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Matemática Financeira
Roberto José Medeiros Junior

Curitiba-PR
2012
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância

© INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PARANÁ EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola
Técnica Aberta do Brasil - e-Tec Brasil.
Prof. Irineu Mario Colombo
Reitor
Prof.ª Mara Christina Vilas Boas
Chefe de Gabinete
Prof. Ezequiel Westphal
Pró-Reitoria de Ensino – PROENS
Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos
Pró-Reitoria de Administração – PROAD
Prof. Silvestre Labiak
Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação –
PROEPI
Neide Alves
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos
Estudantis – PROGEPE
Bruno Pereira Faraco
Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento
Institucional – PROPLAN
Prof. José Carlos Ciccarino
Diretor Geral do Câmpus EaD

Prof.ª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado
Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão –
DEPE/EaD
Profª Márcia Denise Gomes Machado Carlini
Coordenadora de Ensino Médio e Técnico do
Câmpus EaD
Prof. Roberto José Medeiros Junior
Coordenador do Curso
Prof.ª Ediane Santos Silva
Vice-coordenadora do Curso
Adriana Valore de Sousa Bello
Cassiano Luiz Gonzaga da Silva
Jéssica Brisola Stori
Denise Glovaski Souto
Assistência Pedagógica
Paula Bonardi
Diagramação
e-Tec/MEC
Projeto Gráfico

Prof. Ricardo Herrera
Diretor de Planejamento e Administração do
Câmpus EaD

Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia - Paraná

e-Tec Brasil

2

Matemática Financeira
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica
Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro
2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público,
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e
escolas técnicas estaduais e federais.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de
ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a
concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas
de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo
integrantes das redes públicas municipais e estaduais.
O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus
servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz
de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com
autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br

e-Tec Brasil
Indicação de ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.

Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o
assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão
utilizada no texto.
Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes
desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos,
filmes, jornais, ambiente AVEA e outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em
diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.

e-Tec Brasil
Sumário
Palavra dos professores-autores	

9

Aula 1 –  contexto das finanças na história da matemática	 11
O
1.1 Dinheiro e temporalidade	
11
1.2 Juros	
13
Aula 2 –  elação algébrica: razão e proporção	
R
2.1 Razão	
2.2 Aplicações	
2.2 Proporção	

17
17
18
20

Aula 3 –  elação entre razão e proporcionalidade:
R
“regra de três”	
3.1 Grandeza diretamente proporcional.	
3.2 Grandeza inversamente proporcional.	
3.3 Proporcionalidade	

23
23
24
25

Aula 4 –  orcentagem	
P

29

Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização	
5.1 Potenciação	

35
35

Aula 6 – Taxas e coeficientes	
6.1 Tipos de Taxas	

41
43

Aula 7 – Calculando as taxas 	
45
7.1  roporcionalidade entre taxas: conversão de
P
taxa nominal para efetiva (capitalização simples)		 45
7.2  quivalências de taxas: conversão entre taxas efetivas
E
(capitalização composta)		 48
7.3  omparações entre proporcionalidade e equivalência	
C
50
Aula 8 – Capitalização simples	
8.1 Definindo capitalização simples	
8.2 Fórmula para cálculo do juro simples	

53
53
55

Aula 9 –  ipos de Juros e cálculo de montante	
T
9.1 Algumas definições usuais	
9.2 Juros Ordinários	
9.3 Juros Exatos	
9.4 Juros pela regra do banqueiro	
9.5 Fórmula para cálculo do montante 	

59
59
59
59
60
60
e-Tec Brasil
Aula 10 – Descontos simples	

10.1 Descontos	

63
63

10.2 Valor atual no desconto comercial	

65

Aula 11 – Descontos simples – Continuação	

11.1 Desconto racional	

69
69

11. 2 Valor atual racional (Var)	

70

Aula 12 –  escontos proporcionais	
D

73

Aula 13 –  quivalência de títulos ou Capitais
E
(Capitalização Simples)	

77

Aula 14 –  apitalização composta	
C
81
14.1  ariação da fórmula do montante da capitalização
V
composta		 82
Aula 15 –  uros compostos e a função exponencial	
J

83

Aula 16 –  ontinuação de juros compostos e
C
exercícios resolvidos 	

87

Aula 17 – Desconto composto	
17.1 Desconto composto	

93
93

Aula 18 –  ítulos equivalentes de capitalização composta	
T

95

Aula 19 –  perações de fluxo de caixa 	
O
19.1 Valor presente	

101
103

19.2 Séries de pagamentos	

103

19.3 Operações postecipadas	

104

Aula 20 – Outras séries de pagamento	
20.1 Operações antecipadas	

107
107

20.2 Operações com carência postecipada	

108

20.3 Amortizações	

109

20.4 O que é amortização?	

109

20.5 Depreciação	

109

20.6  istemas de Amortização (pagamento) do seu
S
financiamento imobiliário	

110

Referências	
Atividades autoinstrutivas	

117

Currículo do professor-autor	
e-Tec Brasil

115

133
Matemática Financeira
Palavra dos professores-autores
Prezado estudante,
Este material tem como objetivo enriquecer o estudo acerca das atividades
e práticas relativas à disciplina de Matemática Financeira, na modalidade de
Educação a Distância, do Instituto Federal do Paraná (IFPR). O método de
Ensino contempla, também, atividades autoinstrutivas e as supervisionadas,
abrangendo conteúdos relevantes na área do Secretariado, apresentação
diferenciada das propostas de atividades práticas aliadas ao caráter teórico-reflexivo das atividades.
Cada capítulo foi estruturado pensando em retomar conceitos elementares
de Matemática importantes para o desenvolvimento da teoria e atividades
autoinstrutivas. Estudaremos proporcionalidade (regra de três), percentagem, progressões, séries, sequências e uso de calculadoras simples.
Os tópicos apresentados estão divididos de modo a contemplar o “bê-á-bá”
das Finanças e da Educação Financeira com foco nos conhecimentos matemáticos pertinentes e interdisciplinares. Em finanças pessoais, o profissional
técnico em Administração terá clareza da aplicabilidade dos conhecimentos
matemáticos à saúde financeira do dinheiro, das aplicações em curto, médio
e longo prazo e de ações determinantes da empresa da qual faz parte.
O livro encontra-se dividido de modo didático, seguindo um critério de
aprendizado rico de conhecimentos, porém de fácil assimilação. Observando uma evolução de conceitos e técnicas apresentadas gradativamente à
maneira que se realizam as atividades autoinstrutivas e supervisionadas com
a utilização de recursos de acompanhamento pedagógico, entre eles o telefone (0800) e fóruns via web (tutoria). A intenção é valorizar cada ponto
como se fosse um módulo condensado e relevante, visando levar você para
um mundo de reflexão, reeducação financeira e aprendizado contínuo. Sentimentos que serão estimulados em cada aula com a presença (mesmo que
virtual) do professor conferencista e professor web.
Desejamos muito sucesso e aprendizado!
Sincero abraço!
Professores Roberto José Medeiros Junior e Marcos Antonio Barbosa

9

e-Tec Brasil
Aula 1 – O contexto das finanças na

história da matemática
No decorrer desta aula você irá aprender sobre o que são finanças e educação financeira, saberá também a razão de utilizar
Matemática nesses procedimentos.

1.1 Dinheiro e temporalidade

Figura 1.1: Moeda
Fonte: http://www.fatosdaeconomia.com.br/

Quando tratamos de dinheiro e temporalidade, alguns elementos básicos
devem ser levados em consideração, tais como:
•	 Inflação: Os preços não são os mesmos sempre;
	 ocorre porque podemos ter aumento dos custos de produção dos proIsso
dutos. Exemplo: aquisição de maquinários, escassez da mão de obra, falta
de matéria-prima. Podemos também ter aumento do consumo, e se esse
aumento for maior que a capacidade de produção, isso gera inflação.
•	 Risco: Investimentos envolvem riscos que geram perda ou ganho de dinheiro;
	 decisões de financiamento e investimento existem muitos tipos de risEm
cos que devemos considerar. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra risco
- original do latim risicu - é definida como “perigo ou possibilidade de
perigo”. Para Castanheira (2008) os riscos podem ser classificados como:

11

Antigamente alguns governos,
emitiam (produziam) dinheiro,
sempre que precisavam. Isso de
maneira descontrolada produzia
inflação.
No Brasil, são os famosos índices
econômicos que medem a inflação,
entre eles, destacamos o:
•	 IGP – índice geral de preços,
calculado pela FGV .
•	 (Fundação Getúlio Vargas)
•	 IPC – Índice Preço ao
Consumidor, calculado pela
FIPE (Fund. Inst. Pesquisas
Econômicas)
•	 INPC – Índice Nacional
de Preços ao Consumidor,
medido pelo IBGE.
•	 IPCA – Índice de Preço ao
Consumidor amplo, também
medido pelo IBGE.

Inflação
A Inflação é um conceito
econômico que representa o
aumento de preços dos produtos
num determinado país ou região,
durante um período.

e-Tec Brasil
––
––
––
––

Risco de Crédito, quando quem emprestou não paga sua dívida;
Risco de Liquidez, quando há atraso no pagamento da dívida;
Risco de mercado, quando há um processo de inflação;
Risco Operacional, quando não há retorno de investimento em função de problemas operacionais da empresa;
–– Risco-País, em função da situação econômica do país.
•	 Incertez: Não há como saber que tipo de investimento é mais rentável
sem estudo prévio;
	 Em qualquer decisão financeira, sempre há alguma incerteza sobre o seu
resultado. Podemos definir a incerteza, como sendo o desconhecimento do resultado de um acontecimento, até quando ele acontecer
no futuro. Sabemos também que existe incerteza na maioria das coisas
que fazemos enquanto administradores financeiros, porque ninguém
sabe precisamente que mudanças ocorrerão no tempo determinado, no
universo financeiro, ou seja, é difícil prever o que pode ocorrer com os
impostos, demanda de consumidor, economia, ou taxa de juros.
Dessa forma conceituamos Incerteza como sendo a situação em que não é
“sabido” o que irá acontecer.
•	 Utilidade: Se não é útil, deve ser adquirido?
	 Não podemos deixar nos levar pelo modismo ou pelo consumismo exagerado. Na hora de você trocar uma máquina ou um equipamento, leve
em consideração duas coisa: a primeira é saber se com a troca você irá
satisfazer suas necessidades. A segunda se vale é vantajoso fazer a troca
ou aperfeiçoar o que você já tem.
•	 Oportunidade: Sem dinheiro as oportunidades dizem adeus.
	 Com dinheiro é muito mais fácil ter crédito, fazer ótimos negócios e se
tranquilizar em crises econômicas.

Figura 1.2: Dinheiro
Fonte: http://www.jogoscelular.net

e-Tec Brasil

12

Matemática Financeira
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. A palavra FINANÇAS remete especificamente àquelas relações da
matemática com o dinheiro tal e qual o se concebe nas diversas fases da
História da humanidade.
Muitas situações estão presentes no cotidiano das pessoas e têm ligação
imediata com o dinheiro, seja o fato de ter um pouco de dinheiro, nada de
dinheiro ou muito dinheiro. Em todas as situações ter educação financeira
torna-se fator determinante da ascensão profissional e saúde financeira pessoal e empresarial.
Os financiamentos são os mais diversos e criativos. Essa “mania” é muito antiga, remete as relações de troca entre mercadorias que com o passar das eras
e diferentes civilizações evoluíram naturalmente quando o homem percebeu
existir uma estreita relação entre o dinheiro e o tempo - “tempo é dinheiro”.

Figura 1.3: Tempo
Fonte: http://bloglucrativo.blogspot.com/

1.2 Juros
O conceito de juros surgiu no momento em que o homem percebeu a existência de uma afinidade entre o dinheiro e o tempo. As situações de acúmulo de capital e desvalorização monetária davam a ideia de juros devido
ao valor momentâneo do dinheiro (cada dia as diferentes moedas têm um
valor). Algumas tábuas matemáticas se caracterizavam pela organização dos
dados e textos relatavam o uso e a repartição de insumos agrícolas através
de operações matemáticas.

Você sabia que existem várias
passagens na Bíblia que tratam de
finanças?
Finanças: (1 Cr.29:12-14;
1Tm.6:9-10).
Em suma, todo cristão, como filho
de Deus, recebe coisas, inclusive o
dinheiro, que deve ser utilizado de
maneira correta, sensata e temente
a Deus para a glória do nome
dele. Temos que ser equilibrados,
ganhando com práticas honestas e
fugindo das práticas ilícitas. É lícito
desfrutarmos dos benefícios que o
dinheiro traz, mas não apegarmos
à cobiça a qualquer custo para
conseguir dinheiro. Podemos usar
o dinheiro para dízimos, ofertas,
no lar, no trabalho e em lazer.
As pessoas devem evitar contrair
dívidas fora do alcance, comprar
sempre que possível à vista, fugir
dos fiadores, pagar os impostos, e
como patrão pagar justos salários.
Além disso, deve haver economia
doméstica, com liberdade moral e
responsável, evitando conflitos, pois
afinal o dinheiro é de uso do casal.
Fonte: www.discipuladosemfronteiras.
com/contato.php acessado em
03/2009.

Os sumérios, povos que habitaram o Oriente Médio, desenvolveram o mais
antigo sistema numérico conhecido, registravam documentos em tábuas de
argila. Essas tábuas retratavam documentos de empresas comerciais. Algumas eram utilizadas como ferramentas auxiliares nos assuntos relacionados
ao sistema de peso e medida. Havia tábuas para a multiplicação, números
quadrados, números cúbicos e exponenciais (ideia de função). As funções

Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática

13

e-Tec Brasil
exponenciais estão diretamente ligadas aos cálculos de juros compostos e
os juros simples à noção de função linear. Mais adiante veremos com mais
detalhes essas relações.

Figura 1.4: Escrita dos sumérios
Fonte: http://www.cyberartes.com.br/

Consequentemente existe a relação da escrita antiga dos Sumérios com o
nosso sistema de numeração, o sistema indo-arábico: (que tem esse nome
devido aos hindus que o inventaram, e devido aos árabes, que o transmitiram para a Europa Ocidental).

Figura 1.5:Hindu
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br

E os juros? Sempre existiram?
Na época dos Sumérios, os juros eram pagos pelo uso de sementes e de outros
bens emprestados. Os agricultores realizavam transações comerciais em que
adquiriam sementes para efetivarem suas plantações. Após a colheita, os agricultores realizavam o pagamento através de sementes com a seguida quantidade proveniente dos juros do empréstimo. A forma de pagamento dos juros
foi modificada para suprir as exigências atuais, no caso dos agricultores, claro
que o pagamento era feito na próxima colheita. A relação tempo/juros foi se
ajustando de acordo com a necessidade de cada época. Atualmente, nas transações de empréstimos, o tempo é preestabelecido pelas partes negociantes.

e-Tec Brasil

14

Matemática Financeira
Vale observar que os juros sempre sofreram com as intempéries. Naquela
época, muito mais relacionadas com
o clima, época de plantio e colheita.
Atualmente, além disso, os juros sofrem alterações de base por conta das
políticas monetárias, do banco central,
ou seja, dependem da vontade polítiFigura 1.6: Índices
Fonte: http://www.cgimoveis.com.br
ca/econômica do Ministro da Fazenda
e das decisões do COPOM (Comitê de
Política Monetária do Banco Central) e de políticas econômicas nacionais
e internacionais, de diferentes gestões, período de crises financeiras, alta
e baixa da taxa de desemprego, da instalação de indústrias e de índices de
desenvolvimento humano (IDH).
Atualmente se utiliza o financiamento para as mais diversas situações do
universo capitalista, porque o “ter” é a engrenagem da máquina financeira
mundial. A compra da casa própria, carro, moto, realizações pessoais (empréstimos), compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsa de valores, entre outras situações financeiras
que dependem do quanto se ganha e de quanto está disposto a arriscar em
financiamentos a curto, médio e longo prazo. Em resumo, todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros
e envolvem o tempo para quitar a dívida.
Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de
prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o
nome de juros, ou seja, o bem adquirido tem valor agregado maior do que
se fosse comprado à vista (em parcela única). Uma questão pertinente: é
melhor comprar parcelado ou guardar o dinheiro para comprar à vista? Esse
é o grande objetivo da formação para a Educação Financeira, nossa meta
para este curso.

Resumo
Vimos nessa aula as relações do dinheiro com a temporalidade, o que é a
inflação, como identificar os tipos de Risco, o que significa a taxa de juros e
pudemos perceber um pouco da evolução histórica financeira.

Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática

15

e-Tec Brasil
Atividades de aprendizagem
Pesquise:
1.	 O que quer dizer Risco-País?
2.	 Existem outros tipos de risco?
3.	 Qual o significado da palavra índice econômico?
Responda:
1.	 Quais outros índices são usados no cotidiano regional? E a nível nacional?

2.	 O que é significa a sigla que determina o índice INCC? O que ele mede?

3.	 Dê um exemplo de índice financeiro e explique o que ele mede.

e-Tec Brasil

16

Matemática Financeira
Aula 2 – Relação algébrica:

razão e proporção
No decorrer desta aula, retomaremos o conceito de razão, propiciando maior entendimento e exploração de conceitos matemáticos fundamentais, por meio de deduções, exploraremos as
relações algébricas (fórmulas) que são tão úteis aos cálculos na
Matemática Financeira.
A noção de relação algébrica em matemática financeira é importante para
representar de modo geral as relações que estabeleceremos entre o dinheiro,
os juros e o tempo. De modo geral atribuímos letras (variáveis) para representar o dinheiro gasto, o financiamento, investimento, tempo de aplicação,
juros mensais, entre outros. Sendo assim é muito provável que cada autor
encontrará diferentes letras para representar as variáveis citadas.
Uma relação bastante útil em matemática financeira é a proporcionalidade,
frequentemente conhecida como “regra de três”. Sua utilidade vai desde o
cálculo de porcentagens até a transformação de unidades de tempo e valor
monetário. Contudo, primeiramente vamos nos ater a noção de razão e
proporção.

2.1 Razão
Podemos definir razão – dentro da matemática - como sendo a comparação entre números ou grandezas.
Mas o que entendemos por Grandeza? Entendemos por grandeza tudo
aquilo que pode ser medido ou contado. As grandezas podem ter suas medidas aumentadas ou diminuídas. Vejamos alguns exemplos de grandeza: o
volume, a massa, a superfície, o comprimento, a capacidade, a velocidade,
o tempo, o custo e a produção. É comum situações em que relacionamos
duas ou mais grandezas no dia a dia.
Existem várias maneiras de comparar duas grandezas, uma delas é usando
a linguagem matemática, quando se escreve a  b (lê-se “a” maior do que
“b”) ou a  b (lê-se “a” menor do que “b”) e a = b (lê-se “a” igual ao “b”),
estamos comparando as grandezas a e b. Essa comparação pode ser feita

17

Em uma corrida de “quilômetros
contra o relógio”, quanto maior
for a velocidade, menor será o
tempo gasto nessa prova. Aqui
as grandezas são a velocidade e
o tempo.
Fonte: http://www.somatematica.
com.br/fundam/grandeza.php

e-Tec Brasil
através de uma razão entre as duas grandezas, isto é o quociente entre essas
grandezas. Em resumo, uma razão é a representação da divisão entre dois
valores “a” e “b”. Observe:
a = a : b = a/b
b
Exemplo: Em uma turma de 27 alunos, foi feito uma pesquisa para saber
quantos alunos gostam de matemática e quantos não gostam. O resultado
obtido foi:
Gostam: 07 alunos
Não gostam: 20 alunos
Então, podemos dizer que o quociente 7/20 é a razão do número de alunos
que gostam de matemática. Viram que simples o conceito de razão.
•	 Podemos ler a razão acima do seguinte modo: “7 esta para 20”
•	 Distinguimos a razão acima chamando o 7 de antecessor e o 20 de
consequente.

2.2 Aplicações
Entre as aplicações práticas de razões especiais, as mais comuns, são:
a)	 Velocidade média
A velocidade média em geral é uma grandeza obtida pela razão entre uma
distância percorrida e um tempo gasto neste percurso.
velocidade =

distância percorrida
tempo gasto no percurso

Exemplo:
I.	  uponhamos que um carro percorreu 120 km
S
em 2 horas. A velocidade média do carro nesse percurso será calculada a partir da razão:
Vmédia = 120km = 60km/h
2h
O que significa que, em 1 hora o carro percorreu 60 km. Portanto, podemos dizer que nossa
razão é de 60 Km/h

Figura 2.1: Estrada
Fonte: http://www.freefoto.com/

e-Tec Brasil

18

Matemática Financeira
b)	 Escala
Escala é a comparação entre o comprimento observado no desenho (mapa,
por exemplo) e o comprimento real correspondente, ambos na mesma unidade de medida.
Escala = comprimento do desenho
comprimento real
Exemplo:
II.	 Em um mapa, um comprimento de 8 m está representado por 16 cm.
Qual a escala usada para fazer esse mapa?
Para resolver esse exercício precisamos deixar ambos os valores com a mesma unidade de medida. Neste caso, transformamos 8 m em cms. 8m = 800
cm, pois, 1 m = 100 cm, logo 8.100 m = 8. 100 cm = 800cm. Certo! Mas
agora vamos para a escala:
Escala = 16 cm = 1
800 cm 50
ou ainda escala 1:50, como é mais comum nos desenhos e mapas.
Isto significa que cada 1 cm medido no desenho é igual 50 cm no tamanho
no real. E assim nossa razão é lida por “1 esta para 50”
c)	 Densidade Demográfica

Figura 2.2 Densidade demográfica
Fonte: http://www.grupoescolar.com

Densidade demográfica = número de habitantes
área total do território

Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção

19

e-Tec Brasil
Exemplo:
III.	Um município ocupa a área de 5.000 km2jj, de acordo com o censo realizado, tem população aproximada de 100.000 habitantes. A densidade
demográfica desse município é obtida assim:
Densidade demográfica = 100.000 hab
5.000 km2
Isto significa que para cada 1 quilômetro quadrado, esse município tem 20
habitantes. Assim a razão é de 20 hab/Km2
Para o nosso caso mais específico de finanças um exemplo de razão é relacionar a noção de razão com a transformação de frações em números decimais (com vírgula), vejamos alguns exemplos:
20
é igual à 10. A razão de 20 para 2 é 10, ou seja vinte é
A razão 20:2, ou
2
dez vezes maior que dois.
A razão 12 : 3 ou 12/3 é igual a quatro, ou seja doze é quatro vezes maior
que três.
A razão

4 4
: é igual a1. A razão de 4/6 para 4/6 é 1 (um inteiro ou 100%).
6 6

2.2 Proporção
Podemos definir proporção como a igualdade entre duas razões. Vejamos
como é simples esse conceito!
Dada a razão 2/3, se multiplicarmos por 2 teremos uma nova razão de valor
4/6. Lembremos que uma razão não se altera quando ela é multiplicada ou
dividida por um número diferente de zero. Logo, deduzimos que as duas
razões são iguais, ou seja, 2/3 = 4/6. Concluimos que “a igualdade de duas
razões é uma proporção”.
E essa igualdade é lida da seguinte forma: dois está para três assim como
quatro esta para seis, que pode ser representada por 2:3:: 4:6.
A C
De modo genérico a proporção é representada por B : D , onde os números
A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios.

e-Tec Brasil

20

Matemática Financeira
Usa no cotidiano a proporção para achar o termo desconhecido de uma razão, normalmente essa aplicação se da na famosa REGRA de TRÊS. Veremos
isto mais adiante.
Pesquisando sobre a
“Propriedade fundamental da
proporção” e “Propriedades da
proporção”

As frações abaixo são outros exemplos de proporção:
a) ½ = 5/10      b) 3/4 = 9/12      c) 21/43 = 42/86

Resumo
Nesta aula, revisamos o conceito de razão e proporção, compreendendo
suas principais aplicações

Atividades de aprendizagem
Resolva as atividades abaixo, seguindo o modelo resolvido:
1.	 Faça a leitura das razões abaixo:
a)	 ¾ = três esta para 4
b)	 3/5 = 	

.

c)	 9/28 = 	

.

d)	 A/B = 	

.

e)	 ½ / 1/3 = 	

.

2.	 Estabeleça a razão entre as grandezas:
a)	 A idade de um rapaz é 20 anos e a idade de sua irmã é 16. Qual é a razão
da idade do rapaz para a da sua irmã?
	 Resposta: a razão é 20/16
b)	 Qual é a razão do número de dias do mês de fevereiro para os dias de
um ano bissexto?
	 R:	
.
c)	 O time de futebol Amigos da bola marcou 36 gols, e sofreu 10 gols. Qual
é a razão do número de gols marcados para o número de gols sofridos?
R: 	
.
d)	 Uma caixa de chocolate possui 250g de peso líquido e 300g de peso
bruto. Qual é a razão do peso líquido para o peso bruto?
	 R: 	
.

Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção

21

e-Tec Brasil
3.	 Verifique se as igualdades abaixo são ou não proporção, respondendo
sim ou não.
a)	 5/2 = 15/6, sim é uma proporção, pois se multiplicarmos a fração 5/2 por
3, temos a fração 15/6.
b)	 81/63 = 9/7	 	
c)	 4/5 = 24/20	 	
d)	 ¾ = 27/32	 	
e)	 6/5 = 36/30	 	
4.	 Calcule o termo desconhecido das seguintes proporções:
a)	 2/3 = 16/x
	 Utilizando a propriedade fundamental, sabemos que “o produto dos
meios é igual ao produto dos extremos”, então temos:
	 2.x = 16.3
	 2.x = 48
	 X = 48/2
	 X = 24
b)	 7/6 = 42/x

c)	 2/5 = x/30

d)	 360/50 = x/10

e)	 x/4 = 72/32

e-Tec Brasil

22

Matemática Financeira
Aula 3 – Relação entre razão e

proporcionalidade: “regra de três”
Veremos nesta aula, alguns dos elementos que estabelecem a
relação entre razão e proporção.

3.1 Grandeza diretamente proporcional.
Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando uma
delas, a outra também aumenta na mesma proporção, ou, diminuindo uma
delas, a outra também diminui na mesma proporção.
Se duas grandezas X e Y são diretamente proporcionais, os números que
expressam essas grandezas variam na mesma razão, isto é, existe uma constante K tal que:
X
=K
Y
Exemplo: Uma torneira foi aberta para encher uma caixa com água. A cada
15 minutos é medida a altura do nível de água. (cm. =centímetros e min. =
minutos)
15 minutos 50 cm

30 minutos 100 cm

45 minutos 150 cm

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 6.6: Exemplo
Fonte: Elaborado pelo autor

Construímos uma tabela para mostrar a evolução da ocorrência:
Tempo (min)

Altura (cm)

15

50

30

100

45

150

23

e-Tec Brasil
Observamos que, quando duplica o intervalo de tempo, a altura do nível
da água também duplica e quando o intervalo de tempo é triplicado, a
altura do nível da água também é triplicada. Desta maneira, tiramos as
seguintes conclusões:
•	 Quando o intervalo de tempo passa de 15 min. para 30 min., dizemos
que o tempo varia na razão 15/30, enquanto que a altura da água varia
de 50 cm para 100 cm, ou seja, a altura varia na razão 50/100. Observamos que estas duas razões são iguais: 15 = 50 = 1 .
30 100 2
•	 Quando o intervalo de tempo varia de 15 min. para 45 min., a altura
varia de 50 cm para 150 cm. Nesse caso, o tempo varia na razão 15/45
e a altura na razão 50/150. Então, notamos que essas razões são iguais:
15 = 50 = 1 .
45 150 3
•	 Concluímos que a razão entre o valor numérico do tempo que a torneira
fica aberta e o valor numérico da altura atingida pela água é sempre
igual, assim, dizemos que a altura do nível da água é diretamente proporcional ao tempo que a torneira ficou aberta.

3.2 Grandeza inversamente proporcional.
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando
uma delas, a outra diminui na mesma proporção, ou, diminuindo uma
delas, a outra aumenta na mesma proporção. Vamos ver um exemplo para
entender melhor:
Observe a tabela, que representa a relação entre a velocidade e tempo em
uma situação de distância qualquer.
Velocidade (Km/h)

tempo (h)

400

3

480

2h30min

Podemos observar que à medida que a velocidade aumenta o tempo percorrido diminui. Assim, temos a caracterização de uma grandeza inversamente
proporcional.

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24

Matemática Financeira
3.3 Proporcionalidade
•	 Regra de Três Simples
“Regra de três simples” é um processo prático para resolver problemas que
envolvem grandezas diretas ou inversamente proporcionais. É normal no senso comum entendermos como cálculo do valor desconhecido, quando há presença de três deles valores conhecidos e precisamos descobrir o valor do quarto. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos.

Passos didáticos utilizados para resolver problemas com
a regra de três simples
1º Passo: Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie
em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes
em correspondência.
2º Passo: Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.
3º Passo: Montar a proporção e resolver a equação.
Exemplo 1: Com uma área de absorção de raios solares de 1,2 m2, uma
lancha com motor movido à energia solar consegue produzir 400 watts por
hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5 m2, qual será a energia
produzida?
Solução: montando a tabela:
Área (m2)

Energia (Wh)

1,2

400

1,5

x

Identificação do tipo de relação:
Área
1,2
1,5

Energia
400
x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x.
Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta.

Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três”

25

e-Tec Brasil
Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar
que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a
proporção e resolvendo a equação temos:
Área
1,2
1,5

Energia
400
x

1,2 = 400
1,5
x
1,2x = 1,5 . 400
x = 1,5 . 400 = 500
1,2

Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora.
Exemplo 2: Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 km/h,
faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?
Solução: montando a tabela:
Velocidade (Km/h)

Tempo (h)

400

3

480

x

Identificação do tipo de relação:
Velocidade
400
480

Tempo
3
x

Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª
coluna). Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos
afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo,
colocamos outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
Velocidade
400
480

Tempo
3
x

3 = 480
x 400
invertemos
os termos

480x = 3.400
x = 3.400 = 2,5
480
Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos.

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26

Matemática Financeira
Fonte: http://www.somatematica.com.br/fundam/regra3c.php

Resumo
Nesta aula descobrimos como funciona a Proporção direta e inversa. Identificamos, também, a regra de três simples e como calculá-la.

Atividades de aprendizagem
1.	 Compare as grandezas abaixo e assinale I para grandeza inversamente
proporcional e D para grandeza diretamente proporcional.
a)	 Número de livros e seu preço	

(D)

b)	 Metros de tecido e preço	

( )

c)	 Número de maquinas e tempo para executar um trabalho	

( )

d)	 Quantidade de ração e número de animais	

( )

e)	 Salário de um operário e horas de trabalho	

( )

Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três”

27

e-Tec Brasil
2.	 Resolva as regras de três a seguir e diga se elas são diretas ou inversamente proporcionais:
a)	 4 chocolates custam R$ 20,00. Qual o preço de 5 chocolates?

b)	 Uma máquina produz 1000 peças. Quantas peças seriam produzidas por
5 máquinas?

c)	 20 costureiras fazem 60 camisas por quinzena. Quantas camisas fariam
30 costureiras?

d)	 20 operários constroem uma obra em 10 dias. Qual seria o tempo gasto
por uma equipe de 5 operários?

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28

Matemática Financeira
Aula 4 – Porcentagem

O objetivo desta aula é rever conceitos de porcentagem, ou seja,
a importância da expressão “por cento” e as aplicações cotidianas nas questões financeiras.
Observem nas lojas os encartes, e na internet
a quantidade de vezes que a representação
% (por cento) está presente na comunicação
das mais diversas empresas e órgãos públicos.
Trata-se de uma linguagem amplamente difundida, e é senso comum entre a população
de que se trata de um modo de comunicação
com vistas em representar a parte de um todo
de 100 unidades. Dada essa importância, vejamos alguns exemplos da representação em
porcentagem versus a representação na forma
de razão e o equivalente em decimal:

Figura 4.1: Porcentagem
Fonte: http://www.sxc.hu

Tabela 4.1: Representação

Representação

Exemplo de situação usual

50%

“UNE quer que 50% dos recursos do Fundo Social sejam investidos em educação”.

½

“Emagreça 1/2 kg por dia comendo sanduíche”.

0,5

“Oferta: Lapiseira Pentel Técnica 0,5mm Preta - P205”

Metade

“Governo Federal reduziu pela metade o dinheiro destinado ao sistema penitenciário”.

Fonte: Elaborado pelo autor

Note que a tabela traz diferentes situações que são representadas pelo mesmo conceito de “metade”. Porém, cada situação exposta pede uma diferente representação, por exemplo, não seria adequado dizer: “emagreça 50%
de um quilograma por dia”. Para o nosso caso específico utilizaremos amplamente a notação de porcentagem, por estar intimamente relacionada com o
sistema monetário que está definido como número decimal posicional.
Toda razão da forma a/b na qual o denominador b =100, é chamada taxa de
porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem.

29

e-Tec Brasil
Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais obras de aritmética de autores italianos do século XV. O símbolo % surgiu como uma
abreviatura da palavra cento utilizada nas operações mercantis.
Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto significa que
em cada 100 unidades de algo, tomaremos 10 unidades.
O cálculo de 10% de 80, por exemplo, pode ser obtido como o produto de
10
. 80 = 800 / 100 = 8.
10% por 80, isto é: 10%.80 =
100
Situações mais elementares, como a citada anteriormente, podem ser resolvidas “de cabeça” (cálculo mental). Imagine que os 80 citados são na
verdade o valor da conta de um jantar em família; sobre esse valor vamos
acrescentar a taxa de serviço de garçom que é de 10% sobre o consumo total. Sendo assim, basta dividir por 10 o valor da conta, resultando em 8, ou
melhor, em 8,00 reais e somar este resultado ao total consumido:
R$8,00 + R$80,00 = R$88,00.
Em geral, para indicar um índice de M por cento, escrevemos M% e para
calcular M% de um número N, realizamos o produto:
1. Percentagem x
Porcentagem
“É opcional dizer percentagem
(do latim per centum) ou
porcentagem (em razão da
locução ‘por cento’). Mas
só se diz percentual. Com
as expressões que indicam
porcentagens o verbo pode
ficar no plural ou no singular.
Conforme o caso, já que a
concordância pode ser feita com
o número percentual ou com o
substantivo a que ele se refere”.
Por Maria Tereza de Queiroz
Piacentini.
Fonte: http://kplus.
cosmo.com.br/materia.
asp?co=49rv=Gramatica,
acessado em setembro de 2009.

Produto = M%.N =

M
.N
100

Exemplo 1.
Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão
etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar?
Solução:
Etiquetas Pares = 52% de 25 fichas = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13. O restante, (100% - 52% = 48% são de fichas número ímpar, que seria nesse caso
12 fichas)
Poderíamos ainda calcular o valor de 50% e acrescentar 2% (1% + 1%).
Vejamos:
(metade de 25) 50% de 25 = 12,5 + 1% de 25 (a centésima parte de 25) +
1% de 25 (a centésima parte de 25). Somando os valores temos:
12,5 + 0,25 + 0,25 = 13.
Nesse fichário, há 13 fichas etiquetadas com número par e 12 fichas com
número ímpar.

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30

Matemática Financeira
Exemplo 2.
Num torneio de basquete, uma determinada seleção disputou quatro partidas na primeira fase e venceu três. Qual a porcentagem de vitórias obtida
por essa seleção nessa fase?
Solução:
Vamos indicar por X% o número que representa essa porcentagem. Esse
problema pode ser expresso da seguinte forma: X% de 4 = 3
Assim temos:
x
.4=3
100
4x
=3
100
4x = 300
x = 75
Ou ainda poderíamos utilizar o conceito de razão: ¾ = 0,75, ou seja, na
primeira fase a porcentagem de vitórias foi de 75%.
Exemplo 3.
Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço marcado na etiqueta. Pagou-se R$690,00 pela mercadoria. Qual o preço original
da mercadoria?
Solução:
Seja X o preço original da mercadoria. Se obtive 8% de desconto sobre o
preço da etiqueta, o preço que paguei representa 100%-8%=92% do preço
original e isto significa que 92% de X = 690
Assim temos:
92%.x = 690
92
x = 690
100
92x
= 690
100
92. x = 69.000
x = 69.000 / 92 = 750
O preço original da mercadoria era de R$750,00.

Aula 4 –  orcentagem
P

31

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Exemplo 4
Calcule quanto é 8 % de 120.
Solução:
8/100.120 = 9,6
Exemplo 5
Quanto por cento representa 8 de 130.
Solução:
8/130 = 0,0615 para transformar em percentagem basta multiplicar
por 100, assim temos:
0,0615 . 100 = 6,15 % (considerando duas casas decimais)
Exemplo 6
Calcule o total (ou seja, 100%) sabendo que 22% valem 56.

Há duas formas de se resolver
uma porcentagem: por regra de
três ou por fórmula. Dependendo
apenas de como se calcula, ou
por fração, ou taxa percentual.

Solução: Utilizamos a regra de três, veja:
22 --------------------- 56
100 --------------------- x , multiplicando cruzado, temos:
22x = 56.100
22X = 5600
X = 5600/22
X = 254,54 (considerando duas casas truncadas)

Resumo
Nesta aula, revisamos o conceito de porcentagem, ou seja, a importância do
“por cento” e das aplicações cotidianas nas questões financeiras utilizando
apenas o denominador 100 nas razões do tipo a/b (com b sempre igual a 100).

Atividades de aprendizagem
1.	 Calcule, quanto é:
a)	 8% de 1200 =

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Matemática Financeira
b)	 40% de 80 =

c)	 13% de 50 =

d)	 1,99 % de 12.000 =

e)	 0,5 % de 2.458,50 =

2.	 Calcule quantos por cento representa:
a)	 12 de 120 =

b)	 20 de 50 =

c)	 2,5 de 12 =

d)	 35 de 1000 =

e)	 56 de 80 =

Aula 4 –  orcentagem
P

33

e-Tec Brasil
3.	 Calcule o total (ou seja, 100%):
a)	 Se 10% vale 16, o total é? R =

b)	 Se 7% vale 7, o total é? R =

c)	 Se 30% vale 120, o total é? R =

d)	 Se 12,5 % vale 625, o total vale? R =

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Matemática Financeira
Aula 5 – Revendo o conceito de
potencialização
Nesta aula, você retomará o significado de algumas propriedades da potenciação e porcentagem, ou seja, conhecerá a importância da palavra “por cento” e também suas aplicações nas
questões financeiras.

5.1 Potenciação
A ideia de potenciação pode ser explicada, quando usamos a seguinte situação no lançamento de dados:

Figura 3.1: Dados
Fonte: http://cute-and-bright.deviantart.com
http://usefool-deviantart.com

Quando lançamos dois dados consecutivos, podemos obter os seguintes
resultados:
(1,1)

(1,2)

(1,3)

(1,4)

(1,5)

(1,6)

(2,1)

(2,2)

(2,3)

(2,4)

(2,5)

(2,6)

(3,1)

(3,2)

(3,3)

(3,4)

(3,5)

(3,6)

(4,1)

(4,2)

(4,3)

(4,4)

(4,5)

(4,6)

(5,1)

(5,2)

(5,3)

(5,4)

(5,5)

(5,6)

(6,1)

(6,2)

(6,3)

(6,4)

(6,5)

(6,6)

Assim, temos 36 resultados possíveis nesses lançamentos.

35

e-Tec Brasil
Entretanto, podemos chegar a essa conclusão utilizando outro raciocínio, que
seria a multiplicação das possibilidades de resultado para cada um dos dados:
1º dado

2º dado
6 x 6 = 62 = 36

6 possibilidades

6 possibilidades

Faça da mesma maneira lançando três dados consecutivos:
1º dado

2º dado

3º dado
6 x 6 x 6 = 63 = 216

6 possibilidades

6 possibilidades

6 possibilidades

Generalizando, com n lançamentos consecutivos:
1º dado

2º dado

3º dado

n° dado
(...)

6 possibilidades

6 possibilidades

6 possibilidades

6 x 6 x (...)x 6 = 6n
6 possibilidades

Logo percebemos que esta situação representa uma potência, ou seja, um
caso particular da multiplicação.
Desta maneira, podemos definir potência como um produto de fatores
iguais. Veja a representação matemática que define potência:
an= a .a . a . a . (...) a
Onde: “a” é a base
“n” é o expoente, o resultado é a potência.
Por exemplo:
(-2)2 = (-2).(-2) = 4
(-3)3 = (-3). (-3). (-3) = -27
44 = 4.4.4.4 = 256
55 = 5.5.5.5.5 = 3125
Observação:
•	 Pela observação dos exemplos acima temos as seguintes conclusões:
	(+)par	 =	+
	(-)par	 =	+
	(+)ímpar	 =	+
	(-)ímpar	 =	–
–– Expoente par o resultado dá sempre positivo
–– Expoente ímpar sempre se conserva o sinal da base

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Matemática Financeira
5.1.1 Casos particulares
Considere a seguinte sequência de potência de base 2:
24 = 16
¯:2
23 = 8
¯:2
22 = 4
¯:2
21 = 2
¯:2
20 = 1
¯:2
1
2-1 =
2
¯:2
1
2-2 =
4
¯:2
1
2-3 =
8
¯:2
2-4 =

1
...
16

Com estes resultados concluímos que:
1.	 Toda potência de expoente 1 é igual à base
a1 = a
2.	 Toda potência de expoente zero é igual a 1, sendo a ≠ 0.
a0 = 1
3.	 Toda potência de expoente negativo é igual ao inverso da potência de
expoente positivo
a-n= 1n , sendo a  0
a
Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização

37

e-Tec Brasil
5.1.2 Propriedades das potências:
As propriedades das potências são utilizadas para simplificar os cálculos aritméticos, observe as mais utilizadas no dia-dia:
am . an = am + n
am : an = am – n
(am)n = am . n
A seguir temos alguns exemplos dos casos particulares e das propriedades
das potências.
a)	 10 = 1
b)	 51 = 5
1
1
c)	 2-5 = 5 =
2
32
d)	 22 . 23 = 22+3 = 25 = 32
e)	 23 ÷ 22 = 23-2 = 21 = 2
f)	 (22)3 = 26 = 64

Resumo
Nesta aula, retomamos o significado da potenciação por meio de exemplos práticos relacionados à probabilidade e estatística. Tais exemplos serão
úteis ao entendimento que se tem sobre as fórmulas as quais serão vistas
mais adiante.

Atividades de aprendizagem
1.	 Em 7² = 49, responda:
a)	 Qual é a base?

b)	 Qual é o expoente?

c)	 Qual é a potência?

e-Tec Brasil

38

Matemática Financeira
2.	 Escreva na forma de potência: (D.I.: OS EX. ESTÃO COM RESPOSTAS?)
a)	 4x4x4= (R: 4³)
b)	 5x5 = (R: 5²)
c)	 9x9x9x9x9= (R: 95)
d)	 7x7x7x7 = (R: 74)
e)	 2x2x2x2x2x2x2= (R: 27)
f)	 cxcxcxcxc= (R: c5)
3.	 Calcule a potência:
a)	 3² = (R: 9)

b)	 8² = (R: 64)

c)	 2³= (R: 8)

d)	 3³ = (R: 27)

e)	 6³ = (R: 216)

f)	 24 = (R: 16)

Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização

39

e-Tec Brasil
Aula 6 – Taxas e coeficientes
Nesta aula, você compreenderá a diferença entre as taxas e coeficientes. Veremos também os tipos de taxas.
Acompanhe a citação:
“No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e
executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de
juros principalmente no que se refere às taxas nominal, efetiva e real.
O desconhecimento generalizado desses conceitos tem dificultado
o fechamento de negócios pela consequente falta de entendimento
entre as partes. Dentro dos programas dos diversos cursos de
Matemática Financeira existe uma verdadeira ‘poluição’ de taxas de
juros.” (SOBRINHO, 2000)

As taxas se referem aos valores expressos preferencialmente em porcentagem enquanto que os coeficientes são estritamente numéricos (números
decimais). Já os coeficientes dizem respeito a valores independentes da representação em porcentagem, os valores passam a ser absolutos. Se as taxas
são expressas em grupos de 100 partes (por cento), os coeficientes servem
para qualquer quantidade de dados numéricos e ajudam a representar intervalos, variações de máximo e mínimo, de correlação com tabelas preestabelecidas. Veja um exemplo, que relata parte de uma notícia no jornal valor
econômico online:

“Se, de um lado, a expectativa de um corte maior nos juros indica inflação mais alta para 2012 e 2013, seu impacto na atividade deve acelerar o crescimento econômico no próximo ano, avaliam economistas
ouvidos pelo Valor. Após a redução de 0,75 ponto percentual na Selic,
que foi para 9,75% ao ano na semana passada, analistas revisaram ligeiramente para cima suas projeções para o avanço do Produto Interno
Bruto (PIB) de 2013, de 4,15% para 4,20%, segundo o Boletim Focus
divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. As estimativas para
este ano foram mantidas em 3,3%.”
Fonte:http://www.valor.com.br/brasil/2566168/queda-da-selic-eleva-projecoes-para-o-pib-de-2013-no-focus,
acessado em 03/12.

41

e-Tec Brasil
Na notícia acima os valores 9, 75 %, 4,20%, 4,15%, 3,3 % são determinadas como taxas. Já o valor 0,75 é o que entendemos por coeficiente.

Para entender a taxa básica de
juros, é preciso primeiro saber
o que é o juro. O dicionário
Houaiss o define como “quantia
que remunera um credor pelo
uso de seu dinheiro por parte
de um devedor durante um
período determinado, ger. uma
percentagem sobre o que foi
emprestado; soma cobrada
de outrem, pelo seu uso, por
quem empresta o dinheiro”.
Em linguagem mais simples,
Carlos Antonio Luque, professor
da Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade
da Universidade de São Paulo
(USP), dá um exemplo de
como isso funciona: “Se eu
tiver à disposição uma maçã
e se alguém quiser tomá-la
emprestada, eu vou exigir
que, no futuro, essa pessoa
me devolva a maçã e mais um
pedaço. Esse pedaço extra é o
que representa os juros”.
http://revistaescola.abril.com.
br/geografia/fundamentos/taxabasica-juros-479759.shtml

e-Tec Brasil

No Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda
deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras
atividades como educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses
títulos aplica seu dinheiro para, em troca, receber uma contrapartida: os
juros. Mas quem define isso? “O Banco Central, que administra os leilões
de títulos do governo, define uma remuneração sobre eles, que é a taxa
básica de juros”, explica o professor. Dentro desse órgão, existe outro chamado Comitê de Política Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e
sua função é, como diz o próprio nome, definir as diretrizes da política monetária do país e a taxa básica de juros. Periodicamente, o Copom divulga
a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a média de
juros que o governo brasileiro pago aos empréstimos tomados de bancos.
É a Selic que define a taxa básica de juros no Brasil, pois é com base nela
que os bancos realizam suas operações, influenciando as taxas de juros de
toda a economia.
Aumentar ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à
economia de um país. “Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros,
ele está nos dando a seguinte orientação: ‘Não consumam hoje os bens,
peguem seu dinheiro e apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês
poderão consumir mais no futuro’. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que
é mais conveniente comprar os bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-los”, diz Carlos Antônio Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros
atrai mais investimentos em títulos públicos e a quantidade de dinheiro em
circulação diminui. Com isso, as pessoas compram menos. A lei de mercado
faz com que a queda na demanda baixe os preços dos produtos e serviços
em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da inflação, mas o ritmo
da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida, acontece o inverso:
os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo e passam a
aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro circulando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e
serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como
um todo. Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço
da inflação.

42

Matemática Financeira
6.1 Tipos de Taxas
Há vários tipos de taxas nas operações financeiras, veremos algumas:

6.1.1 Taxa Proporcional
Quando entre duas taxas existe a mesma relação que a dos períodos de
tempo a que se referem, elas são proporcionais. Utilizada na capitalização
simples, como podemos observar no exemplo:
12 % ao ano são proporcionais a 6 % ao semestre.
5 % ao trimestre são proporcionais a 20 % ao ano.

6.1.2 Taxa Equivalentes
São aquelas que, referindo-se a períodos de tempos diferentes, fazem com
que o capital produza um mesmo montante num mesmo tempo. Muito utilizado na capitalização composta. Exemplo:
1,39 % ao mês são equivalentes a 18 % ao ano.
26,824 % ao ano são equivalentes a 2 % ao mês.

6.1.3 Taxa nominal
É a taxa que vem descrita nos contratos ou documentos financeiros. Quando
procuramos um financiamento junto a um agente financeiro, ele sempre nos
informa a taxa anual do contrato.
Pra entendermos melhor, observe a situação:
“A Caixa Econômica Federal oferece dinheiro a 5 % ao ano, com capitalização mensal.”
A taxa de 5 % acima é dita Nominal.
Também, podemos defini-la como sendo a taxa em que os períodos de capitalização dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está
referida. Exemplos:
1200% a.a. com capitalização mensal.
30 % a.s. com capitalização mensal.

6.1.4 Taxa Efetiva
É quando o período de capitalização dos juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está referida.
Exemplos:
120% a.m. com capitalização mensal.
45% a.s. com capitalização semestral.

Aula 6 – Taxas e coeficientes

43

e-Tec Brasil
6.1.5 Taxa Real
É a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação.
Pagamento do Imposto de Renda
Pessoa Física: um exemplo de
taxa a pagar.
Fonte: http://g1.globo.com/
economia/imposto-derenda/2012/noticia/2012/02/
tabela-do-imposto-de-renda2012-foi-corrigida-em-45conheca-os-limites.html,
Acesse!!!!!

Resumo
Nesta aula vimos a definição de taxas e coeficientes, bem como os tipos
de taxas: a taxa nominal, equivalente, proporcional, efetiva e a taxa real.
Na sequência veremos que a transformação de taxas será bastante útil nos
cálculos financeiros.

Atividades de aprendizagem
1.	 Pesquise e Responda:
a)	 Qual a diferença entre taxa e coeficiente?

b)	 Qual a diferença entre taxa proporcional e equivalente?

c)	 Qual a diferença entre taxa nominal e efetiva?

d)	 Qual a diferença entre taxa real da efetiva?

e-Tec Brasil

44

Matemática Financeira
Aula 7 – Calculando as taxas
Nesta aula de hoje veremos como calcular as diversas taxas de juros.
Faremos alguns exercícios para se apropriar desse conhecimento.
Segundo Camargo (2010): “... todo cálculo de matemática financeira se
baseia no desconto ou capitalização de um valor monetário através da utilização de uma taxa de juros.”
Numa operação financeira a escala de tempo (n) utilizada na operação deve
coincidir com a mesma unidade de tempo referenciada na taxa de juros (i).
ou seja, se tivermos prestações mensais, por exemplo, a taxa de juros deve
ser especificada também em meses.
Quando a escala de tempo (n) e a taxa de juros (i) não estiverem especificadas
na mesma unidade de tempo, é necessário compatibilizá-las alterando a escala de tempo ou o período a que a taxa se refere (SOUZA, CLEMENTE, 2004).
Para alterar o período de taxas diferentes, utilizamos diariamente duas operações: a conversão de taxas nominais em taxas efetivas, o que se dá pelo
processo de proporcionalidade, ou a conversão de uma taxa efetiva em outra taxa efetiva, o que se dá pelo processo de equivalência.

7.1  roporcionalidade entre taxas:
P
conversão de taxa nominal para
efetiva (capitalização simples)
Vamos relembrar a diferença entre taxa nominal e efetiva. Uma taxa de juros
é dita nominal quando o período de referência da taxa não coincide com o
período de capitalização, ou seja, a taxa pode estar especificada em ano,
mas o pagamento de juros é feito mensalmente, o que acontece em diversos
tipos de contratos de financiamentos.
Por exemplo: Pode ter em um contrato uma taxa nominal de 16% ao ano
com capitalização mensal.

45

e-Tec Brasil
Para a taxa efetiva, o tratamento é diferente. Ela é aquela efetivamente utilizada na operação, pois o período de referência da taxa é igual ao período
de capitalização do valor monetário. Ou seja:
Ex: taxa efetiva de 1,5 % ao mês com capitalização mensal

7.1.1 A proporcionalidade
Relembrando o que vimos na aula 2 no item 2.2 sobre proporção, sabemos
que a proporcionalidade é a igualdade entre razões. Entre duas taxas de juros,
significa que a razão entre as taxas é igual a razão entre seus períodos, portanto:
Razão entre as taxas: I1
I2
Razão entre os períodos (tempo) n1
n2
Proporção entre razão das taxas e razão dos períodos: I1 = n1
I2 n2
Assim, 15%a.a. é proporcional a 1,25%a.m, pois se calcularmos pela proporção temos:
15 = 12
x
1
15 . 1 = 12 . x
15 = 12x
15 = x
12
x = 1,25
Somente taxas efetivas, que se referem ao mesmo período de capitalização,
podem ser utilizadas nos cálculos financeiros, pois esta representa a real
remuneração do capital. Portanto, toda vez que tivermos uma taxa nominal
precisamos transformá-la em taxa efetiva para fins de cálculos. Vejamos mais
alguns exemplos.
Exemplo 1 –  ncontrar a taxa efetiva mensal de 24% a.a. com capitaE
lização mensal.
Resolução:
Primeiramente devemos pegar a taxa nominal e transformá-la em uma taxa
mensal, assim consideramos seu tempo igual 12, pois cada ano tem doze meses.

e-Tec Brasil

46

Matemática Financeira
Aí jogamos na proporção:
24 = 12
x
1

Processo rápido

24 . 1 = 12 . x
24 = 12x

24% a.a. / 12 meses = 2% a.m.
	

taxa nominal	

taxa efetiva

24 = x
12
x=2
Exemplo 2 –  ual a taxa efetiva bimestral da taxa nominal de 21% a.s.?
Q
Resolução: :
21 = 3
x
1
Processo rápido
21 . 1 = 3 . x
21 = 3x
21 = x
3

21% a.s. / 3 bimestres = 7% a.b.
	

taxa nominal	

taxa efetiva

x=7
Observação: A taxa semestral teve que ser dividida por três para chegarmos
à taxa efetiva bimestral, pois em cada semestre temos três bimestres.
Exemplo 3 –  m banco anuncia taxa nominal de 1,5% a.m. em suas
U
operações de crédito. Nesse caso, qual a taxa efetiva semestral da operação?
Resolução: :
1,5 = 1
x
6

Processo rápido

1,5 . 6 = 1 . x
9=x
x=9

1,5% a.m. * 6 meses = 9% a.s.
	

taxa nominal	

taxa efetiva

Observação: Como temos uma taxa ao mês, porém o pagamento de juros
só é feito semestralmente, devemos multiplicar a taxa nominal por seis, visto
que um semestre tem seis meses.

Aula 7 – Calculando as taxas

47

e-Tec Brasil
7.2  quivalências de taxas: conversão entre
E
taxas efetivas (capitalização composta)
Como já vimos anteriormente, uma taxa é efetiva quando o período ao qual
esta se refere é o mesmo período de capitalização dos juros. Um exemplo
seria uma aplicação financeira que remunera o investidor de dois em dois
meses e anuncia uma taxa bimestral. É comum encontrar taxas efetivas que
não especificam o período de capitalização, ou seja, apenas são demonstradas como 5%a.b., por exemplo.
Desse modo duas taxas de juros efetivas são ditas equivalentes se, ao
serem aplicadas sobre um mesmo principal (capital ou VP), durante
um mesmo período de tempo (n), produzirem o mesmo valor futuro
(montante ou VF), como mostrado pela equação seguinte.
VP (1 + i1)1 = VP (1 + i2)2
Para encontrar uma taxa equivalente utilizamos a seguinte equação:
i2 = (1 + i1)n2/n1 - 1
Onde:
•	 i2 é a taxa de juros que quero encontrar,
•	 i1 é a taxa de juros para o período que já tenho,
•	 n2 é o período de tempo em dias da taxa que quero encontrar
•	 n1 é o período em dias referente a taxa de juros que já tenho. Para simplificar, utilizamos a fórmula abaixo que facilita mais:
iquero = (1 + itenho)prazo em dias que quero/ prazo em dias que tenho - 1
Onde iquero é a taxa que quero, e assim por diante.
Acompanhe os exercícios resolvidos para facilitar.
Exercício resolvido 1 – Achar a taxa equivalente semestral de 1,25% a.m.
Resolução:
Nesse exemplo a taxa que você tem é a mensal, e a taxa que você quer
encontrar é a semestral. Cada mês tem 30 dias (prazo que tenho) e cada
semestre é composto por 180 dias (prazo da taxa que quero encontrar). Sabendo disso é fácil realizar o cálculo, utilizando a fórmula:
iquero = (1 + itenho)prazo em dias que quero/ prazo em dias que tenho - 1
e-Tec Brasil

48

Matemática Financeira
isemestral = (1 + 0,0125)
i

semestral

180
3

–1

= (1,0125) – 1
60

isemestral = 1,07738 – 1
isemestral = 0,07738 – 1
is = 0,07738 . 100
is = 7,73831

7,74

Só lembrando que a taxa é 7, 7381 é a taxa unitária semestral. Para transformá-la em taxa de juros percentual é preciso multiplicar por 100.
Comprovando: se ambas as taxas aplicadas pelo mesmo período produzem
o mesmo montante, façamos o teste fictício.
Se aplicarmos um capital de R$ 5.000,00 por 60 meses, com capitalização
mensal e depois com capitalização semestral, será que termos o mesmo
montante? Iremos usar a formula de capitalização composta, que veremos
mais adiante. M = C . (1 + i)n
Capitalização mensal	
Com capitalização semestral
Dados:	Dados:
i = 0,0125 	
i = 0,07738381
n = 60 meses	
n = 10 semestres
VP = 5.000,00	
VP = 5.000,00
VF= 2.500.000(1+0,0773831)10
VF = 500.000 (1 + 0,0125)60	
VF = R$10.535,90	
VF = R$10.535,90
Obviamente este resultado só foi possível, pois utilizamos a taxa semestral
com todas as casas decimais existentes (16 casas depois da vírgula). Como a
maioria das calculadoras só chega a apresentar 10 casas decimais, o resultado nem sempre é exatamente igual. Nos próximos exemplos, no entanto, só
apresentaremos taxas com quatro casas decimais.
Exercício resolvido 2 – Converter 24% a.a. em taxa bimestral
Resolução:
A taxa que queremos encontrar aqui é bimestral, cujo prazo é de 60 dias,
enquanto que a taxa que temos é anual com 360 dias. Assim é só substituir
os valores na fórmula. Sendo assim temos:
iquero = (1 + 0,24)60/360 – 1
ia.b = (1,24)1/6 – 1 = 0,0365 ou 3,6502% a.b.
Aula 7 – Calculando as taxas

49

e-Tec Brasil
7.3  omparações entre proporcionalidade
C
e equivalência
Sabe-se que 1% a.m. é proporcional a 12% a.a., pois 0,01/0,12 = 1/12. Porém, no regime de capitalização composta, estas não são taxas equivalentes,
pois como pode ser visto abaixo, se forem aplicadas sobre o mesmo capital
(R$1.000,00) pelo mesmo período de tempo (1 ano = 12 meses) não produzirão o mesmo montante.
Cálculo com taxa mensal:	
i = 0,01	
n = 12 meses	
C = R$1.000,00	
M = 1.000 (1 + 0,01)12	
M = R$1.126,82	

Cálculo com taxa anual:
i = 0,12
n = 1 ano
C = R$1.000,00
M = 1.000 (1 + 0,12)1
M = R$1.120,00

Segundo Camargo:
“O capital aplicado a uma taxa mensal produz um montante maior,
pois será capitalizado mais frequentemente, o quer gerará mais juros
sobre juros. Assim, o rendimento de juros auferido no primeiro mês
será novamente capitalizado e produzirá um juro maior no mês seguinte, e assim por diante. (2010, p.56)

Isso mostra a importância de determinar exatamente a taxa de juros da operação, visto que esta é uma variável de fundamental importância nos cálculos financeiros e análise de investimentos.

Resumo
Vimos nessa aula como calcular taxas proporcionais (capitalização simples) e
taxas equivalentes (capitalização composta).

Atividades de aprendizagem
1.	 Qual a taxa anual equivalente a 2% ao trimestre?
Solução:

R = 8,24
e-Tec Brasil

50

Matemática Financeira
2.	 Qual a taxa semestral equivalente a 5,6 % ao mês?
Solução:

R= 38,67
3.	 Qual o montante de um principal de R$72.000,00, no fim de 1 ano, com
juros de 8% a.a./a.t?
Solução:

R= R$77.935,12

Aula 7 – Calculando as taxas

51

e-Tec Brasil
4.	 Determinar:
a)	 A taxa efetiva para 30 dias (mensal) proporcional a 24% a.a. na capitalização simples?
Solução:

R= 2
b)	 Taxa nominal anual proporcional 3% a.m.
Solução:

R= 36 %

e-Tec Brasil

52

Matemática Financeira
Aula 8 – Capitalização simples
Nesta aula veremos como se calcula o juro simples, o montante
como sendo a soma do capital com o juro, o desconto simples.

8.1 Definindo capitalização simples
É o regime de capitalização (construção de capital) em que a taxa de juros
utilizada é simples. Vamos ver um exemplo para facilitar nossa compreensão:
Exemplo:
Imaginemos a situação de um empréstimo de R$ 1.000,00 que você fez
perante seu primo. A taxa estipulada foi no valor de 10% ao mês, para um
prazo de 10 meses. Acompanhe a evolução dos juros nessa situação financeira, no quadro abaixo:
Mês

Saldo Inicial

Juros

Saldo Final do mês

0

-

-

1.000,00

1

1.000,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.100,00

2

1.100,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.200,00

3

1.200,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.300,00

4

1.300,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.400,00

5

1.400,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.500,00

6

1.500,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.600,00

7

1.600,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.700,00

8

1.700,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.800,00

9

1.800,00

1.000,00 x 0,10 = 100

1.900,00

10

1.900,00

1.000,00 x 0,10 = 100

2.000,00

Podemos observar que a coluna dos juros na tabela acima, sempre se manteve constante, ou seja, os juros foram o mesmo. Por isso, dissemos que na
capitalização simples os “juros são calculados, sobre o valor do capital
inicial”, que nesse caso foi de R$ 1.000,00.
Também podemos considerar o regime de capitalização simples, equivalente
aos conceitos matemáticos, correspondentes a Função Afim e Progressão
Aritmética (P.A), onde os juros crescem de forma constante ao longo do tempo. Como vimos no exemplo acima, onde o capital de R$1.000,00 (dinheiro
emprestado) aplicado por dez meses a uma taxa de 10% a.m., acumula um
montante de R$2.000,00 no final. Graficamente a tabela acima fica:

53

e-Tec Brasil
2200
2000

Valores

1800
1600
1400
1200
1000
800
0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

Período
Figura 8.1: Gráfico
Fonte: Elaborado pelo autor

O gráfico representa uma função polinomial do 1º grau, usualmente chamada de função afim, cuja simbologia é y = ax + b.
Note que o primeiro valor assumido pela função é igual a R$1.000,00; e com
o passar dos 10 meses, a função vai assumindo os valores de uma PA (1.000;
1.100 ; 1.200 ; . . . ; 2.000) cuja razão vale R$100,00 (os juros).
Segundo Souza e Clemente (2000), o juro representa o custo da imobilização
de uma unidade capital por certo período de tempo. Normalmente, o juro
é expresso através de uma taxa que incide sobre o valor imobilizado (base).
Juros? E os juros?
Os juros são representados em taxas (por cento), muitas vezes prefixadas por
alguma política financeira ou índice predefinido pelo governo. O importante
é que ambas (taxas e coeficientes) são modos de expressar os índices que
determinada gestão ou diretoria utiliza para controlar e reajustar preços e
demais aplicações financeiras.
E quando aparecem anúncios sedutores de prestações sem juros?

Figura 8.2: Divulgando o Credconstrução
Fonte: http://1.bp.blogspot.com

e-Tec Brasil

54

Matemática Financeira
Antes de irmos para a fórmula precisamos conhecer alguns elementos, tais
como:
•	 O dinheiro que se empresta ou que se pede emprestado é chamado de
valor presente ou capital “C”.
•	 A taxa de porcentagem que se paga ou se recebe pelo aluguel do dinheiro é denominada taxa de juros “J”.
•	 O tempo n deve sempre ser indicado na mesma unidade a que está submetida à taxa “i”, e em caso contrário, deve-se realizar a conversão para
que tanto a taxa como a unidade de tempo estejam compatíveis, isto é,
estejam na mesma unidade.
•	 O total pago no final do empréstimo, que corresponde ao capital mais os
juros, é denominado valor futuro ou montante “M”.

8.2 Fórmula para cálculo do juro simples
J = C.i.t

Saiba mais
Para calcular os juros simples de um valor presente ou capital “C”, durante “t” períodos com a taxa percentual “i”, utilizamos uma variação
temporal da função linear:
f(t) = a.t

J = C.i.t

Note a semelhança da fórmula f(t) com a fórmula J
Alguns exemplos resolvidos:
1.	 Um valor de R$ 4.000,00 foi aplicado a uma taxa de juros simples de 4%
ao mês. Qual seria o valor dos juros simples durante cinco meses?
Resolução
J=C.i.n
J = 4.000,00 . 0,04 . 5
J = 4.000,00 . 0,20
J = 800,00
Aula 8 – Capitalização simples

Transformando a taxa percentual em decimal:
4 % = 4/100 = 0,04

55

e-Tec Brasil
2.	 Qual o valor de um capital que, aplicado à taxa de juros simples de 2%
ao mês, rendeu depois de um ano R$240,00 de juros?
Resolução
Como a taxa mensal é 2% = 0,02, devemos considerar, para o tempo de 1
ano, 12 meses, pois tempo e taxa devem estar na referência temporal (neste
caso em meses). Assim:
J = C. i .t
240 = C . 0,02. 12
240 = C . 0,24
C = 240
0,24
C = 1000
Veja que o capital aplicado inicialmente foi de R$1.000,00.
Um empréstimo de R$10.000,00 rendeu juros simples de R$2.700,00 ao
final de 6 meses. Qual a taxa mensal de juros do empréstimo?
Resolução: Dados: C = 10.000 	
mos encontrar a taxa, “i” ?

J = 2.700 	

t = 6 meses, quere-

Temos: J = C. i .t, isolando o “i” para facilitar, a formula fica: i =
i=

J
C.t

2.700
10.000 . 6

i = 2.700
60.000
i = 0,045
i = 4,5%
A taxa de juros do empréstimo foi de 4,5% ao mês.
Ao trabalhar com as fórmulas de juros simples devemos nos atentar
para algumas particularidades:
a)	 A taxa percentual “i” deve ser OBRIGATORIAMENTE transformada em
coeficiente (forma decimal). Por exemplo, se a taxa for de (10%), devemos dividi-la por 100, transformando-a no coeficiente (0,10);

e-Tec Brasil

56

Matemática Financeira
Em Resumo
Forma Percentual

Transformação

Forma Decimal

12% a.a.

12
100

0,12

0,5% a.m.

0,5
100

0,005

b)	 Se o período e a taxa de juros não possuírem o mesmo referencial temporal, deve ser feita a conversão de um deles (preferencialmente o mais fácil).
Por exemplo: uma taxa de 5% a.m. e o período de 2 anos. Essa situação
precisa, ou melhor, necessita ser convertida: a taxa para ano ou o período
para mês:
1ª Opção: convertendo o período para mês (2 anos equivalem a 24 meses).
Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa mensal de 5% e o
período de 24 meses).
1
2ª Opção: convertendo a taxa para anos (1 mês equivale a 12 anos). Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa anual de 0,41% e período
de 2 anos).

Resumo
Nesta aula estudamos o conceito de juros e sua evolução; como calculá-lo
na capitalização simples, e determinando o valor dos juros com o capital,
que entendemos por Montante. Vimos também alguns exercícios resolvidos.

Atividades de aprendizagem
1.	 Apresente uma definição sobre juros?

2.	 Pesquise:
a)	 O que quer dizer capitalização simples?

Aula 8 – Capitalização simples

57

e-Tec Brasil
b)	 O que quer dizer a lei 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor?

3.	 Nos exercícios abaixo, calcule o que se pede:
a)	 Calcular os juros produzidos por um capital de R$ 100.000,00 durante 3
meses a taxa de 1,5 % ao mês

b)	 Qual o juro produzido pelo capital de R$ 200.000,00 durante 1 ano a
taxa de 2 % ao mês.

c)	 Depositei R$ 12.000,00 durante 2 anos, a taxa de 42 % ao ano. Quanto
recebi de juros?

d)	 Transforme as seguintes unidades numa só:
•	 3 anos e 4 meses em meses

•	 5 anos e 20 dias em dias

•	 3 meses e 5 dias

•	 5 anos, 3 meses e 12 dias em dias

e-Tec Brasil

58

Matemática Financeira
Aula 9 – Tipos de Juros e

cálculo de montante
Na aula de hoje estudaremos as diferenças entre juros ordinários
e exatos. Veremos também a regra do banqueiro.

9.1 Algumas definições usuais
“Juro é o valor que se paga pelo uso de dinheiro que se toma emprestado”,
refere-se ao quanto será acrescentado à parcela de compra para cobrir as
despesas financeiras, que por vezes é uma das partes do lucro.
“Juro é o dinheiro produzido quando o
capital é investido”, refere-se à rentabilidade de fundos de investimento. Por
exemplo, a poupança, títulos de capitalização, investimentos de alto e baixo risco.

Inserir uma imagem
sobre juros

Segundo Castanheira e Serenato (2008,
p. 22) o juro é calculado por intermédio
de uma taxa percentual aplicada sobre o
capital que “sempre se refere a uma unidade de tempo: ano, semestre, bimestre,
trimestre, mês e dia”.
Nas operações que envolvem juros, é importante diferenciar os juros exatos
dos ordinários, Então preste atenção!!!

9.2 Juros Ordinários
Definimos como juros ordinários aquele que trabalha com o tempo comercial. O tempo comercial define o mês com 30 dias, o mesmo acontece com
o ano comercial, cujo número de dias é igual a 360.

9.3 Juros Exatos
Como o próprio nome diz, considera-se o mês igual ao do calendário civil, ou
seja, meses com 30 ou 31 dias. Não podemos esquecer o mês de fevereiro
que tem 28 dias ou 29, se for bissexto. Já o ano pode ter 365 ou 366 dias
(ano bissexto).

59

e-Tec Brasil
Vejamos alguns exemplos:
1.	 Um capital de R% 5.000,00 foi aplicado a juros simples durante os meses
de maio e junho, a uma taxa de 24 % ao ano. Calcule os juros ordinários
e os juros exatos.
Juros ordinários
Dados: C = 5.000,00 	
i = 24 % ao ano = 0,24 a. a
N = 2 meses, transformando em ano, temos 2/12 em anos. Substituindo
na formula J = C. i. n,
J = 5.000,00 0,24 . 2/12 = 200
Juros exatos
Dados: C = 5.000,00 	
i = 24 % ao ano = 0,24 a. a
N = 2 meses, transformando em ano, temos 61/365 em anos. Substituindo na formula J = C. i. n,
J = 5.000,00 0,24 . 61/365 = 200,55

9.4 Juros pela regra do banqueiro
Nessa regra, considera-se o tempo tanto no modo civil juntamente com o
tempo comercial. Para facilitar vamos rever o exemplo acima, mas calculado
pela regra do banqueiro, observe:
Dados: C = 5.000,00 	
J = C. i. n
J = 5.000,00 . 0,24 . 61/360
J = 203,33

i = 24 % ao ano = 0,24 a. a

Como podemos observar os juros calculados pela regra do banqueiro é
maior que os juros exatos e ordinários.
Os juros do cheque especial
utilizado pelos bancos, seguem
uma composição do “Método
Hamburguês”, que considera
apenas os dias em que o saldo
é negativo. Assim, podemos
generalizar a formula por J = i.
∑Cj . nj , onde j varia de 1 até Z.

9.5 Fórmula para cálculo do montante
Para calcular o valor futuro ou montante “M”, durante “t” períodos com
uma taxa percentual “i”, sobre um valor presente ou capital “C”, utilizamos
uma variação temporal da função afim:
f(t) = a.t + b bb

e-Tec Brasil

60

M=J+C

M = C.i.t+ C

Matemática Financeira
Note a semelhança da fórmula f(t) com a fórmula M, que pode evoluir para:
M = C.(1 + i.t)
Vejamos alguns exemplos resolvidos
1.	 Qual o montante de um capital de R$1.000,00 aplicado à taxa de juros
simples de 10 % ao ano pelo prazo de 2 anos ?
Resolução
Dados: C = 1.000	
i = 10% = 0,1	
t = 2 anos
Queremos encontrar o montante, ou seja, o valor de M. Sabemos que a
formula é M= C.(1 +i. t)
M = 1.000.(1 + 0,1. 2)
M = 1.000. (1 + 0,2)
M = 1.000. (1,2)
M = 1.200
O montante, após 2 anos, à taxa de juros simples de 10 % ao ano, será
de R$1.200,00.
2.	 Determinar o montante correspondente a uma aplicação de R$450.000,00
por 225 dias com taxa de juros simples de 5,6% ao mês.
Resolução: Dados: C = 450.000 	
i = 5,6% ao mês
t = 225 dias 	
M=?
Antes de alimentarmos a fórmula do montante com os dados, precisamos converter, pois a taxa está em meses e o período está em dias:
1ª Opção: convertendo o período para mês (1 mês equivale a 30 dias).
Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa mensal de 5,6% e
o período de 225 meses).
30
1
2ª Opção: convertendo a taxa para dias (1 dia equivale a
meses).
30
Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa diária de 5,6 % e
30
período de 225 dias).
Resolvendo pela 1ª opção:
M = C.(1 +i .t)
225
M = 450.000.(1 + 0,056 . 30 )
12,6
M = 450.000.(1 + 30 )
M = 450.000.(1 + 0,42)
M = 450.000.(1,42)
M = 639.000
Aula 9 – Tipos de Juros e cálculo de montante

61

e-Tec Brasil
Resolvendo pela 2ª opção:
M = C.(1 +i .t)
0,056
M = 450.000.(1 + 30 . 225)
M = 450.000.(1 + 0,42)
M = 450.000.(1,42)
M = 639.000
O montante será de R$639.000,00

Resumo
Vimos nessa aula: juros ordinários, juros exato, tempo comercial, civil, cálculo do montante de capitalização simples.

Anotações

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62

Matemática Financeira
Aula 10 – Descontos simples

O objetivo da aula é proporcionar a compreensão de como funciona a questão do desconto simples nas operações financeiras:
o desconto comercial.

10.1 Descontos
Quando uma pessoa contrai uma dívida é muito comum o credor emitir um
documento que serve como comprovante desta operação financeira, este
documento é chamado de título. O valor que descreve a dívida ou crédito
nesse documento é chamado de valor nominal. Muitas empresas possuem
o direito de receber os valores contidos nestes títulos e utilizam um produto
bancário chamado de “desconto”. Este produto visa antecipar o valor a ser
recebido em uma data futura, buscando assim, atender eventuais necessidades de caixa. Exemplos de títulos: nota promissória; duplicata; letras de
câmbio e cheques.
Assim podemos definir desconto como sendo:
“antecipação do pagamento de uma dívida ou o abatimento proporcional ao tempo de antecipação da dívida.”
Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras:
o desconto comercial e o desconto racional. Discutiremos nessa aula
somente desconto comercial.

10.1.1 Desconto comercial ou desconto por “fora”
Esta modalidade de desconto é amplamente utilizada no mercado, principalmente em operações bancárias e comerciais de curto prazo. A taxa de
desconto neste sistema incide sobre o montante ou valor nominal do título
(ou dívida); em consequência disto, gera-se um valor maior e mais justo de
desconto do que no sistema racional. Este desconto equivale aos juros simples, em que o capital corresponde ao valor nominal do título.
Vamos identificar alguns elementos do desconto comercial, para facilitar
nosso entendimento:

63

e-Tec Brasil
N = valor nominal
V = valor atual
Dc = desconto comercial
d = taxa de descontos simples
n = número de períodos (tempo de antecipação)
No desconto comercial, a taxa de desconto (d) incide sobre o valor nominal
(N) do título. Logo a fórmula que utilizamos é:
Dc = N . d . n
Em outras palavras, segundo Abreu: “... desconto comercial (Dc) corresponde ao juro produzido pelo valor nominal (N) da dívida, considerando-se como
prazo o número de períodos antecipados e a aplicação de uma determinada
taxa de desconto (d)”(2009,p.28).
Observe o exemplo:
Um título no valor de R$ 6.500,00, emitido em 10/03/2007 com vencimento para o dia 29/07/2007, foi descontado à taxa de desconto de
30% ao trimestre no dia 10/05/2007. Determine o valor do desconto
recebido na operação.
Solução: O primeiro aspecto a observar é o cenário que temos. Dessa forma apresentamos uma linha do tempo, para facilitar nosso
raciocínio.
Data Emissão	
Data resgate.	
Data do Vencimento.
10/03/2007	10/05/2007	29/07/2007
80 dias

Os dados que temos são:
N = 6.500,00 - valor nominal
D = 30% a.t.
n = 80 dias, ou 80/90 trimestres
Substituindo na formula Dc = N . d . n temos:
Dc = N . d . n
Dc = 6.500,00 . 0,30 . 80/90
Dc = 1.733,33

e-Tec Brasil

64

Matemática Financeira
Viram como é fácil!!! Vejamos outro exemplo:
Exemplo 2
Considere um título cujo valor nominal seja R$10.000,00. Calcule o desconto comercial a ser concedido para um resgate do título 3 meses antes da
data de vencimento, a uma taxa de desconto de 5% a.m.
Solução:
V = 10.000,00 . 0,05 . 3
Dc = 500,00 . 3
Dc = 1.500,00

10.2 Valor atual no desconto comercial
O valor atual no desconto comercial é a diferença entre o valor da
dívida e o valor pago por ela, depois de se ter efetuado uma antecipação em seu vencimento. Assim para calcular o valor atual no desconto comercial (Vac) utilizamos a expressão:
Vac = N - Dc
Sabendo-se que Dc = N.i.n, podemos substituí-la e usar a expressão:
Vac = N . (1 - d . n)
Vamos ver como se dá, na prática, esse cálculo.
Suponha que uma dívida de R$ 50.000,00 com vencimento previsto para
25/08/2011 foi quitada em 11/07/2011. Como podemos descobrir o valor
pago dessa dívida, sabendo-se que a taxa de desconto aplicada foi de 30%
ao semestre?
A primeira coisa a verificar é saber o que se pede no problema, e nesse caso
queremos saber o valor pago ( valor atual = Vac ) levando em conta as informações que temos. Vejamos!
N = 50.000,00 – valor nominal da dívida;
d = 30% ao semestre, ou seja, taxa de desconto;
n = 45 dias, pois se contarmos do dia 11/07 a 25/08, temos 45 dias corridos.

Aula 10 – Descontos simples

65

e-Tec Brasil
Logo, temos:
Vac = N . ( 1 - d . n)
Vac = 50.000,00 . ( 1 – 0,30 . 45/180) = lembre-se tempo com mesma unidade!!!
Vac = 50.000,00. ( 1 – 0,075)
Vac = 50.000,00 . 0,925
Vac = 46.250,00
Ou seja, o valor atual pago foi de R$ 46.250,00.
Observe mais uma situação-exemplo:
Uma dívida no valor de R$ 3.500,00 foi paga e o seu vencimento foi antecipado em 72 dias. Encontre o valor inicial da dívida sabendo que a taxa de
desconto aplicada foi de 18% a. t.
Resolução:
Dados do problema: Vac = 3.500,00; N = queremos descobrir; d = 18% at;
n= 72 dias.
Lembre-se que temos o tempo em dias e a taxa em trimestres. Ao fazermos
a conversão do tempo para trimestres encontramos:
N = 72/90 (o valor 90 é o total de dias do trimestre) = 0,8 trimestres. Assim,
substituindo na fórmula fica:
Vac = N . ( 1 - d . n)
3.500,00 = N . ( 1 – 0,18 . 0,8) = lembre-se tempo com mesma unidade!!!
3.500,00 = N. ( 1 – 0,144)
3.500,00 = N . 0,856
3.500,00/0,856 = N
N = 4.088,78
O valor inicial da dívida (valor nominal) era de R$ 4.088,78
E então, pessoal, o exemplo facilitou o entendimento de desconto comercial
e valor atual comercial?

Resumo
Entendemos o “Desconto” como um abatimento em função do adiantamento do pagamento. Vimos o desconto comercial, que considera o valor
nominal da dívida bem como o valor atual comercial.

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66

Matemática Financeira
Atividades de aprendizagem
1.	 Um título de R$ 10.000,00, com vencimento em 23/09/10, foi resgatado
em 15/06/10. Qual foi o desconto recebido se a taxa de juro contratada
foi de 27% aa?

2.	 O desconto de um título foi de R$ 750,00, adotando-se uma taxa de
desconto de 5% ab. Quanto tempo faltaria para o vencimento do título
se o valor nominal fosse de R$ 20.000,00?

3.	 Uma nota promissória no valor de R$ 52.400,00 foi descontada à taxa
de juros de 5 % at, faltando 4 meses e 20 dias para seu vencimento.
Qual o valor do desconto e qual o valor recebido (valor atual) pela nota
promissória?

Aula 10 – Descontos simples

67

e-Tec Brasil
4.	 Uma nota promissória foi emitida no dia 20/02/11 com o seu vencimento
marcado para o prazo de 5 meses (20/07/11). No dia 12/05/11 foi descontada por R$ 28.300,00. Qual o valor do desconto, sabendo-se que a
taxa de desconto utilizada era de 10% aq?

5.	 Um título no valor de R$ 120.000,00 foi descontado por R$ 108.380,00,
faltando 95 dias para o seu vencimento. Qual a taxa de juro semestral
utilizada?

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68

Matemática Financeira
Aula 11 –  escontos simples – Continuação
D
O objetivo da aula é aprofundar a questão dos descontos Simples Racional, aplicados nas operações financeiras.

11.1 Desconto racional
Também chamado de desconto por “dentro”, é calculado aplicando-se a
taxa de juros sobre o valor atual da dívida. Assim, o desconto racional equivale ao juro simples, calculado sobre o valor atual do título. Ou seja, é
aquele em que a taxa de desconto incide sobre o valor líquido do título, considerando o prazo de antecipação. Assim temos:
Dr =

N.i.n
1+i.n

Dr = desconto racional
Veja alguns Exemplos:
Exemplo 1 – Um título de R$6.000,00 foi descontado à taxa de 2,1% a.m.
faltando 45 dias para o vencimento do título. Determine o desconto racional
e o valor atual racional.
Solução:
Dados do problema: N = 6.000,00; n = 45 dias; i = 2,1% a.m. = 0,021 a.m.
= 0,0007 a.d.
OBS: Antes de efetuar as substituições na fórmula lembre-se que deixamos
a taxa na unidade de dias, já que o tempo está em dias.
Substituindo na fórmula fica:
Dr =

N.i.n
6000 . 0,0007 . 45
189
=
=
= 183,22
1+i.n
1 + 0,0007 . 45
1,0315
V = N – DR
V = 6000 – 183,22
V = R$5186,78

69

e-Tec Brasil
Exemplo 2 – Um título no valor de R$ 48.000,00 foi descontado à taxa de
juros de 15% a.s., faltando 120 dias para o seu vencimento. Determine o
valor do desconto racional.
Solução:
Dados do problema: N = 48.000,00; n = 120 dias; i = 15% a.s.
Sabemos que 180 é um semestre, logo, transformando o tempo, temos:
120/180 = 0,6666666 ao semestre.
Resolvendo, fica:
Dr =
Dr =

N.i.n
1+i.n

48.000,00 . 0,15 . 0,66666
1+ 0,15 . 0,66666
Dr =

4.799,52
1,0999

Dr = 4.363,59
Atenção para o arredondamento!!!!

11. 2 Valor atual racional (Var)

Sendo o valor atual no desconto racional a diferença entre o valor nominal
(valor da dívida) e o valor pago por ela (pago com desconto), após ter antecipado seu vencimento. Assim o valor atual no desconto racional é dado por:
Var = N - Dr
Sabendo-se que Dr = (N. i . n) / (1 + i . n), então:
V=

N
1+i.n

Vamos praticar!!!
Exemplo 1
Uma dívida de R$ 86.000,00 com vencimento previsto para 18/08/11 foi
paga em 04/07/11. Encontre o valor pago por essa dívida se a taxa de juro
aplicada foi de 30% as.

e-Tec Brasil

70

Matemática Financeira
Solução:
Já temos as seguintes informações: N = 86.000,00; i = 30% as e n = 45 dias
(18/08 à 04/07).Importante:
Transformando 45 dias ao semestre, temos: 45/180 = 0,25 as
Substituindo temos:
Var =

N
1+i.n

Var =

86.000.00
1 + 0,30 . 0,25

Var =

86.000.00
1,075

Var = 80.000,00

Exemplo 2 – Desafio você a fazermos juntos!!! Aceita???
Uma dívida de R$ 45.000,00 foi paga tendo seu vencimento antecipado em
72 dias. Encontre o valor inicial da dívida se a taxa de juros aplicada foi de
18% a.t.
Observação: complete o exemplo.
Resolução:
Dados: Var = __________ , n= 72 dias = ______ao trimestre; i = 18% a.t.

http://www.algosobre.com.
br/matematica-financeira/
descontos-simples.html

Substituindo, temos:
Var =

N
1+i.n

45.000,00 =

    
1 + 0,18 .    

45.000,00 =

Duplicatas
Título de crédito formal,
nominativo, emitido por
negociante com a mesma data,
valor global e vencimento
da fatura, e representativo
e comprobatório de crédito
preexistente (venda de
mercadoria a prazo), destinado a
aceite e pagamento por parte do
comprador, circulável por meio
de endosso, e sujeito à disciplina
do direito cambiário.

    
1 + 0,144

N = 45.000,00 .    
N =      

Aula 11 – Descontos simples – Continuação

71

e-Tec Brasil
Resumo
Nesta aula foram resgatadas as definições do desconto simples nas operações financeiras como: o desconto comercial e o seu valor atual.

Atividades de aprendizagem
1.	 Caso você desconte um título de R$ 35.000,00 15 dias antes do vencimento, a uma taxa de 5,5% a.m., qual será a importância recebida?

2.	 Um título foi descontado à taxa de 2% a.m. Sabendo-se que o valor
nominal era de R$ 7.414,00 e o valor descontado racional R$ 6.740,00,
qual o prazo da antecipação?

3.	 Uma promissória com valor nominal de R$ 275.820,00 e vencimento
para 75 dias foi descontada à taxa de 90% a.a. Qual o valor do desconto
racional dessa operação?

4.	 Marlon descontou um título no valor de R$ 15.000,00, um mês e 15 dias
antes do vencimento, considerando-se que a taxa cobrada foi de 4,5%
a.m. qual o valor do desconto racional simples? R: Dr = R$ 948,48

5.	 Desconta-se racionalmente uma Nota Promissória nove (09) meses antes
do vencimento, a uma taxa de 5,8% a.m. Sabendo-se que o valor descontado foi de R$ 5.250,00, qual era o valor nominal dessa Nota Promissória? R: N = R$ 7.990,50

e-Tec Brasil

72

Matemática Financeira
Aula 12 – Descontos proporcionais

Estudaremos aqui a proporcionalidade entre o desconto comercial simples e o desconto racional simples.
A proporção entre os descontos comercial ou racional acontece quando o
seu valor atual obtém a mesma taxa de desconto, ou seja, i = d.
Tendo-se a mesma dívida sobre o mesmo tempo, as taxas do desconto racional serão iguais as do comercial. Observe os descontos racionais e comerciais:
N.i.n
	 e	
1+i.n

	

Dr =

	

Dr = Dc/1+i.n 	

Dc = N.d.n, se i = d, logo:
Dc = Dr . (1 + i . n)

Assim, podemos ter descontos proporcionais através da fórmula acima. Vejamos um exemplo:
Uma duplicata no valor de 6.700 foi descontada a uma taxa de 6% ao mês,
faltando 24 dias para seu vencimento. Determine o valor do desconto comercial e o valor do desconto racional que se receberia.
Solução
Sabemos que:
Dc = N . d . n
Substituindo temos Dc = 6.700,00 . 0,06 .

24
30

Dc = 321,60
Pelo desconto racional temos: Dr =

N.i.n
1+i.n

substituindo temos
Dr =

6.700,00 . 0,06 . 24/30 6.700,00 . 0,06 . 0,8
=
=
1 + 0,06 . 24/30
1 + 0,06 . 0,8
321,60
321,60
=
=
1 + 0,048
1,048
Dr = 306,87

73

e-Tec Brasil
Porém se aplicarmos n a fórmula Dc = Dr . (1 + i . n) teremos:
Dc = Dr . (1 + i . n)
Dc = 306,87 . (1+0,06 . 0,8) = 321,60. Viram como é fácil?
Poderemos concluir ainda que Dc  Dr, pois como já vimos em aulas anteriores no desconto comercial o título é descontado do valor nominal, enquanto
que no desconto racional é sobre o valor atual.
Aqui a questão em destaque é sobre a proporcionalidade, e os descontos
devem ser proporcionais. Pois bem, para provar isso, vamos desenvolver o
seguinte raciocínio:
O desconto comercial é 1,048 maior que o desconto racional, pois:
Se pegarmos o valor de 306,87 (do desconto racional) e multiplicarmos por
1,048 teremos os 321,60 (do desconto comercial).
Da mesma forma que se dividirmos o desconto comercial (321,60) pelo fator
1,048 teremos o valor de 306,87 (desconto racional).
Acesse o link para obter mais
informações e curiosidades
a respeito da matemática
financeira – desconto simples.
http://www.algosobre.com.
br/matematica-financeira/
descontos-simples.html

Desconto bancário
Nos bancos, as operações de desconto comercial são realizadas de forma
a contemplar as despesas administrativas (um percentual cobrado sobre o
valor nominal do título) e o IOF - Imposto sobre Operações Financeiras.
É óbvio que o desconto concedido pelo banco para o resgate de um título antes do vencimento, através desta técnica, faz com que o valor descontado seja
maior, resultando num resgate de menor valor para o proprietário do título.
Exemplo:
Um título de $100.000,00 é descontado em um banco, seis meses antes do
vencimento, à taxa de desconto comercial de 5% a.m. O banco cobra uma
taxa de 2% sobre o valor nominal do título como despesas administrativas e
1,5% a.a. de IOF. Calcule o valor líquido a ser recebido pelo proprietário do
título e a taxa de juros efetiva da operação.
Solução:
Desconto comercial: Dc = 100000 . 0,,05 . 6 = 30000
Despesas administrativas: da = 100000 . 0,02 = 2000
IOF = 100000 . (0,015/360) . 180 = 750
Desconto total = 30000 + 2000 + 750 = 32750

e-Tec Brasil

74

Matemática Financeira
Daí, o valor líquido do título será: 100000 - 32750 = 67250
Logo, V = $67250,00
A taxa efetiva de juros da operação será: i = [(100000/67250) - 1].100 =
8,12% a. m.
Observe que a taxa de juros efetiva da operação é muito superior à taxa de
desconto, o que é amplamente favorável ao banco.

Resumo
Na aula de hoje vimos como poderemos ter proporcionalidade entre taxas
de descontos (Dc e Dr).

Atividades de aprendizagem
1.	 Determine o valor nominal de um título em que os descontos comercial e
racional são respectivamente R$ 180.000,00 e R$ 120.000,00.

2.	 Determine o desconto comercial e racional sobre um título de R$
38.400,00; considerando uma taxa de desconto simples de 3 % a. m; sabendo que o título vencerá daqui a cinco meses (CASTANHEIRA , 2010).

3.	 O desconto comercial de um título descontado 3 meses antes de seu
vencimento e à taxa de 40% ao ano é de $ 550,00. Qual é o desconto
racional ? (IFBA) Resp.: Dr = 500 .

Aula 12 – Descontos proporcionais

75

e-Tec Brasil
Aula 13 – Equivalência de títulos ou

Capitais (Capitalização Simples)
Veremos nessa aula como substituir um título por outro,
mantendo-se equivalentes.
Conceitualmente, dois ou mais títulos ou capitais se dizem equivalentes quando, a certa taxa de juros, produzem resultados iguais numa data comum.
Normalmente usamos a equivalência de capitais quando precisamos alterar
uma forma de pagamento de uma dívida ou quando desejamos verificar se
uma proposta de pagamento com datas diferentes é viável e se é equivalente
à dívida.
Vejamos um exemplo para facilitar!
Como relata o professor Eron (IFBA), a pergunta que queremos fazer é: Um
título no valor de R$ 120,00 vencíveis daqui a 1 ano e um título no valor
de R$ 100,00, hoje, são equivalentes? Sabendo-se que ambos estão a uma
taxa de juros simples de 20% ao ano ou seja, ambos os capitais produzem,
numa data de comparação (data focal) e à mesma taxa de 20% ao ano,
resultados idênticos?
Para responder isso, analisamos a representação gráfica do professor Eron:
M = 100 (1 + 0,20.1)
$ 100,00

$ 120,00

C =   100  
1 + 0,20 . 1
Podemos observar que ter hoje um título no valor de R$ 100 é a mesma coisa que trocar por outro com valor R$ 120,00 para daqui a um ano. Portanto
são títulos equivalentes.

77

e-Tec Brasil
N1 =

N . (1 – i . n)
1 – i . n1

Onde:
•	 N1 é o valor nominal do novo título
•	 N é o valor nominal do novo título que se quer substituir
•	 n1 é a nova data do título
•	 n é a data do título que se quer substituir
•	 i é a taxa
A data focal mencionada acima é a data do novo título que queremos
emitir em substituição, por isso, na data focal, os valores atuais dos dois
títulos são iguais.
Podemos calcular a emissão de um novo título equivalente a outro, utilizando a expressão:
Exemplo 1:
1.	 Um título de R$ 2.500,00 que vencerá em três meses deve ser substituído
por outro com vencimento para daqui a nove meses. Sabendo-se que esses títulos poderão ser descontados a uma taxa de 2,5 % ao mês, calcule
o valor nominal do novo título?
Solução: temos N = 2.500,00; i = 0,025 a.m; n = 3 meses; n1 = 9 e N1 = ?
N1 =

2.500,00 . (1 – 0,025 . 3)
=
1 – 0,025 . 9

N1 =

2.500,00 . (1 – 0,075)
=
1 – 0,225

N1 =

2.500,00 . 0,925 2.312,50
=
= 2.983,87
0,775
0,775

Assim o novo título passará a valer R$ 2.983,87, sendo equivalente
ao primeiro.
Exemplo 2
Uma pessoa possui uma dívida de R$ 3.500,00 com vencimento previsto
para três meses. Desejando facilitar o pagamento e evitar a inadimplência,
ela propôs ao credor a substituição dessa dívida por outras duas, de pagamentos iguais com vencimentos previsto para 4 e 5 meses. O credor aceita
e firma o acordo, se a taxa de desconto ficar em torno de 6 % ao semestre.

e-Tec Brasil

78

Matemática Financeira
Encontre os valores a serem pagos por esse credor.
Solução:
Cautela, pois temos duas situações:
•	 A primeira se refere aos dados que temos e queremos, veja:
	 N1 = 2.500,00; n = 3 meses; i = 6% a.s. = 1% a.m = 0,01; n2 = 4 meses;
n3 = 5 meses; N2 = N3 = ?
•	 Segunda situação necessita que reflitamos com base no seguinte raciocínio:
	 Título antigo = títulos novos + título novo, logo nossa expressão fica:
N1 =

N . (1 – i . n2)
N . (1 – i . n3)
+
1 – i . n1
1 – i . n1

N1 =

N . (1 – i . n2) + N . (1 – i . n3)
1 – i . n1

N1 . (1 – i . n1) = N . (1 – i . n2) + N . (1 – i . n3)

Substituindo, temos e não tememos!!!!!!!!!!
3.500,00 . (1 – 0,01 . 3) = N . (1 – 0,01 . 4) + N . (1 – 0,01 . 5)
3.500,00 . (1 – 0,03) = N . (1 – 0,04) + N . (1 – 0,05)
3.500,00 . (0,97) = N . (0,96) + N . (0,95)
3.395,00 = N . (0,96 + 0,95)
3.395,00 = N . (1,91)

3.395,00
=N
1.91
N = 1.777,48
Ou seja, os novos títulos terão um novo valor de R$ 1.777,48.

Aula 13 – Equivalência de títulos ou Capitais (Capitalização Simples)

79

e-Tec Brasil
Resumo
Vimos que dois ou mais títulos são equivalentes quando, sobre uma mesma
taxa, sobre tempos diferentes, produzem o mesmo valor atual.
Podemos determinar o valor atual de títulos equivalentes utilizando a expressão: N1 = N . (1 – i . n)
1 – i . n1

Atividades de aprendizagem
1.	 Uma nota promissória no valor de R$ 12.000,00, vencível em 45 dias,
será substituída por outra nota, com vencimento para 60 dias. Determine
o valor da nova nota promissória, sabendo que a taxa de desconto é de
24 % a. a.

2.	 (IFBA/MAT) Um título com valor nominal de $ 7.200,00 vence em
120 dias. Para uma taxa de juros simples de 31,2% ao ano, pede-se para
calcular o valor deste título:
I)	 hoje;
II)	 dois meses antes de seu vencimento;
III)	um mês após o seu vencimento.

3.	 (IFBA/MAT) Uma pessoa deve dois títulos no valor de R$ 25.000,00 e R$
56.000,00 cada. O primeiro título vence de hoje a dois meses, e o segundo um mês após. O devedor deseja propor a substituição destas duas
obrigações por único pagamento ao final do quinto mês. Considerando
de 3% ao mês a taxa corrente de juros simples, determine o valor deste
pagamento único.

e-Tec Brasil

80

Matemática Financeira
Aula 14 – Capitalização composta

Nessa aula veremos o que significado da capitalização composta
no nosso cotidiano.
Entendemos capitalização composta como sendo o regime em que a taxa
utilizada é a taxa de juros compostos. Assim, a cada intervalo que o juro é
incorporado ao valor principal que o produziu denominamos de períodos de
capitalização.
Normalmente o regime de capitalização composta está presente em todo o
mercado financeiro e de capitais. Dentro das aplicações do regime de capitalização composta estão às operações de:
•	 fluxo de caixa, aplicações, empréstimos;
•	 cálculos inflacionários, financiamentos de veículos ou de residências, estratégias comerciais de compra e venda, compras com cartões de créditos;
•	 análise de investimentos, troca e negociações de títulos;
•	 sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, etc.;
Outro conceito de Capitalização Composta é aquela em que a taxa de juros
incide sobre o valor do capital inicial, acrescido dos juros acumulados até
o período anterior. Sua taxa de juros sempre incide sobre o montante do
período anterior. Outro fator importante é que o valor dos juros cresce em
função do tempo.
A expressão final ou fórmula da capitalização composta é dada por:
M = C . (1+ i)n,
onde:
•	 C - é capital inicial;
•	 i é a taxa de juros composto no período n.
•	 O termo (1+ i)n é chamado fator de capitalização ou fator de acumulação de capital.

81

e-Tec Brasil
Como já sabemos que os juros são a diferença entre o montante e o capital
inicial, temos os juros dos juros compostos definido da seguinte forma:
http://www.ifba.edu.br/dca/
Corpo_Docente/MAT/EJS/
MATFIN_PARTE_I_CEFET.pdf 
Independentemente
das correntes históricas,
eclesiásticas e conceituais do
tema, atualmente no Brasil a
taxa de juros é um dos mais
importantes instrumentos de
política monetária que o governo
possui. Com ela o Banco Central
interfere no nível de atividade
econômica e na formação de
preços. Existem vários tipos de
juros, representados pelas taxas
de caderneta de poupança,
aplicações financeiras (CDB,
fundos etc.), empréstimos/
financiamentos para aquisição
de bens e serviços, e algumas
outras operações que possuem
juros de forma não direta, ou
seja, não declaram a existência
formal de juros, mas cobram
indiretamente do cliente, tais
como leasing financeiro,
consórcio, locação etc.

J=M–C

ou

J = C[(1 + i)n – 1]

ou ainda

J=M 1–

1
(1 + i)n

14.1  ariação da fórmula do montante da
V
capitalização composta
Da expressão geral, M = C . (1+ i)n, podemos derivar e trabalhar com:
C=

M
(1 – i)n

M–1=i
C

n=

M
log C
log (1 + i)

Essas fórmulas são utilizadas quando queremos encontrar o Capital ( C )
aplicado, ou a taxa i ou o tempo n, na capitalização composta.

Resumo
Nessa aula falamos sobre o regime de capitalização composta.

Anotações

e-Tec Brasil

82

Matemática Financeira
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2 disciplina - matemática finaceira

  • 1. Matemática Financeira Roberto José Medeiros Junior Curitiba-PR 2012
  • 2. Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação a Distância © INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - PARANÁ EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Este Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil - e-Tec Brasil. Prof. Irineu Mario Colombo Reitor Prof.ª Mara Christina Vilas Boas Chefe de Gabinete Prof. Ezequiel Westphal Pró-Reitoria de Ensino – PROENS Prof. Gilmar José Ferreira dos Santos Pró-Reitoria de Administração – PROAD Prof. Silvestre Labiak Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação – PROEPI Neide Alves Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Assuntos Estudantis – PROGEPE Bruno Pereira Faraco Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional – PROPLAN Prof. José Carlos Ciccarino Diretor Geral do Câmpus EaD Prof.ª Mércia Freire Rocha Cordeiro Machado Diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão – DEPE/EaD Profª Márcia Denise Gomes Machado Carlini Coordenadora de Ensino Médio e Técnico do Câmpus EaD Prof. Roberto José Medeiros Junior Coordenador do Curso Prof.ª Ediane Santos Silva Vice-coordenadora do Curso Adriana Valore de Sousa Bello Cassiano Luiz Gonzaga da Silva Jéssica Brisola Stori Denise Glovaski Souto Assistência Pedagógica Paula Bonardi Diagramação e-Tec/MEC Projeto Gráfico Prof. Ricardo Herrera Diretor de Planejamento e Administração do Câmpus EaD Catalogação na fonte pela Biblioteca do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Paraná e-Tec Brasil 2 Matemática Financeira
  • 3. Apresentação e-Tec Brasil Prezado estudante, Bem-vindo ao e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezembro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia (SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas técnicas estaduais e federais. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. O e-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais. O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Janeiro de 2010 Nosso contato etecbrasil@mec.gov.br e-Tec Brasil
  • 4.
  • 5. Indicação de ícones Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: sempre que se desejar que os estudantes desenvolvam atividades empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e outras. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. e-Tec Brasil
  • 6.
  • 7. Sumário Palavra dos professores-autores 9 Aula 1 – contexto das finanças na história da matemática 11 O 1.1 Dinheiro e temporalidade 11 1.2 Juros 13 Aula 2 – elação algébrica: razão e proporção R 2.1 Razão 2.2 Aplicações 2.2 Proporção 17 17 18 20 Aula 3 – elação entre razão e proporcionalidade: R “regra de três” 3.1 Grandeza diretamente proporcional. 3.2 Grandeza inversamente proporcional. 3.3 Proporcionalidade 23 23 24 25 Aula 4 – orcentagem P 29 Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização 5.1 Potenciação 35 35 Aula 6 – Taxas e coeficientes 6.1 Tipos de Taxas 41 43 Aula 7 – Calculando as taxas 45 7.1 roporcionalidade entre taxas: conversão de P taxa nominal para efetiva (capitalização simples) 45 7.2 quivalências de taxas: conversão entre taxas efetivas E (capitalização composta) 48 7.3 omparações entre proporcionalidade e equivalência C 50 Aula 8 – Capitalização simples 8.1 Definindo capitalização simples 8.2 Fórmula para cálculo do juro simples 53 53 55 Aula 9 – ipos de Juros e cálculo de montante T 9.1 Algumas definições usuais 9.2 Juros Ordinários 9.3 Juros Exatos 9.4 Juros pela regra do banqueiro 9.5 Fórmula para cálculo do montante 59 59 59 59 60 60 e-Tec Brasil
  • 8. Aula 10 – Descontos simples 10.1 Descontos 63 63 10.2 Valor atual no desconto comercial 65 Aula 11 – Descontos simples – Continuação 11.1 Desconto racional 69 69 11. 2 Valor atual racional (Var) 70 Aula 12 – escontos proporcionais D 73 Aula 13 – quivalência de títulos ou Capitais E (Capitalização Simples) 77 Aula 14 – apitalização composta C 81 14.1 ariação da fórmula do montante da capitalização V composta 82 Aula 15 – uros compostos e a função exponencial J 83 Aula 16 – ontinuação de juros compostos e C exercícios resolvidos 87 Aula 17 – Desconto composto 17.1 Desconto composto 93 93 Aula 18 – ítulos equivalentes de capitalização composta T 95 Aula 19 – perações de fluxo de caixa O 19.1 Valor presente 101 103 19.2 Séries de pagamentos 103 19.3 Operações postecipadas 104 Aula 20 – Outras séries de pagamento 20.1 Operações antecipadas 107 107 20.2 Operações com carência postecipada 108 20.3 Amortizações 109 20.4 O que é amortização? 109 20.5 Depreciação 109 20.6 istemas de Amortização (pagamento) do seu S financiamento imobiliário 110 Referências Atividades autoinstrutivas 117 Currículo do professor-autor e-Tec Brasil 115 133 Matemática Financeira
  • 9. Palavra dos professores-autores Prezado estudante, Este material tem como objetivo enriquecer o estudo acerca das atividades e práticas relativas à disciplina de Matemática Financeira, na modalidade de Educação a Distância, do Instituto Federal do Paraná (IFPR). O método de Ensino contempla, também, atividades autoinstrutivas e as supervisionadas, abrangendo conteúdos relevantes na área do Secretariado, apresentação diferenciada das propostas de atividades práticas aliadas ao caráter teórico-reflexivo das atividades. Cada capítulo foi estruturado pensando em retomar conceitos elementares de Matemática importantes para o desenvolvimento da teoria e atividades autoinstrutivas. Estudaremos proporcionalidade (regra de três), percentagem, progressões, séries, sequências e uso de calculadoras simples. Os tópicos apresentados estão divididos de modo a contemplar o “bê-á-bá” das Finanças e da Educação Financeira com foco nos conhecimentos matemáticos pertinentes e interdisciplinares. Em finanças pessoais, o profissional técnico em Administração terá clareza da aplicabilidade dos conhecimentos matemáticos à saúde financeira do dinheiro, das aplicações em curto, médio e longo prazo e de ações determinantes da empresa da qual faz parte. O livro encontra-se dividido de modo didático, seguindo um critério de aprendizado rico de conhecimentos, porém de fácil assimilação. Observando uma evolução de conceitos e técnicas apresentadas gradativamente à maneira que se realizam as atividades autoinstrutivas e supervisionadas com a utilização de recursos de acompanhamento pedagógico, entre eles o telefone (0800) e fóruns via web (tutoria). A intenção é valorizar cada ponto como se fosse um módulo condensado e relevante, visando levar você para um mundo de reflexão, reeducação financeira e aprendizado contínuo. Sentimentos que serão estimulados em cada aula com a presença (mesmo que virtual) do professor conferencista e professor web. Desejamos muito sucesso e aprendizado! Sincero abraço! Professores Roberto José Medeiros Junior e Marcos Antonio Barbosa 9 e-Tec Brasil
  • 10.
  • 11. Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática No decorrer desta aula você irá aprender sobre o que são finanças e educação financeira, saberá também a razão de utilizar Matemática nesses procedimentos. 1.1 Dinheiro e temporalidade Figura 1.1: Moeda Fonte: http://www.fatosdaeconomia.com.br/ Quando tratamos de dinheiro e temporalidade, alguns elementos básicos devem ser levados em consideração, tais como: • Inflação: Os preços não são os mesmos sempre; ocorre porque podemos ter aumento dos custos de produção dos proIsso dutos. Exemplo: aquisição de maquinários, escassez da mão de obra, falta de matéria-prima. Podemos também ter aumento do consumo, e se esse aumento for maior que a capacidade de produção, isso gera inflação. • Risco: Investimentos envolvem riscos que geram perda ou ganho de dinheiro; decisões de financiamento e investimento existem muitos tipos de risEm cos que devemos considerar. Segundo o dicionário Aurélio, a palavra risco - original do latim risicu - é definida como “perigo ou possibilidade de perigo”. Para Castanheira (2008) os riscos podem ser classificados como: 11 Antigamente alguns governos, emitiam (produziam) dinheiro, sempre que precisavam. Isso de maneira descontrolada produzia inflação. No Brasil, são os famosos índices econômicos que medem a inflação, entre eles, destacamos o: • IGP – índice geral de preços, calculado pela FGV . • (Fundação Getúlio Vargas) • IPC – Índice Preço ao Consumidor, calculado pela FIPE (Fund. Inst. Pesquisas Econômicas) • INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, medido pelo IBGE. • IPCA – Índice de Preço ao Consumidor amplo, também medido pelo IBGE. Inflação A Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. e-Tec Brasil
  • 12. –– –– –– –– Risco de Crédito, quando quem emprestou não paga sua dívida; Risco de Liquidez, quando há atraso no pagamento da dívida; Risco de mercado, quando há um processo de inflação; Risco Operacional, quando não há retorno de investimento em função de problemas operacionais da empresa; –– Risco-País, em função da situação econômica do país. • Incertez: Não há como saber que tipo de investimento é mais rentável sem estudo prévio; Em qualquer decisão financeira, sempre há alguma incerteza sobre o seu resultado. Podemos definir a incerteza, como sendo o desconhecimento do resultado de um acontecimento, até quando ele acontecer no futuro. Sabemos também que existe incerteza na maioria das coisas que fazemos enquanto administradores financeiros, porque ninguém sabe precisamente que mudanças ocorrerão no tempo determinado, no universo financeiro, ou seja, é difícil prever o que pode ocorrer com os impostos, demanda de consumidor, economia, ou taxa de juros. Dessa forma conceituamos Incerteza como sendo a situação em que não é “sabido” o que irá acontecer. • Utilidade: Se não é útil, deve ser adquirido? Não podemos deixar nos levar pelo modismo ou pelo consumismo exagerado. Na hora de você trocar uma máquina ou um equipamento, leve em consideração duas coisa: a primeira é saber se com a troca você irá satisfazer suas necessidades. A segunda se vale é vantajoso fazer a troca ou aperfeiçoar o que você já tem. • Oportunidade: Sem dinheiro as oportunidades dizem adeus. Com dinheiro é muito mais fácil ter crédito, fazer ótimos negócios e se tranquilizar em crises econômicas. Figura 1.2: Dinheiro Fonte: http://www.jogoscelular.net e-Tec Brasil 12 Matemática Financeira
  • 13. A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. A palavra FINANÇAS remete especificamente àquelas relações da matemática com o dinheiro tal e qual o se concebe nas diversas fases da História da humanidade. Muitas situações estão presentes no cotidiano das pessoas e têm ligação imediata com o dinheiro, seja o fato de ter um pouco de dinheiro, nada de dinheiro ou muito dinheiro. Em todas as situações ter educação financeira torna-se fator determinante da ascensão profissional e saúde financeira pessoal e empresarial. Os financiamentos são os mais diversos e criativos. Essa “mania” é muito antiga, remete as relações de troca entre mercadorias que com o passar das eras e diferentes civilizações evoluíram naturalmente quando o homem percebeu existir uma estreita relação entre o dinheiro e o tempo - “tempo é dinheiro”. Figura 1.3: Tempo Fonte: http://bloglucrativo.blogspot.com/ 1.2 Juros O conceito de juros surgiu no momento em que o homem percebeu a existência de uma afinidade entre o dinheiro e o tempo. As situações de acúmulo de capital e desvalorização monetária davam a ideia de juros devido ao valor momentâneo do dinheiro (cada dia as diferentes moedas têm um valor). Algumas tábuas matemáticas se caracterizavam pela organização dos dados e textos relatavam o uso e a repartição de insumos agrícolas através de operações matemáticas. Você sabia que existem várias passagens na Bíblia que tratam de finanças? Finanças: (1 Cr.29:12-14; 1Tm.6:9-10). Em suma, todo cristão, como filho de Deus, recebe coisas, inclusive o dinheiro, que deve ser utilizado de maneira correta, sensata e temente a Deus para a glória do nome dele. Temos que ser equilibrados, ganhando com práticas honestas e fugindo das práticas ilícitas. É lícito desfrutarmos dos benefícios que o dinheiro traz, mas não apegarmos à cobiça a qualquer custo para conseguir dinheiro. Podemos usar o dinheiro para dízimos, ofertas, no lar, no trabalho e em lazer. As pessoas devem evitar contrair dívidas fora do alcance, comprar sempre que possível à vista, fugir dos fiadores, pagar os impostos, e como patrão pagar justos salários. Além disso, deve haver economia doméstica, com liberdade moral e responsável, evitando conflitos, pois afinal o dinheiro é de uso do casal. Fonte: www.discipuladosemfronteiras. com/contato.php acessado em 03/2009. Os sumérios, povos que habitaram o Oriente Médio, desenvolveram o mais antigo sistema numérico conhecido, registravam documentos em tábuas de argila. Essas tábuas retratavam documentos de empresas comerciais. Algumas eram utilizadas como ferramentas auxiliares nos assuntos relacionados ao sistema de peso e medida. Havia tábuas para a multiplicação, números quadrados, números cúbicos e exponenciais (ideia de função). As funções Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática 13 e-Tec Brasil
  • 14. exponenciais estão diretamente ligadas aos cálculos de juros compostos e os juros simples à noção de função linear. Mais adiante veremos com mais detalhes essas relações. Figura 1.4: Escrita dos sumérios Fonte: http://www.cyberartes.com.br/ Consequentemente existe a relação da escrita antiga dos Sumérios com o nosso sistema de numeração, o sistema indo-arábico: (que tem esse nome devido aos hindus que o inventaram, e devido aos árabes, que o transmitiram para a Europa Ocidental). Figura 1.5:Hindu Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br E os juros? Sempre existiram? Na época dos Sumérios, os juros eram pagos pelo uso de sementes e de outros bens emprestados. Os agricultores realizavam transações comerciais em que adquiriam sementes para efetivarem suas plantações. Após a colheita, os agricultores realizavam o pagamento através de sementes com a seguida quantidade proveniente dos juros do empréstimo. A forma de pagamento dos juros foi modificada para suprir as exigências atuais, no caso dos agricultores, claro que o pagamento era feito na próxima colheita. A relação tempo/juros foi se ajustando de acordo com a necessidade de cada época. Atualmente, nas transações de empréstimos, o tempo é preestabelecido pelas partes negociantes. e-Tec Brasil 14 Matemática Financeira
  • 15. Vale observar que os juros sempre sofreram com as intempéries. Naquela época, muito mais relacionadas com o clima, época de plantio e colheita. Atualmente, além disso, os juros sofrem alterações de base por conta das políticas monetárias, do banco central, ou seja, dependem da vontade polítiFigura 1.6: Índices Fonte: http://www.cgimoveis.com.br ca/econômica do Ministro da Fazenda e das decisões do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) e de políticas econômicas nacionais e internacionais, de diferentes gestões, período de crises financeiras, alta e baixa da taxa de desemprego, da instalação de indústrias e de índices de desenvolvimento humano (IDH). Atualmente se utiliza o financiamento para as mais diversas situações do universo capitalista, porque o “ter” é a engrenagem da máquina financeira mundial. A compra da casa própria, carro, moto, realizações pessoais (empréstimos), compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsa de valores, entre outras situações financeiras que dependem do quanto se ganha e de quanto está disposto a arriscar em financiamentos a curto, médio e longo prazo. Em resumo, todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros e envolvem o tempo para quitar a dívida. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o nome de juros, ou seja, o bem adquirido tem valor agregado maior do que se fosse comprado à vista (em parcela única). Uma questão pertinente: é melhor comprar parcelado ou guardar o dinheiro para comprar à vista? Esse é o grande objetivo da formação para a Educação Financeira, nossa meta para este curso. Resumo Vimos nessa aula as relações do dinheiro com a temporalidade, o que é a inflação, como identificar os tipos de Risco, o que significa a taxa de juros e pudemos perceber um pouco da evolução histórica financeira. Aula 1 – O contexto das finanças na história da matemática 15 e-Tec Brasil
  • 16. Atividades de aprendizagem Pesquise: 1. O que quer dizer Risco-País? 2. Existem outros tipos de risco? 3. Qual o significado da palavra índice econômico? Responda: 1. Quais outros índices são usados no cotidiano regional? E a nível nacional? 2. O que é significa a sigla que determina o índice INCC? O que ele mede? 3. Dê um exemplo de índice financeiro e explique o que ele mede. e-Tec Brasil 16 Matemática Financeira
  • 17. Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção No decorrer desta aula, retomaremos o conceito de razão, propiciando maior entendimento e exploração de conceitos matemáticos fundamentais, por meio de deduções, exploraremos as relações algébricas (fórmulas) que são tão úteis aos cálculos na Matemática Financeira. A noção de relação algébrica em matemática financeira é importante para representar de modo geral as relações que estabeleceremos entre o dinheiro, os juros e o tempo. De modo geral atribuímos letras (variáveis) para representar o dinheiro gasto, o financiamento, investimento, tempo de aplicação, juros mensais, entre outros. Sendo assim é muito provável que cada autor encontrará diferentes letras para representar as variáveis citadas. Uma relação bastante útil em matemática financeira é a proporcionalidade, frequentemente conhecida como “regra de três”. Sua utilidade vai desde o cálculo de porcentagens até a transformação de unidades de tempo e valor monetário. Contudo, primeiramente vamos nos ater a noção de razão e proporção. 2.1 Razão Podemos definir razão – dentro da matemática - como sendo a comparação entre números ou grandezas. Mas o que entendemos por Grandeza? Entendemos por grandeza tudo aquilo que pode ser medido ou contado. As grandezas podem ter suas medidas aumentadas ou diminuídas. Vejamos alguns exemplos de grandeza: o volume, a massa, a superfície, o comprimento, a capacidade, a velocidade, o tempo, o custo e a produção. É comum situações em que relacionamos duas ou mais grandezas no dia a dia. Existem várias maneiras de comparar duas grandezas, uma delas é usando a linguagem matemática, quando se escreve a b (lê-se “a” maior do que “b”) ou a b (lê-se “a” menor do que “b”) e a = b (lê-se “a” igual ao “b”), estamos comparando as grandezas a e b. Essa comparação pode ser feita 17 Em uma corrida de “quilômetros contra o relógio”, quanto maior for a velocidade, menor será o tempo gasto nessa prova. Aqui as grandezas são a velocidade e o tempo. Fonte: http://www.somatematica. com.br/fundam/grandeza.php e-Tec Brasil
  • 18. através de uma razão entre as duas grandezas, isto é o quociente entre essas grandezas. Em resumo, uma razão é a representação da divisão entre dois valores “a” e “b”. Observe: a = a : b = a/b b Exemplo: Em uma turma de 27 alunos, foi feito uma pesquisa para saber quantos alunos gostam de matemática e quantos não gostam. O resultado obtido foi: Gostam: 07 alunos Não gostam: 20 alunos Então, podemos dizer que o quociente 7/20 é a razão do número de alunos que gostam de matemática. Viram que simples o conceito de razão. • Podemos ler a razão acima do seguinte modo: “7 esta para 20” • Distinguimos a razão acima chamando o 7 de antecessor e o 20 de consequente. 2.2 Aplicações Entre as aplicações práticas de razões especiais, as mais comuns, são: a) Velocidade média A velocidade média em geral é uma grandeza obtida pela razão entre uma distância percorrida e um tempo gasto neste percurso. velocidade = distância percorrida tempo gasto no percurso Exemplo: I. uponhamos que um carro percorreu 120 km S em 2 horas. A velocidade média do carro nesse percurso será calculada a partir da razão: Vmédia = 120km = 60km/h 2h O que significa que, em 1 hora o carro percorreu 60 km. Portanto, podemos dizer que nossa razão é de 60 Km/h Figura 2.1: Estrada Fonte: http://www.freefoto.com/ e-Tec Brasil 18 Matemática Financeira
  • 19. b) Escala Escala é a comparação entre o comprimento observado no desenho (mapa, por exemplo) e o comprimento real correspondente, ambos na mesma unidade de medida. Escala = comprimento do desenho comprimento real Exemplo: II. Em um mapa, um comprimento de 8 m está representado por 16 cm. Qual a escala usada para fazer esse mapa? Para resolver esse exercício precisamos deixar ambos os valores com a mesma unidade de medida. Neste caso, transformamos 8 m em cms. 8m = 800 cm, pois, 1 m = 100 cm, logo 8.100 m = 8. 100 cm = 800cm. Certo! Mas agora vamos para a escala: Escala = 16 cm = 1 800 cm 50 ou ainda escala 1:50, como é mais comum nos desenhos e mapas. Isto significa que cada 1 cm medido no desenho é igual 50 cm no tamanho no real. E assim nossa razão é lida por “1 esta para 50” c) Densidade Demográfica Figura 2.2 Densidade demográfica Fonte: http://www.grupoescolar.com Densidade demográfica = número de habitantes área total do território Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção 19 e-Tec Brasil
  • 20. Exemplo: III. Um município ocupa a área de 5.000 km2jj, de acordo com o censo realizado, tem população aproximada de 100.000 habitantes. A densidade demográfica desse município é obtida assim: Densidade demográfica = 100.000 hab 5.000 km2 Isto significa que para cada 1 quilômetro quadrado, esse município tem 20 habitantes. Assim a razão é de 20 hab/Km2 Para o nosso caso mais específico de finanças um exemplo de razão é relacionar a noção de razão com a transformação de frações em números decimais (com vírgula), vejamos alguns exemplos: 20 é igual à 10. A razão de 20 para 2 é 10, ou seja vinte é A razão 20:2, ou 2 dez vezes maior que dois. A razão 12 : 3 ou 12/3 é igual a quatro, ou seja doze é quatro vezes maior que três. A razão 4 4 : é igual a1. A razão de 4/6 para 4/6 é 1 (um inteiro ou 100%). 6 6 2.2 Proporção Podemos definir proporção como a igualdade entre duas razões. Vejamos como é simples esse conceito! Dada a razão 2/3, se multiplicarmos por 2 teremos uma nova razão de valor 4/6. Lembremos que uma razão não se altera quando ela é multiplicada ou dividida por um número diferente de zero. Logo, deduzimos que as duas razões são iguais, ou seja, 2/3 = 4/6. Concluimos que “a igualdade de duas razões é uma proporção”. E essa igualdade é lida da seguinte forma: dois está para três assim como quatro esta para seis, que pode ser representada por 2:3:: 4:6. A C De modo genérico a proporção é representada por B : D , onde os números A e D são denominados extremos enquanto os números B e C são os meios. e-Tec Brasil 20 Matemática Financeira
  • 21. Usa no cotidiano a proporção para achar o termo desconhecido de uma razão, normalmente essa aplicação se da na famosa REGRA de TRÊS. Veremos isto mais adiante. Pesquisando sobre a “Propriedade fundamental da proporção” e “Propriedades da proporção” As frações abaixo são outros exemplos de proporção: a) ½ = 5/10      b) 3/4 = 9/12      c) 21/43 = 42/86 Resumo Nesta aula, revisamos o conceito de razão e proporção, compreendendo suas principais aplicações Atividades de aprendizagem Resolva as atividades abaixo, seguindo o modelo resolvido: 1. Faça a leitura das razões abaixo: a) ¾ = três esta para 4 b) 3/5 = . c) 9/28 = . d) A/B = . e) ½ / 1/3 = . 2. Estabeleça a razão entre as grandezas: a) A idade de um rapaz é 20 anos e a idade de sua irmã é 16. Qual é a razão da idade do rapaz para a da sua irmã? Resposta: a razão é 20/16 b) Qual é a razão do número de dias do mês de fevereiro para os dias de um ano bissexto? R: . c) O time de futebol Amigos da bola marcou 36 gols, e sofreu 10 gols. Qual é a razão do número de gols marcados para o número de gols sofridos? R: . d) Uma caixa de chocolate possui 250g de peso líquido e 300g de peso bruto. Qual é a razão do peso líquido para o peso bruto? R: . Aula 2 – Relação algébrica: razão e proporção 21 e-Tec Brasil
  • 22. 3. Verifique se as igualdades abaixo são ou não proporção, respondendo sim ou não. a) 5/2 = 15/6, sim é uma proporção, pois se multiplicarmos a fração 5/2 por 3, temos a fração 15/6. b) 81/63 = 9/7 c) 4/5 = 24/20 d) ¾ = 27/32 e) 6/5 = 36/30 4. Calcule o termo desconhecido das seguintes proporções: a) 2/3 = 16/x Utilizando a propriedade fundamental, sabemos que “o produto dos meios é igual ao produto dos extremos”, então temos: 2.x = 16.3 2.x = 48 X = 48/2 X = 24 b) 7/6 = 42/x c) 2/5 = x/30 d) 360/50 = x/10 e) x/4 = 72/32 e-Tec Brasil 22 Matemática Financeira
  • 23. Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três” Veremos nesta aula, alguns dos elementos que estabelecem a relação entre razão e proporção. 3.1 Grandeza diretamente proporcional. Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a outra também aumenta na mesma proporção, ou, diminuindo uma delas, a outra também diminui na mesma proporção. Se duas grandezas X e Y são diretamente proporcionais, os números que expressam essas grandezas variam na mesma razão, isto é, existe uma constante K tal que: X =K Y Exemplo: Uma torneira foi aberta para encher uma caixa com água. A cada 15 minutos é medida a altura do nível de água. (cm. =centímetros e min. = minutos) 15 minutos 50 cm 30 minutos 100 cm 45 minutos 150 cm                   Figura 6.6: Exemplo Fonte: Elaborado pelo autor Construímos uma tabela para mostrar a evolução da ocorrência: Tempo (min) Altura (cm) 15 50 30 100 45 150 23 e-Tec Brasil
  • 24. Observamos que, quando duplica o intervalo de tempo, a altura do nível da água também duplica e quando o intervalo de tempo é triplicado, a altura do nível da água também é triplicada. Desta maneira, tiramos as seguintes conclusões: • Quando o intervalo de tempo passa de 15 min. para 30 min., dizemos que o tempo varia na razão 15/30, enquanto que a altura da água varia de 50 cm para 100 cm, ou seja, a altura varia na razão 50/100. Observamos que estas duas razões são iguais: 15 = 50 = 1 . 30 100 2 • Quando o intervalo de tempo varia de 15 min. para 45 min., a altura varia de 50 cm para 150 cm. Nesse caso, o tempo varia na razão 15/45 e a altura na razão 50/150. Então, notamos que essas razões são iguais: 15 = 50 = 1 . 45 150 3 • Concluímos que a razão entre o valor numérico do tempo que a torneira fica aberta e o valor numérico da altura atingida pela água é sempre igual, assim, dizemos que a altura do nível da água é diretamente proporcional ao tempo que a torneira ficou aberta. 3.2 Grandeza inversamente proporcional. Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a outra diminui na mesma proporção, ou, diminuindo uma delas, a outra aumenta na mesma proporção. Vamos ver um exemplo para entender melhor: Observe a tabela, que representa a relação entre a velocidade e tempo em uma situação de distância qualquer. Velocidade (Km/h) tempo (h) 400 3 480 2h30min Podemos observar que à medida que a velocidade aumenta o tempo percorrido diminui. Assim, temos a caracterização de uma grandeza inversamente proporcional. e-Tec Brasil 24 Matemática Financeira
  • 25. 3.3 Proporcionalidade • Regra de Três Simples “Regra de três simples” é um processo prático para resolver problemas que envolvem grandezas diretas ou inversamente proporcionais. É normal no senso comum entendermos como cálculo do valor desconhecido, quando há presença de três deles valores conhecidos e precisamos descobrir o valor do quarto. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já conhecidos. Passos didáticos utilizados para resolver problemas com a regra de três simples 1º Passo: Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de espécies diferentes em correspondência. 2º Passo: Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais. 3º Passo: Montar a proporção e resolver a equação. Exemplo 1: Com uma área de absorção de raios solares de 1,2 m2, uma lancha com motor movido à energia solar consegue produzir 400 watts por hora de energia. Aumentando-se essa área para 1,5 m2, qual será a energia produzida? Solução: montando a tabela: Área (m2) Energia (Wh) 1,2 400 1,5 x Identificação do tipo de relação: Área 1,2 1,5 Energia 400 x Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x. Observe que: Aumentando a área de absorção, a energia solar aumenta. Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três” 25 e-Tec Brasil
  • 26. Como as palavras correspondem (aumentando - aumenta), podemos afirmar que as grandezas são diretamente proporcionais. Assim sendo, colocamos outra seta no mesmo sentido (para baixo) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: Área 1,2 1,5 Energia 400 x 1,2 = 400 1,5 x 1,2x = 1,5 . 400 x = 1,5 . 400 = 500 1,2 Logo, a energia produzida será de 500 watts por hora. Exemplo 2: Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400 km/h, faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h? Solução: montando a tabela: Velocidade (Km/h) Tempo (h) 400 3 480 x Identificação do tipo de relação: Velocidade 400 480 Tempo 3 x Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna). Observe que: Aumentando a velocidade, o tempo do percurso diminui. Como as palavras são contrárias (aumentando - diminui), podemos afirmar que as grandezas são inversamente proporcionais. Assim sendo, colocamos outra seta no sentido contrário (para cima) na 1ª coluna. Montando a proporção e resolvendo a equação temos: Velocidade 400 480 Tempo 3 x 3 = 480 x 400 invertemos os termos 480x = 3.400 x = 3.400 = 2,5 480 Logo, o tempo desse percurso seria de 2,5 horas ou 2 horas e 30 minutos. e-Tec Brasil 26 Matemática Financeira
  • 27. Fonte: http://www.somatematica.com.br/fundam/regra3c.php Resumo Nesta aula descobrimos como funciona a Proporção direta e inversa. Identificamos, também, a regra de três simples e como calculá-la. Atividades de aprendizagem 1. Compare as grandezas abaixo e assinale I para grandeza inversamente proporcional e D para grandeza diretamente proporcional. a) Número de livros e seu preço (D) b) Metros de tecido e preço ( ) c) Número de maquinas e tempo para executar um trabalho ( ) d) Quantidade de ração e número de animais ( ) e) Salário de um operário e horas de trabalho ( ) Aula 3 – Relação entre razão e proporcionalidade: “regra de três” 27 e-Tec Brasil
  • 28. 2. Resolva as regras de três a seguir e diga se elas são diretas ou inversamente proporcionais: a) 4 chocolates custam R$ 20,00. Qual o preço de 5 chocolates? b) Uma máquina produz 1000 peças. Quantas peças seriam produzidas por 5 máquinas? c) 20 costureiras fazem 60 camisas por quinzena. Quantas camisas fariam 30 costureiras? d) 20 operários constroem uma obra em 10 dias. Qual seria o tempo gasto por uma equipe de 5 operários? e-Tec Brasil 28 Matemática Financeira
  • 29. Aula 4 – Porcentagem O objetivo desta aula é rever conceitos de porcentagem, ou seja, a importância da expressão “por cento” e as aplicações cotidianas nas questões financeiras. Observem nas lojas os encartes, e na internet a quantidade de vezes que a representação % (por cento) está presente na comunicação das mais diversas empresas e órgãos públicos. Trata-se de uma linguagem amplamente difundida, e é senso comum entre a população de que se trata de um modo de comunicação com vistas em representar a parte de um todo de 100 unidades. Dada essa importância, vejamos alguns exemplos da representação em porcentagem versus a representação na forma de razão e o equivalente em decimal: Figura 4.1: Porcentagem Fonte: http://www.sxc.hu Tabela 4.1: Representação Representação Exemplo de situação usual 50% “UNE quer que 50% dos recursos do Fundo Social sejam investidos em educação”. ½ “Emagreça 1/2 kg por dia comendo sanduíche”. 0,5 “Oferta: Lapiseira Pentel Técnica 0,5mm Preta - P205” Metade “Governo Federal reduziu pela metade o dinheiro destinado ao sistema penitenciário”. Fonte: Elaborado pelo autor Note que a tabela traz diferentes situações que são representadas pelo mesmo conceito de “metade”. Porém, cada situação exposta pede uma diferente representação, por exemplo, não seria adequado dizer: “emagreça 50% de um quilograma por dia”. Para o nosso caso específico utilizaremos amplamente a notação de porcentagem, por estar intimamente relacionada com o sistema monetário que está definido como número decimal posicional. Toda razão da forma a/b na qual o denominador b =100, é chamada taxa de porcentagem ou simplesmente porcentagem ou ainda percentagem. 29 e-Tec Brasil
  • 30. Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais obras de aritmética de autores italianos do século XV. O símbolo % surgiu como uma abreviatura da palavra cento utilizada nas operações mercantis. Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto significa que em cada 100 unidades de algo, tomaremos 10 unidades. O cálculo de 10% de 80, por exemplo, pode ser obtido como o produto de 10 . 80 = 800 / 100 = 8. 10% por 80, isto é: 10%.80 = 100 Situações mais elementares, como a citada anteriormente, podem ser resolvidas “de cabeça” (cálculo mental). Imagine que os 80 citados são na verdade o valor da conta de um jantar em família; sobre esse valor vamos acrescentar a taxa de serviço de garçom que é de 10% sobre o consumo total. Sendo assim, basta dividir por 10 o valor da conta, resultando em 8, ou melhor, em 8,00 reais e somar este resultado ao total consumido: R$8,00 + R$80,00 = R$88,00. Em geral, para indicar um índice de M por cento, escrevemos M% e para calcular M% de um número N, realizamos o produto: 1. Percentagem x Porcentagem “É opcional dizer percentagem (do latim per centum) ou porcentagem (em razão da locução ‘por cento’). Mas só se diz percentual. Com as expressões que indicam porcentagens o verbo pode ficar no plural ou no singular. Conforme o caso, já que a concordância pode ser feita com o número percentual ou com o substantivo a que ele se refere”. Por Maria Tereza de Queiroz Piacentini. Fonte: http://kplus. cosmo.com.br/materia. asp?co=49rv=Gramatica, acessado em setembro de 2009. Produto = M%.N = M .N 100 Exemplo 1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão etiquetadas com um número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número par? Quantas fichas têm a etiqueta com número ímpar? Solução: Etiquetas Pares = 52% de 25 fichas = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13. O restante, (100% - 52% = 48% são de fichas número ímpar, que seria nesse caso 12 fichas) Poderíamos ainda calcular o valor de 50% e acrescentar 2% (1% + 1%). Vejamos: (metade de 25) 50% de 25 = 12,5 + 1% de 25 (a centésima parte de 25) + 1% de 25 (a centésima parte de 25). Somando os valores temos: 12,5 + 0,25 + 0,25 = 13. Nesse fichário, há 13 fichas etiquetadas com número par e 12 fichas com número ímpar. e-Tec Brasil 30 Matemática Financeira
  • 31. Exemplo 2. Num torneio de basquete, uma determinada seleção disputou quatro partidas na primeira fase e venceu três. Qual a porcentagem de vitórias obtida por essa seleção nessa fase? Solução: Vamos indicar por X% o número que representa essa porcentagem. Esse problema pode ser expresso da seguinte forma: X% de 4 = 3 Assim temos: x .4=3 100 4x =3 100 4x = 300 x = 75 Ou ainda poderíamos utilizar o conceito de razão: ¾ = 0,75, ou seja, na primeira fase a porcentagem de vitórias foi de 75%. Exemplo 3. Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço marcado na etiqueta. Pagou-se R$690,00 pela mercadoria. Qual o preço original da mercadoria? Solução: Seja X o preço original da mercadoria. Se obtive 8% de desconto sobre o preço da etiqueta, o preço que paguei representa 100%-8%=92% do preço original e isto significa que 92% de X = 690 Assim temos: 92%.x = 690 92 x = 690 100 92x = 690 100 92. x = 69.000 x = 69.000 / 92 = 750 O preço original da mercadoria era de R$750,00. Aula 4 – orcentagem P 31 e-Tec Brasil
  • 32. Exemplo 4 Calcule quanto é 8 % de 120. Solução: 8/100.120 = 9,6 Exemplo 5 Quanto por cento representa 8 de 130. Solução: 8/130 = 0,0615 para transformar em percentagem basta multiplicar por 100, assim temos: 0,0615 . 100 = 6,15 % (considerando duas casas decimais) Exemplo 6 Calcule o total (ou seja, 100%) sabendo que 22% valem 56. Há duas formas de se resolver uma porcentagem: por regra de três ou por fórmula. Dependendo apenas de como se calcula, ou por fração, ou taxa percentual. Solução: Utilizamos a regra de três, veja: 22 --------------------- 56 100 --------------------- x , multiplicando cruzado, temos: 22x = 56.100 22X = 5600 X = 5600/22 X = 254,54 (considerando duas casas truncadas) Resumo Nesta aula, revisamos o conceito de porcentagem, ou seja, a importância do “por cento” e das aplicações cotidianas nas questões financeiras utilizando apenas o denominador 100 nas razões do tipo a/b (com b sempre igual a 100). Atividades de aprendizagem 1. Calcule, quanto é: a) 8% de 1200 = e-Tec Brasil 32 Matemática Financeira
  • 33. b) 40% de 80 = c) 13% de 50 = d) 1,99 % de 12.000 = e) 0,5 % de 2.458,50 = 2. Calcule quantos por cento representa: a) 12 de 120 = b) 20 de 50 = c) 2,5 de 12 = d) 35 de 1000 = e) 56 de 80 = Aula 4 – orcentagem P 33 e-Tec Brasil
  • 34. 3. Calcule o total (ou seja, 100%): a) Se 10% vale 16, o total é? R = b) Se 7% vale 7, o total é? R = c) Se 30% vale 120, o total é? R = d) Se 12,5 % vale 625, o total vale? R = e-Tec Brasil 34 Matemática Financeira
  • 35. Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização Nesta aula, você retomará o significado de algumas propriedades da potenciação e porcentagem, ou seja, conhecerá a importância da palavra “por cento” e também suas aplicações nas questões financeiras. 5.1 Potenciação A ideia de potenciação pode ser explicada, quando usamos a seguinte situação no lançamento de dados: Figura 3.1: Dados Fonte: http://cute-and-bright.deviantart.com http://usefool-deviantart.com Quando lançamos dois dados consecutivos, podemos obter os seguintes resultados: (1,1) (1,2) (1,3) (1,4) (1,5) (1,6) (2,1) (2,2) (2,3) (2,4) (2,5) (2,6) (3,1) (3,2) (3,3) (3,4) (3,5) (3,6) (4,1) (4,2) (4,3) (4,4) (4,5) (4,6) (5,1) (5,2) (5,3) (5,4) (5,5) (5,6) (6,1) (6,2) (6,3) (6,4) (6,5) (6,6) Assim, temos 36 resultados possíveis nesses lançamentos. 35 e-Tec Brasil
  • 36. Entretanto, podemos chegar a essa conclusão utilizando outro raciocínio, que seria a multiplicação das possibilidades de resultado para cada um dos dados: 1º dado 2º dado 6 x 6 = 62 = 36 6 possibilidades 6 possibilidades Faça da mesma maneira lançando três dados consecutivos: 1º dado 2º dado 3º dado 6 x 6 x 6 = 63 = 216 6 possibilidades 6 possibilidades 6 possibilidades Generalizando, com n lançamentos consecutivos: 1º dado 2º dado 3º dado n° dado (...) 6 possibilidades 6 possibilidades 6 possibilidades 6 x 6 x (...)x 6 = 6n 6 possibilidades Logo percebemos que esta situação representa uma potência, ou seja, um caso particular da multiplicação. Desta maneira, podemos definir potência como um produto de fatores iguais. Veja a representação matemática que define potência: an= a .a . a . a . (...) a Onde: “a” é a base “n” é o expoente, o resultado é a potência. Por exemplo: (-2)2 = (-2).(-2) = 4 (-3)3 = (-3). (-3). (-3) = -27 44 = 4.4.4.4 = 256 55 = 5.5.5.5.5 = 3125 Observação: • Pela observação dos exemplos acima temos as seguintes conclusões: (+)par = + (-)par = + (+)ímpar = + (-)ímpar = – –– Expoente par o resultado dá sempre positivo –– Expoente ímpar sempre se conserva o sinal da base e-Tec Brasil 36 Matemática Financeira
  • 37. 5.1.1 Casos particulares Considere a seguinte sequência de potência de base 2: 24 = 16 ¯:2 23 = 8 ¯:2 22 = 4 ¯:2 21 = 2 ¯:2 20 = 1 ¯:2 1 2-1 = 2 ¯:2 1 2-2 = 4 ¯:2 1 2-3 = 8 ¯:2 2-4 = 1 ... 16 Com estes resultados concluímos que: 1. Toda potência de expoente 1 é igual à base a1 = a 2. Toda potência de expoente zero é igual a 1, sendo a ≠ 0. a0 = 1 3. Toda potência de expoente negativo é igual ao inverso da potência de expoente positivo a-n= 1n , sendo a  0 a Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização 37 e-Tec Brasil
  • 38. 5.1.2 Propriedades das potências: As propriedades das potências são utilizadas para simplificar os cálculos aritméticos, observe as mais utilizadas no dia-dia: am . an = am + n am : an = am – n (am)n = am . n A seguir temos alguns exemplos dos casos particulares e das propriedades das potências. a) 10 = 1 b) 51 = 5 1 1 c) 2-5 = 5 = 2 32 d) 22 . 23 = 22+3 = 25 = 32 e) 23 ÷ 22 = 23-2 = 21 = 2 f) (22)3 = 26 = 64 Resumo Nesta aula, retomamos o significado da potenciação por meio de exemplos práticos relacionados à probabilidade e estatística. Tais exemplos serão úteis ao entendimento que se tem sobre as fórmulas as quais serão vistas mais adiante. Atividades de aprendizagem 1. Em 7² = 49, responda: a) Qual é a base? b) Qual é o expoente? c) Qual é a potência? e-Tec Brasil 38 Matemática Financeira
  • 39. 2. Escreva na forma de potência: (D.I.: OS EX. ESTÃO COM RESPOSTAS?) a) 4x4x4= (R: 4³) b) 5x5 = (R: 5²) c) 9x9x9x9x9= (R: 95) d) 7x7x7x7 = (R: 74) e) 2x2x2x2x2x2x2= (R: 27) f) cxcxcxcxc= (R: c5) 3. Calcule a potência: a) 3² = (R: 9) b) 8² = (R: 64) c) 2³= (R: 8) d) 3³ = (R: 27) e) 6³ = (R: 216) f) 24 = (R: 16) Aula 5 – Revendo o conceito de potencialização 39 e-Tec Brasil
  • 40.
  • 41. Aula 6 – Taxas e coeficientes Nesta aula, você compreenderá a diferença entre as taxas e coeficientes. Veremos também os tipos de taxas. Acompanhe a citação: “No mercado financeiro brasileiro, mesmo entre os técnicos e executivos, reina muita confusão quanto aos conceitos de taxas de juros principalmente no que se refere às taxas nominal, efetiva e real. O desconhecimento generalizado desses conceitos tem dificultado o fechamento de negócios pela consequente falta de entendimento entre as partes. Dentro dos programas dos diversos cursos de Matemática Financeira existe uma verdadeira ‘poluição’ de taxas de juros.” (SOBRINHO, 2000) As taxas se referem aos valores expressos preferencialmente em porcentagem enquanto que os coeficientes são estritamente numéricos (números decimais). Já os coeficientes dizem respeito a valores independentes da representação em porcentagem, os valores passam a ser absolutos. Se as taxas são expressas em grupos de 100 partes (por cento), os coeficientes servem para qualquer quantidade de dados numéricos e ajudam a representar intervalos, variações de máximo e mínimo, de correlação com tabelas preestabelecidas. Veja um exemplo, que relata parte de uma notícia no jornal valor econômico online: “Se, de um lado, a expectativa de um corte maior nos juros indica inflação mais alta para 2012 e 2013, seu impacto na atividade deve acelerar o crescimento econômico no próximo ano, avaliam economistas ouvidos pelo Valor. Após a redução de 0,75 ponto percentual na Selic, que foi para 9,75% ao ano na semana passada, analistas revisaram ligeiramente para cima suas projeções para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013, de 4,15% para 4,20%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. As estimativas para este ano foram mantidas em 3,3%.” Fonte:http://www.valor.com.br/brasil/2566168/queda-da-selic-eleva-projecoes-para-o-pib-de-2013-no-focus, acessado em 03/12. 41 e-Tec Brasil
  • 42. Na notícia acima os valores 9, 75 %, 4,20%, 4,15%, 3,3 % são determinadas como taxas. Já o valor 0,75 é o que entendemos por coeficiente. Para entender a taxa básica de juros, é preciso primeiro saber o que é o juro. O dicionário Houaiss o define como “quantia que remunera um credor pelo uso de seu dinheiro por parte de um devedor durante um período determinado, ger. uma percentagem sobre o que foi emprestado; soma cobrada de outrem, pelo seu uso, por quem empresta o dinheiro”. Em linguagem mais simples, Carlos Antonio Luque, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), dá um exemplo de como isso funciona: “Se eu tiver à disposição uma maçã e se alguém quiser tomá-la emprestada, eu vou exigir que, no futuro, essa pessoa me devolva a maçã e mais um pedaço. Esse pedaço extra é o que representa os juros”. http://revistaescola.abril.com. br/geografia/fundamentos/taxabasica-juros-479759.shtml e-Tec Brasil No Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras atividades como educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses títulos aplica seu dinheiro para, em troca, receber uma contrapartida: os juros. Mas quem define isso? “O Banco Central, que administra os leilões de títulos do governo, define uma remuneração sobre eles, que é a taxa básica de juros”, explica o professor. Dentro desse órgão, existe outro chamado Comitê de Política Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e sua função é, como diz o próprio nome, definir as diretrizes da política monetária do país e a taxa básica de juros. Periodicamente, o Copom divulga a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a média de juros que o governo brasileiro pago aos empréstimos tomados de bancos. É a Selic que define a taxa básica de juros no Brasil, pois é com base nela que os bancos realizam suas operações, influenciando as taxas de juros de toda a economia. Aumentar ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à economia de um país. “Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, ele está nos dando a seguinte orientação: ‘Não consumam hoje os bens, peguem seu dinheiro e apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês poderão consumir mais no futuro’. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que é mais conveniente comprar os bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-los”, diz Carlos Antônio Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros atrai mais investimentos em títulos públicos e a quantidade de dinheiro em circulação diminui. Com isso, as pessoas compram menos. A lei de mercado faz com que a queda na demanda baixe os preços dos produtos e serviços em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da inflação, mas o ritmo da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida, acontece o inverso: os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo e passam a aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro circulando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como um todo. Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço da inflação. 42 Matemática Financeira
  • 43. 6.1 Tipos de Taxas Há vários tipos de taxas nas operações financeiras, veremos algumas: 6.1.1 Taxa Proporcional Quando entre duas taxas existe a mesma relação que a dos períodos de tempo a que se referem, elas são proporcionais. Utilizada na capitalização simples, como podemos observar no exemplo: 12 % ao ano são proporcionais a 6 % ao semestre. 5 % ao trimestre são proporcionais a 20 % ao ano. 6.1.2 Taxa Equivalentes São aquelas que, referindo-se a períodos de tempos diferentes, fazem com que o capital produza um mesmo montante num mesmo tempo. Muito utilizado na capitalização composta. Exemplo: 1,39 % ao mês são equivalentes a 18 % ao ano. 26,824 % ao ano são equivalentes a 2 % ao mês. 6.1.3 Taxa nominal É a taxa que vem descrita nos contratos ou documentos financeiros. Quando procuramos um financiamento junto a um agente financeiro, ele sempre nos informa a taxa anual do contrato. Pra entendermos melhor, observe a situação: “A Caixa Econômica Federal oferece dinheiro a 5 % ao ano, com capitalização mensal.” A taxa de 5 % acima é dita Nominal. Também, podemos defini-la como sendo a taxa em que os períodos de capitalização dos juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está referida. Exemplos: 1200% a.a. com capitalização mensal. 30 % a.s. com capitalização mensal. 6.1.4 Taxa Efetiva É quando o período de capitalização dos juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está referida. Exemplos: 120% a.m. com capitalização mensal. 45% a.s. com capitalização semestral. Aula 6 – Taxas e coeficientes 43 e-Tec Brasil
  • 44. 6.1.5 Taxa Real É a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período da operação. Pagamento do Imposto de Renda Pessoa Física: um exemplo de taxa a pagar. Fonte: http://g1.globo.com/ economia/imposto-derenda/2012/noticia/2012/02/ tabela-do-imposto-de-renda2012-foi-corrigida-em-45conheca-os-limites.html, Acesse!!!!! Resumo Nesta aula vimos a definição de taxas e coeficientes, bem como os tipos de taxas: a taxa nominal, equivalente, proporcional, efetiva e a taxa real. Na sequência veremos que a transformação de taxas será bastante útil nos cálculos financeiros. Atividades de aprendizagem 1. Pesquise e Responda: a) Qual a diferença entre taxa e coeficiente? b) Qual a diferença entre taxa proporcional e equivalente? c) Qual a diferença entre taxa nominal e efetiva? d) Qual a diferença entre taxa real da efetiva? e-Tec Brasil 44 Matemática Financeira
  • 45. Aula 7 – Calculando as taxas Nesta aula de hoje veremos como calcular as diversas taxas de juros. Faremos alguns exercícios para se apropriar desse conhecimento. Segundo Camargo (2010): “... todo cálculo de matemática financeira se baseia no desconto ou capitalização de um valor monetário através da utilização de uma taxa de juros.” Numa operação financeira a escala de tempo (n) utilizada na operação deve coincidir com a mesma unidade de tempo referenciada na taxa de juros (i). ou seja, se tivermos prestações mensais, por exemplo, a taxa de juros deve ser especificada também em meses. Quando a escala de tempo (n) e a taxa de juros (i) não estiverem especificadas na mesma unidade de tempo, é necessário compatibilizá-las alterando a escala de tempo ou o período a que a taxa se refere (SOUZA, CLEMENTE, 2004). Para alterar o período de taxas diferentes, utilizamos diariamente duas operações: a conversão de taxas nominais em taxas efetivas, o que se dá pelo processo de proporcionalidade, ou a conversão de uma taxa efetiva em outra taxa efetiva, o que se dá pelo processo de equivalência. 7.1 roporcionalidade entre taxas: P conversão de taxa nominal para efetiva (capitalização simples) Vamos relembrar a diferença entre taxa nominal e efetiva. Uma taxa de juros é dita nominal quando o período de referência da taxa não coincide com o período de capitalização, ou seja, a taxa pode estar especificada em ano, mas o pagamento de juros é feito mensalmente, o que acontece em diversos tipos de contratos de financiamentos. Por exemplo: Pode ter em um contrato uma taxa nominal de 16% ao ano com capitalização mensal. 45 e-Tec Brasil
  • 46. Para a taxa efetiva, o tratamento é diferente. Ela é aquela efetivamente utilizada na operação, pois o período de referência da taxa é igual ao período de capitalização do valor monetário. Ou seja: Ex: taxa efetiva de 1,5 % ao mês com capitalização mensal 7.1.1 A proporcionalidade Relembrando o que vimos na aula 2 no item 2.2 sobre proporção, sabemos que a proporcionalidade é a igualdade entre razões. Entre duas taxas de juros, significa que a razão entre as taxas é igual a razão entre seus períodos, portanto: Razão entre as taxas: I1 I2 Razão entre os períodos (tempo) n1 n2 Proporção entre razão das taxas e razão dos períodos: I1 = n1 I2 n2 Assim, 15%a.a. é proporcional a 1,25%a.m, pois se calcularmos pela proporção temos: 15 = 12 x 1 15 . 1 = 12 . x 15 = 12x 15 = x 12 x = 1,25 Somente taxas efetivas, que se referem ao mesmo período de capitalização, podem ser utilizadas nos cálculos financeiros, pois esta representa a real remuneração do capital. Portanto, toda vez que tivermos uma taxa nominal precisamos transformá-la em taxa efetiva para fins de cálculos. Vejamos mais alguns exemplos. Exemplo 1 – ncontrar a taxa efetiva mensal de 24% a.a. com capitaE lização mensal. Resolução: Primeiramente devemos pegar a taxa nominal e transformá-la em uma taxa mensal, assim consideramos seu tempo igual 12, pois cada ano tem doze meses. e-Tec Brasil 46 Matemática Financeira
  • 47. Aí jogamos na proporção: 24 = 12 x 1 Processo rápido 24 . 1 = 12 . x 24 = 12x 24% a.a. / 12 meses = 2% a.m. taxa nominal taxa efetiva 24 = x 12 x=2 Exemplo 2 – ual a taxa efetiva bimestral da taxa nominal de 21% a.s.? Q Resolução: : 21 = 3 x 1 Processo rápido 21 . 1 = 3 . x 21 = 3x 21 = x 3 21% a.s. / 3 bimestres = 7% a.b. taxa nominal taxa efetiva x=7 Observação: A taxa semestral teve que ser dividida por três para chegarmos à taxa efetiva bimestral, pois em cada semestre temos três bimestres. Exemplo 3 – m banco anuncia taxa nominal de 1,5% a.m. em suas U operações de crédito. Nesse caso, qual a taxa efetiva semestral da operação? Resolução: : 1,5 = 1 x 6 Processo rápido 1,5 . 6 = 1 . x 9=x x=9 1,5% a.m. * 6 meses = 9% a.s. taxa nominal taxa efetiva Observação: Como temos uma taxa ao mês, porém o pagamento de juros só é feito semestralmente, devemos multiplicar a taxa nominal por seis, visto que um semestre tem seis meses. Aula 7 – Calculando as taxas 47 e-Tec Brasil
  • 48. 7.2 quivalências de taxas: conversão entre E taxas efetivas (capitalização composta) Como já vimos anteriormente, uma taxa é efetiva quando o período ao qual esta se refere é o mesmo período de capitalização dos juros. Um exemplo seria uma aplicação financeira que remunera o investidor de dois em dois meses e anuncia uma taxa bimestral. É comum encontrar taxas efetivas que não especificam o período de capitalização, ou seja, apenas são demonstradas como 5%a.b., por exemplo. Desse modo duas taxas de juros efetivas são ditas equivalentes se, ao serem aplicadas sobre um mesmo principal (capital ou VP), durante um mesmo período de tempo (n), produzirem o mesmo valor futuro (montante ou VF), como mostrado pela equação seguinte. VP (1 + i1)1 = VP (1 + i2)2 Para encontrar uma taxa equivalente utilizamos a seguinte equação: i2 = (1 + i1)n2/n1 - 1 Onde: • i2 é a taxa de juros que quero encontrar, • i1 é a taxa de juros para o período que já tenho, • n2 é o período de tempo em dias da taxa que quero encontrar • n1 é o período em dias referente a taxa de juros que já tenho. Para simplificar, utilizamos a fórmula abaixo que facilita mais: iquero = (1 + itenho)prazo em dias que quero/ prazo em dias que tenho - 1 Onde iquero é a taxa que quero, e assim por diante. Acompanhe os exercícios resolvidos para facilitar. Exercício resolvido 1 – Achar a taxa equivalente semestral de 1,25% a.m. Resolução: Nesse exemplo a taxa que você tem é a mensal, e a taxa que você quer encontrar é a semestral. Cada mês tem 30 dias (prazo que tenho) e cada semestre é composto por 180 dias (prazo da taxa que quero encontrar). Sabendo disso é fácil realizar o cálculo, utilizando a fórmula: iquero = (1 + itenho)prazo em dias que quero/ prazo em dias que tenho - 1 e-Tec Brasil 48 Matemática Financeira
  • 49. isemestral = (1 + 0,0125) i semestral 180 3 –1 = (1,0125) – 1 60 isemestral = 1,07738 – 1 isemestral = 0,07738 – 1 is = 0,07738 . 100 is = 7,73831 7,74 Só lembrando que a taxa é 7, 7381 é a taxa unitária semestral. Para transformá-la em taxa de juros percentual é preciso multiplicar por 100. Comprovando: se ambas as taxas aplicadas pelo mesmo período produzem o mesmo montante, façamos o teste fictício. Se aplicarmos um capital de R$ 5.000,00 por 60 meses, com capitalização mensal e depois com capitalização semestral, será que termos o mesmo montante? Iremos usar a formula de capitalização composta, que veremos mais adiante. M = C . (1 + i)n Capitalização mensal Com capitalização semestral Dados: Dados: i = 0,0125 i = 0,07738381 n = 60 meses n = 10 semestres VP = 5.000,00 VP = 5.000,00 VF= 2.500.000(1+0,0773831)10 VF = 500.000 (1 + 0,0125)60 VF = R$10.535,90 VF = R$10.535,90 Obviamente este resultado só foi possível, pois utilizamos a taxa semestral com todas as casas decimais existentes (16 casas depois da vírgula). Como a maioria das calculadoras só chega a apresentar 10 casas decimais, o resultado nem sempre é exatamente igual. Nos próximos exemplos, no entanto, só apresentaremos taxas com quatro casas decimais. Exercício resolvido 2 – Converter 24% a.a. em taxa bimestral Resolução: A taxa que queremos encontrar aqui é bimestral, cujo prazo é de 60 dias, enquanto que a taxa que temos é anual com 360 dias. Assim é só substituir os valores na fórmula. Sendo assim temos: iquero = (1 + 0,24)60/360 – 1 ia.b = (1,24)1/6 – 1 = 0,0365 ou 3,6502% a.b. Aula 7 – Calculando as taxas 49 e-Tec Brasil
  • 50. 7.3 omparações entre proporcionalidade C e equivalência Sabe-se que 1% a.m. é proporcional a 12% a.a., pois 0,01/0,12 = 1/12. Porém, no regime de capitalização composta, estas não são taxas equivalentes, pois como pode ser visto abaixo, se forem aplicadas sobre o mesmo capital (R$1.000,00) pelo mesmo período de tempo (1 ano = 12 meses) não produzirão o mesmo montante. Cálculo com taxa mensal: i = 0,01 n = 12 meses C = R$1.000,00 M = 1.000 (1 + 0,01)12 M = R$1.126,82 Cálculo com taxa anual: i = 0,12 n = 1 ano C = R$1.000,00 M = 1.000 (1 + 0,12)1 M = R$1.120,00 Segundo Camargo: “O capital aplicado a uma taxa mensal produz um montante maior, pois será capitalizado mais frequentemente, o quer gerará mais juros sobre juros. Assim, o rendimento de juros auferido no primeiro mês será novamente capitalizado e produzirá um juro maior no mês seguinte, e assim por diante. (2010, p.56) Isso mostra a importância de determinar exatamente a taxa de juros da operação, visto que esta é uma variável de fundamental importância nos cálculos financeiros e análise de investimentos. Resumo Vimos nessa aula como calcular taxas proporcionais (capitalização simples) e taxas equivalentes (capitalização composta). Atividades de aprendizagem 1. Qual a taxa anual equivalente a 2% ao trimestre? Solução: R = 8,24 e-Tec Brasil 50 Matemática Financeira
  • 51. 2. Qual a taxa semestral equivalente a 5,6 % ao mês? Solução: R= 38,67 3. Qual o montante de um principal de R$72.000,00, no fim de 1 ano, com juros de 8% a.a./a.t? Solução: R= R$77.935,12 Aula 7 – Calculando as taxas 51 e-Tec Brasil
  • 52. 4. Determinar: a) A taxa efetiva para 30 dias (mensal) proporcional a 24% a.a. na capitalização simples? Solução: R= 2 b) Taxa nominal anual proporcional 3% a.m. Solução: R= 36 % e-Tec Brasil 52 Matemática Financeira
  • 53. Aula 8 – Capitalização simples Nesta aula veremos como se calcula o juro simples, o montante como sendo a soma do capital com o juro, o desconto simples. 8.1 Definindo capitalização simples É o regime de capitalização (construção de capital) em que a taxa de juros utilizada é simples. Vamos ver um exemplo para facilitar nossa compreensão: Exemplo: Imaginemos a situação de um empréstimo de R$ 1.000,00 que você fez perante seu primo. A taxa estipulada foi no valor de 10% ao mês, para um prazo de 10 meses. Acompanhe a evolução dos juros nessa situação financeira, no quadro abaixo: Mês Saldo Inicial Juros Saldo Final do mês 0 - - 1.000,00 1 1.000,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.100,00 2 1.100,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.200,00 3 1.200,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.300,00 4 1.300,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.400,00 5 1.400,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.500,00 6 1.500,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.600,00 7 1.600,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.700,00 8 1.700,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.800,00 9 1.800,00 1.000,00 x 0,10 = 100 1.900,00 10 1.900,00 1.000,00 x 0,10 = 100 2.000,00 Podemos observar que a coluna dos juros na tabela acima, sempre se manteve constante, ou seja, os juros foram o mesmo. Por isso, dissemos que na capitalização simples os “juros são calculados, sobre o valor do capital inicial”, que nesse caso foi de R$ 1.000,00. Também podemos considerar o regime de capitalização simples, equivalente aos conceitos matemáticos, correspondentes a Função Afim e Progressão Aritmética (P.A), onde os juros crescem de forma constante ao longo do tempo. Como vimos no exemplo acima, onde o capital de R$1.000,00 (dinheiro emprestado) aplicado por dez meses a uma taxa de 10% a.m., acumula um montante de R$2.000,00 no final. Graficamente a tabela acima fica: 53 e-Tec Brasil
  • 54. 2200 2000 Valores 1800 1600 1400 1200 1000 800 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Período Figura 8.1: Gráfico Fonte: Elaborado pelo autor O gráfico representa uma função polinomial do 1º grau, usualmente chamada de função afim, cuja simbologia é y = ax + b. Note que o primeiro valor assumido pela função é igual a R$1.000,00; e com o passar dos 10 meses, a função vai assumindo os valores de uma PA (1.000; 1.100 ; 1.200 ; . . . ; 2.000) cuja razão vale R$100,00 (os juros). Segundo Souza e Clemente (2000), o juro representa o custo da imobilização de uma unidade capital por certo período de tempo. Normalmente, o juro é expresso através de uma taxa que incide sobre o valor imobilizado (base). Juros? E os juros? Os juros são representados em taxas (por cento), muitas vezes prefixadas por alguma política financeira ou índice predefinido pelo governo. O importante é que ambas (taxas e coeficientes) são modos de expressar os índices que determinada gestão ou diretoria utiliza para controlar e reajustar preços e demais aplicações financeiras. E quando aparecem anúncios sedutores de prestações sem juros? Figura 8.2: Divulgando o Credconstrução Fonte: http://1.bp.blogspot.com e-Tec Brasil 54 Matemática Financeira
  • 55. Antes de irmos para a fórmula precisamos conhecer alguns elementos, tais como: • O dinheiro que se empresta ou que se pede emprestado é chamado de valor presente ou capital “C”. • A taxa de porcentagem que se paga ou se recebe pelo aluguel do dinheiro é denominada taxa de juros “J”. • O tempo n deve sempre ser indicado na mesma unidade a que está submetida à taxa “i”, e em caso contrário, deve-se realizar a conversão para que tanto a taxa como a unidade de tempo estejam compatíveis, isto é, estejam na mesma unidade. • O total pago no final do empréstimo, que corresponde ao capital mais os juros, é denominado valor futuro ou montante “M”. 8.2 Fórmula para cálculo do juro simples J = C.i.t Saiba mais Para calcular os juros simples de um valor presente ou capital “C”, durante “t” períodos com a taxa percentual “i”, utilizamos uma variação temporal da função linear: f(t) = a.t J = C.i.t Note a semelhança da fórmula f(t) com a fórmula J Alguns exemplos resolvidos: 1. Um valor de R$ 4.000,00 foi aplicado a uma taxa de juros simples de 4% ao mês. Qual seria o valor dos juros simples durante cinco meses? Resolução J=C.i.n J = 4.000,00 . 0,04 . 5 J = 4.000,00 . 0,20 J = 800,00 Aula 8 – Capitalização simples Transformando a taxa percentual em decimal: 4 % = 4/100 = 0,04 55 e-Tec Brasil
  • 56. 2. Qual o valor de um capital que, aplicado à taxa de juros simples de 2% ao mês, rendeu depois de um ano R$240,00 de juros? Resolução Como a taxa mensal é 2% = 0,02, devemos considerar, para o tempo de 1 ano, 12 meses, pois tempo e taxa devem estar na referência temporal (neste caso em meses). Assim: J = C. i .t 240 = C . 0,02. 12 240 = C . 0,24 C = 240 0,24 C = 1000 Veja que o capital aplicado inicialmente foi de R$1.000,00. Um empréstimo de R$10.000,00 rendeu juros simples de R$2.700,00 ao final de 6 meses. Qual a taxa mensal de juros do empréstimo? Resolução: Dados: C = 10.000 mos encontrar a taxa, “i” ? J = 2.700 t = 6 meses, quere- Temos: J = C. i .t, isolando o “i” para facilitar, a formula fica: i = i= J C.t 2.700 10.000 . 6 i = 2.700 60.000 i = 0,045 i = 4,5% A taxa de juros do empréstimo foi de 4,5% ao mês. Ao trabalhar com as fórmulas de juros simples devemos nos atentar para algumas particularidades: a) A taxa percentual “i” deve ser OBRIGATORIAMENTE transformada em coeficiente (forma decimal). Por exemplo, se a taxa for de (10%), devemos dividi-la por 100, transformando-a no coeficiente (0,10); e-Tec Brasil 56 Matemática Financeira
  • 57. Em Resumo Forma Percentual Transformação Forma Decimal 12% a.a. 12 100 0,12 0,5% a.m. 0,5 100 0,005 b) Se o período e a taxa de juros não possuírem o mesmo referencial temporal, deve ser feita a conversão de um deles (preferencialmente o mais fácil). Por exemplo: uma taxa de 5% a.m. e o período de 2 anos. Essa situação precisa, ou melhor, necessita ser convertida: a taxa para ano ou o período para mês: 1ª Opção: convertendo o período para mês (2 anos equivalem a 24 meses). Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa mensal de 5% e o período de 24 meses). 1 2ª Opção: convertendo a taxa para anos (1 mês equivale a 12 anos). Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa anual de 0,41% e período de 2 anos). Resumo Nesta aula estudamos o conceito de juros e sua evolução; como calculá-lo na capitalização simples, e determinando o valor dos juros com o capital, que entendemos por Montante. Vimos também alguns exercícios resolvidos. Atividades de aprendizagem 1. Apresente uma definição sobre juros? 2. Pesquise: a) O que quer dizer capitalização simples? Aula 8 – Capitalização simples 57 e-Tec Brasil
  • 58. b) O que quer dizer a lei 8.078/90 do Código de Defesa do Consumidor? 3. Nos exercícios abaixo, calcule o que se pede: a) Calcular os juros produzidos por um capital de R$ 100.000,00 durante 3 meses a taxa de 1,5 % ao mês b) Qual o juro produzido pelo capital de R$ 200.000,00 durante 1 ano a taxa de 2 % ao mês. c) Depositei R$ 12.000,00 durante 2 anos, a taxa de 42 % ao ano. Quanto recebi de juros? d) Transforme as seguintes unidades numa só: • 3 anos e 4 meses em meses • 5 anos e 20 dias em dias • 3 meses e 5 dias • 5 anos, 3 meses e 12 dias em dias e-Tec Brasil 58 Matemática Financeira
  • 59. Aula 9 – Tipos de Juros e cálculo de montante Na aula de hoje estudaremos as diferenças entre juros ordinários e exatos. Veremos também a regra do banqueiro. 9.1 Algumas definições usuais “Juro é o valor que se paga pelo uso de dinheiro que se toma emprestado”, refere-se ao quanto será acrescentado à parcela de compra para cobrir as despesas financeiras, que por vezes é uma das partes do lucro. “Juro é o dinheiro produzido quando o capital é investido”, refere-se à rentabilidade de fundos de investimento. Por exemplo, a poupança, títulos de capitalização, investimentos de alto e baixo risco. Inserir uma imagem sobre juros Segundo Castanheira e Serenato (2008, p. 22) o juro é calculado por intermédio de uma taxa percentual aplicada sobre o capital que “sempre se refere a uma unidade de tempo: ano, semestre, bimestre, trimestre, mês e dia”. Nas operações que envolvem juros, é importante diferenciar os juros exatos dos ordinários, Então preste atenção!!! 9.2 Juros Ordinários Definimos como juros ordinários aquele que trabalha com o tempo comercial. O tempo comercial define o mês com 30 dias, o mesmo acontece com o ano comercial, cujo número de dias é igual a 360. 9.3 Juros Exatos Como o próprio nome diz, considera-se o mês igual ao do calendário civil, ou seja, meses com 30 ou 31 dias. Não podemos esquecer o mês de fevereiro que tem 28 dias ou 29, se for bissexto. Já o ano pode ter 365 ou 366 dias (ano bissexto). 59 e-Tec Brasil
  • 60. Vejamos alguns exemplos: 1. Um capital de R% 5.000,00 foi aplicado a juros simples durante os meses de maio e junho, a uma taxa de 24 % ao ano. Calcule os juros ordinários e os juros exatos. Juros ordinários Dados: C = 5.000,00 i = 24 % ao ano = 0,24 a. a N = 2 meses, transformando em ano, temos 2/12 em anos. Substituindo na formula J = C. i. n, J = 5.000,00 0,24 . 2/12 = 200 Juros exatos Dados: C = 5.000,00 i = 24 % ao ano = 0,24 a. a N = 2 meses, transformando em ano, temos 61/365 em anos. Substituindo na formula J = C. i. n, J = 5.000,00 0,24 . 61/365 = 200,55 9.4 Juros pela regra do banqueiro Nessa regra, considera-se o tempo tanto no modo civil juntamente com o tempo comercial. Para facilitar vamos rever o exemplo acima, mas calculado pela regra do banqueiro, observe: Dados: C = 5.000,00 J = C. i. n J = 5.000,00 . 0,24 . 61/360 J = 203,33 i = 24 % ao ano = 0,24 a. a Como podemos observar os juros calculados pela regra do banqueiro é maior que os juros exatos e ordinários. Os juros do cheque especial utilizado pelos bancos, seguem uma composição do “Método Hamburguês”, que considera apenas os dias em que o saldo é negativo. Assim, podemos generalizar a formula por J = i. ∑Cj . nj , onde j varia de 1 até Z. 9.5 Fórmula para cálculo do montante Para calcular o valor futuro ou montante “M”, durante “t” períodos com uma taxa percentual “i”, sobre um valor presente ou capital “C”, utilizamos uma variação temporal da função afim: f(t) = a.t + b bb e-Tec Brasil 60 M=J+C M = C.i.t+ C Matemática Financeira
  • 61. Note a semelhança da fórmula f(t) com a fórmula M, que pode evoluir para: M = C.(1 + i.t) Vejamos alguns exemplos resolvidos 1. Qual o montante de um capital de R$1.000,00 aplicado à taxa de juros simples de 10 % ao ano pelo prazo de 2 anos ? Resolução Dados: C = 1.000 i = 10% = 0,1 t = 2 anos Queremos encontrar o montante, ou seja, o valor de M. Sabemos que a formula é M= C.(1 +i. t) M = 1.000.(1 + 0,1. 2) M = 1.000. (1 + 0,2) M = 1.000. (1,2) M = 1.200 O montante, após 2 anos, à taxa de juros simples de 10 % ao ano, será de R$1.200,00. 2. Determinar o montante correspondente a uma aplicação de R$450.000,00 por 225 dias com taxa de juros simples de 5,6% ao mês. Resolução: Dados: C = 450.000 i = 5,6% ao mês t = 225 dias M=? Antes de alimentarmos a fórmula do montante com os dados, precisamos converter, pois a taxa está em meses e o período está em dias: 1ª Opção: convertendo o período para mês (1 mês equivale a 30 dias). Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa mensal de 5,6% e o período de 225 meses). 30 1 2ª Opção: convertendo a taxa para dias (1 dia equivale a meses). 30 Portando, teríamos a mesma referência temporal (taxa diária de 5,6 % e 30 período de 225 dias). Resolvendo pela 1ª opção: M = C.(1 +i .t) 225 M = 450.000.(1 + 0,056 . 30 ) 12,6 M = 450.000.(1 + 30 ) M = 450.000.(1 + 0,42) M = 450.000.(1,42) M = 639.000 Aula 9 – Tipos de Juros e cálculo de montante 61 e-Tec Brasil
  • 62. Resolvendo pela 2ª opção: M = C.(1 +i .t) 0,056 M = 450.000.(1 + 30 . 225) M = 450.000.(1 + 0,42) M = 450.000.(1,42) M = 639.000 O montante será de R$639.000,00 Resumo Vimos nessa aula: juros ordinários, juros exato, tempo comercial, civil, cálculo do montante de capitalização simples. Anotações e-Tec Brasil 62 Matemática Financeira
  • 63. Aula 10 – Descontos simples O objetivo da aula é proporcionar a compreensão de como funciona a questão do desconto simples nas operações financeiras: o desconto comercial. 10.1 Descontos Quando uma pessoa contrai uma dívida é muito comum o credor emitir um documento que serve como comprovante desta operação financeira, este documento é chamado de título. O valor que descreve a dívida ou crédito nesse documento é chamado de valor nominal. Muitas empresas possuem o direito de receber os valores contidos nestes títulos e utilizam um produto bancário chamado de “desconto”. Este produto visa antecipar o valor a ser recebido em uma data futura, buscando assim, atender eventuais necessidades de caixa. Exemplos de títulos: nota promissória; duplicata; letras de câmbio e cheques. Assim podemos definir desconto como sendo: “antecipação do pagamento de uma dívida ou o abatimento proporcional ao tempo de antecipação da dívida.” Existem dois tipos básicos de descontos simples nas operações financeiras: o desconto comercial e o desconto racional. Discutiremos nessa aula somente desconto comercial. 10.1.1 Desconto comercial ou desconto por “fora” Esta modalidade de desconto é amplamente utilizada no mercado, principalmente em operações bancárias e comerciais de curto prazo. A taxa de desconto neste sistema incide sobre o montante ou valor nominal do título (ou dívida); em consequência disto, gera-se um valor maior e mais justo de desconto do que no sistema racional. Este desconto equivale aos juros simples, em que o capital corresponde ao valor nominal do título. Vamos identificar alguns elementos do desconto comercial, para facilitar nosso entendimento: 63 e-Tec Brasil
  • 64. N = valor nominal V = valor atual Dc = desconto comercial d = taxa de descontos simples n = número de períodos (tempo de antecipação) No desconto comercial, a taxa de desconto (d) incide sobre o valor nominal (N) do título. Logo a fórmula que utilizamos é: Dc = N . d . n Em outras palavras, segundo Abreu: “... desconto comercial (Dc) corresponde ao juro produzido pelo valor nominal (N) da dívida, considerando-se como prazo o número de períodos antecipados e a aplicação de uma determinada taxa de desconto (d)”(2009,p.28). Observe o exemplo: Um título no valor de R$ 6.500,00, emitido em 10/03/2007 com vencimento para o dia 29/07/2007, foi descontado à taxa de desconto de 30% ao trimestre no dia 10/05/2007. Determine o valor do desconto recebido na operação. Solução: O primeiro aspecto a observar é o cenário que temos. Dessa forma apresentamos uma linha do tempo, para facilitar nosso raciocínio. Data Emissão Data resgate. Data do Vencimento. 10/03/2007 10/05/2007 29/07/2007 80 dias Os dados que temos são: N = 6.500,00 - valor nominal D = 30% a.t. n = 80 dias, ou 80/90 trimestres Substituindo na formula Dc = N . d . n temos: Dc = N . d . n Dc = 6.500,00 . 0,30 . 80/90 Dc = 1.733,33 e-Tec Brasil 64 Matemática Financeira
  • 65. Viram como é fácil!!! Vejamos outro exemplo: Exemplo 2 Considere um título cujo valor nominal seja R$10.000,00. Calcule o desconto comercial a ser concedido para um resgate do título 3 meses antes da data de vencimento, a uma taxa de desconto de 5% a.m. Solução: V = 10.000,00 . 0,05 . 3 Dc = 500,00 . 3 Dc = 1.500,00 10.2 Valor atual no desconto comercial O valor atual no desconto comercial é a diferença entre o valor da dívida e o valor pago por ela, depois de se ter efetuado uma antecipação em seu vencimento. Assim para calcular o valor atual no desconto comercial (Vac) utilizamos a expressão: Vac = N - Dc Sabendo-se que Dc = N.i.n, podemos substituí-la e usar a expressão: Vac = N . (1 - d . n) Vamos ver como se dá, na prática, esse cálculo. Suponha que uma dívida de R$ 50.000,00 com vencimento previsto para 25/08/2011 foi quitada em 11/07/2011. Como podemos descobrir o valor pago dessa dívida, sabendo-se que a taxa de desconto aplicada foi de 30% ao semestre? A primeira coisa a verificar é saber o que se pede no problema, e nesse caso queremos saber o valor pago ( valor atual = Vac ) levando em conta as informações que temos. Vejamos! N = 50.000,00 – valor nominal da dívida; d = 30% ao semestre, ou seja, taxa de desconto; n = 45 dias, pois se contarmos do dia 11/07 a 25/08, temos 45 dias corridos. Aula 10 – Descontos simples 65 e-Tec Brasil
  • 66. Logo, temos: Vac = N . ( 1 - d . n) Vac = 50.000,00 . ( 1 – 0,30 . 45/180) = lembre-se tempo com mesma unidade!!! Vac = 50.000,00. ( 1 – 0,075) Vac = 50.000,00 . 0,925 Vac = 46.250,00 Ou seja, o valor atual pago foi de R$ 46.250,00. Observe mais uma situação-exemplo: Uma dívida no valor de R$ 3.500,00 foi paga e o seu vencimento foi antecipado em 72 dias. Encontre o valor inicial da dívida sabendo que a taxa de desconto aplicada foi de 18% a. t. Resolução: Dados do problema: Vac = 3.500,00; N = queremos descobrir; d = 18% at; n= 72 dias. Lembre-se que temos o tempo em dias e a taxa em trimestres. Ao fazermos a conversão do tempo para trimestres encontramos: N = 72/90 (o valor 90 é o total de dias do trimestre) = 0,8 trimestres. Assim, substituindo na fórmula fica: Vac = N . ( 1 - d . n) 3.500,00 = N . ( 1 – 0,18 . 0,8) = lembre-se tempo com mesma unidade!!! 3.500,00 = N. ( 1 – 0,144) 3.500,00 = N . 0,856 3.500,00/0,856 = N N = 4.088,78 O valor inicial da dívida (valor nominal) era de R$ 4.088,78 E então, pessoal, o exemplo facilitou o entendimento de desconto comercial e valor atual comercial? Resumo Entendemos o “Desconto” como um abatimento em função do adiantamento do pagamento. Vimos o desconto comercial, que considera o valor nominal da dívida bem como o valor atual comercial. e-Tec Brasil 66 Matemática Financeira
  • 67. Atividades de aprendizagem 1. Um título de R$ 10.000,00, com vencimento em 23/09/10, foi resgatado em 15/06/10. Qual foi o desconto recebido se a taxa de juro contratada foi de 27% aa? 2. O desconto de um título foi de R$ 750,00, adotando-se uma taxa de desconto de 5% ab. Quanto tempo faltaria para o vencimento do título se o valor nominal fosse de R$ 20.000,00? 3. Uma nota promissória no valor de R$ 52.400,00 foi descontada à taxa de juros de 5 % at, faltando 4 meses e 20 dias para seu vencimento. Qual o valor do desconto e qual o valor recebido (valor atual) pela nota promissória? Aula 10 – Descontos simples 67 e-Tec Brasil
  • 68. 4. Uma nota promissória foi emitida no dia 20/02/11 com o seu vencimento marcado para o prazo de 5 meses (20/07/11). No dia 12/05/11 foi descontada por R$ 28.300,00. Qual o valor do desconto, sabendo-se que a taxa de desconto utilizada era de 10% aq? 5. Um título no valor de R$ 120.000,00 foi descontado por R$ 108.380,00, faltando 95 dias para o seu vencimento. Qual a taxa de juro semestral utilizada? e-Tec Brasil 68 Matemática Financeira
  • 69. Aula 11 – escontos simples – Continuação D O objetivo da aula é aprofundar a questão dos descontos Simples Racional, aplicados nas operações financeiras. 11.1 Desconto racional Também chamado de desconto por “dentro”, é calculado aplicando-se a taxa de juros sobre o valor atual da dívida. Assim, o desconto racional equivale ao juro simples, calculado sobre o valor atual do título. Ou seja, é aquele em que a taxa de desconto incide sobre o valor líquido do título, considerando o prazo de antecipação. Assim temos: Dr = N.i.n 1+i.n Dr = desconto racional Veja alguns Exemplos: Exemplo 1 – Um título de R$6.000,00 foi descontado à taxa de 2,1% a.m. faltando 45 dias para o vencimento do título. Determine o desconto racional e o valor atual racional. Solução: Dados do problema: N = 6.000,00; n = 45 dias; i = 2,1% a.m. = 0,021 a.m. = 0,0007 a.d. OBS: Antes de efetuar as substituições na fórmula lembre-se que deixamos a taxa na unidade de dias, já que o tempo está em dias. Substituindo na fórmula fica: Dr = N.i.n 6000 . 0,0007 . 45 189 = = = 183,22 1+i.n 1 + 0,0007 . 45 1,0315 V = N – DR V = 6000 – 183,22 V = R$5186,78 69 e-Tec Brasil
  • 70. Exemplo 2 – Um título no valor de R$ 48.000,00 foi descontado à taxa de juros de 15% a.s., faltando 120 dias para o seu vencimento. Determine o valor do desconto racional. Solução: Dados do problema: N = 48.000,00; n = 120 dias; i = 15% a.s. Sabemos que 180 é um semestre, logo, transformando o tempo, temos: 120/180 = 0,6666666 ao semestre. Resolvendo, fica: Dr = Dr = N.i.n 1+i.n 48.000,00 . 0,15 . 0,66666 1+ 0,15 . 0,66666 Dr = 4.799,52 1,0999 Dr = 4.363,59 Atenção para o arredondamento!!!! 11. 2 Valor atual racional (Var) Sendo o valor atual no desconto racional a diferença entre o valor nominal (valor da dívida) e o valor pago por ela (pago com desconto), após ter antecipado seu vencimento. Assim o valor atual no desconto racional é dado por: Var = N - Dr Sabendo-se que Dr = (N. i . n) / (1 + i . n), então: V= N 1+i.n Vamos praticar!!! Exemplo 1 Uma dívida de R$ 86.000,00 com vencimento previsto para 18/08/11 foi paga em 04/07/11. Encontre o valor pago por essa dívida se a taxa de juro aplicada foi de 30% as. e-Tec Brasil 70 Matemática Financeira
  • 71. Solução: Já temos as seguintes informações: N = 86.000,00; i = 30% as e n = 45 dias (18/08 à 04/07).Importante: Transformando 45 dias ao semestre, temos: 45/180 = 0,25 as Substituindo temos: Var = N 1+i.n Var = 86.000.00 1 + 0,30 . 0,25 Var = 86.000.00 1,075 Var = 80.000,00 Exemplo 2 – Desafio você a fazermos juntos!!! Aceita??? Uma dívida de R$ 45.000,00 foi paga tendo seu vencimento antecipado em 72 dias. Encontre o valor inicial da dívida se a taxa de juros aplicada foi de 18% a.t. Observação: complete o exemplo. Resolução: Dados: Var = __________ , n= 72 dias = ______ao trimestre; i = 18% a.t. http://www.algosobre.com. br/matematica-financeira/ descontos-simples.html Substituindo, temos: Var = N 1+i.n 45.000,00 =      1 + 0,18 .     45.000,00 = Duplicatas Título de crédito formal, nominativo, emitido por negociante com a mesma data, valor global e vencimento da fatura, e representativo e comprobatório de crédito preexistente (venda de mercadoria a prazo), destinado a aceite e pagamento por parte do comprador, circulável por meio de endosso, e sujeito à disciplina do direito cambiário.      1 + 0,144 N = 45.000,00 .     N =       Aula 11 – Descontos simples – Continuação 71 e-Tec Brasil
  • 72. Resumo Nesta aula foram resgatadas as definições do desconto simples nas operações financeiras como: o desconto comercial e o seu valor atual. Atividades de aprendizagem 1. Caso você desconte um título de R$ 35.000,00 15 dias antes do vencimento, a uma taxa de 5,5% a.m., qual será a importância recebida? 2. Um título foi descontado à taxa de 2% a.m. Sabendo-se que o valor nominal era de R$ 7.414,00 e o valor descontado racional R$ 6.740,00, qual o prazo da antecipação? 3. Uma promissória com valor nominal de R$ 275.820,00 e vencimento para 75 dias foi descontada à taxa de 90% a.a. Qual o valor do desconto racional dessa operação? 4. Marlon descontou um título no valor de R$ 15.000,00, um mês e 15 dias antes do vencimento, considerando-se que a taxa cobrada foi de 4,5% a.m. qual o valor do desconto racional simples? R: Dr = R$ 948,48 5. Desconta-se racionalmente uma Nota Promissória nove (09) meses antes do vencimento, a uma taxa de 5,8% a.m. Sabendo-se que o valor descontado foi de R$ 5.250,00, qual era o valor nominal dessa Nota Promissória? R: N = R$ 7.990,50 e-Tec Brasil 72 Matemática Financeira
  • 73. Aula 12 – Descontos proporcionais Estudaremos aqui a proporcionalidade entre o desconto comercial simples e o desconto racional simples. A proporção entre os descontos comercial ou racional acontece quando o seu valor atual obtém a mesma taxa de desconto, ou seja, i = d. Tendo-se a mesma dívida sobre o mesmo tempo, as taxas do desconto racional serão iguais as do comercial. Observe os descontos racionais e comerciais: N.i.n e 1+i.n Dr = Dr = Dc/1+i.n Dc = N.d.n, se i = d, logo: Dc = Dr . (1 + i . n) Assim, podemos ter descontos proporcionais através da fórmula acima. Vejamos um exemplo: Uma duplicata no valor de 6.700 foi descontada a uma taxa de 6% ao mês, faltando 24 dias para seu vencimento. Determine o valor do desconto comercial e o valor do desconto racional que se receberia. Solução Sabemos que: Dc = N . d . n Substituindo temos Dc = 6.700,00 . 0,06 . 24 30 Dc = 321,60 Pelo desconto racional temos: Dr = N.i.n 1+i.n substituindo temos Dr = 6.700,00 . 0,06 . 24/30 6.700,00 . 0,06 . 0,8 = = 1 + 0,06 . 24/30 1 + 0,06 . 0,8 321,60 321,60 = = 1 + 0,048 1,048 Dr = 306,87 73 e-Tec Brasil
  • 74. Porém se aplicarmos n a fórmula Dc = Dr . (1 + i . n) teremos: Dc = Dr . (1 + i . n) Dc = 306,87 . (1+0,06 . 0,8) = 321,60. Viram como é fácil? Poderemos concluir ainda que Dc Dr, pois como já vimos em aulas anteriores no desconto comercial o título é descontado do valor nominal, enquanto que no desconto racional é sobre o valor atual. Aqui a questão em destaque é sobre a proporcionalidade, e os descontos devem ser proporcionais. Pois bem, para provar isso, vamos desenvolver o seguinte raciocínio: O desconto comercial é 1,048 maior que o desconto racional, pois: Se pegarmos o valor de 306,87 (do desconto racional) e multiplicarmos por 1,048 teremos os 321,60 (do desconto comercial). Da mesma forma que se dividirmos o desconto comercial (321,60) pelo fator 1,048 teremos o valor de 306,87 (desconto racional). Acesse o link para obter mais informações e curiosidades a respeito da matemática financeira – desconto simples. http://www.algosobre.com. br/matematica-financeira/ descontos-simples.html Desconto bancário Nos bancos, as operações de desconto comercial são realizadas de forma a contemplar as despesas administrativas (um percentual cobrado sobre o valor nominal do título) e o IOF - Imposto sobre Operações Financeiras. É óbvio que o desconto concedido pelo banco para o resgate de um título antes do vencimento, através desta técnica, faz com que o valor descontado seja maior, resultando num resgate de menor valor para o proprietário do título. Exemplo: Um título de $100.000,00 é descontado em um banco, seis meses antes do vencimento, à taxa de desconto comercial de 5% a.m. O banco cobra uma taxa de 2% sobre o valor nominal do título como despesas administrativas e 1,5% a.a. de IOF. Calcule o valor líquido a ser recebido pelo proprietário do título e a taxa de juros efetiva da operação. Solução: Desconto comercial: Dc = 100000 . 0,,05 . 6 = 30000 Despesas administrativas: da = 100000 . 0,02 = 2000 IOF = 100000 . (0,015/360) . 180 = 750 Desconto total = 30000 + 2000 + 750 = 32750 e-Tec Brasil 74 Matemática Financeira
  • 75. Daí, o valor líquido do título será: 100000 - 32750 = 67250 Logo, V = $67250,00 A taxa efetiva de juros da operação será: i = [(100000/67250) - 1].100 = 8,12% a. m. Observe que a taxa de juros efetiva da operação é muito superior à taxa de desconto, o que é amplamente favorável ao banco. Resumo Na aula de hoje vimos como poderemos ter proporcionalidade entre taxas de descontos (Dc e Dr). Atividades de aprendizagem 1. Determine o valor nominal de um título em que os descontos comercial e racional são respectivamente R$ 180.000,00 e R$ 120.000,00. 2. Determine o desconto comercial e racional sobre um título de R$ 38.400,00; considerando uma taxa de desconto simples de 3 % a. m; sabendo que o título vencerá daqui a cinco meses (CASTANHEIRA , 2010). 3. O desconto comercial de um título descontado 3 meses antes de seu vencimento e à taxa de 40% ao ano é de $ 550,00. Qual é o desconto racional ? (IFBA) Resp.: Dr = 500 . Aula 12 – Descontos proporcionais 75 e-Tec Brasil
  • 76.
  • 77. Aula 13 – Equivalência de títulos ou Capitais (Capitalização Simples) Veremos nessa aula como substituir um título por outro, mantendo-se equivalentes. Conceitualmente, dois ou mais títulos ou capitais se dizem equivalentes quando, a certa taxa de juros, produzem resultados iguais numa data comum. Normalmente usamos a equivalência de capitais quando precisamos alterar uma forma de pagamento de uma dívida ou quando desejamos verificar se uma proposta de pagamento com datas diferentes é viável e se é equivalente à dívida. Vejamos um exemplo para facilitar! Como relata o professor Eron (IFBA), a pergunta que queremos fazer é: Um título no valor de R$ 120,00 vencíveis daqui a 1 ano e um título no valor de R$ 100,00, hoje, são equivalentes? Sabendo-se que ambos estão a uma taxa de juros simples de 20% ao ano ou seja, ambos os capitais produzem, numa data de comparação (data focal) e à mesma taxa de 20% ao ano, resultados idênticos? Para responder isso, analisamos a representação gráfica do professor Eron: M = 100 (1 + 0,20.1) $ 100,00 $ 120,00 C =   100   1 + 0,20 . 1 Podemos observar que ter hoje um título no valor de R$ 100 é a mesma coisa que trocar por outro com valor R$ 120,00 para daqui a um ano. Portanto são títulos equivalentes. 77 e-Tec Brasil
  • 78. N1 = N . (1 – i . n) 1 – i . n1 Onde: • N1 é o valor nominal do novo título • N é o valor nominal do novo título que se quer substituir • n1 é a nova data do título • n é a data do título que se quer substituir • i é a taxa A data focal mencionada acima é a data do novo título que queremos emitir em substituição, por isso, na data focal, os valores atuais dos dois títulos são iguais. Podemos calcular a emissão de um novo título equivalente a outro, utilizando a expressão: Exemplo 1: 1. Um título de R$ 2.500,00 que vencerá em três meses deve ser substituído por outro com vencimento para daqui a nove meses. Sabendo-se que esses títulos poderão ser descontados a uma taxa de 2,5 % ao mês, calcule o valor nominal do novo título? Solução: temos N = 2.500,00; i = 0,025 a.m; n = 3 meses; n1 = 9 e N1 = ? N1 = 2.500,00 . (1 – 0,025 . 3) = 1 – 0,025 . 9 N1 = 2.500,00 . (1 – 0,075) = 1 – 0,225 N1 = 2.500,00 . 0,925 2.312,50 = = 2.983,87 0,775 0,775 Assim o novo título passará a valer R$ 2.983,87, sendo equivalente ao primeiro. Exemplo 2 Uma pessoa possui uma dívida de R$ 3.500,00 com vencimento previsto para três meses. Desejando facilitar o pagamento e evitar a inadimplência, ela propôs ao credor a substituição dessa dívida por outras duas, de pagamentos iguais com vencimentos previsto para 4 e 5 meses. O credor aceita e firma o acordo, se a taxa de desconto ficar em torno de 6 % ao semestre. e-Tec Brasil 78 Matemática Financeira
  • 79. Encontre os valores a serem pagos por esse credor. Solução: Cautela, pois temos duas situações: • A primeira se refere aos dados que temos e queremos, veja: N1 = 2.500,00; n = 3 meses; i = 6% a.s. = 1% a.m = 0,01; n2 = 4 meses; n3 = 5 meses; N2 = N3 = ? • Segunda situação necessita que reflitamos com base no seguinte raciocínio: Título antigo = títulos novos + título novo, logo nossa expressão fica: N1 = N . (1 – i . n2) N . (1 – i . n3) + 1 – i . n1 1 – i . n1 N1 = N . (1 – i . n2) + N . (1 – i . n3) 1 – i . n1 N1 . (1 – i . n1) = N . (1 – i . n2) + N . (1 – i . n3) Substituindo, temos e não tememos!!!!!!!!!! 3.500,00 . (1 – 0,01 . 3) = N . (1 – 0,01 . 4) + N . (1 – 0,01 . 5) 3.500,00 . (1 – 0,03) = N . (1 – 0,04) + N . (1 – 0,05) 3.500,00 . (0,97) = N . (0,96) + N . (0,95) 3.395,00 = N . (0,96 + 0,95) 3.395,00 = N . (1,91) 3.395,00 =N 1.91 N = 1.777,48 Ou seja, os novos títulos terão um novo valor de R$ 1.777,48. Aula 13 – Equivalência de títulos ou Capitais (Capitalização Simples) 79 e-Tec Brasil
  • 80. Resumo Vimos que dois ou mais títulos são equivalentes quando, sobre uma mesma taxa, sobre tempos diferentes, produzem o mesmo valor atual. Podemos determinar o valor atual de títulos equivalentes utilizando a expressão: N1 = N . (1 – i . n) 1 – i . n1 Atividades de aprendizagem 1. Uma nota promissória no valor de R$ 12.000,00, vencível em 45 dias, será substituída por outra nota, com vencimento para 60 dias. Determine o valor da nova nota promissória, sabendo que a taxa de desconto é de 24 % a. a. 2. (IFBA/MAT) Um título com valor nominal de $ 7.200,00 vence em 120 dias. Para uma taxa de juros simples de 31,2% ao ano, pede-se para calcular o valor deste título: I) hoje; II) dois meses antes de seu vencimento; III) um mês após o seu vencimento. 3. (IFBA/MAT) Uma pessoa deve dois títulos no valor de R$ 25.000,00 e R$ 56.000,00 cada. O primeiro título vence de hoje a dois meses, e o segundo um mês após. O devedor deseja propor a substituição destas duas obrigações por único pagamento ao final do quinto mês. Considerando de 3% ao mês a taxa corrente de juros simples, determine o valor deste pagamento único. e-Tec Brasil 80 Matemática Financeira
  • 81. Aula 14 – Capitalização composta Nessa aula veremos o que significado da capitalização composta no nosso cotidiano. Entendemos capitalização composta como sendo o regime em que a taxa utilizada é a taxa de juros compostos. Assim, a cada intervalo que o juro é incorporado ao valor principal que o produziu denominamos de períodos de capitalização. Normalmente o regime de capitalização composta está presente em todo o mercado financeiro e de capitais. Dentro das aplicações do regime de capitalização composta estão às operações de: • fluxo de caixa, aplicações, empréstimos; • cálculos inflacionários, financiamentos de veículos ou de residências, estratégias comerciais de compra e venda, compras com cartões de créditos; • análise de investimentos, troca e negociações de títulos; • sistemas de amortização de empréstimos e financiamentos, etc.; Outro conceito de Capitalização Composta é aquela em que a taxa de juros incide sobre o valor do capital inicial, acrescido dos juros acumulados até o período anterior. Sua taxa de juros sempre incide sobre o montante do período anterior. Outro fator importante é que o valor dos juros cresce em função do tempo. A expressão final ou fórmula da capitalização composta é dada por: M = C . (1+ i)n, onde: • C - é capital inicial; • i é a taxa de juros composto no período n. • O termo (1+ i)n é chamado fator de capitalização ou fator de acumulação de capital. 81 e-Tec Brasil
  • 82. Como já sabemos que os juros são a diferença entre o montante e o capital inicial, temos os juros dos juros compostos definido da seguinte forma: http://www.ifba.edu.br/dca/ Corpo_Docente/MAT/EJS/ MATFIN_PARTE_I_CEFET.pdf Independentemente das correntes históricas, eclesiásticas e conceituais do tema, atualmente no Brasil a taxa de juros é um dos mais importantes instrumentos de política monetária que o governo possui. Com ela o Banco Central interfere no nível de atividade econômica e na formação de preços. Existem vários tipos de juros, representados pelas taxas de caderneta de poupança, aplicações financeiras (CDB, fundos etc.), empréstimos/ financiamentos para aquisição de bens e serviços, e algumas outras operações que possuem juros de forma não direta, ou seja, não declaram a existência formal de juros, mas cobram indiretamente do cliente, tais como leasing financeiro, consórcio, locação etc. J=M–C ou J = C[(1 + i)n – 1] ou ainda J=M 1– 1 (1 + i)n 14.1 ariação da fórmula do montante da V capitalização composta Da expressão geral, M = C . (1+ i)n, podemos derivar e trabalhar com: C= M (1 – i)n M–1=i C n= M log C log (1 + i) Essas fórmulas são utilizadas quando queremos encontrar o Capital ( C ) aplicado, ou a taxa i ou o tempo n, na capitalização composta. Resumo Nessa aula falamos sobre o regime de capitalização composta. Anotações e-Tec Brasil 82 Matemática Financeira