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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Pouso Alegre (MG)
– SP
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.228 – Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrNewton Agrella – Tradição que não se rompe
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi - Amigo
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Régua: Uma breve história. Régua de 24 polegadas ...
Bloco 5-IrHercule Spoladore – Noções de Realismo Fantástico Aplicadas à Maçonaria
Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – Estudos Maçônicos – Bíblia, o Código dos Códigos
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 6 de novembro e versos do Irmão e Poeta
Sinval Santos da Silveira
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 2/37
6 de novembro
 1430 - Coroação de Henrique VI de Inglaterra.
 1797 - O czar Paulo I sobe ao poder na Rússia, após a morte da sua mãe, a Imperatriz Catarina, a Grande.
 1817 - Casamento de D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal) com a imperatriz Leopoldina.
 1836 - Bento Gonçalves é aclamado presidente da então proclamada República Farroupilha.
 1844 - A República Dominicana torna-se independente do Haiti.
 1872 - Fundada a cidade de Poços de Caldas - Minas Gerais.
 1888 - Em sua segunda visita à Basílica de Aparecida, a Princesa Isabel ofertou à santa uma coroa de ouro
cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul.
 1892 - Inaugurado o Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
 1913 - Gandhi é preso enquanto liderava uma marcha de mineiros indianos que trabalhavam na África do
Sul.
 1917 - Eclode a Revolução Russa.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 311 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 55 dias para terminar este ano bissexto
Dia de Prevenções contra Doenças do Coração
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 3/37
 1937 - Luso é elevado à categoria de vila.
 1955 - O rei de Marrocos, Mohamed V, reassume o trono após 2 anos de exílio.
 1962 - Aprovada a Resolução 1761 da ONU que estabelece sanções militares e econômicas à África do
Sul devido a sua política de Apartheid.
 1985 - O Primeiro Ministro de Portugal Aníbal Cavaco Silva toma posse.
 1987 - Noboru Takeshita é nomeado primeiro-ministro do Japão.
 1991 - Extinção oficial da KGB.
 1994 - A BBC de Londres transmite o documentário The Myth of the Spanish Inquisition (veja
também Inquisição).
 1996 - O documentário "As Testemunhas de Jeová Resistem ao Ataque Nazi" é apresentado ao público pela
primeira vez no antigo campo de concentração de Ravensbrück.
 2002 - Winona Ryder é considerada culpada por roubar objetos em uma boutique de Nova Iorque.
 2005 - Após cinco anos de exílio no Japão, o ex-presidente peruano Alberto Fujimori deixa o país em um voo
privado, rumo a Santiago.
 2012 - Barack Obama é reeleito presidente dos Estados Unidos, derrotando o republicano Mitt Romney.
Eventos culturais e de média/mídia
 1975 - Primeiro show da banda punk Sex Pistols.
 2012
 Lançamento do primeiro disco de músicas inéditas do Aerosmith em 11 anos, o Music from Another
Dimension!.
 Show do guitarrista Slash, ex-Guns N' Roses e Velvet Revolver, em São Paulo, no Espaço das
Américas.
 Lançamento da Rede Família em Limeira em São Paulo
1785 Na sua viagem com destino ao Pacífico, chega à ilha de Santa Catarina o explorador francês La
Perouse, com seus barcos “Astrolabe” e ‘Bussolle”. Um dos integrantes desta expedição de nome
Monneron, deixou um relato sobre a vila e seus habitantes.
1880 Inaugurada na cidade de Desterro, uma linha de bondes com atração animal, iniciativa do engenheiro
Polidoro Olavo de S. Thiago.
1945 Assume a internventoria federal em Santa Catarina Luiz Gallotti, substituindo a Nereu Ramos.
1962 Leis Nrs. 928 e 929, criam os municípios de Antonio Carlos e Ganchos, hoje, Governador Celso
Ramos, ambos desmembrados de Biguaçú.
1793 Guilhotinado o duque de Orleans (ou Chartres), ex-Grão-Mestre do Grande Oriente de França, que
havia cortado seus laços com a Maçonaria por medo da Revolução.
1822 José Bonifácio manda exilar “todos os indivíduos considerados pela opinião pública como hostis ao
governo”, além de proibir “reuniões suspeitas”.
1854 Nasce John Philip Souza () músico e maestro americano.
1913 Fundação da Grande Loja Nacional Francesa
1982 Fundação da Grande Loja de Espanha
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 4/37
Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel
Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271
O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras
(Mesmo na temporada o Irmão sempre tem desconto especial)
Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
Cunhada Gladys Sarobe – Contadores
• Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas
• Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento
• Área Fiscal : Planejamento Tributário
• Área Contábil: Empresas e Condomínios
• Cálculos Periciais
• Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica
Rua dos Ilhéus, 46 - Sala 704 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560
contato@sarobecontabilidade.com.br
Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500
Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br
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O Ir Newton Agrella -
M I Gr 33 escreve aos domingos.
É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464
e Loja Estrela do Brasil nr. 3214
REAA - GOSP - GOB
newagrella@gmail.com
"TRADIÇÃO QUE NÃO SE ROMPE "
De maneira absolutamente direta, simples e concisa podemos aferir que Tradição significa :
comunicação oral de fatos, lendas, ritos, usos, costumes etc. de geração para geração.
Ou seja; trata-se daquilo que torna-se norma por si só, pela sua própria essência e pelo
significado histórico que nela se encerra.
A tradição não implica em que o seu execício esteja escrito ou inscrito em qualquer lugar.
Tradição é a reprodução de tudo o que se vive de maneira contínua e habitual e que se
consubstancia na media do tempo e nas mais variadas formas de expressão. Seja pela
linguagem, seja pelos exemplos, seja pelo compartilhamento ou pelas próprias reflexões e
vivências.
Ao olhar o sol por 30 segundos experimente descrever o campo à sua volta. Como se sabe, o
brilho do sol ofusca os olhos e não se consegue ver nada a seu redor. Se se mantiver os olhos
fixos no sol terminará cego. Em outras palavras, quando se busca apenas a Luz e se deixam as
suas responsabilidades e atribuições aos outros, jamais se encontrará o que se busca. Isso se
aplica ao Aprendiz e ao Companheiro Maçom.
Esse pequeno exemplo serve como esteio para uma episódio recente que tive a oportunidade de
presenciar em uma Loja regular do REAA quando o Venerável Mestre convidou aos Irmãos
Aprendizes que haviam recém apresentado um trabalho para que conduzidos pelo Mestre de
Cerimônias viessem ao Oriente para serem agraciados com uma pequena lembrança e que
fossem aplaudidos pelos demais Irmãos presentes.
2 – Tradição que não se rompe
Newton Agrella
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 6/37
Confesso que isso foi algo que deixou-me realmente espantado, pois em quase 20 anos de
Ordem, tendo sido Venerável Mestre e atingido o Gr.´. 33 de nossa Sublime Ordem no Rito
Escocês Antigo e Aceito eu jamais havia testemunhado esse tipo de coisa.... Irmãos
Aprendizes no Oriente !
Posto isso, e inconformado com aquilo que presenciei busquei literaturas e para o meu conforto
pude deparar-me com uma clássica e contundente lição de nosso Ir.´. Pedro Juk - que do alto de
seu conhecimento, sobretudo ritualístico, com propriedade escreveu em nosso JB News :
"....Aprendizes no Oriente em Loja aberta é orientação completamente equivocada e geralmente
dada por algum Irmão que infelizmente não conhece o mínimo do arcabouço doutrinário do
Rito Escocês Antigo e Aceito. .
Essa “estória” de Aprendizes e Companheiros no Oriente é um atentado contra a ritualística
do Rito e não encontra nenhuma justificativa, inclusive aquela que de modo capenga se apoia
na falta de Irmãos para compor a Loja. Ora, cargos em Loja são privativos dos Mestres, além
do que o Oriente é o final da escalada iniciática, cujo quadrante, ou espaço também é privativo
dos Mestres. Qualquer “ilação” contrária à razão desse sistema maçônico francês (o Rito é
filho espiritual da França) é mera conjectura e atestado de incompreensão do escocesismo
simbólico. Se não houver número suficiente de Mestres não se abrem os trabalhos e ponto final.
Seria bom alertar para “certos” informantes que esse pormenor não precisa estar escrito, já
que isso é tradição e costume imemorial, assim como universalmente aceito na doutrina do
aperfeiçoamento comparada às Leis da Natureza cujo protagonista é o homem Maçom.
Aprendiz ou Companheiro no Oriente seria o mesmo que alguém tivesse a capacidade de
imaginar o Sol nascendo no Ocidente!!! Basta observar a passagem, ou marcha do Sol no
Painel da Loja (as três janelas)...."
Ou seja, é notório que não precisa estar escrito para se saber o que pode ou não se pode fazer,
especialmente dentro de uma instituição iniciática cujo alicerce se baseia em imemoriais
exemplos de conduta e procedimentos.
O lugar do Aprendiz é justamente o Setentrião onde o Sol não lhe ofusca os olhos, pois ele
acaba de nascer para o Mundo Maçônico e a Luz deve lhe ser dada, "paulatinamente", ou
seja; de acordo com o seu desenvolvimento na arte de desbastar a Pedra Bruta e começar a
erigir um Templo que lhe dê sustentação.
Uma Loja Maçônica é uma representação simbólica da psique humana.
No final do século XVIII e começo do XIX, muitos europeus, Maçons entre eles, encontraram
seu caminho para o Oriente Médio, onde descobriram as relíquias de culturas que praticaram os
Antigos Mistérios. E Maçons com seu modo peculiar de pensar, reconheceram similaridades
entre sua Ordem e as Tradições Antigas.
Simbolismos como escadas encontradas no Templo de Mitra e motivos egípcios que sugerem a
idéia de que a a Maçonaria tem conexão direta com os ritos antigos. Apesar das conexões
encontradas entre a Ordem e os Antigos Mistérios, não há explicação de como o material pode
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 7/37
ter sido transmitido ou como a Tradição poderia permanecer oculta mesmo com os rigores da
Idade Média e os rigores da Inquisição.
W.Kirk MacNulty , autor de : "A Journey through Ritual and Symbol" reporta em sua obra
que as primeiras Lojas Maçônicas reuniam-se em tavernas e conduziam seus trabalhos durante
o Jantar, sendo que principal forma de instrução era uma espécie de catecismo, que incorporava
os elementos da Metafísica ocidental representada pelos Símbolos Maçônicos.
Por volta do de 1730 muitas lojas na Inglaterra, França, Escócia e Suécia conduziam rituais
mais elaborados com Três Graus de forma geral, que perdura até os nossos dias. Tal prática
tornou-se quase universal.
A Tradição encontra anteparo e sustentação naquilo que chamamos de Direito Consuetudinário,
isto é; o direito que surge dos costumes de uma certa sociedade, não passando por um processo
formal de leis. As leis, deveres e obrigações não precisam estar num papel ou serem
sancionadas ou promulgadas. Os costumes transformam-se em Leis.
Assim é com a Ordem Maçônica, que guarda e garante grande parte de seu acervo cultural e
filosófico calcado nas experiências acumuladas, na transmissão oral e sobretudo nos usos e
costumes que se sedimentam ao longo da História.
Para um bom entendedor, meia palavra basta.
Fraternalmente
NEWTON AGRELLA
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
AMIGO
“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso,
verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. (Confúcio).
1. A origem da palavra amigo: A palavra amigo, por si só, já diz muita coisa. Apesar de não existir
uma precisão quanto à origem da expressão, algumas hipóteses são consideradas como mais
prováveis. Considerando a sua derivação a partir do latim, amicus, especulam-se principalmente duas
possibilidades: a primeira é de que a expressão venha de amare, amar; a segunda é de que ela viria de
animi (alma) custas (custódia), ou seja, guadador-de-alma, ou alguém que toma conta da alma de
outro.
Uma hipótese que se levanta é a de que a palavra vem do grego: a (não, sem) ego (eu), que
pode ter querido significar alguém com quem você se identifica tanto quanto com a si mesmo, mas
que não é você. Ainda sobre a expressão amigo, há outras curiosidades. Uma delas é que a palavra
friend, amigo em inglês, tem a mesma raiz de freedom, liberdade na língua inglesa. Uma outra é que
num passado, não registrado por escrito, a amizade podia significar, nas línguas saxônicas, a relação
que se tem com alguém que lhe deixa confortável, em liberdade.
Para o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, a palavra amigo pode ser tanto um adjetivo quanto
um substantivo, ou seja, ele pode ser uma qualidade de uma pessoa, ou ela em si. Mesmo assim, os
significados são muito parecidos e se referem a pessoas ligadas a outra por laços de amizade, protetor
e simpático. Contudo, independente do sentido, da língua e de sua origem, a palavra amigo manteve
ao longo dos anos um espírito de afeto e companheirismo que impregna a palavra e a acompanha
nesta caminhada até os dias de hoje, fazendo-a manter a essência, mesmo com seu sentido ampliado
ou restringido. O que realmente importa é o sentimento que os une. É saber que se pode contar com
alguém nas horas difíceis e nas comemorações. E saber que, independente de onde se esteja, existe
alguém que estará sempre pronto para te estender a mão. Este é o verdadeiro espírito da amizade.
(Fonte: Zin).
2. Bíblia: (...) O mais notável exemplo de amizade no AT foi o de Davi e Jônatas (1Sam 19:1). O
Livro dos Provérbios contêm muitos sábios conselhos sobre a amizade (Prov 14:20; 17:9; 19:4), bem
como os livros sapienciais - especialmente Eclesiástico. Cristo chamou os discípulos de seus amigos
(Jo 15:13-15).
3) Saudade: Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas
jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que
3 – Amigo
João Ivo Girardi
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 9/37
compartilhamos, dos sonhos que compartilhamos. Saudade até dos momentos de lágrimas, de
angústia, das vésperas de finais de semana, de final de ano. Enfim, do companheirismo vivido.
Embora cada um de nós vai para o seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento,
segue a vida. Talvez continuemos a nos encontrar. Quem sabe, nos e-mails trocados. Podemos nos
fonar, conversar algumas bobagens. Passarão dias, meses, anos até este contato tornar-se cada vez
mais raro. Vamos nos perder no tempo. Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e
perguntarão: quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto. A
saudade vai apertar dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente.
Quando nosso grupo tiver incompleto nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre
lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E nos
perderemos no tempo mais uma vez. Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixe
que a vida passe em branco e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades. Eu
poderia suportar, embora não sem dor, que tivesse morrido todos os meus amores, mas
enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. (Vinicius de Moraes).
4) Preciso: Preciso de Alguém que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e
neuroses com paciência. E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de Alguém, que venha a brigar ao meu lado sem precisar ser convocado. Alguém Amigo
o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por
isso. Nesse mundo de céticos, preciso de Alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada,
quase impossível: A Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum
dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um Amigo que receba com
gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas
necessidades.
Preciso de um amigo que seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, que
no meio da tempestade, grite em coro comigo: “Nós ainda vamos rir muito disso tudo” e ria muito.
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher um Amigo. E nessa
busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais
simples, mais rica e mais bela. (Charlie Chaplin).
5) Gente fina : Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra,
velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer
classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões,
quando necessário.
É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e
errados: sabe transgredir sem agredir. Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Te
ajuda, mas permite que você cresça sozinho. Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso
naturalmente, não é para agradar. Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num
boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia.
Gente fina não julga ninguém – tem opinião, apenas. Um novo começo de era, com gente fina,
elegante e sincera. O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia,
não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no
projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente
fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença. (Martha
Medeiros).
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6) A Amizade: E um adolescente disse: Fala-nos da amizade. E ele respondeu, dizendo: Vosso
amigo é a satisfação de vossas necessidades. Ele é o campo que semeais com carinho e ceifais com
agradecimento. É vossa mesa e vossa lareira. Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca
de paz.
Quando vosso amigo expressa seu pensamento, não temais o ‘não’ de vossa própria opinião, nem
prendais o ‘sim’. E quando ele se cala, que vosso coração continue a ouvir o seu coração, porque na
amizade, todos os desejos, ideais, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria
silenciosa.
Quando vos separais de vosso amigo, não vos aflijais. Pois o que amais nele pode tornar-se mais
claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície. E
que não haja outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espírito. Pois o amor que
procura outra coisa a não ser a revelação de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede
armada, e somente o inaproveitável é nela apanhado. E que o melhor de vós próprios seja para
vosso amigo. Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré, que conheça também o seu refluxo. Pois,
que achais seja vosso amigo para que o procureis somente a fim de matar o tempo?
Procurai-o sempre com horas para viver: o papel do amigo é de encher vossa necessidade, não
vosso vazio. E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres. Pois no orvalho de
pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e sente-se refrescado. (Do livro, O Profeta, Khalil
Gibran (1883-1931)).
MAÇONARIA
1) Amigo ou Irmão? [...] É preciso retirar do nosso dialeto a retórica simplista da Irmandade
Maçônica, precisamos cultivar o sentimento da Amizade Maçônica. Celebramos em nossas Oficinas
a dulcificante ternura da amizade, e não é por ser simplesmente um sentimento, é um dever e seus
praticantes são considerados virtuosos!
Se os leitores acreditam que ser Irmão é mais importante do que ser Amigo, eu recorro ao Livro de
Eclesiastes que foi escrito pelo Rei Salomão: Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar,
terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é
remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. João, que não era o Batista escreveu:
(15:13) Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
A intenção desse pequeno artigo é motivar a consubstanciação dos valores de Irmão e Amigo em
nosso meio, a síntese está no Provérbio 17:17: O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia
nasce o irmão. Se algum dia você se armou de espada foi para defender ou auxiliar um maçom, então
tornou-se um amigo dedicado e leal ou seja um verdadeiro Irmão. Que a cada reunião sejamos mais
Amigos, pois um dia Deus perguntou a Caim: - Onde está Abel, teu irmão? E Caim irado respondeu:
- Não sei; sou eu o guarda do meu irmão? Momentos antes, Caim havia matado seu irmão Abel. (
Texto extraído e condensado do Irmão Sérgio Quirino, publicado no JB News).
2. Citação: ”Não vale a pena enganar, distorcer, vencer, alcançar os mais excelsos patamares do
reconhecimento público, se dentro do coração não brilha a chama segura e clara da amizade”. (Zé
Rodrix, Diário de Um Construtor do Templo).
3. Rituais REAA: (...) se a eterna e consoladora amizade tem seu culto em nossos Templos, é
menos por ser um sentimento do que por um dever, que se transforma em virtude. (RA).
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O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves*
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
A RÉGUA: UMA BREVE HISTÓRIA. RÉGUA DE 24 POLEGADAS E RÉGUA
LISA: QUAL O INSTRUMENTO DO APRENDIZ? COM TÃO RICO
SIMBOLISMO, A RÉGUA NÃO É PARA SER DE USO CONTÍNUO DO
MAÇOM?
“A Régua de 24 polegadas representa ainda as Leis e os Princípios que regem a
sociedade humana e que devem ser obedecidos por todo cidadão. Mas para o
Maçom ela simboliza as regras do Dever, da Moral e da Urbanidade, das quais
nunca deverá afastar-se.” (Vade-Mécum Maçônico, pág.532, 2008)
INTRODUÇÃO
A Régua de 24 polegadas, é um desses símbolos utilizados pela Maçonaria, pródigos
em significados, e além do fato de ser um dos instrumentos de trabalho do Aprendiz-Maçom, não
se atém unicamente ao universo do mesmo, pois, entre as suas muitas representações, a da retidão,
diga-se de passagem, é imperativo que figure sempre no proceder de todo o Maçom, independente
de seu Grau.
Mas, será que temos o conhecimento, ou lembramos com certeza de todo esse amplo
leque de significados acerca da régua? E fundamentalmente, será que a usamos com a
regularidade que ela requer?
Será que não existe uma pequena confusão com respeito à Régua de 24 polegadas e a
Régua não graduada, afinal, quando efetivamos nossas pesquisas é fácil de perceber que há
autores falando de uma, há autores falando de outra, com o mesmo objetivo, ou seja, falar em
princípio, sobre um dos instrumentos de uso do Aprendiz, a régua. Mas qual delas? E estarão se
referindo somente ao Aprendiz?
4 – A Régua: Uma breve história. Régua de 24 polegadas...
José Ronaldo Viega Alves
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 12/37
Veremos na sequência, um pouco sobre as origens da régua, sobre a sua importância
como instrumento do Aprendiz, e claro, com respeito à extensa e complexa gama de significados
que ela foi adquirindo para o Maçom, desde a Maçonaria Operativa até a Maçonaria Especulativa.
Ainda no decorrer do presente trabalho, serão apresentadas as devidas respostas para as dúvidas
surgidas e formuladas logo acima, que foram dirigidas ao Irmão Pedro Juk em uma ocasião
anterior, e para as quais ele com sua sabedoria respondeu a contento.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Os dicionários maçônicos em sua maioria se referem à régua como uma invenção
bem antiga. O Irmão Nicola Aslan, no entanto, acrescenta em seu “Grande Dicionário
Enciclopédico...” que a invenção de tal instrumento remonta a mais ou menos uns oito séculos
anteriores a Cristo.
Outra informação, com a qual me deparei em praticamente todos os dicionários, e que
vem sendo repassada, é a que faz alusão ao Egito antigo onde o deus Phat (em outros consta Ftá, e
ainda Phtah) carregava em uma das mãos uma régua, a qual servia para medir as enchentes do
Nilo. Efetuadas pesquisas em várias obras referentes ao Egito, não encontrei em nenhuma delas
os nomes citados, a não ser nome parecido, o do deus Ptah, mas, para o qual não havia qualquer
indício de que portasse uma régua. Por outro lado, Jules Boucher menciona em seu clássico “A
Simbólica Maçônica’ que o próprio Phtah é representado pelo Nilômetro.
Para não deixar a questão no ar, o Vol. 9 da “Enciclopedia Salvat” à pág. 6.479, faz
constar:
Ftah - Mit. V. Ptah.
E no Vol. 16, da mesma, à pág. 12.782, temos:
Ptah -Mit. Dios egípcio, artífice del universo, protector de los escultores y los metalúrgicos. Era
venerado en Menfis.
Dando a entender que Ftah e Ptah são o mesmo.
E para finalizar, ainda no que tange a sua história de um modo geral, Aslan é o único
a citar que:
“Os gregos a atribuíram a Rhycos, célebre arquiteto construtor do labirinto de Samos.”
Já num contexto maçônico, na Maçonaria Operativa a régua de 24 polegadas tinha a
sua utilização quando da tomada de medidas da pedra que deveria ser preparada. Após,quando da
Maçonaria Especulativa, acabou ganhando novos significados, e passou a ser considerada uma das
ferramentas de trabalho do Aprendiz-Maçom, do que veremos mais detalhes logo adiante.
O SIMBOLISMO DA RÉGUA
Todos os autores pesquisados dispuseram informações sobre os vários simbolismos
atribuídos à régua. A seguir, em primeiro, uma visão mais clássica, digamos assim, e na sequência
uma visão pessoal e de natureza mais espiritualizada, para ficarmos com dois exemplos somente:
Nicola Aslan: “Em linguagem figurada, a Régua representa os princípios, as máximas, as leis, as
regras, enfim tudo o que, numa palavra serve para dirigir e alude às regras de moral, do dever,
da urbanidade, da justiça, dos usos e costumes e das normas estabelecidas pelas leis humanas. A
Régua figura em todas as Lojas Simbólicas entre os utensílios alegóricos da Maçonaria como
Emblema da perfeição. É também considerada como Símbolo da retidão e do progresso da
filosofia e também do Infinito, pois uma reta não tem nem começo nem fim; mas, é, sobretudo, um
Símbolo da Moralidade e do Dever, dos quais um Maçom jamais deverá afastar-se. A Régua pode
ser considerada como o emblema da disciplina fraternal, livremente consentida por cada um de
nós e que só pode produzir os seus frutos pelo respeito escrupuloso dos nossos Ritos.”
Robert Lomas: ”A Régua de 24 polegadas é uma ferramenta espiritual para ajudar um Maçom a
equilibrar seu tempo diário entre três tarefas que, não necessariamente, envolvem quantidades
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iguais de tempo, mas com igual valor. Essa antiga prática do ofício é chamada pelo jargão
moderno de ‘estabelecer um equilíbrio entre trabalho e vida’. Estas são as três coisas
importantes para as quais você, como um maçom, deve arranjar tempo:
. Sua tranquilidade espiritual, para garantir que você esteja em paz consigo mesmo e tenha tempo
para pensar e refletir.
. Suas buscas materiais e o cuidado consigo e sua família, para garantir que você se empenhe em
seu trabalho para sustentar a si mesmo e seus dependentes.
. Sua responsabilidade altruísta com aqueles em uma posição não tão feliz quanto a sua, ou com
o trabalho de caridade _ que deve sempre ser feito em segredo, para o benefício do recebedor,
não para o enaltecimento do doador.”
A RÉGUA DE 24 POLEGADAS COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO DO
APRENDIZ E NA RELAÇÃO COM AS 24 HORAS DO DIA
Instrumento simbólico do Aprendiz-Maçom, que de posse dela deverá planejar o seu
trabalho sobre a Pedra-Bruta. Ela estará simbolizando aí, que deve haver precisão na execução do
seu trabalho, assim como, obrigação, pontualidade e exatidão. (Aslan, pág. 1159, 2012)
Um dos seus significados mais importantes está relacionado ao aproveitamento do
tempo, ou seja, as 24 polegadas seriam simbolicamente uma representação do dia com suas 24
horas, onde o sentido tem a ver com o correto emprego das horas, sem desperdício, ou seja, não se
usando delas para a ociosidade ou com coisas que estejam ligadas ao exercício do ego. Essas
horas deverão ser aproveitadas, parte estudando e refletindo, parte no trabalho, também no
repouso merecido, e ainda, prestando serviços à humanidade.
UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL: RÉGUA DE 24 POLEGADAS OU RÉGUA NÃO
GRADUADA?
Acho que esta é uma questão que teria que vir à baila, mais seguidamente e no
período de instrução, por exemplo. Desde que fiz o questionamento em determinada ocasião ao
sábio Irmão Pedro Juk, não havia voltado ao assunto, no entanto, vendo que certas leituras
continuam provocando ainda certa confusão, ainda mais, se considerarmos o momento aquele em
que um Aprendiz ao fazer uma pesquisa sobre os instrumentos do seu trabalho, acaba se
deparando com a seguinte dúvida: Qual das réguas é o instrumento do Aprendiz, a Régua de 24
polegadas ou a Régua não graduada? Vou explanar, então, sobre o assunto, com base na resposta
do Irmão Pedro Juk, tentando não me alongar muito.
Quando pesquisamos sobre o assunto em livros, dicionários, revistas, ou na Internet
(única fonte para muitos, pois acham que tudo é passível de ser encontrado na mesma) nos
deparamos com duas situações: uma régua de 24 polegadas, como sendo um dos instrumentos do
Aprendiz, ou uma régua não graduada.
Na leitura do clássico “A Simbólica Maçônica” de Jules Boucher, a questão surge
com muita ênfase. No “Dicionário de Termos Maçônicos”, do Irmão José Castellani, um dos
nossos grandes autores, estudioso e pesquisador, encontramos as duas, assim dispostas:
“A régua não graduada que o Aprendiz, candidato à Elevação ao segundo Grau, leva ao ombro
esquerdo quando penetra no Templo é o símbolo da Lei, da Ordem e da Inteligência, que devem
nortear as atividades dos maçons e os estudos do Companheiro.
A régua de 24 polegadas, que é usada durante a cerimônia de elevação ao segundo Grau, é um
símbolo do Tempo (como a efemeridade da vida humana, sugerindo o bom aproveitamento e da
existência na construção do Templo espiritual do homem. Simboliza, também o dia de trabalho do
Maçom (24 polegadas, representando as 24 horas do dia), principalmente do Companheiro, com
suas horas de labor, de lazer e de repouso. “
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Vejamos, na sequência, algumas passagens da resposta do ilustrado Irmão Pedro Juk,
sobre a pergunta que lhe dirigi, depois de haver enumerado várias citações de autores, se haveria
então, uma diferença entre a régua que o Aprendiz carrega até a entrada do Templo, quando da
sua Elevação para Companheiro-Maçom , ou se ela mudaria depois, ou se estaria havendo uma
interpretação errada, ou se seriam duas réguas diferentes ou ainda se seria mesmo uma só?
DA RESPOSTA DO IRMÃO PEDRO JUK:
_ “O sistema doutrinário dos Ritos Maçônicos difere em alguns pontos, embora o objetivo
especulativo seja sempre o mesmo. Para tanto os dois sistemas principais acabaram por adquirir
princípios culturais e, mesmo por influência religiosa, também o formato teísta e deísta. O
Primeiro faz parte em linhas gerais da Maçonaria Inglesa e o segundo da Maçonaria Francesa.
De acordo com o painel instrutivo as ferramentas ganharam mais ou menos importância
conforme o Grau. Nesse sentido existiu a profusão de ritos do Século XVIII em uma distinção bem
visível naqueles de vertente francesa e os outros ‘trabalhos’ (...) Assim, algumas particularidades
que se apresentam em um Grau podem não se apresentarem em outro, dependendo do rito e
sistema, ou vertente.”
“(...) Dadas essas considerações, no sistema inglês de Maçonaria, no caso da Régua, ele adota
em linhas gerais nos seus ‘Trabalhos’ (Emulação, Bristol, Taylor’s, Humber, Sussex, West End,
etc.) a de Vinte e Quatro Polegadas para o Grau de Aprendiz, enquanto que no Rito Escocês
Antigo e Aceito, por exemplo, que é do sistema francês embora no seus simbolismo exista
influência anglo-saxônica (o termo ‘antigo’) não adota a Régua graduada para o Primeiro Grau.
O que aprece sutilmente no Primeiro Grau do Rito Escocês é a Régua lisa durante a entrada do
Aprendiz para receber o seu aumento de salário, quando ele conduz no ombro esquerdo uma
régua sem graduação que simboliza no seu grau o trabalho na pedra e a verificação de arestas a
serem retiradas para o bom serviço dessa matéria prima no assentamento. Por ser ele Aprendiz,
simbolicamente a graduação não é ainda de sua compreensão _ isso para o Rito Escocês. Há que
se notar que no desenrolar do aperfeiçoamento protagonizado pelas cinco viagens, a régua é
substituída pela graduada em 24 polegadas. Isso não implica que um Aprendiz de um sistema seja
melhor que o outro. A questão é mesmo de arcabouço doutrinário. Há que se notar que na
alegoria do Companheiro, ele aprece no Rito em questão, com uma Régua graduada apoiada no
ombro. Assim ela também aprece no painel da Loja de Companheiro, diferente do de Aprendiz
onde a mesma é inexistente. Já na doutrina inglesa a relação do bom aproveitamento do tempo
está presente nas Instruções Prestonianas da Tábua de Delinear do Primeiro Grau. Aliás, é bom
que se diga que a vertente inglesa (teísta) evoca instruções relacionando o obreiro, às
ferramentas e à obra de construção, enquanto que a francesa ao fazer uso desse artifício a faz
relacionando também o obreiro às Leis da Natureza (deísta). Outra questão é que os rituais com
raras exceções, não distinguem a Régua, o que acaba na interpretação equivocada de se
imaginar o trato de um único instrumento.” (Grifo meu!)
“(...) Por assim ser e pelos sistemas ou vertentes distintas, a Régua de Vinte e Quatro Polegadas
é instrumento do Companheiro no Rito Escocês Antigo e Aceito, enquanto que quase oculta a
Régua lisa (sem graduação) seria a do Aprendiz, fato que anda praticamente esquecido,
raramente comentado na atualidade. Diz-se geralmente no Rito em questão que os instrumentos
de trabalho do Aprendiz são o Maço e o Cinzel. Já no Trabalho de Emulação (inglês) é bem claro
que esses instrumentos no Grau são o Malho, o Escopro e a Régua de 24 Polegadas.”
“(...) Finalizando e ratificando para responder a vossa questão final _ No Rito Escocês Antigo e
Aceito são duas as réguas, uma graduada e outra sem graduação, cuja aplicação maçônica é
dada conforme o Grau Simbólico. Se a questão fosse ao sistema inglês, a régua é única _
graduada e pertencente ao Grau de Aprendiz. A questão é se souber a que sistema pertence a
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doutrina. Isso nos leva a entender que a Maçonaria não é apenas um Rito, mas um sistema
eclético que abriga uma diversidade de ‘ritos e trabalhos’ com enfoque cultural, regional e de
período na história, cujos trabalhos especulativos convergem indistintamente para um ponto
comum _ construir um novo homem. (Grifo meu!)
COMENTÁRIOS:
Depois das brilhantes explanações do Irmão Pedro Juk é bem possível que toda e
qualquer dúvida com relação a essas questões específicas estejam sanadas. A última frase do
Irmão Juk, a qual fiz questão de grifar, me parece que contém uma mensagem simples de se
entender, ou seja, ”a Maçonaria não é apenas um Rito” . Mas, nada é tão simples assim, os
radicalismos afloram por aí, mesmo na Maçonaria, e os “donos da verdade”, também.
CONCLUSÃO
Pudemos acompanhar durante o presente trabalho, que é considerável a quantidade de
significados de caráter simbólico que são creditados à régua endo lisa ou sendo de 24 polegadas.
Claro que, outros fatores depois irão pesar, onde, as vertentes, os Ritos, as influências, os Graus.
Por ser direcionado aos Aprendizes especificamente, e por ser a régua de 24
polegadas um dos seus instrumentos mais importantes, não acredito que tenhamos enveredado em
nenhum momento em questões essencialmente polêmicas, eis que a maestria do Irmão Pedro Juk
na resposta da pergunta que lhe foi feita afasta qualquer coisa neste sentido. Mas, são assuntos que
andam meio esquecidos, como ele mesmo diz.
Podemos dizer ainda que a régua, por seu simbolismo riquíssimo, tem de estar à mão
sempre do Maçom, pois: a retidão deverá pautar as nossas ações, as nossas horas devem ser muito
bem aproveitadas, as causas nobres em favor da humanidade devem ser abraçadas, e nunca
deveremos descuidar da ideia a respeito de que até mesmo a nossa própria espiritualidade está
ligada e poderá ser plenamente exercitada, se bem entendido, o amplo simbolismo concernente a
esse instrumento, a régua.
***** Este trabalho é dedicado ao Irmão Paulo Valduga, do Oriente de São Borja/RS, que
desde que tomou conhecimento há tempos atrás sobre a questão aqui exposta (as duas
réguas),fez contato comigo para comentar e agradecer sobre a pergunta formulada ao
Irmão Pedro Juk (publicada na íntegra, juntamente com a resposta, no JB NEWS nº 848), o
que vem mostrar, por si só, que a Maçonaria é feita principalmente de Irmãos que tem a
humildade de expor aquilo que todo Maçom deveria aceitar até o último dos seus dias: o fato
de sermos e continuarmos eternos Aprendizes.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
JB NEWS, Nº 0848, de 22/12/2012: “régua de 24 polegadas” – Consultório Maçônico/Irmão Pedro Juk
ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Volume 4 – Editora
Maçônica “A Trolha” Ltda. 3ª Edição – 2012
BOUCHER, Jules. “A Simbólica Maçônica” – Editora Pensamento.
CASTELLANI, José. “Dicionário de Termos Maçônicos” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2ª Edição -
1995
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico”- Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2ª Edição – 2008
La Enciclopedia – Vols. 9 y 16 – Salvat Editores – 2004 – Madrid, España.
LOMAS, Robert. “O Poder Secreto dos Símbolos Maçônicos” – Madras Editora Ltda. 2014
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O Ir Hercule Spoladore –
Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”-
Londrina – PR – escreve aos domingos
hercule_spolad@sercomtel.com.br
NOÇÕES DE REALISMO FANTÁSTICO
APLICADAS À MAÇONARIA
O Homem atual, parcialmente desperto do seu sono mental de milhares de
anos, está um pouco mais liberado, mas ainda está preso aos grilhões de
preconceitos, lendas, falsos mitos, crendices que foram programados no seu
subconsciente há muitas gerações que ele as vem assimilando através de seu DNA.
Ele começa lentamente a vislumbrar através de sua memória genética a
experiência e a vivência de seus antepassados de milhões de anos, mas ainda está
mal programado a respeito do Universo e de seu papel na natureza. A Terra tem
sua idade estimada em cinco bilhões de anos.
O Homem quer saber a qualquer custo de onde veio e qual é o mistério da
vida. E por isso ele especula muito. Foi criado aqui neste planeta a partir de um
tronco comum com os primatas ou é oriundo de outros planetas, ou de habitantes
de outros mundos mais evoluídos, que fizeram experiências genéticas a partir dos
primatas existentes na Terra?
No momento atual há uma ansiedade uma verdadeira febre de procura das
suas prováveis origens.
A razão principal desta tendência é porque a Ciência está tornando o Homem
mais liberado de falsas morais, falsos deuses e crenças descabidas e assim ele está
se programando para a grande e fantástica aventura cósmica. É claro que
conhecendo o passado ignoto, será mais fácil antecipar o futuro maravilhoso que o
espera.
Cada ser humano tem em sua mente uma verdadeira procissão de fantasmas
mentais, no meio da qual caminha uma realidade desconhecida para ele.
Carl Jung em seu livro “O Homem e seus símbolos” penetrando ainda mais
nas entranhas de mente humana refere que existem aspectos subconscientes na
nossa percepção da realidade. Quando nossos sentidos reagem a fenômenos reais,
as sensações auditivas e visuais são de certa maneira transpostas da esfera da
5 – Noções de Realismo Fantástico Aplicadas à Maçonaria
- Hercule Spoladore
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realidade para o subconsciente e uma vez ai programados, se tornam psíquicos
cuja natureza extrema é desconhecida, pois a mente não pode conhecer sua
própria substância. O status intelectual e moral atual no qual o Homem está
inserido foi modelado pela Ciência no campo físico e por pensadores e filósofos no
campo mental. O homem atual não é igual aos seus antepassados. Outros
paradigmas estão sendo introduzidos. Tudo mudou.
Sabe-se que a civilização moderna foi construída sem o conhecimento de sua
verdadeira estrutura intima. Embora idealizada pelo Homem ela não está de forma
alguma bem ajustada à sua própria medida. O Homem não conhece o seu EU
duplo.
O conhecimento interior é aquele que emana do seu próprio íntimo de sua
forma intuitiva e natural, não seguindo raciocínios, conceitos teorias, ou qualquer
outro processo mental. São os caminhos do autoconhecimento.
Muito embora a maioria dos maçons não saiba, mas este é o verdadeiro ponto
crucial da Iniciação, apesar deste fato não ser propriedade da Ordem. Todas as
outras entidades iniciáticas seguem este mesmo percurso.
Este conhecimento interior não deve ser confundido com o conhecimento
comum adquirido através de livros didáticos, de aulas escolares, manuais etc.
O mundo desenvolveu-se ao acaso por iniciativa de homens-gênios a maioria
por descobertas acidentais, amoldados à forma de ser de seus pensamentos, sem
seguir uma metodização ou esquema racional.
Repentinamente houve um tremendo salto na Ciência. O Homem aceitou a
desafio. Mas os homens de Ciência não tomam conhecimento para onde estão
chegando ou para onde pretendem ir. São conduzidos pelo acaso. Cada cientista é
um homem à parte guiado pelas próprias descobertas. As descobertas acontecem
sem pevisão do que possam causar.
O Homem ainda está meio aturdido, meio tonto e parvo com tanta realidade,
a qual chega às raias do fantástico.
No momento, o Homem quer aprender alguma coisa sobre civilizações
extintas e entrar ao mesmo tempo entrar em contato com outros seres inteligentes
do Universo. Explora como pode o cosmo, dentro de sua tecnologia ainda impotente
em busca de outros mundos, pesquisa o próprio planeta em busca de novas
verdades que possibilitem encontrar suas raízes. A atual ansiedade em pesquisar
sobre a origem e desaparecimento dos dinossauros, nada mais é que a própria
procura de si mesmo.
A Ciência, dentro do paradigma cartesiano e newtoniano é muito rígida e
materialista. Admite uma experiência como fato comprovado após sua repetição
centenas e milhares de vezes de maneira experimental e lógica, seguindo o
esquema cientifico que ela considera como correto. Separou o homem de sua alma.
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O que não consegue explicar, simplesmente abandona, põe de quarentena,
não publica, nega simplesmente como no caso a teoria do caos, dos sistemas não
lineares, e da mente humana, apenas para citar alguns exemplos.
E ainda assim muitos segredos em poder da Ciência que poderiam precipitar a
evolução da humanidade foram mantidos secretos durantes milênios em favor de
grupos, religiosos ou mesmo científicos, com receio de que a revelação pudesse
causar catástrofes e o mundo fosse engolido por se inteirar destes conhecimentos.
Mas em realidade este é um artifício, uma mentira, pois na verdade os segredos
são mantidos seguros por interesses de grupos econômicos, científicos ou
religiosos.
Um dos exemplos mais recentes é o mistério que o meio cientifico e teológico
e outros exegetas estão fazendo com os manuscritos de Qunran - Mar Morto,
descobertos em 1947, trazendo-os ainda escondidos. Resolveram agora
recentemente libera-los para alguns estudiosos devidamente credenciados.
Sabe-se que foram introduzidas na Bíblia mais de trinta mil alterações. Ora,
aqueles manuscritos escritos por essênios com seus textos ainda virgens de
alterações por mais de dois mil anos, poderiam alterar o rumo das religiões, e
poderia até mudar o rumo da própria civilização cristã.
Todavia, a Ciência que o homem conhece e a usa mal, pautada toda ela no
paradigma newtoniano-cartesiano sofreu um impacto, ou seja, um pulo para o
futuro, quando o conhecido se deparou com o desconhecido. Foi quando o antigo
paradigma não mais explicou e nem pode prever resultados deste choque de
interpretações e definições.
Foi quando a Física Quântica apareceu. Os cientistas entraram em contato
com outra realidade. A Física quântica apresentou um aspecto da realidade
fantástica que até parece ficção cientifica, pois as partículas estudadas podem estar
em dois ou mais lugares ao mesmo tempo, ora sendo partículas físicas, ora ondas
energéticas.
A Física Quântica é de probabilidades, pois nunca se saberá com certeza como
uma coisa especifica vai acabar. Não se sabe o resultado.
A Física clássica é reducionista, pois parte da probabilidade de que só se
conhecendo as partes de um todo, poderá se conhecer este todo.
A nova concepção a respeito do Universo é holística, pois o enquadra como
um todo unificado, cujos segmentos ou partes se interconectam e se influenciam
uma às outras, ou seja, mutuamente. Não separa o fenômeno do todo para estudá-
lo.
Segundo Stuart Hamreroff existe dois tipos de leis governando o Universo. Um
é explicado pela lei do movimento de Newton. Todavia o outro indo para a escala a
nível do átomo uma série de leis quânticas assume o controle das ações.
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Para complicar ainda mais o paradigma materialista surgiu um elemento até
então considerado pela Física como um produto conseqüente da matéria, a mente
humana, a qual seria apenas uma consequência da evolução e que após o cérebro
morrer esta consequência desapareceria. Os novos estudos sobre a mente humana
não se enquadram no paradigma cartesiano/newtoniano. É o palpar do impalpável.
É a nova ciência do invisível.
Sabe-se hoje através das Neurociências e em especial dos estudos modernos
da Parapsicologia Cientifica que a mente humana comanda tudo e ela não é um
subproduto da matéria. Segundo a Parapsicologia ela se compõe do Consciente e
do Subconsciente. O Consciente está diante da atenção. Ele pensa, analisa,
compara raciocina, julga decide e compreende, isto é, ele desenvolve a capacidade
racional do homem. O Subconsciente é a parte da mente que executa tudo o que
acontece com o ser humano. É comparado a um robô, porque depois de
programado ele age mecânica automática e autonomamente. Ele não discute se
está certo ou errado. Simplesmente age, executando a programação que lhe foi
imposta. Suas reações automáticas movem o corpo, movem o coração, ou seja, as
emoções os sentimentos e movem a realidade. O Subconsciente uma vez
programado e executará programa. Ele possui a capacidade de criar a realidade do
ser humano. Ele precisa ser dominado pelo Consciente.
Outro fato fantástico a respeito do cérebro humano onde está situada a mente
humana é a sua capacidade e sua complexidade anatômica e seu funcionamento.
Números incríveis são mencionados.
Por exemplo: o cérebro é mil vezes mais rápido que qualquer computador
mais rápido do mundo. O cérebro tem tantos neurônios quanto as estrela da Via
Láctea, ou seja, mais ou menos cem milhões. O córtex cerebral tem cerca de
sessenta trilhões de sinapses (conexão entre dois neurônios vizinhos). Um pedaço
de cérebro do tamanho de um grão de areia tem cem mil neurônios e um bilhão de
sinapses. O cérebro está sempre ligado, nunca desliga durante toda a vida. O
cérebro se reestrutura continuadamente por toda a vida.
Fatos fantásticos. Parece imaginação, parece ficção, mas é a realidade
fantástica que se exibe diante dos olhos dos humanos.
Diante destes conhecimentos atuais o Homem ficou mais ainda perdido com
esta nova realidade. O maçom como homem está inserido nesta realidade
fantástica.
A atual civilização é recente. Sabe-se mais ou menos que ela data de cinco mil
anos atrás.
Mesmo sem ter havido os tais fins de mundo ou por água ou por fogo como
pregam os falsos profetas, muitos povos nasceram, cresceram tiveram o seu
apogeu e desapareceram. Esta parece ser uma constante, um ciclo pelo qual todos
passam todos os povos. Ninguém acreditava que o império romano caísse e
desaparecesse.
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A civilização atual está no caminho do apogeu cientifico e o Homem se
preparando para a grande aventura cósmica, mas ele ainda não evoluiu como ser
inteligente a ponto de vencer suas paixões, suas vaidades e sua ganância de poder
temporal. É claro que o Homem tem ótimas qualidades, mas ainda mata, ainda
existem traições e ainda existem guerras, mentiras, hipocrisia, inveja, ganância de
poder.
Como todas as civilizações a atual parece ser uma conspiração contra si
própria. Grande número de pequenos tiranos, "chefêtes", verdadeiras pequenas
divindades, cujo poder somente é possível por causa de um consentimento passivo
e acomodado de não por em dúvida que este poder não deva existir que ele é falso
e isso desvia o olhar do Homem do verdadeiro aspecto da realidade, ou seja, de
seu aspecto mais puro. Ressalte-se que muito destes tipos são grão-mestres,
veneráveis, chefes de estado, papas, juizes chefes de escritório e políticos
principalmente. Mas o maçom comum também pode estar neste labirinto.
Esta conspiração leva o Homem a renunciar voluntariamente que no mundo
habitado por ele, exista um outro Homem dentro do si o outro EU. Este conceito a
Maçonaria tenta colocar na cabeça do maçom. Nem todos têm a condição de
assimilá-lo. É preciso ler, estudar e raciocinar e sentir.
O Homem para se tornar liberto, terá que sair a força deste labirinto, e
escapar do jugo dos conspiradores.
A única forma será um redimensionamento de todos os valores conhecidos.
Novas programações mentais deverão introduzidas na mente humana. Se não
houver esta reciclagem, o Homem será eternamente vítima desta farsa.
A própria Maçonaria não está ajustada para o maçom atual, pois ela foi
moldada para o Homem emergente das primeiras décadas da era industrial e, ainda
está sendo usado o mesmo modelo idealizado para a aquela época. As modificações
não foram felizes Modificaram tudo mas, permaneceu o mesmo modelo. Felizmente
não foi destruída a essência da doutrina maçônica. Talvez por causa da Iniciação e
da ritualística maçônica que apesar de alterada de todas as formas conservou a
essência da lenda Hirâmica.
Mas, a Ordem perdeu-se. Desapareceu o seu verdadeiro encanto mágico que
havia no início. O maçom atual entra no templo sem respeitar os símbolos que
“enxerga”, sem, no entanto, senti-los. O poder político que a Maçonaria poderia ter
foi fragmentado pelas ditas denominações potências cada qual se diz ser a
verdadeira, a regular insinuando veladamente sempre que as demais são perjuras
ou irregulares.
A Maçonaria atual por falhas de sua estruturação escondeu de seus adeptos
sua verdadeira finalidade, seus principais princípios e também lado místico que
deveria ser mostrado em sua pureza.
Todos querem exibir seus luxuosos aventais e ostentar seus graus. Quanto
mais elevado o grau, maior importância o maçom se dá, sem ter o mínimo o
conhecimento básico necessário. Existe a tática da acomodação. Eles vêm buscar
graus e pagam por isso e assim comparecem, dando a impressão que são
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numerosos e fortes. Existem, poucos pensadores infelizmente. Onde estão os
filósofos e os sábios da Ordem?
A maioria das lojas age de forma autofágica do ponto de vista do poder de
liderança e político em relação aos seus líderes. Cria-os, e depois os destroem, os
engole.
Quanto à maioria dos adeptos, estes são acomodados e guiados por falsos
condutores.
Quase ninguém usa seu espaço durante uma sessão, para explodir seu
pensamento democrático diante de um fato que precisa ser denunciado. As
instruções e os ensinamentos são insuficientes.
Há um verdadeiro pacto de silêncio. Todos se calam e esperam acontecer.
Os poucos maçons que poderiam ser os arautos de um pensamento livre, são
execrados, denegridos e esquecidos. Adormecem. Ficam calados.
Há qualquer coisa de errado na Ordem. O maçom terá que parar para pensar.
Sua visão está embaçada. Ele precisa ver a realidade tal qual ela é.
Para se chegar a este desiderato, o maçom terá que empregar uma maneira
diferente para utilizar os conhecimentos que tem ao seu dispor, rever princípios
universais da Ordem, rever as interpretações simbólicas e históricas, os
procedimentos ritualísticos e principalmente procurar entender o conceito mais
profundo do que vem a ser a Iniciação, tentando estabelecer novas ordens de
valores entre as várias áreas do saber maçônico, vendo os fatos como eles são em
realidade e não com os olhos que se limitam apenas às hierarquias tradicionais.
Diante dessa nova forma reciclagem, o maçom terá que entender a mudança de
paradigmas pelas quais está passando a atual civilização e se inserir nelas
Se o maçom proceder assim, finalmente perceberá a realidade e ao mesmo
tempo, o fantástico.
O realismo fantástico para seus simpatizantes não é uma agressão às leis da
natureza, mas sim as suas verdadeiras manifestações. É o aparecimento do
palpável impossível.
É o verdadeiro contato com a realidade sem as falsificações impostas pelos
antigos e modernos preconceitos, e pelas más e erradas programações milenares,
étnicas, familiares e individuais etc.
É a revelação da obra divina através de suas leis da Harmonia, Evolução e
Vibração vistas de um modo direto sem o filtro do sono intelectual que ainda
domina o Homem, através de costumes ultrapassados, tabus sociais,
conformismos, sofismas, superstições; falsos mitos, crendices etc.
Segundo Teilhard de Chardin” Em escala cósmica nos ensina a Física Moderna
só o fantástico tema probabilidade de ser real”
Haldane diz: "A realidade não é apenas mais fantástica do que acreditamos, é
muito mais fantástica do que tudo quando podemos imaginar”.
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Afirmam os autores que o verdadeiro realismo moderno faça parte o
fantástico nas áreas cósmicas, pesquisas de culturas extintas, sociologia que
estudam o Homem em si, especialmente a mente humana composta de seu
consciente e subconsciente e o relacionamento do Homem com o Universo.
A Maçonaria é um sistema moral, filosófico e político-social que investe tudo
principalmente no maçom, procurando melhora-lo espiritualmente, preparando-o
para ser um líder e construtor social, antevendo uma sociedade humana de paz,
igualdade, justiça social, onde a verdade pura seja transparente e verdadeira e que
ele possa saber mais sobre o seu futuro.
Está claro que a Ordem terá que refazer toda a sua forma de ser, e executar
seus verdadeiros princípios ora destorcidos, criar novas formas de ação do
pensamento, preparando-se assim para o grande empreendimento cósmico que o
porvir reserva para Ela.
Referências:
ARNTZ, William, CHASSE, Betsy, VICENTE, Mark Quem somos nós
Ed. Presitígio Editorial Rio de Janeiro, 2007
CARREL, Aléxis O Homem, esse desconhecido
Editora Educação Nacional Porto (?)
CHARDIN, Teilhard O Fenômeno Humano
Editora Herder São Paulo, 1970
PAUWELS Louis, BERGIER, Jacques O Despertar dos Mágicos
Ed.Difusão Européia do Livro São Paulo, 1968
GRISA, Pedro A, Liberte seu Poder Extra
Edipappi – 14ª edição Florianópolis, SC, 2007
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 23/37
O Irmão João Anatalino Rodrigues
escreve às quintas-feiras e domingos
jjnatal@gmail.com -
www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br
ESTUDOS MAÇÔNICOS-
BÍBLIA, O CÓDIGO DOS CÓDIGOS
Titulo do livro: O Código dos Códigos
Autor: Northrop Frye
Editora Boitempo; 2004
Sinopse
Neste livro, Northrop Frye, crítico literário, professor de literatura na Universidade de Toronto,
Canadá, faz uma interessante análise da Bíblia, do ponto de vista literário. Mostra que o grandioso
livro que serviu de base para a religião ocidental também é o grande alicerce de toda a nossa
literatura, fornecendo a grande maioria dos tipos e antítipos que servem de base para praticamente
todos os temas que tratam a literatura mundial. Esses tipos refletem a saga da humanidade na
busca dos caminhos para a sua subsistência e seu desenvolvimento, e são encontrados em todos os
6 – Estudos Maçônicos – Bíblia, o Código dos Códigos
João Anatalino Rodrigues
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tempos e lugares, razão pela qual são retratados em mitos, metáforas, lendas, histórias e outras
formas de comunicação desenvolvidas pela humanidade. Frye nos mostra que a Bíblia é, talvez,
junto com os Vedas, conjunto de livros sagrados dos hindus, o maior repositório de arquétipos que
a mente coletiva da humanidade possui. Nela encontraremos praticamente todos os códigos que a
mente humana até hoje conseguiu desenvolver para figurar os seus conflitos e as ações executadas
para resolvê-los. Por isso ela é o Código dos Códigos.
***
Religião não se discute?
Uma vez um aluno um pouco mais curioso perguntou ao grande mestre Santo Agostinho, bispo de
Hipona, o que Deus fazia antes de começar a fazer os céus e a terra, como está escrito nas
primeiras linhas da Bíblia. Ele tinha curiosidade em saber, já que o livro sagrado começa com uma
ação ativa de Deus, separando a luz das trevas e depois fazendo o restante do universo. Santo
Agostinho deu uma resposta meio enviesada, bem a moda dos mestres daqueles tempos, quando
era proibido discutir religião, e principalmente aqueles dogmas de fé, cujas respostas pudessem
suscitar alguma contestação. Utilizando a linguagem de hoje, poderíamos dizer que ele respondeu
ao espevitado aluno que “ antes de começar a fazer o universo, Deus estava preparando um
inferno para os “pentelhos” que se metem a fazer tais perguntas”.
Muita gente ainda acha isso hoje em dia. Finca posição em certos dogmas e vai em frente como se
fosse um burro em quem se coloca viseiras para que não olhe para os lados e se distraia.
Isso é conveniente para quem vive da indústria da fé, mas já se disse que pior do aquele que nunca
lê livro nenhum, é a pessoa que lê um livro só. A Bíblia nos interessa porque ela é base da nossa
cultura. O Big Bang também nos interessa porque ele é fruto da especulação que a mente humana
desenvolveu em busca da sua origem. O que havia antes dele também preocupa porque
simplesmente pensar que tudo começou com o Big Bang, ou da forma que a Bíblia conta não
satisfaz a nossa sede de saber. Assim, nada deveria ficar fora do território especulativo da mente
humana, e opor dogmas, ou selecionar assuntos que não podem ser discutidos não é defender a fé.
Antes é enfraquecê-la, colocando freios á mente humana, que deve avançar sempre, a despeito de
todas as portas que algumas pessoas tentam fechar na frente dela.
Ler a Bíblia como se ela fosse um código de leis, ou uma história literal do mundo, ou ainda pior,
como uma cartilha doutrinária infalível, pode resultar em mentes maravilhosas como a de Jonh
Milton, de Madre Teresa de Calcutá, a Irmã Dulce, e outras luminosidades mais, mas também
pode gerar malucos como Jim Jones e Charles Manson, por exemplo.1
Da mesma forma pode inspirar mentes como a de José Saramago, que via na Bíblia um livro
pernicioso que incentiva as guerras, a matança, o incesto, os ódios raciais e tudo quanto há de
ruim de mundo.
1 Jim Jones, pastor, fundador da igreja Templo dos Povos (Peoples Temple), induziu seus seguidores a um suicídio em massa na
comunidade de Jonestown na Guiana, em 18 de novembro de 1978. 918 pessoas morreram, em sua maioria, por envenenamento.
Charles Manson foi o líder de uma comunidade hippie nos anos sessenta. Considerado uma espécie de profeta por
seus seguidores, ele cometeu vários assassinatos ritualísticos nos Estados Unidos, inclusive da atriz Sharon Tate,
na época grávida de oito meses. Foi condenado á morte mais teve sua pena transformada em prisão perpétua, pena
que está cumprindo até hoje, na Penitenciária de Corcoran, Califórnia.
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Cain e Abel como exemplo
O interessante do trabalho de Northrop Frye está exatamente o fato de que ele nos mostra uma
Bíblia do ponto vista literário. Nesse trabalho, despido de toda roupagem doutrinária e ideológica,
se pode perceber a riqueza do inconsciente humano, comunicada através dos mitos, das histórias,
provérbios, parábolas, símbolos e visões, muitas delas intraduzíveis em linguagem vernacular, que
compõem esse livro formidável e único, onde toda a aventura humana, desde a sua origem celular,
até a sua organização em sociedade, é referida.
Frye nos mostra que histórias como a da criação e queda do homem são ecos de um
desenvolvimento natural das sociedades humanas, que refletem a passagem de uma colonização
extrativista, onde o homem tirava o essencial do seu sustento da natureza, para o momento em
que, premido pelo aumento populacional, o homem foi obrigado a desenvolver a agricultura e o
pastoreio para sobreviver. Assim, a história de Cain e Abel, por exemplo, é uma metáfora do
conflito entre a agricultura, atividade que necessitava de terras agricultáveis, e o pastoreio, que
precisava de espaço aberto para a criação de animais. Esse fato, que reflete o avanço da
civilização e sua urbanização, tem sido, amiúde, o responsável pelos grandes conflitos da história
e sobrevive ainda hoje, até no interior do Brasil, onde a competição entre as grandes fazendas de
gado e o assentamento de colonos tem rendido incontáveis mortos, como já aconteceu nos Estados
Unidos e outros países, no passado.
A terra prometida- um arquétipo utópico
O que é a terra prometida dos israelitas senão um arquétipo da utopia longamente sonhada pelo
homem em todos os tempos? Quem não sonhou um dia com uma terra que mana leite e mel ─ um
lugar onde a vida possa ser vivida sem conflitos─, lugar esse que pode ser um sítio, uma casa de
praia, uma aposentadoria, uma casinha pequenina na serra, etc.? Dessa forma, toda a saga bíblica
do povo de Israel pode ser vista assim como uma longa e eterna procura pela realização desse
arquétipo que está na mente inconsciente da humanidade. Destarte, a terra prometida, tanto a de
Abraão, como a de Moisés, os reinos de Davi e Salomão, a restauração d reino judeu,
empreendida por Zorobabel, e a própria ideia do reino messiânico dos essênios, que se cristalizou
na promessa cristã, são, na verdade, ecos dessa utopia que alimenta a alma humana desde os
primórdios da nossa civilização.
A Bíblia- Retrato do inconsciente da humanidade
A Bíblia, do ponto de vista estritamente literário, reflete a totalidade do inconsciente humano,
codificado em mitos, histórias, aforismos, metáforas, metonímias, provérbios, que juntos,
fornecem um celeiro infinito de arquétipos para toda a nossa cultura. A moral, o direito, a
filosofia, enfim, todos os estratos que compõem a superestrutura da nossa civilização podem ser
encontrados nela. E praticamente, todos os clássicos enredos literários que conhecemos já estão,
de alguma forma, também nela presentes.
Por fim, o que ressalta, desse trabalho de Frye, é a ideia de que o conceito de Deus não é fruto de
intuições estanques, separadas uns dos outros, como de princípio se poderia pensar, mas sim a
cristalização de uma sensibilidade que é desenvolvida na forma como a sociedade é organizada.
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Cada povo tende a prefigurar e atribuir ao seu Deus suas próprias identidades. Assim, se Israel
desenvolveu a ideia de um deus patriarcal, apegado á tradições pastoris, é porque assim vivia esse
povo. Da mesma forma, os gregos, com seus deuses quase humanos refletiam a evolução social e
mental de um povo que via a vida sempre como um limite a superar.
A questão da hierarquia
Destarte, os conceitos que se referem á divindade não podem ser separados da forma como a
sociedade organiza a sua hierarquia. O fato de o Deus hebreu aparecer prefigurado sempre como
uma espécie de patriarca severo é próprio da sociedade pastoril da Israel bíblica, da mesma forma
que o Deus Brhama, que aparece no topo da hierarquia dos deuses hindus, é um arquétipo
fundamentado na figura do nobre brâmame, cujo status na sociedade daquele povo era o mais alto.
Por isso, também, os deuses, em todas as tradições religiosas dos povos antigos, moram em
montanhas (lugares altos), como os deuses do Olimpo, ou Jeová no Monte Sinai, UiraCocha (o
deus dos povos andinos) em Tiuhanaco, etc.
Da mesma forma, o fato de os deuses morarem numa montanha, ou aparecerem numa delas, ou ter
seus templos construídos em lugares altos, é uma metáfora que indica a condição superior dele em
relação aos seus subordinados homens. É uma transposição da realidade social vivida pelos povos
que o cultuam, o que nos leva a deduzir que o conceito de Deus é uma dinâmica extraída da forma
como a sociedade é estratificada.
Deus é sempre verdadeiro
Assim, pode-se deduzir também que os diferentes nomes que os antigos davam a Deus não
refletiam identidades de deidades em si mesmas, mas sim apenas códigos linguísticos extraídos
dos seus sistemas sócio-políticos. Desse modo, os nomes de Jeová, Aton, Marduc, Baal,
Uiracocha, Zeus, etc, não representam deuses diferentes, mas sim retratos de uma mesma ideia,
desenvolvida segundo diferentes visões. São frutos de diferentes fases vividas pela humanidade e
suas consequentes formas de ver o mundo. Por isso são deuses agrários uns, deuses urbanos
outros, divindades pastoris, extrativistas, patriarcais, matriarcais, humanistas, belicosos, pacifistas
etc..conforme a forma de viver de cada povo.
A ideia é a de que Deus muda conforme o tempo e a vida em que se vive. Por isso, talvez, a
melhor conceito que até hoje foi expresso a seu respeito ainda é a do Apóstolo Paulo. “ Deus”,
disse ele, “é sempre verdadeiro, seja qual for o lugar e o tempo.”
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 27/37
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau
10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz
14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim
14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste
17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis
17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis
18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste
19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis
21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz
21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal
21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis
24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis
03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos
03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville
07/11/2001 Zodiacal Florianópolis
11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Novembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome da Loja Oriente
03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis
04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau
09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque
12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó
15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
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Programação do VII Seminário Nacional do Rito Schröder
- Ir. Kurt Max Hauser - Porto Alegre - RS - 11 e 12/11/2016
Caros Irmãos todos, ainda há tempo para inscrições. Participem e convidem as Cunhadas para
prestigiar a abertura e o jantar de encerramento.
Atenção: para os Irmãos: TRAJE PASSEIO (Paletó e Gravata).
Para Informações e inscrição, visite o site: www.viiseminarioschroder.concordia56.org
Programação do VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser - Porto Alegre –
RS - 11 e 12/11/2016
Dia 11/11/2016 - SEXTA-FEIRA - TRAJE PASSEIO (Paletó e Gravata)
19:00 – Recepção dos convidados e credenciamento dos inscritos – (esta programação inclui as
Cunhadas, por adesão. O pagamento pode ser no dia do evento, conforme o site do Seminário).
20:00 - Abertura oficial do VII SEMINÁRIO NACIONAL DO RITO SCHRÖDER - Ir. Kurt Max Hauser
21:00 - Coquetel para todos os inscritos – (esta programação inclui as Cunhadas. O pagamento
pode ser no dia do evento, conforme o site do Seminário).
DIA 12/11/2016 - SÁBADO - TRAJE PASSEIO (Paletó e Gravata) – somente para os Irmãos
inscritos:
08:00 – Recepção dos Irmãos Participantes e credenciamento dos inscritos.
09:30 - Palestra do Ir. David Lorenzo Soto Lepe: O Tapete Schröder.
10:15 - Coffee Break.
10:30 - Palestra do Ir. João Rufatto e Grupo de Irmãos: Pequenas Porções de Reflexões
Maçônicas no Rito Schröder.
11:15 - Palestra do Ir. Walter Celso de Lima: Rituais Maçônicos, Para Quê? Por Quê? Qual a Sua
Origem?
12:00 - Almoço no Hotel Continental.
13:30 - Palestra do Ir. Felício Korb: A Espiritualidade do Rito Schröder.
14:15 - Palestra do Ir. Rui Aurélio de Lacerda Badaró: O Iluminismo Alemão Como Substrato Para
a Construção do Sistema de Ensino de Schröder.
15:00 - Coffee Break.
15:15 - Palestra do Ir. Rui Jung Neto: O Ritual de 1960 e o Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir.
Gouveia.
17:00 - Encerramento.
20:00 - Jantar por adesão no Hotel Continental. Traje Paletó e Gravata – (esta programação inclui
as Cunhadas. O pagamento pode ser no dia do evento, conforme o site do Seminário).
VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser - Porto Alegre – RS - 11 e 12/11/2016
Para Informações e inscrição, visite o site: www.viiseminarioschroder.concordia56.org
Fraterno abraço e Cordial Aperto de Mão do Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. (AStM)
“Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás.”
Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 – Rito Schröder – GLMERGS
Templo: Rua Barão do Amazonas Nr. 2316 – Bairro Partenon – ao Or. de Porto Alegre - RS
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 30/37
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Para o dia 6 de novembro:
RFECONHECIMENTO CONJUGAL
A Maçonaria preocupa-se com a família de seu filiado.
Assim, como a atividade social, possui o reconhecimento conjugal, que não deve
confundir-se com “casamento maçônico”.
Inexiste o ato de casamento na Maçonaria, bem como o de batizado e funeral.
A Maçonaria não pratica esses atos porque não é uma é religião; apenas no
casamento, ela reconhece o enlace entre o seu filiado e a noiva.
A finalidade principal do reconhecimento é a apresentação da noiva às famílias dos
maçons,a to puramente social.
A confusão vem do fato de os recém-casados comparecerem à cerimônia com os
trajes de casamento, isto é, a noiva com véu e grinalda e o noivo com seu traje
especifico.
Por ser um ato social, a Loja é aberta em sessão branca, isto é, ornamentada para
recepcionar os que não são maçons, com flores, música adequada e, ao final, um
banquete no salão de festas.
No cerimonial, o Venerável Mestre não atua como Sacerdote, mas como mero
dirigente da Loja.
A prática, que não é obrigatória, tem o dom de integrar a jovem esposa ao grupo
feminino, geralmente denominado Sociedade Feminina da Loja, usando o nome da
Loja em cujas reuniões sociais as “cunhadas” praticam a caridade, confeccionando
enxovais para pobres etc.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 329.
Visite o site da Loja
Professor Mâncio da Costa nr. 1977
www.manciodacosta.mvu.com.br
Florianópolis
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 33/37
Loja Manoel Marinho Monte – Rio Branco
(Foto JB News)
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 34/37
1 –
Seus filhos e netos gostam de tirar
fotos? Esses aqui não!
2 –
Tem dores nas articulações? Então
EVITE esses alimentos!
3 –
Hora do teste: Quão bem você
conhece a anatomia humana?
4 –
Veja as imagens mais belas do
mundo de cavalos selvagens!
5 –
Atenção: Seus ouvidos podem te dar
alertas de saúde!
6 -
Faça uma linda viagem pelos
Estados Unidos!
7 – Filme do dia “JADOTVILLE” - dublado
SINOPSE: JADOTVILLE conta a história verdadeira do cerco de Jadotville em 1961, quando um batalhão irlandês da
ONU com 150 soldados, comandado por Patrick Quinlan, foi atacado por 3.000 soldados congoleses, liderados por
mercenários franceses e belgas que trabalhavam para empresas de mineração. Jamie Dornan faz o papel do
comandante irlandês Pat Quinlan e Guillaume Canet faz o papel do comandante francês Falques.
https://www.youtube.com/watch?v=uWOL6O35gS4
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O Irmão e poeta Sinval Santos da
Silveira * escreve aos domingos
neste espaço
Era uma tarde de verão escaldante.
A sombra fresca da copada seringueira
frondosa, me protegia do sufoco.
Num banco de jardim, a minha frente, sentou-se
uma mulher bonita e sem pressa, saboreando
um belo sorvete.
Envolveu-me numa conversa descontraída, com
a língua gelada e doce, como o teor do assunto.
Disse-me:
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 36/37
" Sabes, moço, já completei quarenta e oito anos
de idade.
Aparento ter mais ?
As minhas amigas acham que sim.
Sei que sou bonita, mas já fui muito mais !
Enlouquecia os homens !
Rastejavam-se aos meus pés, fazendo propostas
de casamentos e tudo mais.
Entre uma coisa e outra, optei por " tudo mais ".
Entendeste ?
Ganhei muito dinheiro !
Cheguei a sentir compaixão das mulheres que
optaram pelo casamento.
Fiz, disto, a minha profissão.
Fui uma boa ouvidora dos homens, quase todos
casados.
Veja só, pagavam para que eu ouvisse as suas
reclamações conjugais !
Bebiam, riam e choravam.
Sempre demonstrei compreensão
para com estas reações.
De mim , ninguém tem nada a falar !
Não sabem o meu nome, endereço, de onde
vim, como estou, se feliz ou infeliz....
Sou, tão somente, uma mulher que degusta
um sorvete, num banco de jardim, gelando
a língua..."
Não falei uma só palavra, pois o momento
era todo dela.
Displicentemente, jogou a casquinha do sorvete
no chão, foi embora, sem se despedir...
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG:
http://poesiasinval.blogspot.com
* Sinval Santos da Silveira -
MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis
JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 37/37

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Pouso Alegre (MG) – SP Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.228 – Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrNewton Agrella – Tradição que não se rompe Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi - Amigo Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – A Régua: Uma breve história. Régua de 24 polegadas ... Bloco 5-IrHercule Spoladore – Noções de Realismo Fantástico Aplicadas à Maçonaria Bloco 6-IrJoão Anatalino Rodrigues – Estudos Maçônicos – Bíblia, o Código dos Códigos Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 6 de novembro e versos do Irmão e Poeta Sinval Santos da Silveira
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 2/37 6 de novembro  1430 - Coroação de Henrique VI de Inglaterra.  1797 - O czar Paulo I sobe ao poder na Rússia, após a morte da sua mãe, a Imperatriz Catarina, a Grande.  1817 - Casamento de D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal) com a imperatriz Leopoldina.  1836 - Bento Gonçalves é aclamado presidente da então proclamada República Farroupilha.  1844 - A República Dominicana torna-se independente do Haiti.  1872 - Fundada a cidade de Poços de Caldas - Minas Gerais.  1888 - Em sua segunda visita à Basílica de Aparecida, a Princesa Isabel ofertou à santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul.  1892 - Inaugurado o Viaduto do Chá, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.  1913 - Gandhi é preso enquanto liderava uma marcha de mineiros indianos que trabalhavam na África do Sul.  1917 - Eclode a Revolução Russa. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 311 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 55 dias para terminar este ano bissexto Dia de Prevenções contra Doenças do Coração Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 3/37  1937 - Luso é elevado à categoria de vila.  1955 - O rei de Marrocos, Mohamed V, reassume o trono após 2 anos de exílio.  1962 - Aprovada a Resolução 1761 da ONU que estabelece sanções militares e econômicas à África do Sul devido a sua política de Apartheid.  1985 - O Primeiro Ministro de Portugal Aníbal Cavaco Silva toma posse.  1987 - Noboru Takeshita é nomeado primeiro-ministro do Japão.  1991 - Extinção oficial da KGB.  1994 - A BBC de Londres transmite o documentário The Myth of the Spanish Inquisition (veja também Inquisição).  1996 - O documentário "As Testemunhas de Jeová Resistem ao Ataque Nazi" é apresentado ao público pela primeira vez no antigo campo de concentração de Ravensbrück.  2002 - Winona Ryder é considerada culpada por roubar objetos em uma boutique de Nova Iorque.  2005 - Após cinco anos de exílio no Japão, o ex-presidente peruano Alberto Fujimori deixa o país em um voo privado, rumo a Santiago.  2012 - Barack Obama é reeleito presidente dos Estados Unidos, derrotando o republicano Mitt Romney. Eventos culturais e de média/mídia  1975 - Primeiro show da banda punk Sex Pistols.  2012  Lançamento do primeiro disco de músicas inéditas do Aerosmith em 11 anos, o Music from Another Dimension!.  Show do guitarrista Slash, ex-Guns N' Roses e Velvet Revolver, em São Paulo, no Espaço das Américas.  Lançamento da Rede Família em Limeira em São Paulo 1785 Na sua viagem com destino ao Pacífico, chega à ilha de Santa Catarina o explorador francês La Perouse, com seus barcos “Astrolabe” e ‘Bussolle”. Um dos integrantes desta expedição de nome Monneron, deixou um relato sobre a vila e seus habitantes. 1880 Inaugurada na cidade de Desterro, uma linha de bondes com atração animal, iniciativa do engenheiro Polidoro Olavo de S. Thiago. 1945 Assume a internventoria federal em Santa Catarina Luiz Gallotti, substituindo a Nereu Ramos. 1962 Leis Nrs. 928 e 929, criam os municípios de Antonio Carlos e Ganchos, hoje, Governador Celso Ramos, ambos desmembrados de Biguaçú. 1793 Guilhotinado o duque de Orleans (ou Chartres), ex-Grão-Mestre do Grande Oriente de França, que havia cortado seus laços com a Maçonaria por medo da Revolução. 1822 José Bonifácio manda exilar “todos os indivíduos considerados pela opinião pública como hostis ao governo”, além de proibir “reuniões suspeitas”. 1854 Nasce John Philip Souza () músico e maestro americano. 1913 Fundação da Grande Loja Nacional Francesa 1982 Fundação da Grande Loja de Espanha Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 4/37 Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271 O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras (Mesmo na temporada o Irmão sempre tem desconto especial) Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) Cunhada Gladys Sarobe – Contadores • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 - Sala 704 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 contato@sarobecontabilidade.com.br Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 5/37 O Ir Newton Agrella - M I Gr 33 escreve aos domingos. É membro ativo da Loja Luiz Gama Nr. 0464 e Loja Estrela do Brasil nr. 3214 REAA - GOSP - GOB newagrella@gmail.com "TRADIÇÃO QUE NÃO SE ROMPE " De maneira absolutamente direta, simples e concisa podemos aferir que Tradição significa : comunicação oral de fatos, lendas, ritos, usos, costumes etc. de geração para geração. Ou seja; trata-se daquilo que torna-se norma por si só, pela sua própria essência e pelo significado histórico que nela se encerra. A tradição não implica em que o seu execício esteja escrito ou inscrito em qualquer lugar. Tradição é a reprodução de tudo o que se vive de maneira contínua e habitual e que se consubstancia na media do tempo e nas mais variadas formas de expressão. Seja pela linguagem, seja pelos exemplos, seja pelo compartilhamento ou pelas próprias reflexões e vivências. Ao olhar o sol por 30 segundos experimente descrever o campo à sua volta. Como se sabe, o brilho do sol ofusca os olhos e não se consegue ver nada a seu redor. Se se mantiver os olhos fixos no sol terminará cego. Em outras palavras, quando se busca apenas a Luz e se deixam as suas responsabilidades e atribuições aos outros, jamais se encontrará o que se busca. Isso se aplica ao Aprendiz e ao Companheiro Maçom. Esse pequeno exemplo serve como esteio para uma episódio recente que tive a oportunidade de presenciar em uma Loja regular do REAA quando o Venerável Mestre convidou aos Irmãos Aprendizes que haviam recém apresentado um trabalho para que conduzidos pelo Mestre de Cerimônias viessem ao Oriente para serem agraciados com uma pequena lembrança e que fossem aplaudidos pelos demais Irmãos presentes. 2 – Tradição que não se rompe Newton Agrella
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 6/37 Confesso que isso foi algo que deixou-me realmente espantado, pois em quase 20 anos de Ordem, tendo sido Venerável Mestre e atingido o Gr.´. 33 de nossa Sublime Ordem no Rito Escocês Antigo e Aceito eu jamais havia testemunhado esse tipo de coisa.... Irmãos Aprendizes no Oriente ! Posto isso, e inconformado com aquilo que presenciei busquei literaturas e para o meu conforto pude deparar-me com uma clássica e contundente lição de nosso Ir.´. Pedro Juk - que do alto de seu conhecimento, sobretudo ritualístico, com propriedade escreveu em nosso JB News : "....Aprendizes no Oriente em Loja aberta é orientação completamente equivocada e geralmente dada por algum Irmão que infelizmente não conhece o mínimo do arcabouço doutrinário do Rito Escocês Antigo e Aceito. . Essa “estória” de Aprendizes e Companheiros no Oriente é um atentado contra a ritualística do Rito e não encontra nenhuma justificativa, inclusive aquela que de modo capenga se apoia na falta de Irmãos para compor a Loja. Ora, cargos em Loja são privativos dos Mestres, além do que o Oriente é o final da escalada iniciática, cujo quadrante, ou espaço também é privativo dos Mestres. Qualquer “ilação” contrária à razão desse sistema maçônico francês (o Rito é filho espiritual da França) é mera conjectura e atestado de incompreensão do escocesismo simbólico. Se não houver número suficiente de Mestres não se abrem os trabalhos e ponto final. Seria bom alertar para “certos” informantes que esse pormenor não precisa estar escrito, já que isso é tradição e costume imemorial, assim como universalmente aceito na doutrina do aperfeiçoamento comparada às Leis da Natureza cujo protagonista é o homem Maçom. Aprendiz ou Companheiro no Oriente seria o mesmo que alguém tivesse a capacidade de imaginar o Sol nascendo no Ocidente!!! Basta observar a passagem, ou marcha do Sol no Painel da Loja (as três janelas)...." Ou seja, é notório que não precisa estar escrito para se saber o que pode ou não se pode fazer, especialmente dentro de uma instituição iniciática cujo alicerce se baseia em imemoriais exemplos de conduta e procedimentos. O lugar do Aprendiz é justamente o Setentrião onde o Sol não lhe ofusca os olhos, pois ele acaba de nascer para o Mundo Maçônico e a Luz deve lhe ser dada, "paulatinamente", ou seja; de acordo com o seu desenvolvimento na arte de desbastar a Pedra Bruta e começar a erigir um Templo que lhe dê sustentação. Uma Loja Maçônica é uma representação simbólica da psique humana. No final do século XVIII e começo do XIX, muitos europeus, Maçons entre eles, encontraram seu caminho para o Oriente Médio, onde descobriram as relíquias de culturas que praticaram os Antigos Mistérios. E Maçons com seu modo peculiar de pensar, reconheceram similaridades entre sua Ordem e as Tradições Antigas. Simbolismos como escadas encontradas no Templo de Mitra e motivos egípcios que sugerem a idéia de que a a Maçonaria tem conexão direta com os ritos antigos. Apesar das conexões encontradas entre a Ordem e os Antigos Mistérios, não há explicação de como o material pode
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 7/37 ter sido transmitido ou como a Tradição poderia permanecer oculta mesmo com os rigores da Idade Média e os rigores da Inquisição. W.Kirk MacNulty , autor de : "A Journey through Ritual and Symbol" reporta em sua obra que as primeiras Lojas Maçônicas reuniam-se em tavernas e conduziam seus trabalhos durante o Jantar, sendo que principal forma de instrução era uma espécie de catecismo, que incorporava os elementos da Metafísica ocidental representada pelos Símbolos Maçônicos. Por volta do de 1730 muitas lojas na Inglaterra, França, Escócia e Suécia conduziam rituais mais elaborados com Três Graus de forma geral, que perdura até os nossos dias. Tal prática tornou-se quase universal. A Tradição encontra anteparo e sustentação naquilo que chamamos de Direito Consuetudinário, isto é; o direito que surge dos costumes de uma certa sociedade, não passando por um processo formal de leis. As leis, deveres e obrigações não precisam estar num papel ou serem sancionadas ou promulgadas. Os costumes transformam-se em Leis. Assim é com a Ordem Maçônica, que guarda e garante grande parte de seu acervo cultural e filosófico calcado nas experiências acumuladas, na transmissão oral e sobretudo nos usos e costumes que se sedimentam ao longo da História. Para um bom entendedor, meia palavra basta. Fraternalmente NEWTON AGRELLA
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 8/37 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. AMIGO “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade. (Confúcio). 1. A origem da palavra amigo: A palavra amigo, por si só, já diz muita coisa. Apesar de não existir uma precisão quanto à origem da expressão, algumas hipóteses são consideradas como mais prováveis. Considerando a sua derivação a partir do latim, amicus, especulam-se principalmente duas possibilidades: a primeira é de que a expressão venha de amare, amar; a segunda é de que ela viria de animi (alma) custas (custódia), ou seja, guadador-de-alma, ou alguém que toma conta da alma de outro. Uma hipótese que se levanta é a de que a palavra vem do grego: a (não, sem) ego (eu), que pode ter querido significar alguém com quem você se identifica tanto quanto com a si mesmo, mas que não é você. Ainda sobre a expressão amigo, há outras curiosidades. Uma delas é que a palavra friend, amigo em inglês, tem a mesma raiz de freedom, liberdade na língua inglesa. Uma outra é que num passado, não registrado por escrito, a amizade podia significar, nas línguas saxônicas, a relação que se tem com alguém que lhe deixa confortável, em liberdade. Para o dicionário Aurélio Buarque de Holanda, a palavra amigo pode ser tanto um adjetivo quanto um substantivo, ou seja, ele pode ser uma qualidade de uma pessoa, ou ela em si. Mesmo assim, os significados são muito parecidos e se referem a pessoas ligadas a outra por laços de amizade, protetor e simpático. Contudo, independente do sentido, da língua e de sua origem, a palavra amigo manteve ao longo dos anos um espírito de afeto e companheirismo que impregna a palavra e a acompanha nesta caminhada até os dias de hoje, fazendo-a manter a essência, mesmo com seu sentido ampliado ou restringido. O que realmente importa é o sentimento que os une. É saber que se pode contar com alguém nas horas difíceis e nas comemorações. E saber que, independente de onde se esteja, existe alguém que estará sempre pronto para te estender a mão. Este é o verdadeiro espírito da amizade. (Fonte: Zin). 2. Bíblia: (...) O mais notável exemplo de amizade no AT foi o de Davi e Jônatas (1Sam 19:1). O Livro dos Provérbios contêm muitos sábios conselhos sobre a amizade (Prov 14:20; 17:9; 19:4), bem como os livros sapienciais - especialmente Eclesiástico. Cristo chamou os discípulos de seus amigos (Jo 15:13-15). 3) Saudade: Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que 3 – Amigo João Ivo Girardi
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 9/37 compartilhamos, dos sonhos que compartilhamos. Saudade até dos momentos de lágrimas, de angústia, das vésperas de finais de semana, de final de ano. Enfim, do companheirismo vivido. Embora cada um de nós vai para o seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a vida. Talvez continuemos a nos encontrar. Quem sabe, nos e-mails trocados. Podemos nos fonar, conversar algumas bobagens. Passarão dias, meses, anos até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo. Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto. A saudade vai apertar dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente. Quando nosso grupo tiver incompleto nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrimas nos abraçaremos. Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E nos perderemos no tempo mais uma vez. Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixe que a vida passe em branco e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades. Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivesse morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos. (Vinicius de Moraes). 4) Preciso: Preciso de Alguém que me olhe nos olhos quando falo. Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência. E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos. Preciso de Alguém, que venha a brigar ao meu lado sem precisar ser convocado. Alguém Amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso. Nesse mundo de céticos, preciso de Alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: A Amizade. Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa. Preciso de um Amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades. Preciso de um amigo que seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, que no meio da tempestade, grite em coro comigo: “Nós ainda vamos rir muito disso tudo” e ria muito. Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher um Amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma Amizade Verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela. (Charlie Chaplin). 5) Gente fina : Gente fina é aquela que é tão especial que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões, quando necessário. É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir sem agredir. Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho. Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar. Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia. Gente fina não julga ninguém – tem opinião, apenas. Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera. O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete e, como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz a diferença. (Martha Medeiros).
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 10/37 6) A Amizade: E um adolescente disse: Fala-nos da amizade. E ele respondeu, dizendo: Vosso amigo é a satisfação de vossas necessidades. Ele é o campo que semeais com carinho e ceifais com agradecimento. É vossa mesa e vossa lareira. Pois ides a ele com vossa fome e o procurais em busca de paz. Quando vosso amigo expressa seu pensamento, não temais o ‘não’ de vossa própria opinião, nem prendais o ‘sim’. E quando ele se cala, que vosso coração continue a ouvir o seu coração, porque na amizade, todos os desejos, ideais, esperanças, nascem e são partilhados sem palavras, numa alegria silenciosa. Quando vos separais de vosso amigo, não vos aflijais. Pois o que amais nele pode tornar-se mais claro na sua ausência, como para o alpinista a montanha aparece mais clara, vista da planície. E que não haja outra finalidade na amizade a não ser o amadurecimento do espírito. Pois o amor que procura outra coisa a não ser a revelação de seu próprio mistério não é amor, mas uma rede armada, e somente o inaproveitável é nela apanhado. E que o melhor de vós próprios seja para vosso amigo. Se ele deve conhecer o fluxo de vossa maré, que conheça também o seu refluxo. Pois, que achais seja vosso amigo para que o procureis somente a fim de matar o tempo? Procurai-o sempre com horas para viver: o papel do amigo é de encher vossa necessidade, não vosso vazio. E na doçura da amizade, que haja risos e o partilhar dos prazeres. Pois no orvalho de pequenas coisas, o coração encontra sua manhã e sente-se refrescado. (Do livro, O Profeta, Khalil Gibran (1883-1931)). MAÇONARIA 1) Amigo ou Irmão? [...] É preciso retirar do nosso dialeto a retórica simplista da Irmandade Maçônica, precisamos cultivar o sentimento da Amizade Maçônica. Celebramos em nossas Oficinas a dulcificante ternura da amizade, e não é por ser simplesmente um sentimento, é um dever e seus praticantes são considerados virtuosos! Se os leitores acreditam que ser Irmão é mais importante do que ser Amigo, eu recorro ao Livro de Eclesiastes que foi escrito pelo Rei Salomão: Amigo fiel é proteção poderosa, e quem o encontrar, terá encontrado um tesouro. Amigo fiel não tem preço, e o seu valor é incalculável. Amigo fiel é remédio que cura, e os que temem ao Senhor o encontrarão. João, que não era o Batista escreveu: (15:13) Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. A intenção desse pequeno artigo é motivar a consubstanciação dos valores de Irmão e Amigo em nosso meio, a síntese está no Provérbio 17:17: O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia nasce o irmão. Se algum dia você se armou de espada foi para defender ou auxiliar um maçom, então tornou-se um amigo dedicado e leal ou seja um verdadeiro Irmão. Que a cada reunião sejamos mais Amigos, pois um dia Deus perguntou a Caim: - Onde está Abel, teu irmão? E Caim irado respondeu: - Não sei; sou eu o guarda do meu irmão? Momentos antes, Caim havia matado seu irmão Abel. ( Texto extraído e condensado do Irmão Sérgio Quirino, publicado no JB News). 2. Citação: ”Não vale a pena enganar, distorcer, vencer, alcançar os mais excelsos patamares do reconhecimento público, se dentro do coração não brilha a chama segura e clara da amizade”. (Zé Rodrix, Diário de Um Construtor do Templo). 3. Rituais REAA: (...) se a eterna e consoladora amizade tem seu culto em nossos Templos, é menos por ser um sentimento do que por um dever, que se transforma em virtude. (RA).
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 11/37 O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves* escreve às quartas-feiras e domingos. Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna” Santana do Livramento – RS ronaldoviega@hotmail.com A RÉGUA: UMA BREVE HISTÓRIA. RÉGUA DE 24 POLEGADAS E RÉGUA LISA: QUAL O INSTRUMENTO DO APRENDIZ? COM TÃO RICO SIMBOLISMO, A RÉGUA NÃO É PARA SER DE USO CONTÍNUO DO MAÇOM? “A Régua de 24 polegadas representa ainda as Leis e os Princípios que regem a sociedade humana e que devem ser obedecidos por todo cidadão. Mas para o Maçom ela simboliza as regras do Dever, da Moral e da Urbanidade, das quais nunca deverá afastar-se.” (Vade-Mécum Maçônico, pág.532, 2008) INTRODUÇÃO A Régua de 24 polegadas, é um desses símbolos utilizados pela Maçonaria, pródigos em significados, e além do fato de ser um dos instrumentos de trabalho do Aprendiz-Maçom, não se atém unicamente ao universo do mesmo, pois, entre as suas muitas representações, a da retidão, diga-se de passagem, é imperativo que figure sempre no proceder de todo o Maçom, independente de seu Grau. Mas, será que temos o conhecimento, ou lembramos com certeza de todo esse amplo leque de significados acerca da régua? E fundamentalmente, será que a usamos com a regularidade que ela requer? Será que não existe uma pequena confusão com respeito à Régua de 24 polegadas e a Régua não graduada, afinal, quando efetivamos nossas pesquisas é fácil de perceber que há autores falando de uma, há autores falando de outra, com o mesmo objetivo, ou seja, falar em princípio, sobre um dos instrumentos de uso do Aprendiz, a régua. Mas qual delas? E estarão se referindo somente ao Aprendiz? 4 – A Régua: Uma breve história. Régua de 24 polegadas... José Ronaldo Viega Alves
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 12/37 Veremos na sequência, um pouco sobre as origens da régua, sobre a sua importância como instrumento do Aprendiz, e claro, com respeito à extensa e complexa gama de significados que ela foi adquirindo para o Maçom, desde a Maçonaria Operativa até a Maçonaria Especulativa. Ainda no decorrer do presente trabalho, serão apresentadas as devidas respostas para as dúvidas surgidas e formuladas logo acima, que foram dirigidas ao Irmão Pedro Juk em uma ocasião anterior, e para as quais ele com sua sabedoria respondeu a contento. UM POUCO DA HISTÓRIA Os dicionários maçônicos em sua maioria se referem à régua como uma invenção bem antiga. O Irmão Nicola Aslan, no entanto, acrescenta em seu “Grande Dicionário Enciclopédico...” que a invenção de tal instrumento remonta a mais ou menos uns oito séculos anteriores a Cristo. Outra informação, com a qual me deparei em praticamente todos os dicionários, e que vem sendo repassada, é a que faz alusão ao Egito antigo onde o deus Phat (em outros consta Ftá, e ainda Phtah) carregava em uma das mãos uma régua, a qual servia para medir as enchentes do Nilo. Efetuadas pesquisas em várias obras referentes ao Egito, não encontrei em nenhuma delas os nomes citados, a não ser nome parecido, o do deus Ptah, mas, para o qual não havia qualquer indício de que portasse uma régua. Por outro lado, Jules Boucher menciona em seu clássico “A Simbólica Maçônica’ que o próprio Phtah é representado pelo Nilômetro. Para não deixar a questão no ar, o Vol. 9 da “Enciclopedia Salvat” à pág. 6.479, faz constar: Ftah - Mit. V. Ptah. E no Vol. 16, da mesma, à pág. 12.782, temos: Ptah -Mit. Dios egípcio, artífice del universo, protector de los escultores y los metalúrgicos. Era venerado en Menfis. Dando a entender que Ftah e Ptah são o mesmo. E para finalizar, ainda no que tange a sua história de um modo geral, Aslan é o único a citar que: “Os gregos a atribuíram a Rhycos, célebre arquiteto construtor do labirinto de Samos.” Já num contexto maçônico, na Maçonaria Operativa a régua de 24 polegadas tinha a sua utilização quando da tomada de medidas da pedra que deveria ser preparada. Após,quando da Maçonaria Especulativa, acabou ganhando novos significados, e passou a ser considerada uma das ferramentas de trabalho do Aprendiz-Maçom, do que veremos mais detalhes logo adiante. O SIMBOLISMO DA RÉGUA Todos os autores pesquisados dispuseram informações sobre os vários simbolismos atribuídos à régua. A seguir, em primeiro, uma visão mais clássica, digamos assim, e na sequência uma visão pessoal e de natureza mais espiritualizada, para ficarmos com dois exemplos somente: Nicola Aslan: “Em linguagem figurada, a Régua representa os princípios, as máximas, as leis, as regras, enfim tudo o que, numa palavra serve para dirigir e alude às regras de moral, do dever, da urbanidade, da justiça, dos usos e costumes e das normas estabelecidas pelas leis humanas. A Régua figura em todas as Lojas Simbólicas entre os utensílios alegóricos da Maçonaria como Emblema da perfeição. É também considerada como Símbolo da retidão e do progresso da filosofia e também do Infinito, pois uma reta não tem nem começo nem fim; mas, é, sobretudo, um Símbolo da Moralidade e do Dever, dos quais um Maçom jamais deverá afastar-se. A Régua pode ser considerada como o emblema da disciplina fraternal, livremente consentida por cada um de nós e que só pode produzir os seus frutos pelo respeito escrupuloso dos nossos Ritos.” Robert Lomas: ”A Régua de 24 polegadas é uma ferramenta espiritual para ajudar um Maçom a equilibrar seu tempo diário entre três tarefas que, não necessariamente, envolvem quantidades
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 13/37 iguais de tempo, mas com igual valor. Essa antiga prática do ofício é chamada pelo jargão moderno de ‘estabelecer um equilíbrio entre trabalho e vida’. Estas são as três coisas importantes para as quais você, como um maçom, deve arranjar tempo: . Sua tranquilidade espiritual, para garantir que você esteja em paz consigo mesmo e tenha tempo para pensar e refletir. . Suas buscas materiais e o cuidado consigo e sua família, para garantir que você se empenhe em seu trabalho para sustentar a si mesmo e seus dependentes. . Sua responsabilidade altruísta com aqueles em uma posição não tão feliz quanto a sua, ou com o trabalho de caridade _ que deve sempre ser feito em segredo, para o benefício do recebedor, não para o enaltecimento do doador.” A RÉGUA DE 24 POLEGADAS COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO DO APRENDIZ E NA RELAÇÃO COM AS 24 HORAS DO DIA Instrumento simbólico do Aprendiz-Maçom, que de posse dela deverá planejar o seu trabalho sobre a Pedra-Bruta. Ela estará simbolizando aí, que deve haver precisão na execução do seu trabalho, assim como, obrigação, pontualidade e exatidão. (Aslan, pág. 1159, 2012) Um dos seus significados mais importantes está relacionado ao aproveitamento do tempo, ou seja, as 24 polegadas seriam simbolicamente uma representação do dia com suas 24 horas, onde o sentido tem a ver com o correto emprego das horas, sem desperdício, ou seja, não se usando delas para a ociosidade ou com coisas que estejam ligadas ao exercício do ego. Essas horas deverão ser aproveitadas, parte estudando e refletindo, parte no trabalho, também no repouso merecido, e ainda, prestando serviços à humanidade. UMA QUESTÃO FUNDAMENTAL: RÉGUA DE 24 POLEGADAS OU RÉGUA NÃO GRADUADA? Acho que esta é uma questão que teria que vir à baila, mais seguidamente e no período de instrução, por exemplo. Desde que fiz o questionamento em determinada ocasião ao sábio Irmão Pedro Juk, não havia voltado ao assunto, no entanto, vendo que certas leituras continuam provocando ainda certa confusão, ainda mais, se considerarmos o momento aquele em que um Aprendiz ao fazer uma pesquisa sobre os instrumentos do seu trabalho, acaba se deparando com a seguinte dúvida: Qual das réguas é o instrumento do Aprendiz, a Régua de 24 polegadas ou a Régua não graduada? Vou explanar, então, sobre o assunto, com base na resposta do Irmão Pedro Juk, tentando não me alongar muito. Quando pesquisamos sobre o assunto em livros, dicionários, revistas, ou na Internet (única fonte para muitos, pois acham que tudo é passível de ser encontrado na mesma) nos deparamos com duas situações: uma régua de 24 polegadas, como sendo um dos instrumentos do Aprendiz, ou uma régua não graduada. Na leitura do clássico “A Simbólica Maçônica” de Jules Boucher, a questão surge com muita ênfase. No “Dicionário de Termos Maçônicos”, do Irmão José Castellani, um dos nossos grandes autores, estudioso e pesquisador, encontramos as duas, assim dispostas: “A régua não graduada que o Aprendiz, candidato à Elevação ao segundo Grau, leva ao ombro esquerdo quando penetra no Templo é o símbolo da Lei, da Ordem e da Inteligência, que devem nortear as atividades dos maçons e os estudos do Companheiro. A régua de 24 polegadas, que é usada durante a cerimônia de elevação ao segundo Grau, é um símbolo do Tempo (como a efemeridade da vida humana, sugerindo o bom aproveitamento e da existência na construção do Templo espiritual do homem. Simboliza, também o dia de trabalho do Maçom (24 polegadas, representando as 24 horas do dia), principalmente do Companheiro, com suas horas de labor, de lazer e de repouso. “
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 14/37 Vejamos, na sequência, algumas passagens da resposta do ilustrado Irmão Pedro Juk, sobre a pergunta que lhe dirigi, depois de haver enumerado várias citações de autores, se haveria então, uma diferença entre a régua que o Aprendiz carrega até a entrada do Templo, quando da sua Elevação para Companheiro-Maçom , ou se ela mudaria depois, ou se estaria havendo uma interpretação errada, ou se seriam duas réguas diferentes ou ainda se seria mesmo uma só? DA RESPOSTA DO IRMÃO PEDRO JUK: _ “O sistema doutrinário dos Ritos Maçônicos difere em alguns pontos, embora o objetivo especulativo seja sempre o mesmo. Para tanto os dois sistemas principais acabaram por adquirir princípios culturais e, mesmo por influência religiosa, também o formato teísta e deísta. O Primeiro faz parte em linhas gerais da Maçonaria Inglesa e o segundo da Maçonaria Francesa. De acordo com o painel instrutivo as ferramentas ganharam mais ou menos importância conforme o Grau. Nesse sentido existiu a profusão de ritos do Século XVIII em uma distinção bem visível naqueles de vertente francesa e os outros ‘trabalhos’ (...) Assim, algumas particularidades que se apresentam em um Grau podem não se apresentarem em outro, dependendo do rito e sistema, ou vertente.” “(...) Dadas essas considerações, no sistema inglês de Maçonaria, no caso da Régua, ele adota em linhas gerais nos seus ‘Trabalhos’ (Emulação, Bristol, Taylor’s, Humber, Sussex, West End, etc.) a de Vinte e Quatro Polegadas para o Grau de Aprendiz, enquanto que no Rito Escocês Antigo e Aceito, por exemplo, que é do sistema francês embora no seus simbolismo exista influência anglo-saxônica (o termo ‘antigo’) não adota a Régua graduada para o Primeiro Grau. O que aprece sutilmente no Primeiro Grau do Rito Escocês é a Régua lisa durante a entrada do Aprendiz para receber o seu aumento de salário, quando ele conduz no ombro esquerdo uma régua sem graduação que simboliza no seu grau o trabalho na pedra e a verificação de arestas a serem retiradas para o bom serviço dessa matéria prima no assentamento. Por ser ele Aprendiz, simbolicamente a graduação não é ainda de sua compreensão _ isso para o Rito Escocês. Há que se notar que no desenrolar do aperfeiçoamento protagonizado pelas cinco viagens, a régua é substituída pela graduada em 24 polegadas. Isso não implica que um Aprendiz de um sistema seja melhor que o outro. A questão é mesmo de arcabouço doutrinário. Há que se notar que na alegoria do Companheiro, ele aprece no Rito em questão, com uma Régua graduada apoiada no ombro. Assim ela também aprece no painel da Loja de Companheiro, diferente do de Aprendiz onde a mesma é inexistente. Já na doutrina inglesa a relação do bom aproveitamento do tempo está presente nas Instruções Prestonianas da Tábua de Delinear do Primeiro Grau. Aliás, é bom que se diga que a vertente inglesa (teísta) evoca instruções relacionando o obreiro, às ferramentas e à obra de construção, enquanto que a francesa ao fazer uso desse artifício a faz relacionando também o obreiro às Leis da Natureza (deísta). Outra questão é que os rituais com raras exceções, não distinguem a Régua, o que acaba na interpretação equivocada de se imaginar o trato de um único instrumento.” (Grifo meu!) “(...) Por assim ser e pelos sistemas ou vertentes distintas, a Régua de Vinte e Quatro Polegadas é instrumento do Companheiro no Rito Escocês Antigo e Aceito, enquanto que quase oculta a Régua lisa (sem graduação) seria a do Aprendiz, fato que anda praticamente esquecido, raramente comentado na atualidade. Diz-se geralmente no Rito em questão que os instrumentos de trabalho do Aprendiz são o Maço e o Cinzel. Já no Trabalho de Emulação (inglês) é bem claro que esses instrumentos no Grau são o Malho, o Escopro e a Régua de 24 Polegadas.” “(...) Finalizando e ratificando para responder a vossa questão final _ No Rito Escocês Antigo e Aceito são duas as réguas, uma graduada e outra sem graduação, cuja aplicação maçônica é dada conforme o Grau Simbólico. Se a questão fosse ao sistema inglês, a régua é única _ graduada e pertencente ao Grau de Aprendiz. A questão é se souber a que sistema pertence a
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 15/37 doutrina. Isso nos leva a entender que a Maçonaria não é apenas um Rito, mas um sistema eclético que abriga uma diversidade de ‘ritos e trabalhos’ com enfoque cultural, regional e de período na história, cujos trabalhos especulativos convergem indistintamente para um ponto comum _ construir um novo homem. (Grifo meu!) COMENTÁRIOS: Depois das brilhantes explanações do Irmão Pedro Juk é bem possível que toda e qualquer dúvida com relação a essas questões específicas estejam sanadas. A última frase do Irmão Juk, a qual fiz questão de grifar, me parece que contém uma mensagem simples de se entender, ou seja, ”a Maçonaria não é apenas um Rito” . Mas, nada é tão simples assim, os radicalismos afloram por aí, mesmo na Maçonaria, e os “donos da verdade”, também. CONCLUSÃO Pudemos acompanhar durante o presente trabalho, que é considerável a quantidade de significados de caráter simbólico que são creditados à régua endo lisa ou sendo de 24 polegadas. Claro que, outros fatores depois irão pesar, onde, as vertentes, os Ritos, as influências, os Graus. Por ser direcionado aos Aprendizes especificamente, e por ser a régua de 24 polegadas um dos seus instrumentos mais importantes, não acredito que tenhamos enveredado em nenhum momento em questões essencialmente polêmicas, eis que a maestria do Irmão Pedro Juk na resposta da pergunta que lhe foi feita afasta qualquer coisa neste sentido. Mas, são assuntos que andam meio esquecidos, como ele mesmo diz. Podemos dizer ainda que a régua, por seu simbolismo riquíssimo, tem de estar à mão sempre do Maçom, pois: a retidão deverá pautar as nossas ações, as nossas horas devem ser muito bem aproveitadas, as causas nobres em favor da humanidade devem ser abraçadas, e nunca deveremos descuidar da ideia a respeito de que até mesmo a nossa própria espiritualidade está ligada e poderá ser plenamente exercitada, se bem entendido, o amplo simbolismo concernente a esse instrumento, a régua. ***** Este trabalho é dedicado ao Irmão Paulo Valduga, do Oriente de São Borja/RS, que desde que tomou conhecimento há tempos atrás sobre a questão aqui exposta (as duas réguas),fez contato comigo para comentar e agradecer sobre a pergunta formulada ao Irmão Pedro Juk (publicada na íntegra, juntamente com a resposta, no JB NEWS nº 848), o que vem mostrar, por si só, que a Maçonaria é feita principalmente de Irmãos que tem a humildade de expor aquilo que todo Maçom deveria aceitar até o último dos seus dias: o fato de sermos e continuarmos eternos Aprendizes. CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS: JB NEWS, Nº 0848, de 22/12/2012: “régua de 24 polegadas” – Consultório Maçônico/Irmão Pedro Juk ASLAN, Nicola. “Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia” – Volume 4 – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 3ª Edição – 2012 BOUCHER, Jules. “A Simbólica Maçônica” – Editora Pensamento. CASTELLANI, José. “Dicionário de Termos Maçônicos” – Editora Maçônica “A Trolha” Ltda. 2ª Edição - 1995 GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico”- Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. 2ª Edição – 2008 La Enciclopedia – Vols. 9 y 16 – Salvat Editores – 2004 – Madrid, España. LOMAS, Robert. “O Poder Secreto dos Símbolos Maçônicos” – Madras Editora Ltda. 2014
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 16/37 O Ir Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil”- Londrina – PR – escreve aos domingos hercule_spolad@sercomtel.com.br NOÇÕES DE REALISMO FANTÁSTICO APLICADAS À MAÇONARIA O Homem atual, parcialmente desperto do seu sono mental de milhares de anos, está um pouco mais liberado, mas ainda está preso aos grilhões de preconceitos, lendas, falsos mitos, crendices que foram programados no seu subconsciente há muitas gerações que ele as vem assimilando através de seu DNA. Ele começa lentamente a vislumbrar através de sua memória genética a experiência e a vivência de seus antepassados de milhões de anos, mas ainda está mal programado a respeito do Universo e de seu papel na natureza. A Terra tem sua idade estimada em cinco bilhões de anos. O Homem quer saber a qualquer custo de onde veio e qual é o mistério da vida. E por isso ele especula muito. Foi criado aqui neste planeta a partir de um tronco comum com os primatas ou é oriundo de outros planetas, ou de habitantes de outros mundos mais evoluídos, que fizeram experiências genéticas a partir dos primatas existentes na Terra? No momento atual há uma ansiedade uma verdadeira febre de procura das suas prováveis origens. A razão principal desta tendência é porque a Ciência está tornando o Homem mais liberado de falsas morais, falsos deuses e crenças descabidas e assim ele está se programando para a grande e fantástica aventura cósmica. É claro que conhecendo o passado ignoto, será mais fácil antecipar o futuro maravilhoso que o espera. Cada ser humano tem em sua mente uma verdadeira procissão de fantasmas mentais, no meio da qual caminha uma realidade desconhecida para ele. Carl Jung em seu livro “O Homem e seus símbolos” penetrando ainda mais nas entranhas de mente humana refere que existem aspectos subconscientes na nossa percepção da realidade. Quando nossos sentidos reagem a fenômenos reais, as sensações auditivas e visuais são de certa maneira transpostas da esfera da 5 – Noções de Realismo Fantástico Aplicadas à Maçonaria - Hercule Spoladore
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 17/37 realidade para o subconsciente e uma vez ai programados, se tornam psíquicos cuja natureza extrema é desconhecida, pois a mente não pode conhecer sua própria substância. O status intelectual e moral atual no qual o Homem está inserido foi modelado pela Ciência no campo físico e por pensadores e filósofos no campo mental. O homem atual não é igual aos seus antepassados. Outros paradigmas estão sendo introduzidos. Tudo mudou. Sabe-se que a civilização moderna foi construída sem o conhecimento de sua verdadeira estrutura intima. Embora idealizada pelo Homem ela não está de forma alguma bem ajustada à sua própria medida. O Homem não conhece o seu EU duplo. O conhecimento interior é aquele que emana do seu próprio íntimo de sua forma intuitiva e natural, não seguindo raciocínios, conceitos teorias, ou qualquer outro processo mental. São os caminhos do autoconhecimento. Muito embora a maioria dos maçons não saiba, mas este é o verdadeiro ponto crucial da Iniciação, apesar deste fato não ser propriedade da Ordem. Todas as outras entidades iniciáticas seguem este mesmo percurso. Este conhecimento interior não deve ser confundido com o conhecimento comum adquirido através de livros didáticos, de aulas escolares, manuais etc. O mundo desenvolveu-se ao acaso por iniciativa de homens-gênios a maioria por descobertas acidentais, amoldados à forma de ser de seus pensamentos, sem seguir uma metodização ou esquema racional. Repentinamente houve um tremendo salto na Ciência. O Homem aceitou a desafio. Mas os homens de Ciência não tomam conhecimento para onde estão chegando ou para onde pretendem ir. São conduzidos pelo acaso. Cada cientista é um homem à parte guiado pelas próprias descobertas. As descobertas acontecem sem pevisão do que possam causar. O Homem ainda está meio aturdido, meio tonto e parvo com tanta realidade, a qual chega às raias do fantástico. No momento, o Homem quer aprender alguma coisa sobre civilizações extintas e entrar ao mesmo tempo entrar em contato com outros seres inteligentes do Universo. Explora como pode o cosmo, dentro de sua tecnologia ainda impotente em busca de outros mundos, pesquisa o próprio planeta em busca de novas verdades que possibilitem encontrar suas raízes. A atual ansiedade em pesquisar sobre a origem e desaparecimento dos dinossauros, nada mais é que a própria procura de si mesmo. A Ciência, dentro do paradigma cartesiano e newtoniano é muito rígida e materialista. Admite uma experiência como fato comprovado após sua repetição centenas e milhares de vezes de maneira experimental e lógica, seguindo o esquema cientifico que ela considera como correto. Separou o homem de sua alma.
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 18/37 O que não consegue explicar, simplesmente abandona, põe de quarentena, não publica, nega simplesmente como no caso a teoria do caos, dos sistemas não lineares, e da mente humana, apenas para citar alguns exemplos. E ainda assim muitos segredos em poder da Ciência que poderiam precipitar a evolução da humanidade foram mantidos secretos durantes milênios em favor de grupos, religiosos ou mesmo científicos, com receio de que a revelação pudesse causar catástrofes e o mundo fosse engolido por se inteirar destes conhecimentos. Mas em realidade este é um artifício, uma mentira, pois na verdade os segredos são mantidos seguros por interesses de grupos econômicos, científicos ou religiosos. Um dos exemplos mais recentes é o mistério que o meio cientifico e teológico e outros exegetas estão fazendo com os manuscritos de Qunran - Mar Morto, descobertos em 1947, trazendo-os ainda escondidos. Resolveram agora recentemente libera-los para alguns estudiosos devidamente credenciados. Sabe-se que foram introduzidas na Bíblia mais de trinta mil alterações. Ora, aqueles manuscritos escritos por essênios com seus textos ainda virgens de alterações por mais de dois mil anos, poderiam alterar o rumo das religiões, e poderia até mudar o rumo da própria civilização cristã. Todavia, a Ciência que o homem conhece e a usa mal, pautada toda ela no paradigma newtoniano-cartesiano sofreu um impacto, ou seja, um pulo para o futuro, quando o conhecido se deparou com o desconhecido. Foi quando o antigo paradigma não mais explicou e nem pode prever resultados deste choque de interpretações e definições. Foi quando a Física Quântica apareceu. Os cientistas entraram em contato com outra realidade. A Física quântica apresentou um aspecto da realidade fantástica que até parece ficção cientifica, pois as partículas estudadas podem estar em dois ou mais lugares ao mesmo tempo, ora sendo partículas físicas, ora ondas energéticas. A Física Quântica é de probabilidades, pois nunca se saberá com certeza como uma coisa especifica vai acabar. Não se sabe o resultado. A Física clássica é reducionista, pois parte da probabilidade de que só se conhecendo as partes de um todo, poderá se conhecer este todo. A nova concepção a respeito do Universo é holística, pois o enquadra como um todo unificado, cujos segmentos ou partes se interconectam e se influenciam uma às outras, ou seja, mutuamente. Não separa o fenômeno do todo para estudá- lo. Segundo Stuart Hamreroff existe dois tipos de leis governando o Universo. Um é explicado pela lei do movimento de Newton. Todavia o outro indo para a escala a nível do átomo uma série de leis quânticas assume o controle das ações.
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 19/37 Para complicar ainda mais o paradigma materialista surgiu um elemento até então considerado pela Física como um produto conseqüente da matéria, a mente humana, a qual seria apenas uma consequência da evolução e que após o cérebro morrer esta consequência desapareceria. Os novos estudos sobre a mente humana não se enquadram no paradigma cartesiano/newtoniano. É o palpar do impalpável. É a nova ciência do invisível. Sabe-se hoje através das Neurociências e em especial dos estudos modernos da Parapsicologia Cientifica que a mente humana comanda tudo e ela não é um subproduto da matéria. Segundo a Parapsicologia ela se compõe do Consciente e do Subconsciente. O Consciente está diante da atenção. Ele pensa, analisa, compara raciocina, julga decide e compreende, isto é, ele desenvolve a capacidade racional do homem. O Subconsciente é a parte da mente que executa tudo o que acontece com o ser humano. É comparado a um robô, porque depois de programado ele age mecânica automática e autonomamente. Ele não discute se está certo ou errado. Simplesmente age, executando a programação que lhe foi imposta. Suas reações automáticas movem o corpo, movem o coração, ou seja, as emoções os sentimentos e movem a realidade. O Subconsciente uma vez programado e executará programa. Ele possui a capacidade de criar a realidade do ser humano. Ele precisa ser dominado pelo Consciente. Outro fato fantástico a respeito do cérebro humano onde está situada a mente humana é a sua capacidade e sua complexidade anatômica e seu funcionamento. Números incríveis são mencionados. Por exemplo: o cérebro é mil vezes mais rápido que qualquer computador mais rápido do mundo. O cérebro tem tantos neurônios quanto as estrela da Via Láctea, ou seja, mais ou menos cem milhões. O córtex cerebral tem cerca de sessenta trilhões de sinapses (conexão entre dois neurônios vizinhos). Um pedaço de cérebro do tamanho de um grão de areia tem cem mil neurônios e um bilhão de sinapses. O cérebro está sempre ligado, nunca desliga durante toda a vida. O cérebro se reestrutura continuadamente por toda a vida. Fatos fantásticos. Parece imaginação, parece ficção, mas é a realidade fantástica que se exibe diante dos olhos dos humanos. Diante destes conhecimentos atuais o Homem ficou mais ainda perdido com esta nova realidade. O maçom como homem está inserido nesta realidade fantástica. A atual civilização é recente. Sabe-se mais ou menos que ela data de cinco mil anos atrás. Mesmo sem ter havido os tais fins de mundo ou por água ou por fogo como pregam os falsos profetas, muitos povos nasceram, cresceram tiveram o seu apogeu e desapareceram. Esta parece ser uma constante, um ciclo pelo qual todos passam todos os povos. Ninguém acreditava que o império romano caísse e desaparecesse.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 20/37 A civilização atual está no caminho do apogeu cientifico e o Homem se preparando para a grande aventura cósmica, mas ele ainda não evoluiu como ser inteligente a ponto de vencer suas paixões, suas vaidades e sua ganância de poder temporal. É claro que o Homem tem ótimas qualidades, mas ainda mata, ainda existem traições e ainda existem guerras, mentiras, hipocrisia, inveja, ganância de poder. Como todas as civilizações a atual parece ser uma conspiração contra si própria. Grande número de pequenos tiranos, "chefêtes", verdadeiras pequenas divindades, cujo poder somente é possível por causa de um consentimento passivo e acomodado de não por em dúvida que este poder não deva existir que ele é falso e isso desvia o olhar do Homem do verdadeiro aspecto da realidade, ou seja, de seu aspecto mais puro. Ressalte-se que muito destes tipos são grão-mestres, veneráveis, chefes de estado, papas, juizes chefes de escritório e políticos principalmente. Mas o maçom comum também pode estar neste labirinto. Esta conspiração leva o Homem a renunciar voluntariamente que no mundo habitado por ele, exista um outro Homem dentro do si o outro EU. Este conceito a Maçonaria tenta colocar na cabeça do maçom. Nem todos têm a condição de assimilá-lo. É preciso ler, estudar e raciocinar e sentir. O Homem para se tornar liberto, terá que sair a força deste labirinto, e escapar do jugo dos conspiradores. A única forma será um redimensionamento de todos os valores conhecidos. Novas programações mentais deverão introduzidas na mente humana. Se não houver esta reciclagem, o Homem será eternamente vítima desta farsa. A própria Maçonaria não está ajustada para o maçom atual, pois ela foi moldada para o Homem emergente das primeiras décadas da era industrial e, ainda está sendo usado o mesmo modelo idealizado para a aquela época. As modificações não foram felizes Modificaram tudo mas, permaneceu o mesmo modelo. Felizmente não foi destruída a essência da doutrina maçônica. Talvez por causa da Iniciação e da ritualística maçônica que apesar de alterada de todas as formas conservou a essência da lenda Hirâmica. Mas, a Ordem perdeu-se. Desapareceu o seu verdadeiro encanto mágico que havia no início. O maçom atual entra no templo sem respeitar os símbolos que “enxerga”, sem, no entanto, senti-los. O poder político que a Maçonaria poderia ter foi fragmentado pelas ditas denominações potências cada qual se diz ser a verdadeira, a regular insinuando veladamente sempre que as demais são perjuras ou irregulares. A Maçonaria atual por falhas de sua estruturação escondeu de seus adeptos sua verdadeira finalidade, seus principais princípios e também lado místico que deveria ser mostrado em sua pureza. Todos querem exibir seus luxuosos aventais e ostentar seus graus. Quanto mais elevado o grau, maior importância o maçom se dá, sem ter o mínimo o conhecimento básico necessário. Existe a tática da acomodação. Eles vêm buscar graus e pagam por isso e assim comparecem, dando a impressão que são
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 21/37 numerosos e fortes. Existem, poucos pensadores infelizmente. Onde estão os filósofos e os sábios da Ordem? A maioria das lojas age de forma autofágica do ponto de vista do poder de liderança e político em relação aos seus líderes. Cria-os, e depois os destroem, os engole. Quanto à maioria dos adeptos, estes são acomodados e guiados por falsos condutores. Quase ninguém usa seu espaço durante uma sessão, para explodir seu pensamento democrático diante de um fato que precisa ser denunciado. As instruções e os ensinamentos são insuficientes. Há um verdadeiro pacto de silêncio. Todos se calam e esperam acontecer. Os poucos maçons que poderiam ser os arautos de um pensamento livre, são execrados, denegridos e esquecidos. Adormecem. Ficam calados. Há qualquer coisa de errado na Ordem. O maçom terá que parar para pensar. Sua visão está embaçada. Ele precisa ver a realidade tal qual ela é. Para se chegar a este desiderato, o maçom terá que empregar uma maneira diferente para utilizar os conhecimentos que tem ao seu dispor, rever princípios universais da Ordem, rever as interpretações simbólicas e históricas, os procedimentos ritualísticos e principalmente procurar entender o conceito mais profundo do que vem a ser a Iniciação, tentando estabelecer novas ordens de valores entre as várias áreas do saber maçônico, vendo os fatos como eles são em realidade e não com os olhos que se limitam apenas às hierarquias tradicionais. Diante dessa nova forma reciclagem, o maçom terá que entender a mudança de paradigmas pelas quais está passando a atual civilização e se inserir nelas Se o maçom proceder assim, finalmente perceberá a realidade e ao mesmo tempo, o fantástico. O realismo fantástico para seus simpatizantes não é uma agressão às leis da natureza, mas sim as suas verdadeiras manifestações. É o aparecimento do palpável impossível. É o verdadeiro contato com a realidade sem as falsificações impostas pelos antigos e modernos preconceitos, e pelas más e erradas programações milenares, étnicas, familiares e individuais etc. É a revelação da obra divina através de suas leis da Harmonia, Evolução e Vibração vistas de um modo direto sem o filtro do sono intelectual que ainda domina o Homem, através de costumes ultrapassados, tabus sociais, conformismos, sofismas, superstições; falsos mitos, crendices etc. Segundo Teilhard de Chardin” Em escala cósmica nos ensina a Física Moderna só o fantástico tema probabilidade de ser real” Haldane diz: "A realidade não é apenas mais fantástica do que acreditamos, é muito mais fantástica do que tudo quando podemos imaginar”.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 22/37 Afirmam os autores que o verdadeiro realismo moderno faça parte o fantástico nas áreas cósmicas, pesquisas de culturas extintas, sociologia que estudam o Homem em si, especialmente a mente humana composta de seu consciente e subconsciente e o relacionamento do Homem com o Universo. A Maçonaria é um sistema moral, filosófico e político-social que investe tudo principalmente no maçom, procurando melhora-lo espiritualmente, preparando-o para ser um líder e construtor social, antevendo uma sociedade humana de paz, igualdade, justiça social, onde a verdade pura seja transparente e verdadeira e que ele possa saber mais sobre o seu futuro. Está claro que a Ordem terá que refazer toda a sua forma de ser, e executar seus verdadeiros princípios ora destorcidos, criar novas formas de ação do pensamento, preparando-se assim para o grande empreendimento cósmico que o porvir reserva para Ela. Referências: ARNTZ, William, CHASSE, Betsy, VICENTE, Mark Quem somos nós Ed. Presitígio Editorial Rio de Janeiro, 2007 CARREL, Aléxis O Homem, esse desconhecido Editora Educação Nacional Porto (?) CHARDIN, Teilhard O Fenômeno Humano Editora Herder São Paulo, 1970 PAUWELS Louis, BERGIER, Jacques O Despertar dos Mágicos Ed.Difusão Européia do Livro São Paulo, 1968 GRISA, Pedro A, Liberte seu Poder Extra Edipappi – 14ª edição Florianópolis, SC, 2007
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 23/37 O Irmão João Anatalino Rodrigues escreve às quintas-feiras e domingos jjnatal@gmail.com - www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br ESTUDOS MAÇÔNICOS- BÍBLIA, O CÓDIGO DOS CÓDIGOS Titulo do livro: O Código dos Códigos Autor: Northrop Frye Editora Boitempo; 2004 Sinopse Neste livro, Northrop Frye, crítico literário, professor de literatura na Universidade de Toronto, Canadá, faz uma interessante análise da Bíblia, do ponto de vista literário. Mostra que o grandioso livro que serviu de base para a religião ocidental também é o grande alicerce de toda a nossa literatura, fornecendo a grande maioria dos tipos e antítipos que servem de base para praticamente todos os temas que tratam a literatura mundial. Esses tipos refletem a saga da humanidade na busca dos caminhos para a sua subsistência e seu desenvolvimento, e são encontrados em todos os 6 – Estudos Maçônicos – Bíblia, o Código dos Códigos João Anatalino Rodrigues
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 24/37 tempos e lugares, razão pela qual são retratados em mitos, metáforas, lendas, histórias e outras formas de comunicação desenvolvidas pela humanidade. Frye nos mostra que a Bíblia é, talvez, junto com os Vedas, conjunto de livros sagrados dos hindus, o maior repositório de arquétipos que a mente coletiva da humanidade possui. Nela encontraremos praticamente todos os códigos que a mente humana até hoje conseguiu desenvolver para figurar os seus conflitos e as ações executadas para resolvê-los. Por isso ela é o Código dos Códigos. *** Religião não se discute? Uma vez um aluno um pouco mais curioso perguntou ao grande mestre Santo Agostinho, bispo de Hipona, o que Deus fazia antes de começar a fazer os céus e a terra, como está escrito nas primeiras linhas da Bíblia. Ele tinha curiosidade em saber, já que o livro sagrado começa com uma ação ativa de Deus, separando a luz das trevas e depois fazendo o restante do universo. Santo Agostinho deu uma resposta meio enviesada, bem a moda dos mestres daqueles tempos, quando era proibido discutir religião, e principalmente aqueles dogmas de fé, cujas respostas pudessem suscitar alguma contestação. Utilizando a linguagem de hoje, poderíamos dizer que ele respondeu ao espevitado aluno que “ antes de começar a fazer o universo, Deus estava preparando um inferno para os “pentelhos” que se metem a fazer tais perguntas”. Muita gente ainda acha isso hoje em dia. Finca posição em certos dogmas e vai em frente como se fosse um burro em quem se coloca viseiras para que não olhe para os lados e se distraia. Isso é conveniente para quem vive da indústria da fé, mas já se disse que pior do aquele que nunca lê livro nenhum, é a pessoa que lê um livro só. A Bíblia nos interessa porque ela é base da nossa cultura. O Big Bang também nos interessa porque ele é fruto da especulação que a mente humana desenvolveu em busca da sua origem. O que havia antes dele também preocupa porque simplesmente pensar que tudo começou com o Big Bang, ou da forma que a Bíblia conta não satisfaz a nossa sede de saber. Assim, nada deveria ficar fora do território especulativo da mente humana, e opor dogmas, ou selecionar assuntos que não podem ser discutidos não é defender a fé. Antes é enfraquecê-la, colocando freios á mente humana, que deve avançar sempre, a despeito de todas as portas que algumas pessoas tentam fechar na frente dela. Ler a Bíblia como se ela fosse um código de leis, ou uma história literal do mundo, ou ainda pior, como uma cartilha doutrinária infalível, pode resultar em mentes maravilhosas como a de Jonh Milton, de Madre Teresa de Calcutá, a Irmã Dulce, e outras luminosidades mais, mas também pode gerar malucos como Jim Jones e Charles Manson, por exemplo.1 Da mesma forma pode inspirar mentes como a de José Saramago, que via na Bíblia um livro pernicioso que incentiva as guerras, a matança, o incesto, os ódios raciais e tudo quanto há de ruim de mundo. 1 Jim Jones, pastor, fundador da igreja Templo dos Povos (Peoples Temple), induziu seus seguidores a um suicídio em massa na comunidade de Jonestown na Guiana, em 18 de novembro de 1978. 918 pessoas morreram, em sua maioria, por envenenamento. Charles Manson foi o líder de uma comunidade hippie nos anos sessenta. Considerado uma espécie de profeta por seus seguidores, ele cometeu vários assassinatos ritualísticos nos Estados Unidos, inclusive da atriz Sharon Tate, na época grávida de oito meses. Foi condenado á morte mais teve sua pena transformada em prisão perpétua, pena que está cumprindo até hoje, na Penitenciária de Corcoran, Califórnia.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 25/37 Cain e Abel como exemplo O interessante do trabalho de Northrop Frye está exatamente o fato de que ele nos mostra uma Bíblia do ponto vista literário. Nesse trabalho, despido de toda roupagem doutrinária e ideológica, se pode perceber a riqueza do inconsciente humano, comunicada através dos mitos, das histórias, provérbios, parábolas, símbolos e visões, muitas delas intraduzíveis em linguagem vernacular, que compõem esse livro formidável e único, onde toda a aventura humana, desde a sua origem celular, até a sua organização em sociedade, é referida. Frye nos mostra que histórias como a da criação e queda do homem são ecos de um desenvolvimento natural das sociedades humanas, que refletem a passagem de uma colonização extrativista, onde o homem tirava o essencial do seu sustento da natureza, para o momento em que, premido pelo aumento populacional, o homem foi obrigado a desenvolver a agricultura e o pastoreio para sobreviver. Assim, a história de Cain e Abel, por exemplo, é uma metáfora do conflito entre a agricultura, atividade que necessitava de terras agricultáveis, e o pastoreio, que precisava de espaço aberto para a criação de animais. Esse fato, que reflete o avanço da civilização e sua urbanização, tem sido, amiúde, o responsável pelos grandes conflitos da história e sobrevive ainda hoje, até no interior do Brasil, onde a competição entre as grandes fazendas de gado e o assentamento de colonos tem rendido incontáveis mortos, como já aconteceu nos Estados Unidos e outros países, no passado. A terra prometida- um arquétipo utópico O que é a terra prometida dos israelitas senão um arquétipo da utopia longamente sonhada pelo homem em todos os tempos? Quem não sonhou um dia com uma terra que mana leite e mel ─ um lugar onde a vida possa ser vivida sem conflitos─, lugar esse que pode ser um sítio, uma casa de praia, uma aposentadoria, uma casinha pequenina na serra, etc.? Dessa forma, toda a saga bíblica do povo de Israel pode ser vista assim como uma longa e eterna procura pela realização desse arquétipo que está na mente inconsciente da humanidade. Destarte, a terra prometida, tanto a de Abraão, como a de Moisés, os reinos de Davi e Salomão, a restauração d reino judeu, empreendida por Zorobabel, e a própria ideia do reino messiânico dos essênios, que se cristalizou na promessa cristã, são, na verdade, ecos dessa utopia que alimenta a alma humana desde os primórdios da nossa civilização. A Bíblia- Retrato do inconsciente da humanidade A Bíblia, do ponto de vista estritamente literário, reflete a totalidade do inconsciente humano, codificado em mitos, histórias, aforismos, metáforas, metonímias, provérbios, que juntos, fornecem um celeiro infinito de arquétipos para toda a nossa cultura. A moral, o direito, a filosofia, enfim, todos os estratos que compõem a superestrutura da nossa civilização podem ser encontrados nela. E praticamente, todos os clássicos enredos literários que conhecemos já estão, de alguma forma, também nela presentes. Por fim, o que ressalta, desse trabalho de Frye, é a ideia de que o conceito de Deus não é fruto de intuições estanques, separadas uns dos outros, como de princípio se poderia pensar, mas sim a cristalização de uma sensibilidade que é desenvolvida na forma como a sociedade é organizada.
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 26/37 Cada povo tende a prefigurar e atribuir ao seu Deus suas próprias identidades. Assim, se Israel desenvolveu a ideia de um deus patriarcal, apegado á tradições pastoris, é porque assim vivia esse povo. Da mesma forma, os gregos, com seus deuses quase humanos refletiam a evolução social e mental de um povo que via a vida sempre como um limite a superar. A questão da hierarquia Destarte, os conceitos que se referem á divindade não podem ser separados da forma como a sociedade organiza a sua hierarquia. O fato de o Deus hebreu aparecer prefigurado sempre como uma espécie de patriarca severo é próprio da sociedade pastoril da Israel bíblica, da mesma forma que o Deus Brhama, que aparece no topo da hierarquia dos deuses hindus, é um arquétipo fundamentado na figura do nobre brâmame, cujo status na sociedade daquele povo era o mais alto. Por isso, também, os deuses, em todas as tradições religiosas dos povos antigos, moram em montanhas (lugares altos), como os deuses do Olimpo, ou Jeová no Monte Sinai, UiraCocha (o deus dos povos andinos) em Tiuhanaco, etc. Da mesma forma, o fato de os deuses morarem numa montanha, ou aparecerem numa delas, ou ter seus templos construídos em lugares altos, é uma metáfora que indica a condição superior dele em relação aos seus subordinados homens. É uma transposição da realidade social vivida pelos povos que o cultuam, o que nos leva a deduzir que o conceito de Deus é uma dinâmica extraída da forma como a sociedade é estratificada. Deus é sempre verdadeiro Assim, pode-se deduzir também que os diferentes nomes que os antigos davam a Deus não refletiam identidades de deidades em si mesmas, mas sim apenas códigos linguísticos extraídos dos seus sistemas sócio-políticos. Desse modo, os nomes de Jeová, Aton, Marduc, Baal, Uiracocha, Zeus, etc, não representam deuses diferentes, mas sim retratos de uma mesma ideia, desenvolvida segundo diferentes visões. São frutos de diferentes fases vividas pela humanidade e suas consequentes formas de ver o mundo. Por isso são deuses agrários uns, deuses urbanos outros, divindades pastoris, extrativistas, patriarcais, matriarcais, humanistas, belicosos, pacifistas etc..conforme a forma de viver de cada povo. A ideia é a de que Deus muda conforme o tempo e a vida em que se vive. Por isso, talvez, a melhor conceito que até hoje foi expresso a seu respeito ainda é a do Apóstolo Paulo. “ Deus”, disse ele, “é sempre verdadeiro, seja qual for o lugar e o tempo.”
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 27/37 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau 10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz 14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim 14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste 17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis 17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis 18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste 19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis 21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz 21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal 21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis 24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis 03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos 03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville 07/11/2001 Zodiacal Florianópolis 11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Novembro
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 28/37 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome da Loja Oriente 03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis 04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau 09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque 12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó 15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 29/37 Programação do VII Seminário Nacional do Rito Schröder - Ir. Kurt Max Hauser - Porto Alegre - RS - 11 e 12/11/2016 Caros Irmãos todos, ainda há tempo para inscrições. Participem e convidem as Cunhadas para prestigiar a abertura e o jantar de encerramento. Atenção: para os Irmãos: TRAJE PASSEIO (Paletó e Gravata). Para Informações e inscrição, visite o site: www.viiseminarioschroder.concordia56.org Programação do VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser - Porto Alegre – RS - 11 e 12/11/2016 Dia 11/11/2016 - SEXTA-FEIRA - TRAJE PASSEIO (Paletó e Gravata) 19:00 – Recepção dos convidados e credenciamento dos inscritos – (esta programação inclui as Cunhadas, por adesão. O pagamento pode ser no dia do evento, conforme o site do Seminário). 20:00 - Abertura oficial do VII SEMINÁRIO NACIONAL DO RITO SCHRÖDER - Ir. Kurt Max Hauser 21:00 - Coquetel para todos os inscritos – (esta programação inclui as Cunhadas. O pagamento pode ser no dia do evento, conforme o site do Seminário). DIA 12/11/2016 - SÁBADO - TRAJE PASSEIO (Paletó e Gravata) – somente para os Irmãos inscritos: 08:00 – Recepção dos Irmãos Participantes e credenciamento dos inscritos. 09:30 - Palestra do Ir. David Lorenzo Soto Lepe: O Tapete Schröder. 10:15 - Coffee Break. 10:30 - Palestra do Ir. João Rufatto e Grupo de Irmãos: Pequenas Porções de Reflexões Maçônicas no Rito Schröder. 11:15 - Palestra do Ir. Walter Celso de Lima: Rituais Maçônicos, Para Quê? Por Quê? Qual a Sua Origem? 12:00 - Almoço no Hotel Continental. 13:30 - Palestra do Ir. Felício Korb: A Espiritualidade do Rito Schröder. 14:15 - Palestra do Ir. Rui Aurélio de Lacerda Badaró: O Iluminismo Alemão Como Substrato Para a Construção do Sistema de Ensino de Schröder. 15:00 - Coffee Break. 15:15 - Palestra do Ir. Rui Jung Neto: O Ritual de 1960 e o Colégio de Estudos do Rito Schröder Ir. Gouveia. 17:00 - Encerramento. 20:00 - Jantar por adesão no Hotel Continental. Traje Paletó e Gravata – (esta programação inclui as Cunhadas. O pagamento pode ser no dia do evento, conforme o site do Seminário). VII Seminário Nacional do Rito Schröder – Ir. Kurt Max Hauser - Porto Alegre – RS - 11 e 12/11/2016 Para Informações e inscrição, visite o site: www.viiseminarioschroder.concordia56.org Fraterno abraço e Cordial Aperto de Mão do Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M. (AStM) “Aprendendo, ensinarás. Ensinando, aprenderás.” Cinq. Ben. A.R.L.S. "Concordia et Humanitas" Nr. 56 – Rito Schröder – GLMERGS Templo: Rua Barão do Amazonas Nr. 2316 – Bairro Partenon – ao Or. de Porto Alegre - RS
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 30/37
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 31/37
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 32/37 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Para o dia 6 de novembro: RFECONHECIMENTO CONJUGAL A Maçonaria preocupa-se com a família de seu filiado. Assim, como a atividade social, possui o reconhecimento conjugal, que não deve confundir-se com “casamento maçônico”. Inexiste o ato de casamento na Maçonaria, bem como o de batizado e funeral. A Maçonaria não pratica esses atos porque não é uma é religião; apenas no casamento, ela reconhece o enlace entre o seu filiado e a noiva. A finalidade principal do reconhecimento é a apresentação da noiva às famílias dos maçons,a to puramente social. A confusão vem do fato de os recém-casados comparecerem à cerimônia com os trajes de casamento, isto é, a noiva com véu e grinalda e o noivo com seu traje especifico. Por ser um ato social, a Loja é aberta em sessão branca, isto é, ornamentada para recepcionar os que não são maçons, com flores, música adequada e, ao final, um banquete no salão de festas. No cerimonial, o Venerável Mestre não atua como Sacerdote, mas como mero dirigente da Loja. A prática, que não é obrigatória, tem o dom de integrar a jovem esposa ao grupo feminino, geralmente denominado Sociedade Feminina da Loja, usando o nome da Loja em cujas reuniões sociais as “cunhadas” praticam a caridade, confeccionando enxovais para pobres etc. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 329. Visite o site da Loja Professor Mâncio da Costa nr. 1977 www.manciodacosta.mvu.com.br Florianópolis
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 33/37 Loja Manoel Marinho Monte – Rio Branco (Foto JB News)
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 34/37 1 – Seus filhos e netos gostam de tirar fotos? Esses aqui não! 2 – Tem dores nas articulações? Então EVITE esses alimentos! 3 – Hora do teste: Quão bem você conhece a anatomia humana? 4 – Veja as imagens mais belas do mundo de cavalos selvagens! 5 – Atenção: Seus ouvidos podem te dar alertas de saúde! 6 - Faça uma linda viagem pelos Estados Unidos! 7 – Filme do dia “JADOTVILLE” - dublado SINOPSE: JADOTVILLE conta a história verdadeira do cerco de Jadotville em 1961, quando um batalhão irlandês da ONU com 150 soldados, comandado por Patrick Quinlan, foi atacado por 3.000 soldados congoleses, liderados por mercenários franceses e belgas que trabalhavam para empresas de mineração. Jamie Dornan faz o papel do comandante irlandês Pat Quinlan e Guillaume Canet faz o papel do comandante francês Falques. https://www.youtube.com/watch?v=uWOL6O35gS4
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 35/37 O Irmão e poeta Sinval Santos da Silveira * escreve aos domingos neste espaço Era uma tarde de verão escaldante. A sombra fresca da copada seringueira frondosa, me protegia do sufoco. Num banco de jardim, a minha frente, sentou-se uma mulher bonita e sem pressa, saboreando um belo sorvete. Envolveu-me numa conversa descontraída, com a língua gelada e doce, como o teor do assunto. Disse-me:
  • 36. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 36/37 " Sabes, moço, já completei quarenta e oito anos de idade. Aparento ter mais ? As minhas amigas acham que sim. Sei que sou bonita, mas já fui muito mais ! Enlouquecia os homens ! Rastejavam-se aos meus pés, fazendo propostas de casamentos e tudo mais. Entre uma coisa e outra, optei por " tudo mais ". Entendeste ? Ganhei muito dinheiro ! Cheguei a sentir compaixão das mulheres que optaram pelo casamento. Fiz, disto, a minha profissão. Fui uma boa ouvidora dos homens, quase todos casados. Veja só, pagavam para que eu ouvisse as suas reclamações conjugais ! Bebiam, riam e choravam. Sempre demonstrei compreensão para com estas reações. De mim , ninguém tem nada a falar ! Não sabem o meu nome, endereço, de onde vim, como estou, se feliz ou infeliz.... Sou, tão somente, uma mulher que degusta um sorvete, num banco de jardim, gelando a língua..." Não falei uma só palavra, pois o momento era todo dela. Displicentemente, jogou a casquinha do sorvete no chão, foi embora, sem se despedir... Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com * Sinval Santos da Silveira - MI da Loja Alferes Tiradentes nr. 20 – Florianópolis
  • 37. JB News – Informativo nr. 2.228– Florianópolis (SC) – domingo, 6 de novembro de 2016 Pág. 37/37