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Centro Tecnológico
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Apostila de
Análise Estrutural I
Agosto de 2013
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Análise Estrutural I
Ângela do Valle
Henriette Lebre La Rovere
Nora Maria De Patta Pillar
Colaboração dos Bolsistas PET: Alex Willian Buttchevitz
Alexandre Garghetti
André Ricardo Hadlich
Helen Berwanger
Stephanie Thiesen
Talita Campos Kumm
Valmir Cominara Júnior
Vanessa Pfleger
Andrei Nardelli
Brunela Francine da Cunha
Colaboração dos Monitores: Artur Dal Prá (2006-1)
Willian Pescador (2007-1)
Gabriel Ferreira (2013-1)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................
1.1 Parâmetros que influenciam a concepção de sistemas estruturais ..........................
1.2 Classificação das peças estruturais quanto à geometria ..........................................
1.3 Tipos de Vínculos ...................................................................................................
1.3.1 Vínculos no plano............................................................................................
1.4 Estaticidade e Estabilidade .....................................................................................
1.5 Reações de apoio em estruturas planas ...................................................................
1.5.1 Estrutura Aporticada........................................................................................
1.5.2 Pórtico Isostático.............................................................................................
1.5.3 Treliça Isostática..............................................................................................
1.5.4 Pórtico Triarticulado Isostático .......................................................................
1.6 Reações de Apoio no Espaço ..................................................................................
1.6.1 Treliça Espacial ...............................................................................................
1.6.2 Pórtico Espacial...............................................................................................
2. ESFORÇOS INTERNOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS .................................
2.1 Treliças ...................................................................................................................
2.1.1 Método de Cremona .......................................................................................
2.1.2 Método de Ritter .............................................................................................
2.2 Vigas .......................................................................................................................
2.2.1 Vigas Simples – Método Direto para Diagramas ...........................................
2.2.2 Vigas Gerber ...................................................................................................
2.2.3 Vigas Inclinadas .............................................................................................
2.3 Pórticos ...................................................................................................................
2.3.1 Estruturas Aporticadas ...................................................................................
2.3.2 Pórticos Simples .............................................................................................
2.3.3 Pórtico com Articulação e Tirante ..................................................................
2.3.4 Pórticos Compostos ........................................................................................
2.4 Cabos ......................................................................................................................
2.4.1 Reações de Apoio para Cabos ........................................................................
2.4.2 Esforços Normais de Tração Atuantes em Cabos ..........................................
2.4.3 Conformação Geométrica Final do Cabo .......................................................
2.5 Arcos ......................................................................................................................
2.5.1 Arcos Biapoiados ............................................................................................
2.5.2 Pórticos com Arcos (ou Barras Curvas) ..........................................................
2.5.3 Arcos Triarticulados .......................................................................................
2.6 Grelhas ....................................................................................................................
3. ESTUDO DE CARGAS MÓVEIS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS ..................
3.1 Cargas Móveis – Trem-Tipo ..................................................................................
3.2 O Problema a Resolver ...........................................................................................
3.3 Linhas de Influência – Definição ...........................................................................
3.4 Obtenção dos Efeitos, Conhecidas as L.I. ..............................................................
3.5 Exemplos em Estruturas Isostáticas Simples .........................................................
3.5.1 Viga Engastada e Livre ...................................................................................
3.5.2 Viga Biapoiada................................................................................................
3.6 Análise de Efeitos ...................................................................................................
3.6.1 Teorema Geral ................................................................................................
3.6.2 Obtenção de Momento Fletor Máximo em uma Seção S de uma Viga
Biapoiada para um dado Trem-tipo Constituído de Cargas Concentradas...............
LISTAS DE EXERCÍCIOS ................................................................................................
Graus de estaticidade ....................................................................................................
Treliças .........................................................................................................................
Vigas ............................................................................................................................
Cabos ............................................................................................................................
Arcos ............................................................................................................................
Grelhas .........................................................................................................................
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ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC
Prof a
. Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a
. Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC)
1
1. INTRODUÇÃO
1.1. Parâmetros que influenciam a concepção de sistemas estruturais
A estrutura é conjunto formado pelas partes resistentes que garantem a estabilidade de um
objeto de projeto, por exemplo, uma edificação. Quando se projeta uma estrutura, a análise do
comportamento estrutural exige que sejam feitas algumas simplificações que conduzem a
modelos estruturais. Para que se defina o sistema estrutural mais adequado, para uma
determinada situação de projeto, devem ser considerados vários fatores. Os principais são:
• Projeto arquitetônico:
-Aspectos funcionais (dimensão do espaço interno, iluminação, limitações do espaço
exterior, etc.);
-Aspectos estéticos (sistemas diferentes geram formas diferentes).
• Carregamento atuante:
-Permanente;
-Variável Acidental;
Efeito do vento.
• Condições de fabricação, transporte e montagem da estrutura (vias de acesso, içamento);
• Material estrutural a ser utilizado (cada material possui características mecânicas
peculiares): o material deve estar adequado aos tipos de esforços solicitantes pelas
estruturas.
Para identificação do sistema estrutural mais adequado deve-se:
1º) Identificar as possíveis opções;
2º) Analisar e comparar as vantagens e inconvenientes de cada um.
1.2. Classificação das peças estruturais quanto à geometria
Os sistemas estruturais são modelos de comportamento idealizados para representação e
análise de uma estrutura tridimensional. Estes modelos obedecem a uma convenção. Esta
convenção pode ser feita em função da geometria das peças estruturais que compõem o conjunto
denominado sistema estrutural.
Quanto à geometria, um corpo pode ser identificado por três dimensões principais que
definem seu volume. Conforme as relações entre estas dimensões, surgem quatro tipos de peças
estruturais:
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2
Barra: duas dimensões da mesma ordem de grandeza e uma terceira maior que as outras duas.
Barra de elementos delgados: as três dimensões principais são de diferentes ordens de
grandeza. É o caso dos perfis metálicos, onde a espessura é muito menor que as dimensões da
seção transversal, que é menor que o comprimento da peça. As barras de elementos delgados são
tratadas, sob o ponto de vista estrutural, da mesma forma que as barras, exceção feita à
solicitação por torção.
Folhas ou lâminas: duas dimensões de mesma ordem de grandeza, maiores que a terceira
dimensão. Subdividem-se em:
Placas: carregamento perpendicular ao plano médio.
Chapas: carregamento contido no plano médio.
Cascas: superfície média curva.
Bloco: as três dimensões são da mesma ordem de grandeza.
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3
1.3. Tipos de Vínculos
Vínculos são elementos que impedem o deslocamento de pontos das peças, introduzindo
esforços nesses pontos correspondentes aos deslocamentos impedidos. Os deslocamentos podem
ser de translação ou de rotação.
1.3.1 Vínculos no plano
No plano, um corpo rígido qualquer tem três graus de liberdade de movimento:
deslocamento em duas direções e rotação.
a) Apoio simples ou de primeiro gênero:
Reação na direção do movimento impedido.
Exemplo de movimento: rolete do skate.
b) Articulação, rótula ou apoio do segundo gênero:
Exemplo de movimento: dobradiça.
c) Engaste: ou apoio de terceiro gênero:
Exemplo de movimento: poste enterrado no solo.
y
x
y
x
z
y
x
Mz=0
Rx=0
Ry=0
RxRy
Rx
Ry
y
x
Mz=0
y
x
Mz=0
Rx
Ry
Mz
y
x
z
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4
Vínculos no Plano
Tipo de Vínculo Símbolo _________ Reações_____
Cabo
Ligação esbelta
Roletes
Rótula
Luva com articulação
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5
Tipo de Vínculo Símbolo ________ _Reações_____
Articulação
Apoio deslizante
Luva rígida
Apoio rígido (engaste)
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6
θ
=
M
K
Rigidez de uma Ligação
Rigidez à Rotação
geometria indeformada
geometria deformada
• Ligação Articulada
K → 0
• Ligação Rígida
K → ∞ θ ≈ 0 o
• Ligação Semi-Rígida
0 < K < ∞
K=
M
M
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Exemplos de Vínculos
Apoio rotulado em viga de ponte.
Apoio com material de baixo coeficiente de
atrito, funcionando como roletes.
Rolete nos apoios de vigas de
concreto protendido de uma
ponte rodoviária.
Ligação de canto rígida de um pórtico de
aço. Observam-se as chapas formando
uma ligação rígida com os pilares.
A inclinação da rótula de apoio entre as duas vigas
indica a expansão térmica do tabuleiro da ponte. Os
enrijecedores verticais na região de apoio previnem a
flambagem local causadas pelas altas reações de apoio.
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Exemplo de planta baixa de uma construção:
Forças que atuam na viga 1 e na viga 6:
Nesse caso, as cargas distribuídas q1 e q2 são provenientes das lajes que se apoiam na viga 1.
As cargas distribuídas q3 e q4 são provenientes das lajes que se apoiam na viga 6 e a carga
concentrada V2 representa a carga da viga 2 apoiada na viga 6.
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1.4 Estaticidade e Estabilidade
a) A estrutura é restringida e o número de incógnitas é igual ao número de equações de
equilíbrio: ISOSTÁTICA.
b) A estrutura é restringida e o número de incógnitas é maior que o número de equações de
equilíbrio: HIPERESTÁTICA.
c) A estrutura não é restringida ou o número de incógnitas é menor que o número de
equações de equilíbrio: HIPOSTÁTICA.
Uma estrutura está restringida quando possui vínculos para restringir todos os movimentos
possíveis da estrutura (translação e rotação) como um corpo rígido.
Uma forma de calcular o grau de hiperestaticidade, a fim de descobrir se a estrutura é restringida,
é usando a seguinte fórmula:
gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3 . m
Sendo C1 = número de vínculos de 1ª classe;
C2 = número de vínculos de 2ª classe;
C3 = número de vínculos de 3ª classe;
m = número de hastes presentes na estrutura.
Outra maneira de calcular é utilizando o critério apresentado por Sussekind:
gh = ge + gi,
Sendo gh = grau de estaticidade ou hiperestaticidade;
ge = grau de hiperestaticidade externa;
gi = grau de hiperestaticidade interna.
Tipos de Equilíbrio:
Estável Instável Indiferente
i.
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Exemplos: Estruturas Planas
Vigas:
Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
C1 = 1 C2 = 1 gh = (1) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 . (1)
Número de barras: gh = 1 + 2 - 3
m = 1 gh = 0
ISOSTÁTICA
Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
C3 = 1 gh = (0) + 2 . (0) + 3 . (1) - 3 . (1)
Número de barras: gh = 3 - 3
m = 1 gh = 0
ISOSTÁTICA
Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
C1 = 2 gh = (2) + 2 . (0) + 3 . (0) - 3 . (1)
Número de barras: gh = 2 - 3
m = 1 gh = - 1
HIPOSTÁTICA
(não restringida)
Quantidade de apoios:
C1 = 2 C2 = 1
Número de barras:
m = 1
gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
gh = (2) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 . (1)
gh = 2 + 2 – 3 HIPERESTÁTICA
gh = 1
Quantidade de apoios:
C1 = 3
Número de barras:
m = 1
gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
gh = (3) + 2 . (0) + 3 . (0) - 3 . (1)
gh = 3 – 3 ISOSTÁTICA
gh = 0
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11
Quantidade de apoios:
C1 = 2 C2 = 1
Número de barras:
m = 2
Ligações internas:
C2 = 2 - 1 = 1
gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
gh = (2) + 2 . (2) + 3 . (0) - 3 . (2)
gh = 2 + 4 – 6 ISOSTÁTICA
gh = 0
Outra forma de resolver exercícios de grau de hiperestaticidade é através do grau de
hiperestaticidade externa (ge) e do grau de hiperestaticidade interna (gi). Partindo do princípio
que:
gh = ge + gi
i)Classificar os apoios e calcular o ge:
ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3
ge = (2) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3
ge = 2 + 2 - 3
ge = + 1
ii)Classificar as ligações internas e calcular o gi:
gi = - 1
gh = ge + gi
gh = 1 - 1
gh = 0
ISOSTÁTICA
A rótula interna é
uma conexão C2
Para calcular o ge utiliza-se sempre m = 1.
As ligações internas não entram no cálculo
do ge.
A rótula interna baixa o gi
no valor do seu respectivo
grau de conexão C2.
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Em ligações internas, considera-se o tipo de ligação e o
número de barras conectadas menos 1.
Ligações internas :
Tirante (C1)
Articulação ou Rótula (C2)
Ligação engastada (C3)
Exemplos: Pórticos, Arcos;
Pórticos:
Quantidade apoios:
C1 = 1 C2 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
Número de barras: gh = (1) + 2 . (2) + 3 . (1) - 3 . (3)
m = 3 gh = 1 + 4 + 3 - 9
Ligações internas: gh = - 1
C2 = 2 – 1 = 1
C3 = 2 – 1 = 1
HIPOSTÁTICA
C2=4-1=3
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Quantidade apoios:
C1 = 1 C2 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
Número de barras: gh = (2) + 2 . (2) + 3 . (1) - 3 . (3)
m = 3 gh = 2 + 4 + 3 - 9
Ligações internas: gh = 0
C1 = 2 – 1 = 1
C2 = 2 – 1 = 1
C3 = 2 – 1 = 1
ISOSTÁTICA
Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
C2 = 1 C3 = 1 gh = (0) + 2 . (1) + 3 . (1) - 3 . (1)
Número de barras: gh = 2 + 3 - 3
m = 1 gh = 2
HIPERESTÁTICA
Quantidade de apoios:
C1 = 1 C2 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m
Número de barras: gh = (2) + 2 . (2) + 3 . (0) - 3 . (2)
m = 2 gh = 2 + 4 - 6
Ligações internas: gh = 0
C1 = 2 – 1 = 1
C2 = 2 – 1 = 1
ISOSTÁTICA
Quadros:
gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3
gh = (1) + 2 . (1) + 3 . (4) – 3 . (4) ge = (1) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3
gh = 1 + 2 + 12 – 12 ge = 1 + 2 - 3
gh = 3 ge = 0
Logo: gh = ge + gi
(3) = (0) + gi
gi = 3
A partir do exemplo acima, pode-se notar que o gi de uma estrutura fechada, nesse caso um
quadro, é igual a 3. Independentemente de sua forma geométrica.
OBS: Um tipo especial de pórtico é a viga Virendel, exemplificada na figura anterior. A viga
Vierendel constitui um painel retangular formado por barras engastadas ortogonalmente.
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Utilizando o conhecimento em quadros, calcula-se o grau de hiperestacidade externa (ge) e o
grau de hiperestacidade interna (gi) separadamente com a finalidade de obter o valor do grau de
hiperestacidade (gh).
gh = ge + gi
i)Classificar os apoios e calcular o ge:
ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3
ge = (1) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3
ge = 1 + 2 - 3
ge = 0
ii)Classificar as ligações internas, contar o número de quadros e calcular o gi:
gi = 3 . Q - C1 - C2
gi = 3 . (1) – (2) – (1)
gi = 3 – 2 - 1
gi = 0
gh = ge + gi
gh = (0) + (0)
gh = 0
ISOSTÁTICA
Exemplos:
ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3
ge = (2) + 2 . (1) – (3) = 1
gi = 3 . Q – C1 – C2
gi = 3 . (7) – (2) – (3) = 16
gh = ge + gi
gh = (1) + (16) = 17
HIPERESTÁTICA
Restringida
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15
ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3
ge = (2) + 2 . (1) + 3 . (1) – (3) = 4
gi = 3 . Q – C1 – C2
gi = 3 . (7) – (2) – (4) = 16
gh = ge + gi
gh = (4) + (16) = 20
HIPERESTÁTICA
Restringida
ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3
ge = (1) + 2 . (2) + 3 . (2) – (3) = 8
gi = 3 . Q – C2
gi = 3 . (12) – (11) = 25
gh = ge + gi
gh = (8) + (25) = 33
HIPERESTÁTICA
Restringida
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16
1.5. Reações de apoio em estruturas planas
1.5.1. Estrutura Aporticada
Cos α =4/5
Sen α =3/5
Decompor a força de 10kN nas direções x e y:
i) ∑FX = 0 HA + 6kN = 0 ∴HA = - 6kN
ii) ∑FY = 0 VA + VB = (10x3) + 8 = 38kN
iii) ∑MA = 0 7xVB – (30x 5,5)- (8x2) – (6x1,5) = 0
∴7VB = 190 ∴ VB = 27,14kN
0
Logo, VA = 38kN – 27,14kN = 10,86kN
Outra maneira seria:
∑MA = 0
7VB – (30x 5,5)- (10x2,5) = 0
∴7VB = 165+25 = 190
∴VB = 27,14kN
Verificação: ∑MB = 0
(10,86x7) + (6x3) – (30x1,5) – (8x5) – (6x1,5) = 0
76 + 18 – 45 – 40 – 9 = 0
Y
X
α
10x(3/5)=6kN
10x(4/5)=8kN10kN
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1.5.2. Pórtico Isostático
i) ∑FX = 0 -HA + 40 = 0 ∴HA = 40kN
ii) ∑FY = 0 VA + VB = 60kN
iii) ∑MA = 0 8VB + 80 - (40x6) – (60x4) = 0
∴8VB = 400 ∴ VB = 50kN
∴VA = 60 – 50 = 10kN
Verificação: ∑MB = 0 (10x8) + (40x3) – 80 – (60x4) + (40x3) = 0
120 + 120 – 240 = 0
1.5.3. Treliça Isostática
i) ∑FX = 0 HB + 4 -12 = 0 ∴HB = 8kN
ii) ∑FY = 0 VA + VB = 6 + 8 = 14kN
iii) ∑MB = 0 (4x4) + (8x1,5) – (12x2) – 3VA = 0
∴3VA = 16 + 12 – 24 = 4
∴VA = (4/3) = 1,33kN
∴VB = 12,67kN
Verificação: ∑MA = 0
(12,67x3) + (4x4) – (6x3) – (8x1,5) - (12x2) = 0
38 + 16 -18 -12 – 24 = 0
VA
HA
VB
B
A
80kNm
60kN
40kN
4.00m 4.00m
3.00m
3.00m
VA VB
HB
4kN
1.50m 1.50m
2.00m
2.00m
6kN
8kN
12kN
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18
1.5.4. Pórtico Triarticulado Isostático
i) ∑FX = 0 (→+
) HA + HB +20 -12 = 0 ∴HA+ HB = -8kN
ii) ∑FY = 0 (↑+
) VA + VB = 10x4 = 40kN
iii) ∑MA = 0 4VB - (40x2) + (12x2) – (20x4) = 0
∴4VB = 80 – 24 + 80 ∴ VB = 34kN
∴VA = 40 – 34 = 6kN
iv) Momento Fletor em C é nulo (Esq. Ou Dir.)
Análise da Estrutura à Esquerda da Rótula:
Verif. ∑MD = 0 (6 + 2)x4 + (12x2) + (6x4) – (40x2) = 0
32 + 24 +24 – 80 = 0
• 4 Incógnitas (Reações)
• 3 Equações Estáticas (Plano)
• 1 Equação interna (Rótula)
MC
D
= MC
E
= 0
Isostática
MC – (6x2) + (20x1) + (HAx4) = 0
ou MC = (6x2) – (20x1) – (4HA)
mas MC = 0 → 4HA= 12 – 20 = -8
∴HA = – 2kN
∴HB = –8 + 2 = -6kN
2.00m
A B
B
VA
HA HB
12kN4.00m
C D
20kN
2.00m 2.00m
HA
VC
MC
NC
20kN
2.00m
4.00m
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19
Exercícios: Determinar a reação de apoio.
i) ∑FX = 0 (→+
) RAX - RBX = 0 ∴ RAX = RBX (I)
ii) ∑FY = 0 (↑+
) RAY - RBY - 20 - 112= 0 ∴ RAY + RBY = 132 (II)
iii)∑MA = 0 (20x8) + (112x4) – (6xRBX) = 0
RBX = 160 + 448 ∴ RBX=101,33kN
6
RAX = RBX (I) ∴ RAX=101,33kN
RAX = RAY (45º) ∴ RAY=101,33kN
RBY = 132 - RAY (II) ∴ RBY=30,67kN
RA = RAX/cos 45º ∴ RA= (RAX)x 2 = 143,30kN
2
Conferindo
∑MC = 0 (20x2) - (112x2) + (6xRBY) – (6xRAX) + (6xRAY) = 0
40 – 224 + (30,67x6) – (101,33x6) + (101,33x6) = 0
-184 + 184 – 608 + 608 =0
184 – 184 = 0
a)
4
RA
RA
C
20kN
A
B
112kN RBY
RBX
RAX
RAY
14kN/m
20kN
C B
A
6.00m
6.00m2.00m
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20
i) ∑FX = 0 (→+
) RAX = RBX
ii) ∑FY = 0 (↑+
) RAY – 12(12) – 30 ∴RAY = 174kN
iii) ∑MA = 0 12xRBX – 30x20 – 144x6 = 0
RBX = 600 + 864 ∴RBX = 122kN ∴RAX = 122kN
12
Conferindo
∑MB = 0 12xRAX – 144x6 – 30x20 = 0
1464 – 864 – 600 = 0
∑MC = 0 6xRBX – 144x14 + 6xRAX – 20xRAY = 0
122x6 + 2016 + 122x6 – 174x20 = 0
732 + 2016 + 732 – 3480 = 0
c) Achar as reações de apoio para a viga abaixo :
BA
3.00m 6.00m 3.00m 3.00m
16kN/m
8kN
45°45°
10 2kN 10 2kN
b)
12kN/m
A
B
C C
B
A
144kN
30kNRAX
RAY
RBX
6.00m
6.00m
8.00m12.00m
30kN
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21
8144
3434
111,33108,67
5454kN.m
A B
9.00m
Balanço
d) Determinar as reações de apoio para a viga:
Viga entre as rótulas internas:
72 ↑ ↑ (144/2) = 72
34 ↑ ↑ 10 + 24 = 34
(8x3)/9 = 2,67 ↑ ↑ (8x6)/9 = 5,33
108,67 ↑ ↑ 111,33
6 ↑ ↑ (12/2) = 6
6 ↑ ↑ 6 + 8 = 14
2,67 ↑ ↑ (20-12)/3=2,67
10kN
10kN
3x(16/2)=24kN
10 2kN
As forças aplicadas nos balanços foram transferidas
para os apoios como momentos e forças verticais.
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22
3 incógnitas
N1, N2, N3
3 equações: ∑FX = 0, ∑FY = 0, ∑FZ = 0
1.6. Reações de apoio no espaço
6 Equações de Equilíbrio:
∑FX = 0; ∑FY = 0; ∑FZ = 0; ∑MX = 0; ∑MY = 0; ∑MZ = 0
1.6.1. Treliça Espacial
Isostática r + b = 3n
Restringida
n=4
r+b=3n
9+3 = 3x4
12=12
Inicia-se pelo equilíbrio do nó D:
Em seguida passa-se aos nós com apoios: Conhecidos agora os esforços N1, N2 e N3, para cada
nó A, B ou C existem 3 incógnitas (Reações) e 3 equações de equilíbrio.
D
C
BA
1 2
3
4tf
2tf
RAZ
RAX
RAY RBY
RBX
RBZ
RCY
RCX
RCZ
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23
1.6.2. Pórtico Espacial
5.00m
4.00m
RAZ
MAZ
RAY
MAY
RAX MAX
2tf
1tf
4tf
3.00m
Y
X
Z
6 reações
Isostática 6 equações de equilíbrio
Restringida
i) ∑FX = 0 RAX – 2tf = 0 ∴RAX = 2tf
ii) ∑FY = 0 RAY – 4tf = 0 ∴RAY = 4tf
iii) ∑FZ = 0 RAZ – 1tf = 0 ∴RAZ = 1tf
iv) ∑MX = 0 MAX – (4x3) – (1x5) = 0 ∴MAX = 17tfm
v) ∑MY = 0 MAY + (2x3) + (1x4) = 0 ∴MAY = -10tfm
vi) ∑MZ = 0 MAZ + (2x5) – (4x4) = 0 ∴MAZ = 6tfm
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24
2. ESFORÇOS INTERNOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS
2.1. Treliças
Treliças - Estruturas reticuladas, ou seja formadas por barras (em que uma direção é
predominante) de eixo reto, ligadas por rótulas ou articulações (nós).
Quando submetidas a cargas aplicadas nos nós apenas, as barras estão submetidas
somente a esforços axiais.
Estaticidade e Estabilidade:
Condições para obtenção de uma treliça isostática:
1. equilíbrio Estável (Restringida, nós indeslocáveis);
2. número de incógnitas (*) igual ao número de equações de
equilíbrio da estática (**).
* O número de incógnitas é dados por:
número de reações (r) + número de barras (b).
(Incógnitas Externas) (Incógnitas Internas)
** Número de equações de equilíbrio é o resultado do:
- número de nós (n) x 2 (o valor é multiplicado devido a existência
de uma equação no eixo x e outra no y).
Desta forma, podemos classificá-las da seguinte maneira:
1a
. Condição 2a
. Condição Classificação
indeslocável e r + b = 2n Isostática
indeslocável e r + b > 2n Hiperestática
deslocável ou r + b < 2n Hipostática
Os métodos de obtenção de esforços em treliças são:
1. Equilíbrio dos Nós;
2. Cremona (Maxwell);
3. Ritter.
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25
Treliças Planas
Fonte: Engel, Heino, 1981
Sentido dos Esforços
Treliça com diagonais comprimidas
Treliça com diagonais tracionadas
Fonte: Salvadori, Heller, 1975
AI E O' B F M
N
HDOCG
L
W4 W2 W1 W3 W5
W4 W2 W1 W3 W5
AI E O' B F M
N
HDOCD
L
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26
Transmissão de Cargas para as Treliças
Treliça de Cobertura
Treliça de Ponte
Fonte: Süssekind, José Carlos, 1979, vol.1
Ligações das Extremidades das Barras
Fonte: Salvadori, Heller, 1975 Fonte: Süssekind, José Carlos, 1979, vol.1
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27
Mecanismo de Treliças Aplicado a Outros Sistemas Estruturais
Pórtico de Treliça Biarticulado
Pórticos de Treliça Triarticulado com Balanços
Arco de Treliça Triarticulado
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28
Treliças com Diferentes Condições de Apoios
Treliças apoiadas nas duas extremidades: Estrutura de vão livre
Treliças com Apoio Duplo no Centro: Estruturas em Balanço
Treliças com Extremidades em Balanço: Estrutura com Vão Livre e Balanço
Fonte: Engel, Heino, 1981
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29
Lei de Formação de Treliças Isostáticas:
r + b = 3 + 11 = 14
2n = 2 x 7 = 14
Treliça Hiperestática:
r + b = 4 + 14 = 18
2n = 2 x 8 = 16
Treliça Hipostática:
r + b = 4 + 18 = 22
2n = 2 x 10 = 20
Treliça não
restringida
A B
C D
A B E G
1 2
3 7
4 8
6 9 10
11
5
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30
2.1.1. Método de Cremona
Seja a seguinte treliça para a qual serão calculadas as reações e esforços pelo equilíbrio
dos nós:
∑FX = 0 3 – RAX = 0 RAX = 3tf
∑MA = 0 3RBY – 6 x 1,5 – 3 x 2 = 0 RBY = 5tf
∑FY = 0 RAY + 5 - 6 = 0 RAY = 1tf
ϴ = 53,13º
Nó A
∑FY = 0
1 + NAC x sen 53,13º = 0 NAC = -1,25tf
∑FX = 0
-3 – 1,25 x cos 53,13º + NAB = 0 NAB = 3,75tf
Nó B
∑FY = 0
5 + NBC x sen 53,13º = 0 NBC = -6,25tf
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31
1,5m 1,5m
3tf
3tf
5tf1tf
6tf
-1,25
3,75
-6,25
BA
C
2m
Se um nó está em equilíbrio, a soma vetorial de todas as forças que atuam sobre ele será
nula:
Nó A:
3
3,75
1,25
1
Nó B:
5
3,75
6,25
Nó C:
A
3 tf
1tf
1,25
3,75
B
6,25
3,75
5tf
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32
1,25
6,25
6
3
A soma vetorial das forças externas e internas atuantes forma sempre um polígono fechado.
O método de Cremona consiste em encontrar os esforços internos graficamente, a partir
do equilíbrio dos nós da treliça, seguem-se os seguintes passos:
• inicia-se por um nó com apenas duas incógnitas;
• marca-se em escala as forças externas atuantes, formando um polígono aberto;
• pelas extremidades deste polígono traçam-se paralelas às barras que concorrem no nó, cujos
esforços desejamos conhecer;
• a interseção destas paralelas determinará o polígono fechado de equilíbrio; obtêm-se assim
os módulos e sinais dos esforços nas barras;
• Os sinais dos esforços são obtidos verificando-se:
- se o esforço normal aponta para o nó  negativo (compressão);
- se o esforço normal sai do nó  positivo (tração);
• O sentido do percurso de traçado de forças é arbitrário, adotaremos o sentido horário;
• Obtém-se 2 a 2 incógnitas na análise  sobrarão 3 equações de equilíbrio, já usadas para as
reações.
6tf
3tf C
1,25
6,25
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33
2.1.1.1. Notação de Bow
Marcar com letras todos espaços compreendidos entre as forças (exteriores e interiores),
que serão identificadas pelas duas letras adjacentes. No exemplo:
• reação Vertical no nó A : ab;
• reação Horizontal no nó A: bc;
• esforço Normal na Barra AC: cf (ou fc);
• esforço Normal na Barra AB: af (ou fa).
Roteiro do Método:
1. Iniciar o traçado do Cremona pelo equilíbrio de um nó que contém somente duas barras
com esforços normais desconhecidos (incógnitas);
2. Começar com as forças conhecidas, deixando as incógnitas como forças finais;
3. Todos os nós são percorridos no mesmo sentido (horário ou anti-horário), para o exemplo
escolheu-se o horário;
4. Prosseguir o traçado do Cremona pelos nós onde só haja 2 incógnitas a determinar, até
esgotar todos os nós, encerrando-se a resolução da treliça.
5. Os valores dos esforços nas barras são medidos no gráfico em escala;
6. Os sinais dos esforços são obtidos verificando-se:
- se o esforço normal aponta para o nó: COMPRESSÃO (-);
- se o esforço normal sai do nó: TRAÇÃO (+).
O polígono resultante do traçado do Cremona deverá resultar num polígono fechado para que
a treliça esteja em equilíbrio.
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34
Fonte: Süssekind, José Carlos, 1979, vol.1
e
2P
i
a
g
f
c
b
A C D
d
3P
FE
3P
P
B
h
3P
2
1
4
8
5
6
97
3
Sentido Horário -
Percurso do Traçado
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35
Nó A:
2P
3P
N7
a2
a7N2
2P
3P
N2
N7
Medir em escala N2 e N7
Nó E:
N2 conhecido - N3,N1 incógnitas:
mede-se em escala
N2
N1
N3
a3
a1
N1 (Compressão)
N2
N3
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36
Exemplos:
1.
2m 2m
C
D
BA
1m
1m
2 tf
A
1m
1m
B
D
C
2000kgf
cb d e
a
1000kgf 1000kgf
Nó A:
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37
Nó D:
Nó B:
2000
D
C
2000
28302830
C
T
T
2830
2830
20002000
d c
e
b
A B
D
C
2000kgf
-2830
+2000
-2830
+2230 +2230
a
b
cd
e
Escala do Cremona (tf)
210
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38
2.
A
DC E B
H
G
F
2tf
2tf
2tf
3tf 3tf
b
c d
e
f
a
k
j
ih
g
0 1 2 3 4
Escala do
Cremona (tf)
f,k
j
c
a
d
e
h,i
g
-6,7 -6,7
-5,85
-1,8
+2,0
+6,0 +4,0 +4,0 +6,0
-1,8
+2,0
0
-5,85
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39
3.
6tf 6tf
6tf
2tf
2tf
2tf
6tf 6tf
6tf
2tf
2tf
2tf
i
b
h
g
j
k
a
e
d
c
f
6m6m6m
6m 6m
G
E
C
A
B
D
F
-3,2+3,2
+2,0
-2,2
-3,2
-4,8-2,9
-2,0
+6,4
+4,8
+3,0
a k
j
edcb,f
g
i
h
0 1 2 3 4
Escala do
Cremona (tf)
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40
2.1.2. Método de Ritter
Seja a seguinte treliça:
Suponhamos que deseja-se determinar os esforços axiais nas barras 3, 6 e 10. Parte-se a
estrutura em duas partes, de forma a partir estas barras, através da seção SS indicada.
Considerando a parte da esquerda, deve-se colocar os esforços internos axiais que surgem
nas barras para estabelecer o equilíbrio:
As forças N3, N6 e N10 representam a ação da parte da direita da treliça sobre a parte da
esquerda.
HA
VA
P4
P1
P2
D
N6
N10
N3
S
S
1
2 3
7
48
6
9 10 11
5
HA
P4
P1
P2
PD
P5
C
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Prof a
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41
É indiferente considerar a parte da esquerda ou a da direita:
Os esforços indicados N3, N6 e N10 são iguais em módulo e direção, mas têm os sentidos
opostos dos que aparecem na parte esquerda. Representam a ação da parte esquerda sobre a parte
da direita.
Para obter os esforços N3, N6 e N10 utilizam-se as equações da estática, devendo ser
escolhidas e usadas numa ordem tal que permita determinar cada incógnita diretamente.
Para o exemplo, pode-se resolver utilizando:
ΣMC = 0  Obtém-se N3;
ΣMD = 0  Obtém-se N6;
ΣFy = 0  Obtém-se N10. (tanto faz pela esquerda ou direita)
Se os esforços forem positivos terão o sentido indicado (tração) senão terão sentido
inverso (compressão).
Observações:
1. seções de Ritter não podem interceptar 3 barrras paralelas, nem 3 barras concorrentes no
mesmo ponto;
2. as seções podem ter forma qualquer (não necessitando ser retas);
3. para barras próximas às extremidades da treliça (no exemplo, barras 1, 5, 4 e 7), pode ocorrer
que a seção de Ritter só intercepte 2 barras  neste caso obter os esforços fazendo equilíbrio
dos nós.
P3
VB
P5
C
S
S
N6
N10
N3
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42
Exemplos:
1. Obter os esforços nas barras 2, 3, 9 e 10.
I. Obter as reações de apoio:
ΣFx = 0  HA = -6 tf;
ΣFy = 0  VA + VB = 10 tf;
ΣMA = 0  VB . 10 - 6 x 4 - 4 x 6 - 6 x 2 = 0;
VB = 6 tf e VA = 4 tf.
II. Seção S1S1
ΣMH = 0  N2 x 2 - 6 x 2 - 4 x 4 = 0 N2 = 14 tf (tração);
ΣMD = 0  -N16 x 2 - 6 x 2 - 4 x 4 = 0 N16 = -14 tf (compressão);
ΣFy = 0  - N9 – 6 + 4 = 0 N9 = -2 tf (compressão).
8 9 10 11 12 13 1476
1 2 3 4 5
HA
VA VB
A C D E F B
G H I J
15 16 17
2 m 2 m 2 m 2 m 2 m
4 tf
6 tf
6 tf
S1 S2
S2S1
2
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III. Seção S2S2
ΣFx = 0  N3 + N10 cos45º = 14 tf;
ΣFy = 0  N10 sen45º + 4 - 6 = 0;
N10 = 2,83 tf e N3 = 12 tf.
6tf
E F B
J
4 tf
2 m
I
S2
N10
N3
14 tf
S2
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Obter os esforços nas barras 2, 10, 19, 3 e 13.
I. Seção S1S1
ΣMD = 0  N19 x 2 + 6 x 2 + 5 x 4 = 0 N19 = -16 tf (compressão);
ΣFx = 0  N19 + N2 = 0 N2 = 16 tf (tração);
ΣFy = 0  N10 + 6 - 5 = 0 N10 = -1 tf (compressão);
HA =6tf
6tf
6tf
VB =5tf
H I J K L
B
GFEDCA
2 m
1
7 8 9
19
2 3 4 5 6
18 20 21
1710
11
12 13 14 15 16
S1
S2 S 3
VA =5tf
4tf
2 m 2 m 2 m 2 m 2 m
2 m
A
C1
87
6tf
5tf
9
2
10
H6tf 18 I
S 1
6tf
N2
N10
N19
J
D
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II. Seção S2S2
ΣMJ = 0  N3 x 2 + 6 x 2 - 5 x 6 - 6 x 2 = 0 N3 = 15 tf (tração);
II. Seção S3S3
ΣFy = 0  N13 cos45º + 5 = 0; N13 = -7,1 tf (compressão);
6tf A
C1
87
5tf
D
9
2 3
10 11
H6tf 18 19 JI
S2
6tf
N19
N3
N11
F4
13 14
B
G5 6
15 16 17
5tf
20 K
S3
21 LN 20
N 4
N13
J
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2.2. Vigas
2.2.1. Vigas Simples - Método Direto para Diagramas
Esquerda
V
N
M
N
Direita
V
Convenção de sinais:
Revisão:
a
VV
F
M
a
F M
Esquerda com carga para cima Esquerda com carga para baixo
V – F = 0  V = +F positivo. V + F = 0  V = - F negativo.
M – F.a = 0  M = +F.a positivo. M + F.a = 0  M = - F.a negativo.
a
F
a
F
Direita com carga para cima Direita com carga para baixo
V + F = 0  V = - F negativo. V – F = 0  V = +F positivo.
M - F.a = 0  M = +F.a positivo. M + F.a = 0  M = - F.a negativo.
• Traçar DEC diretamente vindo pela esquerda.
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• Traçar DMF vindo pela esquerda, calculando M nos pontos de aplicação de força
concentrada.
Lembrando:
• Força Concentrada: Descontinuidade no DEC
• Binário Aplicado: Descontinuidade no DMF
q=0 ; (entre cargas conc.)
• V Constante
• M Varia Linearmente em x
q= k ;
• V Varia Linearmente em x
• M Varia Parabolicamente em x
Integrando q  V; Integrando V  M.
dx
dV
q =−
dx
dM
=V
dx
d M
q 2
2
=−
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Exemplo 1:
MC
Esq
= 60.4 = 240 kN;
MD
Esq
= 60.8 – 50.4 = 280 kN;
ME
Dir.
= 110.2 = 220 kN ou
ME
Esq.
= 60.11 – 50.7 – 30.3 = 220 kN
ou MD = MC + VC x4m ou ME
Esq.
= MD +VD x3m
DMF (kN.m)
60kN
60
280
240
(+)
220
-110
10
-20
DEC (kN)
110kN
30kN50kN 90kN
4 m 4 m 3 m 2 m
A
C D E
B
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DMF (kN.m)
+3
-3
(-)
3kN
DEC (kN)
-9
3kN
12kN/m
3 1 m
A B
C
Exemplo 2:
MC
Esq
= - 3.3 = - 9 kN;
MC
Dir.
= 3.1 = 3 kN;
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50
Exemplo 3:
MC
Esq
= 18.2 = 9 kN;
MMÁX = q.l2
/8 + 36 = 12.32
/8 + 36 = 13,5 + 36
MMÁX = 49,5 kN.m
36
(+)
18
V=0
(+)
18kN
12kN/m
DMF (kN.m)
36
DEC (kN)
-18
(-)
18kN
2 m 3 m 2 m
Mmáx
A B
C D
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51
Exemplo 4:
MV=0
Esq
= 80.2 – 40.1 = 120 kN; ME
Dir
= 60.1 = 60 kN;
MC
Esq
= 80.4 – 80.2 – 40.2 = 80 kN; MD
Dir
= 60.2,5 – 20.1,5 = 120 kN;
MD
Esq
= 80.5,5 – 80.3,5 – 40.3,5 = 20 kN;
-40
120
80
120
60
DMF (kN.m)
-60
20
(-)
(+)
40
80 kN
80
DEC (kN)
60 kN
100kN.m20kN/m
40kN
20kN
(+)
2 m 2 m 1,5 m 1,5 m 1 m
A B
C D E
10
10
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2.2.2. Vigas Gerber
• Aplicações principais – Pontes;
• Surgiram por motivos de ordem estrutural e de ordem construtiva;
• Vigas Gerber Isostáticas serão decompostas nas diversas vigas isostáticas que as
constituem:
- Vigas com estabilidade própria;
- Vigas que se apoiam sobre as demais;
Exemplos de Decomposição:
Os algarismos romanos I, II, III e IV indicam a ordem de resolução, para obtenção das reações
de apoio.
• Começa-se a resolver as vigas sem estabilidade sem estabilidade própria;
• Os diagramas podem ser traçados separadamente, juntando-os em seguida;
• As rótulas transmitem forças verticais e horizontais, mas não transmitem momento;
• Basta que um dos apoios resista a forças horizontais na viga Gerber. Apenas as cargas
verticais provocam esforço cortante e momento fletor nas vigas, portanto, na
decomposição não é necessário distinguir apoios do 1o
ou 2o
gênero. Usaremos
apenas: ∆
II
I
II
II
I
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53
IV
III
II
I
II
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Esforços Internos – Diagramas – Exemplos:
1.
18 tf
F
F
6tf6tf6tf
22,67 tf
BA
9,33 tf
4tf/m
C D E
4tf/m
6tf 6tf
4tf/m
BA
6tf
C D E
4tf/m
36 tf.m
2 m 3 m 2 m 3 m 3 m
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55
MA = 0
MB
esq
= -6 x 2 = -12
MC
esq
= -6 x 5 + 9,33 x 3 – 12 x 1,5 = -20
MD
esq
= -6 x 7 + 9,33 x 5 – 20 x 2,5 + 22,67 x 2 = -0,01 ≈ 0  OK
O momento fletor na rótula é sempre nulo, a não ser que haja um binário aplicado na rótula.
ME
dir
= -36 + 18 x 3 – 12 x 1,5 = 0  OK
MF
dir
= -36
Quando na rótula não há força concentrada:
Vd
esq
= Vd
dir
Ve
esq
= Ve
dir
-8,67
A
-12
-20
CB
-6
-36
4,5
D FE
-18
-6
14
3,33
6
DMF (tf.m)
DEC (tf)
2
4,5
4,5
4,5
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56
2.
4+6+3 =
13 tf
3 tf 3+3 = 6 tf3 tf 3 tf
2+4+3+2=
11 tf
3 tf
11 tf
3 tf
4 tf
12
6
6 tf
2 tf/m 3 tf/m
3 tf
A
2 tf/m
B C
3 tf/m
FD E
4 tf 3 tf
HG
4-3=
1 tf
8 tf
8 tf
JI
2 tf/m
3 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m1 m 1 m
Transfere-se a
força de 6 tf:
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Pela esquerda:
MA = 0 MB = 0
MA/B
esq
= (q l2
) / 8 = (2.32
) / 8 = 2,25 MC
esq
= - 3.1.- 2.0,5 = - 4
MD
esq
= -4+ (2.42
)/8 + (4.4)/4 = 4
Pela direita:
MJ = 0 MI
dir
= 1.2 = 2
MH
dir
= 1.4 – 8.2 = -12 MG = 0
MF/G = (q l2
) / 8 = (3.22
)/8 = 1,5 MF = 0
A CB FED
4
HG
-4
3
-5
-3
-4
-12
-6
-2
3
2
-6
-3
6
5
7
JI
2
DMF (tf.m)
-1
DEC (tf)
2,25 1,5
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58
2.2.3. Vigas Inclinadas
Independente do valor de b, as reações verticais serão iguais (= q.a / 2)
1.
Esforços Internos: Seção S (a x do apoio A)
α





−= cos.x.q
2
a.q
V α





−−= sen.x.q
2
a.q
N








−=
2
x.q
x.
2
a.q
M
2
(para fins de momento fletor a viga se comporta como se fosse horizontal)
(q.a)/2
S
V
(q.a)/2
q.x N
M
A
S (q.a)/2
q
B
x
a
b
x
x/2
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Diagramas:
q.a.(sen /2
- q.a.(sen /2
q.a.(cos /2
(+)
(-)
(-)
(+)
DMF
- q.a(cos /2
DEC
DEN
q.a²/8
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60
2.
I. ΣFx = 0
HA = q.b
Esforços Internos:
II. ΣFy = 0
VA = VB
III. ΣMA = 0
a.VB – qb.b/2 = 0
VB = qb2
/2a = VA
(q.b²)/2.a
S
q.x
M
N
V
q.b
x
x/2
y
N = (qb – qx)cosα + (qb2
/2.a) . senα
V = (qb – qx)senα - (qb2
/2.a) . cosα
M = x.qb – qx2
/2 – y.(qb2
/2.a)
M = x.qb – qx2
/2 – x.(a/b).(qb2
/2.a)
M = qbx/2 – qx2
/2
A
VA
VB
S
B
q
HA
a
b
x
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61
Diagramas:
q.b.[cosα+(b.senα)/2.a
q.b².(sen α)/2.a
q.b.(sen α – b.cos α / 2.a)
(qb2
/2.a) . cosα
q.b²/8
DEN
DEC
DMF
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62
3.
R = q .(a² + b²)
A
q
B
A
B
q
q.b
q
q.a
A
B
b
a
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63
Logo, o diagrama de momento fletor fica:
q.(a²+b²)/8
Se tivermos, por exemplo, as estruturas:
DMF
-6
A
6 tf.m
2
6
DMF
1 tf/m
2 tf.m
B
8m
6m
-2
2
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64
52,5
A
(+)
DMF
(-)
-20
20 kN/m 20 kN.m
B
4m
3m
10
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65
2.3. Pórticos
Pórticos são estruturas lineares constituídas por barras retas ligadas entre si. Eles podem
ser planos (bidimensionais) ou espaciais (tridimensionais). Nesta apostila trabalharemos
apenas com pórticos planos.
Nos pórticos, as ligações entre as barras são engastes ou rótulas internas. Isso faz com
que sua estrutura trabalhe em conjuntos e não de forma individual como acontece em
estruturas de colunas e vigas.
Os Diagramas de Esforço Normal (DEN) e Diagramas de Esforço Cortante (DEC) não
precisam ser feitos para o mesmo lado da barra que foram feitos nessa apostila, apenas ter os
mesmos valores e sinais. Já os Diagramas de Momento Fletor (DMF) devem estar sempre no
lado tracionado da barra, podendo os sinais dos resultados serem diferentes dos sinais
utilizados nesta apostila.
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66
2.3.1. Estruturas Aporticadas
1,5m1,5m
27,14 kN
10 kN/m
10,86 kN
6 kN
S2
S1
10 kN
S3
2m 3m2m
y
x
6 kN
10,86 kN
N
M
V
S1
t n
Seção S1:
ΣFn = 0
N – 6.cosα + 10,86.senα = 0
N = 6.cosα - 10,86.senα
N = -1,72 kN (const.)
ΣFt = 0
V = 6.senα + 10,86.cosα = 12,29 kN (const.)
ΣMz = 0
M = 10,86.x + 6.y  y = x.tgα
M = 10,86.x + 4,5.x = 15,36.x
Para x=0, M=0;
x=2, M=30,72 kN.m;
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ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC
Prof a
. Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a
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67
Seção S2:
N = -1,72 kN (const.)
V = 12,29 - 10 = 2,29 kN (const.)
M = 15,36.x –8(x-2) –6(y-1,5) = 2,86.x + 25  y = x.tgα
Para x=2, M=30,72 kN.m;
x=4, M=36,44 kN.m;
Seção S3: (direita)
10 kN/m
27,14 kN
M
V x'
V = 10.x’ – 27,14
Para x’=0, V=-27,14 kN;
x’=3, V=2,86 kN;
M = 27,14.x’ – 10.x’2
/2
Para x’=0, M=0 kN.m;
x’=3, M=36,42 kN.m;
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68
Diagramas:
-27,14
(+)
12,29
2,86
2,29
(+) (-)
-1,72
(-)
nulo
x = (10x3²)/8 = 11,25
DMF (kN.m)
DEC (kN)
DEN (kN)
30,72
36,42
36,42
x
0,286m
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Não havendo barras inclinadas, recomeça-se o traçado de diagramas pelo método direto.
10 kN/m
17 kN
12 kN
DMF (kN.m)
DEC (kN)
DEN (kN)
(-)
(+)
(-)
12
12 kN
nulo
-17
(+)
17
-23
x = (10x4²)/8 = 20
12
12
23 kN
(+)
(+)
4m
1m
1m
x
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70
Considerações Sobre os Sinais dos Diagramas:
As fibras inferiores serão tracejadas, definindo portanto a parte à esquerda e à direita da
seção. Exemplos:
S1
S3
S2
S3
N
V
S1
M
V
M
N
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71
Exemplos:
01.
P
P
(+)
P
-P
(-) nulo
-Pa
Pa
(-)
(+)
(+)
Pa
P
S1
S2
S3
Pa
Pa
nulo
nulo
P
DEN (kN)(+)
DMF (kN.m)
DEC (kN)
a a
a
Barra vertical
ΣFy = 0 ∴ N = P
ΣFx = 0 ∴ V = 0
ΣMz = 0 ∴ M = -P.a + P.2a = P.a (constante)
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72
02.
P/2 P/2
P
DMF (kN.m)
DEC (kN)
DEN (kN)
nulo
nulo
-P
(-)
(-)
-P
(+)
P/2
P
(+)
P(L/2 + a)
(+)
(+)(+)
P(L/2+a)
P(L/2+a)
PL/2
nulo
L/2
a L a
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73
2.3.2. Pórticos Simples
80 kN.m
60 kN
40 kN
40 kN
10 kN
50 kN
40
DEN (kN)
(+)
DMF (kN.m)
DEC (kN)
-50
-10
(-)
(-)
nulo
(-)
(+)
(+)
-50
10
40
200
(+)
nulo
280
240
240 (+)
6m
4m 4m
3m
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Pelo Método Direto:
Obter os diagramas solicitantes para o quadro abaixo:
Reações:
ΣFx = 0 ∴ RAx = 1 tf
ΣFy = 0 ∴ RAy = 3 + 1.4 + 1
RAy = 8 tf
ΣMA = 0 ∴ 3.2 – 1.4.2 – 1.1 + 1.2 + MA = 0
MA = 1 tf.m
Seção S1: trecho DC
N = 0;
V = -3 tf
MC = -6 tf.m
Seção S2: trecho CE
N = 0;
V = 1.x
Para x = 0; V = 0;
x = 4; V = 4 tf;
M = -1.x2
/2
Para x = 0; M = 0;
x = 4; M = -8 tf.m;
Seção S3: trecho FB
N = -1 tf
V = 1 tf
M = -1.x
Para x = 0; M = 0;
x = 1; M = -1 tf.m;
Seção S4: trecho BC
N = -7 tf
V = 0
M = -2 tf.m
3 tf
1 tf/m
1 tf
1 tf
1 tf.m
B
A
D E
C
F
8 tf
1 tf
2m
2m
2m 1m 3m
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Seção S5: trecho AB
N = -8 tf
V = -1 tf
M = -1 – 1 . x
Para x = 0; M = -1 tf.m;
x = 2; M = -3 tf.m
Diagramas:
DEN (kN)
(-)
DMF (kN.m)
DEC (kN)
(-)
(+)
-8
-7
nulo
-1
-3
+4
+1
-1
nulo(-)
(-)
-2
(-)
-1
(-)
-3
-8
-6
-1
(-)
(-)
(-)
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Reações:
ΣFy = 0 ∴ 1 + 6 – 4.5 + VA + VB = 0
VA + VB = 13
ΣMA = 0 ∴ 1.2,5 – 4.5.2,5 + 6.5 + HB.10 = 0
HB = 1,75 tf
ΣFx = 0 ∴ HB = - HA  HA = - 1,75 tf
ΣME
Dir
= 0 ∴ HB.4 - VB.5 = 0
(embaixo) VB = 1,4 tf  VA = 11,6 tf
Seção S1: [0 x 2,5]
N = + 1,75 tf;
V = 11,6 - 4.x
Para x = 0; V = 11,6;
x = 2,5; V = 1,6 tf;
M = 11,6.x - 2.x2
Para x = 0; M = 0;
x = 2,5; M = 16,5 tf.m;
1 tf
VA
HA
4 tf/m
6 tfN
HB
VB
A
B
C
D
E
V
S1 S2
S3
S4
x
6m
4m
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Seção S2: [2,5 x 5,0]
N = + 1,75 tf;
V = 12,6 - 4.x
Para x = 2,5; V = 2,6 tf;
x = 5; V = -7,4 tf;
M = 11,6.x +1.(x–2,5) – 2 x2
= 12,6.x - 2.x2
– 2,5
Para x = 2,5; M = 16,5 tf.m;
x = 5; M = 10,5 tf.m;
Seção S4: [0 x 5,0]
tgα = 4/5 senα = 4/√41
N + 1,75.cosα + 1,4 senα = 0  N = - 2,24 tf;
V + 1,75.senα - 1,4.cosα = 0  V = 0;
M = 1,4.x – 1,75.y  M = 0;
Seção S3: [0 x’ 6,0]
N = - 7,4 tf;
V = -1,75 tf;
M = 1,75.(x+4) – 1,4.5 = 1,75.x’
Para x’ = 0; M = 0;
x’ = 6; M = 10,5 tf.m;
N
ulo
DMF (tf.m)
DEN (tf)
DEC (tf)
16,5
17,3
10,5
(+) (+)
(+)
-7,4
N
ulo
(-)
2,6
1,6
11,6
-1,75
(-)
1,75
-7,4
-2,24
(-)
(+)
(-)
10,5
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Reações:
ΣFx = 0 ∴ HA + HB + 12 – 3,33 = 0
HA + HB = - 8,67 tf
ΣFy = 0 ∴ -10 + 4,99 + VA + VB = 0
VA + VB = 5,01 tf
ΣMB = 0 ∴ 6.1 + 10.4 – 12.3 – 9.VA = 0
VA = 1,11 tf  VB = 3,9 tf;
ΣME
Esq
= 0 ∴ - HA.6 + VA.2,5 – 12.3 = 0
HA = -5,54 tf  HB = -3,13 tf
Determinar os diagramas de esforços solicitantes:
-1,11
DEN (tf)
DMF (tf.m)
DEC (tf)(-)
(-)
(-)
(-)
-6,5
-10,98
-4,98
Nulo
0,44
(-)
-6,0
1,11
-6,46
5,54
(+)
(+)
(-)
(+)
-2,8
(+)
-2,8
2,82,8
4,41
6,0
-1,6
7,66
(-)
(+)
2,77
Diagramas:
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Para a barra inclinada:
N = - 5,1.sen 60˚ = - 4,42 kN
V = - 5,1 cos 60˚ = - 2,55 kN
Momento no apoio engastado:
M = – 15,8 kN.m;
Momento na conexão engastada entre barras:
M = -15,8 + 5,1. 2 = -5,6 kN.m;
60°
1,9kN 1,9
1,9kN
2 kN/m
1 kN/m
2 kN/m
1 kN/m
5,1kN
15,8kN.m
3,46m
3,8m 1,6m 2m
60°
Nulo
DEN (kN)
(-)
-4,42
DMF
(kN.m)
DEC (kN)
-2,55
-5,1
-1,9
(+)
(-)
(-)
-5,6
-5,6
-15,8
1,8
(-)
(-)
(+)
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80
2.3.3. Pórtico com Articulação e Tirante
Análise da estaticidade:
ge = 2 + 1 – 3 = 0
gi = 3.1 – 1 – 1 - 1 = 0
gh = gi + ge = 0
Substitui-se a barra CD pelo par de
esforços N:
Reações e N:
ΣFx = 0 ∴ HA = 0;
ΣFy = 0 ∴ VA + VB = 8 tf
ΣMz = 0 (A) ∴VB.4 – 8.2 = 0
VB = 4 tf.m  VA = 4 tf.m
Momento Fletor em F, pela direita:
MF
D
= 0 ∴ 4 – 2.N = 0
 + N = 2 tf.
4m
HA
VBVA
4 tf.m
2 tf/m
Tirante ou fio (se for
comprimido  escora)
FE
DC
BA
2m
2m
HA
VB
NN
VA
4 tf.m
8 tf
N
4 tf.m
F
2m
2m
4 tf
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Diagramas:
Nulo
(-)
-4
4
Nulo
-4
NuloNulo
Nulo
(-)
(-)
(-) -4
-4
DMF (kN.m)
-4
2
Nulo
(-)
(+)
(-)
-2
(+)
-4-4
DEC (kN)
-2
2
(-)
(+)
(-) (-)
DEN (kN)
x = (2 x 4²) / 8 = 4
x
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82
2.3.4. Pórticos Compostos
Pórticos Compostos são uma associação de pórticos simples. Assim como a viga
Gerber é uma associação de vigas simples. Se forem isostáticos, o resultado será uma
Associação de Pórticos Simples Isostáticos.
1.
A B J K
HDx
C D
Dy
Dy
E
HxH
H
Hy
Dx Hx
Hy
I
GF
A B
C
E
D
J K
GF
H I
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83
2.
3.
4.
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84
5.
A D G
30 kN
B
10 kN/m
C
E
20 kN
F
5m8m 3m
2m
2m
4m
Decompondo:
ΣFx = 0 ∴ HC = 30 kN;
ΣFy = 0 ∴ VA + VC = 80 kN;
ΣMA = 0 ∴8.VC + 4.HC –80.4 –
30.2 = 0
VC = 32,5 kN  VA = 47,5 kN
ΣFx = 0 ∴ HD + HG +30 = 0
ΣFy = 0 ∴ VD + VG = 20 + 32,5 + 80
VD + VG = 132,5 kN
ΣMD = 0 ∴ 8.VG – 20.5 – 80.4 – 30.4 = 0
VG = 67,5 kN  VD = 65 kN
MC
D
= 0 ∴ 4.HD = 0
HD = 0  HG = - 30 kN
A
VA
B
30 kN
10 kN/m
C
Vc
Hc
D
VD
G
HD
C30 kN
32,5 kN
E
20 kN
VG
HG
F
10 kN/m
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Diagramas:
(+)
60
(+)60
(+) (-)
80
120
(+)
(-) (-)(-)
120
nulo
60
47,5
(+)
(+)
30
nulo
120
(+)
(+)
60
30
80
180
(+)
DMF (kN.m)
180
-30(-)
(+)
(-)
-32,5
(-)
(+)
(+)
(-)
-20
32,5
-65
-47,5
DEC (kN)
-67,5
(-)
-30
-47,5
-30
(-)
(-)
nulo
-32,5
(-)
-47,5
DEN (kN)
-
67,2
52,8
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86
2.4. Cabos
Cabos são estruturas lineares, extremamente flexíveis, capazes de resistir a
esforços de tração. Os esforços cortantes, de compressão, de flexão e de torção não são
resistidos por um cabo ideal.
Os cabos são utilizados em vários tipos de estruturas. Nas pontes pênseis e
teleféricos são principais elementos portantes, nas linhas de transmissão conduzem a
energia elétrica, vencendo vãos entre as torres e são empregados como elemento portante
de coberturas de grandes vãos (Süssekind, 1987).
No estudo estático, assume-se a hipótese que os cabos são perfeitamente flexíveis,
isto é, possuem momento fletor e esforço cortante nulos ao longo do comprimento. Dessa
forma, os cabos ficam submetidos apenas a esforços normais de tração.
As formas assumidas pelo cabo dependem do carregamento que nele atua. Se o
carregamento externo for muito maior do que o peso próprio do cabo, este último é
desprezado no cálculo. A geometria da configuração deformada do cabo, para um dado
carregamento, é denominada forma funicular (do latim, funis = corda) do cabo.
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89
Exemplo de formas funiculares:
Catenária
Parábola
Polígono
Trapezóide
Triângulo
Carga Uniformemente
Distribuída ao longo do vão
Carga Uniformemente Distribuída ao longo do
comprimento do cabo (peso próprio)
Forma FunicularCarregamento
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90
A catenária possui uma geometria mais baixa que a parábola. Isto é conseqüência
do peso próprio se concentrar mais nas regiões próximas das extremidades.
A partir de estudos comparativos entre a forma da parábola e da catenária, para
várias relações de flecha (f) e vão entre extremidades (L), constata-se que para relações (f
/ L)  0,2 as formas da parábola e da catenária são praticamente coincidentes. Nestes
casos, é mais prático usar a forma da parábola para determinação dos lugares geométricos
dos pontos ao longo do cabo.
f
L
y
x
Y = ax2
+ bx +c
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91
2.4.1. Reações de Apoio para Cabos:
Seja um cabo que suporta duas cargas concentradas de valor “P”, dispostas nos
terços do vão:
PP
f
L/3 L/3 L/3
H = Ax
Ay By
H = Bx x
y
A
C D
B
Os sistemas do tipo cabo desenvolvem em suas extremidades empuxos
horizontais, exigindo que os vínculos em “A” e “B” sejam do 2o
gênero.
Por ser um sistema estrutural plano, as equações de equilíbrio a serem satisfeitas
serão:
ΣFx = 0;
ΣFy = 0;
ΣMz = 0.
Lembrando que para qualquer ponto ao longo do cabo o momento fletor é nulo
devido à sua flexibilidade.
Aplicando as equações de equilíbrio ao cabo ACDB :
ΣFx = 0  Ax – Bx = 0, logo Ax = Bx = H (empuxo horizontal);
ΣMA = 0  PL / 3 + P (2L / 3) – By.L = 0, portanto By = P;
ΣFy = 0  Ay + By = 2P, então Ay = 2P – By = P.
Para o cálculo do empuxo horizontal “H” é necessária uma Quarta equação de
equilíbrio que sai da hipótese de momento fletro nulo (M = 0) para qualquer ponto ao
longo do cabo. Escolhendo-se o ponto C:
ΣMc = 0.
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92
Faz-se uma seção no cabo que coincida com o ponto C escolhido e trabalha-se
com a parte a esquerda ou a direita do ponto C, substituindo pelo seu efeito na seção.
AH
L/3
Ay = P
C
P
NCD
f
ΣMc = 0  - H.f + (P.L) / 3 = 0, portanto H = (P . L) / 3f.
Observe-se que quanto menor a flecha f, maior o empuxo H. E assim encontram-
se as reações de apoio do cabo.
É interessante a seguinte comparação:
D
L/3
A
L/3
H
P
C
P
B H = PL / 3f
L/3
P
f
P
P
Ay* = P
A
P
By* = P
B
L/3 L/3 L/3
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Observa-se que as reações de apoio verticais coincidem para o cabo “AB” e para a
viga “AB” de idêntico vão e carregamento. Logo, as reações de apoio verticais do cabo
podem ser encontradas pela substituição do cabo por uma viga com idêntico vão e
carregamento:
Ay e By (no cabo) = Ay* e By* (na viga).
Doravante, toda referência a reações de apoio e esforços na viga de substituição
serão identificados por um asterisco.
No entanto, a vantagem de comparar o cabo AB a uma viga de substituição AB
não está somente nas reações de apoio verticais. Comparemos o empuxo horizontal no
cabo ao diagrama de momentos fletores da viga de substituição.
D
P
P
A
P
PL / 3f
C
A
P
P
B
P
H = PL / 3fB
PL/3
(+)
DMF
PL/3
L/3L/3 L/3
f
L/3 L/3 L/3
M*
máx = PL / 3, logo H = PL / 3f = M*
máx / f.
Onde f é a distância vertical máxima do cabo até a linha de fechamento entre as
extremidades A e B do cabo.
Vejamos para outras condições de carregamento:
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a)
L/2 L/2
P
f
P/2P/2
PL / 4f H = PL / 4f
P
L/2 L/2
P/2 P/2
(+)
PL/4
DMF
C
ΣMc = 0  - H.f + (P/2).(L/2) = 0,
portanto H = (P . L) / 4f = M*max/f
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b)
(+)
qL /8
DMF
L
f
qL/2
H = qL² / 8fqL / 8f
qL/2
q
q
L
qL/2qL/2
2
2
Portanto, as reações de apoio nos cabos podem ser obtidas através de uma vigas
de substituição:
Ay = Ay*
By = By*
H = M*
max / f
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2.4.2. Esforços Normais de Tração Atuantes em Cabos
Uma vez conhecidas as reações de apoio, é possível determinar os esforços
normais atuantes no cabo.
Usando mais uma vez o exemplo do cabo submetido a duas cargas concentradas
eqüidistantes, de valor “P” cada uma:
BA xPL/3fPL/3f
y
P
DC
P
P
P
E
L/3L/3 L/3
f
Esforço normal no trecho AC:
Substitui-se a parte do cabo
retirada, pelo seu efeito, a Força Normal
NAC. Aplicam-se as equações de
equilíbrio:
ΣFx = 0  NAC
x
= P L / 3 f;
ΣFy = 0  NAC
y
= P, logo
NAC
2
= (NAC
x
) 2
+ (NAC
y
) 2
;
NAC = [ (P L / 3 f) 2
+ P 2
] ½
PL/3f A
E
P
NAC
y
y
x
NACy
NACx
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Esforço normal no trecho CD:
f
P
P
F
C
APL/3f
NCD
ΣFx = 0  NCD = H = P L / 3 f;
ΣFy = 0  P – P = 0, equilíbrio satisfeito
Esforço normal no trecho DB:
NDB = NAC = [ (P L / 3 f) 2
+ P 2
] ½
Observa-se, da comparação entre NAC e NCD, que o esforço normal máximo de
tração no cabo AB ocorre nos trechos AC e DB, trechos adjacentes aos apoios das
extremidades. Esta é uma das características dos cabos, os esforços normais máximos
ocorrem nas seções dos cabos próximas aos vínculos externos, pois é onde a componente
vertical do esforço normal, NY, é de maior valor.
Calculando agora os esforços normais para um cabo com carga uniformemente
distribuída ao longo do vão:
y
q
L
qL/2
H
x
qL/2
f
H = qL² / 8f
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Cortando o cabo em uma seção genérica de coordenadas (x,y):
Nsy
y
q
S
H
qL/2
x
Ns
Nsx
Aplicando-se as equações de equilíbrio:
ΣFx = 0  NS
x
= H ;
ΣFy = 0  NS
y
– q L / 2 + q x = 0
NS
y
= q L / 2 - q x, sendo
para x = 0, NS
y
= q L / 2 ;
para x = L/2, NS
y
= 0.
Para o ponto x = L / 2, onde ocorre a flecha f, distância máxima da linha AB, não
há componente vertical do esforço normal de tração.
Logo, o esforço normal varia ao longo do comprimento do cabo:
Para x = 0 NS = [ (NS
x
)2
+ (NS
y
)2
] ½
NS = [ (H)2
+ (q L /2)2
] ½
 Valor Máximo
Para x = L / 2 NS = [ (NS
x
)2
+ (NS
y
)2
] ½
NS = [ (H)2
+ (0)2
] ½
NS = H  Valor Mínimo
Comparando o valor de NS
y
com os esforços da viga de substituição submetida a
idêntico carregamento, constata-se que a variação de NS
y
para x=0 é q L / 2 e para x=L/2
é nulo, coincidindo com a variação do esforço cortante na viga:
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Portanto, pode-se concluir que o esforço normal de tração para um cabo é
estimado pela expressão:
NS = [ (NS
x
)2
+ (NS
y
)2
] ½
NS = [ (H)2
+ (VS*)2
] ½
Onde H: Empuxo horizontal nas extremidades do cabo e;
VS*: Esforço cortante para uma seção genérica da viga de substituição.
Exercício Proposto: Determinar os esforços normais para cada trecho da estrutura:
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100
Respostas:
NAC = NEB = 1.639,12 tf;
NCD = NDE = 1.598,80 tf.
Uma vez conhecida a força normal de tração máxima no cabo, a tensão normal de
tração será:
Onde fst = resistência à tração do aço;
A = área útil da seção transversal.
t = Nmáx / A fst
25 m
yc = 6m
25 m
256 tf
383 tf C
H = 1593,75 tf
A
25 m25 m
ye = 6m
yd = 8m
383 tf
256 tf
254 tf
D
E
H = 1593,75 tfB
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101
2.4.3. Conformação Geométrica Final do Cabo:
Fazendo, mais uma vez, uso da viga da hipótese de momentos fletores nulos para
qualquer ponto genérico sobre o cabo AB.
BA PL/3fPL/3f
L/3L/3L/3
f
P
DC
P
P
P
E
X
Y
Para um ponto genérico “E” que pertença ao cabo e tenha coordenadas (x,y)
PL/3f A
E
P
NAC
y
y
C
Para um ponto “E” situado a uma distância x do apoio “A” do cabo AB, a equação
de momentos fletores é dada pela equação:
ΣME = 0  - H.y + P.x = 0, portanto y = P . x / H = 3f . x / L.
A configuração geométrica do cabo para o trecho AC é definida por uma equação
do 1o
. grau.
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102
ΣME* = 0  P . x – ME* = 0, logo ME* = P . x
Comparando a expressão do momento no ponto “E” para a viga de substituição
com a expressão encontrada para a configuração geométrica do cabo para o ponto “E”:
Viga de Substituição  ME* = P . x ;
Cabo  yE = (P . xE) / H.
Percebe-se que mais uma vez existe uma relação entre a cota vertical y do cabo e
o momento fletor para a viga de substituição na mesma seção, portanto, deduz-se que a
cota vertical ys, para uma seção genérica S do cabo, é igual ao Ms* dividida pelo empuxo
horizontal H na viga de substituição para uma seção S de mesma posição horizontal que
no cabo:
Ys = Ms* / H
Dessa forma, pode-se determinar a posição vertical de qualquer ponto do cabo a
partir do momento fletor na viga de substituição. Uma conclusão adicional desta relação
PL/3
(+)
DMF
P
A E
ME*
L/3L/3
P
P
A
L/3
P
P
B
E
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103
y = Ms* / H é constatada ao comparar-se a forma do diagrama de momentos fletores para
a viga de substituição e a forma funicular do cabo:
M* = f (x) - parábola
DMF
q
P
DMF
M* = f (x)
P P
DM
F
M* = f (x)
q
H H
y = M * / H
H
P
y = M* / H
H
H
P P
y = M* /H
H
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104
Exercício Proposto: Determinar as reações de apoio no cabo AB e as cotas
verticais nos pontos “C” e “E”.
Respostas:
Ay = By = 383 tf
H = 1.593,75 tf
yC = yE = 6,0 m
Pode-se também deduzir a forma funicular para um cabo submetido a carga
uniformemente distribuída ao longo do vão:
q
qL² / 8f H = qL² / 8f X
y
qL/2 qL/2
fC
A
C E
256 tf
B
D
254 tf
256 tf
25 m 25 m 25 m25 m
y = 8m
D
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Reações de Apoio:
Ay = By = qL/2
H = M*máx / f = qL2
/ 8f
Escolhendo um ponto genérico “C”, com posição (xC, yC), passando uma seção, o
diagrama de equilíbrio estático fica:
ΣMC = 0
½ qL . xC – ½ q . xC
2
– H . yC = 0
yC = q . (L . xC - xC
2
) / 2H
yC = 4 f . (L . xC - xC
2
) / L2
Generalizando para um ponto qualquer sobre o cabo, de coordenadas (x,y):
y = 4 f . (L . x - x2
) / L2
 Equação da Conformação Geométrica do Cabo.
Equação de parábola quadrática para o caso de carregamento uniformemente
distribuído ao longo do vão.
Uma vez conhecida a linha elástica do cabo na conformação deformada, pode-se
estimar o comprimento total do cabo: Lc.
O comprimento total do cabo Lc é obtido a partir da expressão da linha elástica y=
f(x), através da integração ao longo do comprimento:
dL2
= dx2
+ dy2
( ) 2
2
222
dx
dy
+1dx=dx/dy+1dx=dL
∫ ∫ 





+==
L L
dx
dx
dy
dLLc
0 0
2
2
1
dL
dx
dy
qL/2
qL² / 8f
C
Nc
yc
y
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106
Para a situação de carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão:
y = 4 f . (L . x - x2
) / L2
.
dy / dx = 4 f . (L – 2 x) / L2
, substituindo na integral:
( )∫0
5,02
2
2
4
1
L
dxxL
L
f
Lc












−+=
A solução desta integral é feita pelo desenvolvimento do integrando sob a forma
de série. Utilizando este tipo de resolução de integrais definidas, encontra-se a seguinte
expressão:
Lc ≅ L [ 1 + 8/3 ( f / L )2
]
Comprimento total de um cabo de forma funicular parabólica, submetido à carga
uniformemente distribuída ao longo do vão.
Nas situações de cabos submetidos a peso próprio, cuja forma funicular é uma
catenária, mas para a relação f/L 0,2, pode-se utilizar a mesma expressão anterior para
estimar o comprimento total do cabo Lc.
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Exemplo:
Qual o comprimento total do cabo que suporta uma sobrecarga uniformemente
distribuída ao longo do vão de 100 N/m e que possui peso próprio igual a 50 N/m,
sabendo-se que os pontos de fixação estão no topo de postes de 6 m de altura e que estão
afastados entre si de 50 m? Além disso, há a informação que o ponto mais baixo do cabo
está 4,5 m acima do solo.
Flecha:f = 6m – 4,5m = 1,5 m
f / L = 1,5 / 50 = 0,03  0,2  Pode-se utilizar a expressão da parábola para
substituir a geometria da catenária: Lc ≅ L [ 1 + 8/3 ( f / L )2
].
Considerando-se o erro na substituição da catenária pela parábola desprezível:
Lc = 50 [ 1 + 8/3 ( 1,5 / 50 )2
] = 50,12 m
q = 100 N/m - Parábola
g = 50 N/m - Catenária
f
4,5m
6m
L = 50m
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Exemplo de Aplicação (Extraído de Salvadori e Levy, pág.194)
Uma passarela, que liga duas edificações afastadas de 15,0 m, possui 3,0 m de largura e
deve suportar uma sobrecarga de 5 kN/m2
além de seu peso próprio, também estimado
em 5 kN/m2
. A passarela será suspensa por 2 cabos com um flecha de 3m. Determine a
força normal máxima que tracionará o cabo.
Reações de Apoio: H = ?; Ay = ?; By = ?
H
qL/2 qL/2
H
Parábola
L = 15m
f = 3m
A B
5 kN/m
5 kN/m
Cargas
2
2
Sobrecarga
Peso Próprio
Planta
1,5
1,5
3
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109
Carga distribuída por cabo  qA/2L = (5 + 5)kN/m² x (15x3)m² / 2 x 15m = 15kN/m
Como o cabo e o carregamento são simétricos Ay = By, então:
Ay = By = 15 x 15 / 2 = 112,5 kN;
H = M*max / f  H = q L2
/ 8 f = 15 kN/m x (15m)2
/ 8 x 3m
H = 140,63 kN.
Força Normal Máxima:
NS = [ (H)2
+ (VS*)2
] ½
 V*s = Vmax*, para Nmax
Vmax* = 112,5 kN, nos apoios
NS = [ (H)2
+ (VS*)2
] ½
 NS = [ (140,63)2
+ (112,5)2
] ½
NS = 180,09 kN
Resposta: O esforço normal máximo ocorre nos extremos, próximo aos vínculos “A” e
“B” e vale 180,09 kN.
112,5 kN 112,5 kN
15 kN / m
112,5
-112,5
(+)
(-)
DEC (kN)
15 kN/m
Mmax* = qL²/8
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110
2.5. Arcos
Seja um cabo submetido a cargas concentradas cuja forma é um polígono.
Ao rebater-se o cabo AB e mantendo sua forma funicular “congelada” de maneira que o
cabo possua rigidez suficiente para resistir a esforços de compressão.
A forma funicular “congelada” do cabo se transforma assim num arco poligonal
funicular, onde todas seções transversais estão submetidas exclusivamente à esforços de
compressão. O arco deve apresentar maior rigidez que os cabos, caso contrário o arco não
permaneceria com a geometria projetada quando o carregamento fosse aplicado.
Nos cabos, para cada tipo e intensidade de carregamento a forma funicular seria diferente
de forma que todas seções transversais estivessem submetidas a momentos nulos. Além
disso, o empuxo horizontal nos apoios sempre é com sentido a afastar as extremidades.
Nos arcos, para cada tipo e intensidade de carregamento existirá uma forma funicular
para a qual os momentos serão nulos para todas as seções transversais. Esta forma
funicular é chamada “linha de pressão” de um carregamento sempre que a geometria de
um arco coincidir com a linha de pressão do carregamento aplicado sobre o arco os
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111
únicos esforços atuantes serão de compressão, com Ms=0 e Vs=0. Além disso,
independente do arco estar submetido exclusivamente a esforços de compressão ou não,
os empuxos horizontais nas extremidades do arco tem sentido de aproximação das
extremidades equilibrando a tendência do arco deformar-se com o afastamento dos
apoios.
Formas funiculares para alguns tipos de carregamentos:
Portanto, muitas das características dos cabos também são pertinentes aos arcos,
principalmente dos arcos com geometria funiculares (Ms=0).
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112
Porém, o comportamento dos arcos difere do comportamento dos cabos em um aspecto
básico: se o carregamento no cabo se modifica, o cabo muda de forma e assume uma
nova geometria funicular. Por outro lado, se o carregamento no arco se altera, o arco
mantém sua geometria, devido a sua maior rigidez ao compará-lo ao cabo, e não possui
mais uma forma funicular para a nova condição de carregamento.
Cabos
Arcos
A geometria triangular não coincide com a linha de pressão para 2 cargas concentradas.
Quando a geometria do arco não coincide com a linha de pressão para o carregamento,
surgem esforços de flexão e cisalhamento no arco (Ms,Vs), além dos esforços de
compressão (Ns).
Ao projetar-se a forma de um arco, sob o ponto de vista estrutural, deve ser escolhida a
forma funicular para o carregamento aplicado. No entanto, sabe-se que as estruturas estão
submetidas a carregamentos permanentes (peso próprio) e a carregamentos variáveis
(pessoas, mobiliário, ventos).
Para qual combinação de carregamentos definiremos a geometria do arco? Se definirmos
somente em função do carregamento permanente haverá efeitos de flexão quando
aplicado o carregamento variável. Se a geometria do arco for definida com o conjunto de
carga permanente + variável, para qualquer alteração no carregamento variável ocorrerão
efeitos de flexão e cisalhamento.
O critério de projeto utilizado neste caso é definir a geometria do arco para o
carregamento predominante. Na situação de um arco de alvenaria, o carregamento
permanente é maior que o variável e a geometria é definida em função do primeiro. No
caso de arcos com materiais mais leves, como o aço, as cargas variáveis possuem maior
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113
participação na composição do carregamento, recomendando que a escolha da geometria
do arco considere a sobreposição do carregamento permanente + variável.
Sabe-se que a otimização do elemento sob o ponto de vista estrutural não é o único
parâmetro a influir na concepção de uma estrutura. A função e a forma também
influenciam a escolha da forma estrutural do arco.
Os romanos notabilizaram-se pela utilização de arcos para vencer grandes vãos. Os arcos
romanos possuem a forma de um semicírculo.
O carregamento que possui o semicírculo como a linha de pressão é a ação de cargas
radiais. Esse tipo de carregamento surge quando há efeitos de vento envolvendo uma
cobertura com estrutura em arco, por exemplo. Na maioria dos casos, o carregamento
será do tipo uniformemente distribuído, o que ocasiona surgimento de efeitos de flexão
nos arcos romanos. É o predomínio da forma sobre a função estrutural.
Outro tipo de arco bastante utilizado no passado é o arco gótico, que possui uma flecha
bastante pronunciada.
Lembrando-se do elenco de cabos, quanto maior a flecha, menos a reação horizontal
(empuxo) nos apoios. Nos arcos vale a mesma reação. Os arcos góticos possuem a
vantagem de minimizarem as reações horizontais, permitindo vencer grandes vãos sem a
preocupação de surgirem altos empuxos.
Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX
Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC
Prof a
. Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a
. Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC)
114
Já o arco árabe não possui vantagens sob o ponto de vista estrutural, pois as formas
reentrantes nos apoios introduzem altas tensões de flexão nesta região.
Além da escolha da geometria do arco, é necessário que também seja garantido que o
empuxo horizontal nos apoios seja absorvido pela fundação.
Caso a fundação não seja capaz de resistir ao empuxo, pode-se optar pela utilização de
um tirante que impedirá o movimento de “afastamento” dos apoios. O inconveniente de
usar o tirante está que este pode vir a ocupar um espaço que deveria estar liberado para a
utilização. A solução neste caso é colocar o tirante no nível das fundações, de forma que
fique no subsolo da edificação. Há situações onde é possível tirar partido da utilização de
tirantes.
No caso de pontes, os sistemas em arco podem apresentar duas configurações diferentes,
conforme a posição relativa do tabuleiro da ponte esteja acima ou abaixo do arco.
• Se o tabuleiro está acima do arco, as cargas do tabuleiro são transmitidas por
montantes até ao arco e o empuxo horizontal é transmitido às fundações.
• Se o tabuleiro está abaixo do arco, as cargas estão “penduradas” no arco por
pendurais. O equilíbrio dos empuxos horizontais pode ser garantido pelo uso
de tirantes que estejam embutidos no tabuleiro.
Quanto à vinculação, os arcos podem apresentar extremidades rotuladas ou engastadas:
Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX
Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
Análise estrutural i
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  • 1. Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Departamento de Engenharia Civil Apostila de Análise Estrutural I Agosto de 2013 Grupo de Experimentação em Estruturas – GRUPEX Programa de Educação Tutorial – PET
  • 2. Universidade Federal de Santa Catarina Centro Tecnológico Departamento de Engenharia Civil Apostila de Análise Estrutural I Ângela do Valle Henriette Lebre La Rovere Nora Maria De Patta Pillar Colaboração dos Bolsistas PET: Alex Willian Buttchevitz Alexandre Garghetti André Ricardo Hadlich Helen Berwanger Stephanie Thiesen Talita Campos Kumm Valmir Cominara Júnior Vanessa Pfleger Andrei Nardelli Brunela Francine da Cunha Colaboração dos Monitores: Artur Dal Prá (2006-1) Willian Pescador (2007-1) Gabriel Ferreira (2013-1)
  • 3. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1.1 Parâmetros que influenciam a concepção de sistemas estruturais .......................... 1.2 Classificação das peças estruturais quanto à geometria .......................................... 1.3 Tipos de Vínculos ................................................................................................... 1.3.1 Vínculos no plano............................................................................................ 1.4 Estaticidade e Estabilidade ..................................................................................... 1.5 Reações de apoio em estruturas planas ................................................................... 1.5.1 Estrutura Aporticada........................................................................................ 1.5.2 Pórtico Isostático............................................................................................. 1.5.3 Treliça Isostática.............................................................................................. 1.5.4 Pórtico Triarticulado Isostático ....................................................................... 1.6 Reações de Apoio no Espaço .................................................................................. 1.6.1 Treliça Espacial ............................................................................................... 1.6.2 Pórtico Espacial............................................................................................... 2. ESFORÇOS INTERNOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS ................................. 2.1 Treliças ................................................................................................................... 2.1.1 Método de Cremona ....................................................................................... 2.1.2 Método de Ritter ............................................................................................. 2.2 Vigas ....................................................................................................................... 2.2.1 Vigas Simples – Método Direto para Diagramas ........................................... 2.2.2 Vigas Gerber ................................................................................................... 2.2.3 Vigas Inclinadas ............................................................................................. 2.3 Pórticos ................................................................................................................... 2.3.1 Estruturas Aporticadas ................................................................................... 2.3.2 Pórticos Simples ............................................................................................. 2.3.3 Pórtico com Articulação e Tirante .................................................................. 2.3.4 Pórticos Compostos ........................................................................................ 2.4 Cabos ...................................................................................................................... 2.4.1 Reações de Apoio para Cabos ........................................................................ 2.4.2 Esforços Normais de Tração Atuantes em Cabos .......................................... 2.4.3 Conformação Geométrica Final do Cabo ....................................................... 2.5 Arcos ...................................................................................................................... 2.5.1 Arcos Biapoiados ............................................................................................ 2.5.2 Pórticos com Arcos (ou Barras Curvas) .......................................................... 2.5.3 Arcos Triarticulados ....................................................................................... 2.6 Grelhas .................................................................................................................... 3. ESTUDO DE CARGAS MÓVEIS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS .................. 3.1 Cargas Móveis – Trem-Tipo .................................................................................. 3.2 O Problema a Resolver ........................................................................................... 3.3 Linhas de Influência – Definição ........................................................................... 3.4 Obtenção dos Efeitos, Conhecidas as L.I. .............................................................. 3.5 Exemplos em Estruturas Isostáticas Simples ......................................................... 3.5.1 Viga Engastada e Livre ................................................................................... 3.5.2 Viga Biapoiada................................................................................................ 3.6 Análise de Efeitos ................................................................................................... 3.6.1 Teorema Geral ................................................................................................ 3.6.2 Obtenção de Momento Fletor Máximo em uma Seção S de uma Viga Biapoiada para um dado Trem-tipo Constituído de Cargas Concentradas............... LISTAS DE EXERCÍCIOS ................................................................................................ Graus de estaticidade .................................................................................................... Treliças ......................................................................................................................... Vigas ............................................................................................................................ Cabos ............................................................................................................................ Arcos ............................................................................................................................ Grelhas ......................................................................................................................... 1 1 1 3 3 9 16 16 17 17 18 22 22 23 24 24 30 40 46 46 52 58 65 66 73 80 82 86 91 96 101 110 119 122 124 134 143 143 143 145 149 150 150 152 155 155 155 175 176 178 187 193 195 198
  • 4. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Parâmetros que influenciam a concepção de sistemas estruturais A estrutura é conjunto formado pelas partes resistentes que garantem a estabilidade de um objeto de projeto, por exemplo, uma edificação. Quando se projeta uma estrutura, a análise do comportamento estrutural exige que sejam feitas algumas simplificações que conduzem a modelos estruturais. Para que se defina o sistema estrutural mais adequado, para uma determinada situação de projeto, devem ser considerados vários fatores. Os principais são: • Projeto arquitetônico: -Aspectos funcionais (dimensão do espaço interno, iluminação, limitações do espaço exterior, etc.); -Aspectos estéticos (sistemas diferentes geram formas diferentes). • Carregamento atuante: -Permanente; -Variável Acidental; Efeito do vento. • Condições de fabricação, transporte e montagem da estrutura (vias de acesso, içamento); • Material estrutural a ser utilizado (cada material possui características mecânicas peculiares): o material deve estar adequado aos tipos de esforços solicitantes pelas estruturas. Para identificação do sistema estrutural mais adequado deve-se: 1º) Identificar as possíveis opções; 2º) Analisar e comparar as vantagens e inconvenientes de cada um. 1.2. Classificação das peças estruturais quanto à geometria Os sistemas estruturais são modelos de comportamento idealizados para representação e análise de uma estrutura tridimensional. Estes modelos obedecem a uma convenção. Esta convenção pode ser feita em função da geometria das peças estruturais que compõem o conjunto denominado sistema estrutural. Quanto à geometria, um corpo pode ser identificado por três dimensões principais que definem seu volume. Conforme as relações entre estas dimensões, surgem quatro tipos de peças estruturais: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 5. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 2 Barra: duas dimensões da mesma ordem de grandeza e uma terceira maior que as outras duas. Barra de elementos delgados: as três dimensões principais são de diferentes ordens de grandeza. É o caso dos perfis metálicos, onde a espessura é muito menor que as dimensões da seção transversal, que é menor que o comprimento da peça. As barras de elementos delgados são tratadas, sob o ponto de vista estrutural, da mesma forma que as barras, exceção feita à solicitação por torção. Folhas ou lâminas: duas dimensões de mesma ordem de grandeza, maiores que a terceira dimensão. Subdividem-se em: Placas: carregamento perpendicular ao plano médio. Chapas: carregamento contido no plano médio. Cascas: superfície média curva. Bloco: as três dimensões são da mesma ordem de grandeza. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 6. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 3 1.3. Tipos de Vínculos Vínculos são elementos que impedem o deslocamento de pontos das peças, introduzindo esforços nesses pontos correspondentes aos deslocamentos impedidos. Os deslocamentos podem ser de translação ou de rotação. 1.3.1 Vínculos no plano No plano, um corpo rígido qualquer tem três graus de liberdade de movimento: deslocamento em duas direções e rotação. a) Apoio simples ou de primeiro gênero: Reação na direção do movimento impedido. Exemplo de movimento: rolete do skate. b) Articulação, rótula ou apoio do segundo gênero: Exemplo de movimento: dobradiça. c) Engaste: ou apoio de terceiro gênero: Exemplo de movimento: poste enterrado no solo. y x y x z y x Mz=0 Rx=0 Ry=0 RxRy Rx Ry y x Mz=0 y x Mz=0 Rx Ry Mz y x z Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 7. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 4 Vínculos no Plano Tipo de Vínculo Símbolo _________ Reações_____ Cabo Ligação esbelta Roletes Rótula Luva com articulação Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 8. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 5 Tipo de Vínculo Símbolo ________ _Reações_____ Articulação Apoio deslizante Luva rígida Apoio rígido (engaste) Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 9. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 6 θ = M K Rigidez de uma Ligação Rigidez à Rotação geometria indeformada geometria deformada • Ligação Articulada K → 0 • Ligação Rígida K → ∞ θ ≈ 0 o • Ligação Semi-Rígida 0 < K < ∞ K= M M Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 10. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 7 Exemplos de Vínculos Apoio rotulado em viga de ponte. Apoio com material de baixo coeficiente de atrito, funcionando como roletes. Rolete nos apoios de vigas de concreto protendido de uma ponte rodoviária. Ligação de canto rígida de um pórtico de aço. Observam-se as chapas formando uma ligação rígida com os pilares. A inclinação da rótula de apoio entre as duas vigas indica a expansão térmica do tabuleiro da ponte. Os enrijecedores verticais na região de apoio previnem a flambagem local causadas pelas altas reações de apoio. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 11. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 8 Exemplo de planta baixa de uma construção: Forças que atuam na viga 1 e na viga 6: Nesse caso, as cargas distribuídas q1 e q2 são provenientes das lajes que se apoiam na viga 1. As cargas distribuídas q3 e q4 são provenientes das lajes que se apoiam na viga 6 e a carga concentrada V2 representa a carga da viga 2 apoiada na viga 6. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 12. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 9 1.4 Estaticidade e Estabilidade a) A estrutura é restringida e o número de incógnitas é igual ao número de equações de equilíbrio: ISOSTÁTICA. b) A estrutura é restringida e o número de incógnitas é maior que o número de equações de equilíbrio: HIPERESTÁTICA. c) A estrutura não é restringida ou o número de incógnitas é menor que o número de equações de equilíbrio: HIPOSTÁTICA. Uma estrutura está restringida quando possui vínculos para restringir todos os movimentos possíveis da estrutura (translação e rotação) como um corpo rígido. Uma forma de calcular o grau de hiperestaticidade, a fim de descobrir se a estrutura é restringida, é usando a seguinte fórmula: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3 . m Sendo C1 = número de vínculos de 1ª classe; C2 = número de vínculos de 2ª classe; C3 = número de vínculos de 3ª classe; m = número de hastes presentes na estrutura. Outra maneira de calcular é utilizando o critério apresentado por Sussekind: gh = ge + gi, Sendo gh = grau de estaticidade ou hiperestaticidade; ge = grau de hiperestaticidade externa; gi = grau de hiperestaticidade interna. Tipos de Equilíbrio: Estável Instável Indiferente i. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 13. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 10 Exemplos: Estruturas Planas Vigas: Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m C1 = 1 C2 = 1 gh = (1) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 . (1) Número de barras: gh = 1 + 2 - 3 m = 1 gh = 0 ISOSTÁTICA Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m C3 = 1 gh = (0) + 2 . (0) + 3 . (1) - 3 . (1) Número de barras: gh = 3 - 3 m = 1 gh = 0 ISOSTÁTICA Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m C1 = 2 gh = (2) + 2 . (0) + 3 . (0) - 3 . (1) Número de barras: gh = 2 - 3 m = 1 gh = - 1 HIPOSTÁTICA (não restringida) Quantidade de apoios: C1 = 2 C2 = 1 Número de barras: m = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m gh = (2) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 . (1) gh = 2 + 2 – 3 HIPERESTÁTICA gh = 1 Quantidade de apoios: C1 = 3 Número de barras: m = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m gh = (3) + 2 . (0) + 3 . (0) - 3 . (1) gh = 3 – 3 ISOSTÁTICA gh = 0 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 14. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 11 Quantidade de apoios: C1 = 2 C2 = 1 Número de barras: m = 2 Ligações internas: C2 = 2 - 1 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m gh = (2) + 2 . (2) + 3 . (0) - 3 . (2) gh = 2 + 4 – 6 ISOSTÁTICA gh = 0 Outra forma de resolver exercícios de grau de hiperestaticidade é através do grau de hiperestaticidade externa (ge) e do grau de hiperestaticidade interna (gi). Partindo do princípio que: gh = ge + gi i)Classificar os apoios e calcular o ge: ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 ge = (2) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 ge = 2 + 2 - 3 ge = + 1 ii)Classificar as ligações internas e calcular o gi: gi = - 1 gh = ge + gi gh = 1 - 1 gh = 0 ISOSTÁTICA A rótula interna é uma conexão C2 Para calcular o ge utiliza-se sempre m = 1. As ligações internas não entram no cálculo do ge. A rótula interna baixa o gi no valor do seu respectivo grau de conexão C2. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 15. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 12 Em ligações internas, considera-se o tipo de ligação e o número de barras conectadas menos 1. Ligações internas : Tirante (C1) Articulação ou Rótula (C2) Ligação engastada (C3) Exemplos: Pórticos, Arcos; Pórticos: Quantidade apoios: C1 = 1 C2 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m Número de barras: gh = (1) + 2 . (2) + 3 . (1) - 3 . (3) m = 3 gh = 1 + 4 + 3 - 9 Ligações internas: gh = - 1 C2 = 2 – 1 = 1 C3 = 2 – 1 = 1 HIPOSTÁTICA C2=4-1=3 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 16. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 13 Quantidade apoios: C1 = 1 C2 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m Número de barras: gh = (2) + 2 . (2) + 3 . (1) - 3 . (3) m = 3 gh = 2 + 4 + 3 - 9 Ligações internas: gh = 0 C1 = 2 – 1 = 1 C2 = 2 – 1 = 1 C3 = 2 – 1 = 1 ISOSTÁTICA Quantidade de apoios: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m C2 = 1 C3 = 1 gh = (0) + 2 . (1) + 3 . (1) - 3 . (1) Número de barras: gh = 2 + 3 - 3 m = 1 gh = 2 HIPERESTÁTICA Quantidade de apoios: C1 = 1 C2 = 1 gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m Número de barras: gh = (2) + 2 . (2) + 3 . (0) - 3 . (2) m = 2 gh = 2 + 4 - 6 Ligações internas: gh = 0 C1 = 2 – 1 = 1 C2 = 2 – 1 = 1 ISOSTÁTICA Quadros: gh = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 . m ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 gh = (1) + 2 . (1) + 3 . (4) – 3 . (4) ge = (1) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 gh = 1 + 2 + 12 – 12 ge = 1 + 2 - 3 gh = 3 ge = 0 Logo: gh = ge + gi (3) = (0) + gi gi = 3 A partir do exemplo acima, pode-se notar que o gi de uma estrutura fechada, nesse caso um quadro, é igual a 3. Independentemente de sua forma geométrica. OBS: Um tipo especial de pórtico é a viga Virendel, exemplificada na figura anterior. A viga Vierendel constitui um painel retangular formado por barras engastadas ortogonalmente. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 17. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 14 Utilizando o conhecimento em quadros, calcula-se o grau de hiperestacidade externa (ge) e o grau de hiperestacidade interna (gi) separadamente com a finalidade de obter o valor do grau de hiperestacidade (gh). gh = ge + gi i)Classificar os apoios e calcular o ge: ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 - 3 ge = (1) + 2 . (1) + 3 . (0) - 3 ge = 1 + 2 - 3 ge = 0 ii)Classificar as ligações internas, contar o número de quadros e calcular o gi: gi = 3 . Q - C1 - C2 gi = 3 . (1) – (2) – (1) gi = 3 – 2 - 1 gi = 0 gh = ge + gi gh = (0) + (0) gh = 0 ISOSTÁTICA Exemplos: ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3 ge = (2) + 2 . (1) – (3) = 1 gi = 3 . Q – C1 – C2 gi = 3 . (7) – (2) – (3) = 16 gh = ge + gi gh = (1) + (16) = 17 HIPERESTÁTICA Restringida Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 18. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 15 ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3 ge = (2) + 2 . (1) + 3 . (1) – (3) = 4 gi = 3 . Q – C1 – C2 gi = 3 . (7) – (2) – (4) = 16 gh = ge + gi gh = (4) + (16) = 20 HIPERESTÁTICA Restringida ge = C1 + 2 . C2 + 3 . C3 – 3 ge = (1) + 2 . (2) + 3 . (2) – (3) = 8 gi = 3 . Q – C2 gi = 3 . (12) – (11) = 25 gh = ge + gi gh = (8) + (25) = 33 HIPERESTÁTICA Restringida Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 19. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 16 1.5. Reações de apoio em estruturas planas 1.5.1. Estrutura Aporticada Cos α =4/5 Sen α =3/5 Decompor a força de 10kN nas direções x e y: i) ∑FX = 0 HA + 6kN = 0 ∴HA = - 6kN ii) ∑FY = 0 VA + VB = (10x3) + 8 = 38kN iii) ∑MA = 0 7xVB – (30x 5,5)- (8x2) – (6x1,5) = 0 ∴7VB = 190 ∴ VB = 27,14kN 0 Logo, VA = 38kN – 27,14kN = 10,86kN Outra maneira seria: ∑MA = 0 7VB – (30x 5,5)- (10x2,5) = 0 ∴7VB = 165+25 = 190 ∴VB = 27,14kN Verificação: ∑MB = 0 (10,86x7) + (6x3) – (30x1,5) – (8x5) – (6x1,5) = 0 76 + 18 – 45 – 40 – 9 = 0 Y X α 10x(3/5)=6kN 10x(4/5)=8kN10kN Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 20. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 17 1.5.2. Pórtico Isostático i) ∑FX = 0 -HA + 40 = 0 ∴HA = 40kN ii) ∑FY = 0 VA + VB = 60kN iii) ∑MA = 0 8VB + 80 - (40x6) – (60x4) = 0 ∴8VB = 400 ∴ VB = 50kN ∴VA = 60 – 50 = 10kN Verificação: ∑MB = 0 (10x8) + (40x3) – 80 – (60x4) + (40x3) = 0 120 + 120 – 240 = 0 1.5.3. Treliça Isostática i) ∑FX = 0 HB + 4 -12 = 0 ∴HB = 8kN ii) ∑FY = 0 VA + VB = 6 + 8 = 14kN iii) ∑MB = 0 (4x4) + (8x1,5) – (12x2) – 3VA = 0 ∴3VA = 16 + 12 – 24 = 4 ∴VA = (4/3) = 1,33kN ∴VB = 12,67kN Verificação: ∑MA = 0 (12,67x3) + (4x4) – (6x3) – (8x1,5) - (12x2) = 0 38 + 16 -18 -12 – 24 = 0 VA HA VB B A 80kNm 60kN 40kN 4.00m 4.00m 3.00m 3.00m VA VB HB 4kN 1.50m 1.50m 2.00m 2.00m 6kN 8kN 12kN Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 21. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 18 1.5.4. Pórtico Triarticulado Isostático i) ∑FX = 0 (→+ ) HA + HB +20 -12 = 0 ∴HA+ HB = -8kN ii) ∑FY = 0 (↑+ ) VA + VB = 10x4 = 40kN iii) ∑MA = 0 4VB - (40x2) + (12x2) – (20x4) = 0 ∴4VB = 80 – 24 + 80 ∴ VB = 34kN ∴VA = 40 – 34 = 6kN iv) Momento Fletor em C é nulo (Esq. Ou Dir.) Análise da Estrutura à Esquerda da Rótula: Verif. ∑MD = 0 (6 + 2)x4 + (12x2) + (6x4) – (40x2) = 0 32 + 24 +24 – 80 = 0 • 4 Incógnitas (Reações) • 3 Equações Estáticas (Plano) • 1 Equação interna (Rótula) MC D = MC E = 0 Isostática MC – (6x2) + (20x1) + (HAx4) = 0 ou MC = (6x2) – (20x1) – (4HA) mas MC = 0 → 4HA= 12 – 20 = -8 ∴HA = – 2kN ∴HB = –8 + 2 = -6kN 2.00m A B B VA HA HB 12kN4.00m C D 20kN 2.00m 2.00m HA VC MC NC 20kN 2.00m 4.00m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 22. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 19 Exercícios: Determinar a reação de apoio. i) ∑FX = 0 (→+ ) RAX - RBX = 0 ∴ RAX = RBX (I) ii) ∑FY = 0 (↑+ ) RAY - RBY - 20 - 112= 0 ∴ RAY + RBY = 132 (II) iii)∑MA = 0 (20x8) + (112x4) – (6xRBX) = 0 RBX = 160 + 448 ∴ RBX=101,33kN 6 RAX = RBX (I) ∴ RAX=101,33kN RAX = RAY (45º) ∴ RAY=101,33kN RBY = 132 - RAY (II) ∴ RBY=30,67kN RA = RAX/cos 45º ∴ RA= (RAX)x 2 = 143,30kN 2 Conferindo ∑MC = 0 (20x2) - (112x2) + (6xRBY) – (6xRAX) + (6xRAY) = 0 40 – 224 + (30,67x6) – (101,33x6) + (101,33x6) = 0 -184 + 184 – 608 + 608 =0 184 – 184 = 0 a) 4 RA RA C 20kN A B 112kN RBY RBX RAX RAY 14kN/m 20kN C B A 6.00m 6.00m2.00m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 23. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 20 i) ∑FX = 0 (→+ ) RAX = RBX ii) ∑FY = 0 (↑+ ) RAY – 12(12) – 30 ∴RAY = 174kN iii) ∑MA = 0 12xRBX – 30x20 – 144x6 = 0 RBX = 600 + 864 ∴RBX = 122kN ∴RAX = 122kN 12 Conferindo ∑MB = 0 12xRAX – 144x6 – 30x20 = 0 1464 – 864 – 600 = 0 ∑MC = 0 6xRBX – 144x14 + 6xRAX – 20xRAY = 0 122x6 + 2016 + 122x6 – 174x20 = 0 732 + 2016 + 732 – 3480 = 0 c) Achar as reações de apoio para a viga abaixo : BA 3.00m 6.00m 3.00m 3.00m 16kN/m 8kN 45°45° 10 2kN 10 2kN b) 12kN/m A B C C B A 144kN 30kNRAX RAY RBX 6.00m 6.00m 8.00m12.00m 30kN Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 24. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 21 8144 3434 111,33108,67 5454kN.m A B 9.00m Balanço d) Determinar as reações de apoio para a viga: Viga entre as rótulas internas: 72 ↑ ↑ (144/2) = 72 34 ↑ ↑ 10 + 24 = 34 (8x3)/9 = 2,67 ↑ ↑ (8x6)/9 = 5,33 108,67 ↑ ↑ 111,33 6 ↑ ↑ (12/2) = 6 6 ↑ ↑ 6 + 8 = 14 2,67 ↑ ↑ (20-12)/3=2,67 10kN 10kN 3x(16/2)=24kN 10 2kN As forças aplicadas nos balanços foram transferidas para os apoios como momentos e forças verticais. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 25. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 22 3 incógnitas N1, N2, N3 3 equações: ∑FX = 0, ∑FY = 0, ∑FZ = 0 1.6. Reações de apoio no espaço 6 Equações de Equilíbrio: ∑FX = 0; ∑FY = 0; ∑FZ = 0; ∑MX = 0; ∑MY = 0; ∑MZ = 0 1.6.1. Treliça Espacial Isostática r + b = 3n Restringida n=4 r+b=3n 9+3 = 3x4 12=12 Inicia-se pelo equilíbrio do nó D: Em seguida passa-se aos nós com apoios: Conhecidos agora os esforços N1, N2 e N3, para cada nó A, B ou C existem 3 incógnitas (Reações) e 3 equações de equilíbrio. D C BA 1 2 3 4tf 2tf RAZ RAX RAY RBY RBX RBZ RCY RCX RCZ Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 26. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 23 1.6.2. Pórtico Espacial 5.00m 4.00m RAZ MAZ RAY MAY RAX MAX 2tf 1tf 4tf 3.00m Y X Z 6 reações Isostática 6 equações de equilíbrio Restringida i) ∑FX = 0 RAX – 2tf = 0 ∴RAX = 2tf ii) ∑FY = 0 RAY – 4tf = 0 ∴RAY = 4tf iii) ∑FZ = 0 RAZ – 1tf = 0 ∴RAZ = 1tf iv) ∑MX = 0 MAX – (4x3) – (1x5) = 0 ∴MAX = 17tfm v) ∑MY = 0 MAY + (2x3) + (1x4) = 0 ∴MAY = -10tfm vi) ∑MZ = 0 MAZ + (2x5) – (4x4) = 0 ∴MAZ = 6tfm Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 27. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 24 2. ESFORÇOS INTERNOS EM ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS 2.1. Treliças Treliças - Estruturas reticuladas, ou seja formadas por barras (em que uma direção é predominante) de eixo reto, ligadas por rótulas ou articulações (nós). Quando submetidas a cargas aplicadas nos nós apenas, as barras estão submetidas somente a esforços axiais. Estaticidade e Estabilidade: Condições para obtenção de uma treliça isostática: 1. equilíbrio Estável (Restringida, nós indeslocáveis); 2. número de incógnitas (*) igual ao número de equações de equilíbrio da estática (**). * O número de incógnitas é dados por: número de reações (r) + número de barras (b). (Incógnitas Externas) (Incógnitas Internas) ** Número de equações de equilíbrio é o resultado do: - número de nós (n) x 2 (o valor é multiplicado devido a existência de uma equação no eixo x e outra no y). Desta forma, podemos classificá-las da seguinte maneira: 1a . Condição 2a . Condição Classificação indeslocável e r + b = 2n Isostática indeslocável e r + b > 2n Hiperestática deslocável ou r + b < 2n Hipostática Os métodos de obtenção de esforços em treliças são: 1. Equilíbrio dos Nós; 2. Cremona (Maxwell); 3. Ritter. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 28. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 25 Treliças Planas Fonte: Engel, Heino, 1981 Sentido dos Esforços Treliça com diagonais comprimidas Treliça com diagonais tracionadas Fonte: Salvadori, Heller, 1975 AI E O' B F M N HDOCG L W4 W2 W1 W3 W5 W4 W2 W1 W3 W5 AI E O' B F M N HDOCD L Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 29. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 26 Transmissão de Cargas para as Treliças Treliça de Cobertura Treliça de Ponte Fonte: Süssekind, José Carlos, 1979, vol.1 Ligações das Extremidades das Barras Fonte: Salvadori, Heller, 1975 Fonte: Süssekind, José Carlos, 1979, vol.1 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 30. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 27 Mecanismo de Treliças Aplicado a Outros Sistemas Estruturais Pórtico de Treliça Biarticulado Pórticos de Treliça Triarticulado com Balanços Arco de Treliça Triarticulado Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 31. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 28 Treliças com Diferentes Condições de Apoios Treliças apoiadas nas duas extremidades: Estrutura de vão livre Treliças com Apoio Duplo no Centro: Estruturas em Balanço Treliças com Extremidades em Balanço: Estrutura com Vão Livre e Balanço Fonte: Engel, Heino, 1981 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 32. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 29 Lei de Formação de Treliças Isostáticas: r + b = 3 + 11 = 14 2n = 2 x 7 = 14 Treliça Hiperestática: r + b = 4 + 14 = 18 2n = 2 x 8 = 16 Treliça Hipostática: r + b = 4 + 18 = 22 2n = 2 x 10 = 20 Treliça não restringida A B C D A B E G 1 2 3 7 4 8 6 9 10 11 5 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 33. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 30 2.1.1. Método de Cremona Seja a seguinte treliça para a qual serão calculadas as reações e esforços pelo equilíbrio dos nós: ∑FX = 0 3 – RAX = 0 RAX = 3tf ∑MA = 0 3RBY – 6 x 1,5 – 3 x 2 = 0 RBY = 5tf ∑FY = 0 RAY + 5 - 6 = 0 RAY = 1tf ϴ = 53,13º Nó A ∑FY = 0 1 + NAC x sen 53,13º = 0 NAC = -1,25tf ∑FX = 0 -3 – 1,25 x cos 53,13º + NAB = 0 NAB = 3,75tf Nó B ∑FY = 0 5 + NBC x sen 53,13º = 0 NBC = -6,25tf Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 34. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 31 1,5m 1,5m 3tf 3tf 5tf1tf 6tf -1,25 3,75 -6,25 BA C 2m Se um nó está em equilíbrio, a soma vetorial de todas as forças que atuam sobre ele será nula: Nó A: 3 3,75 1,25 1 Nó B: 5 3,75 6,25 Nó C: A 3 tf 1tf 1,25 3,75 B 6,25 3,75 5tf Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 35. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 32 1,25 6,25 6 3 A soma vetorial das forças externas e internas atuantes forma sempre um polígono fechado. O método de Cremona consiste em encontrar os esforços internos graficamente, a partir do equilíbrio dos nós da treliça, seguem-se os seguintes passos: • inicia-se por um nó com apenas duas incógnitas; • marca-se em escala as forças externas atuantes, formando um polígono aberto; • pelas extremidades deste polígono traçam-se paralelas às barras que concorrem no nó, cujos esforços desejamos conhecer; • a interseção destas paralelas determinará o polígono fechado de equilíbrio; obtêm-se assim os módulos e sinais dos esforços nas barras; • Os sinais dos esforços são obtidos verificando-se: - se o esforço normal aponta para o nó  negativo (compressão); - se o esforço normal sai do nó  positivo (tração); • O sentido do percurso de traçado de forças é arbitrário, adotaremos o sentido horário; • Obtém-se 2 a 2 incógnitas na análise  sobrarão 3 equações de equilíbrio, já usadas para as reações. 6tf 3tf C 1,25 6,25 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 36. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 33 2.1.1.1. Notação de Bow Marcar com letras todos espaços compreendidos entre as forças (exteriores e interiores), que serão identificadas pelas duas letras adjacentes. No exemplo: • reação Vertical no nó A : ab; • reação Horizontal no nó A: bc; • esforço Normal na Barra AC: cf (ou fc); • esforço Normal na Barra AB: af (ou fa). Roteiro do Método: 1. Iniciar o traçado do Cremona pelo equilíbrio de um nó que contém somente duas barras com esforços normais desconhecidos (incógnitas); 2. Começar com as forças conhecidas, deixando as incógnitas como forças finais; 3. Todos os nós são percorridos no mesmo sentido (horário ou anti-horário), para o exemplo escolheu-se o horário; 4. Prosseguir o traçado do Cremona pelos nós onde só haja 2 incógnitas a determinar, até esgotar todos os nós, encerrando-se a resolução da treliça. 5. Os valores dos esforços nas barras são medidos no gráfico em escala; 6. Os sinais dos esforços são obtidos verificando-se: - se o esforço normal aponta para o nó: COMPRESSÃO (-); - se o esforço normal sai do nó: TRAÇÃO (+). O polígono resultante do traçado do Cremona deverá resultar num polígono fechado para que a treliça esteja em equilíbrio. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 37. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 34 Fonte: Süssekind, José Carlos, 1979, vol.1 e 2P i a g f c b A C D d 3P FE 3P P B h 3P 2 1 4 8 5 6 97 3 Sentido Horário - Percurso do Traçado Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 38. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 35 Nó A: 2P 3P N7 a2 a7N2 2P 3P N2 N7 Medir em escala N2 e N7 Nó E: N2 conhecido - N3,N1 incógnitas: mede-se em escala N2 N1 N3 a3 a1 N1 (Compressão) N2 N3 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 39. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 36 Exemplos: 1. 2m 2m C D BA 1m 1m 2 tf A 1m 1m B D C 2000kgf cb d e a 1000kgf 1000kgf Nó A: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 40. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 37 Nó D: Nó B: 2000 D C 2000 28302830 C T T 2830 2830 20002000 d c e b A B D C 2000kgf -2830 +2000 -2830 +2230 +2230 a b cd e Escala do Cremona (tf) 210 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 41. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 38 2. A DC E B H G F 2tf 2tf 2tf 3tf 3tf b c d e f a k j ih g 0 1 2 3 4 Escala do Cremona (tf) f,k j c a d e h,i g -6,7 -6,7 -5,85 -1,8 +2,0 +6,0 +4,0 +4,0 +6,0 -1,8 +2,0 0 -5,85 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 42. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 39 3. 6tf 6tf 6tf 2tf 2tf 2tf 6tf 6tf 6tf 2tf 2tf 2tf i b h g j k a e d c f 6m6m6m 6m 6m G E C A B D F -3,2+3,2 +2,0 -2,2 -3,2 -4,8-2,9 -2,0 +6,4 +4,8 +3,0 a k j edcb,f g i h 0 1 2 3 4 Escala do Cremona (tf) Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 43. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 40 2.1.2. Método de Ritter Seja a seguinte treliça: Suponhamos que deseja-se determinar os esforços axiais nas barras 3, 6 e 10. Parte-se a estrutura em duas partes, de forma a partir estas barras, através da seção SS indicada. Considerando a parte da esquerda, deve-se colocar os esforços internos axiais que surgem nas barras para estabelecer o equilíbrio: As forças N3, N6 e N10 representam a ação da parte da direita da treliça sobre a parte da esquerda. HA VA P4 P1 P2 D N6 N10 N3 S S 1 2 3 7 48 6 9 10 11 5 HA P4 P1 P2 PD P5 C Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 44. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 41 É indiferente considerar a parte da esquerda ou a da direita: Os esforços indicados N3, N6 e N10 são iguais em módulo e direção, mas têm os sentidos opostos dos que aparecem na parte esquerda. Representam a ação da parte esquerda sobre a parte da direita. Para obter os esforços N3, N6 e N10 utilizam-se as equações da estática, devendo ser escolhidas e usadas numa ordem tal que permita determinar cada incógnita diretamente. Para o exemplo, pode-se resolver utilizando: ΣMC = 0  Obtém-se N3; ΣMD = 0  Obtém-se N6; ΣFy = 0  Obtém-se N10. (tanto faz pela esquerda ou direita) Se os esforços forem positivos terão o sentido indicado (tração) senão terão sentido inverso (compressão). Observações: 1. seções de Ritter não podem interceptar 3 barrras paralelas, nem 3 barras concorrentes no mesmo ponto; 2. as seções podem ter forma qualquer (não necessitando ser retas); 3. para barras próximas às extremidades da treliça (no exemplo, barras 1, 5, 4 e 7), pode ocorrer que a seção de Ritter só intercepte 2 barras  neste caso obter os esforços fazendo equilíbrio dos nós. P3 VB P5 C S S N6 N10 N3 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 45. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 42 Exemplos: 1. Obter os esforços nas barras 2, 3, 9 e 10. I. Obter as reações de apoio: ΣFx = 0  HA = -6 tf; ΣFy = 0  VA + VB = 10 tf; ΣMA = 0  VB . 10 - 6 x 4 - 4 x 6 - 6 x 2 = 0; VB = 6 tf e VA = 4 tf. II. Seção S1S1 ΣMH = 0  N2 x 2 - 6 x 2 - 4 x 4 = 0 N2 = 14 tf (tração); ΣMD = 0  -N16 x 2 - 6 x 2 - 4 x 4 = 0 N16 = -14 tf (compressão); ΣFy = 0  - N9 – 6 + 4 = 0 N9 = -2 tf (compressão). 8 9 10 11 12 13 1476 1 2 3 4 5 HA VA VB A C D E F B G H I J 15 16 17 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 4 tf 6 tf 6 tf S1 S2 S2S1 2 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 46. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 43 III. Seção S2S2 ΣFx = 0  N3 + N10 cos45º = 14 tf; ΣFy = 0  N10 sen45º + 4 - 6 = 0; N10 = 2,83 tf e N3 = 12 tf. 6tf E F B J 4 tf 2 m I S2 N10 N3 14 tf S2 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 47. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 44 Obter os esforços nas barras 2, 10, 19, 3 e 13. I. Seção S1S1 ΣMD = 0  N19 x 2 + 6 x 2 + 5 x 4 = 0 N19 = -16 tf (compressão); ΣFx = 0  N19 + N2 = 0 N2 = 16 tf (tração); ΣFy = 0  N10 + 6 - 5 = 0 N10 = -1 tf (compressão); HA =6tf 6tf 6tf VB =5tf H I J K L B GFEDCA 2 m 1 7 8 9 19 2 3 4 5 6 18 20 21 1710 11 12 13 14 15 16 S1 S2 S 3 VA =5tf 4tf 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m A C1 87 6tf 5tf 9 2 10 H6tf 18 I S 1 6tf N2 N10 N19 J D Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 48. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 45 II. Seção S2S2 ΣMJ = 0  N3 x 2 + 6 x 2 - 5 x 6 - 6 x 2 = 0 N3 = 15 tf (tração); II. Seção S3S3 ΣFy = 0  N13 cos45º + 5 = 0; N13 = -7,1 tf (compressão); 6tf A C1 87 5tf D 9 2 3 10 11 H6tf 18 19 JI S2 6tf N19 N3 N11 F4 13 14 B G5 6 15 16 17 5tf 20 K S3 21 LN 20 N 4 N13 J Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 49. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 46 2.2. Vigas 2.2.1. Vigas Simples - Método Direto para Diagramas Esquerda V N M N Direita V Convenção de sinais: Revisão: a VV F M a F M Esquerda com carga para cima Esquerda com carga para baixo V – F = 0  V = +F positivo. V + F = 0  V = - F negativo. M – F.a = 0  M = +F.a positivo. M + F.a = 0  M = - F.a negativo. a F a F Direita com carga para cima Direita com carga para baixo V + F = 0  V = - F negativo. V – F = 0  V = +F positivo. M - F.a = 0  M = +F.a positivo. M + F.a = 0  M = - F.a negativo. • Traçar DEC diretamente vindo pela esquerda. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 50. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 47 • Traçar DMF vindo pela esquerda, calculando M nos pontos de aplicação de força concentrada. Lembrando: • Força Concentrada: Descontinuidade no DEC • Binário Aplicado: Descontinuidade no DMF q=0 ; (entre cargas conc.) • V Constante • M Varia Linearmente em x q= k ; • V Varia Linearmente em x • M Varia Parabolicamente em x Integrando q  V; Integrando V  M. dx dV q =− dx dM =V dx d M q 2 2 =− Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 51. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 48 Exemplo 1: MC Esq = 60.4 = 240 kN; MD Esq = 60.8 – 50.4 = 280 kN; ME Dir. = 110.2 = 220 kN ou ME Esq. = 60.11 – 50.7 – 30.3 = 220 kN ou MD = MC + VC x4m ou ME Esq. = MD +VD x3m DMF (kN.m) 60kN 60 280 240 (+) 220 -110 10 -20 DEC (kN) 110kN 30kN50kN 90kN 4 m 4 m 3 m 2 m A C D E B Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 52. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 49 DMF (kN.m) +3 -3 (-) 3kN DEC (kN) -9 3kN 12kN/m 3 1 m A B C Exemplo 2: MC Esq = - 3.3 = - 9 kN; MC Dir. = 3.1 = 3 kN; Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 53. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 50 Exemplo 3: MC Esq = 18.2 = 9 kN; MMÁX = q.l2 /8 + 36 = 12.32 /8 + 36 = 13,5 + 36 MMÁX = 49,5 kN.m 36 (+) 18 V=0 (+) 18kN 12kN/m DMF (kN.m) 36 DEC (kN) -18 (-) 18kN 2 m 3 m 2 m Mmáx A B C D Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 54. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 51 Exemplo 4: MV=0 Esq = 80.2 – 40.1 = 120 kN; ME Dir = 60.1 = 60 kN; MC Esq = 80.4 – 80.2 – 40.2 = 80 kN; MD Dir = 60.2,5 – 20.1,5 = 120 kN; MD Esq = 80.5,5 – 80.3,5 – 40.3,5 = 20 kN; -40 120 80 120 60 DMF (kN.m) -60 20 (-) (+) 40 80 kN 80 DEC (kN) 60 kN 100kN.m20kN/m 40kN 20kN (+) 2 m 2 m 1,5 m 1,5 m 1 m A B C D E 10 10 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 55. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 52 2.2.2. Vigas Gerber • Aplicações principais – Pontes; • Surgiram por motivos de ordem estrutural e de ordem construtiva; • Vigas Gerber Isostáticas serão decompostas nas diversas vigas isostáticas que as constituem: - Vigas com estabilidade própria; - Vigas que se apoiam sobre as demais; Exemplos de Decomposição: Os algarismos romanos I, II, III e IV indicam a ordem de resolução, para obtenção das reações de apoio. • Começa-se a resolver as vigas sem estabilidade sem estabilidade própria; • Os diagramas podem ser traçados separadamente, juntando-os em seguida; • As rótulas transmitem forças verticais e horizontais, mas não transmitem momento; • Basta que um dos apoios resista a forças horizontais na viga Gerber. Apenas as cargas verticais provocam esforço cortante e momento fletor nas vigas, portanto, na decomposição não é necessário distinguir apoios do 1o ou 2o gênero. Usaremos apenas: ∆ II I II II I Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 56. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 53 IV III II I II Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 57. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 54 Esforços Internos – Diagramas – Exemplos: 1. 18 tf F F 6tf6tf6tf 22,67 tf BA 9,33 tf 4tf/m C D E 4tf/m 6tf 6tf 4tf/m BA 6tf C D E 4tf/m 36 tf.m 2 m 3 m 2 m 3 m 3 m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 58. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 55 MA = 0 MB esq = -6 x 2 = -12 MC esq = -6 x 5 + 9,33 x 3 – 12 x 1,5 = -20 MD esq = -6 x 7 + 9,33 x 5 – 20 x 2,5 + 22,67 x 2 = -0,01 ≈ 0  OK O momento fletor na rótula é sempre nulo, a não ser que haja um binário aplicado na rótula. ME dir = -36 + 18 x 3 – 12 x 1,5 = 0  OK MF dir = -36 Quando na rótula não há força concentrada: Vd esq = Vd dir Ve esq = Ve dir -8,67 A -12 -20 CB -6 -36 4,5 D FE -18 -6 14 3,33 6 DMF (tf.m) DEC (tf) 2 4,5 4,5 4,5 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 59. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 56 2. 4+6+3 = 13 tf 3 tf 3+3 = 6 tf3 tf 3 tf 2+4+3+2= 11 tf 3 tf 11 tf 3 tf 4 tf 12 6 6 tf 2 tf/m 3 tf/m 3 tf A 2 tf/m B C 3 tf/m FD E 4 tf 3 tf HG 4-3= 1 tf 8 tf 8 tf JI 2 tf/m 3 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m 2 m1 m 1 m Transfere-se a força de 6 tf: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 60. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 57 Pela esquerda: MA = 0 MB = 0 MA/B esq = (q l2 ) / 8 = (2.32 ) / 8 = 2,25 MC esq = - 3.1.- 2.0,5 = - 4 MD esq = -4+ (2.42 )/8 + (4.4)/4 = 4 Pela direita: MJ = 0 MI dir = 1.2 = 2 MH dir = 1.4 – 8.2 = -12 MG = 0 MF/G = (q l2 ) / 8 = (3.22 )/8 = 1,5 MF = 0 A CB FED 4 HG -4 3 -5 -3 -4 -12 -6 -2 3 2 -6 -3 6 5 7 JI 2 DMF (tf.m) -1 DEC (tf) 2,25 1,5 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 61. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 58 2.2.3. Vigas Inclinadas Independente do valor de b, as reações verticais serão iguais (= q.a / 2) 1. Esforços Internos: Seção S (a x do apoio A) α      −= cos.x.q 2 a.q V α      −−= sen.x.q 2 a.q N         −= 2 x.q x. 2 a.q M 2 (para fins de momento fletor a viga se comporta como se fosse horizontal) (q.a)/2 S V (q.a)/2 q.x N M A S (q.a)/2 q B x a b x x/2 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 62. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 59 Diagramas: q.a.(sen /2 - q.a.(sen /2 q.a.(cos /2 (+) (-) (-) (+) DMF - q.a(cos /2 DEC DEN q.a²/8 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 63. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 60 2. I. ΣFx = 0 HA = q.b Esforços Internos: II. ΣFy = 0 VA = VB III. ΣMA = 0 a.VB – qb.b/2 = 0 VB = qb2 /2a = VA (q.b²)/2.a S q.x M N V q.b x x/2 y N = (qb – qx)cosα + (qb2 /2.a) . senα V = (qb – qx)senα - (qb2 /2.a) . cosα M = x.qb – qx2 /2 – y.(qb2 /2.a) M = x.qb – qx2 /2 – x.(a/b).(qb2 /2.a) M = qbx/2 – qx2 /2 A VA VB S B q HA a b x Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 64. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 61 Diagramas: q.b.[cosα+(b.senα)/2.a q.b².(sen α)/2.a q.b.(sen α – b.cos α / 2.a) (qb2 /2.a) . cosα q.b²/8 DEN DEC DMF Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial – PET
  • 65. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 62 3. R = q .(a² + b²) A q B A B q q.b q q.a A B b a Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial – PET
  • 66. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 63 Logo, o diagrama de momento fletor fica: q.(a²+b²)/8 Se tivermos, por exemplo, as estruturas: DMF -6 A 6 tf.m 2 6 DMF 1 tf/m 2 tf.m B 8m 6m -2 2 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial – PET
  • 67. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 64 52,5 A (+) DMF (-) -20 20 kN/m 20 kN.m B 4m 3m 10 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial – PET
  • 68. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 65 2.3. Pórticos Pórticos são estruturas lineares constituídas por barras retas ligadas entre si. Eles podem ser planos (bidimensionais) ou espaciais (tridimensionais). Nesta apostila trabalharemos apenas com pórticos planos. Nos pórticos, as ligações entre as barras são engastes ou rótulas internas. Isso faz com que sua estrutura trabalhe em conjuntos e não de forma individual como acontece em estruturas de colunas e vigas. Os Diagramas de Esforço Normal (DEN) e Diagramas de Esforço Cortante (DEC) não precisam ser feitos para o mesmo lado da barra que foram feitos nessa apostila, apenas ter os mesmos valores e sinais. Já os Diagramas de Momento Fletor (DMF) devem estar sempre no lado tracionado da barra, podendo os sinais dos resultados serem diferentes dos sinais utilizados nesta apostila. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial – PET
  • 69. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 66 2.3.1. Estruturas Aporticadas 1,5m1,5m 27,14 kN 10 kN/m 10,86 kN 6 kN S2 S1 10 kN S3 2m 3m2m y x 6 kN 10,86 kN N M V S1 t n Seção S1: ΣFn = 0 N – 6.cosα + 10,86.senα = 0 N = 6.cosα - 10,86.senα N = -1,72 kN (const.) ΣFt = 0 V = 6.senα + 10,86.cosα = 12,29 kN (const.) ΣMz = 0 M = 10,86.x + 6.y  y = x.tgα M = 10,86.x + 4,5.x = 15,36.x Para x=0, M=0; x=2, M=30,72 kN.m; Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial – PET
  • 70. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 67 Seção S2: N = -1,72 kN (const.) V = 12,29 - 10 = 2,29 kN (const.) M = 15,36.x –8(x-2) –6(y-1,5) = 2,86.x + 25  y = x.tgα Para x=2, M=30,72 kN.m; x=4, M=36,44 kN.m; Seção S3: (direita) 10 kN/m 27,14 kN M V x' V = 10.x’ – 27,14 Para x’=0, V=-27,14 kN; x’=3, V=2,86 kN; M = 27,14.x’ – 10.x’2 /2 Para x’=0, M=0 kN.m; x’=3, M=36,42 kN.m; Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 71. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 68 Diagramas: -27,14 (+) 12,29 2,86 2,29 (+) (-) -1,72 (-) nulo x = (10x3²)/8 = 11,25 DMF (kN.m) DEC (kN) DEN (kN) 30,72 36,42 36,42 x 0,286m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 72. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 69 Não havendo barras inclinadas, recomeça-se o traçado de diagramas pelo método direto. 10 kN/m 17 kN 12 kN DMF (kN.m) DEC (kN) DEN (kN) (-) (+) (-) 12 12 kN nulo -17 (+) 17 -23 x = (10x4²)/8 = 20 12 12 23 kN (+) (+) 4m 1m 1m x Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 73. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 70 Considerações Sobre os Sinais dos Diagramas: As fibras inferiores serão tracejadas, definindo portanto a parte à esquerda e à direita da seção. Exemplos: S1 S3 S2 S3 N V S1 M V M N Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 74. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 71 Exemplos: 01. P P (+) P -P (-) nulo -Pa Pa (-) (+) (+) Pa P S1 S2 S3 Pa Pa nulo nulo P DEN (kN)(+) DMF (kN.m) DEC (kN) a a a Barra vertical ΣFy = 0 ∴ N = P ΣFx = 0 ∴ V = 0 ΣMz = 0 ∴ M = -P.a + P.2a = P.a (constante) Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 75. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 72 02. P/2 P/2 P DMF (kN.m) DEC (kN) DEN (kN) nulo nulo -P (-) (-) -P (+) P/2 P (+) P(L/2 + a) (+) (+)(+) P(L/2+a) P(L/2+a) PL/2 nulo L/2 a L a Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 76. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 73 2.3.2. Pórticos Simples 80 kN.m 60 kN 40 kN 40 kN 10 kN 50 kN 40 DEN (kN) (+) DMF (kN.m) DEC (kN) -50 -10 (-) (-) nulo (-) (+) (+) -50 10 40 200 (+) nulo 280 240 240 (+) 6m 4m 4m 3m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 77. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 74 Pelo Método Direto: Obter os diagramas solicitantes para o quadro abaixo: Reações: ΣFx = 0 ∴ RAx = 1 tf ΣFy = 0 ∴ RAy = 3 + 1.4 + 1 RAy = 8 tf ΣMA = 0 ∴ 3.2 – 1.4.2 – 1.1 + 1.2 + MA = 0 MA = 1 tf.m Seção S1: trecho DC N = 0; V = -3 tf MC = -6 tf.m Seção S2: trecho CE N = 0; V = 1.x Para x = 0; V = 0; x = 4; V = 4 tf; M = -1.x2 /2 Para x = 0; M = 0; x = 4; M = -8 tf.m; Seção S3: trecho FB N = -1 tf V = 1 tf M = -1.x Para x = 0; M = 0; x = 1; M = -1 tf.m; Seção S4: trecho BC N = -7 tf V = 0 M = -2 tf.m 3 tf 1 tf/m 1 tf 1 tf 1 tf.m B A D E C F 8 tf 1 tf 2m 2m 2m 1m 3m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 78. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 75 Seção S5: trecho AB N = -8 tf V = -1 tf M = -1 – 1 . x Para x = 0; M = -1 tf.m; x = 2; M = -3 tf.m Diagramas: DEN (kN) (-) DMF (kN.m) DEC (kN) (-) (+) -8 -7 nulo -1 -3 +4 +1 -1 nulo(-) (-) -2 (-) -1 (-) -3 -8 -6 -1 (-) (-) (-) Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 79. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 76 Reações: ΣFy = 0 ∴ 1 + 6 – 4.5 + VA + VB = 0 VA + VB = 13 ΣMA = 0 ∴ 1.2,5 – 4.5.2,5 + 6.5 + HB.10 = 0 HB = 1,75 tf ΣFx = 0 ∴ HB = - HA  HA = - 1,75 tf ΣME Dir = 0 ∴ HB.4 - VB.5 = 0 (embaixo) VB = 1,4 tf  VA = 11,6 tf Seção S1: [0 x 2,5] N = + 1,75 tf; V = 11,6 - 4.x Para x = 0; V = 11,6; x = 2,5; V = 1,6 tf; M = 11,6.x - 2.x2 Para x = 0; M = 0; x = 2,5; M = 16,5 tf.m; 1 tf VA HA 4 tf/m 6 tfN HB VB A B C D E V S1 S2 S3 S4 x 6m 4m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 80. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 77 Seção S2: [2,5 x 5,0] N = + 1,75 tf; V = 12,6 - 4.x Para x = 2,5; V = 2,6 tf; x = 5; V = -7,4 tf; M = 11,6.x +1.(x–2,5) – 2 x2 = 12,6.x - 2.x2 – 2,5 Para x = 2,5; M = 16,5 tf.m; x = 5; M = 10,5 tf.m; Seção S4: [0 x 5,0] tgα = 4/5 senα = 4/√41 N + 1,75.cosα + 1,4 senα = 0  N = - 2,24 tf; V + 1,75.senα - 1,4.cosα = 0  V = 0; M = 1,4.x – 1,75.y  M = 0; Seção S3: [0 x’ 6,0] N = - 7,4 tf; V = -1,75 tf; M = 1,75.(x+4) – 1,4.5 = 1,75.x’ Para x’ = 0; M = 0; x’ = 6; M = 10,5 tf.m; N ulo DMF (tf.m) DEN (tf) DEC (tf) 16,5 17,3 10,5 (+) (+) (+) -7,4 N ulo (-) 2,6 1,6 11,6 -1,75 (-) 1,75 -7,4 -2,24 (-) (+) (-) 10,5 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 81. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 78 Reações: ΣFx = 0 ∴ HA + HB + 12 – 3,33 = 0 HA + HB = - 8,67 tf ΣFy = 0 ∴ -10 + 4,99 + VA + VB = 0 VA + VB = 5,01 tf ΣMB = 0 ∴ 6.1 + 10.4 – 12.3 – 9.VA = 0 VA = 1,11 tf  VB = 3,9 tf; ΣME Esq = 0 ∴ - HA.6 + VA.2,5 – 12.3 = 0 HA = -5,54 tf  HB = -3,13 tf Determinar os diagramas de esforços solicitantes: -1,11 DEN (tf) DMF (tf.m) DEC (tf)(-) (-) (-) (-) -6,5 -10,98 -4,98 Nulo 0,44 (-) -6,0 1,11 -6,46 5,54 (+) (+) (-) (+) -2,8 (+) -2,8 2,82,8 4,41 6,0 -1,6 7,66 (-) (+) 2,77 Diagramas: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 82. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 79 Para a barra inclinada: N = - 5,1.sen 60˚ = - 4,42 kN V = - 5,1 cos 60˚ = - 2,55 kN Momento no apoio engastado: M = – 15,8 kN.m; Momento na conexão engastada entre barras: M = -15,8 + 5,1. 2 = -5,6 kN.m; 60° 1,9kN 1,9 1,9kN 2 kN/m 1 kN/m 2 kN/m 1 kN/m 5,1kN 15,8kN.m 3,46m 3,8m 1,6m 2m 60° Nulo DEN (kN) (-) -4,42 DMF (kN.m) DEC (kN) -2,55 -5,1 -1,9 (+) (-) (-) -5,6 -5,6 -15,8 1,8 (-) (-) (+) Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 83. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 80 2.3.3. Pórtico com Articulação e Tirante Análise da estaticidade: ge = 2 + 1 – 3 = 0 gi = 3.1 – 1 – 1 - 1 = 0 gh = gi + ge = 0 Substitui-se a barra CD pelo par de esforços N: Reações e N: ΣFx = 0 ∴ HA = 0; ΣFy = 0 ∴ VA + VB = 8 tf ΣMz = 0 (A) ∴VB.4 – 8.2 = 0 VB = 4 tf.m  VA = 4 tf.m Momento Fletor em F, pela direita: MF D = 0 ∴ 4 – 2.N = 0  + N = 2 tf. 4m HA VBVA 4 tf.m 2 tf/m Tirante ou fio (se for comprimido  escora) FE DC BA 2m 2m HA VB NN VA 4 tf.m 8 tf N 4 tf.m F 2m 2m 4 tf Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 84. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 81 Diagramas: Nulo (-) -4 4 Nulo -4 NuloNulo Nulo (-) (-) (-) -4 -4 DMF (kN.m) -4 2 Nulo (-) (+) (-) -2 (+) -4-4 DEC (kN) -2 2 (-) (+) (-) (-) DEN (kN) x = (2 x 4²) / 8 = 4 x Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 85. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 82 2.3.4. Pórticos Compostos Pórticos Compostos são uma associação de pórticos simples. Assim como a viga Gerber é uma associação de vigas simples. Se forem isostáticos, o resultado será uma Associação de Pórticos Simples Isostáticos. 1. A B J K HDx C D Dy Dy E HxH H Hy Dx Hx Hy I GF A B C E D J K GF H I Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 86. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 83 2. 3. 4. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 87. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 84 5. A D G 30 kN B 10 kN/m C E 20 kN F 5m8m 3m 2m 2m 4m Decompondo: ΣFx = 0 ∴ HC = 30 kN; ΣFy = 0 ∴ VA + VC = 80 kN; ΣMA = 0 ∴8.VC + 4.HC –80.4 – 30.2 = 0 VC = 32,5 kN  VA = 47,5 kN ΣFx = 0 ∴ HD + HG +30 = 0 ΣFy = 0 ∴ VD + VG = 20 + 32,5 + 80 VD + VG = 132,5 kN ΣMD = 0 ∴ 8.VG – 20.5 – 80.4 – 30.4 = 0 VG = 67,5 kN  VD = 65 kN MC D = 0 ∴ 4.HD = 0 HD = 0  HG = - 30 kN A VA B 30 kN 10 kN/m C Vc Hc D VD G HD C30 kN 32,5 kN E 20 kN VG HG F 10 kN/m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 88. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 85 Diagramas: (+) 60 (+)60 (+) (-) 80 120 (+) (-) (-)(-) 120 nulo 60 47,5 (+) (+) 30 nulo 120 (+) (+) 60 30 80 180 (+) DMF (kN.m) 180 -30(-) (+) (-) -32,5 (-) (+) (+) (-) -20 32,5 -65 -47,5 DEC (kN) -67,5 (-) -30 -47,5 -30 (-) (-) nulo -32,5 (-) -47,5 DEN (kN) - 67,2 52,8 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 89. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 86 2.4. Cabos Cabos são estruturas lineares, extremamente flexíveis, capazes de resistir a esforços de tração. Os esforços cortantes, de compressão, de flexão e de torção não são resistidos por um cabo ideal. Os cabos são utilizados em vários tipos de estruturas. Nas pontes pênseis e teleféricos são principais elementos portantes, nas linhas de transmissão conduzem a energia elétrica, vencendo vãos entre as torres e são empregados como elemento portante de coberturas de grandes vãos (Süssekind, 1987). No estudo estático, assume-se a hipótese que os cabos são perfeitamente flexíveis, isto é, possuem momento fletor e esforço cortante nulos ao longo do comprimento. Dessa forma, os cabos ficam submetidos apenas a esforços normais de tração. As formas assumidas pelo cabo dependem do carregamento que nele atua. Se o carregamento externo for muito maior do que o peso próprio do cabo, este último é desprezado no cálculo. A geometria da configuração deformada do cabo, para um dado carregamento, é denominada forma funicular (do latim, funis = corda) do cabo. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 90. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 87 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 91. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 88 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 92. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 89 Exemplo de formas funiculares: Catenária Parábola Polígono Trapezóide Triângulo Carga Uniformemente Distribuída ao longo do vão Carga Uniformemente Distribuída ao longo do comprimento do cabo (peso próprio) Forma FunicularCarregamento Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 93. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 90 A catenária possui uma geometria mais baixa que a parábola. Isto é conseqüência do peso próprio se concentrar mais nas regiões próximas das extremidades. A partir de estudos comparativos entre a forma da parábola e da catenária, para várias relações de flecha (f) e vão entre extremidades (L), constata-se que para relações (f / L)  0,2 as formas da parábola e da catenária são praticamente coincidentes. Nestes casos, é mais prático usar a forma da parábola para determinação dos lugares geométricos dos pontos ao longo do cabo. f L y x Y = ax2 + bx +c Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 94. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 91 2.4.1. Reações de Apoio para Cabos: Seja um cabo que suporta duas cargas concentradas de valor “P”, dispostas nos terços do vão: PP f L/3 L/3 L/3 H = Ax Ay By H = Bx x y A C D B Os sistemas do tipo cabo desenvolvem em suas extremidades empuxos horizontais, exigindo que os vínculos em “A” e “B” sejam do 2o gênero. Por ser um sistema estrutural plano, as equações de equilíbrio a serem satisfeitas serão: ΣFx = 0; ΣFy = 0; ΣMz = 0. Lembrando que para qualquer ponto ao longo do cabo o momento fletor é nulo devido à sua flexibilidade. Aplicando as equações de equilíbrio ao cabo ACDB : ΣFx = 0  Ax – Bx = 0, logo Ax = Bx = H (empuxo horizontal); ΣMA = 0  PL / 3 + P (2L / 3) – By.L = 0, portanto By = P; ΣFy = 0  Ay + By = 2P, então Ay = 2P – By = P. Para o cálculo do empuxo horizontal “H” é necessária uma Quarta equação de equilíbrio que sai da hipótese de momento fletro nulo (M = 0) para qualquer ponto ao longo do cabo. Escolhendo-se o ponto C: ΣMc = 0. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 95. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 92 Faz-se uma seção no cabo que coincida com o ponto C escolhido e trabalha-se com a parte a esquerda ou a direita do ponto C, substituindo pelo seu efeito na seção. AH L/3 Ay = P C P NCD f ΣMc = 0  - H.f + (P.L) / 3 = 0, portanto H = (P . L) / 3f. Observe-se que quanto menor a flecha f, maior o empuxo H. E assim encontram- se as reações de apoio do cabo. É interessante a seguinte comparação: D L/3 A L/3 H P C P B H = PL / 3f L/3 P f P P Ay* = P A P By* = P B L/3 L/3 L/3 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 96. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 93 Observa-se que as reações de apoio verticais coincidem para o cabo “AB” e para a viga “AB” de idêntico vão e carregamento. Logo, as reações de apoio verticais do cabo podem ser encontradas pela substituição do cabo por uma viga com idêntico vão e carregamento: Ay e By (no cabo) = Ay* e By* (na viga). Doravante, toda referência a reações de apoio e esforços na viga de substituição serão identificados por um asterisco. No entanto, a vantagem de comparar o cabo AB a uma viga de substituição AB não está somente nas reações de apoio verticais. Comparemos o empuxo horizontal no cabo ao diagrama de momentos fletores da viga de substituição. D P P A P PL / 3f C A P P B P H = PL / 3fB PL/3 (+) DMF PL/3 L/3L/3 L/3 f L/3 L/3 L/3 M* máx = PL / 3, logo H = PL / 3f = M* máx / f. Onde f é a distância vertical máxima do cabo até a linha de fechamento entre as extremidades A e B do cabo. Vejamos para outras condições de carregamento: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 97. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 94 a) L/2 L/2 P f P/2P/2 PL / 4f H = PL / 4f P L/2 L/2 P/2 P/2 (+) PL/4 DMF C ΣMc = 0  - H.f + (P/2).(L/2) = 0, portanto H = (P . L) / 4f = M*max/f Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 98. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 95 b) (+) qL /8 DMF L f qL/2 H = qL² / 8fqL / 8f qL/2 q q L qL/2qL/2 2 2 Portanto, as reações de apoio nos cabos podem ser obtidas através de uma vigas de substituição: Ay = Ay* By = By* H = M* max / f Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 99. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 96 2.4.2. Esforços Normais de Tração Atuantes em Cabos Uma vez conhecidas as reações de apoio, é possível determinar os esforços normais atuantes no cabo. Usando mais uma vez o exemplo do cabo submetido a duas cargas concentradas eqüidistantes, de valor “P” cada uma: BA xPL/3fPL/3f y P DC P P P E L/3L/3 L/3 f Esforço normal no trecho AC: Substitui-se a parte do cabo retirada, pelo seu efeito, a Força Normal NAC. Aplicam-se as equações de equilíbrio: ΣFx = 0  NAC x = P L / 3 f; ΣFy = 0  NAC y = P, logo NAC 2 = (NAC x ) 2 + (NAC y ) 2 ; NAC = [ (P L / 3 f) 2 + P 2 ] ½ PL/3f A E P NAC y y x NACy NACx Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 100. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 97 Esforço normal no trecho CD: f P P F C APL/3f NCD ΣFx = 0  NCD = H = P L / 3 f; ΣFy = 0  P – P = 0, equilíbrio satisfeito Esforço normal no trecho DB: NDB = NAC = [ (P L / 3 f) 2 + P 2 ] ½ Observa-se, da comparação entre NAC e NCD, que o esforço normal máximo de tração no cabo AB ocorre nos trechos AC e DB, trechos adjacentes aos apoios das extremidades. Esta é uma das características dos cabos, os esforços normais máximos ocorrem nas seções dos cabos próximas aos vínculos externos, pois é onde a componente vertical do esforço normal, NY, é de maior valor. Calculando agora os esforços normais para um cabo com carga uniformemente distribuída ao longo do vão: y q L qL/2 H x qL/2 f H = qL² / 8f Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 101. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 98 Cortando o cabo em uma seção genérica de coordenadas (x,y): Nsy y q S H qL/2 x Ns Nsx Aplicando-se as equações de equilíbrio: ΣFx = 0  NS x = H ; ΣFy = 0  NS y – q L / 2 + q x = 0 NS y = q L / 2 - q x, sendo para x = 0, NS y = q L / 2 ; para x = L/2, NS y = 0. Para o ponto x = L / 2, onde ocorre a flecha f, distância máxima da linha AB, não há componente vertical do esforço normal de tração. Logo, o esforço normal varia ao longo do comprimento do cabo: Para x = 0 NS = [ (NS x )2 + (NS y )2 ] ½ NS = [ (H)2 + (q L /2)2 ] ½  Valor Máximo Para x = L / 2 NS = [ (NS x )2 + (NS y )2 ] ½ NS = [ (H)2 + (0)2 ] ½ NS = H  Valor Mínimo Comparando o valor de NS y com os esforços da viga de substituição submetida a idêntico carregamento, constata-se que a variação de NS y para x=0 é q L / 2 e para x=L/2 é nulo, coincidindo com a variação do esforço cortante na viga: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 102. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 99 Portanto, pode-se concluir que o esforço normal de tração para um cabo é estimado pela expressão: NS = [ (NS x )2 + (NS y )2 ] ½ NS = [ (H)2 + (VS*)2 ] ½ Onde H: Empuxo horizontal nas extremidades do cabo e; VS*: Esforço cortante para uma seção genérica da viga de substituição. Exercício Proposto: Determinar os esforços normais para cada trecho da estrutura: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 103. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 100 Respostas: NAC = NEB = 1.639,12 tf; NCD = NDE = 1.598,80 tf. Uma vez conhecida a força normal de tração máxima no cabo, a tensão normal de tração será: Onde fst = resistência à tração do aço; A = área útil da seção transversal. t = Nmáx / A fst 25 m yc = 6m 25 m 256 tf 383 tf C H = 1593,75 tf A 25 m25 m ye = 6m yd = 8m 383 tf 256 tf 254 tf D E H = 1593,75 tfB Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 104. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 101 2.4.3. Conformação Geométrica Final do Cabo: Fazendo, mais uma vez, uso da viga da hipótese de momentos fletores nulos para qualquer ponto genérico sobre o cabo AB. BA PL/3fPL/3f L/3L/3L/3 f P DC P P P E X Y Para um ponto genérico “E” que pertença ao cabo e tenha coordenadas (x,y) PL/3f A E P NAC y y C Para um ponto “E” situado a uma distância x do apoio “A” do cabo AB, a equação de momentos fletores é dada pela equação: ΣME = 0  - H.y + P.x = 0, portanto y = P . x / H = 3f . x / L. A configuração geométrica do cabo para o trecho AC é definida por uma equação do 1o . grau. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 105. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 102 ΣME* = 0  P . x – ME* = 0, logo ME* = P . x Comparando a expressão do momento no ponto “E” para a viga de substituição com a expressão encontrada para a configuração geométrica do cabo para o ponto “E”: Viga de Substituição  ME* = P . x ; Cabo  yE = (P . xE) / H. Percebe-se que mais uma vez existe uma relação entre a cota vertical y do cabo e o momento fletor para a viga de substituição na mesma seção, portanto, deduz-se que a cota vertical ys, para uma seção genérica S do cabo, é igual ao Ms* dividida pelo empuxo horizontal H na viga de substituição para uma seção S de mesma posição horizontal que no cabo: Ys = Ms* / H Dessa forma, pode-se determinar a posição vertical de qualquer ponto do cabo a partir do momento fletor na viga de substituição. Uma conclusão adicional desta relação PL/3 (+) DMF P A E ME* L/3L/3 P P A L/3 P P B E Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 106. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 103 y = Ms* / H é constatada ao comparar-se a forma do diagrama de momentos fletores para a viga de substituição e a forma funicular do cabo: M* = f (x) - parábola DMF q P DMF M* = f (x) P P DM F M* = f (x) q H H y = M * / H H P y = M* / H H H P P y = M* /H H Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 107. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 104 Exercício Proposto: Determinar as reações de apoio no cabo AB e as cotas verticais nos pontos “C” e “E”. Respostas: Ay = By = 383 tf H = 1.593,75 tf yC = yE = 6,0 m Pode-se também deduzir a forma funicular para um cabo submetido a carga uniformemente distribuída ao longo do vão: q qL² / 8f H = qL² / 8f X y qL/2 qL/2 fC A C E 256 tf B D 254 tf 256 tf 25 m 25 m 25 m25 m y = 8m D Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 108. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 105 Reações de Apoio: Ay = By = qL/2 H = M*máx / f = qL2 / 8f Escolhendo um ponto genérico “C”, com posição (xC, yC), passando uma seção, o diagrama de equilíbrio estático fica: ΣMC = 0 ½ qL . xC – ½ q . xC 2 – H . yC = 0 yC = q . (L . xC - xC 2 ) / 2H yC = 4 f . (L . xC - xC 2 ) / L2 Generalizando para um ponto qualquer sobre o cabo, de coordenadas (x,y): y = 4 f . (L . x - x2 ) / L2  Equação da Conformação Geométrica do Cabo. Equação de parábola quadrática para o caso de carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão. Uma vez conhecida a linha elástica do cabo na conformação deformada, pode-se estimar o comprimento total do cabo: Lc. O comprimento total do cabo Lc é obtido a partir da expressão da linha elástica y= f(x), através da integração ao longo do comprimento: dL2 = dx2 + dy2 ( ) 2 2 222 dx dy +1dx=dx/dy+1dx=dL ∫ ∫       +== L L dx dx dy dLLc 0 0 2 2 1 dL dx dy qL/2 qL² / 8f C Nc yc y Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 109. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 106 Para a situação de carregamento uniformemente distribuído ao longo do vão: y = 4 f . (L . x - x2 ) / L2 . dy / dx = 4 f . (L – 2 x) / L2 , substituindo na integral: ( )∫0 5,02 2 2 4 1 L dxxL L f Lc             −+= A solução desta integral é feita pelo desenvolvimento do integrando sob a forma de série. Utilizando este tipo de resolução de integrais definidas, encontra-se a seguinte expressão: Lc ≅ L [ 1 + 8/3 ( f / L )2 ] Comprimento total de um cabo de forma funicular parabólica, submetido à carga uniformemente distribuída ao longo do vão. Nas situações de cabos submetidos a peso próprio, cuja forma funicular é uma catenária, mas para a relação f/L 0,2, pode-se utilizar a mesma expressão anterior para estimar o comprimento total do cabo Lc. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 110. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 107 Exemplo: Qual o comprimento total do cabo que suporta uma sobrecarga uniformemente distribuída ao longo do vão de 100 N/m e que possui peso próprio igual a 50 N/m, sabendo-se que os pontos de fixação estão no topo de postes de 6 m de altura e que estão afastados entre si de 50 m? Além disso, há a informação que o ponto mais baixo do cabo está 4,5 m acima do solo. Flecha:f = 6m – 4,5m = 1,5 m f / L = 1,5 / 50 = 0,03  0,2  Pode-se utilizar a expressão da parábola para substituir a geometria da catenária: Lc ≅ L [ 1 + 8/3 ( f / L )2 ]. Considerando-se o erro na substituição da catenária pela parábola desprezível: Lc = 50 [ 1 + 8/3 ( 1,5 / 50 )2 ] = 50,12 m q = 100 N/m - Parábola g = 50 N/m - Catenária f 4,5m 6m L = 50m Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 111. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 108 Exemplo de Aplicação (Extraído de Salvadori e Levy, pág.194) Uma passarela, que liga duas edificações afastadas de 15,0 m, possui 3,0 m de largura e deve suportar uma sobrecarga de 5 kN/m2 além de seu peso próprio, também estimado em 5 kN/m2 . A passarela será suspensa por 2 cabos com um flecha de 3m. Determine a força normal máxima que tracionará o cabo. Reações de Apoio: H = ?; Ay = ?; By = ? H qL/2 qL/2 H Parábola L = 15m f = 3m A B 5 kN/m 5 kN/m Cargas 2 2 Sobrecarga Peso Próprio Planta 1,5 1,5 3 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 112. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 109 Carga distribuída por cabo  qA/2L = (5 + 5)kN/m² x (15x3)m² / 2 x 15m = 15kN/m Como o cabo e o carregamento são simétricos Ay = By, então: Ay = By = 15 x 15 / 2 = 112,5 kN; H = M*max / f  H = q L2 / 8 f = 15 kN/m x (15m)2 / 8 x 3m H = 140,63 kN. Força Normal Máxima: NS = [ (H)2 + (VS*)2 ] ½  V*s = Vmax*, para Nmax Vmax* = 112,5 kN, nos apoios NS = [ (H)2 + (VS*)2 ] ½  NS = [ (140,63)2 + (112,5)2 ] ½ NS = 180,09 kN Resposta: O esforço normal máximo ocorre nos extremos, próximo aos vínculos “A” e “B” e vale 180,09 kN. 112,5 kN 112,5 kN 15 kN / m 112,5 -112,5 (+) (-) DEC (kN) 15 kN/m Mmax* = qL²/8 Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 113. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 110 2.5. Arcos Seja um cabo submetido a cargas concentradas cuja forma é um polígono. Ao rebater-se o cabo AB e mantendo sua forma funicular “congelada” de maneira que o cabo possua rigidez suficiente para resistir a esforços de compressão. A forma funicular “congelada” do cabo se transforma assim num arco poligonal funicular, onde todas seções transversais estão submetidas exclusivamente à esforços de compressão. O arco deve apresentar maior rigidez que os cabos, caso contrário o arco não permaneceria com a geometria projetada quando o carregamento fosse aplicado. Nos cabos, para cada tipo e intensidade de carregamento a forma funicular seria diferente de forma que todas seções transversais estivessem submetidas a momentos nulos. Além disso, o empuxo horizontal nos apoios sempre é com sentido a afastar as extremidades. Nos arcos, para cada tipo e intensidade de carregamento existirá uma forma funicular para a qual os momentos serão nulos para todas as seções transversais. Esta forma funicular é chamada “linha de pressão” de um carregamento sempre que a geometria de um arco coincidir com a linha de pressão do carregamento aplicado sobre o arco os Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 114. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 111 únicos esforços atuantes serão de compressão, com Ms=0 e Vs=0. Além disso, independente do arco estar submetido exclusivamente a esforços de compressão ou não, os empuxos horizontais nas extremidades do arco tem sentido de aproximação das extremidades equilibrando a tendência do arco deformar-se com o afastamento dos apoios. Formas funiculares para alguns tipos de carregamentos: Portanto, muitas das características dos cabos também são pertinentes aos arcos, principalmente dos arcos com geometria funiculares (Ms=0). Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 115. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 112 Porém, o comportamento dos arcos difere do comportamento dos cabos em um aspecto básico: se o carregamento no cabo se modifica, o cabo muda de forma e assume uma nova geometria funicular. Por outro lado, se o carregamento no arco se altera, o arco mantém sua geometria, devido a sua maior rigidez ao compará-lo ao cabo, e não possui mais uma forma funicular para a nova condição de carregamento. Cabos Arcos A geometria triangular não coincide com a linha de pressão para 2 cargas concentradas. Quando a geometria do arco não coincide com a linha de pressão para o carregamento, surgem esforços de flexão e cisalhamento no arco (Ms,Vs), além dos esforços de compressão (Ns). Ao projetar-se a forma de um arco, sob o ponto de vista estrutural, deve ser escolhida a forma funicular para o carregamento aplicado. No entanto, sabe-se que as estruturas estão submetidas a carregamentos permanentes (peso próprio) e a carregamentos variáveis (pessoas, mobiliário, ventos). Para qual combinação de carregamentos definiremos a geometria do arco? Se definirmos somente em função do carregamento permanente haverá efeitos de flexão quando aplicado o carregamento variável. Se a geometria do arco for definida com o conjunto de carga permanente + variável, para qualquer alteração no carregamento variável ocorrerão efeitos de flexão e cisalhamento. O critério de projeto utilizado neste caso é definir a geometria do arco para o carregamento predominante. Na situação de um arco de alvenaria, o carregamento permanente é maior que o variável e a geometria é definida em função do primeiro. No caso de arcos com materiais mais leves, como o aço, as cargas variáveis possuem maior Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 116. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 113 participação na composição do carregamento, recomendando que a escolha da geometria do arco considere a sobreposição do carregamento permanente + variável. Sabe-se que a otimização do elemento sob o ponto de vista estrutural não é o único parâmetro a influir na concepção de uma estrutura. A função e a forma também influenciam a escolha da forma estrutural do arco. Os romanos notabilizaram-se pela utilização de arcos para vencer grandes vãos. Os arcos romanos possuem a forma de um semicírculo. O carregamento que possui o semicírculo como a linha de pressão é a ação de cargas radiais. Esse tipo de carregamento surge quando há efeitos de vento envolvendo uma cobertura com estrutura em arco, por exemplo. Na maioria dos casos, o carregamento será do tipo uniformemente distribuído, o que ocasiona surgimento de efeitos de flexão nos arcos romanos. É o predomínio da forma sobre a função estrutural. Outro tipo de arco bastante utilizado no passado é o arco gótico, que possui uma flecha bastante pronunciada. Lembrando-se do elenco de cabos, quanto maior a flecha, menos a reação horizontal (empuxo) nos apoios. Nos arcos vale a mesma reação. Os arcos góticos possuem a vantagem de minimizarem as reações horizontais, permitindo vencer grandes vãos sem a preocupação de surgirem altos empuxos. Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET
  • 117. ECV 5219 – Análise Estrutural I - Departamento de Engenharia Civil da UFSC Prof a . Ângela do Valle (ECV/CTC/UFSC) e Prof a . Henriette Lebre La Rovere (ECV/CTC/UFSC) 114 Já o arco árabe não possui vantagens sob o ponto de vista estrutural, pois as formas reentrantes nos apoios introduzem altas tensões de flexão nesta região. Além da escolha da geometria do arco, é necessário que também seja garantido que o empuxo horizontal nos apoios seja absorvido pela fundação. Caso a fundação não seja capaz de resistir ao empuxo, pode-se optar pela utilização de um tirante que impedirá o movimento de “afastamento” dos apoios. O inconveniente de usar o tirante está que este pode vir a ocupar um espaço que deveria estar liberado para a utilização. A solução neste caso é colocar o tirante no nível das fundações, de forma que fique no subsolo da edificação. Há situações onde é possível tirar partido da utilização de tirantes. No caso de pontes, os sistemas em arco podem apresentar duas configurações diferentes, conforme a posição relativa do tabuleiro da ponte esteja acima ou abaixo do arco. • Se o tabuleiro está acima do arco, as cargas do tabuleiro são transmitidas por montantes até ao arco e o empuxo horizontal é transmitido às fundações. • Se o tabuleiro está abaixo do arco, as cargas estão “penduradas” no arco por pendurais. O equilíbrio dos empuxos horizontais pode ser garantido pelo uso de tirantes que estejam embutidos no tabuleiro. Quanto à vinculação, os arcos podem apresentar extremidades rotuladas ou engastadas: Grupo de Experimentação e Análise de Estruturas - GRUPEX Colaboração: Programa de Educação Tutorial - PET