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Introdução


      Em minha caminhada cristã enfrentei, como
todos os cristãos, situações difíceis em diversas áreas da
vida. E, nestes tempos de angústia e aperto uma inevitá-
vel pergunta dominava meu coração: por que isto está
acontecendo? Ousava argumentar com o meu Deus,
colocando e expondo as “grandes” obras que realizava
para Seu Reino.
      Não eram dificuldades de comunhão com o
Senhor, mas havia dificuldades que não permitiam que
eu avançasse e crescesse no Reino de Deus, alcançando
as promessas da Sua palavra.
      Não me sentia satisfeito com a vida cristã que
vivia. Precisava de mais!
     A argumentação avançava, questionava e discutia
sobre o cumprimento de tantas promessas liberadas
sobre minha vida e da minha família. Por que não se
cumpriam? O que estava errado?



                                                        1.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


     E, penso que no coração da maioria dos cristãos
há uma série de perguntas que certamente estão presen-
tes:
     Como alcançar as promessas de Deus ou Como
obter o êxito prometido na Sua Palavra?
     Como alcançar o favor de Deus e o êxito nas
diversas áreas da vida?
     Comecei a olhar, ler, meditar e estudar a Bíblia
com o propósito de acertar definitivamente a minha
vida presente e futura com o Senhor. Desta forma,
deparei-me com a leitura do livro de Ageu.
     Neste tempo percebi grandes verdades para a
minha vida e princípios que não estavam totalmente
presentes em mim e, constatei que ali estava parte do
“problema” em não alcançar o todo de Deus.
     Certamente existem outros princípios e valores
nas Escrituras que nos levam a crescer em Deus e avan-
çar no Reino. Mas, um estudo mais profundo no livro
de Ageu fez-me ver uma realidade diante de mim.
     O presente estudo tem por objetivo trazer luz
sobre um desafio apresentado na Palavra de Deus e


2.
E SFORÇA-TE


uma visão clara para nossos dias baseado em um dos
períodos mais marcantes do povo de Israel.
      Consideramos que a História da Nação de Israel
nos traz grandes ensinamentos. A própria Palavra de
Deus ensina que tudo o que outrora foi escrito, para nosso
ensino foi escrito1. Os acontecimentos que sucederam à
Israel servem-nos, como Igreja, de exemplos. Paulo
escreve à Igreja em Corinto que tudo isto lhes aconteceu
como exemplos, e estas coisas estão escritas para aviso
nosso…2
      Assim o Antigo Testamento serve de referência e
parâmetro para andarmos na nossa geração como Povo
de Deus. Não podemos em nenhuma hipótese despre-
zar o que aconteceu com Israel, como povo de Deus.
Nós somos o Israel de Deus3.
     A História de Israel e das nações à sua volta, retra-
tada no Antigo Testamento é permeada de vitórias,
grandes vitórias, derrotas e grandes fracassos. Exem-

1   Rm 15:4 e 1Co
2   1Co 10:11. Paulo inclusive cita alguns acontecimentos da nação
    de Israel e que, provavelmente estavam presentes na Igreja à quem
    ele endereça a carta.
3   Gl 6:16

                                                                   3.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


plos de obediência e de desobediência. Histórias de
homens e mulheres tementes e amantes de Deus e his-
tórias de homens e mulheres apóstatas e idólatras.
Exemplos e histórias de êxitos e fracassos.
      A nossa vida cristã, nesta geração, não é muito
diferente, no que se refere aos acontecimentos, à histó-
ria de Israel. Há cristãos que experienciam vitórias a
partir da obediência, temor e amor a Deus. Outros
experimentam grandes fracassos e derrotas.
      Queremos refletir sobre as razões do êxito e do
fracasso na vida cristã e em todas as áreas da vida.
      Queremos refletir sobre a necessidade de cada
cristão envolver-se mais ativamente na obra cristã, uma
vez que o êxito nas demais áreas está diretamente
ligado a isto.
    Queremos refletir sobre o caminho para que o
propósito de Deus se cumpra na vida de cada cristão.
     Basearemos este estudo no livro do profeta Ageu,
um dos chamados “profetas menores”, e os livros de
Esdras e Neemias.




4.
Contexto – o caminho da
            glória para o fracasso


      O contexto imediato do livro de Ageu refere-se ao
período em que Deus ordenou que o templo outrora
construído no reinado de Salomão (971-931 a.C.) e
destruído sob ordem de Nabucodonosor, rei da Babilô-
nia (586 a.C.) fosse reconstruído, após o Exílio da Babi-
lônia.
    Há vários fatores e razões que causaram o Exílio.
Podemos enumerá-las:
      Primeiramente a Indiferença ou religiosidade –
aparentemente uma coisa nada tem a ver com a outra,
mas, podemos entender que uma é a causa e a outra o
efeito.
     Quando o rei Davi ascendeu ao trono, Israel
experimentou um tempo de conquista e avanço do
reino e prosperidade em todas as áreas, inclusive no
que diz respeito ao culto a Deus.



                                                       5.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


      Durante os 40 anos do reinado de Davi, as fron-
teiras da nação se estenderam para além das promessas
de Deus dadas aos patriarcas. O comércio exterior era
abundante e Israel e seus habitantes experimentavam
grande prosperidade. Davi havia organizado a tribo de
Levi de tal modo que o culto a Deus era permeado de
intenso louvor e adoração.
      A abundância e prosperidade avançaram para
outro período de 40 anos do reinado de Salomão,
sucessor de Davi. O desejo de Davi em construir um
templo para Yahweh4 foi consumado por Salomão.
Um grandioso templo em que a glória de Deus se mani-
festava envolta numa nuvem. O templo tornara-se a
habitação do próprio Deus5.
     Durante o reinado de Salomão Israel viveu seu
auge como nação, tendo o reconhecimento dos povos
ao seu redor e até dos mais distantes6.
     Após a morte de Salomão, a unidade das tribos
conquistada por Davi, não pôde mais ser mantida e em
931 a.C. o reino se dividiu em dois: o Reino do Norte,
4    Yahweh, ou Jeová é designação para Senhor.
5    Sl 132:13-14
6    Ver, por exemplo, a vista da Rainha de Sabá relatada em 1RS 10.

6.
E SFORÇA-TE


composto por 10 tribos, agora denominado Israel, e o
Reino do Sul, com as 2 outras tribos, chamado de Judá.
      A partir da divisão de reino, o Reino de Norte,
sob a liderança do Rei Jeroboão, tornou-se uma nação
completamente idólatra com a institucionalização do
culto a dois bezerros de ouro e a constituição de sacer-
dotes de qualquer tribo, renunciando assim, à exclusi-
vidade determinada por Deus à tribo de Levi.
    Desta forma, todo o povo tornou-se idólatra, bem
como os seus governantes.
      Em 722 a.C., Deus levantou a nação da Assíria
para invadir e conquistar o Reino do Norte e sua capi-
tal Samaria e levar cativos os seus habitantes. Para sub-
jugar totalmente o Reino, trouxe de outros países
conquistados, exilados para habitar ali. Com a mistura
destes povos, não foi mais possível manter a pureza das
tribos de Israel que compunham o Reino do Norte, o
que fez com que definitivamente o Reino do Sul des-
prezasse completamente as tribos do norte. As conse-
quências disso podem ser vistas no Novo Testamento,
onde o desprezo e, muitas vezes até ódio, é expresso
pelos habitantes das províncias do sul aos “samarita-
nos” descendentes das dez tribos do Norte.

                                                         7.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


      O reino do Sul, por sua vez, mantinha o culto a
Yahweh, no Templo de Salomão. Seguiram-se períodos
de intensa adoração e devoção a Deus, e outros em que
a idolatria aos deuses das nações vizinhas à Israel domi-
nava a vida religiosa do povo.
     Os profetas de Deus surgiram neste período,
exortando e advertindo o povo sobre as consequências
da idolatria7. Mas o comportamento e reações do povo
foram na maioria das vezes completamente indiferente
aos oráculos de Deus.
      O culto a Deus resumia-se a cumprir aos rituais
estabelecidos na Lei, sem a devoção e adoração genuína
do coração, até ao ponto onde Deus, através do profeta
Isaías declara:
        De que me serve a multidão dos vossos sacrifícios?, diz o
        Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da
        gordura de animais cevados… – Is 1:11
        Diz o Senhor: Este povo se aproxima de mim com a sua
        boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração
        está longe de mim. O seu temor para comigo consiste só

7    Ver, por exemplo, Is 1, onde Deus compara a atualidade idólatra
     de Israel com Sodoma e Gomorra, cidades que foram destruídas
     por Deus.

8.
E SFORÇA-TE


     em mandamentos de homens, em coisa aprendida por
     rotina. – Is 29:13
      A indiferença e, a consequente religiosidade tive-
ram seu ponto alto quando a liderança espiritual e polí-
tica da época, já não se importava com nada do que
concernia ao temor a Deus.
     Os seus chefes dão as sentenças por suborno, os seus
     sacerdotes ensinam por interesse e os seus profetas adivi-
     nham por dinheiro. Ainda se encostam ao Senhor
     dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum
     mal nos sobrevirá. – Mq 3:11
    Que situação terrível essa. Nenhum temor,
nenhuma devoção ou adoração genuína e autêntica.
Apenas obrigações legais cumpridas.
     Estes acontecimentos promoveram o afasta-
mento gradativo do povo do seu Deus, instalando-se
definitivamente a idolatria.
     Deus, através do profeta Jeremias declara:
     Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto
     não serem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua gló-
     ria pelo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó
     céus, e horrorizai-vos, ficai verdadeiramente estupefa-

                                                              9.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


         tos, diz o Senhor. O meu povo fez duas maldades: A
         mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cava-
         ram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.
         Acaso é Israel um servo, ou um escravo nascido em
         casa? Por que, pois, veio a ser presa? – Jr 2:11-14
      O pensamento que Deus expressa é de deixar de
fato os céus estupefatos. As nações que possuem o seu
panteão de deuses, não o trocam. No entanto o povo
de Deus que foi escolhido pelo próprio Senhor, e tem a
oportunidade de adorar ao único Deus verdadeiro, vive
trocando de deus.
    Desta forma, o Senhor decidiu exilar o Seu povo
numa nação distante para que a apostasia fosse curada
e pudessem aprender, às duras penas e sofrimento,
quando custa abandonar o Seu Deus.
      A nação da Babilônia, governada pelo Rei Nabu-
codonosor, foi levantada por Deus para impingir o cati-
veiro ao Reino do Sul, levando seus príncipes e nobres
para o distante país.
     O profeta anunciara que o cativeiro duraria 70
        8
anos , ou seja, o “castigo” tinha data de início e fim.

8     Jr 25:11-12

10.
E SFORÇA-TE


     Até os 70 anos podiam ser compreendidos pelo
povo. De acordo com a Lei de Deus, a terra deveria des-
cansar periodicamente.
     Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua
     vinha, e colherás os seus frutos. Porém no sétimo ano a
     terra terá o seu sábado de descanso, um sábado ao
     Senhor. Não semearás o teu campo nem podarás a tua
     vinha. – Lv 26:3-4
     A Palavra de Deus nos declara que não houve
obediência em dar descanso à terra. Agora havia uma
conta a ser paga.
      Ao levar o povo para a Babilônia e assim “esva-
ziar” o país, a terra pôde ter o seu “descanso”:
     A terra gozou os seus sábados; todos os dias da sua deso-
     lação ela descansou, até que se completaram os setenta
     anos, em cumprimento da palavra que o Senhor falara
     por intermédio de Jeremias. – 2Cr 36:21
       Após o período de 70 anos, onde a apostasia de
Israel foi completamente curada e tratada, Deus permi-
tiu a volta do povo para Jerusalém (536 a.C.) e ordenou
a reconstrução do templo.


                                                            11.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


      O povo que retornou9 começou a reconstruir.
Quando os alicerces foram lançados, apareceram senti-
mentos diversos. Alguns choravam, outros riam de
modo que não se podia distinguir as vozes de alegria das
vozes do choro do povo, porque o povo bradava em altas
vozes10.
      Os que choravam eram os mais idosos que, prova-
velmente, como crianças, haviam presenciado a glória
do Templo de Salomão e constataram que o Templo
ora reconstruído não se compararia com do passado.
      Os que riam eram os mais novos que, nasceram
durante os 70 anos do Exílio e exultavam com a possi-
bilidade de ter um lugar para cultuar ao único e verda-
deiro Deus.
    A Bíblia relata11 que diversos obstáculos fizeram
com que o povo desanimasse e desistisse de reconstruir
o Templo.


9     De acordo com Ed 2:64, retornaram ao todo 42.360 pessoas sob a
      liderança de Zorobabel, descendente de Judá e de Josué,
      descendente de Arão, portanto da linhagem sacerdotal
10 Ed 3:12
11 Ed 4

12.
E SFORÇA-TE


     Os opositores passaram a desaminar ostensiva-
mente o povo de Deus para de todas as formas tenta-
rem impedir que o templo do Senhor fosse
reconstruído.
     A população local passou a atormentar o povo de
Deus utilizando armas sutis da sugestão, da zombaria,
da intimidação e das ameaças.
      Não satisfeitos com estas artimanhas, contrata-
ram profissionais para levar o povo a se levantar contra
as autoridades.
     Durante os próximos 16 anos (de 536 a 520 a.C.)
nada se fez para restaurar o Templo.
     Assim como na história de Israel, acontecimentos
e incidentes semelhantes ocorrem na Igreja ou com
seus membros.
      É comum encontrarmos cristãos entusiasmados
com o mover do poder de Deus, com o avivamento pes-
soal e a transformação decorrente, com a evangelização
e o testemunho da grande salvação de Deus para
outros. Este entusiasmo permite o crescimento e o
amadurecimento do relacionamento com o Senhor e
com os outros.

                                                       13.
SÉRIE C ONHEÇA M AIS


     De repente, aquela pessoa entusiasmada e envol-
vida na obra Deus não pode mais ser encontrada. Ao
contrário, encontramo-lo desanimado e enfadado. Na
maioria das vezes apenas uma frase desagradável, uma
observação pessoal de algum dos “opositores” é sufi-
ciente para afastar cristãos da obra e do Reino de Deus.


Para Refletir:

 Quanto tenho deixado que informações (nem sempre
 verdadeiras) e observações sobre outras pessoas ou so-
 bre a Igreja influenciem a minha vida de comunhão com
 o Senhor e a obra para a qual Ele me chamou?
 Quanto eu tenho animado e encorajado outros cristãos
 quando estes estão desanimados?




14.

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Como alcançar o êxito prometido

  • 1. Introdução Em minha caminhada cristã enfrentei, como todos os cristãos, situações difíceis em diversas áreas da vida. E, nestes tempos de angústia e aperto uma inevitá- vel pergunta dominava meu coração: por que isto está acontecendo? Ousava argumentar com o meu Deus, colocando e expondo as “grandes” obras que realizava para Seu Reino. Não eram dificuldades de comunhão com o Senhor, mas havia dificuldades que não permitiam que eu avançasse e crescesse no Reino de Deus, alcançando as promessas da Sua palavra. Não me sentia satisfeito com a vida cristã que vivia. Precisava de mais! A argumentação avançava, questionava e discutia sobre o cumprimento de tantas promessas liberadas sobre minha vida e da minha família. Por que não se cumpriam? O que estava errado? 1.
  • 2. SÉRIE C ONHEÇA M AIS E, penso que no coração da maioria dos cristãos há uma série de perguntas que certamente estão presen- tes: Como alcançar as promessas de Deus ou Como obter o êxito prometido na Sua Palavra? Como alcançar o favor de Deus e o êxito nas diversas áreas da vida? Comecei a olhar, ler, meditar e estudar a Bíblia com o propósito de acertar definitivamente a minha vida presente e futura com o Senhor. Desta forma, deparei-me com a leitura do livro de Ageu. Neste tempo percebi grandes verdades para a minha vida e princípios que não estavam totalmente presentes em mim e, constatei que ali estava parte do “problema” em não alcançar o todo de Deus. Certamente existem outros princípios e valores nas Escrituras que nos levam a crescer em Deus e avan- çar no Reino. Mas, um estudo mais profundo no livro de Ageu fez-me ver uma realidade diante de mim. O presente estudo tem por objetivo trazer luz sobre um desafio apresentado na Palavra de Deus e 2.
  • 3. E SFORÇA-TE uma visão clara para nossos dias baseado em um dos períodos mais marcantes do povo de Israel. Consideramos que a História da Nação de Israel nos traz grandes ensinamentos. A própria Palavra de Deus ensina que tudo o que outrora foi escrito, para nosso ensino foi escrito1. Os acontecimentos que sucederam à Israel servem-nos, como Igreja, de exemplos. Paulo escreve à Igreja em Corinto que tudo isto lhes aconteceu como exemplos, e estas coisas estão escritas para aviso nosso…2 Assim o Antigo Testamento serve de referência e parâmetro para andarmos na nossa geração como Povo de Deus. Não podemos em nenhuma hipótese despre- zar o que aconteceu com Israel, como povo de Deus. Nós somos o Israel de Deus3. A História de Israel e das nações à sua volta, retra- tada no Antigo Testamento é permeada de vitórias, grandes vitórias, derrotas e grandes fracassos. Exem- 1 Rm 15:4 e 1Co 2 1Co 10:11. Paulo inclusive cita alguns acontecimentos da nação de Israel e que, provavelmente estavam presentes na Igreja à quem ele endereça a carta. 3 Gl 6:16 3.
  • 4. SÉRIE C ONHEÇA M AIS plos de obediência e de desobediência. Histórias de homens e mulheres tementes e amantes de Deus e his- tórias de homens e mulheres apóstatas e idólatras. Exemplos e histórias de êxitos e fracassos. A nossa vida cristã, nesta geração, não é muito diferente, no que se refere aos acontecimentos, à histó- ria de Israel. Há cristãos que experienciam vitórias a partir da obediência, temor e amor a Deus. Outros experimentam grandes fracassos e derrotas. Queremos refletir sobre as razões do êxito e do fracasso na vida cristã e em todas as áreas da vida. Queremos refletir sobre a necessidade de cada cristão envolver-se mais ativamente na obra cristã, uma vez que o êxito nas demais áreas está diretamente ligado a isto. Queremos refletir sobre o caminho para que o propósito de Deus se cumpra na vida de cada cristão. Basearemos este estudo no livro do profeta Ageu, um dos chamados “profetas menores”, e os livros de Esdras e Neemias. 4.
  • 5. Contexto – o caminho da glória para o fracasso O contexto imediato do livro de Ageu refere-se ao período em que Deus ordenou que o templo outrora construído no reinado de Salomão (971-931 a.C.) e destruído sob ordem de Nabucodonosor, rei da Babilô- nia (586 a.C.) fosse reconstruído, após o Exílio da Babi- lônia. Há vários fatores e razões que causaram o Exílio. Podemos enumerá-las: Primeiramente a Indiferença ou religiosidade – aparentemente uma coisa nada tem a ver com a outra, mas, podemos entender que uma é a causa e a outra o efeito. Quando o rei Davi ascendeu ao trono, Israel experimentou um tempo de conquista e avanço do reino e prosperidade em todas as áreas, inclusive no que diz respeito ao culto a Deus. 5.
  • 6. SÉRIE C ONHEÇA M AIS Durante os 40 anos do reinado de Davi, as fron- teiras da nação se estenderam para além das promessas de Deus dadas aos patriarcas. O comércio exterior era abundante e Israel e seus habitantes experimentavam grande prosperidade. Davi havia organizado a tribo de Levi de tal modo que o culto a Deus era permeado de intenso louvor e adoração. A abundância e prosperidade avançaram para outro período de 40 anos do reinado de Salomão, sucessor de Davi. O desejo de Davi em construir um templo para Yahweh4 foi consumado por Salomão. Um grandioso templo em que a glória de Deus se mani- festava envolta numa nuvem. O templo tornara-se a habitação do próprio Deus5. Durante o reinado de Salomão Israel viveu seu auge como nação, tendo o reconhecimento dos povos ao seu redor e até dos mais distantes6. Após a morte de Salomão, a unidade das tribos conquistada por Davi, não pôde mais ser mantida e em 931 a.C. o reino se dividiu em dois: o Reino do Norte, 4 Yahweh, ou Jeová é designação para Senhor. 5 Sl 132:13-14 6 Ver, por exemplo, a vista da Rainha de Sabá relatada em 1RS 10. 6.
  • 7. E SFORÇA-TE composto por 10 tribos, agora denominado Israel, e o Reino do Sul, com as 2 outras tribos, chamado de Judá. A partir da divisão de reino, o Reino de Norte, sob a liderança do Rei Jeroboão, tornou-se uma nação completamente idólatra com a institucionalização do culto a dois bezerros de ouro e a constituição de sacer- dotes de qualquer tribo, renunciando assim, à exclusi- vidade determinada por Deus à tribo de Levi. Desta forma, todo o povo tornou-se idólatra, bem como os seus governantes. Em 722 a.C., Deus levantou a nação da Assíria para invadir e conquistar o Reino do Norte e sua capi- tal Samaria e levar cativos os seus habitantes. Para sub- jugar totalmente o Reino, trouxe de outros países conquistados, exilados para habitar ali. Com a mistura destes povos, não foi mais possível manter a pureza das tribos de Israel que compunham o Reino do Norte, o que fez com que definitivamente o Reino do Sul des- prezasse completamente as tribos do norte. As conse- quências disso podem ser vistas no Novo Testamento, onde o desprezo e, muitas vezes até ódio, é expresso pelos habitantes das províncias do sul aos “samarita- nos” descendentes das dez tribos do Norte. 7.
  • 8. SÉRIE C ONHEÇA M AIS O reino do Sul, por sua vez, mantinha o culto a Yahweh, no Templo de Salomão. Seguiram-se períodos de intensa adoração e devoção a Deus, e outros em que a idolatria aos deuses das nações vizinhas à Israel domi- nava a vida religiosa do povo. Os profetas de Deus surgiram neste período, exortando e advertindo o povo sobre as consequências da idolatria7. Mas o comportamento e reações do povo foram na maioria das vezes completamente indiferente aos oráculos de Deus. O culto a Deus resumia-se a cumprir aos rituais estabelecidos na Lei, sem a devoção e adoração genuína do coração, até ao ponto onde Deus, através do profeta Isaías declara: De que me serve a multidão dos vossos sacrifícios?, diz o Senhor. Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados… – Is 1:11 Diz o Senhor: Este povo se aproxima de mim com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim. O seu temor para comigo consiste só 7 Ver, por exemplo, Is 1, onde Deus compara a atualidade idólatra de Israel com Sodoma e Gomorra, cidades que foram destruídas por Deus. 8.
  • 9. E SFORÇA-TE em mandamentos de homens, em coisa aprendida por rotina. – Is 29:13 A indiferença e, a consequente religiosidade tive- ram seu ponto alto quando a liderança espiritual e polí- tica da época, já não se importava com nada do que concernia ao temor a Deus. Os seus chefes dão as sentenças por suborno, os seus sacerdotes ensinam por interesse e os seus profetas adivi- nham por dinheiro. Ainda se encostam ao Senhor dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá. – Mq 3:11 Que situação terrível essa. Nenhum temor, nenhuma devoção ou adoração genuína e autêntica. Apenas obrigações legais cumpridas. Estes acontecimentos promoveram o afasta- mento gradativo do povo do seu Deus, instalando-se definitivamente a idolatria. Deus, através do profeta Jeremias declara: Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto não serem deuses? Todavia o meu povo trocou a sua gló- ria pelo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos, ficai verdadeiramente estupefa- 9.
  • 10. SÉRIE C ONHEÇA M AIS tos, diz o Senhor. O meu povo fez duas maldades: A mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cava- ram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas. Acaso é Israel um servo, ou um escravo nascido em casa? Por que, pois, veio a ser presa? – Jr 2:11-14 O pensamento que Deus expressa é de deixar de fato os céus estupefatos. As nações que possuem o seu panteão de deuses, não o trocam. No entanto o povo de Deus que foi escolhido pelo próprio Senhor, e tem a oportunidade de adorar ao único Deus verdadeiro, vive trocando de deus. Desta forma, o Senhor decidiu exilar o Seu povo numa nação distante para que a apostasia fosse curada e pudessem aprender, às duras penas e sofrimento, quando custa abandonar o Seu Deus. A nação da Babilônia, governada pelo Rei Nabu- codonosor, foi levantada por Deus para impingir o cati- veiro ao Reino do Sul, levando seus príncipes e nobres para o distante país. O profeta anunciara que o cativeiro duraria 70 8 anos , ou seja, o “castigo” tinha data de início e fim. 8 Jr 25:11-12 10.
  • 11. E SFORÇA-TE Até os 70 anos podiam ser compreendidos pelo povo. De acordo com a Lei de Deus, a terra deveria des- cansar periodicamente. Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém no sétimo ano a terra terá o seu sábado de descanso, um sábado ao Senhor. Não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha. – Lv 26:3-4 A Palavra de Deus nos declara que não houve obediência em dar descanso à terra. Agora havia uma conta a ser paga. Ao levar o povo para a Babilônia e assim “esva- ziar” o país, a terra pôde ter o seu “descanso”: A terra gozou os seus sábados; todos os dias da sua deso- lação ela descansou, até que se completaram os setenta anos, em cumprimento da palavra que o Senhor falara por intermédio de Jeremias. – 2Cr 36:21 Após o período de 70 anos, onde a apostasia de Israel foi completamente curada e tratada, Deus permi- tiu a volta do povo para Jerusalém (536 a.C.) e ordenou a reconstrução do templo. 11.
  • 12. SÉRIE C ONHEÇA M AIS O povo que retornou9 começou a reconstruir. Quando os alicerces foram lançados, apareceram senti- mentos diversos. Alguns choravam, outros riam de modo que não se podia distinguir as vozes de alegria das vozes do choro do povo, porque o povo bradava em altas vozes10. Os que choravam eram os mais idosos que, prova- velmente, como crianças, haviam presenciado a glória do Templo de Salomão e constataram que o Templo ora reconstruído não se compararia com do passado. Os que riam eram os mais novos que, nasceram durante os 70 anos do Exílio e exultavam com a possi- bilidade de ter um lugar para cultuar ao único e verda- deiro Deus. A Bíblia relata11 que diversos obstáculos fizeram com que o povo desanimasse e desistisse de reconstruir o Templo. 9 De acordo com Ed 2:64, retornaram ao todo 42.360 pessoas sob a liderança de Zorobabel, descendente de Judá e de Josué, descendente de Arão, portanto da linhagem sacerdotal 10 Ed 3:12 11 Ed 4 12.
  • 13. E SFORÇA-TE Os opositores passaram a desaminar ostensiva- mente o povo de Deus para de todas as formas tenta- rem impedir que o templo do Senhor fosse reconstruído. A população local passou a atormentar o povo de Deus utilizando armas sutis da sugestão, da zombaria, da intimidação e das ameaças. Não satisfeitos com estas artimanhas, contrata- ram profissionais para levar o povo a se levantar contra as autoridades. Durante os próximos 16 anos (de 536 a 520 a.C.) nada se fez para restaurar o Templo. Assim como na história de Israel, acontecimentos e incidentes semelhantes ocorrem na Igreja ou com seus membros. É comum encontrarmos cristãos entusiasmados com o mover do poder de Deus, com o avivamento pes- soal e a transformação decorrente, com a evangelização e o testemunho da grande salvação de Deus para outros. Este entusiasmo permite o crescimento e o amadurecimento do relacionamento com o Senhor e com os outros. 13.
  • 14. SÉRIE C ONHEÇA M AIS De repente, aquela pessoa entusiasmada e envol- vida na obra Deus não pode mais ser encontrada. Ao contrário, encontramo-lo desanimado e enfadado. Na maioria das vezes apenas uma frase desagradável, uma observação pessoal de algum dos “opositores” é sufi- ciente para afastar cristãos da obra e do Reino de Deus. Para Refletir: Quanto tenho deixado que informações (nem sempre verdadeiras) e observações sobre outras pessoas ou so- bre a Igreja influenciem a minha vida de comunhão com o Senhor e a obra para a qual Ele me chamou? Quanto eu tenho animado e encorajado outros cristãos quando estes estão desanimados? 14.