1) O período regencial no Brasil (1831-1840) foi marcado por instabilidade política e diversas rebeliões regionais que questionavam o poder central, como a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul.
2) A Revolução Farroupilha teve como motivos a busca por maior autonomia política e econômica do Rio Grande do Sul em relação ao poder imperial centralizado no Rio de Janeiro.
3) A antecipação da maioridade de D. Pedro II em 1840 pôs fim ao período regencial e teve como objetivo rest
1. PERÍODO REGENCIAL
1. (Uece 2014) O período historicamente conhecido como
Período Regencial foi caracterizado
a) por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da
antiga realidade social com a volta de Pedro I ao poder.
b) pela promoção política e pela ascensão social dos setores
menos favorecidos proporcionadas pelos regentes.
c) por um conjunto de rebeliões populares que clamavam
pelo estabelecimento da republica e pelo final da
escravidão.
d) pela convulsão política que desencadeou varias rebeliões
que questionavam as estruturas estabelecidas.
2. (Unesp 2013) A Revolução Farroupilha foi um dos
movimentos armados contrários ao poder central no
Período Regencial brasileiro (1831-1840). O movimento dos
Farrapos teve algumas particularidades, quando
comparado aos demais.
Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador Braga
e entreguei o governo ao seu substituto legal Marciano
Ribeiro. E em nome do Rio Grande do Sul eu lhe digo que
nesta província extrema [...] não toleramos imposições
humilhantes, nem insultos de qualquer espécie. [...] O Rio
Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio
da Prata. Merece, pois, maior consideração e respeito. Não
pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos
que o governo imperial nos dê um governador de nossa
confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso
progresso, pela nossa dignidade, ou nos separaremos do
centro e com a espada na mão saberemos morrer com
honra, ou viver com liberdade.
(Bento Gonçalves [carta ao Regente Feijó, setembro de
1835] apud Sandra Jatahy Pesavento. A Revolução
Farroupilha, 1986.)
Entre os motivos da Revolução Farroupilha, podemos citar
a) o desejo rio-grandense de maior autonomia política e
econômica da província frente ao poder imperial,
sediado no Rio de Janeiro.
b) a incorporação, ao território brasileiro, da Província
Cisplatina, que passou a concorrer com os gaúchos pelo
controle do mercado interno do charque.
c) a dificuldade de controle e vigilância da fronteira sul do
império, que representava constante ameaça de invasão
espanhola e platina.
d) a proteção do charque rio-grandense pela Corte,
evitando a concorrência do charque estrangeiro e
garantindo os baixos preços dos produtos locais.
e) a destruição das lavouras gaúchas pelas guerras de
independência na região do Prata e a decorrente redução
da produção agrícola no Sul do Brasil.
3. (Uel 2013) No contexto histórico das transformações
ocorridas no século XIX, que envolveram questões da
identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação
de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As
tentativas de superação por meio das Regências
provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a
Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).
A superação da crise, que coincidiu com o fim do período
regencial, deveu-se à
a) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
b) consolidação da Regência Una e Permanente.
c) formação e consolidação do Partido Republicano.
d) fundação das agremiações abolicionistas.
e) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.
4. (Ufu 2012) A fatalidade das revoluções é que sem os
exaltados não é possível fazê-las e com eles é impossível
governar. Cada revolução subentende uma luta posterior e
aliança de um dos aliados, quase sempre os exaltados, com
os vencidos. A irritação dos exaltados [trouxe] a agitação
federalista extrema, o perigo separatista, que durante a
Regência [ameaçou] o país de norte a sul, a anarquização
das províncias. [...] durante este prazo, que é o da madureza
de uma geração, se o governo do país tivesse funcionado de
modo satisfatório – bastava não produzir abalos
insuportáveis –, a desnecessidade do elemento dinástico
teria ficado amplamente demonstrada.
NABUCO, Joaquim. Um Estadista do Império: Nabuco de
Araújo, sua vida, suas opiniões, sua época. 2ed. São Paulo:
Editora Nacional, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1936,
p.21.
Na obra Um Estadista do Império, escrita entre os anos de
1893 e 1894, Joaquim Nabuco faz uma análise da história do
Brasil Imperial. O trecho acima remete ao período regencial
(1831-1840) do país. Com base no texto e em seus
conhecimentos, faça o que se pede.
a) Explique como Joaquim Nabuco interpretou o período
regencial no Brasil.
b) O período da Regência é citado por diversos autores,
incluindo Nabuco, como o de uma experiência
republicana federalista. Aponte duas razões pelas quais
a Regência no Brasil ganhou essa interpretação.
5. (Uem 2012) Sobre as revoltas ocorridas no período
imperial da história do Brasil, assinale o que for correto.
01) A Cabanagem foi uma importante revolta que envolveu
toda a região amazônica e se estendeu aos territórios
da Guiana Francesa.
02) A Sabinada foi uma revolta que ocorreu no Estado de
Mato Grosso, entre 1850 e 1869, e se estendeu por
todo o Centro-Oeste do Brasil.
04) A Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha se
originou no Rio Grande do Sul e se estendeu a
2. territórios que fazem parte do atual Estado de Santa
Catarina.
08) Mesmo com o grande número de revoltas que
chegaram a ameaçar a unidade do País, foi durante o
período regencial que se consolidou o Estado Nacional.
16) A Balaiada foi uma revolta das elites maranhenses
contra o poder imperial. Iniciou-se no Maranhão e teve
adesão das elites regionais dos atuais estados do Piauí
e do Ceará.
6. (Unimontes 2012) “Quanto mais examinamos o universo,
mais nos sentimos levados a crer que o mal vem de uma
certa divisão que não sabemos explicar, e que o retorno do
bem depende de uma força contrária, que nos impele sem
cessar a uma certa unidade”
(Joseph de Maistre apud OLIVEIRA, Isabel Cristiane Gomes
de. Em Defesa Da Ordem, Unidade e Centralização: o
partido conservador imperial na primeira metade dos
Oitocentos)
Entre as razões que explicam a grande repercussão, no
Brasil, da ideia presente no pensamento de Maistre,
durante o Período Regencial, é INCORRETO afirmar que
a) a descentralização político-administrativa, implantada
em 1834, por meio do Ato Adicional, mostrava-se como
a promotora da anarquia e não da satisfação provincial.
b) os liberais defendiam um governo central forte que
mantivesse as condições únicas necessárias para o
escoamento da produção das províncias e um papel
unívoco na administração.
c) a defesa da unidade correspondia a uma concepção da
liberdade como promotora de oposições dentro do
Estado, e os grupos opositores eram vistos como
propensos a separações e, por isso, instáveis.
d) o regente Diogo Antônio Feijó propagava ideias
abolicionistas, considerando que o trabalho escravo
deveria ser substituído, progressivamente, por meio da
imigração.
7. (Unesp 2012) A maioridade do príncipe D. Pedro foi
antecipada, em 1840, para que ele pudesse assumir o trono
brasileiro. Entre os objetivos do chamado Golpe da
Maioridade, podemos citar o esforço de
a) obter o apoio das oligarquias regionais, insatisfeitas com
a centralização política ocorrida durante o Período
Regencial.
b) ampliar a autonomia das províncias e reduzir a
interferência do poder central nas unidades
administrativas.
c) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar os efeitos
federalistas da Lei Interpretativa do Ato, editada seis
anos depois.
d) promover ampla reforma constitucional de caráter liberal
e democrático no país, reagindo ao centralismo da
Constituição de 1824.
e) restabelecer a estabilidade política, comprometida
durante o Período Regencial, e conter revoltas de caráter
regionalista.
8. (Uftm 2012) No Brasil, os anos que se seguiram à
Independência foram marcados por crises políticas e
revoltas em várias províncias. A situação ganhou novos
rumos com o Golpe da Maioridade, que pode ser
caracterizado como
a) o movimento que afastou D. Pedro I e deu início ao
Período Regencial.
b) a luta entre monarquistas e republicanos, que marcou o
Primeiro Reinado.
c) a manobra do Partido Liberal, que antecipou a coroação
de D. Pedro II.
d) a reação conservadora, que restringia o poder das
assembleias provinciais.
e) a ação de Feijó que, com apoio da Guarda Nacional,
instituiu a Regência Una.
9. (Uem 2012) Ao longo de mais de duzentos anos, nos
séculos XVI e XVII, somente esporadicamente a escravidão
no Brasil foi objeto de discussão, de reflexão e de debates.
Esse quadro começou a mudar a partir de meados do século
XVIII, com o liberalismo, o iluminismo e a revolução
industrial. A respeito da escravidão no Brasil, ao longo do
século XIX, assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Embora legalmente proibido no período regencial, o
tráfico de cativos africanos não diminuiu na primeira
metade do século XIX.
02) Após extinguir o tráfico e abolir a escravidão em seus
territórios, os ingleses passaram a pressionar o governo
imperial pelo fim da escravidão no Brasil.
04) A abolição da escravidão sofreu a oposição dos
fazendeiros de café do interior paulista, que eram, de
forma consensual, contra a extinção do trabalho
escravo no Brasil.
08) Com a efetiva proibição do tráfico transoceânico de
escravos, a partir da década de cinquenta do século XIX,
houve um crescimento do comércio interprovincial de
escravos no Brasil.
16) Ao contrário do que ocorria no Brasil, na América
espanhola a escravidão do africano era ilegal. Em razão
disso, nos territórios americanos da Espanha, não
houve escravidão africana, e o escravo foi o nativo
americano.
10. (Ufrgs 2011) O cargo de juiz de paz teve suas funções
regulamentadas pelo Código de Processo Criminal de 1832.
Esses juízes representavam o liberalismo brasileiro durante
o período regencial.
Esses magistrados eram
3. a) nomeados diretamente pelo Imperador, exercendo as
funções de chefe de polícia.
b) designados diretamente pelo ministro da Justiça,
exercendo as funções de promotor público.
c) eleitos pelos cidadãos para exercer funções conciliatórias
e de qualificação eleitoral.
d) eleitos pelos deputados gerais para administrar os bens
dos órfãos e de pessoas ausentes.
e) indicados pelo presidente provincial para pacificar os
conflitos pela terra.
11. (Unicamp simulado 2011) Desde 1835 cogitava-se
antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa
de um imperador capaz de garantir segurança e
estabilidade ao país era muito grande. Na imagem do
monarca, buscava-se unificar um país muito grande e
disperso.
(Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do
imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.)
No período regencial, a estabilidade e a unidade do país
estavam ameaçadas porque
a) a ausência de um governo central forte causara uma crise
econômica, devido à queda das exportações e à alta da
inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios
sociais e o aumento da criminalidade.
b) o desenvolvimento econômico ocorrido desde a
transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro
levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em
relação à metrópole.
c) a ausência de um representante da legitimidade
monárquica no trono permitia questionamentos ao
governo central, levando ao avanço do ideal republicano
e à busca de maior autonomia por parte das elites
provinciais.
d) a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as
elites agrárias a desejarem uma maior participação no
poder político, levando à ruptura da ordem monárquica
e à instauração da república.
12. (G1 - cftmg 2010) "Triste realidade das nossas coisas!”
O poder não se consolida, a força o abandona, e o Império
caminha a passos largos para sua dissolução, como se lhe
fora peso sua grandeza, como se temesse ser forte. [...] É
curioso examinar o movimento das opiniões populares; o
povo aplaude, contrista-se, torna-se indiferente, zomba da
capacidade, e por fim resiste.
Artigo publicado pelo editor do Jornal A Phenix, em 22 de
junho de 1839.
Essa passagem se relaciona
a) às disputas políticas do período regencial que
provocaram revoltas de cunho separatista, como a
Farroupilha.
b) à resistência popular no contexto imperial iniciada com a
Revolução Praieira, defensora da igualdade social.
c) ao momento de indefinição política posterior à
Independência do Brasil, quando ocorreu a Guerra
Cisplatina.
d) ao movimento abolicionista a partir da Lei Eusébio de
Queirós, vista pelas elites como promotora da
desagregação do Império.
13. (Unesp 2010) Entre as várias rebeliões ocorridas no
período regencial, destaca-se a chamada Guerra dos
Farrapos, iniciada em 1835. O conflito
a) prosseguiu até a metade da década seguinte, quando o
governo do Segundo Império aumentou os impostos de
importação dos produtos bovinos argentinos e anistiou
os revoltosos.
b) demonstra que as disputas comerciais entre Brasil e
Argentina se iniciaram logo depois da independência e
desde então se agravaram, até atingir a atual rivalidade
entre os dois países.
c) permitiu a adoção de um regime federalista no Brasil,
uma vez que as negociações entre o governo imperial e
os rebeldes determinaram a autonomia política rio-
grandense.
d) revela a impossibilidade de estabelecer relações políticas
e diplomáticas na América Latina após a independência
política e durante o período de formação dos estados
nacionais.
e) impediu a continuação do período regencial e levou à
aceitação de outra exigência dos participantes da
revolta: a antecipação da maioridade do futuro
imperador Pedro II.
14. (Enem 2010) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil
atravessou um período marcado por inúmeras crises: as
diversas forças políticas lutavam pelo poder e as
reivindicações populares eram por melhores condições de
vida e pelo direito de participação na vida política do país.
Os conflitos representavam também o protesto contra a
centralização do governo. Nesse período, ocorreu também
a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso
grupo dos
"barões do café", para o qual era fundamental a
manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.
O contexto do Período Regencial foi marcado
a) por revoltas populares que reclamavam a volta da
monarquia.
b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao
poder central.
c) pela luta entre os principais grupos políticos que
reivindicavam melhores condições de vida.
4. d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram
a ascensão social dos "barões do café".
e) pela convulsão política e por novas realidades
econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades
sociais.
15. (Ufrgs 2008) Assinale a alternativa correta em relação
aos eventos políticos ocorridos no período regencial.
a) Na Regência Una do Padre Feijó, foi suspenso
parcialmente o uso do Poder Moderador pelos regentes.
b) Na Regência Una de Araújo Lima, promulgou-se a Lei
Interpretativa do Ato Adicional.
c) Na Regência Trina Provisória, foram criados os partidos
progressista, regressista, liberal e conservador.
d) Na Regência da Princesa Isabel, eclodiu o movimento
oposicionista da Confederação do Equador.
e) Na Regência Trina Permanente, foi criada a Guarda
Nacional.
16. (G1 - cftsc 2007) Leia atentamente as proposições
I) Grande parte da produção artística do Segundo reinado
foi influenciada pelo Barroco.
II) A partir do período regencial (1831-1840), o café já era o
principal produto brasileiro de exportação.
III) Com a entrada maciça de imigrantes no Brasil, a partir
do século XIX, começaram a definir-se os atuais traços da
população brasileira.
IV) O fim do tráfico negreiro foi um passo decisivo para
abolição da escravatura no Brasil.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas a proposição I é falsa.
b) Apenas as proposições II e III são falsas.
c) Apenas as proposições I e II são falsas
d) Apenas a proposição IV é falsa.
e) Apenas a proposição III é falsa.
17. (Unifesp 2007) Como elemento comum aos vários
movimentos insurrecionais que marcaram o período
regencial (1831-1840), destaca-se
a) a oposição ao regime monárquico.
b) a defesa do regime republicano.
c) o repúdio à escravidão.
d) o confronto com o poder centralizado.
e) o boicote ao voto censitário.
18. (Ufpi 2007) Leia o texto a seguir.
"As revoltas do período regencial não se enquadram em
uma moldura única. Elas tinham a ver com as dificuldades
da vida cotidiana e as incertezas da organização política,
mas cada uma delas resultou de realidades específicas,
provinciais ou locais".
(Boris Fausto. "História do Brasil". São Paulo:
EDUSP, 2001, p.164)
A partir desse texto e dos seus conhecimentos, assinale a
alternativa correta sobre a Balaiada no Piauí.
a) Iniciou-se em Pernambuco e atingiu o Piauí em virtude
das disputas entre as elites das duas províncias.
b) Caracterizou-se por uma forte presença de grandes
proprietários rurais que exigiam o retorno do imperador
D. Pedro I.
c) Foi um movimento dos criadores de gado e grandes
comerciantes em defesa do federalismo, da república e
do fim da escravidão.
d) Foi uma revolta organizada por pequenos produtores
rurais em defesa da religião católica, que julgavam
ameaçada pelo protestantismo.
e) Envolveu muitos elementos provenientes das classes
populares e teve como uma das causas a insatisfação da
população com o recrutamento militar obrigatório.
19. (Unesp 2007) Sobre as revoltas do Período Regencial
(1831-1840), é correto afirmar que
a) indicavam o descontentamento de diferentes setores
sociais com as medidas de cunho liberal e antiescravista
dos regentes, expressas no Ato Adicional.
b) algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA),
foram organizadas pelas elites locais e não conseguiram
mobilizar as camadas mais pobres e os escravos.
c) provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de
milícia que atuou como poder militar da Independência
do país até o início do Segundo Reinado.
d) a Revolta dos Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as
únicas que colocaram em risco a ordem estabelecida,
sendo sufocadas pelo Duque de Caxias.
e) expressavam o grau de instabilidade política que se
seguiu à abdicação, o fortalecimento das tendências
federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais.
20. (Ufjf 2007) Observe o mapa:
5. No período regencial (1831-1840), uma série de conflitos
surgiu em algumas províncias brasileiras. Sobre esse
contexto, responda ao que se pede.
a) Cite e analise duas características do contexto no qual
ocorreram esses conflitos assinalados no mapa.
b) Eleja um desses conflitos e analise-o.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[D]
O período regencial foi marcado pela agitação política
causada, principalmente, pela oposição entre os partidos
Liberal Moderado e Liberal Exaltado. Essa agitação, somada
a outros fatores, contribuiu para a eclosão de uma série de
revoltas país afora, como a Balaiada, a Sabinada e a
Farroupilha.
Resposta da questão 2:
[A]
A Revolução Farroupilha iniciou-se durante o período
regencial e se estendeu até o Segundo Reinado, liderada
pela elite gaúcha, formada principalmente por estancieiros
criadores de gado e produtores de charque. É considerado
um movimento republicano e separatista, apesar de que, no
texto, ainda no primeiro momento da Revolução, os
representantes dos rebeldes façam reivindicações, exigindo
direitos e maior autonomia, e não a separação.
Resposta da questão 3:
[A]
[A] Correta. A crise regencial só foi resolvida após a
Campanha da Maioridade, na qual o príncipe herdeiro,
Pedro de Alcântara, teve a autorização para assumir o
trono, mesmo não tendo a maioridade legal.
[B] Incorreta. A posse de Pedro de Alcântara, ou Dom Pedro
II, pôs fim às crises do período regencial e à ideia de
regência.
[C] Incorreta. A formação do partido Republicano ocorre em
meados do século XIX e sua consolidação, no final do
século, não havendo aspirações republicanas formais no
início do Segundo Império.
[D] Incorreta. A fundação das agremiações abolicionistas se
deu em meados do século XIX, sobretudo após as
limitações do tráfico negreiro pelos ingleses.
[E] Incorreta. D. Pedro I permaneceu em Portugal, sendo
declarado Rei sob o Título de Dom Pedro IV.
Resposta da questão 4:
a) O estudante deverá identificar no texto de Joaquim
Nabuco uma crítica ao período regencial no Brasil,
caracterizado como uma época de “agitação federalista
extrema”, de “anarquização das províncias”, trazendo
uma ameaça de fragmentação política do Brasil. Fato
esse que, segundo os grupos mais conservadores,
associavam ao Ato Adicional de 1834 que concedia
autonomia para as províncias.
b) O estudante deverá argumentar que o período regencial
foi chamado de “uma experiência republicana federalista”,
a partir da ocorrência da ausência de um rei soberano no
comando da Nação, ficando o governo sob responsabilidade
dos regentes, que teria enfraquecido o poder centralizado
no país. A criação das Guardas Nacionais, que atuavam
principalmente nos municípios, paróquias e curatos,
servindo de instrumento político armado para as elites
locais, também deve ser mencionada, assim como a criação
do Ato Adicional de 1834, visto comumente como o grande
marco das medidas descentralizadoras do período
regencial. Além disso, o Ato, ao transformar a Regência
Trina em Regência Una, instituiu a eleição do regente pelo
corpo dos eleitores e não mais pela Assembleia Geral. Deve,
também, mencionar a criação dos Códigos Criminal (1830)
e de Processo Criminal (1832), que determinavam a escolha
de júris populares escolhidos localmente, bem como
deixavam aos poderes locais a escolha dos membros do
judiciário.
Resposta da questão 5:
04 + 08 = 12.
A Cabanagem foi uma rebelião que ocorreu na província do
Pará entre 1835-40.
A Sabinada foi um movimento baiano, entre 1837-38, que
chegou a defender um separatismo provisório.
A Guerra dos Farrapos (1835-45) teve caráter separatista e
republicano e foi comandada pelos pecuaristas gaúchos,
com a adesão de populações e proprietários catarinenses.
Considera-se o período regencial como de “consolidação do
Estado nacional”, devido à abdicação de D. Pedro I e ao fim
da ameaça de recolonização.
A Balaiada envolveu as elites, mas, principalmente, setores
populares, e esteve restrita ao Maranhão.
6. Resposta da questão 6:
[B]
O maior auxílio para se resolver esta questão vem do título
do livro de onde foi extraído este trecho, onde fica claro que
o projeto centralizador e unificado não fazia parte das
propostas liberais, mas do partido conservador.
Resposta da questão 7:
[E]
O golpe da maioridade foi articulado pelo Partido Liberal,
como forma de recuperar o poder que estava nas mãos de
Araújo Lima do Partido Conservador. No entanto, a lei que
antecipou a maioridade de D. Pedro II foi aprovada com o
apoio de deputados do Partido Conservador, que viam
nesse procedimento político uma forma de garantir a
unidade nacional e centralizar o poder, já que as rebeliões
que ocorriam no país ameaçavam a unidade territorial.
Resposta da questão 8:
[C]
Durante o período regencial, conservadores e liberais se
alternaram no poder. Ao final de 1839, na tentativa de
afastar os conservadores da Regência e retomar o controle
político do Brasil, os liberais fundam o Clube da Maioridade
e, com o apoio da imprensa que era contrária à
centralização política defendida pelos conservadores,
armam o “Golpe da Maioridade”. A Assembleia Geral
aprova a antecipação da maioridade do Imperador, que
assume o trono brasileiro em 23 de julho de 1840, aos 14
anos de idade.
Resposta da questão 9:
01 + 02 + 08 = 11.
Em 1831 o ministro da Justiça, o padre Diogo Feijó, proibiu
a escravidão no Brasil, naquilo que ficou conhecido como
“lei para inglês ver”. A pressão inglesa está associada à
Revolução Industrial que demandava a ampliação de
mercados consumidores, assim como sua expansão pela
África, interessando a manutenção das populações locais.
A Lei Eusébio de Queiroz que aboliu o tráfico negreiro foi
aprovada pela Assembleia Nacional, sendo que deputados
e senadores representavam os interesses dos latifundiários.
Além da vinda de imigrantes, o tráfico interprovincial
forneceu mão de obra aos fazendeiros.
Na América Espanhola predominou a escravidão indígena,
porém, também houve escravidão africana, destacando-se
as regiões que, hoje, formam a Colômbia, Venezuela e
Equador.
Resposta da questão 10:
[C]
O ano de 1832 foi marcado por uma série de medidas
consideradas liberais, no início do período regencial. Nesse
período, o ministro da justiça Feijó, era o homem forte do
governo e ao criar o cargo de juiz de paz procurou
descentralizar as estruturas administrativas. Os juízes de
paz seriam eleitos localmente pelo voto censitário; eles
teriam funções de controle moral, papel conciliatório e
eleitoral.
Resposta da questão 11:
[C]
Estendendo-se de 1831 a 1840, o governo regencial abriu
espaço para diferentes correntes políticas, como a dos
liberais, subdivididos entre moderados e exaltados, cujas
posições políticas iam desde a manutenção das estruturas
monárquicas até a formulação de um novo governo
republicano e a dos restauradores, em sua maioria
portugueses defensores de que a estabilidade só se daria
com o retorno de Dom Pedro I.
A existência de diferentes posições políticas, revelando a
falta de unidade entre os integrantes da política nacional,
gerou um quadro de disputas e instabilidade. Umas das
mais claras consequências desses desacordos foram as
revoltas deflagradas durante a regência. A Sabinada na
Bahia, a Balaiada no Maranhão e a Revolução Farroupilha
na região Sul foram todas manifestações criadas em
consequência da desordem que marcou todo o período
regencial.
Resposta da questão 12:
[A]
O texto deixa claro que se refere ao período imperial e a
data de publicação remete ao período transitório das
regências - época caracterizada por diversas rebeliões e por
certo enfraquecimento do poder central. Nesse período, as
rebeliões ocorreram em diversas províncias e envolveram
setores diferenciados da sociedade brasileira, desde
camadas paupérrimas no Pará, até a elite fundiária do Rio
Grande do Sul, sendo que alguns desses movimentos,
destacando-se a Guerra dos Farrapos, se caracterizaram
pelo separatismo.
Resposta da questão 13:
[A]
A Guerra dos Farrapos envolveu principalmente os gaúchos
– e também catarinenses – contra o governo central.
Iniciou-se ainda no período regencial em 1835 e terminou
durante o Segundo Reinado, em 1845, fruto de grande
repressão movida pelo exército comandado pelo Duque de
Caxias e por concessões aos revoltosos.
7. A Guerra foi motivada pela elevação dos impostos internos
sobre a carne do Rio Grande e por uma postura separatista
da elite estancieira.
Resposta da questão 14:
[E]
O período regencial é normalmente entendido como “de
crise”, perceptível pelas grandes rebeliões que ocorreram
nas diversas regiões do Brasil, levadas a cabos pelas
camadas excluídas do poder, agravadas pela exclusão
econômica e social em alguns casos.
Apesar de sabermos que o tráfico não permanecerá por
muito tempo, ele ainda existiu por quase 20 anos após a
abdicação de D. Pedro I. A Lei de 1831 do ministro Feijó não
foi cumprida, dada à tendência da elite tradicional em
manter o braço escravo na lavoura (situação que se
modificou em grande parte fruto das pressões inglesas).
Resposta da questão 15:
[B]
Resposta da questão 16:
[C]
Resposta da questão 17:
[D]
Resposta da questão 18:
[E]
Resposta da questão 19:
[E]
Resposta da questão 20:
a) O candidato deverá indicar e analisar duas características
do período regencial. Entre elas, destacamos os mais
citados período marcado pela abdicação de D. Pedro I e
minoridade de D. Pedro II e pelo exercício do poder nas
mãos dos regentes.
Governo marcado por uma certa instabilidade política, no
qual emergiram projetos de natureza política diversa como
o republicanismo, a presença de estauradores, os embates
entre liberais e conservadores, etc.
Questionamento ao modelo político proposto pela
constituição de 1824. A aprovação do Ato Adicional, o
debate em torno da autonomia provincial, a criação da
Guarda Nacional, as restrições ao exercício do poder
moderador, entre outros.
b) O candidato tinha o auxílio do mapa, no qual encontrava
os nomes e locais das quatro grandes revoltas do período.
A partir destas informações, deverá apresentar as
características gerais das revoltas. Entre os mais citados,
tivemos a Revolta Farroupilha, com seu republicanismo e
desejo de autonomia regional.