1. MODERNISMO:
O modernismo foi uma tendência artístico-
cultural ocorrida na primeira metade do século
XX.
Se manifestou em diversos campos das artes,
como a pintura, escultura, arquitetura, literatura,
dança e música.
2. ORIGEM:
O movimento moderno se iniciou na
primeira década do século XX, a princípio
na Europa, chegando posteriormente ao
Brasil por volta dos anos 20.
No Brasil, a linguagem de maior destaque
no movimento modernista foi a literária e,
assim como as demais, tinha como
objetivo questionar e romper com
tradições passadas.
3. CARACTERÍSTICAS DO MODERNISMO:
As características que podemos notar no
modernismo de maneira geral estão
relacionadas à ruptura com os modelos
artísticos-literários vigentes e a busca por
inovação.
Recusa aos moldes acadêmicos;
Liberdade criativa e de expressão;
Valorização da experimentação;
Busca pela aproximação da linguagem
popular;
Espontaneidade e irreverência;
Quebra de formalismos;
Ironia e espírito cômico.
4. MODERNISMO NO BRASIL
No Brasil, o movimento modernista se
consolidou com a Semana de Arte
Moderna, ocorrida em 1922 no Theatro
Municipal, em São Paulo. O evento contou
com artistas de diversas áreas, com
representantes da literatura, pintura,
música e dança.
5. IMAGEM:
Di Cavalcanti foi o artista que produziu o
cartaz e o catálogo da Semana de Arte
Moderna
7. MODERNISMO LITERÁRIO BRASILEIRO
O modernismo literário foi uma vertente
bastante forte no Brasil, sendo que a
Segunda Fase modernista no país foi
marcada pela produção da literatura,
com destaque para a prosa e poesia.
Os escritores passam a usar as palavras
de maneira mais flexível, abusando de
versos livres, linguagem sarcástica e
cômica e renúncia à métrica e à rima.
Alguns dos escritores de maior destaque
no período são: Oswald de Andrade,
Mario de Andrade, Manuel Bandeira,
Carlos Drummond de Andrade, Cecília
Meireles, Rachel de Queiroz.
8. MODERNISMO NAS ARTES
Nas artes visuais, a tendência também se
deu de maneira significativa, sobretudo na
Europa. Lá ocorreram as primeiras
expressões modernas, e fazem parte delas:
Expressionismo;
Fauvismo;
Cubismo;
Abstracionismo;
Futurismo;
Dadaísmo;
Surrealismo;
Concretismo.
9. A DANÇA (1910) É UMA TELA DE HENRI
MATISSE E FAZ PARTE DO FAUVISMO
10. 4 CURIOSIDADES SOBRE A SEMANA DE
ARTE MODERNA DE 1922
1. Monteiro Lobato foi ferrenho opositor dos
modernistas
As raízes do Modernismo brasileiro, e da própria
Semana, vêm de um acontecimento de cinco anos
antes. Anita Malfatti, recém-chegada da Europa,
montou uma exposição com suas obras em São
Paulo, considerada a primeira exposição modernista
do Brasil. No dia 20 de dezembro, o escritor
Monteiro Lobato /Com o título de “Paranoia ou
mistificação?”, o artigo-bomba critica ferozmente a
exposição de Malfatti, apesar de reconhecer seu
talento. Ao longo do texto, ele diz que as formas
distorcidas e abstratas representadas nas obras
modernistas seriam fruto de “cérebros
transtornados por psicoses” e defende a arte
tradicional da época, dizendo que “todas as artes
são regidas por princípios imutáveis”. O resultado:
uma extensa briga entre defensores dos movimentos
modernistas e apoiadores da arte clássica.
11. 2 -Villa-Lobos de Chinelo
No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos fez uma apresentação musical.
Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um
chinelo. O público vaiou, pois considerou a atitude futurista e
desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou
desta forma, pois estava com um calo no pé.
A Semana de Arte Moderna foi financiada pela oligarquia paulista
Após as críticas de Monteiro Lobato, Mário de Andrade e Oswald
de Andrade, buscaram expor o Modernismo e defendê-lo. Surgiu,
então, a ideia de fazer a Semana de Arte Moderna no Teatro
Municipal de São Paulo, no mesmo ano em que a declaração de
Independência completaria 100 anos. A data escolhida foi
simbólica e representaria a “segunda” independência do Brasil –
mas, desta vez, no sentido artístico.
Nesse momento, o apoio da elite paulista foi fundamental. Nesse
contexto pertencente da República Velha, a oligarquia paulista
tinha interesse em tornar São Paulo uma referência em
criação cultural, posto que era ocupado pelo Rio de Janeiro.
Além disso, o início da efervescência paulista passou a se
contrapor ao conservadorismo carioca, que era bem mais
tradicional no ramo das artes. Assim, a Semana de Arte Moderna
foi amplamente financiada pela elite cafeeira, que tomou a frente
do evento que teria projeção nacional.
12. 3 - Os tomates de Oswald
Em muitos momentos durante o evento,
principalmente em seu primeiro dia, os
organizadores surpreenderam o público com os
conceitos artísticos e estéticos que
apresentavam.
No caso de Oswald de Andrade, a questão foi
puramente de extravagância. Os boatos que
correm no meio acadêmico, entre os estudiosos
da semana, é que ele, um dos idealizadores do
evento, pagou para que estudantes do Largo São
Francisco, escola de direito da USP, atirassem
tomates nele próprio durante a declamação de
um poema. Simplesmente pela polêmica.
13. 4 -Era para ser uma semana, mas só durou três dias
Talvez porque a intenção fosse, de fato,
experimentar e provocar mudanças, a Semana de
Arte Moderna, na verdade, durou apenas três dias,
alternados.
O evento esteve anunciado e programado para
ocorrer entre os dias 11 e 18 de fevereiro, mas o
Teatro foi aberto para as exposições nos dias 13, 15
e 17. Em cada dia, as apresentações foram divididas
por tema: no dia 13, pintura e escultura; no dia 15, a
literatura; e no dia 17, a música.
Ironicamente, alguns dos nomes mais importantes
do Modernismo não estiveram presentes na Semana.
É o caso de Tarsila do Amaral, provavelmente a
pintora mais conhecida do movimento, que estava
em Paris, e Manuel Bandeira, que ficou doente e
faltou à declamação do seu próprio poema, Os
sapos, no segundo dia.