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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Florianópolis,
com visual de uma das 42 de suas belas praias (Imagem: Praia da Ilha do Campeche)
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.345 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 2 de março de 2017
Bloco 1-IrRui Bandeira – A Integração do Aprendiz
Bloco 2-IrJoão Anatalino Rodrigues – O Poder do Nome de Deus
Bloco 3-IrValdemar Sansão – O Verdadeiro Sucesso (Maçonaria em Gotas XXIV)
Bloco 4-IrCharles Evaldo Boller –A Chave de Hiram
Bloco 5-IrCleverson Julião – As Liberdades de Consciência e Pensamento no Rito.... (republicação)
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas (com doze respostas)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 2 de março e hoje com versos do Irmão e Poeta
Raimundo August o Corado (Barreiras – BA)
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 2/39
Ir Rui Bandeira
Obreiro da R. L. Mestre Affonso Domingues, n.º 5
da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP.
Escreve às quintas-feiras neste espaço.
Este e outros artigos de sua autoria
podem ser lidos no blog
http://a-partir-pedra.blogspot.com.br
A Integração do Aprendiz
Terminada a Cerimónia de Iniciação, começa de imediato o importante capítulo
da integração do novo Aprendiz. Em bom rigor, essa integração tem já início no
decorrer da própria Cerimónia de Iniciação. Mas disso, quase de certeza, não
tem o novo Aprendiz consciência. Porventura, de tal se aperceberá (muito) mais
tarde, quando, já completamente integrado, rememorar sua vida maçónica.
A Maçonaria organiza-se essencialmente em Lojas, grupos de maçons com
ampla autonomia - mas estrita convergência de princípios -, que cooperam no
aperfeiçoamento individual de cada um. A integração de um novel Aprendiz na
Maçonaria corresponde, assim, à integração na Loja que o acolhe, no grupo de
que passa a ser mais um participante.
Essa integração ocorre mediante um processo com dois sentidos: depende do
esforço e da atuação da Loja perante o novo Aprendiz, mas também só é bem
sucedida através da conduta e do posicionamento deste em relação à Loja.
Ao integrar um novo elemento, desconhecedor de muitas das idiossincrasias da
realidade a que se juntou, a Loja, enquanto grupo, e cada um dos seus obreiros,
individualmente, devem ter presente que essa transição é um processo de
delicado equilíbrio: o novo elemento tem a categoria de Aprendiz, em sinal de
que muito tem de aprender, no confronto e com o apoio dos mais antigos, mas
deve ser, só pode ser, é, tratado num plano de estrita Igualdade com os demais
membros da Loja; o novo Irmão é recebido com toda a afabilidade e
familiaridade, mas deve ser, só pode ser, é, tratado com pleno e integral respeito
da sua personalidade, da sua privacidade; o novo Aprendiz passa a dispor de
um método de formação, de uma panóplia de conhecimentos, de um conjunto
de ensinamentos e valores que lhe são relembrados, mas deve ser, só pode ser,
é, respeitado na sua individualidade, nas suas escolhas, no seu pensamento,
tudo se lhe facultando, nada se lhe impondo.
A integração de um novo elemento numa Loja não ocorre através do ensino
àquele do que esta é; processa-se através da aprendizagem por ele dessa
realidade. A Maçonaria não se ensina - aprende-se! Em Maçonaria, nada se
impõe, tudo, desde que conforme aos seus princípios essenciais, se aceita. Em
Maçonaria, não há interpretações ou pensamentos certos ou errados, e muito
1 – A Integração do Aprendiz
- Rui Bandeira
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 3/39
menos únicos. Em Maçonaria o pensamento individual, a crença de cada um,
são integralmente respeitados e a diversidade é encarada como uma riqueza
para o conjunto. A integração de um novo maçom na Loja, consequentemente, é
um processo que deve ser, só pode ser, é, efetuado no pleno respeito da
individualidade, da personalidade, das características, do novo elemento.
Individualidade, personalidade e características que, juntando-se às que já
existem no grupo, o enriquecem, o fortalecem, o diversificam, enfim, o
melhoram.
Os maçons gostam de dizer que a Maçonaria pega em homens bons e fá-los
melhores. Mas a inversa também é verdadeira: a integração bem feita, no
respeito da individualidade do novo elemento, no grupo, na Loja, faz com que
esse homem bom torne a Maçonaria melhor! Qualquer dessas melhorias ocorre
naturalmente: não é a Loja que melhora o novo maçom - é este que se
aperfeiçoa, no confronto com seus pares, com os princípios morais com que
mais assiduamente se depara; a Loja, por seu turno, enriquece-se, melhora,
cresce, qualifica-se, em função das melhorias, dos aperfeiçoamentos, de todos
os seus elementos, recentes e mais antigos, quaisquer que sejam os seus graus
e qualidades. Gera-se assim um círculo virtuoso em que o indivíduo beneficia do
grupo para se aperfeiçoar e aperfeiçoa o grupo em virtude da sua própria
melhoria.
A integração de um novo Aprendiz não é, assim, um mero processo de
enquadramento. É uma verdadeira essencialidade da Loja. A integração do novo
Aprendiz é o fermento que faz crescer a valia do grupo, é o cimento que liga a
Loja, é o mástique que confere flexibilidade ao conjunto.
Uma Loja demasiado tempo sem Aprendizes é uma Loja estéril, um grupo sem
perspetivas de futuro risonho. Será porventura constituída por muito Sabedores
Mestres, por Fortes temperamentos, mas faltar-lhe-á a Beleza do
acompanhamento dos esforços de quem ainda só sabe soletrar a Maçonaria, o
estímulo dos seus progressos, a lembrança de que o esforço de aprendizagem,
de aperfeiçoamento, não acaba com a ascensão à Mestria, não cessa com a
experiência, não acaba com a antiguidade.
A integração bem feita de um novo Aprendiz não é pois apenas importante para
este: é intrinsecamente uma necessidade vital da Loja. É por isso que nenhuma
Loja maçónica se pode dar ao luxo de não providenciar pela correta integração
dos seus Aprendizes, não pode cometer o desperdício de os abandonar à sua
sorte e aos acasos do seu desacompanhamento. E, se porventura, se der a esse
luxo, se cometer esse desperdício, virá a pagar bem caro esse desmazelo!
Uma Loja maçónica não vive só para os seus Aprendizes, mas vive também, e
muito, para eles. Porque o esforço de acompanhamento destes cimenta a
unidade do grupo; porque a formação destes melhora a do grupo; no fundo,
porque não são só os Aprendizes que aprendem com a sua Loja - esta também
aprende, e muito, com aqueles.
Rui Bandeira
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 4/39
O Irmão João Anatalino Rodrigues,
é palestrante, escritor e colunista do
JB News. Outorgado com a
Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
Escreve às quintas-feiras e domingos.
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
ESTUDOS MAÇÔNICOS:
O PODER DO NOME DE DEUS
A Cabala, da mesma forma que a tradição hermética, também trabalha com o axioma segundo
o qual o que está em cima é mesmo que está em baixo, o que está fora é o mesmo que está dentro.
Assim, o homem e o universo compartilham do mesmo desenho estrutural e o seu
desenvolvimento, enquanto ser co-partícipe da Criação universal, segue
o mesmo plano que o Criador concebeu para a construção do mundo
material. É nessa conformidade que a tradição cabalística sustenta que o
corpo humano é um reflexo do cosmo, sendo o homem um
microcosmo, enquanto o universo é o macrocosmo.
Além de mostrar o universo sendo construído como se fosse um
edifício, perfeitamente planejado e com uma finalidade bem definida, a
Árvore da Vida cabalística também representa o corpo esotérico do
homem do céu, na Cabala chamado de Adam Qadmon, arquétipo
celeste do homem da terra. É como a ele se refere a Siphra Ditzeniovtha (O Livro do Mistério
Oculto, parte do Zhoar):“Por isso está dito: IShRTzV (Yesratzu): Deixai-os dar e se reproduzir
abundantemente; eles têm movimento vital; e a primeira forma é, por sua vez, incluída na outra
forma; o vivente superior, o vivente inferior; o bem vivente, o mal vivente. E também está escrito (
Gênesis 1:26): E os Elohins disseram: façamos o homem.” Mas não se escreveu HADM ( Ha-
Adam) “este homem”, mas simplesmente Adam, em antítese ao Altíssimo Uno, que foi feito no
Nome Perfeito”.[1]
2 – Estudos Maçônicos: O Poder do Nome de Deus
João Anatalino Rodrigues
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 5/39
Esse enigmático texto sugere que o homem não foi criado a partir de uma
imagem direta de Deus, mas sim como uma projeção angélica da sua essência,
manifesta no mundo físico. Essa projeção é chamada na Cabala de Elohins. Por isso
temos a expressão bíblica no plural “façamos o homem à nossa imagem e
semelhança.” Destarte, segundo essa visão, o homem simples do mundo material é
só um reflexo do Homem Arquetípico, Adam Qadmon, aquele que foi criado
segundo a imagem angélica. E nesse mesmo sentido, a Cabala diz que “ quando o
primeiro foi aperfeiçoado, também seu reflexo foi aperfeiçoado; mas aperfeiçoado como homem e
mulher, para a perfeição de todas as coisas”.[2]
Assim, o homem não foi feito á imagem e semelhança do próprio Deus, mas sim á imagem do
Elohim, do qual é um reflexo animado pelo sopro vital, enquanto o Elohim, este sim, é a classe
dos arcanjos que foram feitos através da conjugação das letras do Nome Inefável.[3]
Essa visão é interessante porquanto um dos ensinamentos que a Cabala nos dá é o de que Deus
constrói o mundo com três atributos da sua Essência, que são a Luz, o Som e o Número. Essas
seriam a “matéria prima” com as quais o universo e tudo que nele há é feito. A luz é a sua
Energia, que se manifesta no nada cósmico e dá substância ao universo real. Na visão da Bíblia,
essa energia é a luz que sai das trevas; na visão da ciência, temos o big-bang, a energia expulsa na
explosão inicial, acelerada na velocidade da luz, que se converte em massa, conforme a equação
de Einsten (E=mc²).
O Som é o seu Nome Inefável, Palavra Sagrada que poucos iniciados conhecem, mas que é
indispensável para que tudo aconteça. É através dessa Palavra que as potências (as leis naturais)
atuam, formatando a realidade existente no mundo. Dai a importância que a Cabala e as doutrinas
místicas, de um modo geral, conferem á alegoria do Nome Inefável de Deus.[4] E também a
verdadeira fobia que os povos do Oriente tinham pelo significado dos nomes, pois este designava,
segundo antigas crenças, a quantidade de luz presente na alma do indivíduo.
Assim, Iavhé (Jeová), o primeiro nome de Deus em sua manifestação no mundo da existência
positiva, era chamado de Luz Infinita (AinSoph). Com base nessa premissa, há cabalistas que
explicam o fato de algumas pessoas serem mais inteligentes (ou iluminadas) que outras, já que
seus nomes, por atraírem mais atributos de luz, lhes confere essa qualidade. Isso porque, segundo
essa crença, todas as almas tem um nome de origem, que não é o nome que lhes é dado na terra,
mas sim o que é obtido pelo seu valor numeral. Este só pode ser descoberto com o uso da técnica
da guematria. Por isso, saber quanto vale numericamente o próprio nome é o mesmo que
determinar o seu valor na escala da espiritualidade.[5]
O Número é o elemento de organização do universo. Através dele e das formas geométricas,
Deus, pelas mãos dos seus arcanjos construtores dá sentido, organização e forma ao mundo real.
Esses três atributos da Divindade estão representados nas três primeiras séfiras da Árvore da Vida:
Kether (Luz), Chokmah (Som), Binah (Número, Geometria). As outras sete séfiras da Árvore são
consequência da ação coordenada dessas desses três princípios que se unem, como numa trindade
sagrada, para produzir toda a realidade existente. Esse processo se repete também no corpo físico
e espiritual do homem, porquanto, como vimos, ele não é mais que um reflexo do próprio
universo
A visão cabalística da criação do homem é uma ideia que está mais consentânea com a própria
crença do povo de Israel, pois um dos pressupostos fundamentais da religião judaica é que Deus
não tem forma nem seu verdadeiro Nome é conhecido pelos homens. Razão pela qual nenhuma
imagem sua poderia ser reproduzida, nem o seu verdadeiro nome ser pronunciado em vão. Esses,
aliás, constituíam dois dos mais severos mandamentos do Decálogo, e quem os violasse era
punido com a morte mais horrível.[6]
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 6/39
Destarte, dizer que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus constituiria uma grande
incoerência que os sábios de Israel jamais cometeriam, já que nem eles mesmo sabiam qual seria a
imagem de Deus. E é nesse mesmo sentido que Jesus ensina que Deus é Espírito e como tal deve
ser adorado, pois Ele não pode ser conhecido em sua essência, mas apenas em suas manifestações.
Essa tradição cabalística, que também é encontrada entre os adeptos da Gnose e da Teosofia,
sustenta que Adão, o “homem da terra”, foi feito conforme o modelo do “homem do céu”,
conhecido como Adão Kadmon. Esse “modelo” seria inspirado na própria imagem dos arcanjos
Elohins, estes sim, semelhantes ao homem em sua forma.
Por isso é que o Livro da Criação (Bereschit), ao se referir á criação do mundo diz “ Bereschit
bara Elohim...” (No começo os Elhoim criaram...). Isso quer dizer que o mundo físico, e por
consequência, o homem, não é exatamente uma criação direta de Deus, mas sim resultado de uma
manifestação Dele no mundo da Ação (o mundo de Assiah),. Com efeito, essa ideia vem expressa
no Zhoar quando diz que "...se o mundo tivesse sido obra da essência divina chamada Jehováh,
tudo nesse mundo teria sido indestrutível; mas como o mundo é obra da essência divina chamada
Elohim, tudo está sujeito à destruição; e é por isso que a Escritura diz : "Vinde e vede as obras de
Elohim que estão sujeitas à destruição (schamoth) sobre a terra" (...) "Rabbi Isaac disse: (...) se o
mundo tivesse sido criado pelo nome de misericórdia, isto é, pelo nome de Jehovah, todo o mundo
teria permanecido indestrutível; mas como o mundo foi criado pelo nome do rigor, isto é, pelo
nome de Elohim , tudo é perecível nesse mundo" (Zohar, I,58,b).[7]
É nesse sentido que o rabino Yehuda Berg ensina: Elhoim não é Deus absoluto, o Princípio
Criador. É uma manifestação secundária dele. Equivale ao que chamamos de Natureza. Em
hebraico Elohim se escreve ,‫אלהים‬cuja correspondência numeral é 86. A palavra
natureza também tem essa equivalência em hebraico pois se escreve (‫ַנ‬‫ט‬ ‫ּו‬‫ָזֶר‬‫ה‬) que é
igual á 86, razão pela qual Elohim é a própria natureza em ação. [8]
Conclui-se pois, que Elohim é o “Espírito da Natureza”, que integra tudo que
nela existe como essência ou energia, transformada em vida. Por isso na tradição
cabalística se diz que Elohim fez o homem modelando-o do “barro da terra” e conforme a sua
própria imagem. Nessa fórmula está a razão de o homem só encontrar o seu verdadeiro equilíbrio
(e saúde) quando está verdadeiramente integrado com o meio em que vive, ou seja, a mãe
Natureza, ou Mãe-terra.
Essa é a razão de o espírito humano ter desenvolvido os festivais chamados de Antigos
Mistérios. Trata-se de uma memória ancestral, uma informação posta no próprio DNA do ser
humano, uma razão psíquica que justifica a realização desses cultos e o motivo de eles
remanescerem como arquétipo no Inconsciente Coletivo da Humanidade. Eles funcionam como
uma forma de ligação entre os homens e os deuses. [9]
Outra metáfora cabalística sugere que o Elohim (manifestação divina equivalente á natureza) é
uma espécie de CPU cósmica que nos fornece a inspiração para todo o nosso substrato psíquico.
Nessa CPU, todo o plano cósmico e todo conhecimento passível de ser transmitido ao homem está
registrado. Ela já foi chamada de Mente Universal ou Alma Mundi, ou seja, a energia
espiritualizada que alimenta a vida espiritual do cosmo. Por isso se diz que as nossas ideias não
são geradas do nada, mas sim, como dizia Platão, elas provém dos “universais”, formas
incorpóreas, ideais, que existem independentemente do pensamento humano, mas que o
influenciam e lhes fornecem a matéria prima que formata a nossa vida psíquica. Essas “formas”
universais, diz Platão, vêm do mundo dos deuses.
Na tradição religiosa do antigo Egito, essa “corrente energética” que vem do céu para a terra e
volta da terra para o céu era chamada de Maat.[10] Na visão da Cabala essa idéia é representada
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 7/39
na forma de uma corrente de fluxo e refluxo de energia, que alimenta a “Mente Coletiva” da
humanidade e dela recebe os influxos do conhecimento.
É algo análogo á noção de Jung sob a existência de um Inconsciente Coletivo da Humanidade,
onde todas as noções que dão alento á nossa vida psíquica estão hospedadas sobre a forma de
arquétipos. Na filosofia de Teilhard de Chardin um interessante paralelo dessa ideia pode ser
encontrada na sua noção acerca da existência de uma camada de pensamento que aureola a terra e
lhe fornece o estofo para a sua atividade psíquica. É a camada que ele chama de Noosfera.
A esse propósito, é interessante registrar o pensamento desse formidável pensador pois ele
revela uma formulação lógica desse processo que integra toda a mística e a ciência que já se
revelou sobre esse tema: “ Por termos reconhecido e isolado, na história da Evolução a nova era
de uma Noogênese”, escreve ele, “ei-nos forçados, correlativamente, a distinguir, na majestosa
ordenação das folhas telúricas, um suporte proporcionado á operação, quer dizer, uma
membrana mais. Em volta da centelha das primeiras consciências reflexivas, os progressos de um
círculo de fogo. O ponto de ignição se alargou, O fogo ganha terreno. Finalmente a
incandescência cobre todo o planeta. Uma só interpretação, um só nome se acham á medida
desse grande fenômeno (...) a camada “pensante” que, após ter germinado em fins do Terciário,
se expande desde então por cima do mundo das plantas e dos animais: fora e acima da Biosfera,
uma Noosfera.[11]
Ainda citando Teilhard de Chardin, em se tratando do fenômeno da vida, “é o próprio tecido
das relações genéticas que, uma vez desdobrado e erguido, desenha a Árvore da Vida”.[12]
E nesse sentido podemos acrescentar á essa visão o ensinamento cabalista segundo o qual é
pela sua própria vontade que Ele (Deus), através do Nome Sagrado (IHVH), se manifesta
positivamente no mundo. Esse é o segredo do big-bang, identificado pela ciência e revelado pela
Cabala. Eshad U’ Shemohu (Ele e seu Nome são Um) onde a palavra-nome (shemot, )‫שמות‬
equivale a 346, o mesmo valor numeral de desejo, vontade, (‫חלום‬ ) que também equivale a
346.[13] Tudo é Deus, tudo vem de Deus, tudo se consuma em Deus.
Destarte, a verdadeira sabedoria está no culto á Luz, na pesquisa do Nome Inefável e no estudo
do número e das formas, ou seja, a Geometria. Visto dessa forma começa a fazer sentido as lições
que a tradição maçônica nos transmite em seus rituais.
Todavia, essa visão só desvela aos olhos do espírito, como dizia o profeta Isaias.
[1] A Kabbalah Revelada, Madras, 2011
[2] Idem, pg. 104
[3] Elohim é um dos dez nomes de Deus, que estão relacionados ás dez manifestações Dele no mundo real, correspondentes á cada
uma das séfiras da Árvore da Vida. É também uma das dez Ordens angélicas que presidem a construção do mundo, sendo a
imagem dos arcanjos dessa Ordem o molde segundo o qual o homem foi criado. Por isso a Bíblia diz: “ criemos o homem á nossa
imagem e semelhança”.
[4] Na tradição maçônica, a alegoria do Nome Inefável de Deus cumpre uma importante etapa doutrinária..
[5] Henry Seroya, A Sabedoria da Cabala, pg 46.
[6] A idolatria (fabricar e adorar estátuas e figuras de deuses) e a blasfêmia (tomar o nome de Deus em vão), constituíam crimes
tão graves na antiga legislação hebraica, que eram punidos com a morte por apedrejamento.
[7] A Kabballah Revelada, op citado. Pg. 83
[8] O Poder da Cabala- Ed. Imago, 2010
[9] A Maçonaria adotou uma variante desse culto no desenvolvimento do curioso Drama de Hiram Abiff.
[10] Maat, na religião dos antigos egípcios era a deusa da Justiça, aquela que ligava o céu á terra, levando para o céu as
manifestações psíquicas dos homens e trazendo do céu a resposta que os deuses davam á elas.
[11] Teilhard de Chardin- O Fenômeno Humano, pg. 197
[12] Idem, pg. 197
[13] O Poder da Cabala- citado, pg 87
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MENSAGEM DO DIA – MAÇONARIA EM GOTAS (XXIV)
Valdemar Sansão
Dia 26 de fevereiro
O VERDADEIRO SUCESSO
“O primeiro requisito para o sucesso é a habilidade de aplicar incessantemente suas
energias físicas e mentais a qualquer problema, sem se cansar” - Thomas Edison.
Sucesso - A Maçonaria tem como objetivo levá-lo à
conquista do êxito. Ensina como você pode aumentar sua
vitalidade, sua capacidade de pensar e agir, seu sucesso, sua
saúde emocional, física e mental. Comer bem é importante,
mas se a pessoa não consegue dormir por estar estressada, a
proposta de alimentação saudável não despertará interesse.
Mostra como você pode utilizar as suas grandes e naturais
fontes de resistência, suas reservas físicas e psicológicas e
começar assim uma vida nova, plena de realizações.
Para conseguir tão almejado êxito, você terá que, em
primeiro lugar, estabelecer um rumo, traçar um objetivo. Tudo
começa com coisas pequenas. É agradável, essencial
mesmo, sonhar grandes sonhos, mas a esperança não brota
só de sonhos. A ação é imprescindível.
A vida sorri apenas àqueles que lutam e se preparam para vencer. Para vencer, entretanto, não basta
uma aspiração vaga, o sonho impreciso, mas o anseio ardente, tenaz, de atingir um objetivo previamente
determinado. Lute pelo seu sucesso, pelo seu êxito, mesmo que isso lhe custe grande esforço. Ninguém é
mais forte do que você. Controle seus atos e sua maneira de ser. Uma verdade irrefutável ressalta em toda
a economia da vida humana: é a de que o homem tem que lutar. É na ação construtiva, é pela luta que o
ser humano encontra satisfação para as suas necessidades e as suas grandes esperanças. Ninguém
jamais conseguiu tornar-se forte no alheamento, na inatividade.
Destino, Sorte ou Acaso – Não existe sorte ou acaso. O destino do homem está em suas mãos. A vida
só dá a liberdade, a alegria, o triunfo, aos que conhecem as regras da luta. Preparado, o homem adquire
essa capacidade. Deve lutar para a conquista da coragem, da vontade firme, deve ser honesto,
magnânimo, digno. Nunca bajular ou mentir, nunca se acovardar frente à adversidade, nunca abusar dos
mais fracos, nunca transigir com o erro, com o vício, nunca ceder à adversidade, nunca tentar curvar a
natureza à vontade do homem, nunca temer olhar o mundo de frente.
Conselhos – Apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos, já dando, a quem quer que seja,
aqui vão mais alguns que julgo valiosos:
Primeiro conselho: - Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame o seu ofício com todo
coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência.
Quem pensa só em dinheiro não consegue ser grande coisa, nem sequer ser um grande bandido, nem
mesmo um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou seis milhões de judeus por dinheiro.
Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.
Segundo conselho: Viver numa terra trágica é o mesmo que num tempo trágico. Nesta terra e neste
tempo trágicos, recordo a propósito disso, de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre
uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário mexicano. O milionário vendo-a
tratar daqueles leprosos, disse: Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum do mundo”. E ela respondeu:
“Eu também não, meu filho”.
Não diga que não pode trabalhar em benefício dos outros. Quantos mudos dariam uma fortuna para
poderem falar como você! Quantos paralíticos suspiram pelos passos que você pode dar! Quantos
milionários lhe entregariam suas riquezas, para terem um décimo da Fé que você tem!
3 – O Verdadeiro Sucesso – Maçonaria em Gotas (XXIV)
Valdemar Sansão
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 9/39
Não diga que não pode trabalhar! Distribua os bens que Deus lhe concebeu, em gestos de bondade e
palavras de carinho.
Terceiro conselho: é preferível o erro à omissão, o fracasso ao tédio; o escândalo, ao vazio. Porque já
vimos grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, o não
fazer, o remanso. Tenha a consciência que cada homem foi feito para fazer história. Que o homem é um
milagre e traz em si uma revolução. Foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e
mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações em uma mão e uma caixa de possibilidades na
outra. Não passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas
pessoas que vivem a dizer: eu não disse!; Eu já sabia!
Quando discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem
mais; pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.
Quarto conselho: O homem não sabendo de onde vem, se crê mais do que não o é; não sabendo para
onde vai, concentra todo o seu pensamento sobre a vida terrestre; ele a vê tão agradável, quanto possível;
quer todas as satisfações, todos os prazeres.
A Liberdade, ele a quer para si, e não concede, aos outros, senão quando ela não leve nenhum
prejuízo às suas prerrogativas; a Igualdade daria a outros direitos que quer ter sozinho; a Fraternidade lhe
imporia sacrifícios que estariam em detrimento de seu bem-estar.
A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base do respeito à personalidade, à justiça,
à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema “Liberdade, Igualdade
e Fraternidade”, com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas.
Supondo-se a maioria dos homens imbuída desses sentimentos, podem-se imaginar as modificações
que trariam às relações sociais? Caridade, Fraternidade, Benevolência para com todos e para com tudo.
Tolerância para com todas as crenças, tal será a sua divisa. É o objetivo para o qual tende a Humanidade,
o objeto de suas aspirações, de seus desejos, sem que se dê muita conta dos meios para realizá-los: ela
ensaia, tateia, mas se detém pelas resistências ativas ou pela força de inércia de muitos e dos preconceitos
das crenças estacionárias e refratárias ao progresso. São essas resistências que é preciso vencer, e essa é
a obra da nossa Sublime Ordem; seguindo o curso atual das coisas, reconhecer-se-á que tudo parece
predestinado a lhe abrir o caminho; tem para ela o duplo poder do número e das ideias, e além disso a
experiência do passado.
O Verdadeiro Sucesso - Há alguns anos, nas Paraolimpíadas (Olimpíadas Especiais) de Seattle, nove
participantes com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros
rasos. Ao sinal, todos partiram não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si,
terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e
começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro; diminuíram o passo e olharam para trás. Então, eles
viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no
garoto e disse: “Pronto, agora você vai sarar”. E todos os nove competidores deram os braços e andaram
juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as
pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje.
Por quê? Por que lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar
sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo
e mudar o curso.
Conclusão – A qualidade de Irmão, aplicada a todos os Obreiros de uma Loja maçônica compreende
uma afinidade desde aquele que, detendo-se na superfície, nele não se vê senão um passa tempo de
curiosidade; até aquele que procura concordância com as leis universais, e suas aplicações aos interesses
gerais da Humanidade; enfim desde aquele que vê apenas um meio de exploração em seu proveito, até
aquele que haure os elementos de sua própria melhoria moral.
Dar-se por Maçom convicto, não indica, pois, de nenhum modo, a medida da crença; sem falar de
pessoas desagregadoras interessadas em semear discussão. Se alguém diz que ama a Maçonaria, mas
não ama seu semelhante, é mentiroso. Demonstraremos nosso amor a Deus, que não vemos, sabendo
amar as criaturas e unindo forças, que vemos e que vivem em torno de nós!
Tem palavras que chegam como um abraço. E tem abraços que não precisam de palavras!
Recebam queridos Irmãos meu fraterno abraço e desejo que alcancem O Verdadeiro Sucesso!
P.S. - Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de
pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde muitos morrem de fome e ainda se morre de
medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres não chegam a
viver como seres humanos.
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Ir Charles Evaldo Boller
Curitiba – PR –
Charleseb@terra.com.br
Textos extraídos de sua obra,
“Iluminação”
A Chave de Hiram
Considerações a respeito do livro A Chave de Hiram; implicações de
conhecimento e educação para o maçom; valor do culto e erudito para a ordem
maçônica.
4 – A Chave de Hiram
Charles Evaldfo Boller
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A leitura do livro A Chave de Hiram é visto como leitura prejudicial por pessoas que, em
razão de suas crenças, descartam a possibilidade aventada pelos autores que Jesus Cristo é
parte de linhagem real diferente da vertida pela Bíblia Judaico-cristã.
Sem entrar no mérito da veracidade e seriedade das pesquisas que culminaram na
proposta das mudanças na história da cristandade, os argumentos são válidos e consistentes
como pensamentos novos.
Que cada pessoa, debaixo da luz de seu próprio discernimento e crenças, com a visão
de sua sã racionalidade e sensibilidade, mude sua forma de pensar.
Se isto destruir dogmas absurdos é bom sinal.
Liberdade é objetivo central da Maçonaria. Significa progresso de pensamento e
conhecimento, cauteriza as chagas do obscurantismo que tanto mal promove ao longo da
história.
Educação e o conhecimento libertam!
Assim, polir a pedra é tarefa de todo maçom. Todos carecem de polidez, virtude que
marca a origem de outras virtudes. A polidez é insignificante e ao mesmo tempo importante.
Sem ela todas as outras virtudes seriam imperceptíveis. É na aparente insignificância da
polidez que reside sua importância.
Não se trata de refinada educação, tratamento impecável e boas maneiras, mas do
acolhimento de novas ideias e posturas, de mais cultura, de conhecimento.
É o que significa o polir da pedra: polidez!
O caminho da polidez é o ataque frontal, e com todas as forças mentais e psicológicas
disponíveis, ao estudo pessoal dentro da capacidade individual e, com isto, progredir em
conhecimento, desenvolver em polidez.
O maçom alcança seu objetivo quando discute algo que muda seu modo de pensar.
Debates fomentam o crescimento maçônico.
É o brunir da pedra até brilhar, ficar polida.
Ingressa-se na ordem maçônica para beneficiar-se de um sistema de incremento da
polidez, para se autoproduzir, e não apenas para ser membro do "sindicato".
E que não fique apenas em meia dúzia de autores! Que absorva bibliotecas inteiras na
tarefa de busca de polidez.
Não se restrinja a temas exclusivamente maçônicos.
Seja eclético!
É trabalho, estudo, diversão!
E não fique apenas nisso, que se coloque em uso prático o que se descobre.
Enciclopédias estão repletas de conhecimentos, mas não possuem a capacidade de colocar tal
preciosidade em ação.
Os irmãos autores do livro "A Chave de Hiram" pesquisaram e trabalharam para alicerçar
dados aceitáveis. São corajosos ao exporem seus pensamentos para a cristandade. O objetivo
dos autores não é a de semear discórdia entre maçons, mas apresentar novas ideias, novos
formatos, questionar verdades em novos ciclos de tese, antítese e síntese.
Seriam estultos se suas pesquisas estivessem baseadas em argumentação sem
sustentação histórica e científica. As comunidades acadêmicas e de pensadores os
trucidariam!
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Foi graças ao seu treinamento maçônico que eles obtiveram discernimento diferente das
comunidades acadêmicas e científicas que há tanto tempo estudam na mesma linha sem
acrescentarem novidade na área, talvez por receio de enfrentar a ira de religiosos
fundamentalistas ou mesmo da falta de visão, de insight.
Independente de o historiador não usar de "achismos", seja ele técnico e alicerce suas
reflexões em documentação de fonte segura e fidedigna, a história contada em qualquer tipo
de registro histórico contém falhas de interpretação, erros e falsidades. Não por falha do
historiador. Mesmo se a fonte estiver registrada e fartamente documentada, a redação de
evento histórico está sujeita aos ventos dos interesses de historiadores, grupos de poder,
filosofias, religiões e políticas.
Muito do que lemos e interpretamos em documentos que o tempo preservou intactos,
estão recheados de mentiras. Já falsos em sua origem.
A boa técnica exige do historiador métodos e procedimentos de correlação de fatos
passados, e por ser parte especulativa e parte assertiva, a verdade histórica absoluta é quase
impossível.
Resta duvidar sempre.
Na dúvida e na certeza, duvide!
Segundo o pensamento grego, a verdade absoluta e eterna deve presidir o pensamento
filosófico, mas até este deve ser permanentemente questionado.
O pensamento deve ser reavaliado em base permanente por eternos ciclos de tese,
antítese e síntese.
Para evadir-se da possibilidade de gerar obscurantismo é recomendada ampla abertura
para o lançamento de novas ideias, sempre as submetendo aos filtros que cada um dispõe.
Com o livro A Chave de Hiram não é diferente. Mesmo com o risco de a obra ser
construída em resultado de promoção comercial, visando lucros, em hipótese alguma aceitar o
preconceito fundamentado em crenças, dogmas, fantasias e absurdos de alguns para censurar,
refutar ou invalidar o pensamento.
A liberdade de pensamento é a coluna mestra de sustentação da Maçonaria. A pesquisa
de novas ideias não divide a Maçonaria, tal procedimento a justifica. Divisão é natural em todas
as organizações humanas, a Maçonaria não é exceção.
A proposta da Maçonaria é a de promover a tolerância para fomentar a livre investigação
da verdade, caso contrário ela é apenas mais uma simples organização filosófica.
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A Maçonaria simbólica de 1871 era vista assim por Albert Pike:
Se você ficou desapontado nos primeiros três graus da forma como os
recebeu, e se pareceu a você que o desempenho não atingiu o prometido, que as
lições de moralidade não são novas, a instrução científica é rudimentar e os símbolos
foram explicados deficientemente, lembra de que as cerimônias e lições desses
graus foram se acomodando cada vez mais no tempo, reduzindo-se e afundando na
trivialidade da memória e capacidade limitada do mestre e instrutor para o intelecto e
necessidades do iniciado; que eles vieram a nós de tempos onde os símbolos eram
usados, não para revelar, mas para esconder, quando o aprendizado simples foi
limitado a uns poucos seletos e os princípios mais simples de moralidade pareciam
verdades recentemente descobertas; e que estes antigos e simples graus estão
agora como as colunas quebradas de um abandonado templo druida, na sua rude e
mutilada grandeza; e em muitas partes, também, corrompidas no tempo,
desfiguradas por adições modernas e interpretações absurdas. Estes graus iniciais
são a entrada para o grande templo maçônico, as colunas triplas do pórtico. - Estas
colunas triplas do pórtico são os três graus simbólicos, a base, o sustentáculo de toda
a estrutura do sistema de polidez da Maçonaria. Se a Maçonaria simbólica cai na
trivialidade, as colunas de sustentação quebram e a Maçonaria Universal caminha
para a aparência de um abandonado templo druida.
A aventura continua nos graus filosóficos nos ritos que possuem tal extensão.
Não são graus superiores!
Isso é falácia!
Não distingue ninguém!
Antes, espreme o maçom debaixo de grande responsabilidade: o de tornar-se mestre
servidor.
Os graus filosóficos caracterizam-se apenas pela continuação do que deveria acontecer
no terceiro grau simbólico.
Nada mais!
O maçom que alcança ao mais alto grau de seu rito deve abandonar insígnias,
comendas e enfeites dourados, que só serviram como demarcação visível do caminho e
passagem pelos degraus da escada de Jacó, para voltar a portar apenas a mais humilde e
significativa das insígnias maçônicas: O avental do aprendiz maçom.
Assim continua e faz da arte de pensar, debater, estudar: hábito permanente de sua vida.
Chegando ao topo, volta aos graus simbólicos e filosóficos inferiores para dar
sustentação à base.
Sem alicerce a estrutura da edificação vem abaixo.
A Maçonaria cresceu vertiginosamente até a década de 1950, quando inicia sua corrosão
e aumenta a evasão.
É fenômeno universal!
A evasão acentuada ocorre em virtude da falta de desafios, de renovação do
pensamento, de acomodação, sem interesse intenso em pesquisar, ler e abrir a mente para
novos pensamentos.
Quando a divisão em novos ritos e obediências promove novas linhas de pensamentos
ela é correta. Se a razão for dividir para conquistar poder, então a instituição segue o caminho
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da estagnação, mesmice, trivialidade. Basta avaliar em qual destes caminhos cada loja segue
para determinar a capacidade de sobrevivência de seus obreiros na ordem maçônica.
A Maçonaria universal oferece amplas possibilidades ao crescimento de polidez de seus
membros, mas eles devem trabalhar arduamente a pedra.
Maçonaria é:
"Um sistema de numerosos graus, onde o ensino é permanente, não pela
palavra do presidente ou do orador, mas principalmente pelo trabalho do adepto".
Quem trabalha é o obreiro, o adepto.
Não existe a figura do professor.
Não existe cardápio pronto, receita de bolo ou varinha mágica!
Quem desenvolve polidez com auxílio de seus irmãos é o obreiro, e isto só ocorre na
convivência, em debates e produção de material intelectual escrito.
Aponta-se principalmente para a importância em manter a mente aberta para novos ou
inusitados pensamentos. Abrir portas diferentes ou novas.
A sociedade muda pela força do pensamento e da consciência.
E isto demanda trabalho!
O resultado certo é a produção duradoura de felicidade e paz para a humanidade pela
evolução do conhecimento bem utilizado.
O Grande Arquiteto do Universo ilumina os caminhos do homem que obtém sabedoria
em resultado do uso do livre-arbítrio no esforço de obter polidez e discernimento de aplicação
prática.
Bibliografia
1. COMTE-SPONVILLE, André, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, tradução: Eduardo Brandão, ISBN 85-336-0444-0, primeira
edição, Livraria Martins Fontes Editora limitada., 392 páginas, São Paulo, 1995;
1. CURY, Augusto Jorge, O Código da Inteligência, a Formação de Mentes Brilhantes e a Busca pela Excelência Emocional e
Profissional, ISBN 978-85-6030-398-4, primeira edição, Ediouro Publicações S. A., 236 páginas, Rio de Janeiro, 2008;
2. CURY, Augusto Jorge, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, A Educação de Nossos Sonhos: Formando Jovens Felizes e
Inteligentes, ISBN 85-7542-085-2, sétima edição, Editora Sextante, 172 páginas, Rio de Janeiro, 2003;
3. GOLEMAN, Daniel, Inteligência Emocional, A Teoria Revolucionária que Redefine o que é Ser Inteligente, título original:
Emotional Intelligence, tradução: Marcos Santarrita, ISBN 85-7302-080-6, 14ª edição, Editora Objetiva limitada., 376 páginas, Rio
de Janeiro, 1995;
4. HUNTER, James C., Como se Tornar um Líder Servidor, Os Princípios de Liderança de o Monge e o Executivo, título original: The
World's Most Powerful Leadership Principle, tradução: A. B. Pinheiro de Lemos, ISBN 85-7542-210-3, primeira edição, Editora
Sextante, 136 páginas, Rio de Janeiro, 2004;
5. HUNTER, James C., O Monge e o Executivo, Uma História Sobre a Essência da Liderança, título original: The Servant, tradução:
Maria da Conceição Fornos de Magalhães, ISBN 85-7542-102-6, primeira edição, Editora Sextante, 140 páginas, Rio de Janeiro,
2004;
6. KNIGHT, Christopher; LOMAS, Robert, A Chave de Hiram, Faraós, Franco-maçons e a Descoberta dos Manuscritos Secretos de
Jesus, título original: The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus, tradução: José
Rodrigues Trindade, ISBN 85-88781-085, primeira edição, Editora landemarque, 378 páginas, São Paulo, 2002;
7. PIKE, Albert, Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Prepared for the Supreme Council of
the Thirty Third Degree for the Southern Jurisdiction of the United States, Charleston, 1871.
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Ir Cleverson Julião – CIM 236636
Gr. 33º e MI da Loja Luzes de Iguabinha nr. 3073
Araruama – RJ
jvjuliao@gbl.com.br
Republicamos o artigo do Irmão Cleverson Julião, por um erro da
editoria, ao transformar o artigo recebido para DOCX.
(está no 2º. Bloco da edição JB News nr. 2343)
Segue o artigo, após a justa manifestação do autor, agora com o seu
correto título. As nossas escusas.
BOM DIA MEU AMADO IRMÃO.
EM PRIMEIRO LUGAR AGRADEÇO A PUBLICAÇÃO DE MEU ARTIGO NO
INFORMATIVO JB NEWS 2.343 DE 28/02/2017.
OCORRE QUE HOUVE UM EQUÍVOCO QUANTO AO TÍTULO E TAMBÉM NO INDICE,
O QUAL DISTORCE A SUA INTERPRETAÇÃO.
NA PUBLICAÇÃO SAIU "AS LIBERDADES DE COINCIDÊNCIA...." QUANDO NÃO É
"COINCIDÊNCIA " E SIM CONSCIÊNCIA.
PORTANTO SOLICITO, SE POSSÍVEL, INFORMAR AOS IRMÃOS LEITORES QUE O
NOME CORRETO E INTEGRAL DO ARTIGO É: "AS LIBERDADES DE CONSCIÊNCIA E
PENSAMENTO NO RITO MODERNO OU FRANCÊS NOS GRAUS SIMBÓLICOS".
JÁ OLHEI NO ORIGINAL QUE ENVIEI E LÁ O NOME SE ACHA CORRETO.
DESCULPE-ME QUANTO AO TRANSTORNO MAS ENTENDO QUE A CORREÇÃO É
NECESSÁRIA PARA INFORMAMOS AOS IRMÃOS O TITULO CERTO.
UM GRANDE TFA E ÓTIMA SEMANA. E QUE DEUS CONTINUE LHE ILUMINANDO.
CLEVERSON JULIÃO.
5 – As Liberdades de Consciência e Pensamento no
Rito Moderno ... - Cleverson Julião (Republicação)
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As Liberdades de Consciência e Pensamento
no Rito Moderno ou Francês,
nos Graus Simbólicos.
Introdução:
O presente artigo visa traçar as diferenças existentes entre a Liberdade de Consciência e a
Liberdade de Pensamento, amplamente difundidas no Rito Moderno ou Francês desde a sua
criação em Paris no ano de 1761, constituído posteriormente em 24/12/1772 e proclamado pelo
Grande Oriente de França em 09/03/1773, liberdades que embora pareçam idênticas sob a
ótica semântica e alcance, não o são. Inicia-se tendo como parâmetro a Constituição do
Grande Oriente do Brasil e, o Ritual 1o
Grau - Aprendiz Maçom em especial aquelas páginas
onde os termos objeto do estudo aparecem. Incorporamos, também, pequena parcela da
doutrina constitucional pesquisada, procurando demonstrar o elo de ligação entre esse
importante rito, suas concepções históricas e doutrinárias e, a Constituição de 1988 no que é
pertinente, in casu as liberdades em apreço . A necessidade, precedente, de explicar-se os
significados das palavras consciência e pensamento decorreu da estrutura orgânica delineada.
O uso da Palavra a Bem da Ordem em todos os graus e, a apresentação de trabalhos, em
sessões ordinárias, entregues sob a forma escrita e, se possível oral, tendo-se o cuidado de
não divagar mantendo a essência e, o conteúdo do tema, foi motivo de preocupação. No que
tange a Conclusão, demos roupagem progressista de esperança e credibilidade incontestes,
demonstrada no linear do desenvolvimento. Asseveramos sem medo de errar, que o Rito
Moderno atravessa o “túnel do tempo” incólume, sem feridas ou distorções que maculassem à
origem, revelando aos Iir:. que não o conhecem ou o aceitam, a necessidade de estudá-lo em
profundidade. Criticar sem base de fundamentação é inaceitável, pois a ignorância sob todas
as formas é sinônimo de pobreza educacional, ausência de aculturação, situação que
precisamos combater nos templos maçônicos como fora deles. -
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II – CONSTITUIÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL - TÍTULO I - DA MAÇONARIA E
SEUS PRINCÍPIOS - CAPÍTULO I – DOS PRINCIPIOS GERAIS DA MAÇONARIA E DOS
POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO
Encontramos no inciso IV do parágrafo único do Art. 1o
o seguinte, verbis:
Art. 1o
- A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica,
progressista e evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Parágrafo Único. Além de buscar atingir esses fins, a Maçonaria:
IV - defende a plena liberdade de expressão de pensamento, bem como direito
fundamental do ser humano, observada correlata responsabilidade.
III – RITUAL DO 1o
GRAU - APRENDIZ MAÇOM - RITO MODERNO - 2009.
Pág. 14 - Os padrões do pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e científicos, e se
prendem à época moderna, ao Humanismo. O Rito Moderno que é fruto da Maçonaria
Francesa, entende que o maçon deve ter a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o
bem-estar social e econômico do cidadão, de defender os direitos do homem e uma melhor
distribuição de rendas...
Pág. 21 - Considerando que o Rito Moderno não é necessariamente AGNÓSTICO, mas sua
posição se situa dentro da PRUDENTE NEUTRALIDADE que deve vigir, isto é pela sua própria
constituição, pois respeita a liberdade de consciência de todos os que para ela ocorrem.
Pág. 101 - 3o
Interrogatório - VEN:. Que entendeis por livre pensamento?
Pág. 159 - Quais são os seus princípios?
- A tolerância, o respeito mútuo e a liberdade absoluta de consciência.
IV – CONSCIÊNCIA E PENSAMENTO
A CONSCIENCIA significa faculdade que tem o ser humano de perceber e entender o que se
passa dentro dele e à sua volta. Significa, também, conhecimento e discernimento.
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CONSCIÊNCIA (no latim conscientia) vem de conscire que significa “dar-se conta”, “perceber”,
“fazer-se sábio”, “adquirir conhecimento” de algo. É a faculdade central e primordial de nosso
ser, o que chamamos nosso eu e que é o fundamento permanente de todas nossas
experiências. É o fulcro interior e o centro de gravitação indistintamente de todas as
manifestações de nossa personalidade.
PENSAMENTO é ação ou efeito de pensar. É a faculdade de formular ideias,
juízos,...Reflexão”.
PENSAMENTO é a faculdade que temos de conhecer as coisas e nos relacionarmos
intimamente com elas: a faculdade por meio do qual nossa mente plasma uma imagem das
coisas exteriores, que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos e
ideias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, com mais ou menos
claridade segundo seja a intensidade da impressão e da reflexão.
Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o PENSAMENTO é
vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz do éter, com a eletricidade, o calor etc...
PENSAMENTO é o produto da atividade de nossa mente estimulada pela ação exterior dos
sentidos ou interior da vontade, e desta atividade adquirimos consciência em diferentes graus,
segundo se manifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos nessa luz.
V - LIBERDADE DE PENSAMENTO E A LIBERDADE DE CONSCIÉNCIA NA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - ART. 5o
, IV.
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI - ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS À LUZ DA CARTA POLÍTICA DE 1988.
Dentre os diversos existentes na doutrina pátria, separamos alguns bastante
significativos:
A manifestação do pensamento pode, porém, dirigir-se a outrem e não apenas exprimir as.
convicções do individuo, sem preocupação deste que outros a percebam, ou não. Essa
liberdade, expressão fundamental da personalidade, também é consagrada, mas sob regimes
diversos, conforme sua importância social. Essa manifestação pode dirigir-se de urna pessoa
para outra ou outras não presentes de forma sigilosa, por carta, telegrama, telefone ou rádio.
Essa manifestado, se de pessoa a pessoa e com caráter sigiloso, é a correspondência, cuja
liberdade é reconhecida pelo art.5°,XII.
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Nos termos do inciso IV do art. 5o
. “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato”. Trata-se de regra ampla, e não dirigida a destinatários específicos. Qualquer
pessoa, em principio, pode manifestar o que pensa, desde que não o faça sob o manto do
anonimato. Conforme ensina o Prof. Alexandre de Moraes, “a proteção constitucional engloba
não só o direito de expressar-se, oralmente, ou por escrito, mas também o direito de ouvir,
assistir e ler”. A vedação ao anonimato, que abrange todos os meios de comunicação, tem o
intuito de possibilitar a responsabilização de quem cause danos a terceiros em decorrência da
expressão de juízos ou opiniões ofensivos, levianos, caluniosos, difamatórios, etc...
A liberdade de consciência ou de pensamento tem que ver com a faculdade de o individuo
formular juízos e ideias sobre si mesmo e sobre o meio externo que o circunda. O Estado não
pode interferir nessa esfera íntima do individuo, não lhe cabendo impor concepções filosóficas,
aos cidadãos. Deve, por outro lado - eis um aspecto positivo dessa liberdade - propiciar meios
efetivos de formação autônoma da consciência das pessoas. Se o Estado reconhece a
inviolabilidade da liberdade de consciência deve admitir, igualmente, que o individuo aja de
acordo com as suas concepções. Haverá casos, porém, em que o Estado impõe conduta ao
indivíduo que desafia o sistema de vida que as suas convicções construíram. Cogita-se, então,
da possibilidade de reconhecer efeitos a uma objeção de consciência”. Tradicionalmente, a
objeção de consciência liga-se a assuntos de guerra, em especial à prestação do serviço
militar. E é dessa modalidade que cuidam as normas constitucionais de diversos países,
inclusive o art. 143 da CF.
VII - O USO DA PALAVRA A BEM DA ORDEM EM TODOS OS GRAUS SIMBÓLICOS E A
APRESENTACÁO DE TRABALHOS NO TEMPO DE ESTUDOS.
Há de se distinguir, que de acordo com o Ritual do 1o
Grau - Aprendiz - Maçom - 2009 - pág.
14, a busca da verdade, transitória e inefável realiza-se no primeiro grau na intuição; no
segundo grau na análise e quando atingida a plenitude maçônica simbólica - grau de mestre
maçom - na síntese, sendo que todas essas passagens ocorrem em um processo evolutivo e,
racional. Em todos os três rituais dos graus simbólicos encontramos na PALAVRA A BEM DA
ORDEM o mesmo disciplinamento, verbis:
“O uso da palavra a Bem da Ordem deve se restringir à justificativa de falta de algum Ir:...
pequenas comunicações e outros assuntos que não foram expostos na Ordem do Dia, não
devendo ser utilizada para voltar a discutir assunto debatido na Ordem do Dia”.
Cabe ao Venerável Mestre flexibilizar a palavra quando entender necessário, sem,
contudo, permitir que a sessão atinja níveis de discussão acalorados onde o desrespeito, a
desordem, o ferimento aos manuais doutrinários, e principalmente a Constituição e a legislação
gobiana infraconstitucional venham a ser atropelados. Para isso, o primeiro mandatário da loja
deverá se utilizar do equilíbrio necessário, de moderação, prudência, tolerância limitada,
demonstrando, com o devido respaldo do Ir:. Orador - membro do Ministério Público - que os
trabalhos não serão desvirtuados para objetivos escusos, espúrios, e contrários aos
PRINCÍPIOS GERAIS DA MAÇONARIA E POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO.
Ressalta-se, que nas sessões ditas Magnas a palavra será concedida a qualquer ir:. para falar,
exclusivamente, sobre o ato que acaba de ser realizar.
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O TEMPO DE ESTUDOS é o momento da verdadeira liberdade de consciência e, de
pensamento quando os Ilr:. aprendizes e companheiros apresentam trabalhos escritos
determinados pelos VVig:. de suas Colunas, após submetidos à análise e, apreciação. Não há,
a obrigatoriedade da leitura de trabalho em sessão evitando, inclusive, torná-lo cansativo para
todos os presentes não pelo conteúdo, que sempre deve ser prestigiado, mas pela tendência
de termos, em sessão, Iir:. desinteressados , que em nada acrescentam aos trabalhos da
oficina e, apressados em retornarem às suas residências ou encontrarem outros Ilr:. para
“conversarem sobre o nada”. Esses, jamais evoluirão, muitos deles batendo no peito para
dizerem, aos Ilr:. mais novos de Ordem, que ingressaram na Maçonaria há trinta, quarenta,
cinquenta anos, etc... Entretanto, nada sabem sobre os nossos augustos mistérios porque
nunca procuraram estudar haja vista o desinteresse demonstrado. A vaidade e o ego
elevadíssimos, para eles, estão acima “do bem e do mal”. Se nada aprenderam no simbolismo
porque desejam ingressar nos graus superiores? E esses, sem dúvida, são os piores exemplos
para os aprendizes e, companheiros, que diuturnamente devem ser combatidos nas oficinas
maçônicas.
A exposição oral dos trabalhos, permite que a LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E
PENSAMENTO do Ir:. apresentador atinja o ápice, respeitando o tempo que lhe foi fornecido,
desenvolvendo as ideias sem se preocupar com estereótipos, entonação de voz, etc...Precisa,
sim, ser objetivo com o tema, levando resumo ordenado onde os principais pontos do conteúdo
sejam ressaltados deixando, sempre, espaço para os demais Iir:. fazerem perguntas ou tirarem
dúvidas, ao final. Esse debate é salutar, pois desenvolve o conhecimento de todos aqueles que
estiveram presentes à sessão.
Afora temas pertinentes aos graus simbólicos, não devem ser esquecidos vultos maçônicos
nacionais e estrangeiros, que marcaram época. Da mesma forma temas envolvendo questões
regionais, nacionais, de interesse geral, não partidários e religiosos, devem ser incentivados.
No caso específico dos mestres, não há a obrigatoriedade da apresentação de trabalhos pois
os aumentos de salário já ocorreram. Independentemente de instruções, exercitamentos
práticos, em loja, é necessário que se estimulem palestras, discussões sobre temas pré-
estabelecidos bem como a exposição oral de trabalhos, voluntários, que aprimorem o
conhecimento. Em sede de mestrado, há tendência de nos prendermos a matérias
administrativas e financeiras, obrigatórias, deixando de explorar a beleza e, a profundidade do
que se infere nos rituais.
A questão que se trava, em especial por Iir:. de outros ritos, é se os aprendizes e companheiros
podem fazer uso da palavra por ocasião da PALAVRA A BEM DA ORDEM .
 NÃO EXISTE TAL IMPOSSIBILIDADE. Todos os homens iniciados são livres e de bons
costumes para se manifestar, respeitadas as matéria específicas a serem tratadas pela
administração e, incabíveis nos Graus 1 e 2. As liberdades de consciência e de
pensamento hão de prevalecer, assumindo cada um desses Iir:. responsabilidade pelas
palavras proferidas e, atos exercitados lastreando a conduta na Carta Constitucional do
Grande Oriente do Brasil, e demais legislações infraconstitucionais que formam o
arcabouço jurídico da Federação.
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O Rito Moderno convive perfeitamente com o Estado Democrático de Direito, assim como os
demais ritos também. Entretanto, devido a sua configuração, sobretudo histórica, é
perfeitamente aplicável às discussões notadamente de bom nível, sejam elas de cunho
maçônico ou não, essas sob o prisma do interesse coletivo. O Rito Moderno, seja qual for o
grau que esteja o maçom, procura formar homens de bem preparados, cuja formação
preferencialmente seja multidisciplinar, capazes de enfrentar a globalização em todas as suas
áreas, passíveis de dar contribuição efetiva na consecução de um mundo, menos desigual e,
mais feliz. Para que isto se concretize é necessária a manifestação de vontade de todos,
começando pela habilidade do Venerável Mestre em tornar os trabalhos realmente justos e
perfeitos.
VIII- CONCLUSÃO
Em nossa modesta opinião ficou latente, no contexto da ideia pretendida, demonstrar a
analogia entre as liberdades de consciência, de pensamento e a Lex Magna de 1988. A
facilidade no aprendizado do rito, leva-nos a pensar ser ele o ideal para, por exemplo,
constituirmos lojas universitárias e/ou de estudos e pesquisas trazendo para o ambiente
maçônico jovens e Iir:. maduros dispostos a evoluir e, se auto aperfeiçoar numa visão
humanística, moderna, atualizada . Aos mestres cabe o preparo e a adequação dos novos Iir:..
Estudos, pesquisas e entendimentos sobre matérias de natureza maçônica ou profana, desde
que de interesse geral, devem ser incentivados. O próprio rito moderno, dada a sua
flexibilidade passível de ser implementada no delinear das sessões
de estudos/instruções, permite alcançar visibilidade impar, preparando o maçom para um
mundo realístico, onde prevaleçam o conhecimento e, a sabedoria sobre os mais variados
assuntos, jamais desprezando os caminhos traçados nos rituais e, legislações aplicadas à
espécie. O universo em que vivemos é multiplural, cabendo-nos evoluir de forma a vencer, com
força e vigor, perseverança, fé e humildade as vicissitudes que nos assolam. O estudo
aprimora o homem, abre portas, supera o analfabetismo em todas as suas formas, cabendo a
nós maçons utilizarmos os ensinamentos, de forma adequada e racional, aplicando-os nos
momentos necessários em prol da evolução humana, para que o mundo se torne mais
igualitário, menos hipócrita e, acima de tudo próspero.
Fontes Bibliográficas:
- BECHARA, Evanildo. Minidicionário da Língua Portuguesa, atualizado pelo novo Acordo Ortográfico, 1a
ed.,
Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2009.
- FERREIRA Filho, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, São Paulo, 33a
ed. 2007, págs. 299/300,
Saraiva.
- PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado, Niterói, RJ, 1a
ed. 2007,
pág. 118, Impetus.
- MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional, Sao Paulo, 2a
ed., 2008, págs. 412/413, Saraiva.
- Grande Loja do Estado de São Paulo.
- Ritual do 1º Grau – Aprendiz Maçom – Rito Moderno – GOB – 2009.
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Este Bloco é produzido
pelo Irmão Pedro Juk.
Neste Bloco seguem doze Respostas:
1 – Questão do Orador:
O Respeitável Irmão Ney Carlos Rocha, Loja Pier Capadello, 4.319, REAA, GOSP-GOB, Oriente de
São Paulo, Capital, solicita as seguintes informações:
neycarlos@ccs.com.br
Gostaria de saber a opinião do sábio irmão em relação ao seguinte:
Tenho orientado os Irmãos que me consultam em relação às falas do Orador da seguinte forma:
1. O Orador quando vai falar como Irmão do Quadro, por exemplo, na Palavra a Bem da Ordem, deve, como
todos, levantar-se, ficar à Ordem e saudar as Luzes.
2. Quando fala como representante do Ministério Público (encerramento ritualístico, intervenção necessária,
etc.), pode falar sentado, sempre saudando as Luzes.
O Irmão concorda com esta colocação?
Se sim ou não, qual seria o embasamento para sua opinião.
CONSIDERAÇÕES.
É tradicional no REAA que qualquer Irmão que ocupe lugar no Oriente, fale sentado,
salvo nas ocasiões em que o ritual determine o contrário. Entretanto se algum Irmão do Oriente
resolver falar em pé, ele fala à Ordem (Sinal com a mão, ou mãos se for o caso). Isso se aplica
inclusive ao Venerável Mestre.
Para o Orador, tanto como obreiro ou como Dignidade da Loja, ele fala sentado, salvo
se, como já mencionado, o ritual determinar o contrário.
É oportuno salientar que o que não pode ser confundido é o modo protocolar ao fazer
uso da palavra com saudação maçônica. Ora, saudação somente é feita ao Venerável Mestre
quando da entrada e saída do Oriente ou às Luzes da Loja quando da entrada formal ou retirada
definitiva. É o que preceitua o Ritual de Aprendiz em vigência no que diz respeito à “Saudação
em Loja” (vide esse título).
Assim, quando qualquer obreiro ao iniciar sua fala se dirigir às Luzes por primeiro,
não é saudação, entretanto é um protocolo tradicional de se mencionar por primeiro sempre os
cargos do Venerável Mestre e dos Vigilantes respectivamente.
Na verdade, o que ocorre mesmo é a norma consuetudinária de que o obreiro estando
em pé em Loja aberta fica à Ordem e, antes de sentar, desfaz o Sinal pela pena simbólica. Mas
isso não é saudação, embora a saudação maçônica seja também feita pelo Sinal Penal. A
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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questão é a ocasião em que é feito o Sinal do Grau – ou para saudar, ou para cumprir uma regra
ritualística.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016.
2 – espada flamejante:
Em 04/09/2016 o Respeitável Irmão Rodrigo Alcântara Tessarini, Loja Deus, Pátria e Família, 142,
Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, REAA, Oriente de Panorama, Estado de São Paulo,
solicita a informação seguinte:
rodrigopanorama@yahoo.com.br
joserobertodab@yahoo.com.br
Em nossa Loja, a Espada Flamejante fica acondicionada em um estojo almofadado, e permanece
neste estojo durante as nossas sessões, sendo utilizada somente nos atos litúrgicos onde é
necessária sua utilização: Iniciação, Elevação e Exaltação.
Minha dúvida é: nas sessões administrativas, ela deve permanecer neste estojo almofadado, ou
deve ser removida deste estojo e colocada sobre o estojo, para ficar exposta no altar do
Venerável Mestre?
CONSIDERAÇÕES.
Na verdade, o estojo (escrínio) ou a almofada servem para que a Espada Flamejante
possa ser conduzida por um Mestre Maçom não instalado, já que a regra ritualística é que
somente empunha, ou toca nessa Espada aquele que já tenha passado pela cerimônia de
Instalação. Em síntese, por um Mestre Maçom, Instalado.
Assim, esse utensílio serve para acondicionar a Espada e, se porventura o seu
condutor não venha ser um Venerável ou um Ex-Venerável, no caso o Porta Espada, ele, a
conduzido pelo escrínio ou pela almofada, não toca na Espada.
Quanto a sua exposição ou não sobre o Altar, a Espada Flamejante só é retirada de
dentro do escrínio, ou de cima da almofada, nas ocasiões em que ela será usada (nas
sagrações). Fora disso ela permanece dentro do estojo ou sobre a almofada que geralmente fica
colocada em cima do Altar ocupado pelo Venerável Mestre.
Assim, a questão não é da exposição da Espada, mas da oportunidade em que ela
será usada ou conduzida.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016
3 – Posiçãom do Esuqadro e do Compassao:
Em 07/09/2016 o Respeitável Irmão Marcelo de Sousa Pedro ou Marcelo Pedro de Sousa (não deixou
clara a informação), Loja Amor e Justiça, 07, REAA, Grande Loja do Mato Grosso do Sul, Oriente de
Coxim, Estado do Mato Grosso do Sul, solicita a seguinte informação:
marcelospedro@hotmail.com
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Gostaria de saber se ha diferença na posição do Esquadro e o Compasso nos graus de Aprendiz
e Mestre no Rito Escocês.
CONSIDERAÇÕES.
Pelo que eu entendi, o Irmão se refere às Três Grandes Luzes Emblemáticas que são o
Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso.
É de conhecimento elementar que o maçom saiba que o Esquadro e o Compasso
(unidos em Loja) se apresentam com disposições distintas sobre o Livro da Lei conforme o
Grau de trabalho da Loja. Assim, no Grau de Aprendiz o Esquadro é colocado sobre o
Compasso aberto em 45º, no de Companheiro os instrumentos têm os ramos e as hastes (45º)
entrelaçadas e no de Mestre o Compasso aberto em 45º vai sobre o Esquadro.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016.
4 – giro dos vigilantes:
Em 16/09/2016 o Respeitável Irmão Osni Luiz Hoffmann, Loja Gen. Bento Gonçalves, 20, REAA,
GOSC (COMAB). Oriente de Araranguá, Estado de Santa Catarina, formula a questão abaixo.
osnilh@uol.com.br
Na Sessão de Companheiro Maçom, quando o Venerável Mestre diz para o 1º Vigilante e 2º
Vigilante percorrer vossas Colunas e verificar se todos os irmãos presentes são companheiros.
Os vigilantes percorrem cada um a sua coluna retornando pela mesma. A minha dúvida é que
quando eu visito outras Lojas inclusive do mesmo Rito REAA, os Vigilantes percorrem em
sentido horário, o 1º Vigilante sai na frente e em seguida atrás o 2º Vigilante e após retornam em
seus lugares. Então eu gostaria de saber do irmão qual é o correto.
CONSIDERAÇÕES.
O correto é que cada Vigilante percorra a sua Coluna para fazer a verificação
começando sempre pelo Irmão que estiver mais próximo da parede ocidental. Não sofrem
nenhuma verificação os Irmãos que ocupam cargos.
Na mesma Coluna não existe circulação. Cada qual após ter cumprido a sua missão
volta diretamente para o seu lugar – o Primeiro pelo Norte e o Segundo pelo Sul. Já no seu
lugar, o Segundo Vigilante comunica ao Primeiro e este, por sua vez, comunica ao Venerável
Mestre.
Os Vigilantes enquanto realizam a verificação devem deixar seus malhetes sobre as
suas respectivas mesas – sem qualquer significado litúrgico, isso facilita na prática do
telhamento.
Nunca é demais lembrar que no Oriente não há telhamento.
Concluindo, nesse procedimento não existe nenhuma circulação de uma para outra
Coluna, e muito menos em torno da mesa ocupada pelo Vigilante, salvo se, mesmo equivocado,
o ritual em vigência determine o contrário.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
OUT/2016.
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5 – pavilhão nacional
Em 12/08/2016 o Respeitável Irmão Edson Machado Durães, Loja Estrela Mística, 3.929, REAA, GOB-
SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão:
edsonduraes01@gmail.com
Com referência ao Decreto 1476 de 17 de maio de 2016, "Cerimonial para a Bandeira Nacional"
ouvi vários comentários, inclusive opiniões de Irmãos militares, ficando algumas dúvidas:
1 - Comissão de recepção: composta por 13 Membros, perfilados, 7 ao Norte e 6 ao Sul
- Por que 13?
- Por que 7 ao Norte e 6 ao Sul?
- Caso não haja 13 Irmãos para tal, não é feita a Comissão de Recepção ou pode ser feita com 11
ou 9 ou 7 ou 5, como se tem visto por aí?
- Apenas Mestres Maçons podem compor esta Comissão ou pode ser composta também por
Companheiros e Aprendizes?
- Com relação às "estrelas": caso não existam numa Loja (comum não existir em várias; deve
ser providenciado) não é feita a Comissão de Recepção?
CONSIDERAÇÕES.
Devo antes mencionar que essa forma de recepção não é unânime na Moderna Maçonaria,
senão em alguns Ritos e, dos quais, ainda aqueles sujeitos às regras previstas na sua
respectiva Obediência. À bem verdade essa prática é mais comum na vertente latina da
Maçonaria.
- O número máximo de treze membros se associa à quantidade de membros previstos na
recepção da mais alta autoridade considerada pela Maçonaria, nesse caso, o Pavilhão Nacional.
Sua quantidade é ímpar justamente para que ao Norte, a coluna receba o número maior de
componentes (sete).
- A composição das colunas com sete membros ao Norte e seis ao Sul se prende
principalmente ao número de “estrelas” (luzes), já que simbolicamente o Norte, por ser mais
escuro, carece de maior número de estrelas (iluminação). A origem das “estrelas” está nos
fachos e tocheiros que os Irmãos do passado distante empunhavam para clarear durante a noite
o caminho dos visitantes.
- Penso que precariamente é possível se compor a Comissão com menor número, porém
isso em ocasiões extraordinárias se, na oportunidade, não existir o número suficiente de Irmãos
Mestres. Na questão do bom-senso, examinando o que prevêem as regulamentos, é melhor
compor a Comissão com menos integrantes do que simplesmente não a compor. Num caso de
menor número, observa-se sempre que a quantidade de componentes seja sempre ímpar, tendo
maior número ao Norte.
- Companheiros e Aprendizes não ocupam cargos e nem fazem parte de Comissões.
Assim, eles também não compõem nenhuma “Comissão de Recepção”.
- As “estrelas”, assim como as espadas, fazem parte dos utensílios litúrgicos que são
usados no Rito. Nesse sentido, não se justifica a sua falta. Toda Loja deve possuir os
instrumentos que são usados na ritualística do Rito. Em havendo precariedade nesse sentido,
previamente ela deve solicitar o empréstimo a uma sua coirmã, mas não suprimir uma prática
prevista.
Cabe ainda um apontamento. As espadas usadas pela Comissão de Recepção são aquelas
usadas nas “abobadas de aço” (simples e dobradas). No caso do Pavilhão Nacional não se
forma nenhuma abóbada, isso porque o protocolo exige que à passagem da Bandeira, os
integrantes da Comissão apresentem as armas na forma de costume. Do mesmo modo, apenas
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tem o direito à recepção com “estrelas” o Pavilhão Nacional. Outras autoridades são
recepcionadas conforme o protocolo da Obediência e pela abóbada de aço.
Concluindo, cabe ratificar que qualquer Comissão de Recepção terá sempre número ímpar
de integrantes, cujo número maior estará sempre no Norte, embora já tenham até inventado
número par de integrantes para uma determinada ocasião, fato que lamentavelmente só passa
por cima da verdadeira tradição maçônica. Coisa dos “entendidos” que inventam, mas não
justificam.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016
6 – S inal e o Visitante:
Em 16/09/2016 o Respeitável Irmão Ricardo Henrique de Meneses Dias, Loja Cavaleiros do Amanhã,
181, Rito Escocês Retificado, GOP (COMAB), Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita a
informação seguinte:
ricardohmdias@gmail.com
Peço sua ajuda no esclarecimento:
Quando em visita a uma Loja de Rito diferente do meu, como devo me postar no que diz
respeito a sinais. Faço os de meu Rito ou aqueles do Rito a qual a Oficina segue?
CONSIDERAÇÕES.
Eu entendo que quando visitamos alguém nos sujeitamos aos costumes da casa do
visitado. No caso de um visitante de rito diferente do da Loja visitada, em havendo diferença na
composição do Sinal, o visitante deve antecipadamente comunicar a Loja para que possa se for
o caso, aprender a prática de acordo com a liturgia. Assim, um visitante deve ser recebido antes
da abertura dos trabalhos em local reservado para que seja efetivado o aprendizado.
Obviamente que essa não é uma regra, daí pode haver exceções, desde que antes as
partes concordem, embora não recomendável, já que a prática litúrgica de cada rito é única e os
integrantes dos trabalhos devem a ela se sujeitar.
Uma regra para o visitante é a de ter conhecimento prévio do rito praticado pela Loja
visitada e chegar com antecedência mínima para as devidas providências no caso de prática
dele desconhecida.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016.
7 – pés em esquadria:
Em 17/09/2016 o Respeitável Irmão Marco Nascimento, Loja José Caravér, 101, sem mencionar o
nome do Rito, Grande Loja do Estado do Rio Grande do Sul, Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio
Grande do Sul, solicita esclarecimento para o seguinte:
mnascimento.m33@gmail.com
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Solicito ao Irmão se há alguma informação do histórico e as razões da formação dos pés em
esquadria para os Aprendizes.
CONSIDERAÇÕES.
Não só para Aprendizes, mas também para Companheiros e Mestres, a posição dos
pés em esquadria alude ao Esquadro como instrumento imprescindível na construção de uma
obra.
Conforme alguns historiadores, dos quais eu também me incluo, a origem simbólica
da representação do Esquadro pela junção dos calcanhares está na pedra angular da obra e a
aplicação 47ª Proposição de Euclides demonstrada por Pitágoras, cuja prática se tornou comum
na Maçonaria de Ofício à época dos canteiros medievais e, como Verdade Universal, continua
ainda sendo aplicada pela Ciência e pelas Artes na atualidade.
Em síntese a explicação é a seguinte: a pedra angular (marco zero, ou inicial da
construção) era geralmente fixada no canto nordeste do canteiro – nessa posição, em se
tratando do hemisfério Norte, se aproveitava melhor a luz oriunda do Sul, ou Meio-Dia.
Definida a posição da pedra angular (poliedro com seus cantos em 90 graus) a
nordeste, a partir dela, era então esticado um cordel com três nós equidistantes (que dista
igualmente) em direção ao Sul fazendo a marcação. Do mesmo modo, em direção a Oeste
(ocidente), era esticado o cordel com quatro nós equidistantes fazendo-se também a marcação
do ponto. Marcadas as duas extremidades pelos respectivos pontos, em seguida uniam-se as
mesmas por um cordel de cinco nós equidistantes ajustando-o para a composição de um
triângulo retângulo. Desse modo é que o ponto inicial da marcação resultava no canto da
construção devidamente esquadrejado. Tão importante que é a partir dele que se inicia o
nivelamento e a aprumada dos alicerces.
Dessa mesma pedra angular, também havia o costume preliminar de se colocar os pés
em esquadria apontados para o Sul e para o Oeste. Com passos aferidos, davam-se a partir da
origem três passos para o Sul marcando o terreno. Do mesmo modo repetia-se o procedimento
com quatro passos aferidos para Oeste. Em seguida, das extremidades ajustavam-se cinco
passos aferidos. Desse ajuste obtinha-se o ângulo de 90º no canto inicial. À bem da verdade
todo esse procedimento nada mais era do que a aplicação do Teorema de Pitágoras onde num
triângulo retângulo (aquele que tem um dos seus vértices internos igual a 90 graus) o quadrado
da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Nesse caso cinco é a hipotenusa e
três e quatro são os catetos.
Nesse sentido é que a pedra angular e a colocação dos pés junto à mesma viria dar
origem ao costume de na Maçonaria Especulativa o maçom ritualisticamente formar com os pés
unidos pelos calcanhares uma esquadria.
Foi também graças a essa prática que a vertente inglesa de Maçonaria colocou seus
Aprendizes no canto nordeste da Sala da Loja em alusão ao marco inicial da obra. Não é o caso
do REAA, que é de origem francesa e posiciona seus Aprendizes no topo da Coluna do Norte
(parede norte), muito embora a esquadria também seja relembrada por ocasião da Marcha do
Grau ou quando se está à Ordem (corpo ereto, pés em esquadria e Sinal composto) nesse Rito.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016.
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8 – dúvidas em procedimentos ritualísticos
Em 21/09/2016 o Respeitável Irmão José de Freitas Tolentino, Loja Fraternidade e Justiça de Gurupi,
1947, REAA, GOB-TO, Oriente de Gurupi, Estado de Tocantins, solicita alguns esclarecimentos como
segue:
agfcentrogpi@gmail.com
.
Tenho as seguintes perguntas:
1. Na transição entre o Oriente e o Ocidente, quando se dirige do Trono do Venerável Mestre
para a mesa do Irmão 1º Vigilante, antes da abertura do Livro da Lei o 1º Diácono tem que fazer
o Sinal?
2. No retorno do Ocidente para o Oriente tem que fazer o Sinal?
3. Tenho cobrado dos irmãos que a entrada e a saída do Oriente seja feita no centro, ou seja,
obedecendo a linha do Equador e nunca de um lado ou de outro. Até por uma questão estética.
O que você acha, estou correto?
4. Alguns Irmãos usam vários broches e pins nas abas do paletó. Há algum normativo que
contrarie isso?
5. Sei que somente o Venerável Mestre, as Luzes e Dignidades podem falar sentados. Em qual
documento encontro essa determinação?
6. Com o acirramento da situação política no país, alguns Irmãos estão tendo um
comportamento, a meu ver, inadequado, bastante radical. Usam o grupo de watsapp
constantemente para manifestações de cunho político-partidário, que julgo de mau gosto e até
odiosas. Não contribuem em nada de proveitoso para o grupo, nunca têm uma mensagem
positiva sobre a Ordem ou sobre assunto de relevância. Qual o seu entendimento sobre essa
situação?
CONSIDERAÇÕES.
1 – Como acontece antes da abertura da Loja, em nenhuma das situações mencionadas se
faz Sinal.
2 – Se a situação se referir a antes da Loja ser declarada aberta, não se faz Sinal. Em sendo
no encerramento quando a Loja ainda estiver aberta, saúda-se o Venerável Mestre pelo Sinal.
3 – Para que se evitem distorções, é prática consuetudinária que ao se ingressar no Oriente
nele se faça pelo lado nordeste (próximo do Porta-Bandeira) e dele se retire pelo sudeste
(próximo do Porta-Estandarte). Em síntese, quem ingressa no Oriente o faz a partir da Coluna do
Norte e quem dele se retira o faz em direção à Coluna do Sul.
4 – Desde que o obreiro não fique camuflado pelo exagero desses penduricalhos, não
existe nenhum óbice. Obviamente que em sendo possível, o melhor mesmo é a discrição.
5 – Isso é norma consuetudinária no REAA e, em relação ao Oriente, tem origem nas
extintas Lojas Capitulares. Salvo se o ritual exigir o contrário, qualquer Irmão que ocupe o
Oriente fala sentado. Entretanto, se preferir falar em pé, fala à Ordem. Inclusive o Venerável que
deve deixar o malhete sobre o Altar numa oportunidade dessas. Já no Ocidente, somente falam
sentados, salvo se o ritual determinar o contrário, os Vigilantes. Tesoureiro e Chanceler, como
os demais Oficiais no Ocidente, falam em pé. Se um Vigilante preferir falar em pé, ele deixa o
malhete sobre a respectiva mesa e fala à Ordem.
Cabe aqui ainda uma recomendação: infelizmente o GOB trata o Chanceler e o Tesoureiro
como Dignidades. Virtualmente eles são Oficiais, pois as Dignidades de uma Loja em qualquer
lugar do mundo no REAA são cinco – as Luzes da Loja mais o Orador e o Secretário. Tenho
batido nessa tecla há muito tempo alertando que confundiram cargos eletivos que são sete com
Dignidades que são apenas cinco. Devido a esse equívoco é que o Chanceler e o Tesoureiro são
confundidos com Dignidades. Assim, esses, por ocuparem lugar no Ocidente, falam em pé,
nunca sentados.
No que se refere ao falar em pé ou sentado e onde está escrito, isso não precisa estar
anotado, pois é um costume imemorial e universalmente aceito pelo Rito.
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6 – Eu raramente participo desses grupos, justamente por esse motivo. Como cada um é
livre para expressar a sua opinião, prefiro não me envolver nesses pormenores. Evidentemente
que isso não pode acontecer, sob nenhuma hipótese, em nome da Maçonaria ou mesmo levar
essas discussões para a Loja. Ainda, em se tratando desses grupos, além desse blá, blá, blá
inócuo produzido, outras discussões também se apresentam e nada contribuem para o
crescimento individual e coletivo, já que cada qual posta o que lhe é conveniente. Além do mais,
a grande maioria que se propõe discutir um assunto não possui comprovada qualificação para
opinar e emitir pareceres sobre o fato, inclusive aqueles outros que se propõem discutir história
e ritualística maçônica.
Sob essa óptica, eu penso que essa participação em grupos, com raras exceções, é um
verdadeiro desperdício de tempo.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016
9 – processo de regularização:
Em 22/09/2016, o Respeitável Irmão Carlos Edilson Ferreira, Loja União e Trabalho - VI, 2254, REAA,
GOSP-GOB, Oriente de Paulínia, Estado de São Paulo, solicita o seguinte esclarecimento:
carlos.ferreira@intercomr.com.br
Gostaria que nos ajudasse nos esclarecimentos sobre o processo de regularização. Estamos
com dois processos de regularização em nossa Loja, um Irmão da GLESP e outro do GOB, que
já pertencia a nossa Loja.
1- O Irmão da GLESP é Aprendiz e por motivo de saúde teve que mudar de Oriente para tratamento médico
tornando-se inativo/irregular na sua Loja. No momento, com seu quitte placet vencido, solicitou
regularização na nossa Loja que é do GOB. Conforme determina o RGF em seu art. 64 "O Maçom inativo
poderá, mediante prova de sua qualidade, requerer sua regularização, cujos procedimentos serão os
mesmos adotados no processo de iniciação". Dúvida é: todas as fases do processo de iniciação devem ser
cumpridos, ou seja, consulta aos livros negro e amarelo, solicitação de documentos, sindicâncias,
publicação e escrutínio?
2- 2- E no caso do irmão do GOB que já pertencia a nossa Loja qual procedimento correto? (Art. 83).
Desde já agradeço pela sua preciosa atenção e aguardo vosso parecer.
CONSIDERAÇÕES:
1 - Pelo que preceitua o Art. 64 do RGF “serão os mesmos adotados no processo de
iniciação”. Assim, essa regularização deve cumprir todas as exigências previstas no RGF de
modo análogo à Iniciação.
2 – Irmão oriundo do GOB (mesmo que seja da própria Loja), estando com o Quite
Placet expirado (mais de 180 dias) passa pelo processo de Regularização. No caso de Quite
Placet dentro da validade ele passa pelo processo de Filiação.
No caso da Regularização, o Art. 83 do RGF prevê apresentação dos documentos
exigidos na admissão (ver o Art. 5º do RGF naquilo que couber).
Eu particularmente acho pouco esclarecedor no Diploma Legal o previsto dependendo
de situação. De qualquer modo devo salientar que as minhas considerações não são técnicas,
pois não é da minha competência a interpretação de Leis. Assim, sugiro que na dúvida, seja
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 30/39
feita consulta à Guarda dos Selos do Poder Estadual, ou mesmo ao Ministério Público
Maçônico, isso se o Orador da Loja não possuir competência para orientar a questão.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016.
10 – esquadro e compasso
Em 26/09/2016 o Respeitável Irmão Hercule Spoladore, atendendo solicitação do Respeitável Irmão
Jorge Otávio Daniel do Oriente de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, formula a seguinte questão:
hercule_spolad@sercomtel.com.br
jorgeodaniel@gmail.com
Então vou formalizar as perguntas;
Quando e onde começou a ser usado o compasso e o esquadro como símbolos na Maçonaria.
E quando estas ferramentas passaram a ser usadas entrelaçadas?
Posso estar chutando, mas li não sei aonde que o Irmão que deu o simbolismo para a as
ferramentas de pedreiro, teria sido Willian Preston, que foi um dos grandes professores de
Maçonaria do passado. Inglês, este envolvido nas guerras entre os antigos e modernos que
pairou desde 1717 á 1813 na Inglaterra, quando foi finalmente fundada a Grande Loja Unida de
Inglaterra.
Vou consultar o Pedro Juk, que este sabe mesmo das coisas. Quanto ao compasso-esquadro
entrelaçados, teria sido também iniciado na Maçonaria Inglesa.
CONSIDERAÇÕES.
Segundo a maioria dos autores autênticos, citando alguns como Harry Carr,
Bernard Jones, Theobaldo Varolli Filho e Colin Dyer, o Esquadro e o Compasso passariam a
compor o simbolismo da Maçonaria especulativa graças à menção desses instrumentos nos
catecismos publicados nas obras espúrias fragmentos e nas “exposures”, a exemplo das de
Prichard no século XVIII. Assim, é muito provável que Sir Willian Preston, o primeiro professor
da Moderna Maçonaria, tenha adotado na Inglaterra esses instrumentos nas suas Lições
Prestonianas (derivado de Preston), codificando-os como instrumentos imprescindíveis na
execução das obras perfeitas e duráveis, cuja menção é feita através das preleções inglesas
oriundas das Tábuas de Delinear (Tracing Boards). O Esquadro e o Compasso também eram
mencionados nos Manuscritos das Guildas de Construtores e nas suas Antigas Obrigações.
É bem verdade que esses instrumentos (o Esquadro e o Compasso) pela sua
qualificação simbólica, também no século XVIII iriam adquirir a expressão máxima de conteúdo
moral quando unidos em Loja junto ao Livro da Lei sagrada. Esse título na Inglaterra, após a
união em 1.813 entre os Antigos de 1.717 e os Modernos de 1.751 ficaria conhecido como as
Três Luzes Maiores da Maçonaria, ou os Paramentos da Loja. Na França, a posteriori, o título
ficaria também conhecido como as Três Grandes Luzes Emblemáticas.
Com o aparecimento do Grau de Mestre (especulativo) em 1.725, mencionado já
na Segunda Constituição de Anderson em 1.738, a Moderna Maçonaria sacramentaria
universalmente os três Graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Desse desiderato
surgiu a necessidade de identificar os três Graus às suas respectivas Lojas, o que daria a partir
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 31/39
desse período a adoção da disposição do Esquadro e o do Compasso sobre o Livro da Lei como
meio de identificar o trabalho da Oficina.
Sob o aspecto Operativo, ou de Ofício, o Esquadro e o Compasso eram
instrumentos que davam precisão aos cantos da obra a partir da pedra angular colocada a
nordeste da construção (origem dos pés em esquadria). Nela aplicava-se a 47ª Proposição de
Euclides, o que resultava no “esquadro do canto”, donde dele se seguiam as aprumadas e os
nivelamentos. O Compasso, como instrumento operativo marcava as distâncias precisas dos
segmentos do cordel para compor as constantes de 3, 4 e 5 (catetos e a hipotenusa
respectivamente) do triângulo retângulo que precisava o esquadro do canto da construção
(essa técnica é usada inclusive na atualidade pelos profissionais da construção). Graças a essa
aplicação de ofício, é que mais tarde a Moderna Maçonaria, no seu aproveitamento especulativo
mencionando a moral e a ética, é que o Esquadro, dentre outros, viria simbolizar a retidão (de
caráter) e o Compasso a justa medida (das ações).
Concluindo, essa é apenas uma síntese da síntese dessa matéria. A precisão dos
fatos depende de uma pesquisa apurada e autêntica nos nossos usos e costumes, sobretudo a
partir do final do século XVII, se o fato disser respeito à Maçonaria Especulativa.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016.
11- altar dos perfumes:
Em 27/09/2016 o Respeitável Irmão Flávio Augusto Batistela, Loja Solidariedade e Firmeza, 3.052,
REAA, GOSP-GOB, Oriente de Ouro Verde, Estado de São Paulo, solicita informação para o que
segue:
flavio@abcrede.com.br
Meu Irmão, mais uma vez recorro a sua sabedoria maçônica para tirar uma dúvida. O que deve
estar em cima do Altar dos Perfumes em uma Loja do REAA. No ritual do GOB não consta o que
deve estar em cima do mesmo. Qual a simbologia desse Altar.
CONSIDERAÇÕES.
Pois é, esse é o tipo do altar que não serve para nada no simbolismo do Rito Escocês
Antigo e Aceito. O móvel é um simples elemento que só serve mesmo é para atrapalhar a
circulação no espaço geralmente exíguo na Loja.
Na verdade esse altar é um resquício de rituais de Sagração de Templo e que acabou
ficando “para bonito à vista de alguns”. Esse altar é comum em outro Rito que originalmente faz
a incensação ritualística e cerimonial de acendimento das Luzes nos trabalhos maçônicos,
porém esse não é o caso do REAA que, originalmente, não adota essa prática.
Dado a isso é que muitos “achistas” acham que sobre esse altar, inadequadamente
colocado no escocesismo, coloca-se incenso, perfumes e outros procedimentos o gênero.
Entretanto, isso não existe no simbolismo do Rito Escocês.
Esse altar é ainda um resquício de rituais ultrapassados e rançosos da época em que
faziam um inventivo cerimonial de acendimento de velas no REAA. Felizmente esse
barbarismo ritualístico foi suprimido dos nossos rituais escoceses, mas infelizmente ainda
sobrou esse dito altar. Houve tempo em que se deixava equivocadamente uma vela acesa sobre
esse altar com o pretexto de que essa “luz sobre o ara” era a representação do “GADU”. Ora,
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 32/39
isso era outra enorme bobagem que felizmente foi extirpada, embora o dito altar ainda
permaneça.
No que diz respeito à sua questão, devo mencionar que sobre esse altar, em se
tratando de REAA, não se coloca nada mesmo, já que ele próprio não serve para nada.
Desafortunadamente a presença desse elemento alienígena no escocesismo só serve
mesmo é para os inventores perpetrarem suas ilações. A propósito, altar mesmo só existe
aquele ocupado pelo Venerável Mestre e o dos Juramentos, já que esse último nada mais é do
que uma extensão (prolongamento) do primeiro.
Quem sabe um dia algum Irmão iluminado se aperceba disso e consiga retirar esse tal
“altar dos perfumes” dos rituais simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016.
12 – Pavilhão nacional - esclarecimentos sobre respostas
Em 18/11/2016 o Respeitável Irmão Carlos Eduardo Flores dos Santos menciona e solicita
esclarecimentos sobre uma resposta dada e publicada que aborda o ingresso do Pavilhão Nacional em
Sessão privativa par maçons do REAA:
cefs.shadow750@yahoo.com.br
Boa Tarde Ir Pedro Juk!
Fiquei com dúvidas sobre o Decreto 1.476 de 17/05/16, após ler as Perguntas e Respostas do JB
News de hoje (2241).
Art. 4°. O ingresso da Bandeira Nacional no Templo obedecerá aos procedimentos a seguir:
j) sendo a sessão restrita a maçons, os Irmãos ficam à Ordem, caso contrário, se a sessão não for
restrita, ficam em pé com os braços estendidos ao longo do corpo e após a colocação da Bandeira
Nacional no pedestal, desfazem-se a Comissão de Recepção e a Guarda de Honra.
Já no Art. 5°. Durante a execução do Hino Nacional fica-se em pé, ereto, braços estendidos ao longo
do corpo, sem cobertura, não sendo admitida outra postura.
A alínea J do inciso I do Art. 4º entendo que está se referindo a alínea i, conforme segue a seguir:
i) o Porta-Bandeira coloca a Bandeira em seu suporte, lado direito do Venerável, em posição vertical,
vestindo o mastro pelo pano da Bandeira, de modo que a expressão "ORDEM E PROGRESSO" fique à
vista.
Fica-se à Ord. na colocação da Bandeira Nacional no pedestal que se acha no Oriente, ou a partir da
execução do Hino Nacional?
CONSIDERAÇÕES.
Perdoe-me pelo lapso. Já pedi ao editor do JB NEWS a publicação de uma Errata como segue
logo abaixo. Remeti a mesma ao consulente visando esclarecer o mal entendido em parte da
resposta dada em junho do corrente e publicada hoje no JB NEWS nº 2.241:
A Errata:
Em relação à resposta publicada no JB NEWS nº 2.241, datado de 18 de novembro de 2.016,
transcrita abaixo, segue a seguinte correção em parte da resposta dada:
A PUBLICAÇÃO:
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 33/39
Em 20.04.2016 o Respeitável Irmão Marcelo Pereira Medeiros, Loja Acácia
Candidomotense, 2.612, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Cândido Mota, Estado de São
Paulo, solicita esclarecimentos para o seguinte:
cminfohouse@terra.com.br
ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL.
Tivemos recentemente uma Sessão Magna de Exaltação e surgiu uma duvida sobre a
entrada/retirada do Pavilhão Nacional. Nós não tínhamos Irmãos suficientes para
compor a comissão de 13 membros. Nesse caso, devemos dar entrada ao Pavilhão
Nacional com número inferior na comissão, por exemplo, 3, 5, 7...? Ou fazemos
apenas a saudação no final?
CONSIDERAÇÕES:
O ideal é o que se cumpra o regulamento – ver o atual Decreto 1.476 de 17/05/16 do
Grão-Mestre Geral.
Na hipótese de não existirem Mestres suficientes para comporem a Comissão de
Recepção, opta-se por um número menor de integrantes, desde que esse número
seja ímpar, atendendo as colunas da recepção em número maior de integrantes
sempre ao Norte.
Acho oportuno salientar dois aspectos. O primeiro é o que se refere ao Decreto
acima mencionado, cuja prática prevê agora nas Sessões exclusivas para Maçons
que durante a execução do Hino Nacional, todos os Irmãos ficam à Ordem, não mais
apenas perfilados. O segundo é que apenas portadores do Terceiro Grau fazem parte
do cerimonial ao Pavilhão (comissão de recepção e a guarda de honra).
Se a Sessão contar com um número reduzido de Irmãos Mestres, é preferível que o
Pavilhão Nacional já esteja hasteado no seu lugar no interior da Loja. Assim, opta-se
ao final dos trabalhos em se fazer apenas a saudação à Bandeira – é preferível
suprimir parte do cerimonial a realiza-lo em desacordo com a liturgia e a ritualística.
Como diz o caso, a questão é do bom senso.
PUBLICADO NO JB NEWS Nº 2241 DE 18/11/2016.
A CORREÇÃO:
No trecho da resposta destacado em amarelo, para o REAA, entenda-se o seguinte para
as Sessões exclusivas para maçons na entrada do Pavilhão Nacional: tomadas as demais
providências, o Venerável Mestre determina que todos, inclusive ele próprio, fiquem à
Ordem. Em seguida a Bandeira, conduzida pelo Irmão Porta-Bandeira e escoltada pela
Guarda de Honra, adentra ao Templo e para à entrada, sustentada por seu condutor,
passando da posição de apoiada no ombro para a posição vertical, ao lado direito do
corpo, segura com as duas mãos pelo mastro de tal forma que o braço esquerdo fique
cruzado na frente do corpo com o antebraço na horizontal e a mão direita empunhe o
mastro no prolongamento do braço. Ato seguido Venerável Mestre determina que todos se
perfilem para o canto do Hino Nacional - não se admitindo outra postura (Art. 5° do Dec.
1.476 de 17 de maio de 2.016 do GOB).
Observação: “perfilado” significa estar em pé, ereto, braço estendido ao longo do corpo.
Terminado o canto do Hino, o Venerável Mestre determina que todos fiquem à Ordem (Art.
4º, Inciso I, letra J do Dec. 1476 de 17/05/2016).
Exceto os membros da Comissão de Recepção, da Guarda de Honra e o Porta- Bandeira,
os demais ficam à Ordem. Ato seguido o Porta-Bandeira, empunhando o mastro na vertical,
desloca-se, a passos marciais, acompanhado da Guarda de Honra (pelo Norte) até a
entrada do Oriente, onde esta para. A Guarda de Honra permanece com as espadas na
posição de ombro-arma. O Porta-Bandeira entra no Oriente, coloca a Bandeira no pedestal
(suporte apropriado ao lado direito do Venerável Mestre) em posição vertical, de modo que
a expressão – Ordem e Progresso – fique à vista, e retorna ao seu lugar ficando à Ordem.
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 34/39
Durante o deslocamento da Bandeira pela Comissão de Recepção os integrantes desta
abatem espada (em continência), com o seguinte procedimento:
- Espada empunhada pela mão direita, braço estendido em diagonal formando um ângulo
de 45° com o corpo e ponta da espada aproximadamente a 15 centímetros do solo (espada
em continência);
- Permanecem nesta posição até a Bandeira ultrapassar o último homem, quando então
voltam à de posição de ombro-arma.
Essa e a retificação no trecho destacado da resposta publicada, pelo que peço minhas
sinceras desculpas pelo equívoco.
Fico a disposição para outros quaisquer esclarecimentos.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
NOV/2016.
Nota do Perguntas & Respostas: - Dentro de algumas edições o JB
News deixará de circular definitivamente. Toda e qualquer dúvida
poderá continuar sendo enviada para o Irmão Pedro Juk
(jukirm@hotmail.com ) que, em breve, estará sendo respondida aos
irmãos de todo o Brasil, através de um Blog exclusivo, que será
criado e anunciado por este informativo.
JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 35/39
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
05/03/2005 Aurora Florianópolis
10/03/1972 Templários da Justiça Lages
15/03/1998 Estrela do Sul Lages
18/03/1998 Jacy Daussen São José
18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí
19/03/1993 III Milênio Curitibanos
19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma
20/03/1949 Januário Corte Florianópolis
23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema
24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis
30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville
30/03/1999 Círculo da Luz Joinville
31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú
31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de março
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Notícias maçônicas de Florianópolis

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Florianópolis, com visual de uma das 42 de suas belas praias (Imagem: Praia da Ilha do Campeche) Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.345 – Florianópolis (SC) – quinta-feira, 2 de março de 2017 Bloco 1-IrRui Bandeira – A Integração do Aprendiz Bloco 2-IrJoão Anatalino Rodrigues – O Poder do Nome de Deus Bloco 3-IrValdemar Sansão – O Verdadeiro Sucesso (Maçonaria em Gotas XXIV) Bloco 4-IrCharles Evaldo Boller –A Chave de Hiram Bloco 5-IrCleverson Julião – As Liberdades de Consciência e Pensamento no Rito.... (republicação) Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas (com doze respostas) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 2 de março e hoje com versos do Irmão e Poeta Raimundo August o Corado (Barreiras – BA)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 2/39 Ir Rui Bandeira Obreiro da R. L. Mestre Affonso Domingues, n.º 5 da Grande Loja Legal de Portugal/GLRP. Escreve às quintas-feiras neste espaço. Este e outros artigos de sua autoria podem ser lidos no blog http://a-partir-pedra.blogspot.com.br A Integração do Aprendiz Terminada a Cerimónia de Iniciação, começa de imediato o importante capítulo da integração do novo Aprendiz. Em bom rigor, essa integração tem já início no decorrer da própria Cerimónia de Iniciação. Mas disso, quase de certeza, não tem o novo Aprendiz consciência. Porventura, de tal se aperceberá (muito) mais tarde, quando, já completamente integrado, rememorar sua vida maçónica. A Maçonaria organiza-se essencialmente em Lojas, grupos de maçons com ampla autonomia - mas estrita convergência de princípios -, que cooperam no aperfeiçoamento individual de cada um. A integração de um novel Aprendiz na Maçonaria corresponde, assim, à integração na Loja que o acolhe, no grupo de que passa a ser mais um participante. Essa integração ocorre mediante um processo com dois sentidos: depende do esforço e da atuação da Loja perante o novo Aprendiz, mas também só é bem sucedida através da conduta e do posicionamento deste em relação à Loja. Ao integrar um novo elemento, desconhecedor de muitas das idiossincrasias da realidade a que se juntou, a Loja, enquanto grupo, e cada um dos seus obreiros, individualmente, devem ter presente que essa transição é um processo de delicado equilíbrio: o novo elemento tem a categoria de Aprendiz, em sinal de que muito tem de aprender, no confronto e com o apoio dos mais antigos, mas deve ser, só pode ser, é, tratado num plano de estrita Igualdade com os demais membros da Loja; o novo Irmão é recebido com toda a afabilidade e familiaridade, mas deve ser, só pode ser, é, tratado com pleno e integral respeito da sua personalidade, da sua privacidade; o novo Aprendiz passa a dispor de um método de formação, de uma panóplia de conhecimentos, de um conjunto de ensinamentos e valores que lhe são relembrados, mas deve ser, só pode ser, é, respeitado na sua individualidade, nas suas escolhas, no seu pensamento, tudo se lhe facultando, nada se lhe impondo. A integração de um novo elemento numa Loja não ocorre através do ensino àquele do que esta é; processa-se através da aprendizagem por ele dessa realidade. A Maçonaria não se ensina - aprende-se! Em Maçonaria, nada se impõe, tudo, desde que conforme aos seus princípios essenciais, se aceita. Em Maçonaria, não há interpretações ou pensamentos certos ou errados, e muito 1 – A Integração do Aprendiz - Rui Bandeira
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 3/39 menos únicos. Em Maçonaria o pensamento individual, a crença de cada um, são integralmente respeitados e a diversidade é encarada como uma riqueza para o conjunto. A integração de um novo maçom na Loja, consequentemente, é um processo que deve ser, só pode ser, é, efetuado no pleno respeito da individualidade, da personalidade, das características, do novo elemento. Individualidade, personalidade e características que, juntando-se às que já existem no grupo, o enriquecem, o fortalecem, o diversificam, enfim, o melhoram. Os maçons gostam de dizer que a Maçonaria pega em homens bons e fá-los melhores. Mas a inversa também é verdadeira: a integração bem feita, no respeito da individualidade do novo elemento, no grupo, na Loja, faz com que esse homem bom torne a Maçonaria melhor! Qualquer dessas melhorias ocorre naturalmente: não é a Loja que melhora o novo maçom - é este que se aperfeiçoa, no confronto com seus pares, com os princípios morais com que mais assiduamente se depara; a Loja, por seu turno, enriquece-se, melhora, cresce, qualifica-se, em função das melhorias, dos aperfeiçoamentos, de todos os seus elementos, recentes e mais antigos, quaisquer que sejam os seus graus e qualidades. Gera-se assim um círculo virtuoso em que o indivíduo beneficia do grupo para se aperfeiçoar e aperfeiçoa o grupo em virtude da sua própria melhoria. A integração de um novo Aprendiz não é, assim, um mero processo de enquadramento. É uma verdadeira essencialidade da Loja. A integração do novo Aprendiz é o fermento que faz crescer a valia do grupo, é o cimento que liga a Loja, é o mástique que confere flexibilidade ao conjunto. Uma Loja demasiado tempo sem Aprendizes é uma Loja estéril, um grupo sem perspetivas de futuro risonho. Será porventura constituída por muito Sabedores Mestres, por Fortes temperamentos, mas faltar-lhe-á a Beleza do acompanhamento dos esforços de quem ainda só sabe soletrar a Maçonaria, o estímulo dos seus progressos, a lembrança de que o esforço de aprendizagem, de aperfeiçoamento, não acaba com a ascensão à Mestria, não cessa com a experiência, não acaba com a antiguidade. A integração bem feita de um novo Aprendiz não é pois apenas importante para este: é intrinsecamente uma necessidade vital da Loja. É por isso que nenhuma Loja maçónica se pode dar ao luxo de não providenciar pela correta integração dos seus Aprendizes, não pode cometer o desperdício de os abandonar à sua sorte e aos acasos do seu desacompanhamento. E, se porventura, se der a esse luxo, se cometer esse desperdício, virá a pagar bem caro esse desmazelo! Uma Loja maçónica não vive só para os seus Aprendizes, mas vive também, e muito, para eles. Porque o esforço de acompanhamento destes cimenta a unidade do grupo; porque a formação destes melhora a do grupo; no fundo, porque não são só os Aprendizes que aprendem com a sua Loja - esta também aprende, e muito, com aqueles. Rui Bandeira
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 4/39 O Irmão João Anatalino Rodrigues, é palestrante, escritor e colunista do JB News. Outorgado com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. Escreve às quintas-feiras e domingos. jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br ESTUDOS MAÇÔNICOS: O PODER DO NOME DE DEUS A Cabala, da mesma forma que a tradição hermética, também trabalha com o axioma segundo o qual o que está em cima é mesmo que está em baixo, o que está fora é o mesmo que está dentro. Assim, o homem e o universo compartilham do mesmo desenho estrutural e o seu desenvolvimento, enquanto ser co-partícipe da Criação universal, segue o mesmo plano que o Criador concebeu para a construção do mundo material. É nessa conformidade que a tradição cabalística sustenta que o corpo humano é um reflexo do cosmo, sendo o homem um microcosmo, enquanto o universo é o macrocosmo. Além de mostrar o universo sendo construído como se fosse um edifício, perfeitamente planejado e com uma finalidade bem definida, a Árvore da Vida cabalística também representa o corpo esotérico do homem do céu, na Cabala chamado de Adam Qadmon, arquétipo celeste do homem da terra. É como a ele se refere a Siphra Ditzeniovtha (O Livro do Mistério Oculto, parte do Zhoar):“Por isso está dito: IShRTzV (Yesratzu): Deixai-os dar e se reproduzir abundantemente; eles têm movimento vital; e a primeira forma é, por sua vez, incluída na outra forma; o vivente superior, o vivente inferior; o bem vivente, o mal vivente. E também está escrito ( Gênesis 1:26): E os Elohins disseram: façamos o homem.” Mas não se escreveu HADM ( Ha- Adam) “este homem”, mas simplesmente Adam, em antítese ao Altíssimo Uno, que foi feito no Nome Perfeito”.[1] 2 – Estudos Maçônicos: O Poder do Nome de Deus João Anatalino Rodrigues
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 5/39 Esse enigmático texto sugere que o homem não foi criado a partir de uma imagem direta de Deus, mas sim como uma projeção angélica da sua essência, manifesta no mundo físico. Essa projeção é chamada na Cabala de Elohins. Por isso temos a expressão bíblica no plural “façamos o homem à nossa imagem e semelhança.” Destarte, segundo essa visão, o homem simples do mundo material é só um reflexo do Homem Arquetípico, Adam Qadmon, aquele que foi criado segundo a imagem angélica. E nesse mesmo sentido, a Cabala diz que “ quando o primeiro foi aperfeiçoado, também seu reflexo foi aperfeiçoado; mas aperfeiçoado como homem e mulher, para a perfeição de todas as coisas”.[2] Assim, o homem não foi feito á imagem e semelhança do próprio Deus, mas sim á imagem do Elohim, do qual é um reflexo animado pelo sopro vital, enquanto o Elohim, este sim, é a classe dos arcanjos que foram feitos através da conjugação das letras do Nome Inefável.[3] Essa visão é interessante porquanto um dos ensinamentos que a Cabala nos dá é o de que Deus constrói o mundo com três atributos da sua Essência, que são a Luz, o Som e o Número. Essas seriam a “matéria prima” com as quais o universo e tudo que nele há é feito. A luz é a sua Energia, que se manifesta no nada cósmico e dá substância ao universo real. Na visão da Bíblia, essa energia é a luz que sai das trevas; na visão da ciência, temos o big-bang, a energia expulsa na explosão inicial, acelerada na velocidade da luz, que se converte em massa, conforme a equação de Einsten (E=mc²). O Som é o seu Nome Inefável, Palavra Sagrada que poucos iniciados conhecem, mas que é indispensável para que tudo aconteça. É através dessa Palavra que as potências (as leis naturais) atuam, formatando a realidade existente no mundo. Dai a importância que a Cabala e as doutrinas místicas, de um modo geral, conferem á alegoria do Nome Inefável de Deus.[4] E também a verdadeira fobia que os povos do Oriente tinham pelo significado dos nomes, pois este designava, segundo antigas crenças, a quantidade de luz presente na alma do indivíduo. Assim, Iavhé (Jeová), o primeiro nome de Deus em sua manifestação no mundo da existência positiva, era chamado de Luz Infinita (AinSoph). Com base nessa premissa, há cabalistas que explicam o fato de algumas pessoas serem mais inteligentes (ou iluminadas) que outras, já que seus nomes, por atraírem mais atributos de luz, lhes confere essa qualidade. Isso porque, segundo essa crença, todas as almas tem um nome de origem, que não é o nome que lhes é dado na terra, mas sim o que é obtido pelo seu valor numeral. Este só pode ser descoberto com o uso da técnica da guematria. Por isso, saber quanto vale numericamente o próprio nome é o mesmo que determinar o seu valor na escala da espiritualidade.[5] O Número é o elemento de organização do universo. Através dele e das formas geométricas, Deus, pelas mãos dos seus arcanjos construtores dá sentido, organização e forma ao mundo real. Esses três atributos da Divindade estão representados nas três primeiras séfiras da Árvore da Vida: Kether (Luz), Chokmah (Som), Binah (Número, Geometria). As outras sete séfiras da Árvore são consequência da ação coordenada dessas desses três princípios que se unem, como numa trindade sagrada, para produzir toda a realidade existente. Esse processo se repete também no corpo físico e espiritual do homem, porquanto, como vimos, ele não é mais que um reflexo do próprio universo A visão cabalística da criação do homem é uma ideia que está mais consentânea com a própria crença do povo de Israel, pois um dos pressupostos fundamentais da religião judaica é que Deus não tem forma nem seu verdadeiro Nome é conhecido pelos homens. Razão pela qual nenhuma imagem sua poderia ser reproduzida, nem o seu verdadeiro nome ser pronunciado em vão. Esses, aliás, constituíam dois dos mais severos mandamentos do Decálogo, e quem os violasse era punido com a morte mais horrível.[6]
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 6/39 Destarte, dizer que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus constituiria uma grande incoerência que os sábios de Israel jamais cometeriam, já que nem eles mesmo sabiam qual seria a imagem de Deus. E é nesse mesmo sentido que Jesus ensina que Deus é Espírito e como tal deve ser adorado, pois Ele não pode ser conhecido em sua essência, mas apenas em suas manifestações. Essa tradição cabalística, que também é encontrada entre os adeptos da Gnose e da Teosofia, sustenta que Adão, o “homem da terra”, foi feito conforme o modelo do “homem do céu”, conhecido como Adão Kadmon. Esse “modelo” seria inspirado na própria imagem dos arcanjos Elohins, estes sim, semelhantes ao homem em sua forma. Por isso é que o Livro da Criação (Bereschit), ao se referir á criação do mundo diz “ Bereschit bara Elohim...” (No começo os Elhoim criaram...). Isso quer dizer que o mundo físico, e por consequência, o homem, não é exatamente uma criação direta de Deus, mas sim resultado de uma manifestação Dele no mundo da Ação (o mundo de Assiah),. Com efeito, essa ideia vem expressa no Zhoar quando diz que "...se o mundo tivesse sido obra da essência divina chamada Jehováh, tudo nesse mundo teria sido indestrutível; mas como o mundo é obra da essência divina chamada Elohim, tudo está sujeito à destruição; e é por isso que a Escritura diz : "Vinde e vede as obras de Elohim que estão sujeitas à destruição (schamoth) sobre a terra" (...) "Rabbi Isaac disse: (...) se o mundo tivesse sido criado pelo nome de misericórdia, isto é, pelo nome de Jehovah, todo o mundo teria permanecido indestrutível; mas como o mundo foi criado pelo nome do rigor, isto é, pelo nome de Elohim , tudo é perecível nesse mundo" (Zohar, I,58,b).[7] É nesse sentido que o rabino Yehuda Berg ensina: Elhoim não é Deus absoluto, o Princípio Criador. É uma manifestação secundária dele. Equivale ao que chamamos de Natureza. Em hebraico Elohim se escreve ,‫אלהים‬cuja correspondência numeral é 86. A palavra natureza também tem essa equivalência em hebraico pois se escreve (‫ַנ‬‫ט‬ ‫ּו‬‫ָזֶר‬‫ה‬) que é igual á 86, razão pela qual Elohim é a própria natureza em ação. [8] Conclui-se pois, que Elohim é o “Espírito da Natureza”, que integra tudo que nela existe como essência ou energia, transformada em vida. Por isso na tradição cabalística se diz que Elohim fez o homem modelando-o do “barro da terra” e conforme a sua própria imagem. Nessa fórmula está a razão de o homem só encontrar o seu verdadeiro equilíbrio (e saúde) quando está verdadeiramente integrado com o meio em que vive, ou seja, a mãe Natureza, ou Mãe-terra. Essa é a razão de o espírito humano ter desenvolvido os festivais chamados de Antigos Mistérios. Trata-se de uma memória ancestral, uma informação posta no próprio DNA do ser humano, uma razão psíquica que justifica a realização desses cultos e o motivo de eles remanescerem como arquétipo no Inconsciente Coletivo da Humanidade. Eles funcionam como uma forma de ligação entre os homens e os deuses. [9] Outra metáfora cabalística sugere que o Elohim (manifestação divina equivalente á natureza) é uma espécie de CPU cósmica que nos fornece a inspiração para todo o nosso substrato psíquico. Nessa CPU, todo o plano cósmico e todo conhecimento passível de ser transmitido ao homem está registrado. Ela já foi chamada de Mente Universal ou Alma Mundi, ou seja, a energia espiritualizada que alimenta a vida espiritual do cosmo. Por isso se diz que as nossas ideias não são geradas do nada, mas sim, como dizia Platão, elas provém dos “universais”, formas incorpóreas, ideais, que existem independentemente do pensamento humano, mas que o influenciam e lhes fornecem a matéria prima que formata a nossa vida psíquica. Essas “formas” universais, diz Platão, vêm do mundo dos deuses. Na tradição religiosa do antigo Egito, essa “corrente energética” que vem do céu para a terra e volta da terra para o céu era chamada de Maat.[10] Na visão da Cabala essa idéia é representada
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 7/39 na forma de uma corrente de fluxo e refluxo de energia, que alimenta a “Mente Coletiva” da humanidade e dela recebe os influxos do conhecimento. É algo análogo á noção de Jung sob a existência de um Inconsciente Coletivo da Humanidade, onde todas as noções que dão alento á nossa vida psíquica estão hospedadas sobre a forma de arquétipos. Na filosofia de Teilhard de Chardin um interessante paralelo dessa ideia pode ser encontrada na sua noção acerca da existência de uma camada de pensamento que aureola a terra e lhe fornece o estofo para a sua atividade psíquica. É a camada que ele chama de Noosfera. A esse propósito, é interessante registrar o pensamento desse formidável pensador pois ele revela uma formulação lógica desse processo que integra toda a mística e a ciência que já se revelou sobre esse tema: “ Por termos reconhecido e isolado, na história da Evolução a nova era de uma Noogênese”, escreve ele, “ei-nos forçados, correlativamente, a distinguir, na majestosa ordenação das folhas telúricas, um suporte proporcionado á operação, quer dizer, uma membrana mais. Em volta da centelha das primeiras consciências reflexivas, os progressos de um círculo de fogo. O ponto de ignição se alargou, O fogo ganha terreno. Finalmente a incandescência cobre todo o planeta. Uma só interpretação, um só nome se acham á medida desse grande fenômeno (...) a camada “pensante” que, após ter germinado em fins do Terciário, se expande desde então por cima do mundo das plantas e dos animais: fora e acima da Biosfera, uma Noosfera.[11] Ainda citando Teilhard de Chardin, em se tratando do fenômeno da vida, “é o próprio tecido das relações genéticas que, uma vez desdobrado e erguido, desenha a Árvore da Vida”.[12] E nesse sentido podemos acrescentar á essa visão o ensinamento cabalista segundo o qual é pela sua própria vontade que Ele (Deus), através do Nome Sagrado (IHVH), se manifesta positivamente no mundo. Esse é o segredo do big-bang, identificado pela ciência e revelado pela Cabala. Eshad U’ Shemohu (Ele e seu Nome são Um) onde a palavra-nome (shemot, )‫שמות‬ equivale a 346, o mesmo valor numeral de desejo, vontade, (‫חלום‬ ) que também equivale a 346.[13] Tudo é Deus, tudo vem de Deus, tudo se consuma em Deus. Destarte, a verdadeira sabedoria está no culto á Luz, na pesquisa do Nome Inefável e no estudo do número e das formas, ou seja, a Geometria. Visto dessa forma começa a fazer sentido as lições que a tradição maçônica nos transmite em seus rituais. Todavia, essa visão só desvela aos olhos do espírito, como dizia o profeta Isaias. [1] A Kabbalah Revelada, Madras, 2011 [2] Idem, pg. 104 [3] Elohim é um dos dez nomes de Deus, que estão relacionados ás dez manifestações Dele no mundo real, correspondentes á cada uma das séfiras da Árvore da Vida. É também uma das dez Ordens angélicas que presidem a construção do mundo, sendo a imagem dos arcanjos dessa Ordem o molde segundo o qual o homem foi criado. Por isso a Bíblia diz: “ criemos o homem á nossa imagem e semelhança”. [4] Na tradição maçônica, a alegoria do Nome Inefável de Deus cumpre uma importante etapa doutrinária.. [5] Henry Seroya, A Sabedoria da Cabala, pg 46. [6] A idolatria (fabricar e adorar estátuas e figuras de deuses) e a blasfêmia (tomar o nome de Deus em vão), constituíam crimes tão graves na antiga legislação hebraica, que eram punidos com a morte por apedrejamento. [7] A Kabballah Revelada, op citado. Pg. 83 [8] O Poder da Cabala- Ed. Imago, 2010 [9] A Maçonaria adotou uma variante desse culto no desenvolvimento do curioso Drama de Hiram Abiff. [10] Maat, na religião dos antigos egípcios era a deusa da Justiça, aquela que ligava o céu á terra, levando para o céu as manifestações psíquicas dos homens e trazendo do céu a resposta que os deuses davam á elas. [11] Teilhard de Chardin- O Fenômeno Humano, pg. 197 [12] Idem, pg. 197 [13] O Poder da Cabala- citado, pg 87
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 8/39 MENSAGEM DO DIA – MAÇONARIA EM GOTAS (XXIV) Valdemar Sansão Dia 26 de fevereiro O VERDADEIRO SUCESSO “O primeiro requisito para o sucesso é a habilidade de aplicar incessantemente suas energias físicas e mentais a qualquer problema, sem se cansar” - Thomas Edison. Sucesso - A Maçonaria tem como objetivo levá-lo à conquista do êxito. Ensina como você pode aumentar sua vitalidade, sua capacidade de pensar e agir, seu sucesso, sua saúde emocional, física e mental. Comer bem é importante, mas se a pessoa não consegue dormir por estar estressada, a proposta de alimentação saudável não despertará interesse. Mostra como você pode utilizar as suas grandes e naturais fontes de resistência, suas reservas físicas e psicológicas e começar assim uma vida nova, plena de realizações. Para conseguir tão almejado êxito, você terá que, em primeiro lugar, estabelecer um rumo, traçar um objetivo. Tudo começa com coisas pequenas. É agradável, essencial mesmo, sonhar grandes sonhos, mas a esperança não brota só de sonhos. A ação é imprescindível. A vida sorri apenas àqueles que lutam e se preparam para vencer. Para vencer, entretanto, não basta uma aspiração vaga, o sonho impreciso, mas o anseio ardente, tenaz, de atingir um objetivo previamente determinado. Lute pelo seu sucesso, pelo seu êxito, mesmo que isso lhe custe grande esforço. Ninguém é mais forte do que você. Controle seus atos e sua maneira de ser. Uma verdade irrefutável ressalta em toda a economia da vida humana: é a de que o homem tem que lutar. É na ação construtiva, é pela luta que o ser humano encontra satisfação para as suas necessidades e as suas grandes esperanças. Ninguém jamais conseguiu tornar-se forte no alheamento, na inatividade. Destino, Sorte ou Acaso – Não existe sorte ou acaso. O destino do homem está em suas mãos. A vida só dá a liberdade, a alegria, o triunfo, aos que conhecem as regras da luta. Preparado, o homem adquire essa capacidade. Deve lutar para a conquista da coragem, da vontade firme, deve ser honesto, magnânimo, digno. Nunca bajular ou mentir, nunca se acovardar frente à adversidade, nunca abusar dos mais fracos, nunca transigir com o erro, com o vício, nunca ceder à adversidade, nunca tentar curvar a natureza à vontade do homem, nunca temer olhar o mundo de frente. Conselhos – Apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos, já dando, a quem quer que seja, aqui vão mais alguns que julgo valiosos: Primeiro conselho: - Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame o seu ofício com todo coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como consequência. Quem pensa só em dinheiro não consegue ser grande coisa, nem sequer ser um grande bandido, nem mesmo um grande canalha. Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro. Hitler não matou seis milhões de judeus por dinheiro. Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro. Segundo conselho: Viver numa terra trágica é o mesmo que num tempo trágico. Nesta terra e neste tempo trágicos, recordo a propósito disso, de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário mexicano. O milionário vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum do mundo”. E ela respondeu: “Eu também não, meu filho”. Não diga que não pode trabalhar em benefício dos outros. Quantos mudos dariam uma fortuna para poderem falar como você! Quantos paralíticos suspiram pelos passos que você pode dar! Quantos milionários lhe entregariam suas riquezas, para terem um décimo da Fé que você tem! 3 – O Verdadeiro Sucesso – Maçonaria em Gotas (XXIV) Valdemar Sansão
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 9/39 Não diga que não pode trabalhar! Distribua os bens que Deus lhe concebeu, em gestos de bondade e palavras de carinho. Terceiro conselho: é preferível o erro à omissão, o fracasso ao tédio; o escândalo, ao vazio. Porque já vimos grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, o não fazer, o remanso. Tenha a consciência que cada homem foi feito para fazer história. Que o homem é um milagre e traz em si uma revolução. Foi criado para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações em uma mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: eu não disse!; Eu já sabia! Quando discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais; pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta. Quarto conselho: O homem não sabendo de onde vem, se crê mais do que não o é; não sabendo para onde vai, concentra todo o seu pensamento sobre a vida terrestre; ele a vê tão agradável, quanto possível; quer todas as satisfações, todos os prazeres. A Liberdade, ele a quer para si, e não concede, aos outros, senão quando ela não leve nenhum prejuízo às suas prerrogativas; a Igualdade daria a outros direitos que quer ter sozinho; a Fraternidade lhe imporia sacrifícios que estariam em detrimento de seu bem-estar. A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base do respeito à personalidade, à justiça, à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas. Supondo-se a maioria dos homens imbuída desses sentimentos, podem-se imaginar as modificações que trariam às relações sociais? Caridade, Fraternidade, Benevolência para com todos e para com tudo. Tolerância para com todas as crenças, tal será a sua divisa. É o objetivo para o qual tende a Humanidade, o objeto de suas aspirações, de seus desejos, sem que se dê muita conta dos meios para realizá-los: ela ensaia, tateia, mas se detém pelas resistências ativas ou pela força de inércia de muitos e dos preconceitos das crenças estacionárias e refratárias ao progresso. São essas resistências que é preciso vencer, e essa é a obra da nossa Sublime Ordem; seguindo o curso atual das coisas, reconhecer-se-á que tudo parece predestinado a lhe abrir o caminho; tem para ela o duplo poder do número e das ideias, e além disso a experiência do passado. O Verdadeiro Sucesso - Há alguns anos, nas Paraolimpíadas (Olimpíadas Especiais) de Seattle, nove participantes com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro; diminuíram o passo e olharam para trás. Então, eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse: “Pronto, agora você vai sarar”. E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada. O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Por quê? Por que lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho. O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso. Conclusão – A qualidade de Irmão, aplicada a todos os Obreiros de uma Loja maçônica compreende uma afinidade desde aquele que, detendo-se na superfície, nele não se vê senão um passa tempo de curiosidade; até aquele que procura concordância com as leis universais, e suas aplicações aos interesses gerais da Humanidade; enfim desde aquele que vê apenas um meio de exploração em seu proveito, até aquele que haure os elementos de sua própria melhoria moral. Dar-se por Maçom convicto, não indica, pois, de nenhum modo, a medida da crença; sem falar de pessoas desagregadoras interessadas em semear discussão. Se alguém diz que ama a Maçonaria, mas não ama seu semelhante, é mentiroso. Demonstraremos nosso amor a Deus, que não vemos, sabendo amar as criaturas e unindo forças, que vemos e que vivem em torno de nós! Tem palavras que chegam como um abraço. E tem abraços que não precisam de palavras! Recebam queridos Irmãos meu fraterno abraço e desejo que alcancem O Verdadeiro Sucesso! P.S. - Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde muitos morrem de fome e ainda se morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres não chegam a viver como seres humanos.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 10/39 Ir Charles Evaldo Boller Curitiba – PR – Charleseb@terra.com.br Textos extraídos de sua obra, “Iluminação” A Chave de Hiram Considerações a respeito do livro A Chave de Hiram; implicações de conhecimento e educação para o maçom; valor do culto e erudito para a ordem maçônica. 4 – A Chave de Hiram Charles Evaldfo Boller
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 11/39 A leitura do livro A Chave de Hiram é visto como leitura prejudicial por pessoas que, em razão de suas crenças, descartam a possibilidade aventada pelos autores que Jesus Cristo é parte de linhagem real diferente da vertida pela Bíblia Judaico-cristã. Sem entrar no mérito da veracidade e seriedade das pesquisas que culminaram na proposta das mudanças na história da cristandade, os argumentos são válidos e consistentes como pensamentos novos. Que cada pessoa, debaixo da luz de seu próprio discernimento e crenças, com a visão de sua sã racionalidade e sensibilidade, mude sua forma de pensar. Se isto destruir dogmas absurdos é bom sinal. Liberdade é objetivo central da Maçonaria. Significa progresso de pensamento e conhecimento, cauteriza as chagas do obscurantismo que tanto mal promove ao longo da história. Educação e o conhecimento libertam! Assim, polir a pedra é tarefa de todo maçom. Todos carecem de polidez, virtude que marca a origem de outras virtudes. A polidez é insignificante e ao mesmo tempo importante. Sem ela todas as outras virtudes seriam imperceptíveis. É na aparente insignificância da polidez que reside sua importância. Não se trata de refinada educação, tratamento impecável e boas maneiras, mas do acolhimento de novas ideias e posturas, de mais cultura, de conhecimento. É o que significa o polir da pedra: polidez! O caminho da polidez é o ataque frontal, e com todas as forças mentais e psicológicas disponíveis, ao estudo pessoal dentro da capacidade individual e, com isto, progredir em conhecimento, desenvolver em polidez. O maçom alcança seu objetivo quando discute algo que muda seu modo de pensar. Debates fomentam o crescimento maçônico. É o brunir da pedra até brilhar, ficar polida. Ingressa-se na ordem maçônica para beneficiar-se de um sistema de incremento da polidez, para se autoproduzir, e não apenas para ser membro do "sindicato". E que não fique apenas em meia dúzia de autores! Que absorva bibliotecas inteiras na tarefa de busca de polidez. Não se restrinja a temas exclusivamente maçônicos. Seja eclético! É trabalho, estudo, diversão! E não fique apenas nisso, que se coloque em uso prático o que se descobre. Enciclopédias estão repletas de conhecimentos, mas não possuem a capacidade de colocar tal preciosidade em ação. Os irmãos autores do livro "A Chave de Hiram" pesquisaram e trabalharam para alicerçar dados aceitáveis. São corajosos ao exporem seus pensamentos para a cristandade. O objetivo dos autores não é a de semear discórdia entre maçons, mas apresentar novas ideias, novos formatos, questionar verdades em novos ciclos de tese, antítese e síntese. Seriam estultos se suas pesquisas estivessem baseadas em argumentação sem sustentação histórica e científica. As comunidades acadêmicas e de pensadores os trucidariam!
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 12/39 Foi graças ao seu treinamento maçônico que eles obtiveram discernimento diferente das comunidades acadêmicas e científicas que há tanto tempo estudam na mesma linha sem acrescentarem novidade na área, talvez por receio de enfrentar a ira de religiosos fundamentalistas ou mesmo da falta de visão, de insight. Independente de o historiador não usar de "achismos", seja ele técnico e alicerce suas reflexões em documentação de fonte segura e fidedigna, a história contada em qualquer tipo de registro histórico contém falhas de interpretação, erros e falsidades. Não por falha do historiador. Mesmo se a fonte estiver registrada e fartamente documentada, a redação de evento histórico está sujeita aos ventos dos interesses de historiadores, grupos de poder, filosofias, religiões e políticas. Muito do que lemos e interpretamos em documentos que o tempo preservou intactos, estão recheados de mentiras. Já falsos em sua origem. A boa técnica exige do historiador métodos e procedimentos de correlação de fatos passados, e por ser parte especulativa e parte assertiva, a verdade histórica absoluta é quase impossível. Resta duvidar sempre. Na dúvida e na certeza, duvide! Segundo o pensamento grego, a verdade absoluta e eterna deve presidir o pensamento filosófico, mas até este deve ser permanentemente questionado. O pensamento deve ser reavaliado em base permanente por eternos ciclos de tese, antítese e síntese. Para evadir-se da possibilidade de gerar obscurantismo é recomendada ampla abertura para o lançamento de novas ideias, sempre as submetendo aos filtros que cada um dispõe. Com o livro A Chave de Hiram não é diferente. Mesmo com o risco de a obra ser construída em resultado de promoção comercial, visando lucros, em hipótese alguma aceitar o preconceito fundamentado em crenças, dogmas, fantasias e absurdos de alguns para censurar, refutar ou invalidar o pensamento. A liberdade de pensamento é a coluna mestra de sustentação da Maçonaria. A pesquisa de novas ideias não divide a Maçonaria, tal procedimento a justifica. Divisão é natural em todas as organizações humanas, a Maçonaria não é exceção. A proposta da Maçonaria é a de promover a tolerância para fomentar a livre investigação da verdade, caso contrário ela é apenas mais uma simples organização filosófica.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 13/39 A Maçonaria simbólica de 1871 era vista assim por Albert Pike: Se você ficou desapontado nos primeiros três graus da forma como os recebeu, e se pareceu a você que o desempenho não atingiu o prometido, que as lições de moralidade não são novas, a instrução científica é rudimentar e os símbolos foram explicados deficientemente, lembra de que as cerimônias e lições desses graus foram se acomodando cada vez mais no tempo, reduzindo-se e afundando na trivialidade da memória e capacidade limitada do mestre e instrutor para o intelecto e necessidades do iniciado; que eles vieram a nós de tempos onde os símbolos eram usados, não para revelar, mas para esconder, quando o aprendizado simples foi limitado a uns poucos seletos e os princípios mais simples de moralidade pareciam verdades recentemente descobertas; e que estes antigos e simples graus estão agora como as colunas quebradas de um abandonado templo druida, na sua rude e mutilada grandeza; e em muitas partes, também, corrompidas no tempo, desfiguradas por adições modernas e interpretações absurdas. Estes graus iniciais são a entrada para o grande templo maçônico, as colunas triplas do pórtico. - Estas colunas triplas do pórtico são os três graus simbólicos, a base, o sustentáculo de toda a estrutura do sistema de polidez da Maçonaria. Se a Maçonaria simbólica cai na trivialidade, as colunas de sustentação quebram e a Maçonaria Universal caminha para a aparência de um abandonado templo druida. A aventura continua nos graus filosóficos nos ritos que possuem tal extensão. Não são graus superiores! Isso é falácia! Não distingue ninguém! Antes, espreme o maçom debaixo de grande responsabilidade: o de tornar-se mestre servidor. Os graus filosóficos caracterizam-se apenas pela continuação do que deveria acontecer no terceiro grau simbólico. Nada mais! O maçom que alcança ao mais alto grau de seu rito deve abandonar insígnias, comendas e enfeites dourados, que só serviram como demarcação visível do caminho e passagem pelos degraus da escada de Jacó, para voltar a portar apenas a mais humilde e significativa das insígnias maçônicas: O avental do aprendiz maçom. Assim continua e faz da arte de pensar, debater, estudar: hábito permanente de sua vida. Chegando ao topo, volta aos graus simbólicos e filosóficos inferiores para dar sustentação à base. Sem alicerce a estrutura da edificação vem abaixo. A Maçonaria cresceu vertiginosamente até a década de 1950, quando inicia sua corrosão e aumenta a evasão. É fenômeno universal! A evasão acentuada ocorre em virtude da falta de desafios, de renovação do pensamento, de acomodação, sem interesse intenso em pesquisar, ler e abrir a mente para novos pensamentos. Quando a divisão em novos ritos e obediências promove novas linhas de pensamentos ela é correta. Se a razão for dividir para conquistar poder, então a instituição segue o caminho
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 14/39 da estagnação, mesmice, trivialidade. Basta avaliar em qual destes caminhos cada loja segue para determinar a capacidade de sobrevivência de seus obreiros na ordem maçônica. A Maçonaria universal oferece amplas possibilidades ao crescimento de polidez de seus membros, mas eles devem trabalhar arduamente a pedra. Maçonaria é: "Um sistema de numerosos graus, onde o ensino é permanente, não pela palavra do presidente ou do orador, mas principalmente pelo trabalho do adepto". Quem trabalha é o obreiro, o adepto. Não existe a figura do professor. Não existe cardápio pronto, receita de bolo ou varinha mágica! Quem desenvolve polidez com auxílio de seus irmãos é o obreiro, e isto só ocorre na convivência, em debates e produção de material intelectual escrito. Aponta-se principalmente para a importância em manter a mente aberta para novos ou inusitados pensamentos. Abrir portas diferentes ou novas. A sociedade muda pela força do pensamento e da consciência. E isto demanda trabalho! O resultado certo é a produção duradoura de felicidade e paz para a humanidade pela evolução do conhecimento bem utilizado. O Grande Arquiteto do Universo ilumina os caminhos do homem que obtém sabedoria em resultado do uso do livre-arbítrio no esforço de obter polidez e discernimento de aplicação prática. Bibliografia 1. COMTE-SPONVILLE, André, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, tradução: Eduardo Brandão, ISBN 85-336-0444-0, primeira edição, Livraria Martins Fontes Editora limitada., 392 páginas, São Paulo, 1995; 1. CURY, Augusto Jorge, O Código da Inteligência, a Formação de Mentes Brilhantes e a Busca pela Excelência Emocional e Profissional, ISBN 978-85-6030-398-4, primeira edição, Ediouro Publicações S. A., 236 páginas, Rio de Janeiro, 2008; 2. CURY, Augusto Jorge, Pais Brilhantes, Professores Fascinantes, A Educação de Nossos Sonhos: Formando Jovens Felizes e Inteligentes, ISBN 85-7542-085-2, sétima edição, Editora Sextante, 172 páginas, Rio de Janeiro, 2003; 3. GOLEMAN, Daniel, Inteligência Emocional, A Teoria Revolucionária que Redefine o que é Ser Inteligente, título original: Emotional Intelligence, tradução: Marcos Santarrita, ISBN 85-7302-080-6, 14ª edição, Editora Objetiva limitada., 376 páginas, Rio de Janeiro, 1995; 4. HUNTER, James C., Como se Tornar um Líder Servidor, Os Princípios de Liderança de o Monge e o Executivo, título original: The World's Most Powerful Leadership Principle, tradução: A. B. Pinheiro de Lemos, ISBN 85-7542-210-3, primeira edição, Editora Sextante, 136 páginas, Rio de Janeiro, 2004; 5. HUNTER, James C., O Monge e o Executivo, Uma História Sobre a Essência da Liderança, título original: The Servant, tradução: Maria da Conceição Fornos de Magalhães, ISBN 85-7542-102-6, primeira edição, Editora Sextante, 140 páginas, Rio de Janeiro, 2004; 6. KNIGHT, Christopher; LOMAS, Robert, A Chave de Hiram, Faraós, Franco-maçons e a Descoberta dos Manuscritos Secretos de Jesus, título original: The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus, tradução: José Rodrigues Trindade, ISBN 85-88781-085, primeira edição, Editora landemarque, 378 páginas, São Paulo, 2002; 7. PIKE, Albert, Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, Prepared for the Supreme Council of the Thirty Third Degree for the Southern Jurisdiction of the United States, Charleston, 1871.
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 15/39 Ir Cleverson Julião – CIM 236636 Gr. 33º e MI da Loja Luzes de Iguabinha nr. 3073 Araruama – RJ jvjuliao@gbl.com.br Republicamos o artigo do Irmão Cleverson Julião, por um erro da editoria, ao transformar o artigo recebido para DOCX. (está no 2º. Bloco da edição JB News nr. 2343) Segue o artigo, após a justa manifestação do autor, agora com o seu correto título. As nossas escusas. BOM DIA MEU AMADO IRMÃO. EM PRIMEIRO LUGAR AGRADEÇO A PUBLICAÇÃO DE MEU ARTIGO NO INFORMATIVO JB NEWS 2.343 DE 28/02/2017. OCORRE QUE HOUVE UM EQUÍVOCO QUANTO AO TÍTULO E TAMBÉM NO INDICE, O QUAL DISTORCE A SUA INTERPRETAÇÃO. NA PUBLICAÇÃO SAIU "AS LIBERDADES DE COINCIDÊNCIA...." QUANDO NÃO É "COINCIDÊNCIA " E SIM CONSCIÊNCIA. PORTANTO SOLICITO, SE POSSÍVEL, INFORMAR AOS IRMÃOS LEITORES QUE O NOME CORRETO E INTEGRAL DO ARTIGO É: "AS LIBERDADES DE CONSCIÊNCIA E PENSAMENTO NO RITO MODERNO OU FRANCÊS NOS GRAUS SIMBÓLICOS". JÁ OLHEI NO ORIGINAL QUE ENVIEI E LÁ O NOME SE ACHA CORRETO. DESCULPE-ME QUANTO AO TRANSTORNO MAS ENTENDO QUE A CORREÇÃO É NECESSÁRIA PARA INFORMAMOS AOS IRMÃOS O TITULO CERTO. UM GRANDE TFA E ÓTIMA SEMANA. E QUE DEUS CONTINUE LHE ILUMINANDO. CLEVERSON JULIÃO. 5 – As Liberdades de Consciência e Pensamento no Rito Moderno ... - Cleverson Julião (Republicação)
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 16/39 As Liberdades de Consciência e Pensamento no Rito Moderno ou Francês, nos Graus Simbólicos. Introdução: O presente artigo visa traçar as diferenças existentes entre a Liberdade de Consciência e a Liberdade de Pensamento, amplamente difundidas no Rito Moderno ou Francês desde a sua criação em Paris no ano de 1761, constituído posteriormente em 24/12/1772 e proclamado pelo Grande Oriente de França em 09/03/1773, liberdades que embora pareçam idênticas sob a ótica semântica e alcance, não o são. Inicia-se tendo como parâmetro a Constituição do Grande Oriente do Brasil e, o Ritual 1o Grau - Aprendiz Maçom em especial aquelas páginas onde os termos objeto do estudo aparecem. Incorporamos, também, pequena parcela da doutrina constitucional pesquisada, procurando demonstrar o elo de ligação entre esse importante rito, suas concepções históricas e doutrinárias e, a Constituição de 1988 no que é pertinente, in casu as liberdades em apreço . A necessidade, precedente, de explicar-se os significados das palavras consciência e pensamento decorreu da estrutura orgânica delineada. O uso da Palavra a Bem da Ordem em todos os graus e, a apresentação de trabalhos, em sessões ordinárias, entregues sob a forma escrita e, se possível oral, tendo-se o cuidado de não divagar mantendo a essência e, o conteúdo do tema, foi motivo de preocupação. No que tange a Conclusão, demos roupagem progressista de esperança e credibilidade incontestes, demonstrada no linear do desenvolvimento. Asseveramos sem medo de errar, que o Rito Moderno atravessa o “túnel do tempo” incólume, sem feridas ou distorções que maculassem à origem, revelando aos Iir:. que não o conhecem ou o aceitam, a necessidade de estudá-lo em profundidade. Criticar sem base de fundamentação é inaceitável, pois a ignorância sob todas as formas é sinônimo de pobreza educacional, ausência de aculturação, situação que precisamos combater nos templos maçônicos como fora deles. -
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 17/39 II – CONSTITUIÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL - TÍTULO I - DA MAÇONARIA E SEUS PRINCÍPIOS - CAPÍTULO I – DOS PRINCIPIOS GERAIS DA MAÇONARIA E DOS POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO Encontramos no inciso IV do parágrafo único do Art. 1o o seguinte, verbis: Art. 1o - A Maçonaria é uma instituição essencialmente iniciática, filosófica, filantrópica, progressista e evolucionista, cujos fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Parágrafo Único. Além de buscar atingir esses fins, a Maçonaria: IV - defende a plena liberdade de expressão de pensamento, bem como direito fundamental do ser humano, observada correlata responsabilidade. III – RITUAL DO 1o GRAU - APRENDIZ MAÇOM - RITO MODERNO - 2009. Pág. 14 - Os padrões do pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e científicos, e se prendem à época moderna, ao Humanismo. O Rito Moderno que é fruto da Maçonaria Francesa, entende que o maçon deve ter a faculdade de pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de defender os direitos do homem e uma melhor distribuição de rendas... Pág. 21 - Considerando que o Rito Moderno não é necessariamente AGNÓSTICO, mas sua posição se situa dentro da PRUDENTE NEUTRALIDADE que deve vigir, isto é pela sua própria constituição, pois respeita a liberdade de consciência de todos os que para ela ocorrem. Pág. 101 - 3o Interrogatório - VEN:. Que entendeis por livre pensamento? Pág. 159 - Quais são os seus princípios? - A tolerância, o respeito mútuo e a liberdade absoluta de consciência. IV – CONSCIÊNCIA E PENSAMENTO A CONSCIENCIA significa faculdade que tem o ser humano de perceber e entender o que se passa dentro dele e à sua volta. Significa, também, conhecimento e discernimento.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 18/39 CONSCIÊNCIA (no latim conscientia) vem de conscire que significa “dar-se conta”, “perceber”, “fazer-se sábio”, “adquirir conhecimento” de algo. É a faculdade central e primordial de nosso ser, o que chamamos nosso eu e que é o fundamento permanente de todas nossas experiências. É o fulcro interior e o centro de gravitação indistintamente de todas as manifestações de nossa personalidade. PENSAMENTO é ação ou efeito de pensar. É a faculdade de formular ideias, juízos,...Reflexão”. PENSAMENTO é a faculdade que temos de conhecer as coisas e nos relacionarmos intimamente com elas: a faculdade por meio do qual nossa mente plasma uma imagem das coisas exteriores, que percebe por meio dos sentidos, e na base a qual forma conceitos e ideias mais ou menos particulares ou gerais, concretas ou abstratas, com mais ou menos claridade segundo seja a intensidade da impressão e da reflexão. Dado que tudo no Universo é vibração, podemos dizer também que o PENSAMENTO é vibração da mente, assim como o som é do ar, a luz do éter, com a eletricidade, o calor etc... PENSAMENTO é o produto da atividade de nossa mente estimulada pela ação exterior dos sentidos ou interior da vontade, e desta atividade adquirimos consciência em diferentes graus, segundo se manifesta interiormente a luz de nosso eu e interiormente o percebemos nessa luz. V - LIBERDADE DE PENSAMENTO E A LIBERDADE DE CONSCIÉNCIA NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 - ART. 5o , IV. IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; VI - ENTENDIMENTOS DOUTRINÁRIOS À LUZ DA CARTA POLÍTICA DE 1988. Dentre os diversos existentes na doutrina pátria, separamos alguns bastante significativos: A manifestação do pensamento pode, porém, dirigir-se a outrem e não apenas exprimir as. convicções do individuo, sem preocupação deste que outros a percebam, ou não. Essa liberdade, expressão fundamental da personalidade, também é consagrada, mas sob regimes diversos, conforme sua importância social. Essa manifestação pode dirigir-se de urna pessoa para outra ou outras não presentes de forma sigilosa, por carta, telegrama, telefone ou rádio. Essa manifestado, se de pessoa a pessoa e com caráter sigiloso, é a correspondência, cuja liberdade é reconhecida pelo art.5°,XII.
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 19/39 Nos termos do inciso IV do art. 5o . “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Trata-se de regra ampla, e não dirigida a destinatários específicos. Qualquer pessoa, em principio, pode manifestar o que pensa, desde que não o faça sob o manto do anonimato. Conforme ensina o Prof. Alexandre de Moraes, “a proteção constitucional engloba não só o direito de expressar-se, oralmente, ou por escrito, mas também o direito de ouvir, assistir e ler”. A vedação ao anonimato, que abrange todos os meios de comunicação, tem o intuito de possibilitar a responsabilização de quem cause danos a terceiros em decorrência da expressão de juízos ou opiniões ofensivos, levianos, caluniosos, difamatórios, etc... A liberdade de consciência ou de pensamento tem que ver com a faculdade de o individuo formular juízos e ideias sobre si mesmo e sobre o meio externo que o circunda. O Estado não pode interferir nessa esfera íntima do individuo, não lhe cabendo impor concepções filosóficas, aos cidadãos. Deve, por outro lado - eis um aspecto positivo dessa liberdade - propiciar meios efetivos de formação autônoma da consciência das pessoas. Se o Estado reconhece a inviolabilidade da liberdade de consciência deve admitir, igualmente, que o individuo aja de acordo com as suas concepções. Haverá casos, porém, em que o Estado impõe conduta ao indivíduo que desafia o sistema de vida que as suas convicções construíram. Cogita-se, então, da possibilidade de reconhecer efeitos a uma objeção de consciência”. Tradicionalmente, a objeção de consciência liga-se a assuntos de guerra, em especial à prestação do serviço militar. E é dessa modalidade que cuidam as normas constitucionais de diversos países, inclusive o art. 143 da CF. VII - O USO DA PALAVRA A BEM DA ORDEM EM TODOS OS GRAUS SIMBÓLICOS E A APRESENTACÁO DE TRABALHOS NO TEMPO DE ESTUDOS. Há de se distinguir, que de acordo com o Ritual do 1o Grau - Aprendiz - Maçom - 2009 - pág. 14, a busca da verdade, transitória e inefável realiza-se no primeiro grau na intuição; no segundo grau na análise e quando atingida a plenitude maçônica simbólica - grau de mestre maçom - na síntese, sendo que todas essas passagens ocorrem em um processo evolutivo e, racional. Em todos os três rituais dos graus simbólicos encontramos na PALAVRA A BEM DA ORDEM o mesmo disciplinamento, verbis: “O uso da palavra a Bem da Ordem deve se restringir à justificativa de falta de algum Ir:... pequenas comunicações e outros assuntos que não foram expostos na Ordem do Dia, não devendo ser utilizada para voltar a discutir assunto debatido na Ordem do Dia”. Cabe ao Venerável Mestre flexibilizar a palavra quando entender necessário, sem, contudo, permitir que a sessão atinja níveis de discussão acalorados onde o desrespeito, a desordem, o ferimento aos manuais doutrinários, e principalmente a Constituição e a legislação gobiana infraconstitucional venham a ser atropelados. Para isso, o primeiro mandatário da loja deverá se utilizar do equilíbrio necessário, de moderação, prudência, tolerância limitada, demonstrando, com o devido respaldo do Ir:. Orador - membro do Ministério Público - que os trabalhos não serão desvirtuados para objetivos escusos, espúrios, e contrários aos PRINCÍPIOS GERAIS DA MAÇONARIA E POSTULADOS UNIVERSAIS DA INSTITUIÇÃO. Ressalta-se, que nas sessões ditas Magnas a palavra será concedida a qualquer ir:. para falar, exclusivamente, sobre o ato que acaba de ser realizar.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 20/39 O TEMPO DE ESTUDOS é o momento da verdadeira liberdade de consciência e, de pensamento quando os Ilr:. aprendizes e companheiros apresentam trabalhos escritos determinados pelos VVig:. de suas Colunas, após submetidos à análise e, apreciação. Não há, a obrigatoriedade da leitura de trabalho em sessão evitando, inclusive, torná-lo cansativo para todos os presentes não pelo conteúdo, que sempre deve ser prestigiado, mas pela tendência de termos, em sessão, Iir:. desinteressados , que em nada acrescentam aos trabalhos da oficina e, apressados em retornarem às suas residências ou encontrarem outros Ilr:. para “conversarem sobre o nada”. Esses, jamais evoluirão, muitos deles batendo no peito para dizerem, aos Ilr:. mais novos de Ordem, que ingressaram na Maçonaria há trinta, quarenta, cinquenta anos, etc... Entretanto, nada sabem sobre os nossos augustos mistérios porque nunca procuraram estudar haja vista o desinteresse demonstrado. A vaidade e o ego elevadíssimos, para eles, estão acima “do bem e do mal”. Se nada aprenderam no simbolismo porque desejam ingressar nos graus superiores? E esses, sem dúvida, são os piores exemplos para os aprendizes e, companheiros, que diuturnamente devem ser combatidos nas oficinas maçônicas. A exposição oral dos trabalhos, permite que a LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E PENSAMENTO do Ir:. apresentador atinja o ápice, respeitando o tempo que lhe foi fornecido, desenvolvendo as ideias sem se preocupar com estereótipos, entonação de voz, etc...Precisa, sim, ser objetivo com o tema, levando resumo ordenado onde os principais pontos do conteúdo sejam ressaltados deixando, sempre, espaço para os demais Iir:. fazerem perguntas ou tirarem dúvidas, ao final. Esse debate é salutar, pois desenvolve o conhecimento de todos aqueles que estiveram presentes à sessão. Afora temas pertinentes aos graus simbólicos, não devem ser esquecidos vultos maçônicos nacionais e estrangeiros, que marcaram época. Da mesma forma temas envolvendo questões regionais, nacionais, de interesse geral, não partidários e religiosos, devem ser incentivados. No caso específico dos mestres, não há a obrigatoriedade da apresentação de trabalhos pois os aumentos de salário já ocorreram. Independentemente de instruções, exercitamentos práticos, em loja, é necessário que se estimulem palestras, discussões sobre temas pré- estabelecidos bem como a exposição oral de trabalhos, voluntários, que aprimorem o conhecimento. Em sede de mestrado, há tendência de nos prendermos a matérias administrativas e financeiras, obrigatórias, deixando de explorar a beleza e, a profundidade do que se infere nos rituais. A questão que se trava, em especial por Iir:. de outros ritos, é se os aprendizes e companheiros podem fazer uso da palavra por ocasião da PALAVRA A BEM DA ORDEM .  NÃO EXISTE TAL IMPOSSIBILIDADE. Todos os homens iniciados são livres e de bons costumes para se manifestar, respeitadas as matéria específicas a serem tratadas pela administração e, incabíveis nos Graus 1 e 2. As liberdades de consciência e de pensamento hão de prevalecer, assumindo cada um desses Iir:. responsabilidade pelas palavras proferidas e, atos exercitados lastreando a conduta na Carta Constitucional do Grande Oriente do Brasil, e demais legislações infraconstitucionais que formam o arcabouço jurídico da Federação.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 21/39 O Rito Moderno convive perfeitamente com o Estado Democrático de Direito, assim como os demais ritos também. Entretanto, devido a sua configuração, sobretudo histórica, é perfeitamente aplicável às discussões notadamente de bom nível, sejam elas de cunho maçônico ou não, essas sob o prisma do interesse coletivo. O Rito Moderno, seja qual for o grau que esteja o maçom, procura formar homens de bem preparados, cuja formação preferencialmente seja multidisciplinar, capazes de enfrentar a globalização em todas as suas áreas, passíveis de dar contribuição efetiva na consecução de um mundo, menos desigual e, mais feliz. Para que isto se concretize é necessária a manifestação de vontade de todos, começando pela habilidade do Venerável Mestre em tornar os trabalhos realmente justos e perfeitos. VIII- CONCLUSÃO Em nossa modesta opinião ficou latente, no contexto da ideia pretendida, demonstrar a analogia entre as liberdades de consciência, de pensamento e a Lex Magna de 1988. A facilidade no aprendizado do rito, leva-nos a pensar ser ele o ideal para, por exemplo, constituirmos lojas universitárias e/ou de estudos e pesquisas trazendo para o ambiente maçônico jovens e Iir:. maduros dispostos a evoluir e, se auto aperfeiçoar numa visão humanística, moderna, atualizada . Aos mestres cabe o preparo e a adequação dos novos Iir:.. Estudos, pesquisas e entendimentos sobre matérias de natureza maçônica ou profana, desde que de interesse geral, devem ser incentivados. O próprio rito moderno, dada a sua flexibilidade passível de ser implementada no delinear das sessões de estudos/instruções, permite alcançar visibilidade impar, preparando o maçom para um mundo realístico, onde prevaleçam o conhecimento e, a sabedoria sobre os mais variados assuntos, jamais desprezando os caminhos traçados nos rituais e, legislações aplicadas à espécie. O universo em que vivemos é multiplural, cabendo-nos evoluir de forma a vencer, com força e vigor, perseverança, fé e humildade as vicissitudes que nos assolam. O estudo aprimora o homem, abre portas, supera o analfabetismo em todas as suas formas, cabendo a nós maçons utilizarmos os ensinamentos, de forma adequada e racional, aplicando-os nos momentos necessários em prol da evolução humana, para que o mundo se torne mais igualitário, menos hipócrita e, acima de tudo próspero. Fontes Bibliográficas: - BECHARA, Evanildo. Minidicionário da Língua Portuguesa, atualizado pelo novo Acordo Ortográfico, 1a ed., Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2009. - FERREIRA Filho, Manoel Gonçalves. Curso de Direito Constitucional, São Paulo, 33a ed. 2007, págs. 299/300, Saraiva. - PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado, Niterói, RJ, 1a ed. 2007, pág. 118, Impetus. - MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, Sao Paulo, 2a ed., 2008, págs. 412/413, Saraiva. - Grande Loja do Estado de São Paulo. - Ritual do 1º Grau – Aprendiz Maçom – Rito Moderno – GOB – 2009.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 22/39 Este Bloco é produzido pelo Irmão Pedro Juk. Neste Bloco seguem doze Respostas: 1 – Questão do Orador: O Respeitável Irmão Ney Carlos Rocha, Loja Pier Capadello, 4.319, REAA, GOSP-GOB, Oriente de São Paulo, Capital, solicita as seguintes informações: neycarlos@ccs.com.br Gostaria de saber a opinião do sábio irmão em relação ao seguinte: Tenho orientado os Irmãos que me consultam em relação às falas do Orador da seguinte forma: 1. O Orador quando vai falar como Irmão do Quadro, por exemplo, na Palavra a Bem da Ordem, deve, como todos, levantar-se, ficar à Ordem e saudar as Luzes. 2. Quando fala como representante do Ministério Público (encerramento ritualístico, intervenção necessária, etc.), pode falar sentado, sempre saudando as Luzes. O Irmão concorda com esta colocação? Se sim ou não, qual seria o embasamento para sua opinião. CONSIDERAÇÕES. É tradicional no REAA que qualquer Irmão que ocupe lugar no Oriente, fale sentado, salvo nas ocasiões em que o ritual determine o contrário. Entretanto se algum Irmão do Oriente resolver falar em pé, ele fala à Ordem (Sinal com a mão, ou mãos se for o caso). Isso se aplica inclusive ao Venerável Mestre. Para o Orador, tanto como obreiro ou como Dignidade da Loja, ele fala sentado, salvo se, como já mencionado, o ritual determinar o contrário. É oportuno salientar que o que não pode ser confundido é o modo protocolar ao fazer uso da palavra com saudação maçônica. Ora, saudação somente é feita ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente ou às Luzes da Loja quando da entrada formal ou retirada definitiva. É o que preceitua o Ritual de Aprendiz em vigência no que diz respeito à “Saudação em Loja” (vide esse título). Assim, quando qualquer obreiro ao iniciar sua fala se dirigir às Luzes por primeiro, não é saudação, entretanto é um protocolo tradicional de se mencionar por primeiro sempre os cargos do Venerável Mestre e dos Vigilantes respectivamente. Na verdade, o que ocorre mesmo é a norma consuetudinária de que o obreiro estando em pé em Loja aberta fica à Ordem e, antes de sentar, desfaz o Sinal pela pena simbólica. Mas isso não é saudação, embora a saudação maçônica seja também feita pelo Sinal Penal. A 6 – Perguntas & Respostas Pedro Juk
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 23/39 questão é a ocasião em que é feito o Sinal do Grau – ou para saudar, ou para cumprir uma regra ritualística. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016. 2 – espada flamejante: Em 04/09/2016 o Respeitável Irmão Rodrigo Alcântara Tessarini, Loja Deus, Pátria e Família, 142, Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, REAA, Oriente de Panorama, Estado de São Paulo, solicita a informação seguinte: rodrigopanorama@yahoo.com.br joserobertodab@yahoo.com.br Em nossa Loja, a Espada Flamejante fica acondicionada em um estojo almofadado, e permanece neste estojo durante as nossas sessões, sendo utilizada somente nos atos litúrgicos onde é necessária sua utilização: Iniciação, Elevação e Exaltação. Minha dúvida é: nas sessões administrativas, ela deve permanecer neste estojo almofadado, ou deve ser removida deste estojo e colocada sobre o estojo, para ficar exposta no altar do Venerável Mestre? CONSIDERAÇÕES. Na verdade, o estojo (escrínio) ou a almofada servem para que a Espada Flamejante possa ser conduzida por um Mestre Maçom não instalado, já que a regra ritualística é que somente empunha, ou toca nessa Espada aquele que já tenha passado pela cerimônia de Instalação. Em síntese, por um Mestre Maçom, Instalado. Assim, esse utensílio serve para acondicionar a Espada e, se porventura o seu condutor não venha ser um Venerável ou um Ex-Venerável, no caso o Porta Espada, ele, a conduzido pelo escrínio ou pela almofada, não toca na Espada. Quanto a sua exposição ou não sobre o Altar, a Espada Flamejante só é retirada de dentro do escrínio, ou de cima da almofada, nas ocasiões em que ela será usada (nas sagrações). Fora disso ela permanece dentro do estojo ou sobre a almofada que geralmente fica colocada em cima do Altar ocupado pelo Venerável Mestre. Assim, a questão não é da exposição da Espada, mas da oportunidade em que ela será usada ou conduzida. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016 3 – Posiçãom do Esuqadro e do Compassao: Em 07/09/2016 o Respeitável Irmão Marcelo de Sousa Pedro ou Marcelo Pedro de Sousa (não deixou clara a informação), Loja Amor e Justiça, 07, REAA, Grande Loja do Mato Grosso do Sul, Oriente de Coxim, Estado do Mato Grosso do Sul, solicita a seguinte informação: marcelospedro@hotmail.com
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 24/39 Gostaria de saber se ha diferença na posição do Esquadro e o Compasso nos graus de Aprendiz e Mestre no Rito Escocês. CONSIDERAÇÕES. Pelo que eu entendi, o Irmão se refere às Três Grandes Luzes Emblemáticas que são o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso. É de conhecimento elementar que o maçom saiba que o Esquadro e o Compasso (unidos em Loja) se apresentam com disposições distintas sobre o Livro da Lei conforme o Grau de trabalho da Loja. Assim, no Grau de Aprendiz o Esquadro é colocado sobre o Compasso aberto em 45º, no de Companheiro os instrumentos têm os ramos e as hastes (45º) entrelaçadas e no de Mestre o Compasso aberto em 45º vai sobre o Esquadro. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016. 4 – giro dos vigilantes: Em 16/09/2016 o Respeitável Irmão Osni Luiz Hoffmann, Loja Gen. Bento Gonçalves, 20, REAA, GOSC (COMAB). Oriente de Araranguá, Estado de Santa Catarina, formula a questão abaixo. osnilh@uol.com.br Na Sessão de Companheiro Maçom, quando o Venerável Mestre diz para o 1º Vigilante e 2º Vigilante percorrer vossas Colunas e verificar se todos os irmãos presentes são companheiros. Os vigilantes percorrem cada um a sua coluna retornando pela mesma. A minha dúvida é que quando eu visito outras Lojas inclusive do mesmo Rito REAA, os Vigilantes percorrem em sentido horário, o 1º Vigilante sai na frente e em seguida atrás o 2º Vigilante e após retornam em seus lugares. Então eu gostaria de saber do irmão qual é o correto. CONSIDERAÇÕES. O correto é que cada Vigilante percorra a sua Coluna para fazer a verificação começando sempre pelo Irmão que estiver mais próximo da parede ocidental. Não sofrem nenhuma verificação os Irmãos que ocupam cargos. Na mesma Coluna não existe circulação. Cada qual após ter cumprido a sua missão volta diretamente para o seu lugar – o Primeiro pelo Norte e o Segundo pelo Sul. Já no seu lugar, o Segundo Vigilante comunica ao Primeiro e este, por sua vez, comunica ao Venerável Mestre. Os Vigilantes enquanto realizam a verificação devem deixar seus malhetes sobre as suas respectivas mesas – sem qualquer significado litúrgico, isso facilita na prática do telhamento. Nunca é demais lembrar que no Oriente não há telhamento. Concluindo, nesse procedimento não existe nenhuma circulação de uma para outra Coluna, e muito menos em torno da mesa ocupada pelo Vigilante, salvo se, mesmo equivocado, o ritual em vigência determine o contrário. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com OUT/2016.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 25/39 5 – pavilhão nacional Em 12/08/2016 o Respeitável Irmão Edson Machado Durães, Loja Estrela Mística, 3.929, REAA, GOB- SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão: edsonduraes01@gmail.com Com referência ao Decreto 1476 de 17 de maio de 2016, "Cerimonial para a Bandeira Nacional" ouvi vários comentários, inclusive opiniões de Irmãos militares, ficando algumas dúvidas: 1 - Comissão de recepção: composta por 13 Membros, perfilados, 7 ao Norte e 6 ao Sul - Por que 13? - Por que 7 ao Norte e 6 ao Sul? - Caso não haja 13 Irmãos para tal, não é feita a Comissão de Recepção ou pode ser feita com 11 ou 9 ou 7 ou 5, como se tem visto por aí? - Apenas Mestres Maçons podem compor esta Comissão ou pode ser composta também por Companheiros e Aprendizes? - Com relação às "estrelas": caso não existam numa Loja (comum não existir em várias; deve ser providenciado) não é feita a Comissão de Recepção? CONSIDERAÇÕES. Devo antes mencionar que essa forma de recepção não é unânime na Moderna Maçonaria, senão em alguns Ritos e, dos quais, ainda aqueles sujeitos às regras previstas na sua respectiva Obediência. À bem verdade essa prática é mais comum na vertente latina da Maçonaria. - O número máximo de treze membros se associa à quantidade de membros previstos na recepção da mais alta autoridade considerada pela Maçonaria, nesse caso, o Pavilhão Nacional. Sua quantidade é ímpar justamente para que ao Norte, a coluna receba o número maior de componentes (sete). - A composição das colunas com sete membros ao Norte e seis ao Sul se prende principalmente ao número de “estrelas” (luzes), já que simbolicamente o Norte, por ser mais escuro, carece de maior número de estrelas (iluminação). A origem das “estrelas” está nos fachos e tocheiros que os Irmãos do passado distante empunhavam para clarear durante a noite o caminho dos visitantes. - Penso que precariamente é possível se compor a Comissão com menor número, porém isso em ocasiões extraordinárias se, na oportunidade, não existir o número suficiente de Irmãos Mestres. Na questão do bom-senso, examinando o que prevêem as regulamentos, é melhor compor a Comissão com menos integrantes do que simplesmente não a compor. Num caso de menor número, observa-se sempre que a quantidade de componentes seja sempre ímpar, tendo maior número ao Norte. - Companheiros e Aprendizes não ocupam cargos e nem fazem parte de Comissões. Assim, eles também não compõem nenhuma “Comissão de Recepção”. - As “estrelas”, assim como as espadas, fazem parte dos utensílios litúrgicos que são usados no Rito. Nesse sentido, não se justifica a sua falta. Toda Loja deve possuir os instrumentos que são usados na ritualística do Rito. Em havendo precariedade nesse sentido, previamente ela deve solicitar o empréstimo a uma sua coirmã, mas não suprimir uma prática prevista. Cabe ainda um apontamento. As espadas usadas pela Comissão de Recepção são aquelas usadas nas “abobadas de aço” (simples e dobradas). No caso do Pavilhão Nacional não se forma nenhuma abóbada, isso porque o protocolo exige que à passagem da Bandeira, os integrantes da Comissão apresentem as armas na forma de costume. Do mesmo modo, apenas
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 26/39 tem o direito à recepção com “estrelas” o Pavilhão Nacional. Outras autoridades são recepcionadas conforme o protocolo da Obediência e pela abóbada de aço. Concluindo, cabe ratificar que qualquer Comissão de Recepção terá sempre número ímpar de integrantes, cujo número maior estará sempre no Norte, embora já tenham até inventado número par de integrantes para uma determinada ocasião, fato que lamentavelmente só passa por cima da verdadeira tradição maçônica. Coisa dos “entendidos” que inventam, mas não justificam. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016 6 – S inal e o Visitante: Em 16/09/2016 o Respeitável Irmão Ricardo Henrique de Meneses Dias, Loja Cavaleiros do Amanhã, 181, Rito Escocês Retificado, GOP (COMAB), Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, solicita a informação seguinte: ricardohmdias@gmail.com Peço sua ajuda no esclarecimento: Quando em visita a uma Loja de Rito diferente do meu, como devo me postar no que diz respeito a sinais. Faço os de meu Rito ou aqueles do Rito a qual a Oficina segue? CONSIDERAÇÕES. Eu entendo que quando visitamos alguém nos sujeitamos aos costumes da casa do visitado. No caso de um visitante de rito diferente do da Loja visitada, em havendo diferença na composição do Sinal, o visitante deve antecipadamente comunicar a Loja para que possa se for o caso, aprender a prática de acordo com a liturgia. Assim, um visitante deve ser recebido antes da abertura dos trabalhos em local reservado para que seja efetivado o aprendizado. Obviamente que essa não é uma regra, daí pode haver exceções, desde que antes as partes concordem, embora não recomendável, já que a prática litúrgica de cada rito é única e os integrantes dos trabalhos devem a ela se sujeitar. Uma regra para o visitante é a de ter conhecimento prévio do rito praticado pela Loja visitada e chegar com antecedência mínima para as devidas providências no caso de prática dele desconhecida. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016. 7 – pés em esquadria: Em 17/09/2016 o Respeitável Irmão Marco Nascimento, Loja José Caravér, 101, sem mencionar o nome do Rito, Grande Loja do Estado do Rio Grande do Sul, Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, solicita esclarecimento para o seguinte: mnascimento.m33@gmail.com
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 27/39 Solicito ao Irmão se há alguma informação do histórico e as razões da formação dos pés em esquadria para os Aprendizes. CONSIDERAÇÕES. Não só para Aprendizes, mas também para Companheiros e Mestres, a posição dos pés em esquadria alude ao Esquadro como instrumento imprescindível na construção de uma obra. Conforme alguns historiadores, dos quais eu também me incluo, a origem simbólica da representação do Esquadro pela junção dos calcanhares está na pedra angular da obra e a aplicação 47ª Proposição de Euclides demonstrada por Pitágoras, cuja prática se tornou comum na Maçonaria de Ofício à época dos canteiros medievais e, como Verdade Universal, continua ainda sendo aplicada pela Ciência e pelas Artes na atualidade. Em síntese a explicação é a seguinte: a pedra angular (marco zero, ou inicial da construção) era geralmente fixada no canto nordeste do canteiro – nessa posição, em se tratando do hemisfério Norte, se aproveitava melhor a luz oriunda do Sul, ou Meio-Dia. Definida a posição da pedra angular (poliedro com seus cantos em 90 graus) a nordeste, a partir dela, era então esticado um cordel com três nós equidistantes (que dista igualmente) em direção ao Sul fazendo a marcação. Do mesmo modo, em direção a Oeste (ocidente), era esticado o cordel com quatro nós equidistantes fazendo-se também a marcação do ponto. Marcadas as duas extremidades pelos respectivos pontos, em seguida uniam-se as mesmas por um cordel de cinco nós equidistantes ajustando-o para a composição de um triângulo retângulo. Desse modo é que o ponto inicial da marcação resultava no canto da construção devidamente esquadrejado. Tão importante que é a partir dele que se inicia o nivelamento e a aprumada dos alicerces. Dessa mesma pedra angular, também havia o costume preliminar de se colocar os pés em esquadria apontados para o Sul e para o Oeste. Com passos aferidos, davam-se a partir da origem três passos para o Sul marcando o terreno. Do mesmo modo repetia-se o procedimento com quatro passos aferidos para Oeste. Em seguida, das extremidades ajustavam-se cinco passos aferidos. Desse ajuste obtinha-se o ângulo de 90º no canto inicial. À bem da verdade todo esse procedimento nada mais era do que a aplicação do Teorema de Pitágoras onde num triângulo retângulo (aquele que tem um dos seus vértices internos igual a 90 graus) o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. Nesse caso cinco é a hipotenusa e três e quatro são os catetos. Nesse sentido é que a pedra angular e a colocação dos pés junto à mesma viria dar origem ao costume de na Maçonaria Especulativa o maçom ritualisticamente formar com os pés unidos pelos calcanhares uma esquadria. Foi também graças a essa prática que a vertente inglesa de Maçonaria colocou seus Aprendizes no canto nordeste da Sala da Loja em alusão ao marco inicial da obra. Não é o caso do REAA, que é de origem francesa e posiciona seus Aprendizes no topo da Coluna do Norte (parede norte), muito embora a esquadria também seja relembrada por ocasião da Marcha do Grau ou quando se está à Ordem (corpo ereto, pés em esquadria e Sinal composto) nesse Rito. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016.
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 28/39 8 – dúvidas em procedimentos ritualísticos Em 21/09/2016 o Respeitável Irmão José de Freitas Tolentino, Loja Fraternidade e Justiça de Gurupi, 1947, REAA, GOB-TO, Oriente de Gurupi, Estado de Tocantins, solicita alguns esclarecimentos como segue: agfcentrogpi@gmail.com . Tenho as seguintes perguntas: 1. Na transição entre o Oriente e o Ocidente, quando se dirige do Trono do Venerável Mestre para a mesa do Irmão 1º Vigilante, antes da abertura do Livro da Lei o 1º Diácono tem que fazer o Sinal? 2. No retorno do Ocidente para o Oriente tem que fazer o Sinal? 3. Tenho cobrado dos irmãos que a entrada e a saída do Oriente seja feita no centro, ou seja, obedecendo a linha do Equador e nunca de um lado ou de outro. Até por uma questão estética. O que você acha, estou correto? 4. Alguns Irmãos usam vários broches e pins nas abas do paletó. Há algum normativo que contrarie isso? 5. Sei que somente o Venerável Mestre, as Luzes e Dignidades podem falar sentados. Em qual documento encontro essa determinação? 6. Com o acirramento da situação política no país, alguns Irmãos estão tendo um comportamento, a meu ver, inadequado, bastante radical. Usam o grupo de watsapp constantemente para manifestações de cunho político-partidário, que julgo de mau gosto e até odiosas. Não contribuem em nada de proveitoso para o grupo, nunca têm uma mensagem positiva sobre a Ordem ou sobre assunto de relevância. Qual o seu entendimento sobre essa situação? CONSIDERAÇÕES. 1 – Como acontece antes da abertura da Loja, em nenhuma das situações mencionadas se faz Sinal. 2 – Se a situação se referir a antes da Loja ser declarada aberta, não se faz Sinal. Em sendo no encerramento quando a Loja ainda estiver aberta, saúda-se o Venerável Mestre pelo Sinal. 3 – Para que se evitem distorções, é prática consuetudinária que ao se ingressar no Oriente nele se faça pelo lado nordeste (próximo do Porta-Bandeira) e dele se retire pelo sudeste (próximo do Porta-Estandarte). Em síntese, quem ingressa no Oriente o faz a partir da Coluna do Norte e quem dele se retira o faz em direção à Coluna do Sul. 4 – Desde que o obreiro não fique camuflado pelo exagero desses penduricalhos, não existe nenhum óbice. Obviamente que em sendo possível, o melhor mesmo é a discrição. 5 – Isso é norma consuetudinária no REAA e, em relação ao Oriente, tem origem nas extintas Lojas Capitulares. Salvo se o ritual exigir o contrário, qualquer Irmão que ocupe o Oriente fala sentado. Entretanto, se preferir falar em pé, fala à Ordem. Inclusive o Venerável que deve deixar o malhete sobre o Altar numa oportunidade dessas. Já no Ocidente, somente falam sentados, salvo se o ritual determinar o contrário, os Vigilantes. Tesoureiro e Chanceler, como os demais Oficiais no Ocidente, falam em pé. Se um Vigilante preferir falar em pé, ele deixa o malhete sobre a respectiva mesa e fala à Ordem. Cabe aqui ainda uma recomendação: infelizmente o GOB trata o Chanceler e o Tesoureiro como Dignidades. Virtualmente eles são Oficiais, pois as Dignidades de uma Loja em qualquer lugar do mundo no REAA são cinco – as Luzes da Loja mais o Orador e o Secretário. Tenho batido nessa tecla há muito tempo alertando que confundiram cargos eletivos que são sete com Dignidades que são apenas cinco. Devido a esse equívoco é que o Chanceler e o Tesoureiro são confundidos com Dignidades. Assim, esses, por ocuparem lugar no Ocidente, falam em pé, nunca sentados. No que se refere ao falar em pé ou sentado e onde está escrito, isso não precisa estar anotado, pois é um costume imemorial e universalmente aceito pelo Rito.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 29/39 6 – Eu raramente participo desses grupos, justamente por esse motivo. Como cada um é livre para expressar a sua opinião, prefiro não me envolver nesses pormenores. Evidentemente que isso não pode acontecer, sob nenhuma hipótese, em nome da Maçonaria ou mesmo levar essas discussões para a Loja. Ainda, em se tratando desses grupos, além desse blá, blá, blá inócuo produzido, outras discussões também se apresentam e nada contribuem para o crescimento individual e coletivo, já que cada qual posta o que lhe é conveniente. Além do mais, a grande maioria que se propõe discutir um assunto não possui comprovada qualificação para opinar e emitir pareceres sobre o fato, inclusive aqueles outros que se propõem discutir história e ritualística maçônica. Sob essa óptica, eu penso que essa participação em grupos, com raras exceções, é um verdadeiro desperdício de tempo. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016 9 – processo de regularização: Em 22/09/2016, o Respeitável Irmão Carlos Edilson Ferreira, Loja União e Trabalho - VI, 2254, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Paulínia, Estado de São Paulo, solicita o seguinte esclarecimento: carlos.ferreira@intercomr.com.br Gostaria que nos ajudasse nos esclarecimentos sobre o processo de regularização. Estamos com dois processos de regularização em nossa Loja, um Irmão da GLESP e outro do GOB, que já pertencia a nossa Loja. 1- O Irmão da GLESP é Aprendiz e por motivo de saúde teve que mudar de Oriente para tratamento médico tornando-se inativo/irregular na sua Loja. No momento, com seu quitte placet vencido, solicitou regularização na nossa Loja que é do GOB. Conforme determina o RGF em seu art. 64 "O Maçom inativo poderá, mediante prova de sua qualidade, requerer sua regularização, cujos procedimentos serão os mesmos adotados no processo de iniciação". Dúvida é: todas as fases do processo de iniciação devem ser cumpridos, ou seja, consulta aos livros negro e amarelo, solicitação de documentos, sindicâncias, publicação e escrutínio? 2- 2- E no caso do irmão do GOB que já pertencia a nossa Loja qual procedimento correto? (Art. 83). Desde já agradeço pela sua preciosa atenção e aguardo vosso parecer. CONSIDERAÇÕES: 1 - Pelo que preceitua o Art. 64 do RGF “serão os mesmos adotados no processo de iniciação”. Assim, essa regularização deve cumprir todas as exigências previstas no RGF de modo análogo à Iniciação. 2 – Irmão oriundo do GOB (mesmo que seja da própria Loja), estando com o Quite Placet expirado (mais de 180 dias) passa pelo processo de Regularização. No caso de Quite Placet dentro da validade ele passa pelo processo de Filiação. No caso da Regularização, o Art. 83 do RGF prevê apresentação dos documentos exigidos na admissão (ver o Art. 5º do RGF naquilo que couber). Eu particularmente acho pouco esclarecedor no Diploma Legal o previsto dependendo de situação. De qualquer modo devo salientar que as minhas considerações não são técnicas, pois não é da minha competência a interpretação de Leis. Assim, sugiro que na dúvida, seja
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 30/39 feita consulta à Guarda dos Selos do Poder Estadual, ou mesmo ao Ministério Público Maçônico, isso se o Orador da Loja não possuir competência para orientar a questão. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016. 10 – esquadro e compasso Em 26/09/2016 o Respeitável Irmão Hercule Spoladore, atendendo solicitação do Respeitável Irmão Jorge Otávio Daniel do Oriente de Foz do Iguaçu, Estado do Paraná, formula a seguinte questão: hercule_spolad@sercomtel.com.br jorgeodaniel@gmail.com Então vou formalizar as perguntas; Quando e onde começou a ser usado o compasso e o esquadro como símbolos na Maçonaria. E quando estas ferramentas passaram a ser usadas entrelaçadas? Posso estar chutando, mas li não sei aonde que o Irmão que deu o simbolismo para a as ferramentas de pedreiro, teria sido Willian Preston, que foi um dos grandes professores de Maçonaria do passado. Inglês, este envolvido nas guerras entre os antigos e modernos que pairou desde 1717 á 1813 na Inglaterra, quando foi finalmente fundada a Grande Loja Unida de Inglaterra. Vou consultar o Pedro Juk, que este sabe mesmo das coisas. Quanto ao compasso-esquadro entrelaçados, teria sido também iniciado na Maçonaria Inglesa. CONSIDERAÇÕES. Segundo a maioria dos autores autênticos, citando alguns como Harry Carr, Bernard Jones, Theobaldo Varolli Filho e Colin Dyer, o Esquadro e o Compasso passariam a compor o simbolismo da Maçonaria especulativa graças à menção desses instrumentos nos catecismos publicados nas obras espúrias fragmentos e nas “exposures”, a exemplo das de Prichard no século XVIII. Assim, é muito provável que Sir Willian Preston, o primeiro professor da Moderna Maçonaria, tenha adotado na Inglaterra esses instrumentos nas suas Lições Prestonianas (derivado de Preston), codificando-os como instrumentos imprescindíveis na execução das obras perfeitas e duráveis, cuja menção é feita através das preleções inglesas oriundas das Tábuas de Delinear (Tracing Boards). O Esquadro e o Compasso também eram mencionados nos Manuscritos das Guildas de Construtores e nas suas Antigas Obrigações. É bem verdade que esses instrumentos (o Esquadro e o Compasso) pela sua qualificação simbólica, também no século XVIII iriam adquirir a expressão máxima de conteúdo moral quando unidos em Loja junto ao Livro da Lei sagrada. Esse título na Inglaterra, após a união em 1.813 entre os Antigos de 1.717 e os Modernos de 1.751 ficaria conhecido como as Três Luzes Maiores da Maçonaria, ou os Paramentos da Loja. Na França, a posteriori, o título ficaria também conhecido como as Três Grandes Luzes Emblemáticas. Com o aparecimento do Grau de Mestre (especulativo) em 1.725, mencionado já na Segunda Constituição de Anderson em 1.738, a Moderna Maçonaria sacramentaria universalmente os três Graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre. Desse desiderato surgiu a necessidade de identificar os três Graus às suas respectivas Lojas, o que daria a partir
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 31/39 desse período a adoção da disposição do Esquadro e o do Compasso sobre o Livro da Lei como meio de identificar o trabalho da Oficina. Sob o aspecto Operativo, ou de Ofício, o Esquadro e o Compasso eram instrumentos que davam precisão aos cantos da obra a partir da pedra angular colocada a nordeste da construção (origem dos pés em esquadria). Nela aplicava-se a 47ª Proposição de Euclides, o que resultava no “esquadro do canto”, donde dele se seguiam as aprumadas e os nivelamentos. O Compasso, como instrumento operativo marcava as distâncias precisas dos segmentos do cordel para compor as constantes de 3, 4 e 5 (catetos e a hipotenusa respectivamente) do triângulo retângulo que precisava o esquadro do canto da construção (essa técnica é usada inclusive na atualidade pelos profissionais da construção). Graças a essa aplicação de ofício, é que mais tarde a Moderna Maçonaria, no seu aproveitamento especulativo mencionando a moral e a ética, é que o Esquadro, dentre outros, viria simbolizar a retidão (de caráter) e o Compasso a justa medida (das ações). Concluindo, essa é apenas uma síntese da síntese dessa matéria. A precisão dos fatos depende de uma pesquisa apurada e autêntica nos nossos usos e costumes, sobretudo a partir do final do século XVII, se o fato disser respeito à Maçonaria Especulativa. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016. 11- altar dos perfumes: Em 27/09/2016 o Respeitável Irmão Flávio Augusto Batistela, Loja Solidariedade e Firmeza, 3.052, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Ouro Verde, Estado de São Paulo, solicita informação para o que segue: flavio@abcrede.com.br Meu Irmão, mais uma vez recorro a sua sabedoria maçônica para tirar uma dúvida. O que deve estar em cima do Altar dos Perfumes em uma Loja do REAA. No ritual do GOB não consta o que deve estar em cima do mesmo. Qual a simbologia desse Altar. CONSIDERAÇÕES. Pois é, esse é o tipo do altar que não serve para nada no simbolismo do Rito Escocês Antigo e Aceito. O móvel é um simples elemento que só serve mesmo é para atrapalhar a circulação no espaço geralmente exíguo na Loja. Na verdade esse altar é um resquício de rituais de Sagração de Templo e que acabou ficando “para bonito à vista de alguns”. Esse altar é comum em outro Rito que originalmente faz a incensação ritualística e cerimonial de acendimento das Luzes nos trabalhos maçônicos, porém esse não é o caso do REAA que, originalmente, não adota essa prática. Dado a isso é que muitos “achistas” acham que sobre esse altar, inadequadamente colocado no escocesismo, coloca-se incenso, perfumes e outros procedimentos o gênero. Entretanto, isso não existe no simbolismo do Rito Escocês. Esse altar é ainda um resquício de rituais ultrapassados e rançosos da época em que faziam um inventivo cerimonial de acendimento de velas no REAA. Felizmente esse barbarismo ritualístico foi suprimido dos nossos rituais escoceses, mas infelizmente ainda sobrou esse dito altar. Houve tempo em que se deixava equivocadamente uma vela acesa sobre esse altar com o pretexto de que essa “luz sobre o ara” era a representação do “GADU”. Ora,
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 32/39 isso era outra enorme bobagem que felizmente foi extirpada, embora o dito altar ainda permaneça. No que diz respeito à sua questão, devo mencionar que sobre esse altar, em se tratando de REAA, não se coloca nada mesmo, já que ele próprio não serve para nada. Desafortunadamente a presença desse elemento alienígena no escocesismo só serve mesmo é para os inventores perpetrarem suas ilações. A propósito, altar mesmo só existe aquele ocupado pelo Venerável Mestre e o dos Juramentos, já que esse último nada mais é do que uma extensão (prolongamento) do primeiro. Quem sabe um dia algum Irmão iluminado se aperceba disso e consiga retirar esse tal “altar dos perfumes” dos rituais simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016. 12 – Pavilhão nacional - esclarecimentos sobre respostas Em 18/11/2016 o Respeitável Irmão Carlos Eduardo Flores dos Santos menciona e solicita esclarecimentos sobre uma resposta dada e publicada que aborda o ingresso do Pavilhão Nacional em Sessão privativa par maçons do REAA: cefs.shadow750@yahoo.com.br Boa Tarde Ir Pedro Juk! Fiquei com dúvidas sobre o Decreto 1.476 de 17/05/16, após ler as Perguntas e Respostas do JB News de hoje (2241). Art. 4°. O ingresso da Bandeira Nacional no Templo obedecerá aos procedimentos a seguir: j) sendo a sessão restrita a maçons, os Irmãos ficam à Ordem, caso contrário, se a sessão não for restrita, ficam em pé com os braços estendidos ao longo do corpo e após a colocação da Bandeira Nacional no pedestal, desfazem-se a Comissão de Recepção e a Guarda de Honra. Já no Art. 5°. Durante a execução do Hino Nacional fica-se em pé, ereto, braços estendidos ao longo do corpo, sem cobertura, não sendo admitida outra postura. A alínea J do inciso I do Art. 4º entendo que está se referindo a alínea i, conforme segue a seguir: i) o Porta-Bandeira coloca a Bandeira em seu suporte, lado direito do Venerável, em posição vertical, vestindo o mastro pelo pano da Bandeira, de modo que a expressão "ORDEM E PROGRESSO" fique à vista. Fica-se à Ord. na colocação da Bandeira Nacional no pedestal que se acha no Oriente, ou a partir da execução do Hino Nacional? CONSIDERAÇÕES. Perdoe-me pelo lapso. Já pedi ao editor do JB NEWS a publicação de uma Errata como segue logo abaixo. Remeti a mesma ao consulente visando esclarecer o mal entendido em parte da resposta dada em junho do corrente e publicada hoje no JB NEWS nº 2.241: A Errata: Em relação à resposta publicada no JB NEWS nº 2.241, datado de 18 de novembro de 2.016, transcrita abaixo, segue a seguinte correção em parte da resposta dada: A PUBLICAÇÃO:
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 33/39 Em 20.04.2016 o Respeitável Irmão Marcelo Pereira Medeiros, Loja Acácia Candidomotense, 2.612, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Cândido Mota, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o seguinte: cminfohouse@terra.com.br ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL. Tivemos recentemente uma Sessão Magna de Exaltação e surgiu uma duvida sobre a entrada/retirada do Pavilhão Nacional. Nós não tínhamos Irmãos suficientes para compor a comissão de 13 membros. Nesse caso, devemos dar entrada ao Pavilhão Nacional com número inferior na comissão, por exemplo, 3, 5, 7...? Ou fazemos apenas a saudação no final? CONSIDERAÇÕES: O ideal é o que se cumpra o regulamento – ver o atual Decreto 1.476 de 17/05/16 do Grão-Mestre Geral. Na hipótese de não existirem Mestres suficientes para comporem a Comissão de Recepção, opta-se por um número menor de integrantes, desde que esse número seja ímpar, atendendo as colunas da recepção em número maior de integrantes sempre ao Norte. Acho oportuno salientar dois aspectos. O primeiro é o que se refere ao Decreto acima mencionado, cuja prática prevê agora nas Sessões exclusivas para Maçons que durante a execução do Hino Nacional, todos os Irmãos ficam à Ordem, não mais apenas perfilados. O segundo é que apenas portadores do Terceiro Grau fazem parte do cerimonial ao Pavilhão (comissão de recepção e a guarda de honra). Se a Sessão contar com um número reduzido de Irmãos Mestres, é preferível que o Pavilhão Nacional já esteja hasteado no seu lugar no interior da Loja. Assim, opta-se ao final dos trabalhos em se fazer apenas a saudação à Bandeira – é preferível suprimir parte do cerimonial a realiza-lo em desacordo com a liturgia e a ritualística. Como diz o caso, a questão é do bom senso. PUBLICADO NO JB NEWS Nº 2241 DE 18/11/2016. A CORREÇÃO: No trecho da resposta destacado em amarelo, para o REAA, entenda-se o seguinte para as Sessões exclusivas para maçons na entrada do Pavilhão Nacional: tomadas as demais providências, o Venerável Mestre determina que todos, inclusive ele próprio, fiquem à Ordem. Em seguida a Bandeira, conduzida pelo Irmão Porta-Bandeira e escoltada pela Guarda de Honra, adentra ao Templo e para à entrada, sustentada por seu condutor, passando da posição de apoiada no ombro para a posição vertical, ao lado direito do corpo, segura com as duas mãos pelo mastro de tal forma que o braço esquerdo fique cruzado na frente do corpo com o antebraço na horizontal e a mão direita empunhe o mastro no prolongamento do braço. Ato seguido Venerável Mestre determina que todos se perfilem para o canto do Hino Nacional - não se admitindo outra postura (Art. 5° do Dec. 1.476 de 17 de maio de 2.016 do GOB). Observação: “perfilado” significa estar em pé, ereto, braço estendido ao longo do corpo. Terminado o canto do Hino, o Venerável Mestre determina que todos fiquem à Ordem (Art. 4º, Inciso I, letra J do Dec. 1476 de 17/05/2016). Exceto os membros da Comissão de Recepção, da Guarda de Honra e o Porta- Bandeira, os demais ficam à Ordem. Ato seguido o Porta-Bandeira, empunhando o mastro na vertical, desloca-se, a passos marciais, acompanhado da Guarda de Honra (pelo Norte) até a entrada do Oriente, onde esta para. A Guarda de Honra permanece com as espadas na posição de ombro-arma. O Porta-Bandeira entra no Oriente, coloca a Bandeira no pedestal (suporte apropriado ao lado direito do Venerável Mestre) em posição vertical, de modo que a expressão – Ordem e Progresso – fique à vista, e retorna ao seu lugar ficando à Ordem.
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 34/39 Durante o deslocamento da Bandeira pela Comissão de Recepção os integrantes desta abatem espada (em continência), com o seguinte procedimento: - Espada empunhada pela mão direita, braço estendido em diagonal formando um ângulo de 45° com o corpo e ponta da espada aproximadamente a 15 centímetros do solo (espada em continência); - Permanecem nesta posição até a Bandeira ultrapassar o último homem, quando então voltam à de posição de ombro-arma. Essa e a retificação no trecho destacado da resposta publicada, pelo que peço minhas sinceras desculpas pelo equívoco. Fico a disposição para outros quaisquer esclarecimentos. T.F.A. PEDRO JUK jukirm@hotmail.com NOV/2016. Nota do Perguntas & Respostas: - Dentro de algumas edições o JB News deixará de circular definitivamente. Toda e qualquer dúvida poderá continuar sendo enviada para o Irmão Pedro Juk (jukirm@hotmail.com ) que, em breve, estará sendo respondida aos irmãos de todo o Brasil, através de um Blog exclusivo, que será criado e anunciado por este informativo.
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.345– Florianópolis (SC), quinta-feira, 2 de março de 2017 - Pág. 35/39 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 05/03/2005 Aurora Florianópolis 10/03/1972 Templários da Justiça Lages 15/03/1998 Estrela do Sul Lages 18/03/1998 Jacy Daussen São José 18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí 19/03/1993 III Milênio Curitibanos 19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma 20/03/1949 Januário Corte Florianópolis 23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema 24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis 30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville 30/03/1999 Círculo da Luz Joinville 31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú 31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de março