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IFPE – Campus Pesqueira

Processos Infecciosos e parasitários / Educação Ambiental e Sanitária

Prof° Carlos Henrique Tabosa

Grupo: Ana Caroline, Geydson Galindo, Ially D’arc, Nayala Anatália.

RESUMO :

Mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro

Os mecanismos de defesa do hospedeiro – vias pelas quais o organismo se protege dos
patógenos - podem ser comparados a um exercito com três linhas de defesa.

                                                •   Mecanismos inespecíficos de defesa do
                                                    hospedeiro:

                                                       o Primeira linha de defesa;

                                                       o Segunda linha de defesa;

    •   Mecanismos de defesa

        do hospedeiro



                                                •   Mecanismos específicos de defesa do
                                                    hospedeiro:

                                                        o Terceira linha de defesa.

       Mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro são amplos e servem para proteger
o organismo contra muitas substancias. Uma delas é a resistência inata, ou congênita, as quais
tornam estas pessoas e animais mais resistentes a algumas doenças do que outras os mesmos
também incluem barreiras físicas e mecânicas contra a invasão, fatores químicos,
antagonismo microbiano exercido pela nossa microbiota endógena, febre resposta
inflamatória (inflamação) e os leucócitos fagocíticos do sangue (fagócitos).

Primeira linha de defesa

•   Pele e mucosas como barreiras físicas

Pele(intacta, contínua, reveste nossos corpos) e mucosas(composta por apenas uma única
camada de pele) representam mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro, pois servem
como uma barreira física ou mecânica contra patógenos os quais normalmente penetram no
organismo através da pele quando ela é cortada, arranhada (raspada) ou possui lesões.

O muco pegajoso que é produzido pelas células globulares no interior das mucosas serve para
capturar os invasores; portanto, é considerado parte da primeira linha de defesa.

•   Fatores celulares e químicos q auxiliam na primeira linha de defesa:
o a acidez (pH de aproximadamente 5,0) e a temperatura (<37°C) inibem o
             crescimento de patógenos;

           o O sebo que é produzido pelas glândulas sebáceas da pele contem ácidos
             graxos, que são tóxicos para alguns patógenos;

           o A transpiração serve como um mecanismo inespecífico de defesa do
             hospedeiro, através da retirada de organismos dos poros e da superfície da
             pele;

           o A transpiração também contém a enzima lisozima que degrada o
             peptidoglicano da parede celular bacteriana ate mesmo a descamação das
             células mortas da pele remove patógenos;

           o o muco produzido nas mucosas contém inúmeras substâncias (por exemplo,
             lisozima, lactoferrina e lactoperoxidase), que podem matar as bactérias ou
             inibir seu crescimento;

           o   fatores que protegem o sistema digestivo da colonização bacteriana são
               Enzimas digestivas; Acidez do estomago (pH aproximadamente de 1,5) e
               Alcalinidade dos intestinos.

           o A bile que é secretada do fígado para intestino delgado, reduz a tensão
             superficial e induz alterações químicas nas paredes celulares e membranas
             bacterianas, tornando-as mais fáceis de serem digeridas;

           o O peristaltismo e a eliminação das fezes servem para remover as bactérias do
             intestino;

           o Os microorganismos são continuadamente retirados da uretra pela frequente
             micção e eliminação das secreções mucosas;

           o Em geral, o baixo pH do fluído vaginal inibe a colonização da vagina por
             patógenos.

•   Antagonismo microbiano:

A prevenção de colonização de microorganismos patogênicos em potencial pela microbiota
endógena de determinada região anatômica é denominada antagonismo microbiano. A
capacidade da microbiota endógena foi atribuída aos seguintes fatores:

       Competição por locais de colonização;

       Competição por nutrientes;

       Produção de substancias que matam outras bactérias.



Sabe-se que as microbiotas endógenas da pele, da cavidade oral, do trato respiratório superior
e do colón tem função importante como mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro,
impedindo que patógenos e patógenos em potencial colonizem estes locais.
Segunda linha de defesa

       Os patógenos capazes de ultrapassar a primeira linha de defesa são, normalmente,
destruídos por respostas celulares inespecíficas e respostas químicas, coletivamente referidas
como segunda linha de defesa. Desenvolvendo-se uma complexa sequencia de eventos,
incluindo a:

•   Transferrina: sintetizada no fígado, possui alta afinidade pelo ferro e sua função é estocar
    e entregar o ferro às células do hospedeiro. Como a lactoferrina, a Transferrina serve
    como um mecanismo inespecífico de defesa do hospedeiro, ao sequestrar o ferro e privar
    os patógenos deste nutriente essencial.

•   Febre: As substancias que estimulam a produção de febre são chamadas de pirogênio ou
    pirogênicos. Os pirogênios podem se originar tanto fora como dentro do corpo. Os que são
    produzidos fora do corpo incluem patógenos e varias substancias pirogênicas que estes
    produzem e/ou liberam.

A febre aumenta as defesas do corpo das seguintes maneiras:

    o Estimulando os leucócitos a se multiplicar e destruir os invasores.

    o Reduzindo a disponibilidade de ferro livre no plasma, o que limita o crescimento dos
      patógenos, que requerem ferro para a replicação e síntese de toxinas;

    o Induzindo a produção de IL-1 (interleucina, exemplo de pirogênio endógeno), o que
      induz a proliferação, maturação e ativação de linfócitos durante a resposta
      imunológica.

•   Os interferons são pequenas proteínas antivirais, produzidas pelas células infectadas pelos
    vírus. São assim chamadas por que “interferem” na replicação viral. Os três tipos
    conhecidos de interferons, referidos como:

    o Alfa-interferon: é produzido pelos linfócitos B (células B), monócitos e macrófagos.

    o Beta-interferon: é produzido por fibroblastos e outras células infectadas por vírus.

    o   Gama-interferon: é produzido por linfócitos T (células T) ativados e células natural
        Killer (NK).

•   Sistema Complemento: grupo de aproximadamente 30 proteínas diferentes que são
    encontradas no plasma normal, e complementam a ação do sistema imunológico
    auxiliando na destruição de muitos patógenos diferentes.As principais consequências da
    ativação do complemento são:

    o Inicio e amplificação da inflamação;

    o Atração de fagócitos para o local onde eles são necessários (quimiotaxia);

    o Ativação de leucócitos;

    o Lise de bactérias e outras células estranhas;
o Aumento da fagocitose por células fagocíticas (opsonização).

•    Proteínas de fase aguda: Os níveis plasmáticos de moléculas coletivamente referidos como
     proteínas de fase aguda aumentam rapidamente em resposta a uma infecção, inflamação e
     lesão tecidual aumentando a resistência à infecção e promover o reparo do tecido
     danificado.

•    Citocinas: São mediadores químicos liberados por diferentes tipos celulares do corpo
     humano. Permitem às células se “comunicarem” umas com as outras. Atuam como
     mensageiros químicos tanto dentro do sistema imunológico, quanto entre o sistema
     imunológico e outros sistemas do corpo

•    Inflamação o corpo responde a qualquer lesão local, irritação, invasão microbiana ou
     toxina bacteriana através de uma serie complexa de eventos coletivamente referidos como
     inflamação ou resposta inflamatória com sinais e sintomas como vermelhidão, calor,
     inchaço, dor e em alguns casos formação de pus.Os três principais acontecimentos na
     inflamação são:

    o Aumento do diâmetro dos capilares, com consequente aumento do fluxo sanguíneo para
      o local.

    o Permeabilidade aumentada dos capilares, permitindo o escape de plasma e proteínas
      plasmáticas.

    o Passagem (saída) de leucócitos dos capilares e seu acumulo no local da lesão.

     Os principais objetivos da resposta inflamatória são:

      o Localizar a infecção;

      o Impedir a dispersão de microorganismos invasores;

      o Neutralizar qualquer toxina que esteja sendo produzida no local;

      o Ajudar no reparo do tecido danificado.

•    Fagocitose: processo pelo qual os fagócitos englobam e ingerem materiais estranhos. Os
     leucócitos fagocíticos são chamados de fagócitos. Os dois grupos mais importantes de
     fagócitos do corpo humano são os macrófagos e os neutrófilos, às vezes chamados de
     “fagócitos profissionais” uma vez que a fagocitose é a sua principal função. Os fagócitos
     servem como um “grupamento de limpeza” para livrar o organismo de substancias
     indesejável, e frequentemente prejudicial, como células mortas, secreções celulares não
     utilizadas, restos celulares e microorganismos. As quatro etapas da fagocitose são:

     o Quimiotaxia: os fagócitos são atraídos pelos agentes quimiotáxicos ao local onde são
       necessários.

     o Adesão: os fagócitos aderem a um objeto;

     o Ingestão: os pseudópodes circundam o objeto, e este é colocado no interior da célula.
o Digestão: o objeto é degradado e dissolvido por enzimas digestivas por outros
     mecanismos.

Mecanismos pelos quais os patógenos escapam da destruição pelos fagócitos

        Durante as fases iniciais da infecção, as cápsulas proporcionam uma função
antifagocitária, protegendo as bactérias encapsuladas de serem fagocitadas. Outras bactérias
produzem uma exoenzima (ou toxina) chamada leucocidina, que mata os fagócitos. As
bactérias são até mesmo capazes de se multiplicar no interior dos fagócitos e de serem
transportadas por elas para outras partes do corpo.

Desordens e condições que afetam adversamente os processos de fagocitose e inflamação

       Leucopenia: alguns pacientes possuem numero extremamente baixo de leucócitos
circulantes. A leucopenia pode resultar de lesão de medula óssea, devido a radiação ionizante
ou fármacos, deficiências nutricionais ou defeitos congênitos de células-tronco.

Desordens e condições que afetam a motilidade e a quimiotaxia dos leucócitos

       A incapacidade de migração dos leucócitos em resposta a agente quimiotáticos pode
ser devida a defeito na produção de actina, uma proteína estrutural associada à motilidade.
Alguns fármacos (por exemplo, corticosteroides) também podem inibir a atividade
quimiotática dos leucócitos.

Desordens e condições que afetam a destruição intracelular pelos fagócitos

       Os fagócitos de alguns indivíduos são capazes de ingerir bactérias, mas são incapazes
de destruir certas espécies. Normalmente, esta condição é resultado de deficiências na
mieloperoxidase ou uma incapacidade de gerar ânions superóxidos, peroxido de hidrogênio
ou hipoclorito.

Fatores adicionais: Condição nutricional, Aumento dos níveis de ferro, Estresse, Idade,
Câncer e quimioterapia anticancerígenas, AIDS, Fármacos/drogas e Diversos defeitos
genéticos.

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  • 1. IFPE – Campus Pesqueira Processos Infecciosos e parasitários / Educação Ambiental e Sanitária Prof° Carlos Henrique Tabosa Grupo: Ana Caroline, Geydson Galindo, Ially D’arc, Nayala Anatália. RESUMO : Mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro Os mecanismos de defesa do hospedeiro – vias pelas quais o organismo se protege dos patógenos - podem ser comparados a um exercito com três linhas de defesa. • Mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro: o Primeira linha de defesa; o Segunda linha de defesa; • Mecanismos de defesa do hospedeiro • Mecanismos específicos de defesa do hospedeiro: o Terceira linha de defesa. Mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro são amplos e servem para proteger o organismo contra muitas substancias. Uma delas é a resistência inata, ou congênita, as quais tornam estas pessoas e animais mais resistentes a algumas doenças do que outras os mesmos também incluem barreiras físicas e mecânicas contra a invasão, fatores químicos, antagonismo microbiano exercido pela nossa microbiota endógena, febre resposta inflamatória (inflamação) e os leucócitos fagocíticos do sangue (fagócitos). Primeira linha de defesa • Pele e mucosas como barreiras físicas Pele(intacta, contínua, reveste nossos corpos) e mucosas(composta por apenas uma única camada de pele) representam mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro, pois servem como uma barreira física ou mecânica contra patógenos os quais normalmente penetram no organismo através da pele quando ela é cortada, arranhada (raspada) ou possui lesões. O muco pegajoso que é produzido pelas células globulares no interior das mucosas serve para capturar os invasores; portanto, é considerado parte da primeira linha de defesa. • Fatores celulares e químicos q auxiliam na primeira linha de defesa:
  • 2. o a acidez (pH de aproximadamente 5,0) e a temperatura (<37°C) inibem o crescimento de patógenos; o O sebo que é produzido pelas glândulas sebáceas da pele contem ácidos graxos, que são tóxicos para alguns patógenos; o A transpiração serve como um mecanismo inespecífico de defesa do hospedeiro, através da retirada de organismos dos poros e da superfície da pele; o A transpiração também contém a enzima lisozima que degrada o peptidoglicano da parede celular bacteriana ate mesmo a descamação das células mortas da pele remove patógenos; o o muco produzido nas mucosas contém inúmeras substâncias (por exemplo, lisozima, lactoferrina e lactoperoxidase), que podem matar as bactérias ou inibir seu crescimento; o fatores que protegem o sistema digestivo da colonização bacteriana são Enzimas digestivas; Acidez do estomago (pH aproximadamente de 1,5) e Alcalinidade dos intestinos. o A bile que é secretada do fígado para intestino delgado, reduz a tensão superficial e induz alterações químicas nas paredes celulares e membranas bacterianas, tornando-as mais fáceis de serem digeridas; o O peristaltismo e a eliminação das fezes servem para remover as bactérias do intestino; o Os microorganismos são continuadamente retirados da uretra pela frequente micção e eliminação das secreções mucosas; o Em geral, o baixo pH do fluído vaginal inibe a colonização da vagina por patógenos. • Antagonismo microbiano: A prevenção de colonização de microorganismos patogênicos em potencial pela microbiota endógena de determinada região anatômica é denominada antagonismo microbiano. A capacidade da microbiota endógena foi atribuída aos seguintes fatores:  Competição por locais de colonização;  Competição por nutrientes;  Produção de substancias que matam outras bactérias. Sabe-se que as microbiotas endógenas da pele, da cavidade oral, do trato respiratório superior e do colón tem função importante como mecanismos inespecíficos de defesa do hospedeiro, impedindo que patógenos e patógenos em potencial colonizem estes locais.
  • 3. Segunda linha de defesa Os patógenos capazes de ultrapassar a primeira linha de defesa são, normalmente, destruídos por respostas celulares inespecíficas e respostas químicas, coletivamente referidas como segunda linha de defesa. Desenvolvendo-se uma complexa sequencia de eventos, incluindo a: • Transferrina: sintetizada no fígado, possui alta afinidade pelo ferro e sua função é estocar e entregar o ferro às células do hospedeiro. Como a lactoferrina, a Transferrina serve como um mecanismo inespecífico de defesa do hospedeiro, ao sequestrar o ferro e privar os patógenos deste nutriente essencial. • Febre: As substancias que estimulam a produção de febre são chamadas de pirogênio ou pirogênicos. Os pirogênios podem se originar tanto fora como dentro do corpo. Os que são produzidos fora do corpo incluem patógenos e varias substancias pirogênicas que estes produzem e/ou liberam. A febre aumenta as defesas do corpo das seguintes maneiras: o Estimulando os leucócitos a se multiplicar e destruir os invasores. o Reduzindo a disponibilidade de ferro livre no plasma, o que limita o crescimento dos patógenos, que requerem ferro para a replicação e síntese de toxinas; o Induzindo a produção de IL-1 (interleucina, exemplo de pirogênio endógeno), o que induz a proliferação, maturação e ativação de linfócitos durante a resposta imunológica. • Os interferons são pequenas proteínas antivirais, produzidas pelas células infectadas pelos vírus. São assim chamadas por que “interferem” na replicação viral. Os três tipos conhecidos de interferons, referidos como: o Alfa-interferon: é produzido pelos linfócitos B (células B), monócitos e macrófagos. o Beta-interferon: é produzido por fibroblastos e outras células infectadas por vírus. o Gama-interferon: é produzido por linfócitos T (células T) ativados e células natural Killer (NK). • Sistema Complemento: grupo de aproximadamente 30 proteínas diferentes que são encontradas no plasma normal, e complementam a ação do sistema imunológico auxiliando na destruição de muitos patógenos diferentes.As principais consequências da ativação do complemento são: o Inicio e amplificação da inflamação; o Atração de fagócitos para o local onde eles são necessários (quimiotaxia); o Ativação de leucócitos; o Lise de bactérias e outras células estranhas;
  • 4. o Aumento da fagocitose por células fagocíticas (opsonização). • Proteínas de fase aguda: Os níveis plasmáticos de moléculas coletivamente referidos como proteínas de fase aguda aumentam rapidamente em resposta a uma infecção, inflamação e lesão tecidual aumentando a resistência à infecção e promover o reparo do tecido danificado. • Citocinas: São mediadores químicos liberados por diferentes tipos celulares do corpo humano. Permitem às células se “comunicarem” umas com as outras. Atuam como mensageiros químicos tanto dentro do sistema imunológico, quanto entre o sistema imunológico e outros sistemas do corpo • Inflamação o corpo responde a qualquer lesão local, irritação, invasão microbiana ou toxina bacteriana através de uma serie complexa de eventos coletivamente referidos como inflamação ou resposta inflamatória com sinais e sintomas como vermelhidão, calor, inchaço, dor e em alguns casos formação de pus.Os três principais acontecimentos na inflamação são: o Aumento do diâmetro dos capilares, com consequente aumento do fluxo sanguíneo para o local. o Permeabilidade aumentada dos capilares, permitindo o escape de plasma e proteínas plasmáticas. o Passagem (saída) de leucócitos dos capilares e seu acumulo no local da lesão. Os principais objetivos da resposta inflamatória são: o Localizar a infecção; o Impedir a dispersão de microorganismos invasores; o Neutralizar qualquer toxina que esteja sendo produzida no local; o Ajudar no reparo do tecido danificado. • Fagocitose: processo pelo qual os fagócitos englobam e ingerem materiais estranhos. Os leucócitos fagocíticos são chamados de fagócitos. Os dois grupos mais importantes de fagócitos do corpo humano são os macrófagos e os neutrófilos, às vezes chamados de “fagócitos profissionais” uma vez que a fagocitose é a sua principal função. Os fagócitos servem como um “grupamento de limpeza” para livrar o organismo de substancias indesejável, e frequentemente prejudicial, como células mortas, secreções celulares não utilizadas, restos celulares e microorganismos. As quatro etapas da fagocitose são: o Quimiotaxia: os fagócitos são atraídos pelos agentes quimiotáxicos ao local onde são necessários. o Adesão: os fagócitos aderem a um objeto; o Ingestão: os pseudópodes circundam o objeto, e este é colocado no interior da célula.
  • 5. o Digestão: o objeto é degradado e dissolvido por enzimas digestivas por outros mecanismos. Mecanismos pelos quais os patógenos escapam da destruição pelos fagócitos Durante as fases iniciais da infecção, as cápsulas proporcionam uma função antifagocitária, protegendo as bactérias encapsuladas de serem fagocitadas. Outras bactérias produzem uma exoenzima (ou toxina) chamada leucocidina, que mata os fagócitos. As bactérias são até mesmo capazes de se multiplicar no interior dos fagócitos e de serem transportadas por elas para outras partes do corpo. Desordens e condições que afetam adversamente os processos de fagocitose e inflamação Leucopenia: alguns pacientes possuem numero extremamente baixo de leucócitos circulantes. A leucopenia pode resultar de lesão de medula óssea, devido a radiação ionizante ou fármacos, deficiências nutricionais ou defeitos congênitos de células-tronco. Desordens e condições que afetam a motilidade e a quimiotaxia dos leucócitos A incapacidade de migração dos leucócitos em resposta a agente quimiotáticos pode ser devida a defeito na produção de actina, uma proteína estrutural associada à motilidade. Alguns fármacos (por exemplo, corticosteroides) também podem inibir a atividade quimiotática dos leucócitos. Desordens e condições que afetam a destruição intracelular pelos fagócitos Os fagócitos de alguns indivíduos são capazes de ingerir bactérias, mas são incapazes de destruir certas espécies. Normalmente, esta condição é resultado de deficiências na mieloperoxidase ou uma incapacidade de gerar ânions superóxidos, peroxido de hidrogênio ou hipoclorito. Fatores adicionais: Condição nutricional, Aumento dos níveis de ferro, Estresse, Idade, Câncer e quimioterapia anticancerígenas, AIDS, Fármacos/drogas e Diversos defeitos genéticos.