O documento resume brevemente a vida e obra de Maquiavel e Hobbes. Maquiavel escreveu "O Príncipe" durante o exílio, analisando o poder político de forma realista e sem fundamentos externos como Deus. Hobbes defendia em "Leviatã" que os homens formam sociedades para acabar com a "guerra de todos contra todos" no estado natural, submetendo-se a um poder absoluto.
2. O Príncipe
Durante o período medieval, o poder
político era concebido como presente
divino. Os teólogos elaboraram suas
teorias políticas baseados nas escrituras
sagradas e no direito romano. No período
do Renascimento, os clássicos gregos e
latinos passaram a lastrear o pensamento
político. Maquiavel, no entanto, elaborou
uma teoria política totalmente inédita,
fundamentada na prática e na experiência
concreta.
3. "O Príncipe" sintetiza o pensamento político
de Maquiavel. A obra foi escrita durante
algumas semanas, em 1513, durante o exílio
de Maquiavel, que tinha sido banido de
Florença, acusado de conspirar contra o
governo. Mas só foi publicada em 1532,
cinco anos depois da morte do autor.
Como tinha sido diplomata e homem de
estado, Maquiavel conhecia bem os
mecanismos e os instrumentos de poder. O
que temos em "O Príncipe" é uma análise
lúcida e cortante do poder político, visto por
dentro e de perto.
4. Os fins justificam os meios
Em "O Príncipe" (palavra que designa todos
os governantes), a política não é vista mais
através de um fundamento exterior a ela
própria (como Deus, a razão ou a natureza),
mas sim como uma atividade humana.
O que move a política, segundo Maquiavel,
é a luta pela conquista e pela manutenção
do poder.
5. A primeira leitura que se fez dos escritos de
Maquiavel tomou o livro como um manual de
conselhos práticos aos governantes. A
premissa de que "os fins justificam os meios"
(frase que não é de Maquiavel, no entanto)
passou a nortear a compreensão da obra. Daí
a reputação de maquiavélico dada ao
governante sem escrúpulos.
7. Biografia
Nascimento: 5 de abril de 1588,
Inglaterra.
Morte: 4 de dezembro de
1679 (91 anos), Inglaterra.
Ocupação: Preceptor, filósofo.
Escola/Tradição: Cartesianismo,
Mecanicismo, Nominalismo.
Principais interesses: Política,
Direito, Filosofia política, Ciência
política, Teoria do conhecimento.
Autor de Leviatã (1651) e Do
cidadão (1651).
8. Leviatã
Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de
vista sobre a natureza humana e sobre a
necessidade de governos e sociedades.
No estado natural, enquanto que alguns homens
possam ser mais fortes ou mais inteligentes do
que outros, nenhum se ergue tão acima dos
demais por forma a estar além do medo de que
outro homem lhe possa fazer mal.
9. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e
uma vez que todas as coisas são escassas,
existe uma constante guerra de todos contra
todos (Bellum omnia omnes).
No entanto, os homens têm um desejo, que é
também em interesse próprio, de acabar com a
guerra, e por isso formam sociedades entrando
num contrato social.
10. Teoria Política
De acordo com Hobbes, tal sociedade necessita de uma
autoridade à qual todos os membros devem render o
suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a
autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa
comum.
Thomas Hobbes defendia a idéia segundo a qual os
homens só podem viver em paz se concordarem em
submeter-se a um poder absoluto e centralizado.
11. “O essencial da arte é exprimir: o que se
exprime não interessa” (Fernando Pessoa)
12. A filosofia da arte pergunta pelo ser da arte como expressão
sensível (ou seja, expressão material) de algo.
Oferece a arte alguma semelhança com o conhecimento, quer da
sensação, quer do pensamento? Tal como a sensação e o
pensamento são a expressão de algo, também a arte o é?
Encontra-se a filosofia da arte em contraste com a teoria do
conhecimento, a qual se ocupa da expressão mental de algo.
Todavia, em ambos os casos, ocorre tratar-se da expressão de
algo. Por isso, há muito de comum entre filosofia da arte e teoria do
conhecimento, sobretudo entre filosofia geral da arte e teoria geral do
conhecimento, até mesmo no que se refere às dificuldades
oferecidas por ambos os temas.
13. A arte se apresenta como expressão material
de algo. Isto acontece em todas as espécies de
arte: A pintura é matéria que exprime algo; a
estátua é matéria que exprime algo; o som é
matéria que exprime algo; a linguagem é matéria
que exprime algo.