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Educação nutricional no ambiente escolar como instrumento para reduzir a rejeição
                             da beterraba na merenda escolar.
   BENINCÁ,Juliana Depes.; CASTELLO, Nathália Torres; FRAGA, Mônica Chiquetto e NOGUEIRA,Juliana
                                              Baptista.
                         Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, ES.
Introdução :
Queixas sobre os distúrbios do apetite na infância, representadas comumente pelas
crianças como: “não quero comer” e/ou “não como isso”, tornam-se cada vez mais
freqüentes tanto em casa como nas escolas que servem merenda escolar de todo o país.
Afetando a todos os níveis socioeconômicos e culturais, merecendo dessa forma, uma
análise cuidadosa do caso, a fim de se propor uma conduta mais adequada.
(ALVES,BOOG,2007) As razões desse comportamento são bastante complexas, devido às
interações de características familiares e contextos sociais, além do fato de que segundo a
faixa etária ser predominante de escolares entre 3 a 5 anos de idade, esse fato pode ter
uma causa do aparecimento de algumas patologias.(BOOG,2003)
Em função disso, foi realizado um trabalho pelas nutricionistas da prefeitura municipal de
Cachoeiro de Itapemirim,ES junto com as acadêmicas do curso de nutrição, do Centro
Universitário São Camilo, ES em uma escola municipal de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito
Santo, onde as nutricionistas optaram por abordar o tema do ponto de vista da rejeição a
uma determinada preparação servida na merenda escolar, através da abordagem de um
método lúdico de educação nutricional e posterior conduta para prevenção e tratamento da
recusa alimentar.
A etiologia da recusa alimentar, na maioria das vezes, correlaciona-se com as etapas de
crescimento e desenvolvimento, assim como a influencia dos pais no cumprimento do ritual
da alimentação. As crianças caracteristicamente apresentam o que costumamos chamar de
neofobia, isto é, a relutância em consumir os novos alimentos na primeira oferta. Existem
evidências de que as crianças são capazes de ajustar a ingestão de alimentos com a
utilização de metodologias voltadas para orientação nutricional.(ALVES, BOOG,2007)
A educação nutricional efetiva deve permitir à construção de sujeitos autônomos e críticos,
favorecendo o desenvolvimento de práticas conducentes à saúde. A educação nutricional
necessita ser humanizada, buscando a reflexão do indivíduo, trazendo em sua consciência
de que é ele próprio o transformador da sua realidade. Para isso é preciso que haja um
projeto pedagógico personalizado e de desalienação, seja para abordagem individual ou
coletiva. Todo esse processo é baseado na aprendizagem significativa e participativa
(GAZZINELLI, et al. 2006).
A educação nutricional desenvolvida com crianças deve seguir os mesmos princípios já
relacionados. Mas pode envolver a criança no seu mundo de fantasias, e relacionar os
conhecimentos discutidos na sua prática e a partir do seu cotidiano/vivência.
Essa conversa, trabalhada a partir da vivência da criança, propiciará construir e modificar
conhecimentos na busca da prática da alimentação e hábitos de vida saudável
(GAZZINELLI, et al. 2006).
Segundo estudos de intervenção que utilizaram como uma das estratégias a educação
nutricional nas escolas houve apenas o aumento dos conhecimentos e a melhora de
algumas atitudes e práticas alimentares (TRICHES e GIUGLIANI, 2005).
2- Materiais e Métodos :
Partindo dessa aversão dos pré escolares pela beterraba servida na merenda escolar em
qualquer tipo de preparação, elaboramos uma série de visitas a escola municipal Teresa
Avelar Picoli , no município de Cachoeiro de Itapemirim, ES, a fim de inserir atividade de
educação lúdica educativa, com os alunos da educação infantil para reverter a aversão
alimentar dos alunos dessa escola pela beterraba .
Primeira etapa: Caracterização do Perfil Nutricional dos Escolares
A primeira etapa do estudo constou da visita a escola no horário da merenda para verificar o
consumo alimentar dos escolares, em relação à preparação-salada de beterraba crua e
ralada a qual eles apresentavam rejeição.
A avaliação quantitativa do consumo alimentar foi à constatação que de um total de 47
alunos, foi preparada 800 gramas de salada de beterraba crua e ralada onde nesse primeiro
momento tivemos uma sobra total de 500 gramas da preparação e assim constatou-se que
somente 38% dos pré escolares comeram a preparação servida.
A intervenção nutricional foi avaliada através desses dados, para que assim as atividades de
educação nutricional pudessem ser aplicadas para a obtenção de resultados satisfatórios e
eficazes.
Segunda etapa: Uso de orientação nutricional em sala de aula.
A segunda etapa foi realizada um mês após a primeira. Nessa etapa foi realizada nas salas
de aula dos pré escolares, a intervenção nutricional feita pelas nutricionistas, onde elas
utilizaram de a literatura infantil, através da produção de um conto infantil envolvendo a
beterraba e os super heróis infantis com os poderes mágicos dos alimentos, a fim de
amenizar a rejeição da beterraba. Após a apresentação do conto aos alunos, foram
preparadas novamente 800 gramas da preparação salada de beterraba crua e ralada e em
um total de 47 alunos, obtivemos uma sobra total de 200 gramas de beterraba, onde
constatamos que com tal intervenção nutricional, a beterraba foi aceita por 75% dos alunos
da escola.
Terceira etapa: O trabalho de educação nutricional través do lúdico.
A segunda etapa foi realizada um mês após a terceira etapa. Nessa etapa foi realizada a
peça teatral “Beterrabete e Moranguete, participando da menrenda escolar”; que enfatiza o
uso da educação nutricional através de recursos lúdicos na tentativa de amenizar ou
eliminar a rejeição a beterraba servida na merenda escolar.Após a apresentação teatral para
um total de 50 alunos presentes na escola, foi novamente feita a preparação salada de
beterraba crua e ralada, totalizando 800 gramas da preparação salada de beterraba crua
servida na merenda novamente, onde foram consumidos 750 gramas de salada de
beterraba e tivemos uma sobra total de 50 gramas, o que nos deu como resultado um total
de aceitabilidade da preparação de 97% entre os alunos da escola municipal Teresa Avelar
Picoli, onde constatamos um impacto positivo no uso da educação nutricional através do
lúdico.
Resultado e discussão :
A promoção de práticas alimentares saudáveis está inserida no contexto da adoção de
estilos de vida saudáveis, componente importante da promoção da saúde, uma das
diretrizes da atual Política Nacional de Alimentação e Nutrição Escolar (PNAE), a merenda
escolar tem por objetivo atender às necessidades nutricionais dos alunos durante o período
que estão na escola, bem como promover hábitos alimentares saudáveis. (FUNDEB, 2009)
No conjunto dessas estratégias foram usados como base os princípios da educação
problematizadora, ou seja, no dialogo, educação com troca de conhecimentos, estímulo da
pesquisa e construção do conhecimento, reflexão, trabalhando de forma dinâmica a teoria e
a prática (FREIRE, 1996).No presente estudo, observou-se boa aceitação da preparação
oferecida, visto que mais da metade dos escolares tinham certa rejeição e/ ou aversão a
beterraba servida em qualquer preparação. Porém, com a implantação de métodos e
recursos lúdicos voltados para a educação nutricional, foi possível minimizar a rejeição e/ou
aversão alimentar dos pré escolares a beterraba, o que é relevante quando se trata de
mudanças de hábitos alimentares e, melhor aceitação da merenda escolar. Dessa forma,
ressalta-se a necessidade de incentivar a realização de programas de educação nutricional
nas escolas, uma vez que foram identificados neste trabalho processos de intervenção
nutricional que produziram resultados significativos.
Conclusões:
Sugere-se que o nutricionista seja o responsável pela intermediação entre os saberes, na
medida em que assume a condição de multiplicador de conteúdos e temas em alimentação
e nutrição e, por isso, possui um papel determinante no processo de implantação de hábitos
alimentares saudáveis na escola. (Ministério da Saúde, 2008)
Entende-se também que o setor público precisa assumir a responsabilidade de fomentar
mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas coletivas, de forma a favorecer
escolhas saudáveis no campo individual. A construção de políticas públicas resultantes de
diálogos equânimes entre o estado, a sociedade, e o mercado parece ser o caminho para a
construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde para a
população. A lúdicidade e a manipulação do concreto estimulam a criatividade e imaginação,
importantes na formação de sujeitos críticos e transformadores da própria realidade, assim,
são pressupostos da promoção da alimentação saudável, a ampliação e o fomento de
estratégias educativas capazes de permitir estas escolhas, como as apresentadas neste
estudo. ( POLETTO,2005)
Referências Bibliográficas:
ALVES, H.J.; BOOG, M. C. F. Comportamento Alimentar em Moradia Estudantil: Um Espaço
para Promoção da Saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo: v. 41, n. 2, p.197-204,
abr.2007.


Brasil - Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. A Promoção da
alimentação saudável como instrumento de prevenção e combate ao sobrepeso e
obesidade.     Brasília:      Ministério       da       Saúde;     2008.        Disponível     em:
http://nutricao.saude.gov.br/documentos/obesidade_2004.pdf


Brasil - Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
Alimentação   Escolar.     Brasília:    Ministério     da   Educação;   2009.     Disponível   em:
http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=alimentacao_escolar.html


SANTOS, L.A.S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas
alimentares   saudáveis.     Rev.      Nutr.   2005;    18(5):   681-92.   doi:    10.1590/S1415-
S2732005000500011.


FREIRE, Paulo; Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Pratica Educativa. Editora
Paz e Terra,16ª edição. São Paulo, 1996.


GAZZINELLI, Maria Flávia; REIS, Dener C. dos; MARQUES, Rita de Cássia; Educação em
Saúde: Teoria,Método e Imaginação. Editora, UFMG. Belo Horizonte. 2006.


POLETTO, Raquel, C., A Ludicidade da Criança e sua Relação com o Contexto Familiar.
RevistaPsicologia em Estudo. Maringá, p. 67-75, jan/abr. 2005.


TRICHES, Márcia Rozane; GIUGLIANI, Elsa Regina Justo. Obesidade, Práticas Alimentares
e Conhecimentos de Nutrição em Escolares. Revista Saúde Pública, 2005.
STOTZ, Eduardo Navarro. A educação popular nos movimentos sociais da Saúde: Revista:
Trabalho,educação e saúde, p.9-30, 2005.
ANEXOS
Resumo expandido:

  EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO AMBIENTE ESCOLAR COMO INSTRUMENTO PARA
                   REDUZIR REJEIÇÃO A BETERRABA.
      Benincá, DJ; Nogueira, BJ; Barcelos, XK; Machado, FK; Pansini, CL; *Fraga, CM.
        Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, Cachoeiro de Itapemirim-ES.

INTRODUÇÃO: Intervenções nutricionais direcionadas a escolares têm sido reconhecidas
como importantes estratégias para prevenir e tratar o problema da rejeição a certos
alimentos servidos na alimentação escolar. Isso é citado em várias literaturas de educação
nutricional.
OBJETIVO: Promover através da educação nutricional utilizando recursos lúdicos, práticas
e hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar.
MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi realizado através de visitas a escola municipal
Teresa Avelar Picoli, no município de Cachoeiro de Itapemirim, ES, pela equipe de
nutricionistas da merenda escolar, onde foram realizadas atividades lúdicas com objetivo de
inserir hábitos alimentares saudáveis com os pré-escolares, a fim de reverter a aversão
alimentar pela beterraba. Foram usados fantasias, paródias e recursos de áudio visual para
a implementação da atividade.
RESULTADOS E CONCLUSÕES: Com a implantação de métodos e recursos lúdicos
voltados para a educação nutricional, foi possível minimizar a rejeição e/ou aversão
alimentar dos pré-escolares a beterraba, o que é relevante quando se trata de mudanças de
hábitos alimentares e, melhor aceitação da merenda escolar. Dessa forma, ressalta-se a
necessidade de incentivar a realização de programas de educação nutricional nas escolas,
uma vez que foram identificados neste trabalho processos de intervenção nutricional que
produziram resultados significativos.

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Resumo FENERC 2012 - Cachoeiro de Itapemirim

  • 1. Educação nutricional no ambiente escolar como instrumento para reduzir a rejeição da beterraba na merenda escolar. BENINCÁ,Juliana Depes.; CASTELLO, Nathália Torres; FRAGA, Mônica Chiquetto e NOGUEIRA,Juliana Baptista. Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, ES. Introdução : Queixas sobre os distúrbios do apetite na infância, representadas comumente pelas crianças como: “não quero comer” e/ou “não como isso”, tornam-se cada vez mais freqüentes tanto em casa como nas escolas que servem merenda escolar de todo o país. Afetando a todos os níveis socioeconômicos e culturais, merecendo dessa forma, uma análise cuidadosa do caso, a fim de se propor uma conduta mais adequada. (ALVES,BOOG,2007) As razões desse comportamento são bastante complexas, devido às interações de características familiares e contextos sociais, além do fato de que segundo a faixa etária ser predominante de escolares entre 3 a 5 anos de idade, esse fato pode ter uma causa do aparecimento de algumas patologias.(BOOG,2003) Em função disso, foi realizado um trabalho pelas nutricionistas da prefeitura municipal de Cachoeiro de Itapemirim,ES junto com as acadêmicas do curso de nutrição, do Centro Universitário São Camilo, ES em uma escola municipal de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, onde as nutricionistas optaram por abordar o tema do ponto de vista da rejeição a uma determinada preparação servida na merenda escolar, através da abordagem de um método lúdico de educação nutricional e posterior conduta para prevenção e tratamento da recusa alimentar. A etiologia da recusa alimentar, na maioria das vezes, correlaciona-se com as etapas de crescimento e desenvolvimento, assim como a influencia dos pais no cumprimento do ritual da alimentação. As crianças caracteristicamente apresentam o que costumamos chamar de neofobia, isto é, a relutância em consumir os novos alimentos na primeira oferta. Existem evidências de que as crianças são capazes de ajustar a ingestão de alimentos com a utilização de metodologias voltadas para orientação nutricional.(ALVES, BOOG,2007) A educação nutricional efetiva deve permitir à construção de sujeitos autônomos e críticos, favorecendo o desenvolvimento de práticas conducentes à saúde. A educação nutricional necessita ser humanizada, buscando a reflexão do indivíduo, trazendo em sua consciência de que é ele próprio o transformador da sua realidade. Para isso é preciso que haja um projeto pedagógico personalizado e de desalienação, seja para abordagem individual ou coletiva. Todo esse processo é baseado na aprendizagem significativa e participativa (GAZZINELLI, et al. 2006). A educação nutricional desenvolvida com crianças deve seguir os mesmos princípios já relacionados. Mas pode envolver a criança no seu mundo de fantasias, e relacionar os
  • 2. conhecimentos discutidos na sua prática e a partir do seu cotidiano/vivência. Essa conversa, trabalhada a partir da vivência da criança, propiciará construir e modificar conhecimentos na busca da prática da alimentação e hábitos de vida saudável (GAZZINELLI, et al. 2006). Segundo estudos de intervenção que utilizaram como uma das estratégias a educação nutricional nas escolas houve apenas o aumento dos conhecimentos e a melhora de algumas atitudes e práticas alimentares (TRICHES e GIUGLIANI, 2005). 2- Materiais e Métodos : Partindo dessa aversão dos pré escolares pela beterraba servida na merenda escolar em qualquer tipo de preparação, elaboramos uma série de visitas a escola municipal Teresa Avelar Picoli , no município de Cachoeiro de Itapemirim, ES, a fim de inserir atividade de educação lúdica educativa, com os alunos da educação infantil para reverter a aversão alimentar dos alunos dessa escola pela beterraba . Primeira etapa: Caracterização do Perfil Nutricional dos Escolares A primeira etapa do estudo constou da visita a escola no horário da merenda para verificar o consumo alimentar dos escolares, em relação à preparação-salada de beterraba crua e ralada a qual eles apresentavam rejeição. A avaliação quantitativa do consumo alimentar foi à constatação que de um total de 47 alunos, foi preparada 800 gramas de salada de beterraba crua e ralada onde nesse primeiro momento tivemos uma sobra total de 500 gramas da preparação e assim constatou-se que somente 38% dos pré escolares comeram a preparação servida. A intervenção nutricional foi avaliada através desses dados, para que assim as atividades de educação nutricional pudessem ser aplicadas para a obtenção de resultados satisfatórios e eficazes. Segunda etapa: Uso de orientação nutricional em sala de aula. A segunda etapa foi realizada um mês após a primeira. Nessa etapa foi realizada nas salas de aula dos pré escolares, a intervenção nutricional feita pelas nutricionistas, onde elas utilizaram de a literatura infantil, através da produção de um conto infantil envolvendo a beterraba e os super heróis infantis com os poderes mágicos dos alimentos, a fim de amenizar a rejeição da beterraba. Após a apresentação do conto aos alunos, foram preparadas novamente 800 gramas da preparação salada de beterraba crua e ralada e em um total de 47 alunos, obtivemos uma sobra total de 200 gramas de beterraba, onde constatamos que com tal intervenção nutricional, a beterraba foi aceita por 75% dos alunos da escola. Terceira etapa: O trabalho de educação nutricional través do lúdico. A segunda etapa foi realizada um mês após a terceira etapa. Nessa etapa foi realizada a peça teatral “Beterrabete e Moranguete, participando da menrenda escolar”; que enfatiza o
  • 3. uso da educação nutricional através de recursos lúdicos na tentativa de amenizar ou eliminar a rejeição a beterraba servida na merenda escolar.Após a apresentação teatral para um total de 50 alunos presentes na escola, foi novamente feita a preparação salada de beterraba crua e ralada, totalizando 800 gramas da preparação salada de beterraba crua servida na merenda novamente, onde foram consumidos 750 gramas de salada de beterraba e tivemos uma sobra total de 50 gramas, o que nos deu como resultado um total de aceitabilidade da preparação de 97% entre os alunos da escola municipal Teresa Avelar Picoli, onde constatamos um impacto positivo no uso da educação nutricional através do lúdico. Resultado e discussão : A promoção de práticas alimentares saudáveis está inserida no contexto da adoção de estilos de vida saudáveis, componente importante da promoção da saúde, uma das diretrizes da atual Política Nacional de Alimentação e Nutrição Escolar (PNAE), a merenda escolar tem por objetivo atender às necessidades nutricionais dos alunos durante o período que estão na escola, bem como promover hábitos alimentares saudáveis. (FUNDEB, 2009) No conjunto dessas estratégias foram usados como base os princípios da educação problematizadora, ou seja, no dialogo, educação com troca de conhecimentos, estímulo da pesquisa e construção do conhecimento, reflexão, trabalhando de forma dinâmica a teoria e a prática (FREIRE, 1996).No presente estudo, observou-se boa aceitação da preparação oferecida, visto que mais da metade dos escolares tinham certa rejeição e/ ou aversão a beterraba servida em qualquer preparação. Porém, com a implantação de métodos e recursos lúdicos voltados para a educação nutricional, foi possível minimizar a rejeição e/ou aversão alimentar dos pré escolares a beterraba, o que é relevante quando se trata de mudanças de hábitos alimentares e, melhor aceitação da merenda escolar. Dessa forma, ressalta-se a necessidade de incentivar a realização de programas de educação nutricional nas escolas, uma vez que foram identificados neste trabalho processos de intervenção nutricional que produziram resultados significativos. Conclusões: Sugere-se que o nutricionista seja o responsável pela intermediação entre os saberes, na medida em que assume a condição de multiplicador de conteúdos e temas em alimentação e nutrição e, por isso, possui um papel determinante no processo de implantação de hábitos alimentares saudáveis na escola. (Ministério da Saúde, 2008) Entende-se também que o setor público precisa assumir a responsabilidade de fomentar mudanças organizacionais, em termos de políticas públicas coletivas, de forma a favorecer escolhas saudáveis no campo individual. A construção de políticas públicas resultantes de diálogos equânimes entre o estado, a sociedade, e o mercado parece ser o caminho para a construção de um modo de viver que permita melhores condições de saúde para a
  • 4. população. A lúdicidade e a manipulação do concreto estimulam a criatividade e imaginação, importantes na formação de sujeitos críticos e transformadores da própria realidade, assim, são pressupostos da promoção da alimentação saudável, a ampliação e o fomento de estratégias educativas capazes de permitir estas escolhas, como as apresentadas neste estudo. ( POLETTO,2005) Referências Bibliográficas: ALVES, H.J.; BOOG, M. C. F. Comportamento Alimentar em Moradia Estudantil: Um Espaço para Promoção da Saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo: v. 41, n. 2, p.197-204, abr.2007. Brasil - Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. A Promoção da alimentação saudável como instrumento de prevenção e combate ao sobrepeso e obesidade. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. Disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/documentos/obesidade_2004.pdf Brasil - Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Alimentação Escolar. Brasília: Ministério da Educação; 2009. Disponível em: http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=alimentacao_escolar.html SANTOS, L.A.S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Rev. Nutr. 2005; 18(5): 681-92. doi: 10.1590/S1415- S2732005000500011. FREIRE, Paulo; Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Pratica Educativa. Editora Paz e Terra,16ª edição. São Paulo, 1996. GAZZINELLI, Maria Flávia; REIS, Dener C. dos; MARQUES, Rita de Cássia; Educação em Saúde: Teoria,Método e Imaginação. Editora, UFMG. Belo Horizonte. 2006. POLETTO, Raquel, C., A Ludicidade da Criança e sua Relação com o Contexto Familiar. RevistaPsicologia em Estudo. Maringá, p. 67-75, jan/abr. 2005. TRICHES, Márcia Rozane; GIUGLIANI, Elsa Regina Justo. Obesidade, Práticas Alimentares e Conhecimentos de Nutrição em Escolares. Revista Saúde Pública, 2005. STOTZ, Eduardo Navarro. A educação popular nos movimentos sociais da Saúde: Revista: Trabalho,educação e saúde, p.9-30, 2005.
  • 6. Resumo expandido: EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO AMBIENTE ESCOLAR COMO INSTRUMENTO PARA REDUZIR REJEIÇÃO A BETERRABA. Benincá, DJ; Nogueira, BJ; Barcelos, XK; Machado, FK; Pansini, CL; *Fraga, CM. Prefeitura Municipal de Cachoeiro de Itapemirim, Cachoeiro de Itapemirim-ES. INTRODUÇÃO: Intervenções nutricionais direcionadas a escolares têm sido reconhecidas como importantes estratégias para prevenir e tratar o problema da rejeição a certos alimentos servidos na alimentação escolar. Isso é citado em várias literaturas de educação nutricional. OBJETIVO: Promover através da educação nutricional utilizando recursos lúdicos, práticas e hábitos alimentares saudáveis no ambiente escolar. MATERIAL E MÉTODOS: O trabalho foi realizado através de visitas a escola municipal Teresa Avelar Picoli, no município de Cachoeiro de Itapemirim, ES, pela equipe de nutricionistas da merenda escolar, onde foram realizadas atividades lúdicas com objetivo de inserir hábitos alimentares saudáveis com os pré-escolares, a fim de reverter a aversão alimentar pela beterraba. Foram usados fantasias, paródias e recursos de áudio visual para a implementação da atividade. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Com a implantação de métodos e recursos lúdicos voltados para a educação nutricional, foi possível minimizar a rejeição e/ou aversão alimentar dos pré-escolares a beterraba, o que é relevante quando se trata de mudanças de hábitos alimentares e, melhor aceitação da merenda escolar. Dessa forma, ressalta-se a necessidade de incentivar a realização de programas de educação nutricional nas escolas, uma vez que foram identificados neste trabalho processos de intervenção nutricional que produziram resultados significativos.