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Liderança exige que sejamos vibrantes
Quando uma pessoa é investida do ministério ordenado da Igreja assume uma posição de liderança no
caminho da missão. A cerimônia de ordenação de cada um de nós se reveste de uma solenidade na qual o
povo e o clero de uma determinada diocese solicita ao bispo ordinante que imponha as mãos sobre aquela
pessoa invocando sobre ela os dons do Espírito para liderar o povo de Deus na vida de fé e no testemunho
ao mundo dos valores do Reino de Deus. Já imaginaram o quanto de disciplina, estudo, trabalho e
expectativas se acumularam antes que este momento acontecesse?
Publicamente investido(a) dessa responsabilidade o ministro(a) inicia um caminho de liderança
institucional, mas acima de tudo um caminho de liderança pastoral marcada pelos compromissos
assumidos diante da Igreja que são: vida exemplar, disciplina no estudo, disciplina na oração e cuidado
com todas as pessoas que estão sob sua responsabilidade pastoral.
Uma liderança cheia de desafios. Recordo-me de uma frase do Arcebispo Rowan Williams quando no
encontro em Londres, durante o Curso de novos Bispos, dizia: vocês são o que de mais próximo de Deus o
povo enxerga. E concluiu dizendo: A tarefa de vocês é fazer a sociedade recuperar a confiança em Deus!
Em suma o que o Arcebispo quis dizer que a tarefa essencial dos líderes é fazer com que as pessoas -
através da nossa vida - se sintam motivadas a ter comunhão com Deus. A nossa liderança da maneira
como é exercida e vista pelo povo desempenha fundamental papel na qualidade da relação entre as
pessoas e o Deus que confessamos.
Mas como essa liderança tem sido exercida por nós? Aqui aponto algumas características que precisam ser
cuidadas na maneira em como lideramos o rebanho de Cristo.
Motive - Temos motivado nosso rebanho a viver uma fé viva, alegre e comprometida com a Igreja e com
o mundo? Para responder esta pergunta, precisamos primeiro responder se nós mesmos estamos
motivados o suficiente para motivar a outros. Tomemos apenas um exemplo para avaliar nossa motivação:
a celebração principal de nossa comunidade local é preparada com carinho? Somos capazes de pensar nela
com a antecedência necessária? Lemos atentamente os textos e buscamos inspiração para construir a
partilha da Palavra com nossa comunidade no domingo seguinte? Imaginamos coisas novas, gestos,
decoração, símbolos que leve-nos a viver a alegria da presença de Deus durante a celebração? Se algumas
destas perguntas ficarem sem resposta temos um alerta importante sobre nossa motivação
na presidência litúrgica. Claro que a celebração litúrgica é apenas um aspecto do nosso ministério, mas
muito importante porque ela é o lugar do encontro principal da comunidade em torno dos fundamentos de
nossa fé: o alimento da palavra e do sacramento. Sei que alguns podem dizer que este não é
um parâmetro da vida da Igreja, mas se a celebração não atesta a satisfação da comunhão comunitária,
estamos com sérios problemas. E, tenhamos a honestidade de admitir, o problema começa em nós. Não
podemos motivar outros se não estamos motivados nós mesmos.
Divida tarefas - Partilhamos essas ideias e sugestões com nossa equipe de Liturgia? Ou, em não
havendo, temos o cuidado de envolver as lideranças da nossa comunidade? Alguns poderão dizer que as
pessoas se sentem temerosas de construir uma celebração participativa. Mas o problema certamente não
está nelas. Pode ser que estejamos acomodados e não temos tempo para sentar com nosso povo e termos
a paciência de ensinar que a liturgia não é apenas o texto do LOC, mas que ela é dinâmica e exige que
sejamos capazes de vivê-la com alegria. Quantos de nós temos a coragem de explicar - a título de exmplo
- que a Coleta pela Pureza é uma construção datada do séc XI e que, mesmo depois de dez séculos, traduz
com profundidade a ante-sala da adoração? Nossos paroquianos sabem que ela pode ser usada em
qualquer contexto, mesmo nas devoções familiares? Tenho certeza de que com essas informações a
interação litúrgica pode ser muito mais consciente do que a simples repetição automática do rito.
Estude e Ore - Parar nem que seja meia hora por dia para lermos as lições do dia através de uma leitura
imaginativa e orante já nos dá uma sensação de intimidade com Deus. Todas as lições nos trazem
ensinamento que pode ser confrontado com nossa vida. E quando esse confronto acontecer deixemos
nossa honestidade aflorar e pedir a Deus que nos ajude a buscar com perseverança realizar o que Ele
deseja para nós. Este é o momento da oração. Estou cada vez mais convencido de que a oração é um
momento único em que ousadamente dialogamos com Deus. Exercemos a humildade e recebemos a graça
de experimentar no nosso coração a resposta de Deus. As vezes uma resposta silenciosa - que nos
perturba - mas que nos devolve a capacidade de encontrar a resposta que Ele mesmo deseja para nós.
Deus nos fala de diversas maneiras, através de outras pessoas, através da natureza, através de coisas
corriqueiras e situações do cotidiano. Para tanto, precisamos estar atentos, sensíveis e preparados. Se
temos um ritmo de vida que nos mantém permanentemente atarefados, não desenvolvemos uma
sensibilidade aguçada. Isto me lembra uma fábula na qual um certo Rei queria escolher seu sucessor
entre dois filhos de deu a eles a tarefa de caminhar por todo o Reino carregando uma taça cheia de vinho.
Após a tarefa, um dos filhos chegou com a taça cheia, sem derramar uma gota. O outro chegou com a
taça pela metade. A escolha do rei foi surpreendente: escolheu o que chegou com a taça meia de vinho.
Razão: ele se maravilhou com as belezas do reino e deixou derramar vinho. O outro não desviou a vista da
taça e não conheceu as belezas do reino. Como poderia se tornar rei de um reino que ele não conheceu?
Estava atarefado demais para poder interagir com o reino à sua frente.
Cative - Um líder, em qualquer circunstancia, não pode prender-se apenas aos ritos da sua função. Ele
precisa cativar. E, para cativar, precisa estar cativado por Deus. E ninguém se sente cativado em nossas
relações pessoais sem um mínimo de intimidade. Sem intimidade com Deus não podemos usufruir das
riquezas que Ele nos oferece para partilharmos com aquelas pessoas que estão sob nosso cuidado
pastoral. As pessoas tem necessidade de atenção, de cuidado, de conselhos. As pessoas tem necessidade
de um Deus que se preocupe com elas, no qual elas possam confiar. E por mais que sejamos pessoas
comuns, com nossas próprias necessidades, somos líderes investidos da enorme responsabilidade de
fazermos com que as pessoas confiem em Deus. Por esta razão precisamos explorar a intimidade com Ele.
E através de nossa intimidade com Deus, cativaremos o seu rebanho. Não para o deleite de nosso ego,
mas para o deleite de nosso Sumo Pastor.
Portanto, para não me estender tanto mais, precisamos desenvolver as habilidades de motivar, partilhar,
orar e cativar as pessoas que estão sob nosso cuidado pastoral. Jamais teremos comunidades vibrantes se
nós mesmos, chamados por Deus, não vibrarmos no nosso ministério!
+Francisco de Assis da Silva, Santa Maria

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Liderança exige que sejamos vibrantes

  • 1. Liderança exige que sejamos vibrantes Quando uma pessoa é investida do ministério ordenado da Igreja assume uma posição de liderança no caminho da missão. A cerimônia de ordenação de cada um de nós se reveste de uma solenidade na qual o povo e o clero de uma determinada diocese solicita ao bispo ordinante que imponha as mãos sobre aquela pessoa invocando sobre ela os dons do Espírito para liderar o povo de Deus na vida de fé e no testemunho ao mundo dos valores do Reino de Deus. Já imaginaram o quanto de disciplina, estudo, trabalho e expectativas se acumularam antes que este momento acontecesse? Publicamente investido(a) dessa responsabilidade o ministro(a) inicia um caminho de liderança institucional, mas acima de tudo um caminho de liderança pastoral marcada pelos compromissos assumidos diante da Igreja que são: vida exemplar, disciplina no estudo, disciplina na oração e cuidado com todas as pessoas que estão sob sua responsabilidade pastoral. Uma liderança cheia de desafios. Recordo-me de uma frase do Arcebispo Rowan Williams quando no encontro em Londres, durante o Curso de novos Bispos, dizia: vocês são o que de mais próximo de Deus o povo enxerga. E concluiu dizendo: A tarefa de vocês é fazer a sociedade recuperar a confiança em Deus! Em suma o que o Arcebispo quis dizer que a tarefa essencial dos líderes é fazer com que as pessoas - através da nossa vida - se sintam motivadas a ter comunhão com Deus. A nossa liderança da maneira como é exercida e vista pelo povo desempenha fundamental papel na qualidade da relação entre as pessoas e o Deus que confessamos. Mas como essa liderança tem sido exercida por nós? Aqui aponto algumas características que precisam ser cuidadas na maneira em como lideramos o rebanho de Cristo. Motive - Temos motivado nosso rebanho a viver uma fé viva, alegre e comprometida com a Igreja e com o mundo? Para responder esta pergunta, precisamos primeiro responder se nós mesmos estamos motivados o suficiente para motivar a outros. Tomemos apenas um exemplo para avaliar nossa motivação: a celebração principal de nossa comunidade local é preparada com carinho? Somos capazes de pensar nela com a antecedência necessária? Lemos atentamente os textos e buscamos inspiração para construir a partilha da Palavra com nossa comunidade no domingo seguinte? Imaginamos coisas novas, gestos, decoração, símbolos que leve-nos a viver a alegria da presença de Deus durante a celebração? Se algumas destas perguntas ficarem sem resposta temos um alerta importante sobre nossa motivação na presidência litúrgica. Claro que a celebração litúrgica é apenas um aspecto do nosso ministério, mas muito importante porque ela é o lugar do encontro principal da comunidade em torno dos fundamentos de nossa fé: o alimento da palavra e do sacramento. Sei que alguns podem dizer que este não é um parâmetro da vida da Igreja, mas se a celebração não atesta a satisfação da comunhão comunitária, estamos com sérios problemas. E, tenhamos a honestidade de admitir, o problema começa em nós. Não podemos motivar outros se não estamos motivados nós mesmos. Divida tarefas - Partilhamos essas ideias e sugestões com nossa equipe de Liturgia? Ou, em não havendo, temos o cuidado de envolver as lideranças da nossa comunidade? Alguns poderão dizer que as pessoas se sentem temerosas de construir uma celebração participativa. Mas o problema certamente não está nelas. Pode ser que estejamos acomodados e não temos tempo para sentar com nosso povo e termos a paciência de ensinar que a liturgia não é apenas o texto do LOC, mas que ela é dinâmica e exige que sejamos capazes de vivê-la com alegria. Quantos de nós temos a coragem de explicar - a título de exmplo
  • 2. - que a Coleta pela Pureza é uma construção datada do séc XI e que, mesmo depois de dez séculos, traduz com profundidade a ante-sala da adoração? Nossos paroquianos sabem que ela pode ser usada em qualquer contexto, mesmo nas devoções familiares? Tenho certeza de que com essas informações a interação litúrgica pode ser muito mais consciente do que a simples repetição automática do rito. Estude e Ore - Parar nem que seja meia hora por dia para lermos as lições do dia através de uma leitura imaginativa e orante já nos dá uma sensação de intimidade com Deus. Todas as lições nos trazem ensinamento que pode ser confrontado com nossa vida. E quando esse confronto acontecer deixemos nossa honestidade aflorar e pedir a Deus que nos ajude a buscar com perseverança realizar o que Ele deseja para nós. Este é o momento da oração. Estou cada vez mais convencido de que a oração é um momento único em que ousadamente dialogamos com Deus. Exercemos a humildade e recebemos a graça de experimentar no nosso coração a resposta de Deus. As vezes uma resposta silenciosa - que nos perturba - mas que nos devolve a capacidade de encontrar a resposta que Ele mesmo deseja para nós. Deus nos fala de diversas maneiras, através de outras pessoas, através da natureza, através de coisas corriqueiras e situações do cotidiano. Para tanto, precisamos estar atentos, sensíveis e preparados. Se temos um ritmo de vida que nos mantém permanentemente atarefados, não desenvolvemos uma sensibilidade aguçada. Isto me lembra uma fábula na qual um certo Rei queria escolher seu sucessor entre dois filhos de deu a eles a tarefa de caminhar por todo o Reino carregando uma taça cheia de vinho. Após a tarefa, um dos filhos chegou com a taça cheia, sem derramar uma gota. O outro chegou com a taça pela metade. A escolha do rei foi surpreendente: escolheu o que chegou com a taça meia de vinho. Razão: ele se maravilhou com as belezas do reino e deixou derramar vinho. O outro não desviou a vista da taça e não conheceu as belezas do reino. Como poderia se tornar rei de um reino que ele não conheceu? Estava atarefado demais para poder interagir com o reino à sua frente. Cative - Um líder, em qualquer circunstancia, não pode prender-se apenas aos ritos da sua função. Ele precisa cativar. E, para cativar, precisa estar cativado por Deus. E ninguém se sente cativado em nossas relações pessoais sem um mínimo de intimidade. Sem intimidade com Deus não podemos usufruir das riquezas que Ele nos oferece para partilharmos com aquelas pessoas que estão sob nosso cuidado pastoral. As pessoas tem necessidade de atenção, de cuidado, de conselhos. As pessoas tem necessidade de um Deus que se preocupe com elas, no qual elas possam confiar. E por mais que sejamos pessoas comuns, com nossas próprias necessidades, somos líderes investidos da enorme responsabilidade de fazermos com que as pessoas confiem em Deus. Por esta razão precisamos explorar a intimidade com Ele. E através de nossa intimidade com Deus, cativaremos o seu rebanho. Não para o deleite de nosso ego, mas para o deleite de nosso Sumo Pastor. Portanto, para não me estender tanto mais, precisamos desenvolver as habilidades de motivar, partilhar, orar e cativar as pessoas que estão sob nosso cuidado pastoral. Jamais teremos comunidades vibrantes se nós mesmos, chamados por Deus, não vibrarmos no nosso ministério! +Francisco de Assis da Silva, Santa Maria