O documento discute os elementos da comunicação e as funções da linguagem, incluindo a função emotiva, apelativa, fática, poética, metalinguística e referencial. Explica que embora uma função possa predominar em um texto, várias funções podem se misturar. A função predominante ajuda a definir o tipo de texto.
2. Elementos da comunicação
Emissor - emite, codifica a mensagem
Receptor - recebe, decodifica a mensagem
Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor
Referente - contexto relacionado a emissor e receptor;
assunto
Código - conjunto de signos usado na transmissão e
recepção da mensagem
Canal - meio pelo qual circula a mensagem
3. Qual o objetivo de um texto?
Toda comunicação apresenta uma variedade de
funções, mas elas se apresentam hierarquizadas,
sendo uma dominante, de acordo com o enfoque
que o destinador quer dar ou do efeito que quer
causar no recebedor.
As funções da linguagem são as seguintes:
4. Funções da Linguagem
Função emotiva (ou expressiva)
Centralizada no emissor, revela sua opinião, sua
emoção.
Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições
e exclamações.
É a linguagem das biografias, memórias, poesias
líricas e cartas de amor.
Ex.: “Estou tendo agora uma vertigem. Tenho um
pouco de medo. A que me levará minha
liberdade? O que é isto que estou te escrevendo?
Isto me deixa solitária”.
5. Função Emotiva
Samba Em Prelúdio
Eu sem você não tenho porque
porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz
jardim sem luar
luar sem amor
amor sem se dar
E eu sem você
sou só desamor
um barco sem mar
um campo sem flor
Tristeza que vai
tristeza que vem
Sem você meu amor eu não sou
Ninguém
Vinicius de Moraes
6. Função Apelativa
Função apelativa (ou conativa)
Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar
o comportamento do receptor.
Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso
de “tu” e “você”, além de verbos no imperativo.
Usada nos discursos, sermões e propagandas que se
dirigem diretamente ao consumidor.
Ex.: Meu estimado povo. Que as bênçãos de Deus, senhor
todo-onipotente, desçam sobre vocês.
9. Função Fática
Função fática
Centralizada no canal da comunicação.
Testa a sua eficiência, a fim de observar se o receptor
entendeu o emissor.
Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.
Ex.: Alô, Pedro! Tô passando aí pra te pegar, ok? Tá me
ouvindo? Alô!!
11. Centralizada na mensagem, revelando recursos
imaginativos criados pelo emissor.
Valorizam-se as palavras e suas combinações.
É a linguagem figurada apresentada em obras
literárias, letras de música e em algumas
propagandas.
Ex.: Moça do corpo dourado/ Do sol de lpanema/ O
seu balançado é mais que um poema/ É a coisa
mais linda que eu já vi passar...
FUNÇÃO POÉTICA
17. Função metalingüística
Centralizada no código, usa a linguagem para
falar dela mesma.
A poesia que fala da poesia, um texto que
comenta outro texto, palavras que explicam o
significado de outra palavra, escrever sobre o ato
de escrever, falar sobre o ato de falar.
Ex.: protuberância s.f do Lat. *protuberantia, de
protuberare, fazer bojo; saliência; parte saliente;
elevação. excrescência, bossa; apófise.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
18.
19. Funções da linguagem
As funções da linguagem não existem isoladas em
cada texto. Embora uma delas acabe
predominando, elas convivem, mesclam-se,
entrecruzam-se o tempo todo, obtendo-se de suas
combinações os mais diferentes efeitos. O
importante é saber qual a função predominante no
texto, para então defini-lo.
20. Centralizada no referente, quando o emissor
procura oferecer informações da realidade.
Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª
pessoa do singular.
Usada nas notícias de jornal e livros científicos,
descrições de fatos.
Ex.: Em 1665¸ Londres foi assolada pela peste negra
(peste bubônica) que dizimou grande parte de sua
população, provocando a quase total paralisação
da cidade e acarretando o fechamento de
repartições públicas.
FUNÇÃO REFERENCIAL
22. Função Referencial
Observe que o objetivo do texto é simplesmente o de informar
ao leitor, com o máximo de clareza, o que é o cravo da pele e
como ele se constitui. A ênfase, portanto, é dada ao conteúdo,
às informações. Os textos cuja linguagem têm função
referencial são dotados de objetividade, uma vez que visam
informar, traduzir ou explicar fatos da realidade.