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La leptina para bajar de peso
A Leptina é um hormônio produzido pelo cérebro, cuja função é controlar a saciedade através
do trabalho dos neurônios (células do cérebro). Em dietas de emagrecimento, a ação desse
hormônio torna-se o diferencial no resultado da dieta.
Alguns alimentos têm o potencial de controlar melhor a fome e podem ser importantes para
ajudar a diminuir o apetite e perder peso.
Alguns desses alimentos são: gengibre cru, banana prata, grãos e cereais integrais, cafeína,
cacau, broto de Alfafa, sucos verdes sem açúcar e outros alimentos sem adição de açúcar. O
açúcar se torna o grande vilão das dietas porque, além de ser calórico, ainda ativa no
organismo a “necessidade” de ingerir mais açúcar. Quanto mais açúcar se consome, maior o
desejo por esse alimento. E, esse controle pode ser melhorado pela ingestão de alimentos que
contenham mais leptina e dão mais saciedade.
Comer pouco e, mesmo assim, sentir-se satisfeito é uma receita
importante para manter ou perder peso. No entanto, existem
alguns alimentos que podem “sabotar” essa sensação de
saciedade, como por exemplo, a gordura saturada de origem
animal.
Pesquisas mostram que essa gordura causa danos e até a morte
dos neurônios responsáveis pelo controle do apetite, o que faz a
pessoa se sentir menos saciada e com mais fome
Esses neurônios ficam no hipotálamo e precisam ser preservados para que a pessoa
se sinta saciada, coma menos e não engorde. Ou seja, além de gastar mais energia do
que ingere, é importante evitar a ingestão de gordura saturada e manter uma dieta rica
em frutas, verduras, legumes e fibras, que ajudam a aumentar a sensação de
saciedade.
Leptina e obesidade
O tecido adiposo nao é apenas um mero depósito de células gordurosas, mas uma verdadeira
"glândula endócrina do organismo". Esse tecido produz diversos hormônios, dentre eles a
leptina.
A leptina é um hormônio protéico que age no cérebro inibindo o apetite e estimulando o gasto
de energia. Sua produção é diretamente proporcional à massa de tecido adiposo.
Os níveis de leptina circulantes parecem estar diretamente relacionados com a quantidade de
RNAm para leptina no tecido adiposo. Além disso, vários fatores metabólicos e endócrinos
contribuem para regular a transcrição dos genes da leptina em adipócitos. Por exemplo,
ocorre diminuição de leptina em resposta a baixos níveis de insulina, havendo uma relação
diretamente proporcional entre as concentrações desses hormônios.
Apesar de apresentarem altos níveis de leptina, alguns defendem a idéia de que os obesos
desenvolvem resistência a ela. Porém, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de Harvard descobriu que, ao tratar ratos obesos e submetidos a dieta rica em
gorduras, associada ao medicamento Buphenyl (4-PBA) e ao ácido tauroursodesoxicólico
(TUDCA), esses animais tiveram aumentada a sensibilidade aos efeitos da leptina, que se
multiplicaram por dez.
O resultado é que todos os ratos perderam peso, mesmo sem interromper a ingestão de
alimentos ricos em gordura, o que levou os especialistas a cogitarem repetir o experimento
em humanos para o tratamento de obesidade.
Bibliografia:
http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/colaboracoes/leptina.html
QUER EMAGRECER? A DICA É A LEPTINA
Quer emagrecer? Liberte sua leptina com a alimentação pobre em carboidratos por 2 semanas.
A descoberta da leptina (LEP) fez brilhar uma nova luz no caminho da investigação da
fisiopatologia e psicofisiologia dos transtornos alimentares. A LEP é um hormônio proteico
(proteína glicosilada), liberado pelos adipócitos, pelo estômago e pela placenta, que alcança o
cérebro através da corrente sanguínea e se liga a receptores específicos. A LEP é hoje
considerada um dos maiores reguladores da ingestão de alimentos e da taxa metabólica, pois
está associada ao balanço energético, à modulação da glicemia e ao metabolismo das
gorduras, ou seja, a fatores determinantes para o comportamento alimentar e o peso corporal.
A LEP atua no hipotálamo ativando mecanismos anorexígenos, ou seja, estimulando a
saciedade.
A taxa plasmática de LEP é proporcional à massa de tecido adiposo e reflete, portanto, a
quantidade de energia armazenada no organismo em forma de gordura, isso significa que
quanto mais gordura corporal mais leptina o corpo secreta para evitar um acúmulo cada vez
maior de gordura. A idade, o sexo, o início da puberdade e a ingestão alimentar são os mais
importantes fatores fisiológicos na determinação da concentração de LEP, mas sua secreção
também é regulada por outros hormônios como a insulina, os glicocorticoides como cortisol e
os hormônios sexuais.
A leptina merece um olhar mais profundo sobre seu papel no controle do peso corporal uma
vez que o consumo aumentado de carboidratos leva ao aumento da secreção de insulina e
consequente resistência à Leptina impossibilitando o cérebro de identificar que os estoques de
gordura já “estão cheios”. A resistência à leptina, associada à crescente epidemia de
resistência à insulina causada por vários fatores, entre eles o estresse crônico, é um
dificultador do tratamento de obesidade em pacientes nos consultórios. Quando observamos
àqueles pacientes que têm a força de vontade mas não superam a compulsão alimentar,
sempre devemos verificar os níveis de insulina e cortisol sanguíneo pois eles podem ser os
responsáveis por este comportamento contraditório.
Devido à resistência à leptina causada pela resistência à insulina, uma alimentação pobre em
carboidratos e rica em proteínas magras e gorduras mono e poliinsaturadas se mostrou a
melhor saída na tentativa de regular a nossa percepção de saciedade e acumulo de gordura. A
alimentação sugerida por 2 semanas para recuperar a ação da leptina:
-Desjejum: Suco de vegetais e frutas (couve, cenoura, tomate e abacaxi)
-Colação: Mamão, banana ou maçã picadas com amêndoas trituradas.
-Almoço: salada variada de folhas verdes, carne branca à vontade, cenoura, beterraba e
rabanete ralados.
-Lanche I: cenoura picada ou frutas com castanhas.
-Lanche II: ovo cozido e agua de coco.
-Jantar: salmão ou atum crus ou cozidos, salada variada de folhas.
Grelina e Leptina e a relação com o apetite e
metabolismo energético
Muito se fala dos fatores hormonais ligados ao apetite
e metabolismo energético, com destaque para a relação destes com
o excesso de peso e obesidade. Mas sabe-se que a alimentação inadequada
e a inatividade física são os principais causas desse distúrbio nutricional.
Entretanto, cabe destacar que há alguns hormônios endógenos relacionados
ao controle do apetite e que atuam de maneira diferenciada no corpo
humano.
Mas o que seria esses hormônios endógenos?
São hormônios, produzidos pelo próprio organismo e estão intimamente
relacionados ao metabolismo, gasto energético e apetite do indivíduo. Neste
artigo vamos conhecer dois hormônios, muito debatidos na literatura
científica, e desvendar as principais funções de cada um deles e a relação
com o apetite e metabolismo energético e as possíveis associações com
o excesso de peso e obesidade.
O hormônio leptina, que tem como origem do nome a palavra em latim
“leptos” que significa “magro” é uma proteína, produzida no tecido adiposo.
Assim, quanto maior a massa adiposa no corpo, maior será a quantidade de
leptina produzida. Sua liberação ocorre durante a noite, principalmente nas
primeiras horas da manhã. Tal hormônio reduz o apetite e está relacionada
com o gasto energético, metabolismo de glicose e influencia as funções
endócrinas do pâncreas. Altos níveis de leptina reduzem a ingestão
alimentar enquanto baixos níveis induzem a hiperfagia (ingestão excessiva
de alimentos). Em indivíduos obesos há uma concentração elevada deste
hormônio, mas como então justifica-se o apetite elevado dos obesos?
Uma resposta para tal situação seria a resistência das células à entrada da
leptina. Assim as células do hipotálamo, que controla o apetite, não recebem
o sinal da leptina de reduzir a alimentação. Assim o indivíduo obeso seria
“resistente” à leptina, não controlando seu apetite.
Cabe destacar, como foi citado anteriormente, a leptina é liberada durante
a noite por isso, uma boa qualidade do sono pode influenciar no controle da
ingestão de alimentos.
Outro hormônio também relacionado com o controle do apetite é a grelina,
que tem origem na palavra inglesa grow, que significa crescimento. Este é
um hormônio proteico, estimulador da liberação do
hormônio do crescimento (GH) porém, sua principal função é orexígeno, ou
seja, induz o apetite, além de controle do balaço energético. Esse hormônio
é encontrado e produzido no estômago, na mucosa oxíntica. Esse hormônio
também possui outras funções importantes como secreção ácida, motilidade
do estomacal, atua sobre a função endócrina do pâncreas, metabolismo da
glicose, ação cardioprotetora e até anti-neoplásica. A grelina é conhecida
por ter efeitos contrários à leptina.
Sobre sua ação no controle do apetite, a grelina parecer estar ligada ao
estimulo ao inicio uma refeição, ou seja, ao apetite, aumentando a ingestão
alimentar. Não se sabe até que ponto a grelina está relacionada com a
obesidade
Porém, cabe lembrar que hábitos alimentares inadequados e inatividade
física são fatores mais relevantes na origem de novos casos de excesso
de peso e obesidade. Importante também é a duração e a qualidade do
sono influenciando na liberação de hormônios capazes de regular o apetite.
Em casos de alterações no apetite ou do metabolismo energético
um profissional endocrinologista deve ser consultado e manter o
acompanhamento com o nutricionista para juntos promoverem a
reeducação no volume e qualidade da dieta, sem negligenciar os fatores
endócrinos associados.
Espero ter contribuído para melhora dos conhecimentos e esclarecimentos
de dúvidas sobre o assunto.

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La leptina para bajar de peso

  • 1. La leptina para bajar de peso A Leptina é um hormônio produzido pelo cérebro, cuja função é controlar a saciedade através do trabalho dos neurônios (células do cérebro). Em dietas de emagrecimento, a ação desse hormônio torna-se o diferencial no resultado da dieta. Alguns alimentos têm o potencial de controlar melhor a fome e podem ser importantes para ajudar a diminuir o apetite e perder peso. Alguns desses alimentos são: gengibre cru, banana prata, grãos e cereais integrais, cafeína, cacau, broto de Alfafa, sucos verdes sem açúcar e outros alimentos sem adição de açúcar. O açúcar se torna o grande vilão das dietas porque, além de ser calórico, ainda ativa no organismo a “necessidade” de ingerir mais açúcar. Quanto mais açúcar se consome, maior o desejo por esse alimento. E, esse controle pode ser melhorado pela ingestão de alimentos que contenham mais leptina e dão mais saciedade. Comer pouco e, mesmo assim, sentir-se satisfeito é uma receita importante para manter ou perder peso. No entanto, existem alguns alimentos que podem “sabotar” essa sensação de saciedade, como por exemplo, a gordura saturada de origem animal. Pesquisas mostram que essa gordura causa danos e até a morte dos neurônios responsáveis pelo controle do apetite, o que faz a pessoa se sentir menos saciada e com mais fome Esses neurônios ficam no hipotálamo e precisam ser preservados para que a pessoa se sinta saciada, coma menos e não engorde. Ou seja, além de gastar mais energia do que ingere, é importante evitar a ingestão de gordura saturada e manter uma dieta rica em frutas, verduras, legumes e fibras, que ajudam a aumentar a sensação de saciedade. Leptina e obesidade O tecido adiposo nao é apenas um mero depósito de células gordurosas, mas uma verdadeira "glândula endócrina do organismo". Esse tecido produz diversos hormônios, dentre eles a leptina. A leptina é um hormônio protéico que age no cérebro inibindo o apetite e estimulando o gasto de energia. Sua produção é diretamente proporcional à massa de tecido adiposo. Os níveis de leptina circulantes parecem estar diretamente relacionados com a quantidade de RNAm para leptina no tecido adiposo. Além disso, vários fatores metabólicos e endócrinos contribuem para regular a transcrição dos genes da leptina em adipócitos. Por exemplo, ocorre diminuição de leptina em resposta a baixos níveis de insulina, havendo uma relação diretamente proporcional entre as concentrações desses hormônios.
  • 2. Apesar de apresentarem altos níveis de leptina, alguns defendem a idéia de que os obesos desenvolvem resistência a ela. Porém, um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard descobriu que, ao tratar ratos obesos e submetidos a dieta rica em gorduras, associada ao medicamento Buphenyl (4-PBA) e ao ácido tauroursodesoxicólico (TUDCA), esses animais tiveram aumentada a sensibilidade aos efeitos da leptina, que se multiplicaram por dez. O resultado é que todos os ratos perderam peso, mesmo sem interromper a ingestão de alimentos ricos em gordura, o que levou os especialistas a cogitarem repetir o experimento em humanos para o tratamento de obesidade. Bibliografia: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/colaboracoes/leptina.html QUER EMAGRECER? A DICA É A LEPTINA Quer emagrecer? Liberte sua leptina com a alimentação pobre em carboidratos por 2 semanas. A descoberta da leptina (LEP) fez brilhar uma nova luz no caminho da investigação da fisiopatologia e psicofisiologia dos transtornos alimentares. A LEP é um hormônio proteico (proteína glicosilada), liberado pelos adipócitos, pelo estômago e pela placenta, que alcança o cérebro através da corrente sanguínea e se liga a receptores específicos. A LEP é hoje considerada um dos maiores reguladores da ingestão de alimentos e da taxa metabólica, pois está associada ao balanço energético, à modulação da glicemia e ao metabolismo das gorduras, ou seja, a fatores determinantes para o comportamento alimentar e o peso corporal. A LEP atua no hipotálamo ativando mecanismos anorexígenos, ou seja, estimulando a saciedade. A taxa plasmática de LEP é proporcional à massa de tecido adiposo e reflete, portanto, a quantidade de energia armazenada no organismo em forma de gordura, isso significa que quanto mais gordura corporal mais leptina o corpo secreta para evitar um acúmulo cada vez maior de gordura. A idade, o sexo, o início da puberdade e a ingestão alimentar são os mais importantes fatores fisiológicos na determinação da concentração de LEP, mas sua secreção também é regulada por outros hormônios como a insulina, os glicocorticoides como cortisol e os hormônios sexuais. A leptina merece um olhar mais profundo sobre seu papel no controle do peso corporal uma vez que o consumo aumentado de carboidratos leva ao aumento da secreção de insulina e consequente resistência à Leptina impossibilitando o cérebro de identificar que os estoques de gordura já “estão cheios”. A resistência à leptina, associada à crescente epidemia de resistência à insulina causada por vários fatores, entre eles o estresse crônico, é um dificultador do tratamento de obesidade em pacientes nos consultórios. Quando observamos àqueles pacientes que têm a força de vontade mas não superam a compulsão alimentar,
  • 3. sempre devemos verificar os níveis de insulina e cortisol sanguíneo pois eles podem ser os responsáveis por este comportamento contraditório. Devido à resistência à leptina causada pela resistência à insulina, uma alimentação pobre em carboidratos e rica em proteínas magras e gorduras mono e poliinsaturadas se mostrou a melhor saída na tentativa de regular a nossa percepção de saciedade e acumulo de gordura. A alimentação sugerida por 2 semanas para recuperar a ação da leptina: -Desjejum: Suco de vegetais e frutas (couve, cenoura, tomate e abacaxi) -Colação: Mamão, banana ou maçã picadas com amêndoas trituradas. -Almoço: salada variada de folhas verdes, carne branca à vontade, cenoura, beterraba e rabanete ralados. -Lanche I: cenoura picada ou frutas com castanhas. -Lanche II: ovo cozido e agua de coco. -Jantar: salmão ou atum crus ou cozidos, salada variada de folhas. Grelina e Leptina e a relação com o apetite e metabolismo energético Muito se fala dos fatores hormonais ligados ao apetite e metabolismo energético, com destaque para a relação destes com o excesso de peso e obesidade. Mas sabe-se que a alimentação inadequada e a inatividade física são os principais causas desse distúrbio nutricional. Entretanto, cabe destacar que há alguns hormônios endógenos relacionados ao controle do apetite e que atuam de maneira diferenciada no corpo humano. Mas o que seria esses hormônios endógenos? São hormônios, produzidos pelo próprio organismo e estão intimamente relacionados ao metabolismo, gasto energético e apetite do indivíduo. Neste artigo vamos conhecer dois hormônios, muito debatidos na literatura científica, e desvendar as principais funções de cada um deles e a relação com o apetite e metabolismo energético e as possíveis associações com o excesso de peso e obesidade. O hormônio leptina, que tem como origem do nome a palavra em latim “leptos” que significa “magro” é uma proteína, produzida no tecido adiposo. Assim, quanto maior a massa adiposa no corpo, maior será a quantidade de leptina produzida. Sua liberação ocorre durante a noite, principalmente nas primeiras horas da manhã. Tal hormônio reduz o apetite e está relacionada com o gasto energético, metabolismo de glicose e influencia as funções endócrinas do pâncreas. Altos níveis de leptina reduzem a ingestão alimentar enquanto baixos níveis induzem a hiperfagia (ingestão excessiva
  • 4. de alimentos). Em indivíduos obesos há uma concentração elevada deste hormônio, mas como então justifica-se o apetite elevado dos obesos? Uma resposta para tal situação seria a resistência das células à entrada da leptina. Assim as células do hipotálamo, que controla o apetite, não recebem o sinal da leptina de reduzir a alimentação. Assim o indivíduo obeso seria “resistente” à leptina, não controlando seu apetite. Cabe destacar, como foi citado anteriormente, a leptina é liberada durante a noite por isso, uma boa qualidade do sono pode influenciar no controle da ingestão de alimentos. Outro hormônio também relacionado com o controle do apetite é a grelina, que tem origem na palavra inglesa grow, que significa crescimento. Este é um hormônio proteico, estimulador da liberação do hormônio do crescimento (GH) porém, sua principal função é orexígeno, ou seja, induz o apetite, além de controle do balaço energético. Esse hormônio é encontrado e produzido no estômago, na mucosa oxíntica. Esse hormônio também possui outras funções importantes como secreção ácida, motilidade do estomacal, atua sobre a função endócrina do pâncreas, metabolismo da glicose, ação cardioprotetora e até anti-neoplásica. A grelina é conhecida por ter efeitos contrários à leptina. Sobre sua ação no controle do apetite, a grelina parecer estar ligada ao estimulo ao inicio uma refeição, ou seja, ao apetite, aumentando a ingestão alimentar. Não se sabe até que ponto a grelina está relacionada com a obesidade Porém, cabe lembrar que hábitos alimentares inadequados e inatividade física são fatores mais relevantes na origem de novos casos de excesso de peso e obesidade. Importante também é a duração e a qualidade do sono influenciando na liberação de hormônios capazes de regular o apetite. Em casos de alterações no apetite ou do metabolismo energético um profissional endocrinologista deve ser consultado e manter o acompanhamento com o nutricionista para juntos promoverem a reeducação no volume e qualidade da dieta, sem negligenciar os fatores endócrinos associados. Espero ter contribuído para melhora dos conhecimentos e esclarecimentos de dúvidas sobre o assunto.