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O ser humano é livre?


      Quando faço esta pergunta para os meus amigos 95% deles, sem hesitar,
dizem: Sim. Quando pergunto, o que significa livre-arbítrio, a maioria deles
responde: “livre-arbítrio é decidir fazer o que você quiser com a sua vida.” Quando
eu pergunto se eles podem fazer o que querem da sua vida eles respondem: tudo.
Então lhes propus um desafio.
      Você escolheu a Deus? Eles respondem: “não a Bíblia diz que foi Ele que nos
escolheu.” Eu pergunto: você escolheu a família na qual você iria nascer? Eles
respondem: “não escolhemos”. Eu pergunto: você escolheu a cor do cabelo que
você nasceu? Eles respondem: “não escolhemos”.
      Eu insisti em perguntar: você escolheu o prefeito da sua cidade? Eles
respondem: “votei no que perdeu!” Eu pergunto: os amigos que você tem, foi você
que escolheu? Eles respondem: “não, sou amigo daquelas pessoas que cresci onde
moro, na escola que estudo.” Eu pergunto novamente: você escolheu a escola que
você gostaria de estudar? Eles respondem: “não, foram meus pais que escolheram.”
      Eu então pergunto uma última vez: você é livre para decidir o que, então?
Silêncio.O que é livre-arbítrio então? Uma coisa ridícula. Não existe livre-arbítrio. Se
não podemos escolher coisas tão simples como as que mencionei, quanto menos
temos a possibilidade de dizer: “Deus, eu te escolhi.”


Como a Bíblia entende o livre-arbítrio?


      Primeiro, não existe esta palavra em nenhuma parte da Bíblia. O que há
claramente é a disposição do ser humano em relação a Deus antes e depois do
pecado. Para a Bíblia a pergunta: “O homem tem livre-arbítrio?” Possui três
respostas: Sim, Não, Mais ou menos. Deixa eu explicar.


Sim, Não, Mais ou menos!


      Sim. O homem já teve total liberdade, ele poderia escolher e viver em plena
liberdade para trabalhar, para relacionar-se com sua esposa e viver sua vida com
Deus de maneira livre e desimpedida. Liberdade originalmente – diferente do que a
maioria   pensa    –   era   experimentada     não    na   independência,     mas    na
interdependência. Enquanto ele foi livre, era conectado com o mundo, com sua
esposa e com Deus.
      Após seu pedido de independência a Deus, o de optar não mais pela “livre
dependência”, mas pela liberdade de “viver do seu jeito”, o homem perde sua
conexão trabalhista prazerosa com a terra, vive em conflitos com sua esposa, e em
vez de se conectar com Deus, ele simplesmente se esconde. Eis onde a tão
esperada liberdade (viver do jeito que quiser) nos levou: morte. Morte da satisfação
no trabalho, no outro e em Deus.
      Por isso, Não. O homem não tem mais o livre-arbítrio. Em outras palavras, ele
não mais tem a disposição natural de escolher não brigar, de escolher não se irar,
de escolher não cobiçar, de escolher a ofensa. Como já disse Scott Price: “Se o
adepto da teoria do 'livre-arbítrio' está tão impressionado com seu livre-arbítrio, por
que ele não o usa para parar de pecar?"
      Acabou. Não somos livres. O ser humano pensa que é livre para fazer o que
lhe agrada, porém o que lhe agrada é determinado por motivos dos quais ele não é
mais senhor. A Bíblia é tão clara neste ponto que cunhou um termo para defini-lo
melhor: estamos mortos em nossos pecados (mortos em nosso grito de
independência de Deus), isso é o que diz Paulo em Efésios 2.1.
      A terceira resposta, no entanto, é mais animadora: Mais ou menos! Quem
recebe a Cristo como Senhor de sua vida recebe novamente o direito de escolher
por sua livre vontade. Como isso funciona? É como se Deus fizesse uma cirurgia
dentro de nós: substituir um coração de pedra (morto) por um coração de carne. E
aqui o óbvio: é algo que só Deus pode fazer, o ser humano não participa desta
cirurgia, porque simplesmente ele é o “operado”.
      Porém, depois da cirurgia, podemos respirar e bombear o nosso próprio
sangue mesmo que não plenamente. Por isso, somos (quem está em Cristo) mais
ou menos livres. Já podemos escolher o bem e rejeitar o mal, mas nem sempre.
Em Cristo somos como defuntos vivificados, pois não há nenhuma necessidade que
não possa ser suprida por Jesus; não há vazio no coração que Cristo não possa
encher: não há um ermo que Ele não possa povoar, não há deserto que Ele não
possa fazer florescer como a rosa.
      Se podemos realizar algum ato voluntário de bondade ou algum desejo por
Deus, não hesitemos em dizer: “nós amamos, porque Ele nos amou primeiro.”

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O livre-arbítrio segundo a Bíblia

  • 1. O ser humano é livre? Quando faço esta pergunta para os meus amigos 95% deles, sem hesitar, dizem: Sim. Quando pergunto, o que significa livre-arbítrio, a maioria deles responde: “livre-arbítrio é decidir fazer o que você quiser com a sua vida.” Quando eu pergunto se eles podem fazer o que querem da sua vida eles respondem: tudo. Então lhes propus um desafio. Você escolheu a Deus? Eles respondem: “não a Bíblia diz que foi Ele que nos escolheu.” Eu pergunto: você escolheu a família na qual você iria nascer? Eles respondem: “não escolhemos”. Eu pergunto: você escolheu a cor do cabelo que você nasceu? Eles respondem: “não escolhemos”. Eu insisti em perguntar: você escolheu o prefeito da sua cidade? Eles respondem: “votei no que perdeu!” Eu pergunto: os amigos que você tem, foi você que escolheu? Eles respondem: “não, sou amigo daquelas pessoas que cresci onde moro, na escola que estudo.” Eu pergunto novamente: você escolheu a escola que você gostaria de estudar? Eles respondem: “não, foram meus pais que escolheram.” Eu então pergunto uma última vez: você é livre para decidir o que, então? Silêncio.O que é livre-arbítrio então? Uma coisa ridícula. Não existe livre-arbítrio. Se não podemos escolher coisas tão simples como as que mencionei, quanto menos temos a possibilidade de dizer: “Deus, eu te escolhi.” Como a Bíblia entende o livre-arbítrio? Primeiro, não existe esta palavra em nenhuma parte da Bíblia. O que há claramente é a disposição do ser humano em relação a Deus antes e depois do pecado. Para a Bíblia a pergunta: “O homem tem livre-arbítrio?” Possui três respostas: Sim, Não, Mais ou menos. Deixa eu explicar. Sim, Não, Mais ou menos! Sim. O homem já teve total liberdade, ele poderia escolher e viver em plena liberdade para trabalhar, para relacionar-se com sua esposa e viver sua vida com Deus de maneira livre e desimpedida. Liberdade originalmente – diferente do que a maioria pensa – era experimentada não na independência, mas na
  • 2. interdependência. Enquanto ele foi livre, era conectado com o mundo, com sua esposa e com Deus. Após seu pedido de independência a Deus, o de optar não mais pela “livre dependência”, mas pela liberdade de “viver do seu jeito”, o homem perde sua conexão trabalhista prazerosa com a terra, vive em conflitos com sua esposa, e em vez de se conectar com Deus, ele simplesmente se esconde. Eis onde a tão esperada liberdade (viver do jeito que quiser) nos levou: morte. Morte da satisfação no trabalho, no outro e em Deus. Por isso, Não. O homem não tem mais o livre-arbítrio. Em outras palavras, ele não mais tem a disposição natural de escolher não brigar, de escolher não se irar, de escolher não cobiçar, de escolher a ofensa. Como já disse Scott Price: “Se o adepto da teoria do 'livre-arbítrio' está tão impressionado com seu livre-arbítrio, por que ele não o usa para parar de pecar?" Acabou. Não somos livres. O ser humano pensa que é livre para fazer o que lhe agrada, porém o que lhe agrada é determinado por motivos dos quais ele não é mais senhor. A Bíblia é tão clara neste ponto que cunhou um termo para defini-lo melhor: estamos mortos em nossos pecados (mortos em nosso grito de independência de Deus), isso é o que diz Paulo em Efésios 2.1. A terceira resposta, no entanto, é mais animadora: Mais ou menos! Quem recebe a Cristo como Senhor de sua vida recebe novamente o direito de escolher por sua livre vontade. Como isso funciona? É como se Deus fizesse uma cirurgia dentro de nós: substituir um coração de pedra (morto) por um coração de carne. E aqui o óbvio: é algo que só Deus pode fazer, o ser humano não participa desta cirurgia, porque simplesmente ele é o “operado”. Porém, depois da cirurgia, podemos respirar e bombear o nosso próprio sangue mesmo que não plenamente. Por isso, somos (quem está em Cristo) mais ou menos livres. Já podemos escolher o bem e rejeitar o mal, mas nem sempre. Em Cristo somos como defuntos vivificados, pois não há nenhuma necessidade que não possa ser suprida por Jesus; não há vazio no coração que Cristo não possa encher: não há um ermo que Ele não possa povoar, não há deserto que Ele não possa fazer florescer como a rosa. Se podemos realizar algum ato voluntário de bondade ou algum desejo por Deus, não hesitemos em dizer: “nós amamos, porque Ele nos amou primeiro.”