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Prevenção da
 disseminação de
 bactérias
 multirresistentes

Dr. Renato Satovschi Grinbaum
CCIH do Hospital do Servidor Público Estadual
Hosp. Beneficência Portuguesa
Doutor em Doenças Infecciosas
O que é um
microrganismo
multirresistente?
MDR

Múltiplas drogas
Resistência nova
Mais recente
Desafio clínico
Infecção da Corrente Sangüínea
             Sistema NNIS
Microrganismo                                    Freqüência

                                  1986-1989                   1990-1995

Gram-positivos                    57,2                        64,0
   S. aureus                      15,1                        12,6
   Coagulase-negativa             28,1                        35,5

Gram-negativos                    23,2                        19,5
   P. aeruginosa                  5,2                         3,9
   Enterobacter sp.               5,7                         5,1
   Klebsiella sp.                 2,6                         3,2

Fungos                            12,3                        11,0
   C. albicans                    7,7                         5,9
   Outras Candida                 2,9                         3,1

Anaeróbios                        1,4                         0,7

Outros                            5,8                         5,4

              Fridkin e cols. - Infect Dis Clin N Am 1997; 11(2): 479
Infecção do Trato Urinário
            Sistema NNIS
Microrganismo                                    Freqüência

                                  1986-1989                   1990-1995

Gram-positivos                    22,0                        20,0
   Enterococo                     14,3                        14,1
   Coagulase-negativa             3,5                         2,8

Gram-negativos                    52,2                        47,0
   P. aeruginosa                  20,7                        18,2
   Enterobacter sp.               6,2                         5,3
   Klebsiella pneumoniae          4,8                         6,2
Fungos                            22,1                        29,3
   C. albicans                    12,8                        15,4
   Outras Candida                 3,8                         4,5

Vírus                             0,0                         0,0

Outros                            4,0                         3,8


              Fridkin e cols. - Infect Dis Clin N Am 1997; 11(2): 479
Pneumonia Sistema NNIS
Microrganismo                                    Freqüência

                                  1986-1989                   1990-1995

Gram-positivos                    21,2                        24,3
   S. aureus                      15,0                        18,1
   Coagulase-negativa             1,2                         1,5

Gram-negativos                    75,8                        67,1
   P. aeruginosa                  19,5                        17,9
   Enterobacter sp.               11,7                        11,6
   Klebsiella sp.                 5,4                         6,9

Fungos                            5,0                         6,4
   C. albicans                    3,2                         3,7
   Outras Candida                 0,6                         0,6

Vírus                             0,4                         0,4

Outros                            0,7                         1,7

              Fridkin e cols. - Infect Dis Clin N Am 1997; 11(2): 479
Fonte: CDC
Prevalência de cepas produtoras de ESBL nos
            hospitais brasileiros avaliados pelo SENTRY em
            1997 a 1999
   Sítio infeccioso                    % ESBL (ESBL / total)
                                  E. coli               K. pneumoniae
   Bacteremia                  8,4% (19/226)              51,1% (91/178)
   Pneumonia                  30,6% (11/36)                48,7% (37/76)
   Inf. Urinária               5,8% (13/223)               43,5% (20/46)
   Ferida Cirúrgica           12,9%        (4/31)          50,0%      (9/18)
   TOTAL                       8,9% (46/516)              48,4% (154/318)


Hospitais avaliados - a) São Paulo: Hosp. São Paulo; b) Rio de janeiro: Hosp. Pró-
Cardíaco, Hosp. Samaritano, Clínica Banbina I e II, Centro de Prematuro e Hosp. de
Clinicas de Ipanema; c) Florianópolis: Hosp. de Caridade, Hosp. Celso Ramos, Hosp.
Regional de São José e Maternidade Carmela Dutra; d) Porto Alegre: Hospital de
Clínicas.                                          Helio Sader - LEMC - UNIFESP
Como determinar
seu nível endêmico
Ocorrência de organismos resistentes
                                               UTI do HSPE
                                          30                                                                                   1750

                                                                                                                               1700
Iso lad o s p o r m il p acien tes-d ia




                                          25
                                                                                                                               1650

                                          20                                                                                   1600




                                                                                                                                      P acien tes-d ia
                                                                                                                               1550
                                          15
                                                                                                                               1500

                                          10                                                                                   1450

                                                                                                                               1400
                                          5
                                                                                                                               1350
                                          0                                                                                    1300
                                               1°Trim.     2°Trim.         3°Trim.     4°Trim.      1°Trim.          2°Trim.
                                                         2000                                                 2001


                                                                     Pacientes-dia
                                                                     Klebsiella sp. resistente à ceftazidima
                                                                     Enterobacter sp. resistente à ceftazidima
                                                                     P. aeruginosa resistente ao imipenem
                                                                     Acinetobacter sp. resistente ao imipenem
Relação entre
resistência e uso de
antimicrobianos
Proteção microbiana
Correlação entre Consumo de
Imipenem e Resistência de P.
aeruginosa




    A tigeciclina diminuiu a ação in vitro contra P. aeruginosa, por isso não é um tratamento
    apropriado para infecções comprovadamente causadas por essa bactéria.
    Lepper PM, et al. Antimicrob Agents Chemother. 2002;46:2920-2925.
Fatores de risco para resistência
        à ciprofloxacina em K. pneumoniae

Fator                                             Valor de p

Uso prévio de uma quinolona                       0,0065

Isolado produtor de ESBL                          0,012

Centro na Turquia                                 0,011

Uso prévio de cefalosporina de III                0,17

Sonda urinária                                    0,24




           Paterson e cols - Cin Infect Dis 2000; 30: 473
Fatores de risco de
desenvolvimento de
infecção hospitalar por MDR-PA


Variáveis                      Valor de P    OR      IC 95%

Ventilação mecânica             0,010a      8,19    1,65-40,7


Exposição a fluoroquinolonas     0,188      2,749   0,61-12,4

Exposição a imipenem ou
                                <0,001a     44,8    9,16-219
meropenem
Rodízio de antimicrobianos
          K. pneumoniae
35   %R                                                                           g/mês800

30


25
                                                                                            600

20
                                                                                            400
15


10
                                                                                            200
 5


 0                                                                                          0
     Out-Dez                            Jul-Set                              Jul-Set
      1993                               1994                                 1995
          % resistentes à ceftazidima             % resistentes à piperacilina-tazobactam
          Consumo ceftazidima                     Consumo piperacilina-tazobactam


           Rice- Clin Infect Dis 1996; 23(7): 118
Antes de 1995                                              Após 1995

1432g/mês            Cefotaxima                            164g/mês
594g/mês             Clindamicina                          108g/mês
588g/mês             Vancomicina                           313g/mês
136g/mês             Imipenem*                             89g/mês
724g/mês             Cefazolina*                           531g/mês
677g/mês             Ceftazidima*                          229g/mês
44g/mês              Gentamicina*                          31g/mês
                     Ampicilina-sulbactam                  3326g/mês
                     Piperacilina-tazobactam               1898g/mês



21.9/1000 altas      MARSA                                 17.2/1000 altas
8.6/1000 altas       Klebsiella R ceftazidima              5.7/1000 altas
2.4/1000 altas       Acinetobacter                         5.4/1000 altas
                     Custos

                  Landman et al - Clin Infect Dis 1999; 28(5): 1062
Room for improvement: a systematic
        review of the quality of evaluations of
        interventions to improve hospital
        antibiotic prescribing
n=306
91 (30%) atingiram critérios de inclusão
Exclusão
   Não controlado (141/306; 46%)
   Série temporal interrompida (74/306;
   24%):<3 observações após intervenção
   Maioria: observação até 15 dias após.
15/38(40%) com análise temporaltinham análise
estatística
   11 análise inapropriada
 Ramsay - JAC 2003. Volume 52(5), November 2003, pp 764-771
Room for improvement: a systematic review of
    the quality of evaluations of interventions to
    improve hospital antibiotic prescribing




                                          Intervenção superestimada
                                          pela análise pré-pós




Ramsay - JAC 2003. Volume 52(5), November 2003, pp 764-771
Room for improvement: a systematic review of
    the quality of evaluations of interventions to
    improve hospital antibiotic prescribing




                                         Intervenção subestimada
                                            pela análise pré-pós
                                             de curta duração




Ramsay - JAC 2003. Volume 52(5), November 2003, pp 764-771
PAC em pacientes adultos

100%


 80%


 60%


 40%


 20%


 0%
          2000                      2001                      2002

       Dentro do protocolo   Cobertura exagerada   Cobertura inapropriada
Impact of diversity of antibiotic use on the
             development of antimicrobial resistance
                    Consumo de antimicrobianos (DDD/100 pacientes-dia)

Período      Consumo      Carbapenêmicos     Quinolonas    Cefalosporinas   Vancomicina
             total

Paciente-    78,3         10,1               7,6           7,8              5,8
específico

Priorização 62,1-95,3     5,7-20,8           3,7-7,8       8,2-14,3         5,0-9,7


Restrição    64,0-84,6    3,5-15,8           3,5-13,2      7,7-23,4         1,5-4,2


Mistura      92,6         12,4               13,4          9,5              3,0




                       Sandiumenge – JAC 2006; 57(6: 1197-1204
Impact of diversity of antibiotic use on the
development of antimicrobial resistance




     Sandiumenge – JAC 2006; 57(6: 1197-1204
Impact of diversity of antibiotic use on the
development of antimicrobial resistance




     Sandiumenge – JAC 2006; 57(6: 1197-1204
Score de infecção clínica pulmonar (CPIS)
                  Singh - Am J Resp Crit Care Med 2000; 162: 505




     >6                                            <6



Antimicrobianos                                Randomização
10-21 dias
                       Ciprofloxacina 3 dias               Antimicrobiano 10-21 dias


                         Reavaliação 3 dias

      CPIS>6 ou cultura positiva                CPIS<6 e cultura negativa


      Antimicrobiano 10-21 dias                Suspende ATB
Pacientes com CPIS<6

Variável                      Experimental(n=39)     Standard (n=42)   p

Óbitos até D3                 0%                     7%                NS
CPIS>6 no D3                  21%                    23%               NS
Infecção extrapulmonar        18%                    15%               NS
ATB por mais de 3 dias        28%                    97%               0,001
ATB sem inf. Extrapulmonar
  ATB por mais de 3 dias      0%                     96%               0,001
  Média de duração            3                      9,8               0,001
  Custo (US$)                 6482                   16004




           Singh - Am J Resp Crit Care Med 2000; 162: 505
Antimicrobianos e
resistência
 Espectro amplo

   Se um antimicrobiano age sobre uma
   gama maior de bactérias
    então


   ele dá chance a um maior número
   bactérias se tornar resistente
Antimicrobianos e
resistência
 Doses sub-terapêuticas

   Permite a persistência de pequenas
   quantidades de bactérias resistentes

   Elas podem proliferar, e em seguida,
   predominar naquele espaço
Antimicrobianos e
resistência
 Tempo prolongado

   O tempo prolongado de
   antibioticoterapia aumenta a chance
   de sobrevivência de cepas resistentes
Antimicrobianos e
resistência
 Uso maciço de uma só classe

   Se há uso de diversas classes, a
   pressão seletiva é diluída

   Se o uso for maciço de uma só
   classe, há pressão maciça negativa
    • Aumenta a probabilidade de
      desenvolvimento rápido de resistência a
      aquela classe
Metas do controle de antimicrobianos
      no cenário de alta endemicidade*

      1.    Diminuir o consumo global de
            antimicrobianos
           1.   Melhorar o diagnóstico, em especial nos
                serviços de emergência e no uso muito
                precipitado em pneumonia e febre
                adquridos no hospital
           2.   Reduzir tempo de tratamento (inclui CPIS)




e ausência de alternativas de reserva
Metas do controle de antimicrobianos
      no cenário de alta endemicidade*

      1.    Diminuir o consumo global de
            antimicrobianos
      2.    Organizar a prescrição
           1.   Formulários
           2.   Priorizar padronização de infecções
                “menos nobres” onde uso de antibióticos
                de amplo espectro são injustificado
           3.   Não promover aumento de risco com
                terapia inadequada
           4.   Discutir esquema posológico e
                farmacodinâmica
e ausência de alternativas de reserva
Metas do controle de antimicrobianos
      no cenário de alta endemicidade*

      1.    Diminuir o consumo global de
            antimicrobianos
      2.    Organizar a prescrição
      3.    Promover reajuste com culturas




e ausência de alternativas de reserva
Metas do controle de antimicrobianos
      no cenário de alta endemicidade*

      1.    Diminuir o consumo global de
            antimicrobianos
      2.    Organizar a prescrição
      3.    Promover reajuste com culturas
      4.    Diversificar
           1.   Abandonar o conceito de antibióticos
                indutores, vilões
           2.   Procurar usar o maior número possível de
                classes, cada uma de acordo com a sua
                vocação

e ausência de alternativas de reserva
GUIA de ITU HSPE
                                                       Sintomas




                                        Disúria,*                         Febre, calafrio,                         Alteração do nível
  Nenhum                              Polaciúria,                          Dor lombar,                              De consciência
                                    Dor suprapúbica                          Disúria                                   Em idosos




Não investigar                                                                               Urina I,Hemograma,
                                        Urina I                                                      Ur, Cr




                                                                                                Leucocitúria
                                      Leucocitúria

                                                      Não
                            Sim


                                                                                                                      Sim
                                                  Procurara diagnóstico
                 Excluir Vaginite                                                     Não
                                                       Alternativo

                                                                                                               Colher urocultura.
                                                                                                                Se leucocitose,
                                                                                                                  hipotensão,
                                                                                                                 Ou calafrio: 2
                    ITU Baixa                                                                                   Hemoculturas



                                                                                                                    ITU alta
   * paciente Idosos ou com comorbidades significantes, considerar tratamnto
                     Semelhante àquele de pacientes febris..
GUIA de ITU HSPE
                                                                            Paciente jovem ,sem           Primeira dose EV,
                                                                            anormalidade do trato        restante tratamento
                                                                             urinário e sem sinais              VO *
                                                                                  de sepse**             Duração 10-14dias



                                                             Não
                                                                                                          Internação e iniciar
                                                                            Pacinet com sinais de
                                                                                                               ATB EV *
                                                                                    sepse
                                                                                                          Duração 10-14dias



                   Hemograma, UrinaI,
                     urocultura, UR,
ITU ALTA           CR,Hemocultura se            Paciente Idoso
                          febre

                                                                                                               Tratamento
                                                                             Sem sinais de sepse,
                                                                                                            ambulatorial, ou
                                                                                    sem
                                                                                                          internação curta 24-
                                                                             comprometimento do
                                                                                                                   48h
                                                                                estdo geral **
                                                                                                           Duração 10-14dias
                                                              Sim




                                                                                                              Internação e
                                                                             Com sinais de sepse,
                                                                                                          administração de ATB
                                                                             ou comprometimento
                                                                                                                   EV
                                                                               do estado geral
                                                                                                           Duração 10-14dias



 * dose e ATB no texo
 ** Pacientes que apesar de terem indicação de AtB em casa mas não tem condições para comprar medicação, ou
 não tem quem assista ao paciente para lhe fornecer medição, é recomendado que seja internado
Diagnóstico clínico de pneumonia (em paciente com suspeita de aspiração)
                              ·sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior:
                                     tosse e um ou mais dos seguintes sintomas:
                   expectoração, falta de ar, dor torácica, achados focais no exame físico do tórax.




                                                                            Não                 Pneumonia aspirativa está
                                                                                                     descartada
                                                      Sim



                         Coletar 2 hemoculturas e 1hemocultura; hemograma. Em caso de
                                            gravidade, broncoscopia.




                                              Alto grau de suspeita de
                                                aspiração volumosa


                                                                           Não              Tratar como pneumonia adquirida
                                                                                             na comunidade, sem cobertura
                                                      Sim
                                                                                                     para anaeróbios


                                                Fatores de risco para
                                                      anaeróbios
                                               1. Aspiração de material
                                                       fecalóide
                                             2. Dentição em mau estado
                                                   3. Escarro fétido

                                                                                             Não
                                                     Sim


                                                                                  Sim
                                               Paciente hospitalizado,
                                                                                                   Piperacilina-tazobactam
                                                 antibiótico recente


                                                     Não

                                                                                  Sim
                                              Uso recente de antibiótico
                                                 Internação recente                            Ceftazidilma + clindamicina


                                                    Não



                                                Ampicilina sulbactam



Anaeróbios: raramente participam da pneumonia aspirativa. Na verdade, a maiotr parte das
pneumonias bacterianas apresentam mecanismo aspirativo. Os fatores de risco para infecção
causada por anaeróbios são a aspiração de conteúdo fecalóide, dentiçào em mau estado e
escarro fétido.Marik, N Engl J Med,2001 Vol. 344, No. 9, pg. 665.
Pneumonite de aspiração: Na maioria das vezes, o processo é químico. Nos casos de
aspiração maciça, ou quando os sintomas não se resolvem em 48 horas, o tratamento pode
ser iniciado, seguindo os critérios do fluxograma.
sintomas
Suspeita clínica
                                   Febre ou leucocitose + secreção traqueal purulenta + alteração
                                                          radiológica nova




                        Coletar 2 hemoculturas e uma                     Classificar a gravidad:e
                                                                         PaO2/FiO2 e provas de                    Iniciar
                      amostra de secreção respiratória, de
  Calcular                                                                 atividade inflamatória           antibioticoterapia
                        preferência antes do início da
escore CPIS.                                                              (Proteína C reativa ou            até 12 horas após
                         antibioticoterapia por técnica
                                                                               procalcitonina)              a suspeita clínica
                                  quantitativa.




          Pneumonia precoce                                                                           Pneumonia tardia
                                                   Classificar a pneumonia
         (<4 dias de ventilação)                                                                    (>4 dias de ventilação)
Bases para uma diretriz
    Hospitais com baixa prevalência
    de MRSA/ESBL
Características         Tempo de hospitalização
                        7d            8-21d            >21d



Uso prévio        Não   MSSA          MSSA            MRSA
de ATB                  E. coli       Enterobactérias ESBL
ou infecção                                           P. aeruginosa
grave
                  Sim   MSSA           MRSA            MRSA
                        E.coli         P. aeruginosa   P. aeruginosa
                        P. aeruginosa? Enterobactérias ESBL
                                                       Fungos
Diagnóstico e manejo inicial



                                                        Suspeita clínica
                                   Febre ou leucocitose + secreção traqueal purulenta + alteração
                                                          radiológica nova




                         Coletar 2 hemoculturas e uma                    Classificar a gravidad:e
                                                                         PaO2/FiO2 e provas de                    Iniciar
                       amostra de secreção respiratória, de
  Calcular                                                                 atividade inflamatória           antibioticoterapia
                         preferência antes do início da
escore CPIS.                                                              (Proteína C reativa ou            até 12 horas após
                          antibioticoterapia por técnica
                                                                               procalcitonina)              a suspeita clínica
                                   quantitativa.




          Pneumonia precoce                                                                           Pneumonia tardia
                                                   Classificar a pneumonia
         (<4 dias de ventilação)                                                                    (>4 dias de ventilação)




              Terapia de amplo
             espectro, similar à
           infecção adquirida em                                                                                       Com fatores de risco
                comunidade                                                        Sem fatores de risco              (Pneumonia grave, uso prévio de
                                                                                                                    antibióticos de amplo espectro ou
                                                                                                                          internação prolongada)




                                                                                    Terapia de amplo
                                                                                        espectro                       Terapia de espectro
                                                                                                                             máximo
Manejo clínico



                                  Pneumonia associada à ventilação mecânica em tratamento.



                                          Sim
     Estender a cobertura                       Deterioração clínica relevante nas
antimicrobiana empiricamente.                        primeiras 48-72 horas.

                                                    Não




                                                                                        Escore CPIS inicial < 6.
               Escore CPIS inicial > 6.




                                                                                     Aplicar escore CPIS novamente.




                                                                                          Escore CPIS > 6 ou
                                                                   Sim                  cultura positiva (sangue
           Reajustar esquema de acordo
                                                                                        ou secreção respiratória
           com resultados das culturas.
                                                                                              em contagem
                                                                                              significativa)?

                                                                                              Não


            Completar tratamento (8 a 14
               dias de antibiótico).
                                                                                        Suspender antibiótico.
Indicadores

 Resistência
 Consumo
 Conformidade
Class Group           Antimicrobial agent                  DDD

ß-Lactams
Penicillin group      Penicillin G                         12 × 106 U
                      Procaine penicillin G                2.4 × 106 U
                      Penicillin G benzathine              1.2 × 106 U
                      Penicillin V                         1g
Ampicillin group      Ampicillin (parenteral)              4g
                      Ampicillin (oral)                    2g
                      Ampicillin/sulbactam                 6g
                      Amoxicillin (oral)                   1.5 g
                      Amoxicillin/Clavulanic acid (oral)   1.5 g
Antistaphylococcal
penicillins           Nafcillin                            4g
(Methicillin group)   Oxacillin                            4g
                      Dicloxacillin (oral)                 2g
Antipseudomonal
penicillins           Piperacillin                         18 g
                      Piperacillin/Tazobactam              13.5 g
                      Ticarcillin                          18 g
                      Ticarcillin/Clavulanic acid          12.4 g
Class Group            Antimicrobial agent        DDD
ß-Lactams

1st-generation cephs   Cefazolin                  3g
                       Cephalothin                4g
                       Cefadroxil (oral)          2g
                       Cephalexin (oral)          2g
2nd-generation cephs   Cefotetan                  2g
                       Cefmetazole                4g
                       Cefoxitin                  4g
                       Cefuroxime                 3g
                       Cefuroxime axetil (oral)   1g
                       Cefaclor (oral)            1g
                       Cefprozil (oral)           1g
3rd-generation cephs   Cefotaxime                 3g
                       Ceftazidime                3g
                       Ceftizoxime                3g
                       Ceftriaxone                1g
                       Cefixime (oral)            0.4 g
                       Cefipime                   4g
Carbapenems            Meropenem                  3g
                       Imipenem cilastatin        2g
Class Group        Antimicrobial agent             DDD

Other ß-Lactams    Aztreonam                       4g
Glycopeptides      Vancomycin (parenteral)         2g
                   Vancomycin (oral)               1g
Fluoroquinolones   Ciprofloxacin (parenteral)      0.8 g
                   Ciprofloxacin (oral)            1.5 g
                   Ofloxacin (parenteral)          0.8 g
                   Ofloxacin (oral)                0.8 g
                   Levofloxacin (parenteral)       0.5 g
                   Levofloxacin (oral)             0.2 g
                   Trovafloxacin (parenteral)      0.2 g
                   Trovafloxacin (oral)            0.2 g
                   Sparfloxacin (oral)             0.2 g
                   Norfloxacin (oral)              0.8 g
                   Lomefloxacin                    0.4 g
Trimethoprim/      Trimethoprim component (oral)   0.32 g
Sulfamethoxazole   Trimethoprim compound
                   (parenteral)                    0.84 g
Short-term effect of antibiotic control policy on
the usage patterns and cost of antimicrobials,
mortality, nosocomial infection rates and
antibacterial resistance




                             Arda,Sipahi,et al-J. of infection(2007) 55,41-48
Ocorrência de organismos resistentes
UTI do HSPE
                                           30                                                                          1800
 Iso lad o s p o r m il p acien tes-d ia




                                           25                                                                          1700
                                           20




                                                                                                                              P acien tes-d ia
                                                                                                                       1600
                                           15
                                                                                                                       1500
                                           10
                                           5                                                                           1400
                                           0                                                                           1300
                                                1°Trim.     2°Trim.    3°Trim.     4°Trim.     1°Trim.       2°Trim.
                                                          2000                                                2001


                                                                 Pacientes-dia
                                                                 Klebsiella sp. resistente à ceftazidima
                                                                 Enterobacter sp. resistente à ceftazidima
                                                                 P. aeruginosa resistente ao imipenem
                                                                 Acinetobacter sp. resistente ao imipenem
FRAT
 Formula for rational
 antimicrobial therapy


               Blondeau & Tillotson
     Int J Antimicrobial Agents 1999; 12: 145
Cálculo da utilidade da
             Ceftazidima
Bactéria            n     Freqüência   Sensibilidade   Utilidade

Acinetobacter sp.   104   0,284932     7,4             2,108493
B. cepacea          7     0,019178     85,7            1,643562
Citrobacter sp.     1     0,00274      100             0,273973
E.coli              12    0,032877     88,89           2,922411
E. aerogenes        3     0,008219     66,67           0,547973
E. cloacae          9     0,024658     25              0,616438
K.pneumoniae        49    0,134247     9,76            1,310247
Klebsiella sp.      31    0,084932     20              1,69863
M. morganii         7     0,019178     66,67           1,278603
P. mirabilis        9     0,024658     55,56           1,369973
P. aeruginosa       92    0,252055     20,83           5,250301
S. marcenses        27    0,073973     69,23           5,121123
Serratia sp.        14    0,038356     20              0,767123

Total               365   1                            24,90885
Utilidade de antimicrobianos
UTI-HSPE 2000
90,0

80,0                                                                             77,2

70,0

60,0
                                                  49,1
50,0                                                               45,8

40,0
                                     31,3
30,0                    24,9

20,0
          11,1
10,0

 0,0
       Ceftriaxona   Ceftazidima   Cefepima   Piperacilina-   Ciprofloxacina   Imipenem
                                              tazobactam
Uso de antimicrobianos por infecção
             70,0
                                                                           62,5
                                    59,3
             60,0
                      54,9

             50,0                                           46,7
%adequados




             40,0


             30,0


             20,0
                                                12,8

             10,0

                                                                                            0
              0,0
                    Pneumonia      ITU alta   ITU baixa   Erisipela e    Inf. Intra-   Sem infecção
                                                           celulite     abdominal

                                HSPE Outubro a Dezembro de 2000
% inadequados
                      2




                                       0
                                      10
                                      20
                                      30
                                      40
                                      50
                                      60
                          de
                               20
                      3          00
                          de
                               20
                      4          00
                          de
                               20
                      1          00
                          de




UTI
                               20
                      2          01
                          de
                               20
                      3          01
                          de
                               20
                      4          01




Neonato
                          de
                               20
                      1          01
          Trimestre       de
                               20
                      2          02
                          de
                               20
                                 02
                                                      Taxa de uso inadequado




                      3
                          de
                               20
                                 02
Relação entre
cuidados de saúde e
resistência
Admissão de pacientes transferidos
       de outros hospitais
•Uso de antimicrobianos   •Nova resistência
   •Dose subterapêutica      •Mutações
   •Tempo prolongado         •Persistência dos mutantes
Transmissão cruzada
Transmissão cruzada




Direta               Indireta
Results: Number of Nurses with Organisms
 Number of Nurses with gram-negative rods and gram-
 positive cocci before and after handwashing
                                  Artificial nails               Natural nails
                                    (N = 56):                     (N = 56):
                                     No. (%)                       No. (%)


 Gram-negative rods
 Before handwashing                  20 (36%)                       3 (5%)
  After handwashing                  23 (41%)                       5 (9%)


 Gram-positive cocci
 Before handwashing                   4 (7%)                        4 (7%)
  After handwashing                   4 (7%)                        3 (5%)




  Pottinger, J. et al. (1989). American Journal of Infection Control. 17(6): 340-344.
Com que freqüência os
                            profissionais de saúde são a fonte
                            de surtos de MRSA no hospital?
                                                          191 surtos MRSA




                                               26: profissinal de saúde fonte provável




                                                       2 surtos
                13 surtos
                                                                                           11 surtos
                                             Profissional não teve contato
Profissional provavelmente não relacionado
                                                com paciente ou dados                    Forte evidência
   (biologia molecular ou epidemiologia)
                                                       definitivos




                                                                                                                   3 surtos

                                                                                                           Profissionais portadores
                                                                                                                assintomáticos




                                                                                                                   8 surtos

 Infection Control and Hospital Epidemiology 3006; Volume 27, Issue 10, Pages 1123-1127                    Profissionais sintomáticos
Precauções
Precauções

 Quarto privativo
 Avental e luvas ao entrar no quarto
 Transporte
 Higienização das mãos
 Duração: durante a hospitalização
Efetividade das precauções
                   de barreira e culturas de
                   vigilância para controle de
                   organismos MDR: revisão
                   sistemática
Nasia Safdar MD, MSa, John Marx MPHb, Nicholas A. Meyer MDc and Dennis G. Maki MDa, b,

aFrom the Section of Infectious Diseases in the Department of Medicine
bDepartment of Infection Control
cDepartment of Surgery, University of Wisconsin Medical School and University of Wisconsin
Hospital and Clinics
Madison, Wisconsin. Available online 30 September 2006.




                 American Journal of Infection Control
            Volume 34, Issue 8, October 2006, Pages 476-483
Qualidade dos estudos

 29estudos com importantes problemas de
 desenho ou descrição
   Mais de uma medida
   60% sem monitorização da intervenção; 7
   com adesão de 50 a 80%
Estudos de melhor
         qualidade
Estudo              Intervenção               Resultado


Cepeda, 2005        MRSA: 6 meses com         Taxa de aquisição
                    coorte, 6 meses sem       similar
                    coorte
Chaix, 1999         Custo-efetividade;        Redução de 15% na
                    culturas de vigilância,   taxa de infecção; menor
                    EPIs, monitorização da    custo
                    lavagem das mãos

Silverblatt, 2000   VRE: Quarentena,          Efetivo
                    isolamento de contato,
                    ATB oral
Slaughter, 1996     Luvas x luvas + avental   Sem diferença
                    (CV, educação,
                    limpeza)
Estudos de melhor
         qualidade
Estudo             Intervenção                Resultado


Stinivasan, 2002   VRE: Luvas x luvas +       1,8 casos por 100
                   avental                    pacientes-dia (avental e
                   (CV, quarto privativo ou   luva x 3,78 (somente
                   coorte, educação do        luvas)
                   profissional de saúde)

Trick, 2004        Randomizado: luvas         Sem diferença. Sem
                   com e sem isolamento       isolamento: 40% mais
                   de contato                 barato

Wernitz, 2005      Cultura de vigilância à    Redução de 48% nos
                   admissão                   casos de aquisição
                                              hospitalar de MRSA
Recomendações
Recomendação            SHEA    HICPAC   Canada     UK      Australia        OMS



Cultura de vigilância   Alto    Alto     -          Alto    Alto risco, se   -
                        risco   risco               risco   não
                                                            endêmico
Isolamento de contato   Sim     Sim      Sim        Sim     Sim              Sim


                                                                             Se
Luvas + avental         Sim     Sim      Sim        Sim     Sim              disponível




Máscaras                Sim     Não      Se risco   Não     Se               -
                                         alto               colonização
                                                            respiratória
Alta endemicidade       CV      -        -          -       Isole os         -
                                                            saudáveis ou
                                                            baixo risco
Colonização

188 pacientes                      Uma semana: 78 pacientes




                                          30 dias: >80%



    Cultura de vigilância semanal - swab retal
    Pena - J Hosp Infect 1997; 35(1): 9
Culturas de
vigilância
Culturas de vigilância

1.        Descolonização
     1.    Reconhecer portadores, e tratar, visando
           reduzir morbidade, mas não disseminação
     2.    MRSA
2.        Tratamento dirigido
     1.    Reconhecer portadores, cuja probabilidade
           de desenvolver infecção é maior
     2.    Valor preditivo negativo >99%, valor
           preditivo positivo baixo, induz tratamentos
           desnecessários
3.        Conhecimento epidemiológico
     1.    Isolar pacientes portadores, e não somente
           aqueles com infecção clínica
63 excluídos
416 pacientes em UTI




   333 avaliáveis
Resistência à ceftazidima
                                              60(8%)
  em isolados clínicos:
                                         Colonizados por G-
    E. Cloacae: 38%
                                       resistentes à ceftazidima
   P. Aeruginosa: 8%
   K. pneumoniae:4%


                                               3(5%)
                                      Desenvolveram infecção
                                   por G- resistentes à ceftazidima


 D´Agata – Crit Care Med 1999; 27(6): 1090
Cultura de vigilância: modelo
matemático
      Estimativa de redução de transmissão -
                    precauções
                                              65



          39




   Somente infectados               Infectados + colonizados


   Clin Infect Dis 38, 1108-1115.
Estrutura
Parâmetro                                                  Pré       Pós    p


Infecção ou colonização por MRSA, KPR, EAR                 15%       6,8%   0,001

Infecção ou colonização por MRSA                           7,7%      2,6%   0,004

Infecção ou colonização por KPR                            1,7%      0,0%   0,025

Infecção ou colonização por EAR                            5,6%      4,3%   0,47

Infecção por MRSA, KPR, EAR                                11,6%     4,8%   0,0025

Infecção por MRSA                                          5,2%      1,7%   0,018

Infecção KPR                                               1,3%      0%     0,06

Infecção EAR                                               5,2%      3,1%   0,22



               Intervenção: Lavagem das mãos, quarentena,
               Culturas de vigilância e isolamento de contato

               MRSA, K. pneumoniae ou E. aerogenes R à ceftazidima
                     Souweine – J Hosp Infect 2000; 45: 107
A influência do coorte
                    de enfermagem na
                    efetividade da
                    higienização das mãos
Clive B. Beggs, Catherine J. Noakes, Simon J. Shepherd, Kevin G. Kerr, P. Andrew Sleigh,
Katherine Banfield

Bradford, United Kingdom; Leeds, United Kingdom; and Harrogate, United Kingdom

                 American Journal of Infection Control
         Volume 34, Issue 10, Pages 621-626 (December 2006)
Modelo matemático
        Adesão à
                                      Coorte de
        lavagem das
                                     enfermagem
            mãos
                                           Transmissão,
Transmissão,                                se nenhumade
                                             Proporção
                                              enfermagem
                                           medida eficaz
após medidas
                      R = (1-p)(1-qn)R0
Transmissibilidade do
microrganismo


R = (1-p)(1-qn)R0
R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*2=0,52
R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04
Adesão à lavagem das
mãos


R = (1-p)(1-qn)R0
R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04
R = (1-0,2)(1-0,6*0,8)*4=1,66
Probabilidade de coorte


R = (1-p)(1-qn)R0
R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04
R = (1-0,5)(1-1,0*0,8)*4=0,40
Proporção de pessoal de
enfermagem


R = (1-p)(1-qn)R0
R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04
R = (1-0,5)(1-0,6*0,2)*4=1,76
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Prevenção da disseminação de bactérias multirresistentes

  • 1. Prevenção da disseminação de bactérias multirresistentes Dr. Renato Satovschi Grinbaum CCIH do Hospital do Servidor Público Estadual Hosp. Beneficência Portuguesa Doutor em Doenças Infecciosas
  • 2. O que é um microrganismo multirresistente?
  • 4. Infecção da Corrente Sangüínea Sistema NNIS Microrganismo Freqüência 1986-1989 1990-1995 Gram-positivos 57,2 64,0 S. aureus 15,1 12,6 Coagulase-negativa 28,1 35,5 Gram-negativos 23,2 19,5 P. aeruginosa 5,2 3,9 Enterobacter sp. 5,7 5,1 Klebsiella sp. 2,6 3,2 Fungos 12,3 11,0 C. albicans 7,7 5,9 Outras Candida 2,9 3,1 Anaeróbios 1,4 0,7 Outros 5,8 5,4 Fridkin e cols. - Infect Dis Clin N Am 1997; 11(2): 479
  • 5. Infecção do Trato Urinário Sistema NNIS Microrganismo Freqüência 1986-1989 1990-1995 Gram-positivos 22,0 20,0 Enterococo 14,3 14,1 Coagulase-negativa 3,5 2,8 Gram-negativos 52,2 47,0 P. aeruginosa 20,7 18,2 Enterobacter sp. 6,2 5,3 Klebsiella pneumoniae 4,8 6,2 Fungos 22,1 29,3 C. albicans 12,8 15,4 Outras Candida 3,8 4,5 Vírus 0,0 0,0 Outros 4,0 3,8 Fridkin e cols. - Infect Dis Clin N Am 1997; 11(2): 479
  • 6. Pneumonia Sistema NNIS Microrganismo Freqüência 1986-1989 1990-1995 Gram-positivos 21,2 24,3 S. aureus 15,0 18,1 Coagulase-negativa 1,2 1,5 Gram-negativos 75,8 67,1 P. aeruginosa 19,5 17,9 Enterobacter sp. 11,7 11,6 Klebsiella sp. 5,4 6,9 Fungos 5,0 6,4 C. albicans 3,2 3,7 Outras Candida 0,6 0,6 Vírus 0,4 0,4 Outros 0,7 1,7 Fridkin e cols. - Infect Dis Clin N Am 1997; 11(2): 479
  • 8. Prevalência de cepas produtoras de ESBL nos hospitais brasileiros avaliados pelo SENTRY em 1997 a 1999 Sítio infeccioso % ESBL (ESBL / total) E. coli K. pneumoniae Bacteremia 8,4% (19/226) 51,1% (91/178) Pneumonia 30,6% (11/36) 48,7% (37/76) Inf. Urinária 5,8% (13/223) 43,5% (20/46) Ferida Cirúrgica 12,9% (4/31) 50,0% (9/18) TOTAL 8,9% (46/516) 48,4% (154/318) Hospitais avaliados - a) São Paulo: Hosp. São Paulo; b) Rio de janeiro: Hosp. Pró- Cardíaco, Hosp. Samaritano, Clínica Banbina I e II, Centro de Prematuro e Hosp. de Clinicas de Ipanema; c) Florianópolis: Hosp. de Caridade, Hosp. Celso Ramos, Hosp. Regional de São José e Maternidade Carmela Dutra; d) Porto Alegre: Hospital de Clínicas. Helio Sader - LEMC - UNIFESP
  • 10. Ocorrência de organismos resistentes UTI do HSPE 30 1750 1700 Iso lad o s p o r m il p acien tes-d ia 25 1650 20 1600 P acien tes-d ia 1550 15 1500 10 1450 1400 5 1350 0 1300 1°Trim. 2°Trim. 3°Trim. 4°Trim. 1°Trim. 2°Trim. 2000 2001 Pacientes-dia Klebsiella sp. resistente à ceftazidima Enterobacter sp. resistente à ceftazidima P. aeruginosa resistente ao imipenem Acinetobacter sp. resistente ao imipenem
  • 11. Relação entre resistência e uso de antimicrobianos
  • 13. Correlação entre Consumo de Imipenem e Resistência de P. aeruginosa A tigeciclina diminuiu a ação in vitro contra P. aeruginosa, por isso não é um tratamento apropriado para infecções comprovadamente causadas por essa bactéria. Lepper PM, et al. Antimicrob Agents Chemother. 2002;46:2920-2925.
  • 14. Fatores de risco para resistência à ciprofloxacina em K. pneumoniae Fator Valor de p Uso prévio de uma quinolona 0,0065 Isolado produtor de ESBL 0,012 Centro na Turquia 0,011 Uso prévio de cefalosporina de III 0,17 Sonda urinária 0,24 Paterson e cols - Cin Infect Dis 2000; 30: 473
  • 15. Fatores de risco de desenvolvimento de infecção hospitalar por MDR-PA Variáveis Valor de P OR IC 95% Ventilação mecânica 0,010a 8,19 1,65-40,7 Exposição a fluoroquinolonas 0,188 2,749 0,61-12,4 Exposição a imipenem ou <0,001a 44,8 9,16-219 meropenem
  • 16. Rodízio de antimicrobianos K. pneumoniae 35 %R g/mês800 30 25 600 20 400 15 10 200 5 0 0 Out-Dez Jul-Set Jul-Set 1993 1994 1995 % resistentes à ceftazidima % resistentes à piperacilina-tazobactam Consumo ceftazidima Consumo piperacilina-tazobactam Rice- Clin Infect Dis 1996; 23(7): 118
  • 17. Antes de 1995 Após 1995 1432g/mês Cefotaxima 164g/mês 594g/mês Clindamicina 108g/mês 588g/mês Vancomicina 313g/mês 136g/mês Imipenem* 89g/mês 724g/mês Cefazolina* 531g/mês 677g/mês Ceftazidima* 229g/mês 44g/mês Gentamicina* 31g/mês Ampicilina-sulbactam 3326g/mês Piperacilina-tazobactam 1898g/mês 21.9/1000 altas MARSA 17.2/1000 altas 8.6/1000 altas Klebsiella R ceftazidima 5.7/1000 altas 2.4/1000 altas Acinetobacter 5.4/1000 altas Custos Landman et al - Clin Infect Dis 1999; 28(5): 1062
  • 18. Room for improvement: a systematic review of the quality of evaluations of interventions to improve hospital antibiotic prescribing n=306 91 (30%) atingiram critérios de inclusão Exclusão Não controlado (141/306; 46%) Série temporal interrompida (74/306; 24%):<3 observações após intervenção Maioria: observação até 15 dias após. 15/38(40%) com análise temporaltinham análise estatística 11 análise inapropriada Ramsay - JAC 2003. Volume 52(5), November 2003, pp 764-771
  • 19. Room for improvement: a systematic review of the quality of evaluations of interventions to improve hospital antibiotic prescribing Intervenção superestimada pela análise pré-pós Ramsay - JAC 2003. Volume 52(5), November 2003, pp 764-771
  • 20. Room for improvement: a systematic review of the quality of evaluations of interventions to improve hospital antibiotic prescribing Intervenção subestimada pela análise pré-pós de curta duração Ramsay - JAC 2003. Volume 52(5), November 2003, pp 764-771
  • 21. PAC em pacientes adultos 100% 80% 60% 40% 20% 0% 2000 2001 2002 Dentro do protocolo Cobertura exagerada Cobertura inapropriada
  • 22. Impact of diversity of antibiotic use on the development of antimicrobial resistance Consumo de antimicrobianos (DDD/100 pacientes-dia) Período Consumo Carbapenêmicos Quinolonas Cefalosporinas Vancomicina total Paciente- 78,3 10,1 7,6 7,8 5,8 específico Priorização 62,1-95,3 5,7-20,8 3,7-7,8 8,2-14,3 5,0-9,7 Restrição 64,0-84,6 3,5-15,8 3,5-13,2 7,7-23,4 1,5-4,2 Mistura 92,6 12,4 13,4 9,5 3,0 Sandiumenge – JAC 2006; 57(6: 1197-1204
  • 23. Impact of diversity of antibiotic use on the development of antimicrobial resistance Sandiumenge – JAC 2006; 57(6: 1197-1204
  • 24. Impact of diversity of antibiotic use on the development of antimicrobial resistance Sandiumenge – JAC 2006; 57(6: 1197-1204
  • 25. Score de infecção clínica pulmonar (CPIS) Singh - Am J Resp Crit Care Med 2000; 162: 505 >6 <6 Antimicrobianos Randomização 10-21 dias Ciprofloxacina 3 dias Antimicrobiano 10-21 dias Reavaliação 3 dias CPIS>6 ou cultura positiva CPIS<6 e cultura negativa Antimicrobiano 10-21 dias Suspende ATB
  • 26. Pacientes com CPIS<6 Variável Experimental(n=39) Standard (n=42) p Óbitos até D3 0% 7% NS CPIS>6 no D3 21% 23% NS Infecção extrapulmonar 18% 15% NS ATB por mais de 3 dias 28% 97% 0,001 ATB sem inf. Extrapulmonar ATB por mais de 3 dias 0% 96% 0,001 Média de duração 3 9,8 0,001 Custo (US$) 6482 16004 Singh - Am J Resp Crit Care Med 2000; 162: 505
  • 27. Antimicrobianos e resistência Espectro amplo Se um antimicrobiano age sobre uma gama maior de bactérias então ele dá chance a um maior número bactérias se tornar resistente
  • 28. Antimicrobianos e resistência Doses sub-terapêuticas Permite a persistência de pequenas quantidades de bactérias resistentes Elas podem proliferar, e em seguida, predominar naquele espaço
  • 29. Antimicrobianos e resistência Tempo prolongado O tempo prolongado de antibioticoterapia aumenta a chance de sobrevivência de cepas resistentes
  • 30. Antimicrobianos e resistência Uso maciço de uma só classe Se há uso de diversas classes, a pressão seletiva é diluída Se o uso for maciço de uma só classe, há pressão maciça negativa • Aumenta a probabilidade de desenvolvimento rápido de resistência a aquela classe
  • 31. Metas do controle de antimicrobianos no cenário de alta endemicidade* 1. Diminuir o consumo global de antimicrobianos 1. Melhorar o diagnóstico, em especial nos serviços de emergência e no uso muito precipitado em pneumonia e febre adquridos no hospital 2. Reduzir tempo de tratamento (inclui CPIS) e ausência de alternativas de reserva
  • 32. Metas do controle de antimicrobianos no cenário de alta endemicidade* 1. Diminuir o consumo global de antimicrobianos 2. Organizar a prescrição 1. Formulários 2. Priorizar padronização de infecções “menos nobres” onde uso de antibióticos de amplo espectro são injustificado 3. Não promover aumento de risco com terapia inadequada 4. Discutir esquema posológico e farmacodinâmica e ausência de alternativas de reserva
  • 33. Metas do controle de antimicrobianos no cenário de alta endemicidade* 1. Diminuir o consumo global de antimicrobianos 2. Organizar a prescrição 3. Promover reajuste com culturas e ausência de alternativas de reserva
  • 34. Metas do controle de antimicrobianos no cenário de alta endemicidade* 1. Diminuir o consumo global de antimicrobianos 2. Organizar a prescrição 3. Promover reajuste com culturas 4. Diversificar 1. Abandonar o conceito de antibióticos indutores, vilões 2. Procurar usar o maior número possível de classes, cada uma de acordo com a sua vocação e ausência de alternativas de reserva
  • 35. GUIA de ITU HSPE Sintomas Disúria,* Febre, calafrio, Alteração do nível Nenhum Polaciúria, Dor lombar, De consciência Dor suprapúbica Disúria Em idosos Não investigar Urina I,Hemograma, Urina I Ur, Cr Leucocitúria Leucocitúria Não Sim Sim Procurara diagnóstico Excluir Vaginite Não Alternativo Colher urocultura. Se leucocitose, hipotensão, Ou calafrio: 2 ITU Baixa Hemoculturas ITU alta * paciente Idosos ou com comorbidades significantes, considerar tratamnto Semelhante àquele de pacientes febris..
  • 36. GUIA de ITU HSPE Paciente jovem ,sem Primeira dose EV, anormalidade do trato restante tratamento urinário e sem sinais VO * de sepse** Duração 10-14dias Não Internação e iniciar Pacinet com sinais de ATB EV * sepse Duração 10-14dias Hemograma, UrinaI, urocultura, UR, ITU ALTA CR,Hemocultura se Paciente Idoso febre Tratamento Sem sinais de sepse, ambulatorial, ou sem internação curta 24- comprometimento do 48h estdo geral ** Duração 10-14dias Sim Internação e Com sinais de sepse, administração de ATB ou comprometimento EV do estado geral Duração 10-14dias * dose e ATB no texo ** Pacientes que apesar de terem indicação de AtB em casa mas não tem condições para comprar medicação, ou não tem quem assista ao paciente para lhe fornecer medição, é recomendado que seja internado
  • 37. Diagnóstico clínico de pneumonia (em paciente com suspeita de aspiração) ·sintomas de doença aguda do trato respiratório inferior: tosse e um ou mais dos seguintes sintomas: expectoração, falta de ar, dor torácica, achados focais no exame físico do tórax. Não Pneumonia aspirativa está descartada Sim Coletar 2 hemoculturas e 1hemocultura; hemograma. Em caso de gravidade, broncoscopia. Alto grau de suspeita de aspiração volumosa Não Tratar como pneumonia adquirida na comunidade, sem cobertura Sim para anaeróbios Fatores de risco para anaeróbios 1. Aspiração de material fecalóide 2. Dentição em mau estado 3. Escarro fétido Não Sim Sim Paciente hospitalizado, Piperacilina-tazobactam antibiótico recente Não Sim Uso recente de antibiótico Internação recente Ceftazidilma + clindamicina Não Ampicilina sulbactam Anaeróbios: raramente participam da pneumonia aspirativa. Na verdade, a maiotr parte das pneumonias bacterianas apresentam mecanismo aspirativo. Os fatores de risco para infecção causada por anaeróbios são a aspiração de conteúdo fecalóide, dentiçào em mau estado e escarro fétido.Marik, N Engl J Med,2001 Vol. 344, No. 9, pg. 665. Pneumonite de aspiração: Na maioria das vezes, o processo é químico. Nos casos de aspiração maciça, ou quando os sintomas não se resolvem em 48 horas, o tratamento pode ser iniciado, seguindo os critérios do fluxograma. sintomas
  • 38. Suspeita clínica Febre ou leucocitose + secreção traqueal purulenta + alteração radiológica nova Coletar 2 hemoculturas e uma Classificar a gravidad:e PaO2/FiO2 e provas de Iniciar amostra de secreção respiratória, de Calcular atividade inflamatória antibioticoterapia preferência antes do início da escore CPIS. (Proteína C reativa ou até 12 horas após antibioticoterapia por técnica procalcitonina) a suspeita clínica quantitativa. Pneumonia precoce Pneumonia tardia Classificar a pneumonia (<4 dias de ventilação) (>4 dias de ventilação)
  • 39. Bases para uma diretriz Hospitais com baixa prevalência de MRSA/ESBL Características Tempo de hospitalização 7d 8-21d >21d Uso prévio Não MSSA MSSA MRSA de ATB E. coli Enterobactérias ESBL ou infecção P. aeruginosa grave Sim MSSA MRSA MRSA E.coli P. aeruginosa P. aeruginosa P. aeruginosa? Enterobactérias ESBL Fungos
  • 40. Diagnóstico e manejo inicial Suspeita clínica Febre ou leucocitose + secreção traqueal purulenta + alteração radiológica nova Coletar 2 hemoculturas e uma Classificar a gravidad:e PaO2/FiO2 e provas de Iniciar amostra de secreção respiratória, de Calcular atividade inflamatória antibioticoterapia preferência antes do início da escore CPIS. (Proteína C reativa ou até 12 horas após antibioticoterapia por técnica procalcitonina) a suspeita clínica quantitativa. Pneumonia precoce Pneumonia tardia Classificar a pneumonia (<4 dias de ventilação) (>4 dias de ventilação) Terapia de amplo espectro, similar à infecção adquirida em Com fatores de risco comunidade Sem fatores de risco (Pneumonia grave, uso prévio de antibióticos de amplo espectro ou internação prolongada) Terapia de amplo espectro Terapia de espectro máximo
  • 41. Manejo clínico Pneumonia associada à ventilação mecânica em tratamento. Sim Estender a cobertura Deterioração clínica relevante nas antimicrobiana empiricamente. primeiras 48-72 horas. Não Escore CPIS inicial < 6. Escore CPIS inicial > 6. Aplicar escore CPIS novamente. Escore CPIS > 6 ou Sim cultura positiva (sangue Reajustar esquema de acordo ou secreção respiratória com resultados das culturas. em contagem significativa)? Não Completar tratamento (8 a 14 dias de antibiótico). Suspender antibiótico.
  • 43. Class Group Antimicrobial agent DDD ß-Lactams Penicillin group Penicillin G 12 × 106 U Procaine penicillin G 2.4 × 106 U Penicillin G benzathine 1.2 × 106 U Penicillin V 1g Ampicillin group Ampicillin (parenteral) 4g Ampicillin (oral) 2g Ampicillin/sulbactam 6g Amoxicillin (oral) 1.5 g Amoxicillin/Clavulanic acid (oral) 1.5 g Antistaphylococcal penicillins Nafcillin 4g (Methicillin group) Oxacillin 4g Dicloxacillin (oral) 2g Antipseudomonal penicillins Piperacillin 18 g Piperacillin/Tazobactam 13.5 g Ticarcillin 18 g Ticarcillin/Clavulanic acid 12.4 g
  • 44. Class Group Antimicrobial agent DDD ß-Lactams 1st-generation cephs Cefazolin 3g Cephalothin 4g Cefadroxil (oral) 2g Cephalexin (oral) 2g 2nd-generation cephs Cefotetan 2g Cefmetazole 4g Cefoxitin 4g Cefuroxime 3g Cefuroxime axetil (oral) 1g Cefaclor (oral) 1g Cefprozil (oral) 1g 3rd-generation cephs Cefotaxime 3g Ceftazidime 3g Ceftizoxime 3g Ceftriaxone 1g Cefixime (oral) 0.4 g Cefipime 4g Carbapenems Meropenem 3g Imipenem cilastatin 2g
  • 45. Class Group Antimicrobial agent DDD Other ß-Lactams Aztreonam 4g Glycopeptides Vancomycin (parenteral) 2g Vancomycin (oral) 1g Fluoroquinolones Ciprofloxacin (parenteral) 0.8 g Ciprofloxacin (oral) 1.5 g Ofloxacin (parenteral) 0.8 g Ofloxacin (oral) 0.8 g Levofloxacin (parenteral) 0.5 g Levofloxacin (oral) 0.2 g Trovafloxacin (parenteral) 0.2 g Trovafloxacin (oral) 0.2 g Sparfloxacin (oral) 0.2 g Norfloxacin (oral) 0.8 g Lomefloxacin 0.4 g Trimethoprim/ Trimethoprim component (oral) 0.32 g Sulfamethoxazole Trimethoprim compound (parenteral) 0.84 g
  • 46. Short-term effect of antibiotic control policy on the usage patterns and cost of antimicrobials, mortality, nosocomial infection rates and antibacterial resistance Arda,Sipahi,et al-J. of infection(2007) 55,41-48
  • 47. Ocorrência de organismos resistentes UTI do HSPE 30 1800 Iso lad o s p o r m il p acien tes-d ia 25 1700 20 P acien tes-d ia 1600 15 1500 10 5 1400 0 1300 1°Trim. 2°Trim. 3°Trim. 4°Trim. 1°Trim. 2°Trim. 2000 2001 Pacientes-dia Klebsiella sp. resistente à ceftazidima Enterobacter sp. resistente à ceftazidima P. aeruginosa resistente ao imipenem Acinetobacter sp. resistente ao imipenem
  • 48. FRAT Formula for rational antimicrobial therapy Blondeau & Tillotson Int J Antimicrobial Agents 1999; 12: 145
  • 49. Cálculo da utilidade da Ceftazidima Bactéria n Freqüência Sensibilidade Utilidade Acinetobacter sp. 104 0,284932 7,4 2,108493 B. cepacea 7 0,019178 85,7 1,643562 Citrobacter sp. 1 0,00274 100 0,273973 E.coli 12 0,032877 88,89 2,922411 E. aerogenes 3 0,008219 66,67 0,547973 E. cloacae 9 0,024658 25 0,616438 K.pneumoniae 49 0,134247 9,76 1,310247 Klebsiella sp. 31 0,084932 20 1,69863 M. morganii 7 0,019178 66,67 1,278603 P. mirabilis 9 0,024658 55,56 1,369973 P. aeruginosa 92 0,252055 20,83 5,250301 S. marcenses 27 0,073973 69,23 5,121123 Serratia sp. 14 0,038356 20 0,767123 Total 365 1 24,90885
  • 50. Utilidade de antimicrobianos UTI-HSPE 2000 90,0 80,0 77,2 70,0 60,0 49,1 50,0 45,8 40,0 31,3 30,0 24,9 20,0 11,1 10,0 0,0 Ceftriaxona Ceftazidima Cefepima Piperacilina- Ciprofloxacina Imipenem tazobactam
  • 51. Uso de antimicrobianos por infecção 70,0 62,5 59,3 60,0 54,9 50,0 46,7 %adequados 40,0 30,0 20,0 12,8 10,0 0 0,0 Pneumonia ITU alta ITU baixa Erisipela e Inf. Intra- Sem infecção celulite abdominal HSPE Outubro a Dezembro de 2000
  • 52. % inadequados 2 0 10 20 30 40 50 60 de 20 3 00 de 20 4 00 de 20 1 00 de UTI 20 2 01 de 20 3 01 de 20 4 01 Neonato de 20 1 01 Trimestre de 20 2 02 de 20 02 Taxa de uso inadequado 3 de 20 02
  • 53. Relação entre cuidados de saúde e resistência
  • 54. Admissão de pacientes transferidos de outros hospitais
  • 55. •Uso de antimicrobianos •Nova resistência •Dose subterapêutica •Mutações •Tempo prolongado •Persistência dos mutantes
  • 58. Results: Number of Nurses with Organisms Number of Nurses with gram-negative rods and gram- positive cocci before and after handwashing Artificial nails Natural nails (N = 56): (N = 56): No. (%) No. (%) Gram-negative rods Before handwashing 20 (36%) 3 (5%) After handwashing 23 (41%) 5 (9%) Gram-positive cocci Before handwashing 4 (7%) 4 (7%) After handwashing 4 (7%) 3 (5%) Pottinger, J. et al. (1989). American Journal of Infection Control. 17(6): 340-344.
  • 59. Com que freqüência os profissionais de saúde são a fonte de surtos de MRSA no hospital? 191 surtos MRSA 26: profissinal de saúde fonte provável 2 surtos 13 surtos 11 surtos Profissional não teve contato Profissional provavelmente não relacionado com paciente ou dados Forte evidência (biologia molecular ou epidemiologia) definitivos 3 surtos Profissionais portadores assintomáticos 8 surtos Infection Control and Hospital Epidemiology 3006; Volume 27, Issue 10, Pages 1123-1127 Profissionais sintomáticos
  • 61. Precauções Quarto privativo Avental e luvas ao entrar no quarto Transporte Higienização das mãos Duração: durante a hospitalização
  • 62. Efetividade das precauções de barreira e culturas de vigilância para controle de organismos MDR: revisão sistemática Nasia Safdar MD, MSa, John Marx MPHb, Nicholas A. Meyer MDc and Dennis G. Maki MDa, b, aFrom the Section of Infectious Diseases in the Department of Medicine bDepartment of Infection Control cDepartment of Surgery, University of Wisconsin Medical School and University of Wisconsin Hospital and Clinics Madison, Wisconsin. Available online 30 September 2006. American Journal of Infection Control Volume 34, Issue 8, October 2006, Pages 476-483
  • 63. Qualidade dos estudos 29estudos com importantes problemas de desenho ou descrição Mais de uma medida 60% sem monitorização da intervenção; 7 com adesão de 50 a 80%
  • 64. Estudos de melhor qualidade Estudo Intervenção Resultado Cepeda, 2005 MRSA: 6 meses com Taxa de aquisição coorte, 6 meses sem similar coorte Chaix, 1999 Custo-efetividade; Redução de 15% na culturas de vigilância, taxa de infecção; menor EPIs, monitorização da custo lavagem das mãos Silverblatt, 2000 VRE: Quarentena, Efetivo isolamento de contato, ATB oral Slaughter, 1996 Luvas x luvas + avental Sem diferença (CV, educação, limpeza)
  • 65. Estudos de melhor qualidade Estudo Intervenção Resultado Stinivasan, 2002 VRE: Luvas x luvas + 1,8 casos por 100 avental pacientes-dia (avental e (CV, quarto privativo ou luva x 3,78 (somente coorte, educação do luvas) profissional de saúde) Trick, 2004 Randomizado: luvas Sem diferença. Sem com e sem isolamento isolamento: 40% mais de contato barato Wernitz, 2005 Cultura de vigilância à Redução de 48% nos admissão casos de aquisição hospitalar de MRSA
  • 66. Recomendações Recomendação SHEA HICPAC Canada UK Australia OMS Cultura de vigilância Alto Alto - Alto Alto risco, se - risco risco risco não endêmico Isolamento de contato Sim Sim Sim Sim Sim Sim Se Luvas + avental Sim Sim Sim Sim Sim disponível Máscaras Sim Não Se risco Não Se - alto colonização respiratória Alta endemicidade CV - - - Isole os - saudáveis ou baixo risco
  • 67. Colonização 188 pacientes Uma semana: 78 pacientes 30 dias: >80% Cultura de vigilância semanal - swab retal Pena - J Hosp Infect 1997; 35(1): 9
  • 69. Culturas de vigilância 1. Descolonização 1. Reconhecer portadores, e tratar, visando reduzir morbidade, mas não disseminação 2. MRSA 2. Tratamento dirigido 1. Reconhecer portadores, cuja probabilidade de desenvolver infecção é maior 2. Valor preditivo negativo >99%, valor preditivo positivo baixo, induz tratamentos desnecessários 3. Conhecimento epidemiológico 1. Isolar pacientes portadores, e não somente aqueles com infecção clínica
  • 70. 63 excluídos 416 pacientes em UTI 333 avaliáveis Resistência à ceftazidima 60(8%) em isolados clínicos: Colonizados por G- E. Cloacae: 38% resistentes à ceftazidima P. Aeruginosa: 8% K. pneumoniae:4% 3(5%) Desenvolveram infecção por G- resistentes à ceftazidima D´Agata – Crit Care Med 1999; 27(6): 1090
  • 71.
  • 72.
  • 73. Cultura de vigilância: modelo matemático Estimativa de redução de transmissão - precauções 65 39 Somente infectados Infectados + colonizados Clin Infect Dis 38, 1108-1115.
  • 75. Parâmetro Pré Pós p Infecção ou colonização por MRSA, KPR, EAR 15% 6,8% 0,001 Infecção ou colonização por MRSA 7,7% 2,6% 0,004 Infecção ou colonização por KPR 1,7% 0,0% 0,025 Infecção ou colonização por EAR 5,6% 4,3% 0,47 Infecção por MRSA, KPR, EAR 11,6% 4,8% 0,0025 Infecção por MRSA 5,2% 1,7% 0,018 Infecção KPR 1,3% 0% 0,06 Infecção EAR 5,2% 3,1% 0,22 Intervenção: Lavagem das mãos, quarentena, Culturas de vigilância e isolamento de contato MRSA, K. pneumoniae ou E. aerogenes R à ceftazidima Souweine – J Hosp Infect 2000; 45: 107
  • 76. A influência do coorte de enfermagem na efetividade da higienização das mãos Clive B. Beggs, Catherine J. Noakes, Simon J. Shepherd, Kevin G. Kerr, P. Andrew Sleigh, Katherine Banfield Bradford, United Kingdom; Leeds, United Kingdom; and Harrogate, United Kingdom American Journal of Infection Control Volume 34, Issue 10, Pages 621-626 (December 2006)
  • 77. Modelo matemático Adesão à Coorte de lavagem das enfermagem mãos Transmissão, Transmissão, se nenhumade Proporção enfermagem medida eficaz após medidas R = (1-p)(1-qn)R0
  • 78. Transmissibilidade do microrganismo R = (1-p)(1-qn)R0 R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*2=0,52 R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04
  • 79. Adesão à lavagem das mãos R = (1-p)(1-qn)R0 R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04 R = (1-0,2)(1-0,6*0,8)*4=1,66
  • 80. Probabilidade de coorte R = (1-p)(1-qn)R0 R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04 R = (1-0,5)(1-1,0*0,8)*4=0,40
  • 81. Proporção de pessoal de enfermagem R = (1-p)(1-qn)R0 R = (1-0,5)(1-0,6*0,8)*4=1,04 R = (1-0,5)(1-0,6*0,2)*4=1,76
  • 82.