades
Supervisão sistemática das regionais e
municípios prioritários.
Apoio da ONG DAHW.
Integração entre a Assistência Farmacêutica, as
Regionais de Saúde e a Coordenação Estadual.
Serviços de Reabilitação (CRIDAC) e Sapataria
(DAHW) já descentralizados.
24. Avanços
1. Realização da Mobilização em comemoração ao Dia Mundial de Combate
à Hanseníase;
2. Execução das Capacitações e cumprimento das ações programadas no
PTM;
3. Fortalecimento de parcerias com Empresas Publica e Privadas;
4. Comunicação com os ERS;
5. A implantação definitiva em Rede das planilhas de medicamentos nos 16
ERS;
6. Melhora significativa dos Indicadores Pactuados no Agravo;
7. Realização dos Cursos de Multiplicadores em PI e Implantação de
Cirurgias de Hanseníase;
25. Desafios
1. Manter as políticas de ações voltadas à prevenção, promoção, detecção e
tratamento da doença;
2. Garantir junto ao Ministério a regularização de medicamentos para
tratamentos e Estados Reacionais;
3. Atingir 100% dos ERS e Municípios capacitados com o Curso:
Atualizações das Ações de Controle de Hanseníase e Curso de
Multiplicadores em PI;
4. Garantir com a implantação das 9 equipes treinadas em Cirurgia de
Reabilitação uma Assistência Integral aos pacientes portadores de
Hanseníase;
5. Realizar a II Oficina de Atualização terapêutica e avaliação/implantação
da planilha de medicamentos hanseníase e tuberculose com os ERS.
26.
27. Sou um só, mas
ainda assim sou
um. Não posso
fazer tudo, mas
posso fazer alguma
coisa. Por não
poder fazer
tudo não me
recusarei a fazer o
pouco que posso.