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O tema deste estudo é a misericórdia. Na verdade, é a misericórdia do pai que
permite que seu filho viva plenamente, mesmo de modo errado.
Os séculos passam, mas as grandes lições não envelhecem, pois retratam a
eterna luta da alma humana para libertar-se do primarismo evolutivo. A
Parábola do Filho Pródigo é uma dessas lições, e é um solene e formal
desmentido às penas eternas.
Esta parábola, ao mesmo tempo em que é uma amostra do grande amor de
Deus por cada um de nós, também nos leva a refletir sobre o grande pecado da
rebeldia e do orgulho que está inoculado em nós. Ela é o drama da evolução
do Espírito, através de erros humanos, para a verdade divina.
Certa vez, cobradores de impostos e pecadores se aproximaram de Jesus para
escutá-lo. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuraram entre si criticando
o Cristo, dizendo: Esse homem acolhe pecadores e come com eles! Então o
Mestre propôs-lhes três parábolas seguidas. (Lucas, XV:1-32). A parábola da
ovelha desgarrada, da dracma perdida e do filho pródigo. Há semelhança
entre as três, que se relacionam entre si. Todas falam do resgate daquele que se
desviou do caminho, e da necessidade de arrependimento. A primeira trata de
uma ovelha que se dispersa do rebanho. Disse Jesus: “Se um de vocês tem
cem ovelhas e perde uma, será que não deixa as noventa e nove no campo
para ir atrás da ovelha que se perdeu, até encontrá-la? E quando a
encontra, com muita alegria a coloca nos ombros. Chegando em casa, reúne
amigos e vizinhos, para dizer:
Alegrem-se comigo! Eu encontrei a minha ovelha que estava perdida. E eu
lhes declaro: Assim, haverá no céu mais alegria por um só pecador que se
converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
Já a segunda versa sobre uma mulher que verifica ter perdido uma dracma
(antiga moeda grega de prata). Se uma mulher tem dez moedas de prata e
perde uma, será que não acende uma lâmpada, varre a casa, e procura
cuidadosamente, até encontrar a moeda? Quando a encontra, reúne amigas e
vizinhas, para dizer: Alegrem-se comigo! Eu encontrei a moeda que tinha
perdido. E eu lhes declaro: Os anjos de Deus sentem a mesma alegria por um
só pecador que se converte. Entretanto, a parábola do filho pródigo é a mais
longa, com mais pormenores e ensino mais profundo, e quem se perde é um
homem.
Muitas pessoas não sabem o que significa a palavra pródigo, que aparece no
título que é dado a essa parábola. Pródigo significa que “Gasta demais”,
“Esbanjador”.
As parábolas da ovelha e da dracma perdidas e do filho pródigo, apresentam
em traços claros o misericordioso amor de Deus para com os que d’Ele se
desviam.
Eis a parábola do nosso estudo: Um homem tinha dois filhos; o mais jovem
disse ao pai: - Pai, me dá a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os
bens entre eles. Passados alguns dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o
que era seu, partiu para um lugar distante, para viver sua vida como achava
que deveria viver, e, lá, dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
Depois de ter consumido tudo o que possuía, sobreveio uma grande fome
nessa região, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi se agregar a
um homem daquele lugar, e este o mandou para seu campo, para cuidar dos
porcos. Ali, ele queria matar a fome com a lavagem que os suínos comiam,
mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: - quantos
trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de
fome! Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele: - pai, pequei
contra Deus e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me
como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi ao encontro de seu
pai. Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão.
Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. Então o filho disse: - Pai
pequei contra Deus e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos empregados: - Depressa, tragam a melhor túnica para
vestir meu filho, e coloquem um anel no seu dedo, e sandálias nos pés.
Peguem o novilho cevado e o matem. Vamos fazer um banquete, porque este
meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado. E
começaram a festa. O filho mais velho estava na roça. Ao voltar, já perto de
casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e
perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: - É seu irmão que
voltou. E seu pai, porque o recuperou são e salvo, matou um novilho cevado.
Então o irmão ficou com raiva, e não queria entrar em casa. O pai insistia
com ele. Mas ele respondeu ao pai: - Eu trabalho para ti há tantos anos,
jamais desobedeci a qualquer ordem tua, e nunca me deste um cabrito para
eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que devorou
teus bens com prostitutas, matas para ele um novilho cevado. Então o pai
lhe disse: - Filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. Mas
era preciso festejar e nos alegrar, porque esse seu irmão estava morto, e
tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado.
REFLEXÃO:
Talvez, essa seja a parábola capaz de nos dar o maior número de lições entre
todas, pois é muito rica em ensinamentos. E destaco alguns para nossa
edificação.
Ela nos apresenta o procedimento de Deus com aqueles que uma vez
conheceram o amor paterno, mas consentiram que o orgulho e a vaidade os
levassem cativos a sua vontade. Talvez, Lucas nos queira apresentar o rosto
paterno de Deus que, movido pela compaixão, princípio ativo da misericórdia,
vai ao encontro do que estava perdido. Não para condenar, culpar, senão para
salvar, amar. E, aí, está a sua alegria. Esse permanente amor de Deus que vai
ao encontro de seus filhos, não importando onde se encontrem, é o que moveu
Jesus durante sua vida pública, e há de ser também o que move seus discípulos
de todos os tempos.
Esta parábola mostra Deus na figura do pai. E mostra cada um de nós ou na
figura do filho mais velho, que rejeita a conversão do irmão, ou na figura do
filho mais novo, que vive uma vida cheia de equívocos.
Nesta parábola encontramos três personagens: o filho mais novo, o que se foi;
o pai e o filho mais velho, que ficou. No início, os personagens são apenas
dois: o pai, bom e generoso, que ensinou aos filhos a Lei de Deus, e o filho
mais novo, cheio de vigor e ambição, o qual, com o despertar da
personalidade, e dominado pelo impulso de ser livre, resolveu agir por conta
própria. O filho mais velho, de início, não tem um papel importante na
história. Se ele compartilhou a dor do seu pai com a partida repentina do seu
irmão ou o seu anseio por ele durante a sua ausência, o evangelista não contou.
É aqui que a trama da parábola tem seu ponto relevante. Independente de
quanto é comovente a saga do filho mais novo, o filho mais velho é o
verdadeiro foco da parábola.
O filho pródigo foi acusado de dissipar a sua herança, de abandonar a casa do
pai, e viver dissolutamente. Seu irmão mais velho, que ficou em casa, não
esbanjou os seus bens nem abandonou o lar paterno. Porém, tempos depois,
sua atitude grosseira tanto para com seu pai como para com seu irmão, que
voltara arrependido, renunciando até o direito de filho, demonstra que ele era
mais pródigo do que o que deixara o lar. O irmão mais novo era pródigo por
ter dissipado sua herança; o mais velho era pródigo por dissipar a
oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão. A sua falta
de amor para com o irmão e a desobediência para com seu pai são provas de
sua prodigalidade.
O filho mais moço cansara-se da casa paterna. Via o pai como alguém rude,
incapaz de compartilhar todos os bens. Por isso, exigiu a sua parte na herança,
naturalmente pensando que sua liberdade era reprimida. O amor e o cuidado
do pai foram mal interpretados, e determinou seguir os ditames de sua própria
inclinação. O jovem não reconheceu nenhuma obrigação para com o pai, e não
exprimiu gratidão, contudo, reclamou o privilégio de filho para participar nos
bens de seu genitor. A rebeldia estava nele, que descumprindo a lei judaica, se
torna herdeiro antes da morte do pai. Ele viaja para um lugar longínquo. Lá,
esquece o pai e seus ensinamentos; usa equivocadamente seu livre-arbítrio na
satisfação de seus sentidos; dissipou o bem com sua devassidão; e passa por
suprema humilhação ao ir cuidar dos porcos, pois os porcos eram considerados
animais imundos;
Fracassou; foi mal sucedido e, sentindo na carne os efeitos da sua rebeldia,
arrependeu-se; reconheceu o erro grave, e, constrangido, lembra-se da casa do
pai e decide regressar, esperando ser abrigado apenas como um dos
empregados da propriedade. Consciente de tudo quanto havia feito de errado,
regressou, confiando apenas na solidariedade humana do seu genitor. Nunca
pensou que seria acolhido com um abraço de pai. A sua decisão marca o fim
da sua descida moral e o início da ascensão. Um outro ponto interessante para
reflexão reside no comportamento do filho que ficou em casa. Em um
primeiro momento, ele parece mais equilibrado do que seu irmão mais moço.
Satisfeito com a disciplina da casa paterna, não se entusiasmou com a
perspectiva de festas e desfrutes.
Enquanto o denominado filho pródigo ganhava o mundo, ele permanecia
vivendo de forma equilibrada. Entretanto, esse equilíbrio é colocado à prova
quando o seu irmão retorna, sofrido e humilhado. Por sua vez, orgulhoso e
pretencioso, informado do acontecido, em vez de se alegrar com aquele
retorno, reage negativamente, com indignação, com inveja e ciúme do irmão
mais moço. Sendo correto e cumpridor das suas obrigações, ele não entendia
porque razão o pai teria que oferecer uma festa para aquele filho ingrato e
irresponsável. E, em atitude infantil, recusa-se a entrar em casa e participar da
festa. Instado pelo pai a retificar o seu comportamento, dá mostras de rancor
ao falar de sua prolongada obediência, a seu ver, sem recompensas. Qualifica
o pai de injusto. Ele procede como quem lastima o dever cumprido, e
desestimando a própria virtude.
Assim, também nós pensamos e agimos: ou queremos liberdade e
independência para provar de tudo que o mundo nos oferece, e darmos as
costas para Deus ou então, ficamos na casa do pai por obrigação.
Não se esqueça: O Pai está sempre de braços abertos para acolher o nosso
arrependimento e, espera por nós, a cada instante da nossa vida.
Reflita: Você se sente como o filho mais velho ou como o filho pródigo? Qual
dos dois sentiu mais o amor de Deus?
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e
de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

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  • 1.
  • 2. O tema deste estudo é a misericórdia. Na verdade, é a misericórdia do pai que permite que seu filho viva plenamente, mesmo de modo errado. Os séculos passam, mas as grandes lições não envelhecem, pois retratam a eterna luta da alma humana para libertar-se do primarismo evolutivo. A Parábola do Filho Pródigo é uma dessas lições, e é um solene e formal desmentido às penas eternas. Esta parábola, ao mesmo tempo em que é uma amostra do grande amor de Deus por cada um de nós, também nos leva a refletir sobre o grande pecado da rebeldia e do orgulho que está inoculado em nós. Ela é o drama da evolução do Espírito, através de erros humanos, para a verdade divina.
  • 3. Certa vez, cobradores de impostos e pecadores se aproximaram de Jesus para escutá-lo. Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuraram entre si criticando o Cristo, dizendo: Esse homem acolhe pecadores e come com eles! Então o Mestre propôs-lhes três parábolas seguidas. (Lucas, XV:1-32). A parábola da ovelha desgarrada, da dracma perdida e do filho pródigo. Há semelhança entre as três, que se relacionam entre si. Todas falam do resgate daquele que se desviou do caminho, e da necessidade de arrependimento. A primeira trata de uma ovelha que se dispersa do rebanho. Disse Jesus: “Se um de vocês tem cem ovelhas e perde uma, será que não deixa as noventa e nove no campo para ir atrás da ovelha que se perdeu, até encontrá-la? E quando a encontra, com muita alegria a coloca nos ombros. Chegando em casa, reúne amigos e vizinhos, para dizer:
  • 4. Alegrem-se comigo! Eu encontrei a minha ovelha que estava perdida. E eu lhes declaro: Assim, haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão. Já a segunda versa sobre uma mulher que verifica ter perdido uma dracma (antiga moeda grega de prata). Se uma mulher tem dez moedas de prata e perde uma, será que não acende uma lâmpada, varre a casa, e procura cuidadosamente, até encontrar a moeda? Quando a encontra, reúne amigas e vizinhas, para dizer: Alegrem-se comigo! Eu encontrei a moeda que tinha perdido. E eu lhes declaro: Os anjos de Deus sentem a mesma alegria por um só pecador que se converte. Entretanto, a parábola do filho pródigo é a mais longa, com mais pormenores e ensino mais profundo, e quem se perde é um homem.
  • 5. Muitas pessoas não sabem o que significa a palavra pródigo, que aparece no título que é dado a essa parábola. Pródigo significa que “Gasta demais”, “Esbanjador”. As parábolas da ovelha e da dracma perdidas e do filho pródigo, apresentam em traços claros o misericordioso amor de Deus para com os que d’Ele se desviam. Eis a parábola do nosso estudo: Um homem tinha dois filhos; o mais jovem disse ao pai: - Pai, me dá a parte da herança que me cabe. E o pai dividiu os bens entre eles. Passados alguns dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para um lugar distante, para viver sua vida como achava que deveria viver, e, lá, dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
  • 6. Depois de ter consumido tudo o que possuía, sobreveio uma grande fome nessa região, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi se agregar a um homem daquele lugar, e este o mandou para seu campo, para cuidar dos porcos. Ali, ele queria matar a fome com a lavagem que os suínos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse: - quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome! Vou me levantar, e vou encontrar meu pai, e dizer a ele: - pai, pequei contra Deus e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi ao encontro de seu pai. Quando ainda estava longe, o pai o avistou, e teve compaixão.
  • 7. Saiu correndo, o abraçou, e o cobriu de beijos. Então o filho disse: - Pai pequei contra Deus e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos empregados: - Depressa, tragam a melhor túnica para vestir meu filho, e coloquem um anel no seu dedo, e sandálias nos pés. Peguem o novilho cevado e o matem. Vamos fazer um banquete, porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado. E começaram a festa. O filho mais velho estava na roça. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: - É seu irmão que voltou. E seu pai, porque o recuperou são e salvo, matou um novilho cevado.
  • 8. Então o irmão ficou com raiva, e não queria entrar em casa. O pai insistia com ele. Mas ele respondeu ao pai: - Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que devorou teus bens com prostitutas, matas para ele um novilho cevado. Então o pai lhe disse: - Filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu. Mas era preciso festejar e nos alegrar, porque esse seu irmão estava morto, e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado. REFLEXÃO: Talvez, essa seja a parábola capaz de nos dar o maior número de lições entre todas, pois é muito rica em ensinamentos. E destaco alguns para nossa edificação.
  • 9. Ela nos apresenta o procedimento de Deus com aqueles que uma vez conheceram o amor paterno, mas consentiram que o orgulho e a vaidade os levassem cativos a sua vontade. Talvez, Lucas nos queira apresentar o rosto paterno de Deus que, movido pela compaixão, princípio ativo da misericórdia, vai ao encontro do que estava perdido. Não para condenar, culpar, senão para salvar, amar. E, aí, está a sua alegria. Esse permanente amor de Deus que vai ao encontro de seus filhos, não importando onde se encontrem, é o que moveu Jesus durante sua vida pública, e há de ser também o que move seus discípulos de todos os tempos. Esta parábola mostra Deus na figura do pai. E mostra cada um de nós ou na figura do filho mais velho, que rejeita a conversão do irmão, ou na figura do filho mais novo, que vive uma vida cheia de equívocos.
  • 10. Nesta parábola encontramos três personagens: o filho mais novo, o que se foi; o pai e o filho mais velho, que ficou. No início, os personagens são apenas dois: o pai, bom e generoso, que ensinou aos filhos a Lei de Deus, e o filho mais novo, cheio de vigor e ambição, o qual, com o despertar da personalidade, e dominado pelo impulso de ser livre, resolveu agir por conta própria. O filho mais velho, de início, não tem um papel importante na história. Se ele compartilhou a dor do seu pai com a partida repentina do seu irmão ou o seu anseio por ele durante a sua ausência, o evangelista não contou. É aqui que a trama da parábola tem seu ponto relevante. Independente de quanto é comovente a saga do filho mais novo, o filho mais velho é o verdadeiro foco da parábola.
  • 11. O filho pródigo foi acusado de dissipar a sua herança, de abandonar a casa do pai, e viver dissolutamente. Seu irmão mais velho, que ficou em casa, não esbanjou os seus bens nem abandonou o lar paterno. Porém, tempos depois, sua atitude grosseira tanto para com seu pai como para com seu irmão, que voltara arrependido, renunciando até o direito de filho, demonstra que ele era mais pródigo do que o que deixara o lar. O irmão mais novo era pródigo por ter dissipado sua herança; o mais velho era pródigo por dissipar a oportunidade de demonstrar o seu amor, a misericórdia e o perdão. A sua falta de amor para com o irmão e a desobediência para com seu pai são provas de sua prodigalidade.
  • 12. O filho mais moço cansara-se da casa paterna. Via o pai como alguém rude, incapaz de compartilhar todos os bens. Por isso, exigiu a sua parte na herança, naturalmente pensando que sua liberdade era reprimida. O amor e o cuidado do pai foram mal interpretados, e determinou seguir os ditames de sua própria inclinação. O jovem não reconheceu nenhuma obrigação para com o pai, e não exprimiu gratidão, contudo, reclamou o privilégio de filho para participar nos bens de seu genitor. A rebeldia estava nele, que descumprindo a lei judaica, se torna herdeiro antes da morte do pai. Ele viaja para um lugar longínquo. Lá, esquece o pai e seus ensinamentos; usa equivocadamente seu livre-arbítrio na satisfação de seus sentidos; dissipou o bem com sua devassidão; e passa por suprema humilhação ao ir cuidar dos porcos, pois os porcos eram considerados animais imundos;
  • 13. Fracassou; foi mal sucedido e, sentindo na carne os efeitos da sua rebeldia, arrependeu-se; reconheceu o erro grave, e, constrangido, lembra-se da casa do pai e decide regressar, esperando ser abrigado apenas como um dos empregados da propriedade. Consciente de tudo quanto havia feito de errado, regressou, confiando apenas na solidariedade humana do seu genitor. Nunca pensou que seria acolhido com um abraço de pai. A sua decisão marca o fim da sua descida moral e o início da ascensão. Um outro ponto interessante para reflexão reside no comportamento do filho que ficou em casa. Em um primeiro momento, ele parece mais equilibrado do que seu irmão mais moço. Satisfeito com a disciplina da casa paterna, não se entusiasmou com a perspectiva de festas e desfrutes.
  • 14. Enquanto o denominado filho pródigo ganhava o mundo, ele permanecia vivendo de forma equilibrada. Entretanto, esse equilíbrio é colocado à prova quando o seu irmão retorna, sofrido e humilhado. Por sua vez, orgulhoso e pretencioso, informado do acontecido, em vez de se alegrar com aquele retorno, reage negativamente, com indignação, com inveja e ciúme do irmão mais moço. Sendo correto e cumpridor das suas obrigações, ele não entendia porque razão o pai teria que oferecer uma festa para aquele filho ingrato e irresponsável. E, em atitude infantil, recusa-se a entrar em casa e participar da festa. Instado pelo pai a retificar o seu comportamento, dá mostras de rancor ao falar de sua prolongada obediência, a seu ver, sem recompensas. Qualifica o pai de injusto. Ele procede como quem lastima o dever cumprido, e desestimando a própria virtude.
  • 15. Assim, também nós pensamos e agimos: ou queremos liberdade e independência para provar de tudo que o mundo nos oferece, e darmos as costas para Deus ou então, ficamos na casa do pai por obrigação. Não se esqueça: O Pai está sempre de braços abertos para acolher o nosso arrependimento e, espera por nós, a cada instante da nossa vida. Reflita: Você se sente como o filho mais velho ou como o filho pródigo? Qual dos dois sentiu mais o amor de Deus? Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos, de O Livro dos Médiuns, e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.