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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA – UNIFOR-MG 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SAÚDE 
LAÍS OLÍMPIA LUCAS 
MICHELLE CRISTINA DE ANDRADE 
PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA EM POPULAÇÃO MASCULINA NO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ-MG 
FORMIGA - MG 
2011
LAÍS OLIMPIA LUCAS 
MICHELLE CRISTINA DE ANDRADE 
PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA EM POPULAÇÃO MASCULINA NO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ-MG 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciências Humanas e Saúde do UNIFOR-MG, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem. 
Orientadora: Profª. Dra. Vilma Elenice Contatto Rossi. 
FORMIGA - MG 
2011
Laís Olímpia Lucas 
Michelle Cristina de Andrade 
PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS DA HIPERPLASIA PRÓSTATICA BENIGNA EM POPULAÇÃO MASCULINA NO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ-MG 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciências Humanas e Saúde do UNIFOR-MG, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem. 
BANCA EXAMINADORA 
____________________________________________________ 
Profª. Drª. Vilma Elenice Contatto Rossi 
Orientadora 
__________________________________________________ 
Profª. 
___________________________________________________ 
Profº. 
Formiga, de dezembro de 2011.
“Dedicamos este trabalho á Deus pela oportunidade concedida. 
Aos nossos pais, amigos e familiares pelo apoio prestado, 
e a todas as equipes do Programa Saúde da Família do 
Município de Bambuí-MG, pela compreensão, carinho 
e respeito, esta conquista também é de vocês”.
AGRADECIMENTOS 
“A todos os participantes deste trabalho, que colaboraram para a sua existência, em especial a nossa Orientadora Profª. Draª. Vilma Elenice Contatto Rossi, que se dedicou horas em prol deste trabalho. Aos nossos professores Dr.Willian Freitas de Carvalho, Ana Dalva Costa e ao nosso amigo Edson Arlindo Silva pelo incentivo à pesquisa.”
EPÍGRAFE 
“A procura da verdade é difícil e é fácil, já que ninguém poderá desvendá-la por completo ou ignorá-la inteiramente. Contudo, cada um de nós poderá acrescentar um pouco do nosso conhecimento sobre a natureza e, disto, certa grandeza emergirá.” 
(Aristóteles, 350 A.C.)
RESUMO 
A Hiperplasia Prostática Benigna - HPB é uma doença que se caracteriza por uma etiologia ainda desconhecida na área da saúde, porém causada pelo aumento do tamanho da próstata, onde o mesmo comprime a uretra. Esta doença apresenta alguns sintomas miccionais que muitas vezes passa despercebido pelos homens. A HPB acomete frequentemente os homens com mais de 40 anos, ou seja, a sua ocorrência aumenta no decorrer da idade, estudos mostram que se um homem viver ate os oitenta anos de idade terá 80% de chance de desenvolver a HPB. O Ministério da Saúde iniciou o programa de política de Saúde do Homem, o qual visa à integração da população masculina a ter mais acesso aos serviços de saúde, a fim de estimular o diagnóstico precoce para a detecção das doenças prostáticas*. Este estudo objetiva levantar a percepção dos sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna em população masculina no Município de Bambuí-MG no qual visa identificar a frequência dos usuários na unidade de saúde,os principais sintomas prostáticos apresentados pela população de estudo,e identificar os medos,anseios,e as dificuldades de procurarem uma unidade de saúde. Diante de tal abordagem evidencia-se que a falta de incentivos à promoção de saúde e os fatores relacionados ao senso comum, ainda mostram vestígios do preconceito pelo toque retal por esta clientela dentre outros exames, mas também denota que a população vem freqüentando as Unidades Básicas de Saúde, desmitificando as crenças e fazendo surgir uma nova proposta como promover a saúde a homem. 
Palavras-Chave: Hiperplasia Prostática Benigna. Saúde do Homem. Promoção de Saúde.
ABSTRACT 
The Hyperplasia Prostate Benign – HPB is a disease characterized by an unknown etiology yet in the health area, however, caused by the prostate size enlarging, where the same compresses the urethra. This disease shows some voiding symptoms that many times goes unnoticed by the men. The HPB often attacks the men with more than forty years, in other words, its occurrence grows over the age, studies show that if a man lives until his 80 years old, he’ll have 80% of chance of developing the HPB. The health ministry began the politics program for the health of human, which aims the joining male population to have more access to the health service, with the aim of stimulating the precocious diagnostic for detection of prostate’s diseases.This study aims to raise the perception of the symptoms of the HPB in the male population in the municipal district of Bambui- MG which aims to identify the frequency of the usuaries of the health unity, the main symptoms prostate’s showed by the population of study, and identify the fears, logings and difficulties of looking for a health unity. From all that approach, it evidences that the lack of incentives to a health promotion and the factors related of common sense, still shows vestiges of bias from the rectal examination for this customer, among other exams, but also denotes that the population has been frequenting the basic heath unities, taking out the mystery of the beliefs and making appear a new proposal how to promote the man health. 
Key-Words: Hyperplasia Prostate Benign. Man health. Health Promote.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
AVC Acidente Vascular Cerebral 
CEMIG Companhia de Energia Elétrica de Minas Gerais 
CNS Conselho Nacional de Saúde 
COPASA Companhia de Saneamento 
DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica 
ESF Estratégia de Saúde da Família 
FHEMIG Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais 
HPB Hiperplasia Prostática Benigna 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
INCA Instituto Nacional do Câncer 
IPSS International Prostatic Symptom Score 
PACS Programa de Agentes Comunitários de Saúde 
PSA Prostate Specific Antigen (Antígeno Prostático Específico) 
SBU Sociedade Brasileira de Urologia 
SUS Sistema Único de Saúde 
UBS Unidade Básica de Saúde
LISTAS DE TABELAS 
Tabela 1 – Distribuição da amostra ........................................................................... 31 
Tabela 2 – Grau de escolaridade dos participantes no estudo ................................. 34 
Tabela 3 – Distribuição dos entrevistados por faixa etária ........................................ 35
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Gráfico 1 – Sensação de não esvaziar a bexiga completamente .............................. 40 
Gráfico 2 – Necessidade de ir ao banheiro em menos de 2 horas ............................ 42 
Gráfico 3 – Interrupção do jato de urina na micção ................................................... 43 
Gráfico 4 – Dificuldade em controlar a vontade de urinar ......................................... 44 
Gráfico 5 – Quantidade de jato urinário fraco nos últimos meses ............................. 45 
Gráfico 6 – Necessidade de fazer força para urinar,com presença de dor ............... 46 
Gráfico 7 – Necessidade de levantar a noite para urinar .......................................... 47
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13 
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 15 
2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 15 
2.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 15 
3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 16 
3.1 Aparelho reprodutor masculino: a função da próstata ................................... 16 
3.2 Hiperplasia prostática benigna: a restrição cultural e os fatores de risco ...... 17 
3.3 A política da saúde do homem no contexto da equipe de saúde da família .. 20 
3.4 A saúde do homem no município de Bambuí-MG ......................................... 22 
3.5 As principais doenças prostáticas que acometem o homem ......................... 23 
3.6 Neoplasia prostática: um vilão na saúde do homem...................................... 24 
3.7 Prostatite aguda ............................................................................................. 25 
3.8 Prostatite crônica ........................................................................................... 25 
3.9 Hiperplasia prostática benigna (HPB) ............................................................ 26 
3.10 Exames que auxiliam no diagnóstico ............................................................. 27 
3.10.1 Toque retal ..................................................................................................... 27 
3.10.2 Ultrassonografia transretal ............................................................................. 27 
3.10.3 PSA (Antígeno Prostático Específico) ............................................................ 28 
4 RECURSOS E MÉTODOS ............................................................................ 29 
4.1 Tipo de pesquisa ........................................................................................... 29 
4.2 Caracterização do campo de estudo ............................................................. 29 
4.3 Teste piloto .................................................................................................... 30 
4.4 População de estudo ..................................................................................... 30 
4.5 Coleta de dados ............................................................................................. 31 
4.6 Análise e interpretação dos dados ................................................................. 32 
4.7 Cuidados éticos ............................................................................................. 32 
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 34 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 48 
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 50 
APÊNDICE A – Questionário estruturado ...................................................... 54 
APÊNDICE B – Protocolo de enfermagem de atendimento ao homem na atenção básica ................................................................. 57
ANEXO A – Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) ................ 83 
ANEXO B – Parecer Consubstanciado ......................................................... 84
13 
1 INTRODUÇÃO 
A saúde do homem é um tema pouco difundido na área da saúde. Devido à elevada incidência de neoplasia prostática, atualmente o Ministério da Saúde iniciou o programa de política de saúde do homem, o qual visa à integração da população masculina a ter mais acesso aos serviços de saúde, a fim de estimular o diagnóstico precoce para a detecção das doenças. 
Ao longo da história, a sociedade preconiza o homem como uma figura autônoma, de caráter de liderança postulado no papel principal de “chefe de família”, provedor do qual o grupo familiar, que recebe a responsabilidade perante sua prole. Desde a Antiguidade o homem passa por processos culturais, tendo como primórdios o sustento e o bem estar da família. Assim, desde o seu nascimento e intimamente relacionado ao seu amadurecimento, a função que a maioria dos homens concebe ao conhecimento relacionado aos órgãos genitais é apenas por prazer e reprodução. Além das descobertas adquiridas na adolescência referente à função genital, desconhecendo por completo as funções de outras estruturas do aparelho reprodutor masculino. Mas, por volta dos 40 anos, a próstata começa a aumentar de tamanho, interferindo na qualidade de vida da população masculina. 
Existem alguns fatores que interferem na saúde do homem e, dentre outras patologias, destaca-se a neoplasia prostática, e a hiperplasia prostática benigna – HPB, que será enfocada, no presente estudo. 
A hiperplasia prostática benigna caracteriza-se por uma etiologia ainda desconhecida na área da saúde, decorrente da influência de vários fatores que predispõem a doença. Além da escassez de uma política preventiva e contínua na saúde do homem, da falta de incentivos à promoção de saúde e dos fatores relacionados ao senso comum, estabelecendo preconceitos pela própria classe masculina referentes ao exame de próstata. 
Segundo Dornas; Damião e Carrerette (2010) “a HPB é uma alteração que acomete a próstata do homem adulto. Se um homem viver até os oitenta anos, ele terá a probabilidade de cerca de 80% de desenvolver esta doença”. 
O conflito insere no contexto da escassez da população masculina, ao procurar os serviços de saúde para buscar soluções para o tratamento da HPB, sendo na maioria das vezes confundida com patologias do sistema urinário, tais como infecções de urina, cálculos na bexiga e sangramentos.
14 
Este estudo objetiva levantar questões referentes aos sinais e sintomas da HPB promovendo a saúde do homem e sua conscientização ao entrar em uma unidade de saúde. Nesse sentido, o estudo proposto busca contribuir para que a difusão da informação sobre a HPB possa chegar com precisão à população masculina, acima de 40 anos, no município de Bambuí, Estado de Minas Gerais.
15 
2 OBJETIVOS 
2.1 Objetivo geral 
Identificar a percepção que a população masculina do município de Bambuí- MG tem sobre os principais sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna. 
2.2 Objetivos específicos 
Identificar a frequência com que os homens de 40 anos ou mais procuram a unidade por questões urinárias. Identificar os principais sintomas da HPB apresentados por esta população. Identificar anseios, medos, “tabus”, e as dificuldades de procurar uma unidade básica de saúde.
16 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
A revisão de literatura realizada corresponde a discussões envolvendo conceitos e teorias a respeito do “Aparelho Reprodutor Masculino”, da “Hiperplasia Prostática Benigna” e da “Política da Saúde”. Pensadas de maneira conjunta, essas temáticas teórico-conceituais possibilitaram a organização do aporte teórico que orientou a inserção das pesquisadoras no trabalho de campo. 
3.1 Aparelho reprodutor masculino: a função da próstata 
O aparelho reprodutor masculino é constituído de várias estruturas que tem por função principal a excreção de líquidos e a reprodução, estabelecendo a continuidade da vida. É constituído de estruturas adjacentes tais como; pênis, a glande, vesículas seminais, corpos cavernosos e esponjosos, próstata, bexiga, ureteres, e uretra, ducto deferente e ejaculatório, epidídimo, glândulas bulbo uretrais, escroto e testículos. 
Segundo o Instituto Nacional do Câncer-INCA (2011), a próstata caracteriza- se por uma glândula do aparelho reprodutor masculino situada, perto das vesículas seminais e abaixo da bexiga e á frente do reto. No seu interior os canais deferentes saem na uretra. Produz um líquido que protege, alimenta e facilita a movimentação dos espermatozóides, denominado de líquido prostático, do qual compõe a composição do sêmen ou esperma, de aspecto espesso e coloração branca eliminado durante a ejaculação através da uretra, liberado durante o ato sexual. 
Ao se posicionar sobre tal assunto, Guyton (1988, p. 498) relata que 
[...] por meio dos reflexos neurais, iniciados na glande do pênis, passam para a medula espinhal, retornando para os órgãos sexuais gerando a ereção do pênis, secreção de muco pelas glândulas associadas, para efeitos de lubrificação e emissão e ejaculação, que ocorrem no instante de excitação sexual máximo definido o período do orgasmo masculino. 
Seguindo a mesma linha de raciocínio a respeito das especificidades do aparelho reprodutor masculino, Dângelo e Fattini (2000, p. 146) complementam tal idéia apontando que a
17 
Próstata é definida como um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda sua extensão pela uretra. Consiste principalmente de musculatura lisa e tecido fibroso, mas contém também glândulas. A secreção desta junta-se á secreção das vesículas seminais para constituir o volume do líquido seminal. A secreção das glândulas prostáticas é lançada diretamente na porção prostática da uretra através de numerosos dúctulos prostáticos não visíveis macroscopicamente e confere odor característico ao sêmen. 
A secreção da próstata é específica. Ela atua como um lubrificante, e transporta os espermatozóides até o exterior do canal urinário. 
3.2 Hiperplasia prostática benigna: a restrição cultural e os fatores de risco 
A HPB caracteriza-se em uma patologia que induz o aumento da próstata. As causas propostas atualmente permanecem desconhecidas, estabelecendo a variante de que a sua patogênese decorre com o aumento da faixa etária acima dos 40 anos. 
Dados estatísticos da Sociedade Brasileira de Urologia – SBU (2011, p. 1) apontam que cerca de 30 % dos homens sofrem de distúrbios da próstata após 50 anos e entre 60 a 80 anos, 80% a 90% dos homens estão propensos a uma hipertrofia ou uma hiperplasia prostática benigna, o que equivale 14 milhões de brasileiros. 
Através destes dados de tão elevada freqüência, nota-se que a doença ocorre devido o aumento da expectativa de vida. Por volta dos 40 anos de idade, aproximadamente 15% - 20% dos homens apresentam HPB (SBU, 2010). 
Embora não seja uma moléstia de cunho tão agressivo quanto o câncer de próstata e sua etiologia possui apenas fatores relacionados a alterações hormonais e estilos de vida, a HPB promove na sua evolução clínica da doença transtornos que comprometem a qualidade de vida do homem. Segundo a (SBU, 2003): “Um em cada seis brasileiros sofre de câncer de próstata e nem sabe disso”. 
Os diagnósticos de ambas as patologias podem estar relacionados, pois os sintomas são semelhantes e definindo-se a hiperplasia prostática benigna é caracterizada por um aumento no volume da próstata benigno e o câncer de próstata, maligno. Conforme afirma Srougi (2008, p. 1): 
[...] a próstata é uma glândula de importante função na fase reprodutiva do homem, porém, perde esse papel biológico quando o homem se torna
18 
maduro. A partir desse momento, a próstata pode sofrer um aumento benigno – HPB – ou maligno – câncer. 
A HPB prejudica a qualidade de vida do homem, além do constrangimento e o desconforto presentes na sua sintomatologia. Segundo o Ministério da Saúde, Brasil (2007): 
[...] Os principais sintomas da HBP são: jato urinário fraco, jato interrompido, aumento da freqüência das micções com eliminação de pequenos volumes de urina durante o dia e a noite, urgência para urinar com perda, ocasionalmente, de urina na roupa. Estes sintomas podem ocorrer isoladamente ou em conjunto e podem ser leves, moderados ou severos. O diagnóstico baseia-se nos sintomas, em exames de laboratório (urina, PSA etc.), toque retal, ultra-sonografia da próstata, endoscopia urinária e urodinâmica. 
A sociedade ao longo dos tempos preconiza o homem como uma figura autônoma, de caráter de liderança postulado no papel principal “chefe de família” de caráter provedor do qual no grupo familiar compete à responsabilidade perante sua prole, culturalmente como afirma Ramos (2000) “ele procura sua autenticidade visando conquistar sua masculinidade”. 
Segundo Damatta1 (1997) apud Tofani e Vaz2 (2007) “[...] aponta que a construção da masculinidade é atravessada por pontos carregados de inseguranças provocadas principalmente pelo medo do homossexualismo e da impotência”. 
Segundo Gomes3 (2003) apud Tofani e Vaz (2007); “A sexualidade masculina,quando não devidamente abordada, pode comprometer a saúde do homem, revelando dificuldades, principalmente em relação à promoção de medidas preventivas”. 
Tais dificuldades definem-se em falta de tempo, vergonha de estar diante a um profissional de saúde, ou proveniente do custo com o tratamento. Gomes, Nascimento & Araújo (2006) ressaltam que: 
[...] o homem procura o serviço de saúde somente quando busca ajuda para a cura de um mal que aflige. Isso, em geral, ocorre por dois motivos: quando a dor se torna insuportável e quando há uma impossibilidade de trabalhar. 
1 DAMATTA, R. Tem pente aí? Reflexões sobre a identidade masculina. In D. Caldas (Ed.) Homens (p. 31-49). São Paulo, Brasil: Senac, 1997. 
2 TOFANI, A. C. A; VAZ, C. E. Câncer de próstata, Sentimento de Impotência e Fracassos ante aos Cartões do IV e VI do Rorscharch. Revista Interamericana de Psicologia. Porto Alegre, v. 41, n. 2, p 197-204, 2007. 
3 GOMES, R; REBELLO, L. E. F. S; ARAUJO, F. C; NASCIMENTO, E. F. Câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro.
19 
Estas atitudes incluem, mas uma lacuna a preencher referente à saúde do homem que psicologicamente ao longo da história por motivos culturais adota uma postura de restrição ao procurar uma unidade de saúde. 
Dados do Ministério da Saúde (2007) mostram que em enquanto 16,7 milhões de mulheres foram ao ginecologista, apenas 2,7 milhões de homens foram ao urologista. 
Segundo Pereira, (2009, p.1); 
Estudos demonstram que a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada. Em decorrência desses agravos, o ministro da saúde José Gomes Temporão, lançou como uma de suas prioridades a nova Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem a ser implementada no Sistema Único de Saúde, esta por sua vez, vai muito além da prevenção do câncer de próstata e exige mudanças culturais que incluam o repensar das relações de gênero. 
Segundo Gomes e Nascimento (2006), a restrição do homem ao procurar um serviço de saúde está relacionada a ideologias e preconceitos, do qual gera uma restrição ao procurar uma unidade de saúde e indiretamente afetando a mulher, decorrente dos riscos impostos por doenças sexualmente transmissíveis provenientes da escassez da população masculina para uma eventual promoção. 
Além disso, a não procura para o tratamento pode implicar riscos à saúde do homem; 
[...] Se a hiperplasia benigna da próstata não for tratada, o aumento do volume da próstata pode abrir espaço para uma série de problemas, como retenção urinária, presença de cálculos na bexiga, infecções urinária de repetição, sangramento (SBU, 2010, p.2). 
Existe também outra correlação que afirma que hábitos alimentares inadequados e alterações hormonais podem desencadear uma hiperplasia prostática benigna ou câncer de próstata como afirma Tofani e Vaz (2007) apud Gomes4 (2003). 
Segundo Souza, (2005, p.19) a alimentação também ganha um importante impulso presente; 
[...] duas recentes revisões de alimentação e políticas de nutrição concluíram que um alto consumo energético, excessivo de carne vermelha 
4 GOMES, R; REBELLO, L. E. F. S; ARAÚJO, F. C; NASCIMENTO, E. F. Câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 1-20, Jan/Fev 2008.
20 
e gordura de origem animal, bem como as aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, podem aumentar o risco de câncer de próstata ou uma hiperplasia prostática benigna. 
Também estudos da biologia da próstata sugerem que a diidrotestosterona, substância convertida do hormônio testosterona promove o crescimento tumoral maligno e benigno da próstata. (SOUSA, 2005) 
Conhecendo o percurso natural da doença, tem-se em mente que a HPB apresenta uma ampla linha de fatores que diversificam os riscos para a sua evolução, tais como idade avançada, antecedentes familiares, alterações no funcionamento dos testículos, além de fatores psicológicos e emocionais que interferem na saúde do homem ao procurar um serviço de saúde para a realização de exames. 
3.3 A política da saúde do homem no contexto da equipe de saúde da família 
A necessidade de realizar uma política de saúde abrangente é enorme, não somente para tratar patologias relacionadas ao sistema urinário do trato inferior em indivíduos do sexo masculino, mas também de ações de prevenção e promoção relacionadas a outras patologias que correlacionam tais como; Acidente Vascular Cerebral (AVC), neoplasias, pneumonias, Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC). Futuramente a desencadear doenças crônicas e degenerativas, sendo um primórdio não muito distante um grande desafio para a área de saúde. 
Como acrescenta Brasil (2006) apud Maciel5 (2009, p. 14); 
[...] visando implementar tais princípios, foi criado, em 1994, o Programa de Saúde da Família, incorporando e ampliando o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), existente desde o início da década de 90. No ano de 1999, ele passa a ser denominado Estratégia de Saúde da Família ESF, e traduz a concretização de uma iniciativa de saúde na mais nova forma de organização da atenção básica. 
A saúde pública brasileira ganhou novos rumos e paradigmas à atenção básica de saúde tendo como reflexo aos tempos extintos, do qual o médico estabelecia atendimento domiciliar aderindo a uma forma atual é de atendimento diferenciado focando atenção domiciliar. 
5 MACIEL, P. S. O homem na Estratégia da Saúde da Família. Dissertação de Mestrado. Natal. RN. 2009.
21 
“O momento atual já consegue desvencilhar-se mais da prática do PSF e enxergar para além da unidade de saúde e equipe básica e questionar alguns dos princípios que fizeram parte da implantação. As discussões contam com a possibilidade da expansão da equipe básica, o redimensionamento das áreas, a consolidação dos vínculos empregatícios, a reestruturação do papel dos agentes comunitários, o sofrimento de cuidadores em seus processos de trabalho, a multidisciplinaridade, a defesa do controle social, a organização do acesso e a humanização da atenção, o levantamento de novas prioridades e a necessidade de capacitações constantes em programas de educação continuada”. (MANO, 2004) 
Porém sua abrangência ainda não adotou um atendimento em ampla escala. Como afirma Furtado, (2009, p. 715); 
[...] Afinal, as complexidades das iniciativas que enfrentam problemas sociais e de saúde requerem, para sua abordagem, muito mais profundidade que o senso comum poderia oferecer e a consideração de muito mais aspectos do que a avaliação para o controle seria capaz de permitir. 
A política Nacional de Saúde do homem visa ações a serem desempenhadas em 2011 do qual tem como objetivo principal o acesso da população masculina aos serviços públicos de saúde (UNIVIÇOSA, 2011) 
[...] lançada em 2009, essa política prevê o aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde por procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como vasectomia, e a ampliação em até 20% no número de ultra-sonografias de próstata. Por meio dessa iniciativa, o governo federal quer que, pelo menos, 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano. Além de criar mecanismos para melhorar a assistência oferecida a essa população, a meta é promover uma mudança cultural. 
Contribuindo para a assistência de uma forma ampla na saúde abordando de uma forma nunca vista, estabelecendo o conceito de prevenção e incentivo atribuindo características importantes para a evolução nos diagnósticos e intervenções a fim de reduzir o número de óbitos. 
Pressupõe em uma alternativa eficaz para a promoção da saúde masculina a desmistificar a realidade inserida e influenciar a inserção do homem no contexto do serviço da saúde. Além de idealizar uma metodologia específica para o desenvolvimento da pesquisa, provenientes de recursos e métodos empregados na população do sexo masculino.
22 
3.4 A saúde do homem no município de Bambuí-MG 
No contexto da Estratégia de Saúde da Família (ESF) percebe-se a evidência da escassez da população masculina ao procurar os serviços de saúde. Além de serem perceptíveis os anseios, medos, tabus desta amostra ao estarem diante de um profissional de saúde. 
O homem por si só define-se em um ser carregado de obrigações do cotidiano, porém sua essência provê em bases inconstantes que percorre em revezes na sua interioridade, sendo uma população que raramente procura os serviços de saúde e quando procuram, na maioria das vezes em estado de saúde já debilitado. 
Como salienta Pereira6, [2010?] apud Temporão (2009); 
Essa política parte da constatação de que os homens, por uma série de questões culturais e educacionais, só procuram o serviço de saúde quando perderam sua capacidade de trabalho. Com isso, perde-se um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações limite. Em geral, os homens têm medo de descobrir que estão doentes e acham que nunca vão adoecer, por isso não se cuidam. Não procuram os serviços de saúde e são menos sensíveis às políticas. Isso coloca um desafio ao SUS, já que vai exigir do sistema mudanças estruturais para que o sistema esteja mais sensível, inclusive com o treinamento de profissionais para que olhem de forma mais atenta a essa população. 
Tal fato estabelece a premissa de que embora com a evolução da medicina, e a ampliação do conceito de saúde em suas vertentes, infelizmente a saúde do homem enfrenta um caos que por meio de verbas necessita de uma gestão que urge ser revigorada através de novas estratégias para direcionar as bases deste serviço, como acrescenta Figueiredo (2004, p. 109); 
O desafio lançado para as UBS é estudar o desenvolvimento de trabalhos voltados para os homens em uma perspectiva de gênero. Somente desta forma será possível aumentar a visibilidade das necessidades específicas da população masculina, compreendida em um contexto sociocultural, a partir de ações mais efetivas para o cuidado de saúde. 
6 PEREIRA, A. K. D. Saúde do Homem: Até onde a masculinidade Interfere. Paraíba. Universidade Estadual da Paraíba-UEPB. 2009. II Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais, Culturas, leituras e representações.
23 
Quando se aplica o conceito de gênero cabe a nós profissionais de saúde, abordar de uma maneira distinta as relações entre masculino e o feminino, visando não sensibilizar o homem tratando de uma forma na qual o mesmo se sinta feminilizado. 
Durante as aplicações dos questionários onde foi exposto o tema, observa-se que na amostra analisada, a maioria não adere a uma qualidade de vida saudável, tais medidas incluem como a prática de uma alimentação adequada, a restrição ao consumo de álcool, a procura de meios de controle, detecção e promoção perante a prevenção das doenças prostáticas. 
Outro fator clímax de tal situação está relacionado às unidades Básicas de Saúde, falta à capacitação de uma mão de obra qualificada que vise o aprimoramento e treinamento específico para abranger esta clientela e, além disso, ações que possamos adequar e atender esta parcela da população visto que por questões de trabalho muitos dos homens deixam de freqüentar a unidade em busca de tratamento. 
De acordo com Figueiredo (2005), nota-se que na atenção primária a demanda dos homens por atendimento é inferior à das mulheres, devido a diferentes variáveis, dentre elas, aponta a prevalência masculina na procura de serviços emergenciais, tais como farmácias e pronto-socorro, pois nestes serviços poderiam expor melhores seus problemas e serem atendidos mais rapidamente. 
Realidade inserida não somente em um município, mas de âmbito em todo território nacional. 
Outro aspecto definido é o déficit de conhecimento referente à Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) do quais muitos dos homens desconhecem sua evolução e sintomatologia e primordialmente surge o preconceito perante a realização de exames. 
3.5 As principais doenças prostáticas que acometem o homem 
Em se tratando de patologias que comprometem a saúde do homem seria inútil descrever a etiologia de tais moléstias, pois a gama de fatores que influência na sua causa possui significado muito amplo, porém para delimitar tal assunto a seguir esta a definição das principais doenças prostáticas.
24 
3.6 Neoplasia prostática: um vilão na saúde do homem 
As doenças da próstata na população masculina podem ser consideradas como um problema de saúde pública, pois interferem diretamente na qualidade de vida do homem. 
Pois parte da incidência das neoplasias prostáticas poderiam ser remediadas e evitadas através de um simples ato, a prevenção, mas antes de tudo, é de fundamental primórdio, fomentar recursos e estabelecer parcerias que viabilizem este processo. 
Segundo o INCA- Instituto Nacional do Câncer (2000), a neoplasia prostática é mais frequente no sexo masculino, representando 30% dos casos identificados. No Brasil, INCA (2000), foram diagnosticados cerca de 18,49% novos casos por 100.000 habitantes.E percebe-se ao longo dos anos o aumento abrupto de novos casos. 
Segundo o INCA-Instituto Nacional de Câncer (2010, p. 24); 
“No Brasil, as estimativas, para o ano de 2010, serão válidas também para o ano de 2011, e apontam para a ocorrência de 489.270 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e do colo do útero no sexo feminino, acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada para a América Latina. Em 2010, são esperados 236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para sexo feminino. Estima-se que o câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (52 mil), mama feminina (49 mil), cólon e reto (28 mil), pulmão (28 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (18 mil)”. 
Infelizmente a cada ano os números de neoplasias aumentam de forma discrepante isto mostra o valor que deve ser enfatizando em programas de prevenção e promoção na saúde, pois e por intermédio destas ações que juntamente com o sistema de alta complexidade promovem uma ação eficaz no tratamento de muitos indivíduos acometidos. 
Em se tratando da saúde do homem e de importante valia requerer de meios que contribuam para intervir neste processo traçar metas, elaborar cartilhas que oriente esta população dos sintomas de patologias que acometem e mostrar que a saúde é sinônimo, de qualidade de vida, do qual requer meios para estabilizar, tendo cada individuo conscientizar-se que o resultado é satisfatório somente quando ele
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torna um aliado de si mesmo,conhecendo seu organismo e suas alterações que acometem o sistema urinário do homem. Segundo o INCA (2010, p. 25); 
Diante desse cenário, fica clara a necessidade de continuidade em investimentos no desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de atuação, como: na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos humanos, na comunicação e mobilização social, na pesquisa e na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). 
A próstata é um dos órgãos que pode desenvolver tumores cancerosos. Estes usualmente se iniciam na parte externa da glândula e inicialmente podem não bloquear a uretra. Muitos homens com tumores têm, coincidentemente, HBP e são os sintomas desta que levam à descoberta do câncer. 
3.7 Prostatite aguda 
A prostatite é definida como uma inflamação da próstata do qual o seu estado pode ser tornar agudo ou crônico. Sua etiologia pode ser de causa bacteriana fato comum nas prostatites agudas. Filho, (2006, p. 591) define que; 
[...] Os microrganismos chegam á próstata por meio de refluxo intraprostático de urina infectada ou, ocasionalmente, por via linfática ou hematogênica a partir de focos de infecção distantes. 
Os principais sintomas da prostatite são febre, calafrios, dor perineal, dificuldade e ardência ao urinar. O tratamento é feito com antibióticos específicos e a cura é quase sempre obtida (CAIRES e ARAÚJO, 2007, p.14). 
3.8 Prostatite crônica 
As prostatites crônicas decorrem de uma infecção do qual possui um difícil diagnóstico e tratamento os sintomas são similares ao da prostatite aguda, porém não apresenta febre. O tratamento é efetuado por meio de antibióticos ou outros medicamentos de suporte. A condição é de difícil tratamento e pode haver a necessidade de massagem prostática (CAIRES e ARAÚJO, 2007, p. 14).
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3.9 Hiperplasia prostática benigna (HPB) 
Definida por outras nomenclaturas tais como hipertrofia prostática, hipertrofia adenomatosa, a Hiperplasia Prostática Benigna- HBP constitui a afecção de próstata de freqüência mais comum. Proveniente de um aumento no volume da próstata, de caráter benigno. Porém de causa etiológica ainda indeterminada. 
A HBP é uma patologia que no decorrer da vida do indivíduo aumenta sua incidência com a idade acometendo homens acima de 40 anos, atingindo cerca de 50% dos homens aos 60 anos e de 90% dos homens entre 70 e 80 anos, (CALVETE; SGROUGI, et al, 2003). 
Para Filho, (2006, p. 594) menciona que; 
Os nódulos hiperplásicos provocam diferentes graus de compressão da uretra prostática ou funcionam como uma valva no orifício uretral interno;consequentemente,causam retenção urinária.A obstrução da uretra determina dificuldade em urinar que se manifesta por um conjunto de sinais e sintomas denominados de prostatismo: aumento da freqüência urinária, noctúria, urgência miccional, jato urinário fraco, hesitação, intermitência, gotejamento urinário, esvaziamento incompleto e micção em dois tempos.A falta de esvaziamento completo da bexiga é fator predisponente importante para infecções urinárias.Em alguns pacientes pode haver retenção urinária aguda necessitando cateterização de urgência,na maioria das vezes causada por aumento súbito da glândula decorrente de edema secundário a infarto prostático. 
A Hiperplasia prostática benigna promove sintomas que prejudicam a qualidade de vida do homem, dentre sua sintomatologia pode ser definida por dois grupos de sintomas, os sintomas obstrutivos e os sintomas irritativos. 
Os sintomas obstrutivos interferem no funcionamento da bexiga eliminação da urina, o qual provoca esforço ao urinar, diminuição do jato urinário, e sensação do não esvaziamento completo da bexiga. 
Os sintomas irritativos provocam dor ao urinar, diversas micções noturnas, micções de urina em pequena quantidade em curto espaço de tempo. 
O diagnóstico baseia-se geralmente nos sintomas e são validados por testes estes incluem exames de laboratório, dentre eles Urina e PSA, o toque retal de fundamental importância para definir o aumento de volume da próstata, e a ultra- sonografia da próstata.
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3.10 Exames que auxiliam no diagnóstico 
Os exames usados atualmente para a detecção precoce do câncer de próstata possibilitam diretamente a detecção mais detalhada podendo contribuir indiretamente para um diagnóstico de uma HPB e outras patologias. 
O rastreamento deve ser feito em todo homem a partir dos 40 anos no qual busca identificar os possíveis fatores de riscos associados tais como; história clínica, antecedentes familiares, dosagem de PSA, Toque Retal e a Ultrassonografia Transretal. 
3.10.1 Toque retal 
O toque retal também denominado de exame digital é uma técnica que consiste na introdução do dedo indicador no ânus do paciente. A fim de verificar possíveis alterações como aumento de tamanho e alterações na consistência da glândula. É uma ferramenta eficaz embora exista o preconceito perante a realização deste exame. Possui um resultado satisfatório em média de 20%, pois alguns tumores não apresentam o marcador sanguíneo (PSA) alterado. (Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, 2011, p. 1). 
Segundo, Amorim, Barros et al, (2011, p. 2), 
[...] O rastreamento do câncer de próstata é realizado por meio do toque retal e da dosagem do Antígeno Específico Prostático (PSA). O toque retal é utilizado para avaliar o tamanho, a forma e a consistência da próstata no sentido de verificar a presença de nódulos, mas sabe-se que este exame apresenta algumas limitações, uma vez que somente possibilita a palpação das porções posterior e lateral da próstata, deixando 40% a 50% dos tumores fora do seu alcance; depende também do treinamento e experiência do examinador e ainda existe a resistência e rejeição de importante dos pacientes em relação a esse tipo de exame. 
3.10.2 Ultrassonografia transretal 
Consiste em um exame de ultrassom feito através do ânus no qual permite visualizar as chamadas áreas hipoecóicas dentro da próstata, típicas das lesões cancerosas. Este exame, falha em 60% a 70% dos pacientes deixando de evidenciar
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tumores que estão presentes ou demonstrando áreas que não são malignas. Por isto, o ultrassom é usado pelos urologistas em alguns casos de dúvida clínica e, principalmente, para orientar a realização de biópsias da próstata. (SGROUGI, 2005, p. 3). 
Segundo Caires e Araújo, (2007, p. 26), 
O ultra-som trans retal consiste em um exame com capacidade de fornecer imagens multiaxiais em tempo real, em eixo transverso e sagital. É um aparelho que pode ser acoplado a um adaptador que possui uma agulha para biópsia, facilitando a obtenção de diversos fragmentos. 
3.10.3 PSA (Antígeno Prostático Específico) 
O PSA é uma proteína produzida pela próstata que se eleva de maneira significativa em casos de neoplasias, mas também sua alteração pode ser proveniente em casos de infecção ou HPB. Com isso as alterações do índice de PSA elevado merecem sempre uma observação mais apurada. (CAIRES e ARAÚJO, 2011) 
Isto reflete que levando em conta a utilização conjunta do toque retal e de dosagem sanguínea do PSA constitui a melhor forma para se diagnosticar o câncer de próstata. Conforme citado por Sgrougi, (2005, p. 3), 
[...] Levando em conta a relação custos/benefícios, definiu-se que a melhor forma de diagnosticar o câncer da próstata é representada pela combinação de toque digital e dosagem do PSA. O toque exclusivo falha em 30% a 40% dos casos, as medidas de PSA falham em 20%, mas a execução conjunta dos dois exames deixa de identificar o câncer em menos 5% dos pacientes.
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4 RECURSOS E MÉTODOS 
4.1 Tipo de pesquisa 
Estudo descritivo com abordagem quantitativa. A pesquisa descritiva visa descrever fatos e fenômenos de uma determinada realidade. 
[...] as pesquisas descritivas são aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade e estado de saúde física e mental. outras pesquisas deste tipo são as que se propõem a estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação, etc. São incluídas nesse grupo as pesquisas que tem por objetivo levantar opiniões, atitudes e crenças de uma população (GIL, 2002, p.42). 
As pesquisas quantitativas utilizam uma amostra que irá avaliar atitudes, opiniões, interesses de uma determinada população onde serão colhidos os dados através de questionários com perguntas claras e objetivas, generalizam o entendimento dos entrevistados e estabelece a padronização dos resultados. 
Segundo Silva e Menezes (2000), a pesquisa quantitativa possibilita quantificar as informações levantadas no estudo. A tradução dessas informações constituída de variáveis numéricas gera desta maneira opiniões e informações que possibilitam sua classificação e posterior análise. 
Segundo Minayo et al. (2003, p.22): “[...] O conjunto de dados qualitativos e quantitativos se complementam, pois a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo qualquer dicotomia”. 
4.2 Caracterização do campo de estudo 
O estudo foi desenvolvido nas unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF’s) no município de Bambuí-MG, localizado na região Centro Oeste do Estado de Minas Gerais, composto por uma população total de 22.615 habitantes sendo que, destes, 11.421 (50,5%) correspondem à população feminina e 11.194 (49,4%) à população masculina; destes, 4760 (21,04%) corresponde à população masculina acima de 40 anos, a qual constitui a população ser estudada (IBGE, 2010). 
Bambuí-MG conta com 6 Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde em cada uma está inserida uma equipe de saúde da família – ESF; cada ESF contempla em
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média 1233 famílias, configurando um total de 3625 indivíduos assistidos pelas respectivas equipes. Destas 3625 pessoas, 777 homens correspondem à população masculina acima de 40 anos estimada em cada ESF, sendo a aplicação dos questionários mediante aos indivíduos que procurarem a unidade entre maio até agosto as unidades de saúde. 
O município de Bambuí-MG apresenta outros serviços de saúde destinados à população, como a Policlínica Municipal Adélia Cardoso, o Hospital Nossa Senhora do Brasil que, desde a década de 40, presta atendimento privado e público pelo Sistema Único de Saúde - SUS, a Casa de Saúde São Francisco de Assis pertencente à rede FHEMIG conhecido antigamente como Sanatório São Francisco de Assis por prestar atendimento aos portadores de hanseníase em toda a região,e o Instituto Oswaldo Cruz, onde eram feitas pesquisas para o controle e estudo da doença de chagas.Também apresenta dois postos de saúde bucal e uma farmácia municipal que distribui medicamentos gratuitos à população carente. 
O sistema de água e saneamento no município é feito mediante a rede pública do qual a empresa responsável pelo abastecimento nas residências é a COPASA, o saneamento no município é efetuado mediante a coleta pública de lixo, a energia elétrica que abrange todo o município é fornecida pela CEMIG. A questão referente ao saneamento, abastecimento, e iluminação pública abrange cerca de 95% de todo o território. 
4.3 Teste piloto 
Foi elaborado o teste piloto, o qual foi desprezado os cinco primeiro participantes, este teste piloto foi efetuado apenas para validar a compreensão dos entrevistados e iniciar a aplicação do questionário. 
4.4 População de estudo 
A pesquisa teve como critérios de inclusão, somente homens com mais de 40 anos que frequentaram o Programa de Saúde da Família durante os meses de Maio a Agosto de 2011 nas seis unidades de Estratégia de Saúde da Família - ESF no município de Bambuí-MG e que estiveram dispostos a responder livremente.
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Desta forma, foram excluídos os indivíduos abaixo de 40 anos de idade do sexo masculino, os que se negaram a responder o questionário, os analfabetos e indivíduos portadores de deficiência mental ou patologias que comprometem o raciocínio lógico, tais como demência, e Alzheimer. 
A população masculina que procurou por atendimento médico e para prescrição de medicamentos no período da coleta de dados foi constituída por 1129 sujeitos. Destes, 800 foram excluídos, analfabetos, déficit cognitivo, apresentar faixa etária menor que 40 anos, 267 se recusaram a participar, alguns pegaram o questionário, porém não entregaram a tempo. 
Porém, ao longo do estudo referente à frequência da população masculina nos serviços de Atenção Básica em Saúde em alguns locais, as informações impressas não eram anotadas e outros os dados eram diversificados, em outros o fluxo de atendimento era superior, em alguns a quantidade de questionários era maior por haver atendimento médico diariamente comparado a outras unidades que não dispunham todos os dias. 
Desta forma, a população de estudo ficou constituída por 62 sujeitos, assim distribuída (TAB. 1): 
Tabela 1 – Distribuição da amostra 
População Base *1129 População Excluída 800 
Não participaram do Estudo 262 Teste Piloto 5 
População de Estudo 62 
Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
4.5 Coleta de dados 
Os dados foram coletados no período de Maio a Agosto de 2011 nas Unidades de Saúde da Família no município de Bambuí-MG. 
O instrumento utilizado foi um questionário, composto por questões fechadas, por meio do qual se efetuou uma análise quali-quantitativa dos participantes,
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permitindo identificar as dificuldades impostas ao procurar uma unidade de saúde, além de ser uma fonte para obter novas informações. 
Segundo Gil (2002, p. 114); 
[...] a técnica de interrogação por questionário entende-se por um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado. Além de constituir o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, não exige treinamento de pessoal e garante o anonimato. 
O instrumento utilizado foi baseado no International Prostatic Symptom Score (I-PSS), Escore dos Sintomas Prostáticos tendo sido traduzido e validado para o português pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). 
Outro fator a ser acrescido está relativo a hábitos alimentares, escolaridade e o atendimento prestado pela Unidade Básica de Saúde (Apêndice A). 
4.6 Análise e interpretação dos dados 
A análise e interpretação dos dados foram feitas mediante os resultados obtidos no questionário aplicado nas unidades de Estratégia de Saúde da Família. Os dados foram analisados, realizando operações que têm por objetivo dar respostas às questões e verificar a validade dos objetivos específicos levantados, além das hipóteses plausíveis levantadas para o conteúdo do projeto. 
Segundo Moura; Ferreira e Paine (1988, p. 92): “partindo do pressuposto de uma análise qualitativa por intermédio de uma observação sistemática usando como níveis de medida a escala nominal que utiliza valores numéricos associados tendo apenas somente a função de identificá-los”. 
Segundo Triviños (2009, p. 161), Minayo (2010, p. 318) as fases são pré- análise, descrição analítica e a interpretação referencial, na qual são compostas por leitura flutuante que aproxima o pesquisador com o material de campo, deixando ele a par do seu conteúdo. 
Os dados foram processados conforme a análise obtida através dos questionários do qual consistem em analisá-los, a partir de sua aplicação em campo. 
4.7 Cuidados éticos
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Os cuidados éticos desde projeto visam resguardar os participantes seguindo as normas estabelecidas na Comissão Nacional de Saúde – CNS, de acordo com a Resolução n°. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que descreve os padrões éticos e morais de pesquisa envolvendo seres humanos, garantindo os direitos do sujeito de pesquisa e deveres da comunidade científica (BRASIL, 1996). 
Além disso, visa resguardar a identidade dos participantes que se dispuserem a responder o questionário mantendo sua integridade moral e física. Este projeto foi encaminhado à Secretária Municipal de Saúde de Bambuí-MG e, após sua concordância, foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisas do Centro Universitário de Formiga UNIFOR-MG, tendo sido aprovado pelo Parecer nº. (71/2011).
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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Conforme relatado na TAB. 1, a população de estudo ficou constituída por 62 indivíduos que procuraram as unidades de Básicas de saúde do município de Bambuí-MG, no período de maio a agosto de 2011. 
As amostras coletadas nas 6 Unidades do programa de Saúde da Família obtiveram uma variante de cada unidade, sendo que em alguns locais, onde o fluxo de atendimento e a oferta de serviços eram maiores, a quantidade de entrevistados era superior comparada às unidades que não ofereciam um atendimento médico de saúde fato observado em uma das unidades Estratégia de Saúde da Família (ESF) na qual o atendimento médico é oferecido apenas três vezes na semana. 
A seguir os dados apresentados correspondem a um total referente as 6 unidades ESF’s no município de Bambuí-MG. 
Tabela 2 – Grau de escolaridade dos participantes no estudo 
Grau de Escolaridade 
Quantidade Nenhuma 5 
Ensino Fundamental Completo 
9 Ensino Fundamental Incompleto ou Médio 33 
Ensino Médio Completo 
13 Graduado 2 
Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Conforme a TAB. 2 é evidente pela quantidade de entrevistados que o homem quanto mais conhecimento possui apresenta menos procura os serviços de atenção primária á saúde. 
Fator a ser associado, a várias justificativas tais como; melhor condição financeira, maior capacidade cognitiva de discernir e solucionar problemas, excesso de trabalho e a dificuldade de conciliar o tempo para procurar a unidade de saúde. Como afirmam Gomes, Nascimento e Araújo, (2007, p. 572), 
Mesmo considerando que os homens deveriam cuidar de sua saúde, nem sempre conseguiam agir de acordo com essa idéia. Esse dado reforça o que na literatura vem sendo apontado sobre a diferença entre o que deveria
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ser o que é a saúde para os homens. Discursivamente, homens costumam mencionar a saúde como uma situação ideal, mas este discurso não se traduz nas suas vivências fato observado em um grupo com curso superior. Do qual o posicionamento crítico faz a diferença. 
Conforme apontado em estudo feito pela SBU (2009), quanto mais escolarizado e maior a classe social, maior e o cuidado do homem com a saúde. De acordo com o estudo mencionado cerca de 79% dos homens com nível universitário já foram ao urologista, enquanto 46% dos que têm ensino fundamental foram ao especialista. A população masculina da região Sudeste são os que mais vão ao urologista (62%) e os do Norte vão menos (36%), (BRASIL, 2009). 
Tabela 3 – Distribuição dos entrevistados por faixa etária 
Faixa Etária 
Quantidade 40 a 49 anos 24 
50 a 59 anos 
11 60 a 69 anos 16 
70 anos ou mais 
11 
Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Observa-se pela TAB. 3 que a procura por atendimento foi maior na faixa etária de 40 49 anos. Tal fato pode indicar que o homem, apesar da restrição cultural imposta no decorrer do tempo, aos poucos vem tendo contato com as unidades de saúde. 
Tal possibilidade pode estar associada aos significados e valores culturais que sofrem variação temporariamente em uma cultura, especialmente entre uma cultura e outra ao longo da vida de um mesmo indivíduo, (JUNIOR e LIMA; 2009). 
Embora a promoção de saúde para esta população não apresente uma linha de ampliação significativa, os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Ainda, os serviços e as estratégias de comunicação privilegiam as ações de saúde para a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, (BRASIL, 2008). 
Também reflete na possibilidade de que a partir dos 40 anos, a população masculina necessita de cuidados primários para uma eventual promoção de saúde, onde a incidência de sintomas prostáticos aumenta.
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Este fato estabelece ao dividirmos a tabela em dois grupos; faixa etária entre 40 a 59 anos (56,7%), comparando ao grupo acima de 60 anos (41,9%). Enfim, a necessidade de criar políticas públicas para abranger tal clientela é de fundamental valia. 
Referente à ingestão de álcool, foi perguntado aos homens se ingerem ou não bebida alcoólica 29 (46,77%) homens afirmaram que “Não”. Enquanto 33 (53,22%) homens respondem afirmativamente. 
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas no mundo. O uso abusivo do álcool é responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil, tornando o problema da prevenção e do tratamento dos transtornos associados ao consumo de álcool um grande problema de saúde pública (BRASIL, 2008). 
Embora na população de estudo não houver mensurado a frequência e quantidade ingerida denota que a maioria dos entrevistados ingerem bebida alcoólica, necessitando posteriormente de uma investigação mais aprofundada, afim de validar algum possível fator de risco para as doenças prostáticas. 
Outro ponto abordado é sobre a ingestão de carne vermelha, onde 49 (79,0%) homens afirmaram que apresentam um consumo excessivo de carne vermelha e 13 (20,9%) responderam negativamente. 
Isto pode presumir um fator de risco para um possível desenvolvimento da HPB. Conforme citado anteriormente por Sousa, (2005, p. 19), a alimentação também ganha um importante impulso presente; 
[...] duas recentes revisões de alimentação e políticas de nutrição concluíram que um alto consumo energético, excessivo de carne vermelha e gordura de origem animal, bem como as aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, podem aumentar o risco de câncer de próstata ou uma hiperplasia prostática benigna. 
Quando indagados se na sua alimentação, ingerem gordura de origem animal, 45 (72,58%) participantes responderam positivamente enquanto que, 17 (27,41%) referiram não fazer uso. 
E como é afirmado pelo INCA (2010, p. 35):
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[...] A mortalidade por câncer de próstata apresenta uma magnitude mais baixa que a incidência, contudo o perfil ascendente é semelhante. Considerando tratar-se de um câncer de bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado oportunamente, programas de controle da doença são aplicáveis para a redução da mortalidade. Em geral, a sobrevida média mundial estimada em cinco anos é de 58%. Nos países desenvolvidos, essa sobrevida passa para 76% e nos países em desenvolvimento 45%. A dieta tem sido apontada em alguns estudos como fator importante na etiologia desse câncer. Uma dieta baseada em gordura animal, carne vermelha e cálcio tem sido associada ao aumento no risco de desenvolver câncer de próstata. Já uma dieta rica em vegetais, selênio, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3 tem indicado proteção para o desenvolvimento dessa neoplasia. Alguns estudos apontam a obesidade como fator de risco para a mortalidade por câncer de próstata.Alguns estudos sugerem que raça/etnia esteja relacionada ao, além de levarem a muitas cirurgias desnecessárias, causando prejuízos tanto financeiros quanto em qualidade de vida. 
Tal achado ainda acrescenta o risco das doenças causadas pelo aumento do colesterol, e as doenças de origem coronariana, proveniente do elevado teor de gordura do qual pelo consumo excessivo poderá futuramente a desencadear. Como é definido por Zambom e Santos et al, Modesto (2010, p. 1); 
[...] O consumo excessivo de gordura, principalmente a saturada, de origem animal ou vegetal, é um fator preponderante no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Assim, torna-se necessária pesquisa no sentido de diminuir os teores de gorduras saturadas e elevar os teores de gorduras poliinsaturadas nos alimentos, principalmente leite e carne. 
Com relação às medidas de prevenção e promoção á saúde foi indagado aos participantes se já realizaram o exame de próstata (toque retal), PSA, Urodinâmica; 39 (62,90%) responderam afirmativamente. 
Segundo Pereira e Martins, (2010, p. 28); 
[...] nota-se que o preconceito ainda é o fator que mais interfere na realização do exame de toque retal totalizando 7,5% das respostas dos sujeitos entrevistados. Gomes et al (2006) ressalta que o exame de toque retal não toca apenas a próstata, mas também a masculinidade do homem, ferindo-a por se tratar de um local restrito. Desta forma, cabe o desenvolvimento de atividades junto à população para a minimização deste fato, onde o indivíduo do sexo masculino passe a ser visto como um ser humano normal e não mais como um indivíduo que não pode expor seus sentimentos, seus medos e suas angústias. 
De acordo com Miranda e Cortês, et al (2004, p. 1), 
[...] “Não há especificação sobre o que se define como prevenção de câncer de próstata (Toque Retal e/ou Dosagem de PSA), sua freqüência, idade ao primeiro exame, câncer na família. Entre os funcionários técnicos-
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administrativos da UFMG analisados nesta amostra e neste grupo etário, a freqüência de realização de exame preventivo cai para 20%, ou seja, 15 afirmaram que realizaram exame preventivo para câncer de próstata e 60 não o realizaram. 
Quando indagados a respeito do toque retal, 58(93,54%) dos entrevistados assinalaram que na unidade básica de saúde o médico, na sua avaliação, não realiza o exame. 
Este resultado deve-se decorrente do Sistema Público de Saúde não dispor de intervenção de um especialista do qual envolve uma atenção secundária á saúde. 
O achado estabelece uma relação com o estudo feito pela Sociedade Brasileira de Urologia com 1.061 homens, de 10 capitais brasileiras, na faixa etária de 40 a 70 anos, o qual mostrou que apenas 32% dos homens fizeram o exame de toque retal, apesar de 76% saber que o exame é usado para detectar o câncer de próstata (BRASIL, 2009). 
Quando indagados se procuraram outros serviços ou um especialista, a maioria dos entrevistados apresentou a justificativa imaginária que, o PSA descarta o toque retal. 
Cabe ressaltar que o PSA quando realizado isoladamente possui uma especificidade de apenas 20%. Isto torna necessária sua realização em conjunto com o toque retal, o qual melhora sua especificidade em até 95% (SROUGI, 2005). 
Tal fato estabelece a premissa de que a população masculina desconhece a vital importância do toque retal como aliado no diagnóstico de uma hiperplasia prostática benigna ou uma neoplasia prostática. 
Além de determinar a permanência do preconceito da classe masculina com relação ao toque retal, uma hipótese plausível descartada por esta clientela ao longo dos tempos, pode resultar numa falha do processo e consequentemente danos na detecção precoce das patologias urinárias. 
Também quando é mencionada a procura de um urologista ou outro profissional para tratar alguma patologia do sistema urinário, apenas 41 (66,12%) afirmaram já ter procurado um urologista. 
Analisando em outro aspecto, foi questionado à população estudada se sabiam o significado de um tumor benigno da próstata. Revelando um fato surpreendente, pois o homem, na maioria dos entrevistados tem um conhecimento do que é um tumor benigno.
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Mas a concepção de tal patologia é de maior domínio apenas quando se depara com o diagnóstico de algum conhecido ou amigo. Ou pela realidade quando por motivos de saúde necessita de um atendimento médico. Dos 62 homens 33 (53,22%) afirmaram positivamente, enquanto que 28 (45,16%) afirmaram negativamente não saber o significado de HPB. 
Na população de estudo entrevistada sugere nos resultados que o homem não apresenta receios de expor suas dificuldades e seus sintomas diante um profissional de saúde, porém reflete a necessidade de investigar o porquê da demora em procurar a unidade, visto que procuram apenas quando apresentam moléstias que comprometem o funcionamento do organismo. 
O resultado foi interessante, pois 56 (90,32%) afirmaram não apresentar nenhuma dificuldade, enquanto 6 (9,67%) alegaram existir dificuldade. 
Foi perguntado ainda se o médico, em sua avaliação clínica, já efetuou o toque retal para diagnóstico de algum problema urológico. Infelizmente a resposta obtida no questionário resultou em 57 (91,93%) respostas negativas e apenas 5 (8,06%) responderam afirmativamente. 
Esta situação pode denotar a falha no sistema público de saúde, visto que é de fundamental importância dispor de profissionais especializados para tratar tal patologia. Assim como a prevenção do câncer de mama e de colo de útero é feita nas mulheres, seria de igual valia dispor de um sistema que acolhesse a clientela masculina, promovendo de forma eficaz o encaminhamento para o especialista, semelhante às ações exercidas na prevenção do câncer de mama e colo uterino. Conforme afirma Aquino, (2005, p. 22), 
[...] Rigorosamente, poucas diferenças biológicas justificam assistência especializada e ainda assim as especialidades médicas devem ser integradas, no sentido de assegurar a integralidade da atenção.Mesmo na saúde reprodutiva tem-se proposto a incorporação dos homens nas consultas de pré-natal, no momento do parto e nos serviços de contracepção. Sendo assim, na organização da atenção à saúde, enfatizar as especificidades pode reiterar o essencialismo; mas incorporar a perspectiva de gênero pode contribuir para adequar os serviços às necessidades de homens e mulheres e superar mecanismos e atitudes de discriminação. Isso pode envolver ações e estratégias voltadas a grupos de homens ou de mulheres em particular, sem a segmentação de espaços e novas especialidades. Com um atraso histórico em relação a outras áreas do conhecimento, a Saúde Coletiva vem se abrindo à incorporação das análises de gênero sobre variados aspectos da saúde. Isso não se dá sem controvérsias ou simplificações (por exemplo, com a mera substituição de sexo por gênero em muitos estudos epidemiológicos). Existe hoje uma vasta e rica literatura produzida não apenas por distintas correntes do
40 
feminismo, mas também oriunda dos estudos críticos sobre masculinidades e das vertentes construtivistas dos estudos sobre sexualidade. Iniciativas como a organização desse suplemento e dessa seção de debates podem enriquecer a reflexão sobre gênero e saúde. Mas é preciso recusar o essencialismo – seja biológico ou cultural – e politizar as necessidades de saúde na melhor tradição da Saúde Coletiva latino americana.” 
Os gráficos a seguir apresentam os sinais e sintomas de patologias relacionadas ao sistema urinário com base no Escore Internacional dos Sintomas Prostáticos, difundido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU, 2010). 
Uma questão investigada foi em relação à sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. (GRAF. 1). 
Gráfico 1 – Sensação de não esvaziar a bexiga completamente 
Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Neste gráfico, evidencia-se que a maioria dos entrevistados não apresenta sintomas correlacionados que podem vir a desencadear uma HBP (Hiperplasia Prostática Benigna), ou outras patologias relacionadas ao sistema urinário, pela maioria dos entrevistados 43 (69,35%) relata apresentar nenhuma vez a sensação de não esvaziara bexiga completamente. 
Porém 11(17,74%) dos homens apresentam este sintoma entre 1 a 5 vezes ao dia. Enquanto que 2 (3,22%) afirmaram que sente tal sensação no período de mais de 5 vezes durante o dia .E 7 (11,29%) relataram que tal sintoma ocorre com frequência. 
Nota-se que, embora a maioria não apresente esta queixa, o pequeno grupo que apresenta a sintomatologia acima, mais de 5 vezes e quase sempre, totaliza 9
41 
(14,51%). Pressupõe que esta amostra de indivíduos sofre de algum transtorno urinário e tal frequência pela amostra obtida torna-se uma preocupação, pois se não usufruir de medidas preventivas, pode levar a complicações futuras. 
Isto denota uma avaliação que é de fundamental primórdio requerer de um diagnóstico de controle e detecção mais elaborado para identificar as causas das alterações de cunho urodinâmicos nos pacientes. 
Este resultado é condizente como referido por Castro, Lima e Almeida et al, (2009, p. 2), 
[...] A ocorrência de sintomas leves e moderados com predominância de 88,6% na faixa etária de 40-59 anos nos conduz a assegurar a necessidade de políticas públicas direcionadas à prevenção dos agravos prostáticos, incluindo o homem a partir de 40 anos. Os sintomas severos foram encontrados em 14.8 %, dos respondentes. Ampliando-se o resultado numa população maior pode-se inferir que a cada dez mil pessoas com idade de 40 anos acima, duzentos apresentarão sintomas prostáticos severos. A escala mostrou alta especificidade para predizer as variações dos sintomas prostáticos e baixa especificidade para o índice de qualidade de vida. 
Isto denota que embora uma pequena parcela da amostra possa sofrer de patologias do sistema urinário, aplicando este dado e fazendo um parâmetro citado anteriormente, conclui-se que este agravo aos poucos possui uma frequência que necessita de uma intervenção criteriosa. 
E partindo de uma análise mais elaborada isso mostra também o quanto às variações dos sintomas prostáticos em estado mais agudo interfere na qualidade de vida do homem.
42 
Gráfico 2 – Necessidade de ir ao banheiro em menos de 2 horas 
43 
11 
2 
7 
Nenhuma Vez 
Entre 1 a 5 vezes 
Mais de 5 vezes 
Quase Sempre 
Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Nesta parte da avaliação foi perguntado aos homens a necessidade de ir ao 
banheiro em um período menor que 2 horas, porém a partir dessa prerrogativa nota-se 
que além das alterações a nível do sistema urinário, dois dos entrevistados 
alegaram necessidade de ir ao banheiro mais vezes proveniente de comorbidades, 
tais como diabetes, uso de medicamentos. 
Outro ponto ser esclarecido também é referente à ingestão de líquidos, uma 
vez que devido um consumo excessivo de água provavelmente ocorre uma 
excreção em períodos mais acentuados. 
Observa-se na FIG. 3, que a maioria dos entrevistados não apresenta 
interrupção no jato de urina no momento da micção.
43 
Gráfico 3 – Interrupção do jato de urina na micção 
52 
8 
0 
2 
Nenhuma Vez 
Entre 1 a 5 vezes 
Mais de 5 vezes 
Quase Sempre 
Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Como pode ser observado 52 (83,87%) participantes relatam não apresentar 
jato urinário fraco no momento da micção, enquanto que 8 (12,90%) relata ter 
apresentado tal sintoma entre 1 a 5 vezes ao dia, e 2 (3,22%) dos entrevistados 
afirmaram apresentar tal sintoma com frequência. 
Este resultado comprova que embora aparentemente a maioria dos 
entrevistados não apresente sintomas que levam a uma possível Hiperplasia 
Prostática Benigna ou patologias do sistema urinário existe um pequeno grupo que 
pode ou já manifesta episódios que futuramente se não tratado poderá levar a 
complicações. 
Infelizmente para ilustrar e comparar o resultado necessita de estudos a 
serem aplicados para esta população visto que os recursos de materiais publicados 
encontram-se escassos.
44 
Gráfico 4 – Dificuldade em controlar a vontade de urinar 
Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Nesta parte, observa-se pelos entrevistados que (22,58%) dos indivíduos apresentaram ou já apresentou dificuldade em controlar a vontade de urinar. Podendo tal sintoma estar relacionado a uma incontinência, de etiologia comum em indivíduos com problemas prostáticos. Segundo Carrerette e Damião, (2010, p. 28), 
A incontinência urinária no homem está muito relacionada com a idade e com as alterações que se desenvolvem na próstata sejam elas benignas, como a hiperplasia benigna da próstata (HPB) ou malignas como o câncer de próstata. A principal causa de incontinência urinária no homem é a lesão iatrogênica dos esfíncteres urinários durante a cirurgia para tratamento do câncer da próstata. 
Embora na amostra identificada, a grande parte dos entrevistados relata não apresentar dificuldade em controlar a vontade de urina (78,42%). 
A pequena parcela do grupo relata já ter estabelecido este sintoma, o fato evidenciado na amostra comprova a citação acima, do qual no decorrer do processo do envelhecimento surgem problemas como a incontinência e consequentemente alterações prostáticas e dentre alguns casos o comprometimento por questões iatrogênicas, provenientes de algum erro.
45 
Gráfico 5 – Quantidade de jato urinário fraco nos últimos meses 
Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
A partir do resultado deste gráfico é evidente a distribuição de uma maneira homogênea dos dados no que diz respeito a jato urinário fraco nos últimos meses. 
Os 28 (45,16%) entrevistados relatam não ter apresentado nenhuma vez o sintoma, enquanto que 29 (46,77%) apresentaram entre 1 a 5 vezes nos últimos meses, também nota-se que 2 (3,22%) enfrentam uma fase aguda deste episódio no qual apresenta a frequência deste evento mais de 5 vezes. Outro ponto mostra que 4 (6,45%) têm distúrbio que necessita de uma investigação mais elaborada, pois apresentam um quadro excessivo do sintoma. Sendo uma característica peculiar de algum problema prostático.
46 
Gráfico 6 – Necessidade de fazer força para urinar,com presença de dor 
60 
1 
0 
1 
Nenhuma Vez 
Entre 1 a 5 vezes 
Mais de 5 Vezes 
Quase Sempre 
Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
A partir da análise deste gráfico buscou-se verificar se a população 
entrevistada possuía alguma dificuldade para a micção, com esforço e presença de 
dor, pois mesmo pode indicar um aumento da glândula prostática, sendo um forte 
indício de uma possível HPB. 
A maioria dos entrevistados relatou não apresentar este sintoma nenhuma 
vez 60 (96,77%), enquanto que 1 (1,61%) relata apresentar quase sempre e 1,61%) 
apresenta entre 1 a 5 vezes. 
Na bibliografia consultada, não foi encontrado nenhum estudo que apresente 
dados semelhantes, tendo necessidade de mais estudos nesta área.
47 
Gráfico 7 – Necessidade de levantar a noite para urinar 
16 
43 
0 
3 
Nenhuma Vez 
Entre 1 a 5 Vezes 
Mais de 5 Vezes 
Quase Sempre 
Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 
Partindo do ponto de identificar o padrão de sono dos indivíduos e sua 
relação com os sintomas prostáticos, 16(25,8%) entrevistados relataram não 
levantar nenhuma vez à noite para urinar, enquanto 43(69,55%) informaram levantar 
de 1 a 5 vezes. Porém 3 (4,83%) apresentam este sintoma constantemente. 
Os sintomas interrompem o sono reparador, provocam estados de 
ansiedade/depressão, afetam a função sexual e obrigam o paciente a mudar o modo 
de vida para enfrentar os sintomas urinários, Rolo, (2010, Pág.4). 
Enfim, diante desta perspectiva, cabe usufruir de uma análise mais elaborada 
de elevado teor que propicie através de diagnósticos e testes precisos a confirmação 
de patologias que pressupõem, além de uma percepção dos sintomas por esta 
população, a promoção de um diagnóstico clínico e laboratorial eficaz, que 
desmistifique e mostre a realidade que a população masculina sofre em meio a um 
caos, onde são inexistentes programas de prevenção e promoção que possam 
abranger esta clientela aos serviços públicos de saúde.
48 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Observa-se no presente estudo, que a saúde do homem em pleno século XXI sofre em meio a um caos, pois embora grande parte da população masculina tenha uma percepção dos sintomas da hiperplasia prostática benigna, a maioria dos entrevistados ignora os princípios básicos de cuidado para com sua saúde, evoluindo ao longo do tempo em agravos de magnitude mais elevada e de um grande risco para a população. O exame de toque retal para prevenção é desvalorizado por esta clientela, evidenciando a importância dada ao exame de PSA como determinante no diagnóstico clínico dessas patologias, estabelecido no senso comum desta população de estudo. 
Porém dentre tantos aspectos negativos proveniente por falta de estudos na área vem mostrando que a população masculina vem, aos poucos, freqüentando as Unidades Básicas de Saúde. 
Isto mostra que daqui algum tempo, a restrição e os paradigmas estabelecidos como preconceitos, anseios, tabus diante aos profissionais de saúde sejam extintos. 
Também se evidencia que a saúde do homem enfrenta um período de transição, onde apenas tem instituído uma Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, porém falta a elaboração de linhas guias eficazes, assim como nos outros programas de atenção à saúde da mulher, hipertenso, idoso. Para validar e programar ações direcionadas para esta população. 
Com isso sugerimos um protocolo (APÊNDICE-B), relacionado ao atendimento ao homem nas unidades de saúde, visando indicar ao profissional de saúde quais medidas serão tomadas de acordo com cada sinal e sintoma, agendar consultas e exames subsequentes e encaminhar o paciente a um serviço especializado. 
Contudo vale ressaltar que a população masculina adere a uma percepção dos sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna proveniente das alterações que provoca no sistema urinário prejudicando sua qualidade de vida. 
Mas diante a pequena amostra que padecem de sintomas severos reflete a necessidade de homologar políticas públicas de saúde que abrangem tal clientela direcionando a um tratamento digno e eficaz.
49 
Embora diante tal atitude possa denotar em um sentido figurativo de uma pequena gota frente ao oceano, comparando em outra vertente faria recender que proveniente deste pequeno intuito e a projeção a ser tomado, o oceano se engrandeceria. Fazendo-se valer o verdadeiro sentido de promoção á saúde.
50 
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54 
APÊNDICE A – Questionário estruturado 
O presente questionário tem como objetivo “identificar a percepção da população masculina no Município de Bambuí-MG sobre os principais sintomas da HPB”. Desenvolvido pelas acadêmicas do Centro Universitário de Formiga UNIFOR-MG, como parte das exigências para requisição do título de bacharel em Enfermagem. 
Nome: ________________________________ PSF:_______________________ 
VOCÊ DEVERÁ ASSINALAR COM UM (X), REFERENTE AO SEU NÍVEL DE ESCOLARIDADE, IDADE, HÁBITOS ALIMENTARES, SINTOMAS E CONHECIMENTO SOBRE O ASSUNTO. (LEMBRANDO PARA CADA QUESTÃO MARQUE APENAS UMA ALTERNATIVA). 
Qual a sua escolaridade? 
( ) Nenhuma 
( ) Ensino Fundamental completo 
( ) Ensino Médio Completo 
( ) Graduado 
( ) Outros 
Qual a sua idade? 
( ) 40 a 49 anos 
( ) 50 a 59 anos 
( ) 60 anos a 69 anos 
( ) 70 anos ou mais 
Com relação aos seus hábitos, ingere bebida alcoólica? 
( )sim ( )não 
Apresenta consumo excessivo de carne vermelha? 
( ) sim ( ) não 
Já fez o exame de próstata, PSA, urodinâmica dentre outros? 
( ) sim ( )não
55 
Já foi a um médico especialista (urologista), ou visto outro profissional com a finalidade de prevenir uma HBP? 
( ) sim ( )não 
Você sabe o que significa hiperplasia prostática benigna, conhecido popularmente “tumor benigno da próstata”? 
( )sim ( )não 
Quando chega à unidade de saúde, apresenta dificuldade para relatar seu problema? 
( ) sim ( ) não 
Na unidade básica de saúde (PSF), o médico já efetuou em sua avaliação clínica o toque retal? 
( )sim ( )não 
Quantas vezes você ficou com a sensação de não esvaziar a bexiga completamente? 
( ) nenhuma vez 
( ) as vezes,em média 1 a 5 vezes ao dia 
( ) Quase sempre 
Após ir ao banheiro, quantas vezes teve vontade de urinar? 
( ) nenhuma vez 
( ) entre 1 a 5 vezes 
( ) mais de 5 vezes 
( ) quase sempre 
Quanta vez teve o jato de urina interrompido enquanto de urinava? 
( ) nenhuma vez 
( ) entre 1 a 5 vezes 
( ) mais de 5 vezes 
( ) quase sempre
56 
Quantas vezes você teve dificuldade em controlar e evitar a vontade de urinar? 
( ) nenhuma vez 
( ) entre 1 a 5 vezes 
( ) mais de 5 vezes 
( ) quase sempre 
Nos últimos meses, quantas vezes você teve jato urinário fraco? 
( ) nenhuma vez 
( ) entre 1 a 5 vezes 
( ) mais de 5 vezes 
( ) quase sempre 
No último mês, quantas vezes você teve de fazer força para o ato de urinar, sente dor? 
( ) nenhuma vez 
( ) entre 1 a 5 vezes 
( ) mais de 5 vezes 
( ) quase sempre 
Quantas vezes, em média, você teve de levantar da cama á noite para urinar? 
( ) nenhuma vez 
( ) entre 1 a 5 vezes 
( ) mais de 5 vezes 
( ) quase sempre 
Na sua alimentação ingere alguma gordura de origem animal ex; manteiga de porco, leite, dentre outras ? 
( ) sim ( ) não
57 
APÊNDICE B – Protocolo de enfermagem de atendimento ao homem na atenção básica 
1.1 População Alvo/Adscrita 
Homens com idade a partir de 40 anos, residentes nas áreas de abrangência das ESF do Município de Bambuí-MG. 
1.2 Objetivos Principais Promover o acompanhamento ativo visando qualidade de vida saudável; Estruturar a atenção à saúde do homem; Fortalecer a participação social; Identificar os fatores de risco de doenças e agravos; Envolver a família e a comunidade no processo do cuidado; Promover a formação e a educação permanente para a equipe de saúde que trabalham com a população masculina nas Unidades de Saúde da Família; Identificar e promover os fatores de proteção e recuperação da saúde; Melhorar a qualidade de vida da população masculina da área de abrangência das ESF do município de Bambuí-MG; Sistematizar a assistência ao homem. 
1.3 Os Projetos 
Tem como finalidade primordial manter e promover a autonomia e a independência dos homens, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim tendo como base a integralidade da assistência e a avaliação global e interdisciplinar visando o diagnóstico precoce da hiperplasia prostática benigna, assegurando o acesso a serviços preventivos de saúde, incentivando e equilibrando a responsabilidade pessoal. Tem como objetivos: Descentralizar o atendimento à saúde da população masculina; Elaborar e implantar os fluxos de atendimento da população adscrita na rede de atendimento;
58 
Humanizar o atendimento priorizando-o de acordo com o risco individual; Implantar o protocolo para atendimento ao homem na Atenção primária à saúde; Elaborar e implantar o prontuário para o atendimento ao homem na Atenção Primária; Direcionar medidas coletivas e individuais abordando informações de âmbito educativo visando o autocuidado e o diagnóstico precoce da hiperplasia prostática benigna. 
1.3.1 Passos a serem seguidos Captação dos Homens cadastrados nas áreas de abrangência dos ESF do município de Bambuí-MG, através dos ACS na unidade ou em Visita Domiciliar (VD); Realização da primeira consulta de enfermagem por meio de um histórico, a qual classificará o homem quanto ao risco, e a partir daí designar o número de consultas médicas, de enfermagem, necessidade de exames anuais no qual o homem será submetido durante o ano. Sempre relatando todas as atividades desenvolvidas com o homem em prontuário; Agendamento das consultas ou visitas domiciliares médicas; Realização das consultas de enfermagem subsequentes, para os homens de alto risco, através de um histórico específico para acompanhamento do homem; Realizar atividades educativas semanalmente com os homens; 
1.4 Acompanhamento Anual do Homem 
1.4.1 Homem de risco habitual 
Os Homens classificados de risco habitual deverão: 1 visita domiciliar do ACS por mês; 1 consulta de enfermagem por ano; 1 consulta médica ao ano; Realização de exames anuais.
59 
1.4.2 Homens de alto risco 
Os homens classificados de alto risco deverão: 1 visita domiciliar do ACS por mês; 3 consultas de enfermagem por ano; 3 consultas médicas por ano; Realização de exames anuais.
60 
Fluxograma de Atendimento ao Homem em uma Unidade de Saúde da Família. 
Captação e Acolhimento dos Homens ACS (Unidade de Saúde / VD) 
Risco 
Risco 
Consulta 
3/ano Enfermagem 
3/ano Médico 
1 visita ACS/mês 
Exames Anuais 
Intercorrências 
Anormalidade 
Sem anormalidade 
Conduta 
Agenda próxima consulta 
Consulta 
6/ano Enfermagem 
6/ano Médico 
1 visita ACS/mês 
Exames Anuais 
Alto Risco 
Intercorrências 
Sem anormalidade 
Anormalidade 
Conduta 
Agenda próxima consulta 
Nova Consulta 
Nova Consulta 
Nova Consulta 
Intercorrências 
Consulta 
1/ano Enfermagem 
1/ano Médico 
1 visita ACS/mês 
Exames Anuais 
Sem anormalidade 
Risco Habitual 
Anormalidade 
Conduta 
Classificação de risco (Médico/Enfermeiro(a) 
Agenda para 12 meses
61 
Quadro 1: Atribuições e responsabilidades da equipe de saúde no atendimento ao homem na Unidade de Saúde da Família. MINAS GERAIS (2006). ACS AUXILIAR DE ENFERMAGEM ENFERMEIRO MÉDICO NUTRICIONISTA 
-Informar sobre a existência dos serviços; 
-Captar o homem na micro área e orientá-lo sobre a importância da consulta médica e de enfermagem para detectar, precocemente, os problemas de saúde; 
-Cadastrar o homem na equipe de Saúde da Família; 
-Auxiliar a equipe multiprofissional nas visitas domiciliares; 
-Agendar ações e/ou intervenções. 
-Avaliar queixas; 
-Agendar consultas; 
-Cadastrar; 
-Encaminhar para os grupos operativos; 
-Realizar procedimentos de acordo com a sua função (aferir pressão arterial, realizar teste de glicemia capilar, curativos, triagem para as consultas, aplicação de insulina) 
-Orientar quanto a cuidados de acordo com o seu conhecimento técnico- científico; 
-Orientar e encaminhar para as atividades de outros serviços da comunidade 
-Realizar consulta de enfermagem utilizando o histórico, o exame físico completo, e abordando questões referente à higiene, alimentação, auto-cuidado, queixas, condições de saúde e psicossociais; 
-Solicitar exames anuais de acordo com a necessidade de cada homem; 
-Encaminhar para a equipe multiprofissional se necessário; 
-Agendar a primeira consulta médica; 
-Realizar as consultas de enfermagem subseqüentes para os homens de alto risco; 
-Agendar as consultas médicas subseqüentes; 
-Informar sobre os sinais e sintomas da hiperplasia prostática benigna; 
-Agendar os retornos de acordo com a necessidade do caso, sempre os homens em maior situação de risco (social, familiar, físico e psíquico); 
-Realizar consulta médica; 
-Oferecer o cuidado através do diagnóstico, tratamento, orientações diversas, solicitação de exames anuais e mensais complementares, encaminhamentos. 
-Apoiar tecnicamente a equipe de saúde; 
-Detectar sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna. 
-Realizar avaliações e orientações nutricionais.
62 
Quadro 2: Identificação de risco da população masculina detectada através da avaliação da presença de um perfil de fragilização, MINAS GERAIS (2006). HOMENS DE RISCO HABITUAL HOMENS DE RISCO HOMENS DE ALTO RISCO 
Os homens classificados de risco habitual, são aqueles que os sinais e sintomas, não se encaixam em nenhum dos itens dos homens de alto risco e acamado. São eles: 
 Alta ingestão de bebida alcoólica; 
 Consumo excessivo de carne vermelha; 
 Consumo excessivo de gordura de origem animal como: manteiga de porco, leite, dentre outras; 
 Homens com idade > que 40 anos e que não realizaram exame de próstata como: PSA, Urodinâmica, Toque Retal; 
 Homens que já passaram por médico especialista de próstata (urologista), ou outro profissional com a finalidade de se prevenir o câncer de próstata; 
 Homens que desconhece a hiperplasia prostática benigna; 
 Homens que ao chegar na unidade de saúde apresenta dificuldade em relatar o seu problema; 
Homens com > ou = 40 anos 
 Polipatologias (> ou = 5 diagnósticos) 
 Polifarmácia (> ou = 5 drogas/dia) 
 Incontinência urinária; 
 Sensação de não esvaziar a bexiga completamente; 
 Após ir ao banheiro tem vontade de urinar novamente; 
 Quase sempre teve o jato de urina interrompido enquanto urinava; 
 Dificuldade de controlar a vontade de urinar; 
 Jato urinário fraco; 
 Faz força para urinar e sente dor; 
 Levanta em média 5 vezes a noite para urinar; 
Os homens classificados como alto risco, são aqueles que necessitam de apoio e auxílio total para desenvolvimento das suas atividades básicas da vida diária (ABVDs), bem como, não possuem condições físicas de se levantarem do leito.
63 
Quadro 3: Ações para acompanhamento anual do homem, MINAS GERAIS (2006). HOMEM DE RISCO HABITUAL HOMEM DE ALTO RISCO 
-Constrói vínculo. 
-Orienta e resolve situações. 
-Oportuniza ações de prevenção e diagnóstico precoce. 
-Informa sobre atividades da unidade. 
-Realiza aferição de pressão, imunização ou outras ações, educação em saúde. 
-Realiza a avaliação multidimensional do homem pela equipe se saúde e procede a identificação dos sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna. 
-Elabora Plano de Cuidados. 
-Agiliza encaminhamentos ou outros procedimentos. 
-Realiza atendimento de quadros agudos (virose, pneumonia), pela equipe, seguindo o estabelecido no fluxograma desta Linha-guia e implementa o plano de cuidados. 
-Realiza ações de atenção básica tais como cuidados de enfermagem, cuidados de fisioterapia e reabilitação, cuidados nutricionais, cuidados de promoção da saúde, cuidados com a saúde bucal, assistência farmacêutica. 
-Realiza ações de promoção da saúde, autocuidado, controle social, direitos de cidadania. 
-Avalia outras necessidades. 
-Mantém retaguarda imediata para casos agudos: consultas médica, enfermagem, odontológica, social, psicológica e outras, agilizando e orientando os encaminhamentos ou outros procedimentos com segurança e responsabilidade. 
-Realiza consultas: médica especialista, enfermagem, social, psicológica e outras que se fizerem necessárias. 
-Realiza a Avaliação multidimensional do homem pela equipe de saúde e procede a identificação dos sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna. 
-Elabora e implementa o Plano de Cuidados. 
-Encaminha o homem para o Núcleo de Referência para atendimento especializado por profissional capacitado, em caso de dúvida diagnóstica, falha terapêutica ou complicações. 
-Caso persistam os critérios anteriormente referidos, o homem será encaminhado para o Centro de Referência para atendimento pela equipe multidisciplinar que fará a avaliação do paciente e elaboração do Plano de Cuidados. 
-Implementa o Plano de Cuidados através do acompanhamento pela equipe responsável na Unidade Básica de Saúde-UBS ou Estratégia de Saúde da Família-ESF na Atenção Primária à Saúde. 
-Encaminhar para urgência ou outros pontos de atenção quando se fizer necessário através do acionamento de transporte sanitário. 
-Retaguarda imediata para casos agudos. 
-Agiliza e orienta encaminhamentos ou outros procedimentos, com segurança e responsabilidade.
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Percepção sintomas HPB Bambuí

  • 1. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE FORMIGA – UNIFOR-MG INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SAÚDE LAÍS OLÍMPIA LUCAS MICHELLE CRISTINA DE ANDRADE PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA EM POPULAÇÃO MASCULINA NO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ-MG FORMIGA - MG 2011
  • 2. LAÍS OLIMPIA LUCAS MICHELLE CRISTINA DE ANDRADE PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS DA HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA EM POPULAÇÃO MASCULINA NO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ-MG Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciências Humanas e Saúde do UNIFOR-MG, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem. Orientadora: Profª. Dra. Vilma Elenice Contatto Rossi. FORMIGA - MG 2011
  • 3. Laís Olímpia Lucas Michelle Cristina de Andrade PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS DA HIPERPLASIA PRÓSTATICA BENIGNA EM POPULAÇÃO MASCULINA NO MUNICÍPIO DE BAMBUÍ-MG Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Ciências Humanas e Saúde do UNIFOR-MG, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Enfermagem. BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Profª. Drª. Vilma Elenice Contatto Rossi Orientadora __________________________________________________ Profª. ___________________________________________________ Profº. Formiga, de dezembro de 2011.
  • 4. “Dedicamos este trabalho á Deus pela oportunidade concedida. Aos nossos pais, amigos e familiares pelo apoio prestado, e a todas as equipes do Programa Saúde da Família do Município de Bambuí-MG, pela compreensão, carinho e respeito, esta conquista também é de vocês”.
  • 5. AGRADECIMENTOS “A todos os participantes deste trabalho, que colaboraram para a sua existência, em especial a nossa Orientadora Profª. Draª. Vilma Elenice Contatto Rossi, que se dedicou horas em prol deste trabalho. Aos nossos professores Dr.Willian Freitas de Carvalho, Ana Dalva Costa e ao nosso amigo Edson Arlindo Silva pelo incentivo à pesquisa.”
  • 6. EPÍGRAFE “A procura da verdade é difícil e é fácil, já que ninguém poderá desvendá-la por completo ou ignorá-la inteiramente. Contudo, cada um de nós poderá acrescentar um pouco do nosso conhecimento sobre a natureza e, disto, certa grandeza emergirá.” (Aristóteles, 350 A.C.)
  • 7. RESUMO A Hiperplasia Prostática Benigna - HPB é uma doença que se caracteriza por uma etiologia ainda desconhecida na área da saúde, porém causada pelo aumento do tamanho da próstata, onde o mesmo comprime a uretra. Esta doença apresenta alguns sintomas miccionais que muitas vezes passa despercebido pelos homens. A HPB acomete frequentemente os homens com mais de 40 anos, ou seja, a sua ocorrência aumenta no decorrer da idade, estudos mostram que se um homem viver ate os oitenta anos de idade terá 80% de chance de desenvolver a HPB. O Ministério da Saúde iniciou o programa de política de Saúde do Homem, o qual visa à integração da população masculina a ter mais acesso aos serviços de saúde, a fim de estimular o diagnóstico precoce para a detecção das doenças prostáticas*. Este estudo objetiva levantar a percepção dos sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna em população masculina no Município de Bambuí-MG no qual visa identificar a frequência dos usuários na unidade de saúde,os principais sintomas prostáticos apresentados pela população de estudo,e identificar os medos,anseios,e as dificuldades de procurarem uma unidade de saúde. Diante de tal abordagem evidencia-se que a falta de incentivos à promoção de saúde e os fatores relacionados ao senso comum, ainda mostram vestígios do preconceito pelo toque retal por esta clientela dentre outros exames, mas também denota que a população vem freqüentando as Unidades Básicas de Saúde, desmitificando as crenças e fazendo surgir uma nova proposta como promover a saúde a homem. Palavras-Chave: Hiperplasia Prostática Benigna. Saúde do Homem. Promoção de Saúde.
  • 8. ABSTRACT The Hyperplasia Prostate Benign – HPB is a disease characterized by an unknown etiology yet in the health area, however, caused by the prostate size enlarging, where the same compresses the urethra. This disease shows some voiding symptoms that many times goes unnoticed by the men. The HPB often attacks the men with more than forty years, in other words, its occurrence grows over the age, studies show that if a man lives until his 80 years old, he’ll have 80% of chance of developing the HPB. The health ministry began the politics program for the health of human, which aims the joining male population to have more access to the health service, with the aim of stimulating the precocious diagnostic for detection of prostate’s diseases.This study aims to raise the perception of the symptoms of the HPB in the male population in the municipal district of Bambui- MG which aims to identify the frequency of the usuaries of the health unity, the main symptoms prostate’s showed by the population of study, and identify the fears, logings and difficulties of looking for a health unity. From all that approach, it evidences that the lack of incentives to a health promotion and the factors related of common sense, still shows vestiges of bias from the rectal examination for this customer, among other exams, but also denotes that the population has been frequenting the basic heath unities, taking out the mystery of the beliefs and making appear a new proposal how to promote the man health. Key-Words: Hyperplasia Prostate Benign. Man health. Health Promote.
  • 9.
  • 10. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AVC Acidente Vascular Cerebral CEMIG Companhia de Energia Elétrica de Minas Gerais CNS Conselho Nacional de Saúde COPASA Companhia de Saneamento DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ESF Estratégia de Saúde da Família FHEMIG Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais HPB Hiperplasia Prostática Benigna IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INCA Instituto Nacional do Câncer IPSS International Prostatic Symptom Score PACS Programa de Agentes Comunitários de Saúde PSA Prostate Specific Antigen (Antígeno Prostático Específico) SBU Sociedade Brasileira de Urologia SUS Sistema Único de Saúde UBS Unidade Básica de Saúde
  • 11. LISTAS DE TABELAS Tabela 1 – Distribuição da amostra ........................................................................... 31 Tabela 2 – Grau de escolaridade dos participantes no estudo ................................. 34 Tabela 3 – Distribuição dos entrevistados por faixa etária ........................................ 35
  • 12. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 – Sensação de não esvaziar a bexiga completamente .............................. 40 Gráfico 2 – Necessidade de ir ao banheiro em menos de 2 horas ............................ 42 Gráfico 3 – Interrupção do jato de urina na micção ................................................... 43 Gráfico 4 – Dificuldade em controlar a vontade de urinar ......................................... 44 Gráfico 5 – Quantidade de jato urinário fraco nos últimos meses ............................. 45 Gráfico 6 – Necessidade de fazer força para urinar,com presença de dor ............... 46 Gráfico 7 – Necessidade de levantar a noite para urinar .......................................... 47
  • 13. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 13 2 OBJETIVOS ................................................................................................... 15 2.1 Objetivo geral ................................................................................................. 15 2.2 Objetivos específicos ..................................................................................... 15 3 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 16 3.1 Aparelho reprodutor masculino: a função da próstata ................................... 16 3.2 Hiperplasia prostática benigna: a restrição cultural e os fatores de risco ...... 17 3.3 A política da saúde do homem no contexto da equipe de saúde da família .. 20 3.4 A saúde do homem no município de Bambuí-MG ......................................... 22 3.5 As principais doenças prostáticas que acometem o homem ......................... 23 3.6 Neoplasia prostática: um vilão na saúde do homem...................................... 24 3.7 Prostatite aguda ............................................................................................. 25 3.8 Prostatite crônica ........................................................................................... 25 3.9 Hiperplasia prostática benigna (HPB) ............................................................ 26 3.10 Exames que auxiliam no diagnóstico ............................................................. 27 3.10.1 Toque retal ..................................................................................................... 27 3.10.2 Ultrassonografia transretal ............................................................................. 27 3.10.3 PSA (Antígeno Prostático Específico) ............................................................ 28 4 RECURSOS E MÉTODOS ............................................................................ 29 4.1 Tipo de pesquisa ........................................................................................... 29 4.2 Caracterização do campo de estudo ............................................................. 29 4.3 Teste piloto .................................................................................................... 30 4.4 População de estudo ..................................................................................... 30 4.5 Coleta de dados ............................................................................................. 31 4.6 Análise e interpretação dos dados ................................................................. 32 4.7 Cuidados éticos ............................................................................................. 32 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................... 34 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 48 REFERÊNCIAS ............................................................................................. 50 APÊNDICE A – Questionário estruturado ...................................................... 54 APÊNDICE B – Protocolo de enfermagem de atendimento ao homem na atenção básica ................................................................. 57
  • 14. ANEXO A – Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) ................ 83 ANEXO B – Parecer Consubstanciado ......................................................... 84
  • 15. 13 1 INTRODUÇÃO A saúde do homem é um tema pouco difundido na área da saúde. Devido à elevada incidência de neoplasia prostática, atualmente o Ministério da Saúde iniciou o programa de política de saúde do homem, o qual visa à integração da população masculina a ter mais acesso aos serviços de saúde, a fim de estimular o diagnóstico precoce para a detecção das doenças. Ao longo da história, a sociedade preconiza o homem como uma figura autônoma, de caráter de liderança postulado no papel principal de “chefe de família”, provedor do qual o grupo familiar, que recebe a responsabilidade perante sua prole. Desde a Antiguidade o homem passa por processos culturais, tendo como primórdios o sustento e o bem estar da família. Assim, desde o seu nascimento e intimamente relacionado ao seu amadurecimento, a função que a maioria dos homens concebe ao conhecimento relacionado aos órgãos genitais é apenas por prazer e reprodução. Além das descobertas adquiridas na adolescência referente à função genital, desconhecendo por completo as funções de outras estruturas do aparelho reprodutor masculino. Mas, por volta dos 40 anos, a próstata começa a aumentar de tamanho, interferindo na qualidade de vida da população masculina. Existem alguns fatores que interferem na saúde do homem e, dentre outras patologias, destaca-se a neoplasia prostática, e a hiperplasia prostática benigna – HPB, que será enfocada, no presente estudo. A hiperplasia prostática benigna caracteriza-se por uma etiologia ainda desconhecida na área da saúde, decorrente da influência de vários fatores que predispõem a doença. Além da escassez de uma política preventiva e contínua na saúde do homem, da falta de incentivos à promoção de saúde e dos fatores relacionados ao senso comum, estabelecendo preconceitos pela própria classe masculina referentes ao exame de próstata. Segundo Dornas; Damião e Carrerette (2010) “a HPB é uma alteração que acomete a próstata do homem adulto. Se um homem viver até os oitenta anos, ele terá a probabilidade de cerca de 80% de desenvolver esta doença”. O conflito insere no contexto da escassez da população masculina, ao procurar os serviços de saúde para buscar soluções para o tratamento da HPB, sendo na maioria das vezes confundida com patologias do sistema urinário, tais como infecções de urina, cálculos na bexiga e sangramentos.
  • 16. 14 Este estudo objetiva levantar questões referentes aos sinais e sintomas da HPB promovendo a saúde do homem e sua conscientização ao entrar em uma unidade de saúde. Nesse sentido, o estudo proposto busca contribuir para que a difusão da informação sobre a HPB possa chegar com precisão à população masculina, acima de 40 anos, no município de Bambuí, Estado de Minas Gerais.
  • 17. 15 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Identificar a percepção que a população masculina do município de Bambuí- MG tem sobre os principais sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna. 2.2 Objetivos específicos Identificar a frequência com que os homens de 40 anos ou mais procuram a unidade por questões urinárias. Identificar os principais sintomas da HPB apresentados por esta população. Identificar anseios, medos, “tabus”, e as dificuldades de procurar uma unidade básica de saúde.
  • 18. 16 3 REFERENCIAL TEÓRICO A revisão de literatura realizada corresponde a discussões envolvendo conceitos e teorias a respeito do “Aparelho Reprodutor Masculino”, da “Hiperplasia Prostática Benigna” e da “Política da Saúde”. Pensadas de maneira conjunta, essas temáticas teórico-conceituais possibilitaram a organização do aporte teórico que orientou a inserção das pesquisadoras no trabalho de campo. 3.1 Aparelho reprodutor masculino: a função da próstata O aparelho reprodutor masculino é constituído de várias estruturas que tem por função principal a excreção de líquidos e a reprodução, estabelecendo a continuidade da vida. É constituído de estruturas adjacentes tais como; pênis, a glande, vesículas seminais, corpos cavernosos e esponjosos, próstata, bexiga, ureteres, e uretra, ducto deferente e ejaculatório, epidídimo, glândulas bulbo uretrais, escroto e testículos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer-INCA (2011), a próstata caracteriza- se por uma glândula do aparelho reprodutor masculino situada, perto das vesículas seminais e abaixo da bexiga e á frente do reto. No seu interior os canais deferentes saem na uretra. Produz um líquido que protege, alimenta e facilita a movimentação dos espermatozóides, denominado de líquido prostático, do qual compõe a composição do sêmen ou esperma, de aspecto espesso e coloração branca eliminado durante a ejaculação através da uretra, liberado durante o ato sexual. Ao se posicionar sobre tal assunto, Guyton (1988, p. 498) relata que [...] por meio dos reflexos neurais, iniciados na glande do pênis, passam para a medula espinhal, retornando para os órgãos sexuais gerando a ereção do pênis, secreção de muco pelas glândulas associadas, para efeitos de lubrificação e emissão e ejaculação, que ocorrem no instante de excitação sexual máximo definido o período do orgasmo masculino. Seguindo a mesma linha de raciocínio a respeito das especificidades do aparelho reprodutor masculino, Dângelo e Fattini (2000, p. 146) complementam tal idéia apontando que a
  • 19. 17 Próstata é definida como um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga e atravessado em toda sua extensão pela uretra. Consiste principalmente de musculatura lisa e tecido fibroso, mas contém também glândulas. A secreção desta junta-se á secreção das vesículas seminais para constituir o volume do líquido seminal. A secreção das glândulas prostáticas é lançada diretamente na porção prostática da uretra através de numerosos dúctulos prostáticos não visíveis macroscopicamente e confere odor característico ao sêmen. A secreção da próstata é específica. Ela atua como um lubrificante, e transporta os espermatozóides até o exterior do canal urinário. 3.2 Hiperplasia prostática benigna: a restrição cultural e os fatores de risco A HPB caracteriza-se em uma patologia que induz o aumento da próstata. As causas propostas atualmente permanecem desconhecidas, estabelecendo a variante de que a sua patogênese decorre com o aumento da faixa etária acima dos 40 anos. Dados estatísticos da Sociedade Brasileira de Urologia – SBU (2011, p. 1) apontam que cerca de 30 % dos homens sofrem de distúrbios da próstata após 50 anos e entre 60 a 80 anos, 80% a 90% dos homens estão propensos a uma hipertrofia ou uma hiperplasia prostática benigna, o que equivale 14 milhões de brasileiros. Através destes dados de tão elevada freqüência, nota-se que a doença ocorre devido o aumento da expectativa de vida. Por volta dos 40 anos de idade, aproximadamente 15% - 20% dos homens apresentam HPB (SBU, 2010). Embora não seja uma moléstia de cunho tão agressivo quanto o câncer de próstata e sua etiologia possui apenas fatores relacionados a alterações hormonais e estilos de vida, a HPB promove na sua evolução clínica da doença transtornos que comprometem a qualidade de vida do homem. Segundo a (SBU, 2003): “Um em cada seis brasileiros sofre de câncer de próstata e nem sabe disso”. Os diagnósticos de ambas as patologias podem estar relacionados, pois os sintomas são semelhantes e definindo-se a hiperplasia prostática benigna é caracterizada por um aumento no volume da próstata benigno e o câncer de próstata, maligno. Conforme afirma Srougi (2008, p. 1): [...] a próstata é uma glândula de importante função na fase reprodutiva do homem, porém, perde esse papel biológico quando o homem se torna
  • 20. 18 maduro. A partir desse momento, a próstata pode sofrer um aumento benigno – HPB – ou maligno – câncer. A HPB prejudica a qualidade de vida do homem, além do constrangimento e o desconforto presentes na sua sintomatologia. Segundo o Ministério da Saúde, Brasil (2007): [...] Os principais sintomas da HBP são: jato urinário fraco, jato interrompido, aumento da freqüência das micções com eliminação de pequenos volumes de urina durante o dia e a noite, urgência para urinar com perda, ocasionalmente, de urina na roupa. Estes sintomas podem ocorrer isoladamente ou em conjunto e podem ser leves, moderados ou severos. O diagnóstico baseia-se nos sintomas, em exames de laboratório (urina, PSA etc.), toque retal, ultra-sonografia da próstata, endoscopia urinária e urodinâmica. A sociedade ao longo dos tempos preconiza o homem como uma figura autônoma, de caráter de liderança postulado no papel principal “chefe de família” de caráter provedor do qual no grupo familiar compete à responsabilidade perante sua prole, culturalmente como afirma Ramos (2000) “ele procura sua autenticidade visando conquistar sua masculinidade”. Segundo Damatta1 (1997) apud Tofani e Vaz2 (2007) “[...] aponta que a construção da masculinidade é atravessada por pontos carregados de inseguranças provocadas principalmente pelo medo do homossexualismo e da impotência”. Segundo Gomes3 (2003) apud Tofani e Vaz (2007); “A sexualidade masculina,quando não devidamente abordada, pode comprometer a saúde do homem, revelando dificuldades, principalmente em relação à promoção de medidas preventivas”. Tais dificuldades definem-se em falta de tempo, vergonha de estar diante a um profissional de saúde, ou proveniente do custo com o tratamento. Gomes, Nascimento & Araújo (2006) ressaltam que: [...] o homem procura o serviço de saúde somente quando busca ajuda para a cura de um mal que aflige. Isso, em geral, ocorre por dois motivos: quando a dor se torna insuportável e quando há uma impossibilidade de trabalhar. 1 DAMATTA, R. Tem pente aí? Reflexões sobre a identidade masculina. In D. Caldas (Ed.) Homens (p. 31-49). São Paulo, Brasil: Senac, 1997. 2 TOFANI, A. C. A; VAZ, C. E. Câncer de próstata, Sentimento de Impotência e Fracassos ante aos Cartões do IV e VI do Rorscharch. Revista Interamericana de Psicologia. Porto Alegre, v. 41, n. 2, p 197-204, 2007. 3 GOMES, R; REBELLO, L. E. F. S; ARAUJO, F. C; NASCIMENTO, E. F. Câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro.
  • 21. 19 Estas atitudes incluem, mas uma lacuna a preencher referente à saúde do homem que psicologicamente ao longo da história por motivos culturais adota uma postura de restrição ao procurar uma unidade de saúde. Dados do Ministério da Saúde (2007) mostram que em enquanto 16,7 milhões de mulheres foram ao ginecologista, apenas 2,7 milhões de homens foram ao urologista. Segundo Pereira, (2009, p.1); Estudos demonstram que a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arterial mais elevada. Em decorrência desses agravos, o ministro da saúde José Gomes Temporão, lançou como uma de suas prioridades a nova Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem a ser implementada no Sistema Único de Saúde, esta por sua vez, vai muito além da prevenção do câncer de próstata e exige mudanças culturais que incluam o repensar das relações de gênero. Segundo Gomes e Nascimento (2006), a restrição do homem ao procurar um serviço de saúde está relacionada a ideologias e preconceitos, do qual gera uma restrição ao procurar uma unidade de saúde e indiretamente afetando a mulher, decorrente dos riscos impostos por doenças sexualmente transmissíveis provenientes da escassez da população masculina para uma eventual promoção. Além disso, a não procura para o tratamento pode implicar riscos à saúde do homem; [...] Se a hiperplasia benigna da próstata não for tratada, o aumento do volume da próstata pode abrir espaço para uma série de problemas, como retenção urinária, presença de cálculos na bexiga, infecções urinária de repetição, sangramento (SBU, 2010, p.2). Existe também outra correlação que afirma que hábitos alimentares inadequados e alterações hormonais podem desencadear uma hiperplasia prostática benigna ou câncer de próstata como afirma Tofani e Vaz (2007) apud Gomes4 (2003). Segundo Souza, (2005, p.19) a alimentação também ganha um importante impulso presente; [...] duas recentes revisões de alimentação e políticas de nutrição concluíram que um alto consumo energético, excessivo de carne vermelha 4 GOMES, R; REBELLO, L. E. F. S; ARAÚJO, F. C; NASCIMENTO, E. F. Câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência e Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v. 13, n. 1, p. 1-20, Jan/Fev 2008.
  • 22. 20 e gordura de origem animal, bem como as aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, podem aumentar o risco de câncer de próstata ou uma hiperplasia prostática benigna. Também estudos da biologia da próstata sugerem que a diidrotestosterona, substância convertida do hormônio testosterona promove o crescimento tumoral maligno e benigno da próstata. (SOUSA, 2005) Conhecendo o percurso natural da doença, tem-se em mente que a HPB apresenta uma ampla linha de fatores que diversificam os riscos para a sua evolução, tais como idade avançada, antecedentes familiares, alterações no funcionamento dos testículos, além de fatores psicológicos e emocionais que interferem na saúde do homem ao procurar um serviço de saúde para a realização de exames. 3.3 A política da saúde do homem no contexto da equipe de saúde da família A necessidade de realizar uma política de saúde abrangente é enorme, não somente para tratar patologias relacionadas ao sistema urinário do trato inferior em indivíduos do sexo masculino, mas também de ações de prevenção e promoção relacionadas a outras patologias que correlacionam tais como; Acidente Vascular Cerebral (AVC), neoplasias, pneumonias, Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas (DPOC). Futuramente a desencadear doenças crônicas e degenerativas, sendo um primórdio não muito distante um grande desafio para a área de saúde. Como acrescenta Brasil (2006) apud Maciel5 (2009, p. 14); [...] visando implementar tais princípios, foi criado, em 1994, o Programa de Saúde da Família, incorporando e ampliando o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), existente desde o início da década de 90. No ano de 1999, ele passa a ser denominado Estratégia de Saúde da Família ESF, e traduz a concretização de uma iniciativa de saúde na mais nova forma de organização da atenção básica. A saúde pública brasileira ganhou novos rumos e paradigmas à atenção básica de saúde tendo como reflexo aos tempos extintos, do qual o médico estabelecia atendimento domiciliar aderindo a uma forma atual é de atendimento diferenciado focando atenção domiciliar. 5 MACIEL, P. S. O homem na Estratégia da Saúde da Família. Dissertação de Mestrado. Natal. RN. 2009.
  • 23. 21 “O momento atual já consegue desvencilhar-se mais da prática do PSF e enxergar para além da unidade de saúde e equipe básica e questionar alguns dos princípios que fizeram parte da implantação. As discussões contam com a possibilidade da expansão da equipe básica, o redimensionamento das áreas, a consolidação dos vínculos empregatícios, a reestruturação do papel dos agentes comunitários, o sofrimento de cuidadores em seus processos de trabalho, a multidisciplinaridade, a defesa do controle social, a organização do acesso e a humanização da atenção, o levantamento de novas prioridades e a necessidade de capacitações constantes em programas de educação continuada”. (MANO, 2004) Porém sua abrangência ainda não adotou um atendimento em ampla escala. Como afirma Furtado, (2009, p. 715); [...] Afinal, as complexidades das iniciativas que enfrentam problemas sociais e de saúde requerem, para sua abordagem, muito mais profundidade que o senso comum poderia oferecer e a consideração de muito mais aspectos do que a avaliação para o controle seria capaz de permitir. A política Nacional de Saúde do homem visa ações a serem desempenhadas em 2011 do qual tem como objetivo principal o acesso da população masculina aos serviços públicos de saúde (UNIVIÇOSA, 2011) [...] lançada em 2009, essa política prevê o aumento de até 570% no valor repassado às unidades de saúde por procedimentos urológicos e de planejamento familiar, como vasectomia, e a ampliação em até 20% no número de ultra-sonografias de próstata. Por meio dessa iniciativa, o governo federal quer que, pelo menos, 2,5 milhões de homens na faixa etária de 20 a 59 anos procurem o serviço de saúde ao menos uma vez por ano. Além de criar mecanismos para melhorar a assistência oferecida a essa população, a meta é promover uma mudança cultural. Contribuindo para a assistência de uma forma ampla na saúde abordando de uma forma nunca vista, estabelecendo o conceito de prevenção e incentivo atribuindo características importantes para a evolução nos diagnósticos e intervenções a fim de reduzir o número de óbitos. Pressupõe em uma alternativa eficaz para a promoção da saúde masculina a desmistificar a realidade inserida e influenciar a inserção do homem no contexto do serviço da saúde. Além de idealizar uma metodologia específica para o desenvolvimento da pesquisa, provenientes de recursos e métodos empregados na população do sexo masculino.
  • 24. 22 3.4 A saúde do homem no município de Bambuí-MG No contexto da Estratégia de Saúde da Família (ESF) percebe-se a evidência da escassez da população masculina ao procurar os serviços de saúde. Além de serem perceptíveis os anseios, medos, tabus desta amostra ao estarem diante de um profissional de saúde. O homem por si só define-se em um ser carregado de obrigações do cotidiano, porém sua essência provê em bases inconstantes que percorre em revezes na sua interioridade, sendo uma população que raramente procura os serviços de saúde e quando procuram, na maioria das vezes em estado de saúde já debilitado. Como salienta Pereira6, [2010?] apud Temporão (2009); Essa política parte da constatação de que os homens, por uma série de questões culturais e educacionais, só procuram o serviço de saúde quando perderam sua capacidade de trabalho. Com isso, perde-se um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção, já que chegam ao serviço de saúde em situações limite. Em geral, os homens têm medo de descobrir que estão doentes e acham que nunca vão adoecer, por isso não se cuidam. Não procuram os serviços de saúde e são menos sensíveis às políticas. Isso coloca um desafio ao SUS, já que vai exigir do sistema mudanças estruturais para que o sistema esteja mais sensível, inclusive com o treinamento de profissionais para que olhem de forma mais atenta a essa população. Tal fato estabelece a premissa de que embora com a evolução da medicina, e a ampliação do conceito de saúde em suas vertentes, infelizmente a saúde do homem enfrenta um caos que por meio de verbas necessita de uma gestão que urge ser revigorada através de novas estratégias para direcionar as bases deste serviço, como acrescenta Figueiredo (2004, p. 109); O desafio lançado para as UBS é estudar o desenvolvimento de trabalhos voltados para os homens em uma perspectiva de gênero. Somente desta forma será possível aumentar a visibilidade das necessidades específicas da população masculina, compreendida em um contexto sociocultural, a partir de ações mais efetivas para o cuidado de saúde. 6 PEREIRA, A. K. D. Saúde do Homem: Até onde a masculinidade Interfere. Paraíba. Universidade Estadual da Paraíba-UEPB. 2009. II Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais, Culturas, leituras e representações.
  • 25. 23 Quando se aplica o conceito de gênero cabe a nós profissionais de saúde, abordar de uma maneira distinta as relações entre masculino e o feminino, visando não sensibilizar o homem tratando de uma forma na qual o mesmo se sinta feminilizado. Durante as aplicações dos questionários onde foi exposto o tema, observa-se que na amostra analisada, a maioria não adere a uma qualidade de vida saudável, tais medidas incluem como a prática de uma alimentação adequada, a restrição ao consumo de álcool, a procura de meios de controle, detecção e promoção perante a prevenção das doenças prostáticas. Outro fator clímax de tal situação está relacionado às unidades Básicas de Saúde, falta à capacitação de uma mão de obra qualificada que vise o aprimoramento e treinamento específico para abranger esta clientela e, além disso, ações que possamos adequar e atender esta parcela da população visto que por questões de trabalho muitos dos homens deixam de freqüentar a unidade em busca de tratamento. De acordo com Figueiredo (2005), nota-se que na atenção primária a demanda dos homens por atendimento é inferior à das mulheres, devido a diferentes variáveis, dentre elas, aponta a prevalência masculina na procura de serviços emergenciais, tais como farmácias e pronto-socorro, pois nestes serviços poderiam expor melhores seus problemas e serem atendidos mais rapidamente. Realidade inserida não somente em um município, mas de âmbito em todo território nacional. Outro aspecto definido é o déficit de conhecimento referente à Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) do quais muitos dos homens desconhecem sua evolução e sintomatologia e primordialmente surge o preconceito perante a realização de exames. 3.5 As principais doenças prostáticas que acometem o homem Em se tratando de patologias que comprometem a saúde do homem seria inútil descrever a etiologia de tais moléstias, pois a gama de fatores que influência na sua causa possui significado muito amplo, porém para delimitar tal assunto a seguir esta a definição das principais doenças prostáticas.
  • 26. 24 3.6 Neoplasia prostática: um vilão na saúde do homem As doenças da próstata na população masculina podem ser consideradas como um problema de saúde pública, pois interferem diretamente na qualidade de vida do homem. Pois parte da incidência das neoplasias prostáticas poderiam ser remediadas e evitadas através de um simples ato, a prevenção, mas antes de tudo, é de fundamental primórdio, fomentar recursos e estabelecer parcerias que viabilizem este processo. Segundo o INCA- Instituto Nacional do Câncer (2000), a neoplasia prostática é mais frequente no sexo masculino, representando 30% dos casos identificados. No Brasil, INCA (2000), foram diagnosticados cerca de 18,49% novos casos por 100.000 habitantes.E percebe-se ao longo dos anos o aumento abrupto de novos casos. Segundo o INCA-Instituto Nacional de Câncer (2010, p. 24); “No Brasil, as estimativas, para o ano de 2010, serão válidas também para o ano de 2011, e apontam para a ocorrência de 489.270 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma, serão os cânceres de próstata e de pulmão no sexo masculino e os cânceres de mama e do colo do útero no sexo feminino, acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada para a América Latina. Em 2010, são esperados 236.240 casos novos para o sexo masculino e 253.030 para sexo feminino. Estima-se que o câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (52 mil), mama feminina (49 mil), cólon e reto (28 mil), pulmão (28 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (18 mil)”. Infelizmente a cada ano os números de neoplasias aumentam de forma discrepante isto mostra o valor que deve ser enfatizando em programas de prevenção e promoção na saúde, pois e por intermédio destas ações que juntamente com o sistema de alta complexidade promovem uma ação eficaz no tratamento de muitos indivíduos acometidos. Em se tratando da saúde do homem e de importante valia requerer de meios que contribuam para intervir neste processo traçar metas, elaborar cartilhas que oriente esta população dos sintomas de patologias que acometem e mostrar que a saúde é sinônimo, de qualidade de vida, do qual requer meios para estabilizar, tendo cada individuo conscientizar-se que o resultado é satisfatório somente quando ele
  • 27. 25 torna um aliado de si mesmo,conhecendo seu organismo e suas alterações que acometem o sistema urinário do homem. Segundo o INCA (2010, p. 25); Diante desse cenário, fica clara a necessidade de continuidade em investimentos no desenvolvimento de ações abrangentes para o controle do câncer, nos diferentes níveis de atuação, como: na promoção da saúde, na detecção precoce, na assistência aos pacientes, na vigilância, na formação de recursos humanos, na comunicação e mobilização social, na pesquisa e na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). A próstata é um dos órgãos que pode desenvolver tumores cancerosos. Estes usualmente se iniciam na parte externa da glândula e inicialmente podem não bloquear a uretra. Muitos homens com tumores têm, coincidentemente, HBP e são os sintomas desta que levam à descoberta do câncer. 3.7 Prostatite aguda A prostatite é definida como uma inflamação da próstata do qual o seu estado pode ser tornar agudo ou crônico. Sua etiologia pode ser de causa bacteriana fato comum nas prostatites agudas. Filho, (2006, p. 591) define que; [...] Os microrganismos chegam á próstata por meio de refluxo intraprostático de urina infectada ou, ocasionalmente, por via linfática ou hematogênica a partir de focos de infecção distantes. Os principais sintomas da prostatite são febre, calafrios, dor perineal, dificuldade e ardência ao urinar. O tratamento é feito com antibióticos específicos e a cura é quase sempre obtida (CAIRES e ARAÚJO, 2007, p.14). 3.8 Prostatite crônica As prostatites crônicas decorrem de uma infecção do qual possui um difícil diagnóstico e tratamento os sintomas são similares ao da prostatite aguda, porém não apresenta febre. O tratamento é efetuado por meio de antibióticos ou outros medicamentos de suporte. A condição é de difícil tratamento e pode haver a necessidade de massagem prostática (CAIRES e ARAÚJO, 2007, p. 14).
  • 28. 26 3.9 Hiperplasia prostática benigna (HPB) Definida por outras nomenclaturas tais como hipertrofia prostática, hipertrofia adenomatosa, a Hiperplasia Prostática Benigna- HBP constitui a afecção de próstata de freqüência mais comum. Proveniente de um aumento no volume da próstata, de caráter benigno. Porém de causa etiológica ainda indeterminada. A HBP é uma patologia que no decorrer da vida do indivíduo aumenta sua incidência com a idade acometendo homens acima de 40 anos, atingindo cerca de 50% dos homens aos 60 anos e de 90% dos homens entre 70 e 80 anos, (CALVETE; SGROUGI, et al, 2003). Para Filho, (2006, p. 594) menciona que; Os nódulos hiperplásicos provocam diferentes graus de compressão da uretra prostática ou funcionam como uma valva no orifício uretral interno;consequentemente,causam retenção urinária.A obstrução da uretra determina dificuldade em urinar que se manifesta por um conjunto de sinais e sintomas denominados de prostatismo: aumento da freqüência urinária, noctúria, urgência miccional, jato urinário fraco, hesitação, intermitência, gotejamento urinário, esvaziamento incompleto e micção em dois tempos.A falta de esvaziamento completo da bexiga é fator predisponente importante para infecções urinárias.Em alguns pacientes pode haver retenção urinária aguda necessitando cateterização de urgência,na maioria das vezes causada por aumento súbito da glândula decorrente de edema secundário a infarto prostático. A Hiperplasia prostática benigna promove sintomas que prejudicam a qualidade de vida do homem, dentre sua sintomatologia pode ser definida por dois grupos de sintomas, os sintomas obstrutivos e os sintomas irritativos. Os sintomas obstrutivos interferem no funcionamento da bexiga eliminação da urina, o qual provoca esforço ao urinar, diminuição do jato urinário, e sensação do não esvaziamento completo da bexiga. Os sintomas irritativos provocam dor ao urinar, diversas micções noturnas, micções de urina em pequena quantidade em curto espaço de tempo. O diagnóstico baseia-se geralmente nos sintomas e são validados por testes estes incluem exames de laboratório, dentre eles Urina e PSA, o toque retal de fundamental importância para definir o aumento de volume da próstata, e a ultra- sonografia da próstata.
  • 29. 27 3.10 Exames que auxiliam no diagnóstico Os exames usados atualmente para a detecção precoce do câncer de próstata possibilitam diretamente a detecção mais detalhada podendo contribuir indiretamente para um diagnóstico de uma HPB e outras patologias. O rastreamento deve ser feito em todo homem a partir dos 40 anos no qual busca identificar os possíveis fatores de riscos associados tais como; história clínica, antecedentes familiares, dosagem de PSA, Toque Retal e a Ultrassonografia Transretal. 3.10.1 Toque retal O toque retal também denominado de exame digital é uma técnica que consiste na introdução do dedo indicador no ânus do paciente. A fim de verificar possíveis alterações como aumento de tamanho e alterações na consistência da glândula. É uma ferramenta eficaz embora exista o preconceito perante a realização deste exame. Possui um resultado satisfatório em média de 20%, pois alguns tumores não apresentam o marcador sanguíneo (PSA) alterado. (Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, 2011, p. 1). Segundo, Amorim, Barros et al, (2011, p. 2), [...] O rastreamento do câncer de próstata é realizado por meio do toque retal e da dosagem do Antígeno Específico Prostático (PSA). O toque retal é utilizado para avaliar o tamanho, a forma e a consistência da próstata no sentido de verificar a presença de nódulos, mas sabe-se que este exame apresenta algumas limitações, uma vez que somente possibilita a palpação das porções posterior e lateral da próstata, deixando 40% a 50% dos tumores fora do seu alcance; depende também do treinamento e experiência do examinador e ainda existe a resistência e rejeição de importante dos pacientes em relação a esse tipo de exame. 3.10.2 Ultrassonografia transretal Consiste em um exame de ultrassom feito através do ânus no qual permite visualizar as chamadas áreas hipoecóicas dentro da próstata, típicas das lesões cancerosas. Este exame, falha em 60% a 70% dos pacientes deixando de evidenciar
  • 30. 28 tumores que estão presentes ou demonstrando áreas que não são malignas. Por isto, o ultrassom é usado pelos urologistas em alguns casos de dúvida clínica e, principalmente, para orientar a realização de biópsias da próstata. (SGROUGI, 2005, p. 3). Segundo Caires e Araújo, (2007, p. 26), O ultra-som trans retal consiste em um exame com capacidade de fornecer imagens multiaxiais em tempo real, em eixo transverso e sagital. É um aparelho que pode ser acoplado a um adaptador que possui uma agulha para biópsia, facilitando a obtenção de diversos fragmentos. 3.10.3 PSA (Antígeno Prostático Específico) O PSA é uma proteína produzida pela próstata que se eleva de maneira significativa em casos de neoplasias, mas também sua alteração pode ser proveniente em casos de infecção ou HPB. Com isso as alterações do índice de PSA elevado merecem sempre uma observação mais apurada. (CAIRES e ARAÚJO, 2011) Isto reflete que levando em conta a utilização conjunta do toque retal e de dosagem sanguínea do PSA constitui a melhor forma para se diagnosticar o câncer de próstata. Conforme citado por Sgrougi, (2005, p. 3), [...] Levando em conta a relação custos/benefícios, definiu-se que a melhor forma de diagnosticar o câncer da próstata é representada pela combinação de toque digital e dosagem do PSA. O toque exclusivo falha em 30% a 40% dos casos, as medidas de PSA falham em 20%, mas a execução conjunta dos dois exames deixa de identificar o câncer em menos 5% dos pacientes.
  • 31. 29 4 RECURSOS E MÉTODOS 4.1 Tipo de pesquisa Estudo descritivo com abordagem quantitativa. A pesquisa descritiva visa descrever fatos e fenômenos de uma determinada realidade. [...] as pesquisas descritivas são aquelas que têm por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade e estado de saúde física e mental. outras pesquisas deste tipo são as que se propõem a estudar o nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as condições de habitação, etc. São incluídas nesse grupo as pesquisas que tem por objetivo levantar opiniões, atitudes e crenças de uma população (GIL, 2002, p.42). As pesquisas quantitativas utilizam uma amostra que irá avaliar atitudes, opiniões, interesses de uma determinada população onde serão colhidos os dados através de questionários com perguntas claras e objetivas, generalizam o entendimento dos entrevistados e estabelece a padronização dos resultados. Segundo Silva e Menezes (2000), a pesquisa quantitativa possibilita quantificar as informações levantadas no estudo. A tradução dessas informações constituída de variáveis numéricas gera desta maneira opiniões e informações que possibilitam sua classificação e posterior análise. Segundo Minayo et al. (2003, p.22): “[...] O conjunto de dados qualitativos e quantitativos se complementam, pois a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo qualquer dicotomia”. 4.2 Caracterização do campo de estudo O estudo foi desenvolvido nas unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF’s) no município de Bambuí-MG, localizado na região Centro Oeste do Estado de Minas Gerais, composto por uma população total de 22.615 habitantes sendo que, destes, 11.421 (50,5%) correspondem à população feminina e 11.194 (49,4%) à população masculina; destes, 4760 (21,04%) corresponde à população masculina acima de 40 anos, a qual constitui a população ser estudada (IBGE, 2010). Bambuí-MG conta com 6 Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde em cada uma está inserida uma equipe de saúde da família – ESF; cada ESF contempla em
  • 32. 30 média 1233 famílias, configurando um total de 3625 indivíduos assistidos pelas respectivas equipes. Destas 3625 pessoas, 777 homens correspondem à população masculina acima de 40 anos estimada em cada ESF, sendo a aplicação dos questionários mediante aos indivíduos que procurarem a unidade entre maio até agosto as unidades de saúde. O município de Bambuí-MG apresenta outros serviços de saúde destinados à população, como a Policlínica Municipal Adélia Cardoso, o Hospital Nossa Senhora do Brasil que, desde a década de 40, presta atendimento privado e público pelo Sistema Único de Saúde - SUS, a Casa de Saúde São Francisco de Assis pertencente à rede FHEMIG conhecido antigamente como Sanatório São Francisco de Assis por prestar atendimento aos portadores de hanseníase em toda a região,e o Instituto Oswaldo Cruz, onde eram feitas pesquisas para o controle e estudo da doença de chagas.Também apresenta dois postos de saúde bucal e uma farmácia municipal que distribui medicamentos gratuitos à população carente. O sistema de água e saneamento no município é feito mediante a rede pública do qual a empresa responsável pelo abastecimento nas residências é a COPASA, o saneamento no município é efetuado mediante a coleta pública de lixo, a energia elétrica que abrange todo o município é fornecida pela CEMIG. A questão referente ao saneamento, abastecimento, e iluminação pública abrange cerca de 95% de todo o território. 4.3 Teste piloto Foi elaborado o teste piloto, o qual foi desprezado os cinco primeiro participantes, este teste piloto foi efetuado apenas para validar a compreensão dos entrevistados e iniciar a aplicação do questionário. 4.4 População de estudo A pesquisa teve como critérios de inclusão, somente homens com mais de 40 anos que frequentaram o Programa de Saúde da Família durante os meses de Maio a Agosto de 2011 nas seis unidades de Estratégia de Saúde da Família - ESF no município de Bambuí-MG e que estiveram dispostos a responder livremente.
  • 33. 31 Desta forma, foram excluídos os indivíduos abaixo de 40 anos de idade do sexo masculino, os que se negaram a responder o questionário, os analfabetos e indivíduos portadores de deficiência mental ou patologias que comprometem o raciocínio lógico, tais como demência, e Alzheimer. A população masculina que procurou por atendimento médico e para prescrição de medicamentos no período da coleta de dados foi constituída por 1129 sujeitos. Destes, 800 foram excluídos, analfabetos, déficit cognitivo, apresentar faixa etária menor que 40 anos, 267 se recusaram a participar, alguns pegaram o questionário, porém não entregaram a tempo. Porém, ao longo do estudo referente à frequência da população masculina nos serviços de Atenção Básica em Saúde em alguns locais, as informações impressas não eram anotadas e outros os dados eram diversificados, em outros o fluxo de atendimento era superior, em alguns a quantidade de questionários era maior por haver atendimento médico diariamente comparado a outras unidades que não dispunham todos os dias. Desta forma, a população de estudo ficou constituída por 62 sujeitos, assim distribuída (TAB. 1): Tabela 1 – Distribuição da amostra População Base *1129 População Excluída 800 Não participaram do Estudo 262 Teste Piloto 5 População de Estudo 62 Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. 4.5 Coleta de dados Os dados foram coletados no período de Maio a Agosto de 2011 nas Unidades de Saúde da Família no município de Bambuí-MG. O instrumento utilizado foi um questionário, composto por questões fechadas, por meio do qual se efetuou uma análise quali-quantitativa dos participantes,
  • 34. 32 permitindo identificar as dificuldades impostas ao procurar uma unidade de saúde, além de ser uma fonte para obter novas informações. Segundo Gil (2002, p. 114); [...] a técnica de interrogação por questionário entende-se por um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado. Além de constituir o meio mais rápido e barato de obtenção de informações, não exige treinamento de pessoal e garante o anonimato. O instrumento utilizado foi baseado no International Prostatic Symptom Score (I-PSS), Escore dos Sintomas Prostáticos tendo sido traduzido e validado para o português pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Outro fator a ser acrescido está relativo a hábitos alimentares, escolaridade e o atendimento prestado pela Unidade Básica de Saúde (Apêndice A). 4.6 Análise e interpretação dos dados A análise e interpretação dos dados foram feitas mediante os resultados obtidos no questionário aplicado nas unidades de Estratégia de Saúde da Família. Os dados foram analisados, realizando operações que têm por objetivo dar respostas às questões e verificar a validade dos objetivos específicos levantados, além das hipóteses plausíveis levantadas para o conteúdo do projeto. Segundo Moura; Ferreira e Paine (1988, p. 92): “partindo do pressuposto de uma análise qualitativa por intermédio de uma observação sistemática usando como níveis de medida a escala nominal que utiliza valores numéricos associados tendo apenas somente a função de identificá-los”. Segundo Triviños (2009, p. 161), Minayo (2010, p. 318) as fases são pré- análise, descrição analítica e a interpretação referencial, na qual são compostas por leitura flutuante que aproxima o pesquisador com o material de campo, deixando ele a par do seu conteúdo. Os dados foram processados conforme a análise obtida através dos questionários do qual consistem em analisá-los, a partir de sua aplicação em campo. 4.7 Cuidados éticos
  • 35. 33 Os cuidados éticos desde projeto visam resguardar os participantes seguindo as normas estabelecidas na Comissão Nacional de Saúde – CNS, de acordo com a Resolução n°. 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que descreve os padrões éticos e morais de pesquisa envolvendo seres humanos, garantindo os direitos do sujeito de pesquisa e deveres da comunidade científica (BRASIL, 1996). Além disso, visa resguardar a identidade dos participantes que se dispuserem a responder o questionário mantendo sua integridade moral e física. Este projeto foi encaminhado à Secretária Municipal de Saúde de Bambuí-MG e, após sua concordância, foi enviado ao Comitê de Ética em Pesquisas do Centro Universitário de Formiga UNIFOR-MG, tendo sido aprovado pelo Parecer nº. (71/2011).
  • 36. 34 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Conforme relatado na TAB. 1, a população de estudo ficou constituída por 62 indivíduos que procuraram as unidades de Básicas de saúde do município de Bambuí-MG, no período de maio a agosto de 2011. As amostras coletadas nas 6 Unidades do programa de Saúde da Família obtiveram uma variante de cada unidade, sendo que em alguns locais, onde o fluxo de atendimento e a oferta de serviços eram maiores, a quantidade de entrevistados era superior comparada às unidades que não ofereciam um atendimento médico de saúde fato observado em uma das unidades Estratégia de Saúde da Família (ESF) na qual o atendimento médico é oferecido apenas três vezes na semana. A seguir os dados apresentados correspondem a um total referente as 6 unidades ESF’s no município de Bambuí-MG. Tabela 2 – Grau de escolaridade dos participantes no estudo Grau de Escolaridade Quantidade Nenhuma 5 Ensino Fundamental Completo 9 Ensino Fundamental Incompleto ou Médio 33 Ensino Médio Completo 13 Graduado 2 Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Conforme a TAB. 2 é evidente pela quantidade de entrevistados que o homem quanto mais conhecimento possui apresenta menos procura os serviços de atenção primária á saúde. Fator a ser associado, a várias justificativas tais como; melhor condição financeira, maior capacidade cognitiva de discernir e solucionar problemas, excesso de trabalho e a dificuldade de conciliar o tempo para procurar a unidade de saúde. Como afirmam Gomes, Nascimento e Araújo, (2007, p. 572), Mesmo considerando que os homens deveriam cuidar de sua saúde, nem sempre conseguiam agir de acordo com essa idéia. Esse dado reforça o que na literatura vem sendo apontado sobre a diferença entre o que deveria
  • 37. 35 ser o que é a saúde para os homens. Discursivamente, homens costumam mencionar a saúde como uma situação ideal, mas este discurso não se traduz nas suas vivências fato observado em um grupo com curso superior. Do qual o posicionamento crítico faz a diferença. Conforme apontado em estudo feito pela SBU (2009), quanto mais escolarizado e maior a classe social, maior e o cuidado do homem com a saúde. De acordo com o estudo mencionado cerca de 79% dos homens com nível universitário já foram ao urologista, enquanto 46% dos que têm ensino fundamental foram ao especialista. A população masculina da região Sudeste são os que mais vão ao urologista (62%) e os do Norte vão menos (36%), (BRASIL, 2009). Tabela 3 – Distribuição dos entrevistados por faixa etária Faixa Etária Quantidade 40 a 49 anos 24 50 a 59 anos 11 60 a 69 anos 16 70 anos ou mais 11 Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Observa-se pela TAB. 3 que a procura por atendimento foi maior na faixa etária de 40 49 anos. Tal fato pode indicar que o homem, apesar da restrição cultural imposta no decorrer do tempo, aos poucos vem tendo contato com as unidades de saúde. Tal possibilidade pode estar associada aos significados e valores culturais que sofrem variação temporariamente em uma cultura, especialmente entre uma cultura e outra ao longo da vida de um mesmo indivíduo, (JUNIOR e LIMA; 2009). Embora a promoção de saúde para esta população não apresente uma linha de ampliação significativa, os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Ainda, os serviços e as estratégias de comunicação privilegiam as ações de saúde para a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, (BRASIL, 2008). Também reflete na possibilidade de que a partir dos 40 anos, a população masculina necessita de cuidados primários para uma eventual promoção de saúde, onde a incidência de sintomas prostáticos aumenta.
  • 38. 36 Este fato estabelece ao dividirmos a tabela em dois grupos; faixa etária entre 40 a 59 anos (56,7%), comparando ao grupo acima de 60 anos (41,9%). Enfim, a necessidade de criar políticas públicas para abranger tal clientela é de fundamental valia. Referente à ingestão de álcool, foi perguntado aos homens se ingerem ou não bebida alcoólica 29 (46,77%) homens afirmaram que “Não”. Enquanto 33 (53,22%) homens respondem afirmativamente. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas no mundo. O uso abusivo do álcool é responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil, tornando o problema da prevenção e do tratamento dos transtornos associados ao consumo de álcool um grande problema de saúde pública (BRASIL, 2008). Embora na população de estudo não houver mensurado a frequência e quantidade ingerida denota que a maioria dos entrevistados ingerem bebida alcoólica, necessitando posteriormente de uma investigação mais aprofundada, afim de validar algum possível fator de risco para as doenças prostáticas. Outro ponto abordado é sobre a ingestão de carne vermelha, onde 49 (79,0%) homens afirmaram que apresentam um consumo excessivo de carne vermelha e 13 (20,9%) responderam negativamente. Isto pode presumir um fator de risco para um possível desenvolvimento da HPB. Conforme citado anteriormente por Sousa, (2005, p. 19), a alimentação também ganha um importante impulso presente; [...] duas recentes revisões de alimentação e políticas de nutrição concluíram que um alto consumo energético, excessivo de carne vermelha e gordura de origem animal, bem como as aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, podem aumentar o risco de câncer de próstata ou uma hiperplasia prostática benigna. Quando indagados se na sua alimentação, ingerem gordura de origem animal, 45 (72,58%) participantes responderam positivamente enquanto que, 17 (27,41%) referiram não fazer uso. E como é afirmado pelo INCA (2010, p. 35):
  • 39. 37 [...] A mortalidade por câncer de próstata apresenta uma magnitude mais baixa que a incidência, contudo o perfil ascendente é semelhante. Considerando tratar-se de um câncer de bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado oportunamente, programas de controle da doença são aplicáveis para a redução da mortalidade. Em geral, a sobrevida média mundial estimada em cinco anos é de 58%. Nos países desenvolvidos, essa sobrevida passa para 76% e nos países em desenvolvimento 45%. A dieta tem sido apontada em alguns estudos como fator importante na etiologia desse câncer. Uma dieta baseada em gordura animal, carne vermelha e cálcio tem sido associada ao aumento no risco de desenvolver câncer de próstata. Já uma dieta rica em vegetais, selênio, vitaminas D e E, licopeno e ômega-3 tem indicado proteção para o desenvolvimento dessa neoplasia. Alguns estudos apontam a obesidade como fator de risco para a mortalidade por câncer de próstata.Alguns estudos sugerem que raça/etnia esteja relacionada ao, além de levarem a muitas cirurgias desnecessárias, causando prejuízos tanto financeiros quanto em qualidade de vida. Tal achado ainda acrescenta o risco das doenças causadas pelo aumento do colesterol, e as doenças de origem coronariana, proveniente do elevado teor de gordura do qual pelo consumo excessivo poderá futuramente a desencadear. Como é definido por Zambom e Santos et al, Modesto (2010, p. 1); [...] O consumo excessivo de gordura, principalmente a saturada, de origem animal ou vegetal, é um fator preponderante no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Assim, torna-se necessária pesquisa no sentido de diminuir os teores de gorduras saturadas e elevar os teores de gorduras poliinsaturadas nos alimentos, principalmente leite e carne. Com relação às medidas de prevenção e promoção á saúde foi indagado aos participantes se já realizaram o exame de próstata (toque retal), PSA, Urodinâmica; 39 (62,90%) responderam afirmativamente. Segundo Pereira e Martins, (2010, p. 28); [...] nota-se que o preconceito ainda é o fator que mais interfere na realização do exame de toque retal totalizando 7,5% das respostas dos sujeitos entrevistados. Gomes et al (2006) ressalta que o exame de toque retal não toca apenas a próstata, mas também a masculinidade do homem, ferindo-a por se tratar de um local restrito. Desta forma, cabe o desenvolvimento de atividades junto à população para a minimização deste fato, onde o indivíduo do sexo masculino passe a ser visto como um ser humano normal e não mais como um indivíduo que não pode expor seus sentimentos, seus medos e suas angústias. De acordo com Miranda e Cortês, et al (2004, p. 1), [...] “Não há especificação sobre o que se define como prevenção de câncer de próstata (Toque Retal e/ou Dosagem de PSA), sua freqüência, idade ao primeiro exame, câncer na família. Entre os funcionários técnicos-
  • 40. 38 administrativos da UFMG analisados nesta amostra e neste grupo etário, a freqüência de realização de exame preventivo cai para 20%, ou seja, 15 afirmaram que realizaram exame preventivo para câncer de próstata e 60 não o realizaram. Quando indagados a respeito do toque retal, 58(93,54%) dos entrevistados assinalaram que na unidade básica de saúde o médico, na sua avaliação, não realiza o exame. Este resultado deve-se decorrente do Sistema Público de Saúde não dispor de intervenção de um especialista do qual envolve uma atenção secundária á saúde. O achado estabelece uma relação com o estudo feito pela Sociedade Brasileira de Urologia com 1.061 homens, de 10 capitais brasileiras, na faixa etária de 40 a 70 anos, o qual mostrou que apenas 32% dos homens fizeram o exame de toque retal, apesar de 76% saber que o exame é usado para detectar o câncer de próstata (BRASIL, 2009). Quando indagados se procuraram outros serviços ou um especialista, a maioria dos entrevistados apresentou a justificativa imaginária que, o PSA descarta o toque retal. Cabe ressaltar que o PSA quando realizado isoladamente possui uma especificidade de apenas 20%. Isto torna necessária sua realização em conjunto com o toque retal, o qual melhora sua especificidade em até 95% (SROUGI, 2005). Tal fato estabelece a premissa de que a população masculina desconhece a vital importância do toque retal como aliado no diagnóstico de uma hiperplasia prostática benigna ou uma neoplasia prostática. Além de determinar a permanência do preconceito da classe masculina com relação ao toque retal, uma hipótese plausível descartada por esta clientela ao longo dos tempos, pode resultar numa falha do processo e consequentemente danos na detecção precoce das patologias urinárias. Também quando é mencionada a procura de um urologista ou outro profissional para tratar alguma patologia do sistema urinário, apenas 41 (66,12%) afirmaram já ter procurado um urologista. Analisando em outro aspecto, foi questionado à população estudada se sabiam o significado de um tumor benigno da próstata. Revelando um fato surpreendente, pois o homem, na maioria dos entrevistados tem um conhecimento do que é um tumor benigno.
  • 41. 39 Mas a concepção de tal patologia é de maior domínio apenas quando se depara com o diagnóstico de algum conhecido ou amigo. Ou pela realidade quando por motivos de saúde necessita de um atendimento médico. Dos 62 homens 33 (53,22%) afirmaram positivamente, enquanto que 28 (45,16%) afirmaram negativamente não saber o significado de HPB. Na população de estudo entrevistada sugere nos resultados que o homem não apresenta receios de expor suas dificuldades e seus sintomas diante um profissional de saúde, porém reflete a necessidade de investigar o porquê da demora em procurar a unidade, visto que procuram apenas quando apresentam moléstias que comprometem o funcionamento do organismo. O resultado foi interessante, pois 56 (90,32%) afirmaram não apresentar nenhuma dificuldade, enquanto 6 (9,67%) alegaram existir dificuldade. Foi perguntado ainda se o médico, em sua avaliação clínica, já efetuou o toque retal para diagnóstico de algum problema urológico. Infelizmente a resposta obtida no questionário resultou em 57 (91,93%) respostas negativas e apenas 5 (8,06%) responderam afirmativamente. Esta situação pode denotar a falha no sistema público de saúde, visto que é de fundamental importância dispor de profissionais especializados para tratar tal patologia. Assim como a prevenção do câncer de mama e de colo de útero é feita nas mulheres, seria de igual valia dispor de um sistema que acolhesse a clientela masculina, promovendo de forma eficaz o encaminhamento para o especialista, semelhante às ações exercidas na prevenção do câncer de mama e colo uterino. Conforme afirma Aquino, (2005, p. 22), [...] Rigorosamente, poucas diferenças biológicas justificam assistência especializada e ainda assim as especialidades médicas devem ser integradas, no sentido de assegurar a integralidade da atenção.Mesmo na saúde reprodutiva tem-se proposto a incorporação dos homens nas consultas de pré-natal, no momento do parto e nos serviços de contracepção. Sendo assim, na organização da atenção à saúde, enfatizar as especificidades pode reiterar o essencialismo; mas incorporar a perspectiva de gênero pode contribuir para adequar os serviços às necessidades de homens e mulheres e superar mecanismos e atitudes de discriminação. Isso pode envolver ações e estratégias voltadas a grupos de homens ou de mulheres em particular, sem a segmentação de espaços e novas especialidades. Com um atraso histórico em relação a outras áreas do conhecimento, a Saúde Coletiva vem se abrindo à incorporação das análises de gênero sobre variados aspectos da saúde. Isso não se dá sem controvérsias ou simplificações (por exemplo, com a mera substituição de sexo por gênero em muitos estudos epidemiológicos). Existe hoje uma vasta e rica literatura produzida não apenas por distintas correntes do
  • 42. 40 feminismo, mas também oriunda dos estudos críticos sobre masculinidades e das vertentes construtivistas dos estudos sobre sexualidade. Iniciativas como a organização desse suplemento e dessa seção de debates podem enriquecer a reflexão sobre gênero e saúde. Mas é preciso recusar o essencialismo – seja biológico ou cultural – e politizar as necessidades de saúde na melhor tradição da Saúde Coletiva latino americana.” Os gráficos a seguir apresentam os sinais e sintomas de patologias relacionadas ao sistema urinário com base no Escore Internacional dos Sintomas Prostáticos, difundido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU, 2010). Uma questão investigada foi em relação à sensação de esvaziamento incompleto da bexiga. (GRAF. 1). Gráfico 1 – Sensação de não esvaziar a bexiga completamente Fonte: Resultados da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Neste gráfico, evidencia-se que a maioria dos entrevistados não apresenta sintomas correlacionados que podem vir a desencadear uma HBP (Hiperplasia Prostática Benigna), ou outras patologias relacionadas ao sistema urinário, pela maioria dos entrevistados 43 (69,35%) relata apresentar nenhuma vez a sensação de não esvaziara bexiga completamente. Porém 11(17,74%) dos homens apresentam este sintoma entre 1 a 5 vezes ao dia. Enquanto que 2 (3,22%) afirmaram que sente tal sensação no período de mais de 5 vezes durante o dia .E 7 (11,29%) relataram que tal sintoma ocorre com frequência. Nota-se que, embora a maioria não apresente esta queixa, o pequeno grupo que apresenta a sintomatologia acima, mais de 5 vezes e quase sempre, totaliza 9
  • 43. 41 (14,51%). Pressupõe que esta amostra de indivíduos sofre de algum transtorno urinário e tal frequência pela amostra obtida torna-se uma preocupação, pois se não usufruir de medidas preventivas, pode levar a complicações futuras. Isto denota uma avaliação que é de fundamental primórdio requerer de um diagnóstico de controle e detecção mais elaborado para identificar as causas das alterações de cunho urodinâmicos nos pacientes. Este resultado é condizente como referido por Castro, Lima e Almeida et al, (2009, p. 2), [...] A ocorrência de sintomas leves e moderados com predominância de 88,6% na faixa etária de 40-59 anos nos conduz a assegurar a necessidade de políticas públicas direcionadas à prevenção dos agravos prostáticos, incluindo o homem a partir de 40 anos. Os sintomas severos foram encontrados em 14.8 %, dos respondentes. Ampliando-se o resultado numa população maior pode-se inferir que a cada dez mil pessoas com idade de 40 anos acima, duzentos apresentarão sintomas prostáticos severos. A escala mostrou alta especificidade para predizer as variações dos sintomas prostáticos e baixa especificidade para o índice de qualidade de vida. Isto denota que embora uma pequena parcela da amostra possa sofrer de patologias do sistema urinário, aplicando este dado e fazendo um parâmetro citado anteriormente, conclui-se que este agravo aos poucos possui uma frequência que necessita de uma intervenção criteriosa. E partindo de uma análise mais elaborada isso mostra também o quanto às variações dos sintomas prostáticos em estado mais agudo interfere na qualidade de vida do homem.
  • 44. 42 Gráfico 2 – Necessidade de ir ao banheiro em menos de 2 horas 43 11 2 7 Nenhuma Vez Entre 1 a 5 vezes Mais de 5 vezes Quase Sempre Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Nesta parte da avaliação foi perguntado aos homens a necessidade de ir ao banheiro em um período menor que 2 horas, porém a partir dessa prerrogativa nota-se que além das alterações a nível do sistema urinário, dois dos entrevistados alegaram necessidade de ir ao banheiro mais vezes proveniente de comorbidades, tais como diabetes, uso de medicamentos. Outro ponto ser esclarecido também é referente à ingestão de líquidos, uma vez que devido um consumo excessivo de água provavelmente ocorre uma excreção em períodos mais acentuados. Observa-se na FIG. 3, que a maioria dos entrevistados não apresenta interrupção no jato de urina no momento da micção.
  • 45. 43 Gráfico 3 – Interrupção do jato de urina na micção 52 8 0 2 Nenhuma Vez Entre 1 a 5 vezes Mais de 5 vezes Quase Sempre Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Como pode ser observado 52 (83,87%) participantes relatam não apresentar jato urinário fraco no momento da micção, enquanto que 8 (12,90%) relata ter apresentado tal sintoma entre 1 a 5 vezes ao dia, e 2 (3,22%) dos entrevistados afirmaram apresentar tal sintoma com frequência. Este resultado comprova que embora aparentemente a maioria dos entrevistados não apresente sintomas que levam a uma possível Hiperplasia Prostática Benigna ou patologias do sistema urinário existe um pequeno grupo que pode ou já manifesta episódios que futuramente se não tratado poderá levar a complicações. Infelizmente para ilustrar e comparar o resultado necessita de estudos a serem aplicados para esta população visto que os recursos de materiais publicados encontram-se escassos.
  • 46. 44 Gráfico 4 – Dificuldade em controlar a vontade de urinar Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Nesta parte, observa-se pelos entrevistados que (22,58%) dos indivíduos apresentaram ou já apresentou dificuldade em controlar a vontade de urinar. Podendo tal sintoma estar relacionado a uma incontinência, de etiologia comum em indivíduos com problemas prostáticos. Segundo Carrerette e Damião, (2010, p. 28), A incontinência urinária no homem está muito relacionada com a idade e com as alterações que se desenvolvem na próstata sejam elas benignas, como a hiperplasia benigna da próstata (HPB) ou malignas como o câncer de próstata. A principal causa de incontinência urinária no homem é a lesão iatrogênica dos esfíncteres urinários durante a cirurgia para tratamento do câncer da próstata. Embora na amostra identificada, a grande parte dos entrevistados relata não apresentar dificuldade em controlar a vontade de urina (78,42%). A pequena parcela do grupo relata já ter estabelecido este sintoma, o fato evidenciado na amostra comprova a citação acima, do qual no decorrer do processo do envelhecimento surgem problemas como a incontinência e consequentemente alterações prostáticas e dentre alguns casos o comprometimento por questões iatrogênicas, provenientes de algum erro.
  • 47. 45 Gráfico 5 – Quantidade de jato urinário fraco nos últimos meses Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. A partir do resultado deste gráfico é evidente a distribuição de uma maneira homogênea dos dados no que diz respeito a jato urinário fraco nos últimos meses. Os 28 (45,16%) entrevistados relatam não ter apresentado nenhuma vez o sintoma, enquanto que 29 (46,77%) apresentaram entre 1 a 5 vezes nos últimos meses, também nota-se que 2 (3,22%) enfrentam uma fase aguda deste episódio no qual apresenta a frequência deste evento mais de 5 vezes. Outro ponto mostra que 4 (6,45%) têm distúrbio que necessita de uma investigação mais elaborada, pois apresentam um quadro excessivo do sintoma. Sendo uma característica peculiar de algum problema prostático.
  • 48. 46 Gráfico 6 – Necessidade de fazer força para urinar,com presença de dor 60 1 0 1 Nenhuma Vez Entre 1 a 5 vezes Mais de 5 Vezes Quase Sempre Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. A partir da análise deste gráfico buscou-se verificar se a população entrevistada possuía alguma dificuldade para a micção, com esforço e presença de dor, pois mesmo pode indicar um aumento da glândula prostática, sendo um forte indício de uma possível HPB. A maioria dos entrevistados relatou não apresentar este sintoma nenhuma vez 60 (96,77%), enquanto que 1 (1,61%) relata apresentar quase sempre e 1,61%) apresenta entre 1 a 5 vezes. Na bibliografia consultada, não foi encontrado nenhum estudo que apresente dados semelhantes, tendo necessidade de mais estudos nesta área.
  • 49. 47 Gráfico 7 – Necessidade de levantar a noite para urinar 16 43 0 3 Nenhuma Vez Entre 1 a 5 Vezes Mais de 5 Vezes Quase Sempre Fonte: Resultado da pesquisa, Bambuí-MG, 2011. Partindo do ponto de identificar o padrão de sono dos indivíduos e sua relação com os sintomas prostáticos, 16(25,8%) entrevistados relataram não levantar nenhuma vez à noite para urinar, enquanto 43(69,55%) informaram levantar de 1 a 5 vezes. Porém 3 (4,83%) apresentam este sintoma constantemente. Os sintomas interrompem o sono reparador, provocam estados de ansiedade/depressão, afetam a função sexual e obrigam o paciente a mudar o modo de vida para enfrentar os sintomas urinários, Rolo, (2010, Pág.4). Enfim, diante desta perspectiva, cabe usufruir de uma análise mais elaborada de elevado teor que propicie através de diagnósticos e testes precisos a confirmação de patologias que pressupõem, além de uma percepção dos sintomas por esta população, a promoção de um diagnóstico clínico e laboratorial eficaz, que desmistifique e mostre a realidade que a população masculina sofre em meio a um caos, onde são inexistentes programas de prevenção e promoção que possam abranger esta clientela aos serviços públicos de saúde.
  • 50. 48 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Observa-se no presente estudo, que a saúde do homem em pleno século XXI sofre em meio a um caos, pois embora grande parte da população masculina tenha uma percepção dos sintomas da hiperplasia prostática benigna, a maioria dos entrevistados ignora os princípios básicos de cuidado para com sua saúde, evoluindo ao longo do tempo em agravos de magnitude mais elevada e de um grande risco para a população. O exame de toque retal para prevenção é desvalorizado por esta clientela, evidenciando a importância dada ao exame de PSA como determinante no diagnóstico clínico dessas patologias, estabelecido no senso comum desta população de estudo. Porém dentre tantos aspectos negativos proveniente por falta de estudos na área vem mostrando que a população masculina vem, aos poucos, freqüentando as Unidades Básicas de Saúde. Isto mostra que daqui algum tempo, a restrição e os paradigmas estabelecidos como preconceitos, anseios, tabus diante aos profissionais de saúde sejam extintos. Também se evidencia que a saúde do homem enfrenta um período de transição, onde apenas tem instituído uma Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem, porém falta a elaboração de linhas guias eficazes, assim como nos outros programas de atenção à saúde da mulher, hipertenso, idoso. Para validar e programar ações direcionadas para esta população. Com isso sugerimos um protocolo (APÊNDICE-B), relacionado ao atendimento ao homem nas unidades de saúde, visando indicar ao profissional de saúde quais medidas serão tomadas de acordo com cada sinal e sintoma, agendar consultas e exames subsequentes e encaminhar o paciente a um serviço especializado. Contudo vale ressaltar que a população masculina adere a uma percepção dos sintomas da Hiperplasia Prostática Benigna proveniente das alterações que provoca no sistema urinário prejudicando sua qualidade de vida. Mas diante a pequena amostra que padecem de sintomas severos reflete a necessidade de homologar políticas públicas de saúde que abrangem tal clientela direcionando a um tratamento digno e eficaz.
  • 51. 49 Embora diante tal atitude possa denotar em um sentido figurativo de uma pequena gota frente ao oceano, comparando em outra vertente faria recender que proveniente deste pequeno intuito e a projeção a ser tomado, o oceano se engrandeceria. Fazendo-se valer o verdadeiro sentido de promoção á saúde.
  • 52. 50 REFERÊNCIAS AMORIM, V. M. S. L; BARROS, M. B. A, CÉSAR, L. G; GOLDBAUM, M; CARANDINA, L. ALVES, M. C. P. Fatores associados á realização dos exames de rastreamento para o câncer de próstata: um estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Púbica. Vol. 27. nº. 2. Rio de Janeiro. Fev. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2011000200016&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 11 de set. 2011 AQUINO, E. M. L. Saúde do homem: Uma nova etapa da medicalização da sexualidade?.Ciência & Saúde Coletiva. 2005. n. 10. p. 19-22. Ano: 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csc/v10n1/a03bv10n1.pdf>. Acesso em 11 de out. 2011. BRASIL. M da S. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (princípios e diretrizes). Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/ Port2008/PT-09-CONS>. Acesso em 22 de janeiro de 2011. BRASIL. M. da S. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 16 outubro de 1996. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/reso_96.htm>. Acesso em: 10 de mar. 2011. CAIRES, C. L. S; ARAÚJO, D. L. Câncer de Próstata: Uma proposta para prevenção, detecção e controle no Município de Formiga-MG. 2007. 43f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem)-Instituto de Ciências da Saúde, Centro Universitário de Formiga-UNIFOR-MG, Formiga, 2007. CAMPOS, G. W. S.et al. Tratado de Saúde Coletiva: Avaliação de Programas e Serviços. 2 ed. São Paulo - Rio de Janeiro: Hucitec-FioCruz, 2009. p. 715-739. CALVETE, A. C; SGROUGI, M; NESRALLAH, L. J. Avaliação da Neoplasia em Câncer da Próstata: Valor do PSA, da Porcentagem de Fragmento Positivos e da Escala de Gleason. Prev. Assoc. Med. Bras. 2003. V.49, n. 3. Jul/Set, 2007. CAVALCANTI, A. G. L. C; ERRICO, G; ARÁUJO, J. F. C; RIBEIRO, J. G. A; SCALETSKY, R. Hiperplasia Prostática Benigna. Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. p. 1-19, junho 2006. CARRERETTE, F. B; DAMIÃO, R. Incontinência Urinária no Homem. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto UERJ. Rio de Janeiro v. ?, n. ?, ano 9 suplemento 2010. Disponível em: <http: //www.lampada.uerj.br/revistahupe/images/revista/Ano9/artigo_3.pdf.>. Acesso em: 29 set. 2011.
  • 53. 51 CASTRO, M. E; LIMA, L. P; ALMEIDA, L. F;FREITAS, J. V. 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem.Transformação Social e Sustentabilidade Social. Escala Internacional. 2962-113. Ano 2009. Ceará-Fortaleza. p. 1 – 3. DAMATTA, R. Tem pente aí? Reflexões sobre a identidade masculina. In D. Caldas (Ed.), Homens (p. 31-49). São Paulo, Brasil: Senac, 1997. DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Básica. São Paulo: Atheneu, 2000. 395 p. DORNAS M. C; DAMIÃO R; CARRERETTE, F. B. Tratamento Contemporâneo Não Cirúrgico da Hiperplasia Prostática Benigna. Revista do Hospital Universitário Pedro Ernesto UERJ. Rio de Janeiro, v.?, n.?, ano 9 suplemento 2010. Disponível em:<http://www.lampada.uerj.br/revistahupe/images/revista/Ano9_Suplemento2010/ artigo_4.pdf>. Acesso em: 22 jan. 2010. FILHO, G. B; Bogliolo Patologia Geral. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 591-596. GIL. A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002 GOMES, R; REBELLO, L E. F. S; ARÁUJO, F. C; NASCIMENTO, E. F. Câncer de próstata: uma revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de janeiro, v.13, n.1. p. 1-20, Jan/Fev 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S141381232008000100027&script=sciarttext>. Acesso em : 17 jan. 2010. GOMES, R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Ciência & Saúde Coletiva, 3(8), 825-829, 2003. GUYTON, A. C. Fisiologia Humana. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 564 Histórico de Bambuí Prefeitura Municipal de Bambuí. <http://www.bambui.mg.gov.br/index2.php?content=content_principal&id=2>. Acesso em 26 de fev de 2011. Instituto Nacional do Câncer. INCA. Disponível em:<http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home>. Acesso em: 26 de fev. de 2011. INCA-Instituto Nacional do Câncer. Estimativa 2010. Incidência de Câncer no Brasil. Disponível em <:http://www1.inca.gov.br/estimativa/2010/index.asp?link=conteudo_view.asp&ID=2> . Acesso em 27 de set de 2011. MACIEL, P. S. O. O homem na Estratégia de Saúde da Família. Dissertação de Mestrado. Natal. RN. 2009 MANO, M. A. A Educação Em Saúde e o PSF Resgate Histórico, Esperança Eterna. Boletim da Saúde. Porto alegre. V. 18, n. 1.2004. Disponível em: <
  • 54. 52 http://www.esp.rs.gov.br/img2/v18n1_19educa%C3%A7%C3%A3osaude.pdf>. Acesso em: 20 de jan. de 2011. MINAYO, C. de S; DESLANDES, S. F; NETO, O C. Pesquisa Social. 2. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2003. MINAYO, C. de S. O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2010.407 p. MINISTERIO DA SAÚDE. Saúde do Homem. 2009. Disponível em: < http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=34191&janela=1> Acesso em 12 de out. 2011. MOURA, M. L. S; FERREIRA, M. C; PAINE, P. A. Manual de Elaboração de Projetos de pesquisa. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 1998. 132 p. SILVA, E. L; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração da dissertação. Florianópolis: UFSC/PPGEP/LED, 2000. SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. <http://www.sbu.org.br/2010/08/tumor- benigno-de-prostata-pode-acometer-80-dos-homens/>. Acesso em 25 de janeiro de 2010. <http://www.sbu-sp.org.br/site/index.php/hiperplasia-prostatica-benigna.html>. Acesso em 17 de jan 2010. SOUZA, M. E. Influência da Ingestão Dietética de Extrato de Tomate nos Níveis Plasmáticos de Antígeno Prostático Específico (PSA) em pacientes com Hiperplasia Benigna da Próstata. 2005. 89 f. Dissertação de Mestrado (Pós-Graduação em Medicina) – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. SROUGI, M. Câncer de Próstata: Uma opinião médica. Disponível em: <http://www.uronline.unifesp.br/uronline/ed1098/caprostata.htm>. Acesso em: 20 de out. 2011. TOFANI, A. C. A; VAZ, C. E. Câncer de próstata, Sentimento de Impotência e Fracassos ante aos Cartões do IV e VI do Rorscharch. Revista Interamericana de Psicologia, Porto Alegre, v. 41, n. 2 p. 197-204, 2007. Disponível em: < http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 96902007000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt >. Acesso em: 20 de jan. 2011. PEREIRA, A. K. D. Saúde do Homem: Até Onde a Masculinidade Interfere. Paraíba. Universidade Estadual da Paraíba-UEPB. [2009?] II Seminário Nacional Gênero e Práticas Culturais, Culturas, leituras e representações. PEREIRA, H. C. P; MARTINS, W. C. L. Preconceito do Homem Frente ao Toque Retal. 2010. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem). Anhanguera Educacional LTDA, Campus Leme. Leme. 2010. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais. A pesquisa Qualitativa em Educação. 1 ed. São Paulo. Editora Atlas S.A, 2009. 175 p.
  • 55. 53 ROLO, F. 100 Perguntas Sobre a Hiperplasia Benigna Da próstata. Associação Portuguesa de Urologia. 2010?. Disponível em: < http://www.apurologia.pt/pdfs/101P_HBP.pdf>. Acesso em 12 de out. 2011. RUSSOL, A. Hiperplasia Prostática Benigna. Escore Internacional dos Sintomas Prostáticos (IPSS). Disponível em: <www.rossol.com.br/patologias.php?id=32>. Acesso em: 8 de mar 2011. UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Saúde do homem tem atenção especial no Curso de Enfermagem da Univiçosa. Disponível em: <http://www.univicosa.com.br/noticia/803/#ixzz1ENRB1ssw>. Acesso em 18 de fevereiro de 2011. ZAMBOM, M. A; SANTOS, G. T; MODESTO, E. C. Importância das Gorduras Polinsaturadas na Saúde Humana. 4 f. Programa de Pós- Graduação em Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá-PR. Maringa-PR, Ano?. Disponível em: <www.nupel.uem.br/importancia-gordura-saude.pdf>. Acesso em 12 de Outubro de 2011. Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. Albert Einstein. Check-up Einstein. Disponível em: <http://www.einstein.br/medicina-diagnostica/check-up- einstein/paginas/exames-para-deteccao-precoce-do-cancer-de-prostata.aspx>. Acesso em 10 de Abril de 2011.
  • 56. 54 APÊNDICE A – Questionário estruturado O presente questionário tem como objetivo “identificar a percepção da população masculina no Município de Bambuí-MG sobre os principais sintomas da HPB”. Desenvolvido pelas acadêmicas do Centro Universitário de Formiga UNIFOR-MG, como parte das exigências para requisição do título de bacharel em Enfermagem. Nome: ________________________________ PSF:_______________________ VOCÊ DEVERÁ ASSINALAR COM UM (X), REFERENTE AO SEU NÍVEL DE ESCOLARIDADE, IDADE, HÁBITOS ALIMENTARES, SINTOMAS E CONHECIMENTO SOBRE O ASSUNTO. (LEMBRANDO PARA CADA QUESTÃO MARQUE APENAS UMA ALTERNATIVA). Qual a sua escolaridade? ( ) Nenhuma ( ) Ensino Fundamental completo ( ) Ensino Médio Completo ( ) Graduado ( ) Outros Qual a sua idade? ( ) 40 a 49 anos ( ) 50 a 59 anos ( ) 60 anos a 69 anos ( ) 70 anos ou mais Com relação aos seus hábitos, ingere bebida alcoólica? ( )sim ( )não Apresenta consumo excessivo de carne vermelha? ( ) sim ( ) não Já fez o exame de próstata, PSA, urodinâmica dentre outros? ( ) sim ( )não
  • 57. 55 Já foi a um médico especialista (urologista), ou visto outro profissional com a finalidade de prevenir uma HBP? ( ) sim ( )não Você sabe o que significa hiperplasia prostática benigna, conhecido popularmente “tumor benigno da próstata”? ( )sim ( )não Quando chega à unidade de saúde, apresenta dificuldade para relatar seu problema? ( ) sim ( ) não Na unidade básica de saúde (PSF), o médico já efetuou em sua avaliação clínica o toque retal? ( )sim ( )não Quantas vezes você ficou com a sensação de não esvaziar a bexiga completamente? ( ) nenhuma vez ( ) as vezes,em média 1 a 5 vezes ao dia ( ) Quase sempre Após ir ao banheiro, quantas vezes teve vontade de urinar? ( ) nenhuma vez ( ) entre 1 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes ( ) quase sempre Quanta vez teve o jato de urina interrompido enquanto de urinava? ( ) nenhuma vez ( ) entre 1 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes ( ) quase sempre
  • 58. 56 Quantas vezes você teve dificuldade em controlar e evitar a vontade de urinar? ( ) nenhuma vez ( ) entre 1 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes ( ) quase sempre Nos últimos meses, quantas vezes você teve jato urinário fraco? ( ) nenhuma vez ( ) entre 1 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes ( ) quase sempre No último mês, quantas vezes você teve de fazer força para o ato de urinar, sente dor? ( ) nenhuma vez ( ) entre 1 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes ( ) quase sempre Quantas vezes, em média, você teve de levantar da cama á noite para urinar? ( ) nenhuma vez ( ) entre 1 a 5 vezes ( ) mais de 5 vezes ( ) quase sempre Na sua alimentação ingere alguma gordura de origem animal ex; manteiga de porco, leite, dentre outras ? ( ) sim ( ) não
  • 59. 57 APÊNDICE B – Protocolo de enfermagem de atendimento ao homem na atenção básica 1.1 População Alvo/Adscrita Homens com idade a partir de 40 anos, residentes nas áreas de abrangência das ESF do Município de Bambuí-MG. 1.2 Objetivos Principais Promover o acompanhamento ativo visando qualidade de vida saudável; Estruturar a atenção à saúde do homem; Fortalecer a participação social; Identificar os fatores de risco de doenças e agravos; Envolver a família e a comunidade no processo do cuidado; Promover a formação e a educação permanente para a equipe de saúde que trabalham com a população masculina nas Unidades de Saúde da Família; Identificar e promover os fatores de proteção e recuperação da saúde; Melhorar a qualidade de vida da população masculina da área de abrangência das ESF do município de Bambuí-MG; Sistematizar a assistência ao homem. 1.3 Os Projetos Tem como finalidade primordial manter e promover a autonomia e a independência dos homens, direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim tendo como base a integralidade da assistência e a avaliação global e interdisciplinar visando o diagnóstico precoce da hiperplasia prostática benigna, assegurando o acesso a serviços preventivos de saúde, incentivando e equilibrando a responsabilidade pessoal. Tem como objetivos: Descentralizar o atendimento à saúde da população masculina; Elaborar e implantar os fluxos de atendimento da população adscrita na rede de atendimento;
  • 60. 58 Humanizar o atendimento priorizando-o de acordo com o risco individual; Implantar o protocolo para atendimento ao homem na Atenção primária à saúde; Elaborar e implantar o prontuário para o atendimento ao homem na Atenção Primária; Direcionar medidas coletivas e individuais abordando informações de âmbito educativo visando o autocuidado e o diagnóstico precoce da hiperplasia prostática benigna. 1.3.1 Passos a serem seguidos Captação dos Homens cadastrados nas áreas de abrangência dos ESF do município de Bambuí-MG, através dos ACS na unidade ou em Visita Domiciliar (VD); Realização da primeira consulta de enfermagem por meio de um histórico, a qual classificará o homem quanto ao risco, e a partir daí designar o número de consultas médicas, de enfermagem, necessidade de exames anuais no qual o homem será submetido durante o ano. Sempre relatando todas as atividades desenvolvidas com o homem em prontuário; Agendamento das consultas ou visitas domiciliares médicas; Realização das consultas de enfermagem subsequentes, para os homens de alto risco, através de um histórico específico para acompanhamento do homem; Realizar atividades educativas semanalmente com os homens; 1.4 Acompanhamento Anual do Homem 1.4.1 Homem de risco habitual Os Homens classificados de risco habitual deverão: 1 visita domiciliar do ACS por mês; 1 consulta de enfermagem por ano; 1 consulta médica ao ano; Realização de exames anuais.
  • 61. 59 1.4.2 Homens de alto risco Os homens classificados de alto risco deverão: 1 visita domiciliar do ACS por mês; 3 consultas de enfermagem por ano; 3 consultas médicas por ano; Realização de exames anuais.
  • 62. 60 Fluxograma de Atendimento ao Homem em uma Unidade de Saúde da Família. Captação e Acolhimento dos Homens ACS (Unidade de Saúde / VD) Risco Risco Consulta 3/ano Enfermagem 3/ano Médico 1 visita ACS/mês Exames Anuais Intercorrências Anormalidade Sem anormalidade Conduta Agenda próxima consulta Consulta 6/ano Enfermagem 6/ano Médico 1 visita ACS/mês Exames Anuais Alto Risco Intercorrências Sem anormalidade Anormalidade Conduta Agenda próxima consulta Nova Consulta Nova Consulta Nova Consulta Intercorrências Consulta 1/ano Enfermagem 1/ano Médico 1 visita ACS/mês Exames Anuais Sem anormalidade Risco Habitual Anormalidade Conduta Classificação de risco (Médico/Enfermeiro(a) Agenda para 12 meses
  • 63. 61 Quadro 1: Atribuições e responsabilidades da equipe de saúde no atendimento ao homem na Unidade de Saúde da Família. MINAS GERAIS (2006). ACS AUXILIAR DE ENFERMAGEM ENFERMEIRO MÉDICO NUTRICIONISTA -Informar sobre a existência dos serviços; -Captar o homem na micro área e orientá-lo sobre a importância da consulta médica e de enfermagem para detectar, precocemente, os problemas de saúde; -Cadastrar o homem na equipe de Saúde da Família; -Auxiliar a equipe multiprofissional nas visitas domiciliares; -Agendar ações e/ou intervenções. -Avaliar queixas; -Agendar consultas; -Cadastrar; -Encaminhar para os grupos operativos; -Realizar procedimentos de acordo com a sua função (aferir pressão arterial, realizar teste de glicemia capilar, curativos, triagem para as consultas, aplicação de insulina) -Orientar quanto a cuidados de acordo com o seu conhecimento técnico- científico; -Orientar e encaminhar para as atividades de outros serviços da comunidade -Realizar consulta de enfermagem utilizando o histórico, o exame físico completo, e abordando questões referente à higiene, alimentação, auto-cuidado, queixas, condições de saúde e psicossociais; -Solicitar exames anuais de acordo com a necessidade de cada homem; -Encaminhar para a equipe multiprofissional se necessário; -Agendar a primeira consulta médica; -Realizar as consultas de enfermagem subseqüentes para os homens de alto risco; -Agendar as consultas médicas subseqüentes; -Informar sobre os sinais e sintomas da hiperplasia prostática benigna; -Agendar os retornos de acordo com a necessidade do caso, sempre os homens em maior situação de risco (social, familiar, físico e psíquico); -Realizar consulta médica; -Oferecer o cuidado através do diagnóstico, tratamento, orientações diversas, solicitação de exames anuais e mensais complementares, encaminhamentos. -Apoiar tecnicamente a equipe de saúde; -Detectar sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna. -Realizar avaliações e orientações nutricionais.
  • 64. 62 Quadro 2: Identificação de risco da população masculina detectada através da avaliação da presença de um perfil de fragilização, MINAS GERAIS (2006). HOMENS DE RISCO HABITUAL HOMENS DE RISCO HOMENS DE ALTO RISCO Os homens classificados de risco habitual, são aqueles que os sinais e sintomas, não se encaixam em nenhum dos itens dos homens de alto risco e acamado. São eles:  Alta ingestão de bebida alcoólica;  Consumo excessivo de carne vermelha;  Consumo excessivo de gordura de origem animal como: manteiga de porco, leite, dentre outras;  Homens com idade > que 40 anos e que não realizaram exame de próstata como: PSA, Urodinâmica, Toque Retal;  Homens que já passaram por médico especialista de próstata (urologista), ou outro profissional com a finalidade de se prevenir o câncer de próstata;  Homens que desconhece a hiperplasia prostática benigna;  Homens que ao chegar na unidade de saúde apresenta dificuldade em relatar o seu problema; Homens com > ou = 40 anos  Polipatologias (> ou = 5 diagnósticos)  Polifarmácia (> ou = 5 drogas/dia)  Incontinência urinária;  Sensação de não esvaziar a bexiga completamente;  Após ir ao banheiro tem vontade de urinar novamente;  Quase sempre teve o jato de urina interrompido enquanto urinava;  Dificuldade de controlar a vontade de urinar;  Jato urinário fraco;  Faz força para urinar e sente dor;  Levanta em média 5 vezes a noite para urinar; Os homens classificados como alto risco, são aqueles que necessitam de apoio e auxílio total para desenvolvimento das suas atividades básicas da vida diária (ABVDs), bem como, não possuem condições físicas de se levantarem do leito.
  • 65. 63 Quadro 3: Ações para acompanhamento anual do homem, MINAS GERAIS (2006). HOMEM DE RISCO HABITUAL HOMEM DE ALTO RISCO -Constrói vínculo. -Orienta e resolve situações. -Oportuniza ações de prevenção e diagnóstico precoce. -Informa sobre atividades da unidade. -Realiza aferição de pressão, imunização ou outras ações, educação em saúde. -Realiza a avaliação multidimensional do homem pela equipe se saúde e procede a identificação dos sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna. -Elabora Plano de Cuidados. -Agiliza encaminhamentos ou outros procedimentos. -Realiza atendimento de quadros agudos (virose, pneumonia), pela equipe, seguindo o estabelecido no fluxograma desta Linha-guia e implementa o plano de cuidados. -Realiza ações de atenção básica tais como cuidados de enfermagem, cuidados de fisioterapia e reabilitação, cuidados nutricionais, cuidados de promoção da saúde, cuidados com a saúde bucal, assistência farmacêutica. -Realiza ações de promoção da saúde, autocuidado, controle social, direitos de cidadania. -Avalia outras necessidades. -Mantém retaguarda imediata para casos agudos: consultas médica, enfermagem, odontológica, social, psicológica e outras, agilizando e orientando os encaminhamentos ou outros procedimentos com segurança e responsabilidade. -Realiza consultas: médica especialista, enfermagem, social, psicológica e outras que se fizerem necessárias. -Realiza a Avaliação multidimensional do homem pela equipe de saúde e procede a identificação dos sinais e sintomas de hiperplasia prostática benigna. -Elabora e implementa o Plano de Cuidados. -Encaminha o homem para o Núcleo de Referência para atendimento especializado por profissional capacitado, em caso de dúvida diagnóstica, falha terapêutica ou complicações. -Caso persistam os critérios anteriormente referidos, o homem será encaminhado para o Centro de Referência para atendimento pela equipe multidisciplinar que fará a avaliação do paciente e elaboração do Plano de Cuidados. -Implementa o Plano de Cuidados através do acompanhamento pela equipe responsável na Unidade Básica de Saúde-UBS ou Estratégia de Saúde da Família-ESF na Atenção Primária à Saúde. -Encaminhar para urgência ou outros pontos de atenção quando se fizer necessário através do acionamento de transporte sanitário. -Retaguarda imediata para casos agudos. -Agiliza e orienta encaminhamentos ou outros procedimentos, com segurança e responsabilidade.