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Gravura, cidade e intervenções artísticas

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Gravura, cidade e intervenções artísticas

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Este é um material didático e de estudo que tem por meta apresentar, por imagens, a natureza plural e intervencionista da arte gráfica manifesta nos distintos contextos urbanos e espaços geográficos. Os conceitos, técnicas e características da gravura, bem como das poéticas dos artistas e coletivos e seus desdobramentos reflexivos fazem parte da pesquisa exploratória proposta em seu conteúdo inicial.

Este é um material didático e de estudo que tem por meta apresentar, por imagens, a natureza plural e intervencionista da arte gráfica manifesta nos distintos contextos urbanos e espaços geográficos. Os conceitos, técnicas e características da gravura, bem como das poéticas dos artistas e coletivos e seus desdobramentos reflexivos fazem parte da pesquisa exploratória proposta em seu conteúdo inicial.

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Gravura, cidade e intervenções artísticas

  1. 1. Profa. Dra. Catarina Argolo
  2. 2. CONTEÚDO 1. Gravura: conceito e especificidades 2. A gravura e sua multiplicidade de manifestações nos distintos contextos urbanos e espaços geográficos. • Algumas características da gravura urbana 3. A gravura na cidade 3.1 Os projetos individuais • Poéticas e gêneros de gravura 3.2 Os coletivos de gravura • Origem. Características • Sticker art (ou Arte dos adesivos): origem e especificidades • A revitalização da gravura monumental • O caráter intervencionista da obra gráfica Profa. Dra. Catarina Argolo
  3. 3. 1. GRAVURA: CONCEITO E ESPECIFICIDADES (tipos/ferramentas/métodos/suportes) Rubem Valentim Emblema, 1989 Serigrafia sobre papel 100 x 70 cm Jorge Borges O primeiro livro, Matriz de Xilogravura Sílvio Dworecki Sem título, 2006 Monotipia sobre papel vegetal 80 x 66cm Cláudio Mubarac Sem título, s.d. Gravura em metal, PA Imagem 29 x 29 cm Papel 54 x 29,5 cm Profa. Dra. Catarina Argolo
  4. 4. 2. A GRAVURA E SUA MULTIPLICIDADE DE MANIFESTAÇÕES NOS DISTINTOS CONTEXTOS URBANOS E ESPAÇOS GEOGRÁFICOS •Arte marginal •Crítica social. Arte de denúncia •Variedade de técnicas, materiais, instrumentos •Dimensões •Variedade de suportes •Variedade de formatos •Ludicidade •Anonimato •Experimentalismo •Ruptura espaço-temporal: efeito inesperado provocado pela obra •Estética e recepção •Deslocamento da obra •Projetos coletivos e individuais •Arte participativa. Interatividade •Obras e projetos efêmeros: aproximação ao conceito de arte-vida •Hibridismos de linguagens: conceito de “campo expandido” Algumas características Profa. Dra. Catarina Argolo
  5. 5. 3.1 PROJETOS INDIVIDUAIS: GÊNERO “LAMBE-LAMBE” (IMPRESSÃO EM OFFSET) Shepard Fairey Profa. Dra. Catarina Argolo
  6. 6. Batismo, poupança, funeral 3.1 PROJETOS INDIVIDUAIS: BANKSY  LEVALET Profa. Dra. Catarina Argolo
  7. 7. http://2.bp.blogspot.com/-hQUkS8Umr0I/UM-GXb3SFjI/AAAAAAA ABn4/N9D0Um2MTPs/s1600/IMG_20121210_173441.jpg http://4.bp.blogspot.com/-KZDlKU5-Gw0/UM- LWyb69lI/AAAAAAAABo4/tQ_0TVtzBUo/s1600/IMG _20121201_203928.jpg http://1.bp.blogspot.com/-bVc8qQ21gLs/UM-LYqTw9xI/AAAAAA AABpA/KL10WK44D4w/s320/IMG_20121201_224757.jpg http://2.bp.blogspot.com/-hQUkS8Umr0I/UM-GXb3SFjI/AAAAA AAABn4/N9D0Um2MTPs/s200/IMG_20121210_173441.jpg 3.1 PROJETO INDIVIDUAL (INTERATIVIDADE): MICRORROTEIROS  GÊNERO “LAMBE-LAMBE” LAURA GUIMARÃES Profa. Dra. Catarina Argolo
  8. 8. AAKASH NIHALANI  MATEMÁTICA, ILUSÃO E LUDICIDADE 3.1 PROJETOS INDIVIDUAIS (INTERATIVIDADE)  ADESIVAGEM http://www.aakashnihalani.com/outdoor/platforms Plataforma Sum times Sum times Sum times Profa. Dra. Catarina Argolo
  9. 9. Os COLETIVOS surgem no final dos anos 90, do século XX, fora dos ambientes tradicionais da arte e para atuar, no espaço urbano, realizando INTERVENÇÕES DE CARÁTER POLÍTICO E DE DENÚNCIA SOCIAL. Se organizam de modo autônomo, independente de submissão curatorial e se autogestionam por meio de patrocínios e/ou da comercialização de produtos de arte, oficinas e serviços, com o intuito de pôr em prática ações pontuais ou um conjunto delas. A reivindicação da “autoria” na criação dos projetos é relegada pela AÇÃO, que é o principal motivo de todas as ideações e práticas criativas intervencionistas. 3.2 PROJETOS COLETIVOS Profa. Dra. Catarina Argolo
  10. 10. 3.2 PROJETOS COLETIVOS: STICKER ART  ARTE DOS ADESIVOS “É difícil precisar onde, como e quando começou o fenômeno da ‘arte dos adesivos' porque ele se manifesta como ‘subcultura’ e até hoje é uma forma de expressão artística não reconhecida. [...] As etiquetas como um meio publicitário tal as conhecemos, são usadas desde os 50 anos. Sua projeção começou no meio dos anos 70, no cerne da cultura skater tornando-o cada vez mais popular. Os primeiros ‘mestres’ criadores refinavam os decks (ou ‘tábuas’) dos skates com projetos magníficos de adesivos com desenhos engenhosos.” (Hatch Kingdom, museu de stickers, em Berlim). Parte traseira de uma placa de estrada em Berkeley, Califórnia https://3kpnuxym9k04c8ilz2quku1czd-wpengine.netdna-ssl.com/wp- content/uploads/2016/09/sticker_story08_berkeley_big.jpg Profa. Dra. Catarina Argolo Num poste, um adesivo mostra o rosto de Elise Stefanik, a mulher mais jovem já eleita (30 anos) pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos. https://stickerkitty.files.wordpress.com/2016/11/201 4_hamburg_003.jpg?w=441&h=&crop=1&zoom=2 https://stickers.acidodivertido.com/wp-content/uploads/2015/08/Politicians- Telegram-Stickers-stickers.acidodivertido.com_.jpg https://stickerkitty.files.wordpress.com/2017/04/img_2695.jpg?w=768
  11. 11. • Os stickers ou ADESIVOS, como toda arte urbana é uma expressão democrática que alcança a um público bastante heterogêneo. • Um ADESIVO pode apresentar apenas uma imagem ou esta seguida de palavra(s) ou frase. Sua elaboração requer, portanto, uma grande habilidade para simplificar formas e reduzir um discurso. • Suas dimensões costumam ser pequenas (2 x 2 polegadas a 3 x 4 polegadas) e por isso, fáceis de transportar e de se multiplicar. • Esta característica que lhe é muito peculiar, o torna um meio ideal para divulgação de ideias em protestos sociais e políticos, há décadas. • Foram inicialmente usados em movimentos trabalhistas, no início do século XX, para chamar atenção sobre as precárias condições de trabalho e provocar ‘tensões’, daí terem sido denominados “agitadores silenciosos”. “Eram veículos de dissidência e comentários durante a Segunda Guerra Mundial, o movimento dos direitos civis e o Vietnã.” (Sammer Art Museum). • Os stickers, desde sua origem, tem um caráter “explosivo”, pois abordam temas ‘sediciosos’ relacionados aos direitos humanos (em destaque para os ‘trabalhistas’), direitos dos animais, meio ambiente, discussões sobre gênero e sexualidade, esporte, sistemas econômicos e modelos sociais, violência urbana e policial, ampliando-se para posicionamentos sobre relações de consumo, diretos das ‘minorias’, práticas culturais e mais um sem fim de temas polêmicos que surgem na vida social. 3.2 STICKER ART  ARTE DOS ADESIVOS Profa. Dra. Catarina Argolo
  12. 12. 3.2 COLETIVOS DE GRAVURA: RJ, SP e outros Estados  LAMBE-LAMBE Os coletivos, espalhados por todo o país, nascem com o propósito de mobilizar a população, de agregar pessoas com objetivos em comum, para defender algo em que acreditam ou lutar por causas que afetem a coletividade (entre outros). Profa. Dra. Catarina Argolo
  13. 13. 3.2 COLETIVOS DE GRAVURA: “LAMBE-LAMBE” KAMA SURRA Profa. Dra. Catarina Argolo Um policial e um ativista imitam posições do clássico Kama Sutra, no Projeto Kama Surra, desenvolvido por Gabriel Morais, Renato Botelho e Bruno Pereira.
  14. 14. http://d3nv1jy4u7zmsc.cloudfront.net/wp-content/uploads/2014/11/cidadegrafica3.jpg 3.2 COLETIVO OPAVIVARÁ (RJ) IMPRESSÃO: CARTÃO POSTAL (REGISTRO NOSTÁLGICO) Profa. Dra. Catarina Argolo CARTÕES POSTAIS trazem o registro de patrimônios materiais, imateriais e ambientais. O coletivo Opavivará destaca bens culturais ignorados pela sua presença constante no nosso cotidiano e em qualquer localidade do país. São “ofícios”, “trabalhos informais”, “categorias emergentes de ocupação” que ganham visibilidade e a deferência ‘não- reivindicadas’ por cidadãos economicamente ‘visíveis e invisíveis’.
  15. 15. IMPRESSÕES OBTIDAS DE TAMPAS DE BUEIROS 3.2 COLETIVO RAUBDRUCKERIN (“IMPRESSÃO PIRATA”) A criatividade deste coletivo reside em utilizar de forma não convencional as estruturas da paisagem urbana que normalmente passam despercebidas. Profa.Dra.CatarinaArgolo
  16. 16. 3.2 A revitalização da GRAVURA MONUMENTAL (ou gravura de grande formato): XILOGRAVURA Albrecht Dürer Rhinoceros, 1515 Xilogravura sobre papel Imagem 212 x 296 cm Papel 248 x 317 cm The British Museum, Londres Jacopo de’ Barbari Pianta prospettica della città di Venezia, 1497-1500 Xilografia di primo stato 134,5 x 282 cm Gabinetto di Cartografia del Museo Correr, Veneza Albrecht Dürer Rhinoceros, 1515 Xilogravura sobre papel (imagem e texto) Imagem 212 x 296 cm Papel 248 x 317 cm The British Museum, Londres Profa. Dra. Catarina Argolo
  17. 17. Universidade dos Andes, Colômbia 3.2 A revitalização da GRAVURA MONUMENTAL (ou gravura de grande formato): XILOGRAVURA Profa. Dra. Catarina Argolo • Os modus faciendi e operandi da técnica da gravura são levados ao público, nas ruas. • O espaço urbano torna-se um espaço de ação, intervenção e contemplação. • A arte quebra o fluxo temporal cotidiano e conquista um ‘locus’ discursivo na vida das pessoas.
  18. 18. ANANDA NAHU Restaurante Senzala, 2010 Itacaré, BA 3.2 A revitalização da GRAVURA MONUMENTAL: ESTÊNCIL/SPRAY Profa. Dra. Catarina Argolo • A obra recupera elementos históricos, sociais, culturais nativos que permitem ao público local identificar-se no que vê. • A arte é fator de contemplação e transformação da vida social.
  19. 19. 3.2 A revitalização da GRAVURA MONUMENTAL: MONOTIPIA (+ PINTURA) + INSTALAÇÃO CARLOS VERGARA São Miguel das Missões, RS Cruz II, 2008 Monotipia e pintura sobre lona crua 191 x 217 cm Muro mole, 1994 Série “Sudários” Monotipia sobre poliéster https://i1.wp.com/www.garfoemala.com.br/wp-content/upload s/Carlos-vergara-Muro-Mole-1994-monotipia-sobre-poli--ster.jpg?w=746 Piso VI, 2008 Monotipia sobre lona crua 275 x 290 cm Profa. Dra. Catarina Argolo
  20. 20. Ouro Preto II, 1995 Monotipia sobre lona crua 146 x 221 cm CARLOS VERGARA Profa.Dra.CatarinaArgolo
  21. 21. https://rmitgallery.files.wordpress.com/2016/05/img_9803_photo_t obias_titz_lowres.jpg 3.2 A revitalização da GRAVURA MONUMENTAL: PERFORMPRINT: SKATE + GRAVURA CHRIS BUCKMAN Profa.Dra.CatarinaArgolo A dinâmica do processo da gravura, seus efeitos ‘inesperados’ pela ação do acaso, a experiência lúdica que proporciona e a possibilidade de mostrar a ação primordial e participativa do corpo em sua execução, além da visibilidade pública em todos processo que lhe é habitualmente negada em sua realização, podem ser atestadas na obra deste artista-performer.
  22. 22. PERFORMPRINT: SKATE + IMPRESSÃO Profa. Dra. Catarina Argolo
  23. 23. http://www.javierderiba.com/uploads/6/7/9/2/6792929/2016-09-12-09-13-29-1_orig.jpg 3.2 O CARÁTER INTERVENCIONISTA DA OBRA GRÁFICA SITE SPECIFIC  ESTÊNCIL JAVIER DE RIBA Floors, projeto de intervenção sobre o piso de lugares abandonados. A inspiração para os padrões criados veio dos ladrilhos hidráulicos característicos de Barcelona (terra natal e local onde vive) produzidos pelas muitas fábricas que ali funcionavam no século XIX. Profa.Dra.CatarinaArgolo
  24. 24. 3.2 O CARÁTER INTERVENCIONISTA DA OBRA GRÁFICA “PROJETO RESKATE”: ARTES E OFÍCIOS  JAVIER DE RIBA http://www.javierderiba.com/uploads/6/7/9/2/6792929/floors-interblocs-1-p.jpg INTERBLOCOSVERNIZ http://www.javierderiba.com/uploads/6/7/9/2/6792929/6155693_orig.jpg http://www.javierderiba.com/uploads/6/7/9/2/6792929/4223585.jpg No projeto Varnish intervem-se com verniz sobre madeiras encontradas na rua ou em lugares desabitados. Meio que revela uma superfície e material que se revela, o verniz é também empregado, em alguns projetos, em peças realizadas com padrões repetitivos. Membro integrante do coletivo Reskate Arts & Crafts, Javier desenvolve projetos gráficos relacionados à sustentabilidade e ao trato humano. Cada projeto demanda uma estética própria que exige do artista a experimentação de novas técnicas e estilos num constante embate contra o ‘lugar-comum’ em favor da versatilidade. Assim como no projeto INTERBLOCOS e no Site specifc, em suas intervenções no espaço público Javier questiona o valor dos objetos e dos ambientes urbanos (utilitários ou abandonados) propondo alterações estéticas que interfiram na percepção e comportamento do público.
  25. 25. Intervenção num parque natural durante o Festival Vida de música (2014) de Vilanova i la Geltrú (Catalunha) 3.2 O CARÁTER INTERVENCIONISTA DA OBRA GRÁFICA. INTERVENÇÃO URBANA COM ESTÊNCIL GUIM TIÓ http://www.reskatestudio.com/uploads/6/7/9/2/6792929/3537471.jpg?731 Profa. Dra. Catarina Argolo Floors é um projeto de intervenção sobre o piso de lugares abandonados.
  26. 26. 3.2 O CARÁTER INTERVENCIONISTA DA OBRA GRÁFICA. ESTÊNCIL ADD FUEL (DIOGO MACHADO) “Já foi uma casa portuguesa, de certeza. AddFuel.com. Cascais, 2014.” Profa.Dra.CatarinaArgolo O artista “reinterpreta o design tradicional de azulejos, e o azulejo português (em particular)” com ironia e do humor, em intervenções de rua que executa com a técnica do estêncil, sem prescindir da “complexidade e da atenção aos detalhes” dos desenhos ajulejares. Com sua obra, colabora de certa forma, com a salvaguarda de um dos maiores patrimônios de sua terra natal, “o azulejo português”.
  27. 27. 3.2 O CARÁTER INTERVENCIONISTA DA OBRA GRÁFICA. COLETIVO “COMBATA O CINZA” CONVERSE  IDEA FIXA Profa. Dra. Catarina Argolo Artistas pintam sombras distorcidas ‘doadas’ por locais. O propósito intervencionista é combater o “cinza” paulistano com uma explosão de cores.
  28. 28. A Arte Salva Boias salva-vidas de plástico adesivadas e capas de chuva Múltiplo 34/360 - 50 cm diâmetro 3.2 O CARÁTER INTERVENCIONISTA DA OBRA GRÁFICA. SITE SPECIFIC: A ARTE SALVA”  CONGRESSO NACIONAL (DF) ADESIVAGEM + INSTALAÇÃO EDUARDO SRUR Profa. Dra. Catarina Argolo
  29. 29. Com ajuda de voluntários, foram lançadas 150 boias com as palavras "A arte salva". O ato não autorizado foi uma intervenção artística para "propor a arte como possibilidade de salvamento e o despertar da consciência por meio de um ato pacífico". A escolha do Congresso como site specific se justificou por ser "a casa do povo, onde o povo pode tudo". O número de boias, 360, foi escolhido para simbolizar 360 graus. “É redondo e fluido como a arte que pode ficar também fora do espaço tradicional”, arremata o idealizador Srur. Profa. Dra. Catarina Argolo

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