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Civilização Romana
Localização geográfica e povoamento da Itália
         Geograficamente, a Itália se divide em quatro regiões bem delimitadas: no extremo norte,
uma região montanhosa, entrecortada de rios: a planície do Pó, ao longo do caudaloso rio Pó; a
região Apenina: a colina litorânea dos mares Adriático e Tirreno.




    Durante diferentes épocas se estabeleceram na região das Península Itálica, diversos povos.
    De acordo com pesquisas arqueológicas, antes da chegada dos povos de origem indo-européia,
    já havia se estabelecidos ali, alguns povos.
    Os grupos de origem indo-européia teriam chegado à Itália por volta de 2200 a.C., tendo sido
    denominados de itálicos ou italiotas e ocuparam a região centro-sul da península.
    Os latinos, um desses povos, habitou o curso inferior do rio Tibre. Os sabinos habitou nas
    montanhas e eram tribos que viviam do pastoreio e do saque.
Os etruscos, outro povo que colonizou a Itália, é de origem desconhecida. Há
pesquisadores que os consideram autóctones (nativos da região), porém, algumas pesquisas realizadas
com o DNA mitocondrial , apontam como sendo originários da Ásia Menor.

          Os etruscos ocupavam-se da agricultura, do pastoreio, do trabalho manufaturado e do
comércio. Seus produtos metalúrgicos e têxteis chegavam a todo Oriente e todo mundo grego através
dos cartagineses e colonos gregos.




                   O povoamento da Itália se completou com a chegada dos gauleses, no início do
século IV a.C., que se estabeleceram ao norte, no vale do rio do Pó (Gália Cisalpina).
Origem lendária de Roma
Enéias

                       Conta a lenda que o troiano Enéias, filho de Venus e Anquises, tendo sobrevivido a destruição de
Tróia, foge com seu filho Iulo (filho de Creúsa) e uma tropa com vinte navios. Aportam nas costas Laurentinas onde é
recebido de forma amigável por Latino, rei das tribos aborígines, que lhe dá por esposa sua filha Lavínia. Enéias constrói
uma cidade e lhe dá o nome de Lavinium. Desse casamento nasce um filho que recebeu o nome de Ascânio. Morrendo
Latino, Enéias reuni os dois povos sob a denominação de latinos. Com a morte de Enéias, seu filho Ascânio fundou no sopé
do monte Albano uma nova cidade com o nome de Alba Longa.

Rômulo e Remo

            Algumas gerações depois, Numitor era o rei de Alba Longa, Amúlio, seu irmão, destrona-o e manda matar todos
os filhos varões de seu irmão e faz de sua sobrinha Rhea Silvia, uma vestal (sacerdotisa da deusa Vesta), devendo assim
permanecer virgem por toda a vida. Segundo a lenda, indo ela pegar água num bosque sagrado perto do rio Tibre foi ela
seduzida por Marte, deus romano, ficando grávida. Foi então Rhea Silvia mãe de Rômulo e Remo, gêmeos. Enfurecido o rei
Amúlio condena Rhea Silvia a morte e manda abandonar os gêmeos na floresta para que fossem devorados pelas feras. Ao
serem abandonados na floresta, uma mulher pública, os vendo chorar, os recolheu. A essa classe de mulheres públicas,
chamava-se lobas (lupa – loba na gíria latina, daí a lenda da loba) e por isso os lugares onde viviam eram chamados de
lupanares (do latim lupanar), que quer dizer, casa de meretrizes, de prostituição. Provavelmente quem amamentou os
gêmeos teria sido Aca Laurência, mulher do pastor Fáustulo, que teria exercido o ofício de prostituta. A lenda do animal que
os socorre teria surgido, portanto, da ambigüidade da palavra lupa.

                       Na adolescência, eles vão caçar na floresta e saquear salteadores, repartindo depois o saque com os
pastores. Ao ir a uma festa, são reconhecidos. Rômulo consegue escapar, mas Remo é capturado e entregue a Amúlio, sendo
acusado de saquear nas terras de Numitor.

                       Ao tomar conhecimento, por Fáustulo, de sua origem, Rômulo apresenta-se a Numitor como seu neto,
liberta seu irmão e juntos matam Amúlio e reconduzem seu avô ao trono. Este lhes concede o direito de fundar uma cidade
no mesmo local onde foram encontrados. Não sabendo ao certo onde era o exato local, , Remo se instalou no monte Aventino
e Rômulo no Palatino. Quando traçavam o sulco que havia de delimitar o território da cidade, brigam entre si e Rômulo mata
o irmão, dando a cidade o seu nome. Segundo escritores, isto aconteceu em 753 a.C
Sacerdotisa Vestal                                       Rômulo e Remo



          O rapto das sabinas

                        Necessitando os romanos de mulheres, Rômulo organiza uma grande festa e convida os vizinhos. Entre
os visitantes estão os sabinos, que trouxeram as esposas e as filhas. No desenrolar da festa, inesperadamente, a juventude
romana captura as raparigas. Os pais fogem para as suas aldeias, estupefatos e ofendidos pela grave violação dos romanos
às leis da hospitalidade. Dali nasceu uma áspera querela com os sabinos do rei Tito Tácio. Porém, na batalha decisiva, as
mulheres sabinas interpuseram-se entre as duas hostes, pacificando os adversários. Os sabinos juntaram-se aos romanos
num Estado único, com Tito Tácio e Rômulo no poder. Passando assim Roma ser uma mistura de latinos e sabinos. Com
morte de Tito Tácio, Rômulo reinou sozinho durante trinta e três anos. A ele foi atribuída a instituição do Senado,
inaugurando a realeza romana e divisão dos cidadãos em patrícios e plebeus.


                      A morte de Rômulo é um mistério. Reza a lenda que aos cinqüenta e quatro anos, enquanto passava
em revista a tropa, houve uma terrível tempestade, acompanhada de eclipse solar. Ao término o rei tinha desaparecido.
A formação de Roma segundo Emmanuel em sua obra
                            A Caminho da Luz
          A Itália primitiva era dividida em duas partes, a Gália Cisalpina e a Magna Grécia. Nesta época
o Vale do Pó era habitada pelos etruscos, que sofriam constantes invasões dos gauleses. Entre todos os
povos que formaram Roma, eles eram os mais esforçados e inteligentes. Acreditavam na sobrevivência
e ofereciam sacrifícios as almas dos mortos. Veneravam deuses que presumiam conhecer através dos
fenômenos comuns da natureza. Devido as constantes lutas com os gauleses, decidiram abandonar o
local onde viviam. Grande parte deles se fixam na futura Roma que nada mais era que um
agrupamento de cabanas humildes e desprotegidas.

        Foram os etruscos que em grande parte edificaram as primeiras organizações da cidade,
fundando escolas de trabalho, criando com seu esforço energético e decidido, uma nova terra.

          Lá eles encontraram as tribos latinas Ramnenses, Titienses e Luceres. Quando Rômulo chegou
por lá, encontrou uma cidade próspera e trabalhadora.

           A influência etrusca foi fundamental nos primórdios de Roma,bastando para isto citar Tarquínio
Prisco, filho da Etrúria, que trouxe à cidade grandes reformas e inúmeras inovações em todos os
departamentos. Temos como exemplo a construção da Cloaca Máxima (rede de esgotos) e do Capitólio
(templo dedicado a Júpiter). Seu sucessor, Sérvio Túlio, da mesma família, dividiu o povo em classes e
centúrias, de acordo com as possibilidades financeiras de cada um, o que desagradou os patrícios
(camada superior da sociedade).

         Porém, o que mais evidenciou a influência etrusca, foi na alma popular, devotada aos gênios,
aos deuses e às superstições de toda a espécie. Cada família, cada lar, possuía o seu gênio invisível e
amigo e na sociedade se alastrou em comunidades religiosas, o que culminou no Colégio dos Pontífice
sendo substituído mais tarde pelo Pontífice Máximo, que deu origem ao Vaticano e ao Papado dos
tempos atuais .
Origem de Roma segundo os arqueólogos



                                              Pesquisas arqueológicas apontam
                           que em meados do século VIII a.C. já existiam no
                           local da cidade de Roma uma aldeia latina. Os seus
                           habitantes eram basicamente povos agricultores e
                           pastores, mas que realizavam algumas trocas com
                           outros povos da região.

                                              A partir do século VII a.C.
                           Acentuou-se a urbanização de Roma, mas foi em
                           meados do século VI a.C., após a sua conquista
                           pelos etruscos que Roma se transformou na
                           principal cidade da região do Lácio.
A história Romana é dividida em três períodos:
1 - Monarquia ( em torno de 750 a 509 a.C.) - Este período se iniciou com a fundação de Roma.

Organização social:

         Basicamente era a gens: formada por um grupo extenso de pessoas que se reconhecem como
descendentes de um antepassado comum. As propriedades e as fortunas não saiam do interior da
gens, pois excluía as mulheres da herança, que a partir do casamento, vinculava-se a gen do marido.

         A organização da gens era restrita a população nativa da cidade e seus membros eram
conhecidos como patrícios (palavra derivada de pater que significava pai ou chefe de família).

         A reunião de dez gens, constituía uma cúria e a reunião de dez cúrias constituía uma tribo.
Dessas tribos saíam os chefes militares e os sacerdotes.

        O conjunto de três tribos formava o populus romanus (povo romano). Só pertencia ao povo
romano os membros de uma gens.

          Os plebeus eram membros das tribos submetidos a população romana nativa. Eram homens
livres, possuíam propriedades territoriais, pagavam impostos, prestavam serviços militares, mas não
exerciam funções públicas e também não tinham direitos a partilha de terras conquistadas pelo Estado
Romano. Não eram cidadãos e sim súditos.

          Os clientes eram homens livres, mas dependentes da aristocracia, que lhes davam pedaços
de terras em troca de pagamento de taxa e serviços prestados.

         Os escravos eram propriedades da família patrícia.
Organização política:

        Roma era governada por um rei, que ao mesmo tempo era o chefe militar, juiz supremo e
sumo sacerdote. Ele era escolhido entre os chefes militares e religiosos saídos das três tribos.

         O senado era formado pelo conselho dos anciãos. Eles prestavam assistência ao rei.

         A comitia curiata eram as assembléias por cúrias, onde se elegiam os chefes, e declaravam a
guerra ou a paz. Formada pelos homens adultos do populus romanus.

         A monarquia teve sete reis. Quatro reis latinos e sabinos e três reis etruscos.

         Romanos:


         Rômulo: Fundador de Roma.


         Numa Pompílio: Era sabino. Atribui-se a ele a organização religiosa romana, o
             calendário, etc.

         Túlio Hostílio: destruiu Alba Longa e transferiu sua população para Roma.
                  Construiu o palácio do senado chamado de “Cúria de Hostílio”.

         Anco Márcio: construtor da primeira ponte de madeira sobre o rio Tibre.
Etruscos:

Tarquínio Prisco: Empreendeu guerras vitoriosas; aumentou em 100 o número
                 de senadores; iniciou a dragagem da cidade mandando construir canais.

Sérvio Túlio: Organizou o exército e realizou uma importante reforma social.
               Dividiu o povo romano em tribos, segundo o domicílio.
               Dividiu também a população em cinco classes, de acordo com a
              renda de cada indivíduo. Criou o censo que deveria ser realizado de
              cinco em cinco anos, e melhorou as defesas da cidade. Dividiu a
              cidade em quatro tribos urbanas (Suburana, Palatina, Esquilina, Colina).

Tarquínio (o Soberbo): Era despótico. Dotou Roma de grandes obras infraestruturais.
          Terminou o Capitólio (templo dedicado a Júpiter)e a Cloaca Máxima (rede
          de esgotos). Tentou conquistar as colônias gregas do sul da Península,mas foi
          derrotado.




                   Ruínas do Capitólio romano                      Cloaca Máxima
Capitólio
2 - República Romana

          A monarquia teve fim em 509 a.C. Quando a aristocracia rebelou-se contra a dominação etrusca
e a tirania do rei Tarquínio, que foi deposto.
         O senado assumiu o poder.
         O endividamento dos pequenos proprietários levava a um aumento do número de escravos, dos
trabalhadores servis e dos clientes.
         Aumentam os conflitos entre patrícios e plebeus. Os plebeus pobres passaram a lutar pela
absolvição das dívidas, da servidão por dívidas e pela repartição das terras. Os plebeus mais ricos
lutavam pelo acesso aos cargos públicos.
        Roma passa a organizar lutas contra seus vizinhos. Inicialmente, em caráter defensivo,
passando depois a caráter expansionista.
         A organização política sofre transformações. Surge os cônsules (2) em substituição ao rei, que
em tempo de paz eram eleitos por um ano e em tempo de guerra era substituído por um ditador pelo
período de seis meses. O senado e a assembléia popular eram outras instituições existentes na época.
         Devido ao expansionismo, as terras pertencentes ao Estado aumentaram consideravelmente.
Essas terras que deveriam ser cedidas aos membros da comunidade, eram apropriadas pela aristocracia
que sempre levava vantagem, pois o senado e a magistratura eram de seu monopólio.
         Assembléias: patrícios e plebeus.
          Assembléia Centurial (comitia centuriata): votava as leis e elegiam os Cônsules. Os plebeus
participavam, porém não tinham poder de decisão.
         Assembléia Curial: assuntos religiosos.
         Assembléia Tribal: escolhia Questões e Edis.
Lutas Sociais

          Os plebeus não podiam se casar com patrícios. Como os plebeus passaram a ter participação
na vida militar, muitos deles iam a ruína, pois ficavam muito tempo afastados de suas propriedades e
com as conquistas, as propriedades dos patrícios só aumentavam. Estas questões levaram a
intensificação das lutas entre patrícios e plebeus.
       Em 494 a.C. os plebeus abandonaram Roma e foram para o Monte Sagrado, o que significou
em um enfraquecimento do exército romano, levando os patrícios a admitirem concessões aos plebeus.
         Conquistas da plebe:
        Tribuno da plebe(comício da plebe à plebiscito) : vetar leis que prejudicassem os plebeus à
assembléia centuriata.
         Leis das Doze Tábuas: as leis passaram a ser escritas e limitaram as arbitrariedades.
         Lei Canuléia: permitia o casamento entre plebeus e patrícios.
        Lei Licínia-Sêxtia: proibição da escravidão por dívida (nexum). Depois a escravidão de
romanos foi proibida, além da eleição dos magistrados plebeus, inclusive um cônsul da plebe.




                                                            Os casamentos entre plebeus
                                                            e patrícios, levou a uma
                                                            associação entre os plebeus
                                                            mais ricos e os patrícios. Os
                                                            plebeus conseguiram acesso a
                                                            todos os cargos, porém, a
                                                            divisão interna entre ricos e
                                                            pobres se acentuaram.

                   Tribuno da plebe
Expansionismo Romano (Mare Nostrun)


                       Etapas:
                       Conquista da Península Itálica: ocorrida em 272 a. C. com
                       a finalidade de obter alimentos e defesa.
                       Conquista do Mediterrâneo Ocidental:
                                Cartago era uma cidade de origem fenícia
                       (punicus,em latim), situada no norte da África.
                       Contra ela, entre os anos 264 e 146 a.C., Roma        travou
                       três guerras, na segunda das quais teve         que
                       enfrentar o lendário general cartaginês Aníbal. Esses
                       confrontos ficaram conhecidos como Guerras Púnicas, e os
                       romanos venceram todos eles.
                                A vitória contra Cartago possibilitou a Roma o
                       domínio das ilhas de Sardenha, Córsega e Sicília,       além
                       da Espanha e do norte da África.
                       Conquista do Mediterrâneo Oriental:
                                 Roma não parou mais de se expandir depois disso.
                                 Conquistou a Macedônia, Grécia, Egito, Ásia Menor,
                                 Síria.
Conseqüências:

•         ● Aumento da escravidão: povos conquistados viravam escravos.
•          ● Aumento do número de latifúndios: os grandes proprietários aumentavam suas posses,
     apropriando-se das terras conquistadas.
•           ● Ruínas dos plebeus: substituídos pelos escravos, ficavam sem trabalho e alguns perderam as
     terras para os latifundiários.
•          ● Ascensão de uma nova classe social: os Cavaleiros, plebeus enriquecidos pelo comércio e
     artesanato.
•          ● Conquista de territórios
•          ● Controle do Mar Mediterrâneo: Mare Nostrum.




    Reformas dos Irmãos Graco: em favor da plebe



         Tibério Graco: Tribuno da plebe.
                  Reforma agrária no ager publicus.
                  Foi assassinado.


         Caio Graco: Tribuno da plebe
                  Lei frumentária: venda de trigo mais barata para a plebe.
                  Reforma agrária.
                  Foi eliminado.
                  As propostas foram aprovadas pela Assembléia Popular e obstaculizadas pelo Senado.
•     Mário (cônsul): governo popular.
         Instituição do soldo para os soldados pobres (profissionalização do exército).
•     Sila (cônsul): governo conservador.
        Em 82 a. C., instaurou a ditadura em Roma, onde anulou o poder dos tribunos, limitou o direito
      da Assembléia Popular e entregou o controle da justiça à aristocracia senatorial.
      Foi um governo violento, antipopular com agravamento da situação social.

    Os Triunviratos de Roma
             O Triunvirato é um governo formado por 3 representantes.

    • O primeiro Triunvirato
             No ano de 59 a.C , Roma se via governada por Gaius Julius César (cônsul), Pompeu (general)
    e Marco Lucínio Crasso (o homem mais rico), que se juntaram para formar uma aliança forte. Os
    motivos dessa junção era de puro interesse, onde Pompeu precisava de terras para distribuir à suas
    Legiões veteranas de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Julio César
    apoio para combater os Gauleses ao norte.
            Crasso morre combatendo na Pérsia.
            Aumentam os conflitos entre César e Pompeu.
            Pompeu é proclamado cônsul único, destituindo César.
            César derrota Pompeu.
            Ditadura de Gaius Julius César , apoiado pelo exército e pela plebe.
            Lutou contra o senado.
            Foi assassinado em uma conspiração promovida pelo senado em 44 a.C.
•       O segundo Triunvirato
           Marco António, lugar-tenente de César, Lépido, mestre de cavalaria, e Octávio, sobrinho e
       herdeiro de César.
           Os três dividiram entre si o governo do império, ficando cada um com responsabilidades sobre
       uma determinada parcela do território. A aliança foi desfeita com a queda de Lépido em  36 a. C., e
       de Marco António após a sua derrota, em 31 a. C., em Actium. Na seqüência desta batalha, todo o
       poder passou para as mãos de Otávio Augusto, que viria a se tornar o primeiro imperador de Roma.



                                            Mapa da República Romana durante o Segundo
                                            Triunvirato (32ª.C.). A área em verde escuro é o
                                            setor sob poder de Otávio. A área em azul escuro
                                            estava sob poder de Marco Antônio. A área em
                                            azul claro, sob poder de aliados ou vassalos de
                                            Antônio.




    3 – Império Romano

    O principado de Otávio Augusto: início da Roma Imperial.
                      -Liberou os camponeses da obrigação do serviço militar.
                      -Realizou muitas obras de urbanização.
                      -Criou a guarda pretoriana.
                      -Criou novo sistema de cobrança de impostos.
                      -Dividiu o império em províncias senatoriais (administradas pelo senado) e
                       províncias imperiais (subordinadas ao império).
                      -Pax romana: período de paz e prosperidade econômica e cultural.
                      -Política do Pão e Circo: distribuição de trigo e promoção de diversão.
Após o governo de Otávio, o Império Romano foi governado por várias dinastias:

1. Dinastia Júlio-Claudiana (do ano 14 ao 68).
                  Perseguição aos cristãos: Os cristãos não aceitavam o politeísmo nem o caráter
divino do imperador. O caráter pacifista e universalista do cristianismo chocou-se com o militarismo e o
escravismo do império romano. Nero iniciou as perseguições.


2. Dinastia dos Flávios (do ano 69 ao 96).

                  Marco Aurélio o último grande imperador, promoveu um reflorescimento cultural.

3. Dinastia dos Antoninos (do ano 96 ao 192).

4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235).



•   Crise e Decadência do Império Romano


          O império Romano foi afetado pela crise geral do escravismo. A prosperidade romana
estava alicerçada na agropecuária e, nessa época, ocorreu uma decadência na produção de
técnicas agrícolas, sobretudo na Itália. Somou-se a isso a interrupção da expansão romana no
Ocidente, que levou à falta de mão-de-obra escrava, barateando,assim, o trabalho livre e
assalariado. Os proprietários passaram a arrendar suas terras aos colonos, instituindo o “sistema
de colonato” (a permanência do camponês na terra).

Desses fatores, resultou a diminuição da arrecadação de tributos, levando o Estado a dificuldades
de manter a máquina administrativa, principalmente o exército, o que culminou com as invasões
bárbaras.
•   Diocleciano
    Tentou reduzir a inflação, por meio do Edito Máximo que consistia na fixação dos preços máximos
    para os produtos comercializados e um limite de ganhos sobre a jornada de trabalhos.
    Criou a Tetrarquia: dividiu o governo para quatro pessoas para facilitar a administração.


•   Constantino
    Fundou Constantinopla.
    Instituiu o Edito de Milão, no qual reconheceu a religião cristã, transformando-a na mais importante
    de Roma.
    Criou a Lei do Colonato: fixação do colono à terra que trabalhava.


•   Teodósio
    Instituiu o Edito de Tessalônica, em 330, pelo qual a religião cristã tornava-se oficial do Império.


    Por ocasião da morte de Teodósio (395), o Império foi divido em Ocidente (capital Roma),
    governado por Honório, e Oriente (capital Constantinopla), governado por Arcádio – ambos filhos
    do Imperador.

    O Império Romano decaiu em 476, invadido pelos hunos.
Religião Romana
         A tradição atribui ao rei legendário, Numa Pompílio, a fundação de uma religião internacional,
valendo-se do auxilio da ninfa sagrada Egrégia, mas o que se supõe ter sido a vida daquele rei está de
tal modo obscurecido pelo mito, que o próprio fato de sua existência é posto em dúvida por numerosas
autoridades.

Em tempos primitivos os romanos procedentes da religião do Danúbio acreditavam fervorosamente na
magia e nos espíritos. Estes espíritos transformavam-se gradativamente em deuses, ligados menos a
lugares determinados do que a certas ocupações diárias e sazonais do povo.

Jano protegia a porta, e Vesta, o lar. Saturno era o deus que presidia o plantio. Ceres amparava o
crescimento dos cereais. Ops era o patrono das safras, e Pomona a deusa das frutas.

Com exceção de Vesta, todos estes deuses eram adorados ao ar livre, podendo pois considerar-se, esta
época religiosa, a do animismo agrícola.

Sob os Tarquínos etruscos, pai e filho, apareceram deuses de fato, com templos. Júpiter, Juno e Minerva
formaram a grande trindade romana. O templo de Júpiter sobre o Monte Capitolino, cuja construção,
segundo consta, foi iniciada pelo velho Tarquínio e concluída pelo filho, era objeto de grande veneração
dos romanos.

Ter-se-ia desenvolvido, possivelmente, um vigoroso monoteísmo, no qual Júpiter fosse o deus supremo,
mas nos três séculos decorridos entre 500 e 200 antes de Cristo, sobreveio, paralisando a ascendência
crescendo do grande deus.
À medida que os romanos conquistavam as cidades vizinhas, os deuses destas eram
incorporados ao Panteão nacional. Acresce o fato de a prosperidade de Roma haver-se originado dos
numerosos estrangeiros que traziam consigo os deuses próprios, sendo-lhes permitido à vontade, o
culto dos mesmos.

Sob a ameaça de uma grande calamidade atingir o Estado, os volúveis romanos procuravam o auxilio de
outros deuses. Por exemplo, em 293 a. C., quando em Roma se alastrara grande peste, importou-se o
deus grego da cura, Esculápio, a fim de sustar o flagelo.

Uma deusa advena recebida com grande regozijo, por pouco deixou de levar todo Estado a um
desastre: Cibele, a grande mãe.

Ligada ao seu culto existia uma pedra meteórica, a qual, provavelmente, se assemelhava a Caaba dos
muçulmanos. Todavia, o culto de Cibele introduziu a chancela religiosa para os excessos sexuais.
Combinamos estes com os ritos de Baco, que nos deu "bacanal". O culto de Cibele tornou-se tão
popular que o senado romano, a despeito de sua política permanente de tolerância religiosa, se vira
obrigado, em defesa do próprio Estado, a por cabo à observância dos rituais da deusa-mãe.

No século anterior ao do nascimento de Cristo e em um ou dois outros séculos depois, afluíram a Roma,
do oriente, tantas crenças e mistérios, que pouco restou da religião romana original. A grande cidade
transformou-se em verdadeira semeadura de cultos de toda a espécie, cada qual em busca de
supremacia.

Finalmente, surge nova religião, proveniente da Palestina. Apenas notada a principio, robusteceu-se
gradativamente graças à pureza de seus ensinamentos e à fé de seus adeptos, fé inquebrantável até à
própria morte. No começo do quarto século de nossa era, Constantino estabeleceu o cristianismo como
religião oficial do Império Romano.
Cristianismo tornou-se religião de Estado do Império Romano em 380 d.C.
          Até o Concílio de Nicéia, no ano de 325 d.C., igrejas eram incendiadas, cristãos eram caçados
e tinham seus bens confiscados. As perseguições se agravaram sobretudo sob o imperador Diocleciano
(cerca de 245-316). Este pretendia reviver a velha cultura pagã, tornando-a religião de Estado. Porém
sua política anticristã fracassou e foi abolida pelo sucessor, o imperador Constantino 1º (cerca
de 285-337).

         O Concílio de Nicéia
          No dia 19 de junho de 325, o imperador Constantino interferiu num conflito eclesiástico. Para
pacificá-lo, ele convidou os bispos cristãos para um concílio em Nicéia. O objetivo não era a imposição
do cristianismo como religião estatal, mas sim o estabelecimento de uma paz religiosa, a fim de
estabilizar o Império Romano.
          Após longos debates, Constantino 1º aceitou o consenso segundo o qual Deus e Jesus
constituiriam uma mesma entidade. Com a assinatura dessa definição pelos religiosos presentes, teve
fim a perseguição dos cristãos.
         Em 27 de fevereiro de 380 o imperador bizantino Teodósio 1º (347-395) promulgou um
decreto declarando o cristianismo religião de Estado e punindo o exercício de cultos pagãos.
         A prática de cultos pagãos passou a ser tratada como alta traição. Templos e relíquias foram
destruídos, da mesma forma que o Oráculo de Delfos, lendário local de profecia da Grécia antiga.


        Nos séculos seguintes, sob a cruz de Cristo, não apenas se deu de comer aos pobres, como
também foram assassinados críticos e dissidentes em nome do Senhor.
Cultura Romana - influenciada pela cultura grega e etrusca

Arquitetura
O romano foi um povo construtor de grandes obras públicas. Entre elas destacam-se imensos
aquedutos, alguns com centenas de metros de comprimento e dezenas de altura. Usavam muito o arco,
invenção mesopotâmica, levada para a Itália pelos etruscos. Além disso, edificaram grandes circos,
teatros ao ar livre, onde eram exibidas corridas de carros, lutas contra feras ou combate de gladiadores.
Muitos palácios também foram edificados. Usaram colunas, a exemplo dos gregos, com algumas
modificações. Também empregaram abóbadas em algumas obras (como no Panteão de Roma), sob
influência oriental.


                           ARCOS – Foram
                           construídos para
                           comemorar feitos de
                           alguns imperadores. Os
                           mais famosos são o de
                           Tito (exaltando seu triunfo
                           sobre os judeus) e o Triplo
                           de Sétimo Severo, em                           TEMPLOS – Os romanos
                           Roma                                           construíram templos
      Arco do Triunfo
                                                                          muito semelhantes aos
                                                                          dos gregos.




              Via Ápia
AQUEDUTOS – Construídos de
                 pedra ou de alvenaria,
                 levavam água às cidades.
                 Somente para Roma os
                 aquedutos “Aqua Martia”,
                 “Aqua Appia” e “Aqua
                 Claudia” conduziam,
                 diariamente, mais de 2
                 milhões de metros cúbicos de
                 água. Além dos aquedutos da
                 capital, os romanos também
                 os construíram nas províncias.
                 (Espanha, frança, etc.).



               CIRCOS – Eram, talvez, a
               diversão predileta do povo.
               Neles reuniam-se multidões
               que deliravam, vendo lutas
               de gladiadores, corridas, ou
               cristãos lançados às feras. O
               chamado Circo Máximo era
               um teatro que abrigava
               quase 90 mil pessoas. No
               dia de sua inauguração
               foram sacrificados mais de
               5 mil animais, em luta com
               gladiadores.                       Coliseu

Circo Máximo
Pintura e escultura

A pintura reflete as cenas mitológicas.
A escultura representava os fatos da história de Roma.




     deuses                      Culto a Baco
                                                                Venus de Milus




                                Mosaico da batalha de Isos, Casa do Fauno, Pompeya
      Escultura romana
Direito
                  É o conjunto de leis romanas, que teve
como base as “Leis das Doze Tábuas”.
                    O Direito romano foi um dos aspectos
mais importantes que os romanos deixaram para outros
povos. Ele surgiu como resultado de um processo histórico
lento, fruto de lutas sociais distintas entre patrícios e
plebeus.
                   A igualdade civil conseguida entre as
duas camadas sociais possibilitou o aprimoramento do jus
civili romano. Por outro lado, a conquista de outros povos
exigiu um tratamento especial para os mesmos, originando
o jus gentium. É de suma importância a introdução dos
princípios de um direito natural, como por exemplo, o
direito à vida.




 Língua                                                      A Inscrição Duenos, do século
                                                             VI a.C., é um dos textos mais
 O Latim é a língua falada pelos                             remotos em latim antigo,
 romanos. É uma antiga língua                                provavelmente da tribo dos
 indo-européia.                                              latinos.
 O seu alfabeto baseia-se no
 alfabeto itálico antigo, mas sofreu
 a influência da língua etrusca.                              Réplica da escrita cursiva de Roma
Literatura

         A literatura romana se desenvolveu a partir da literatura grega e se iniciou com Lívio Andrônico,
que escreveu os primeiros dramas em latim. O primeiro escritor romano nativo foi Gneo Nevio, ainda que
Ênio Quinto, famoso por seus Anais, tenha sido o primeiro importante.
        O primeiro gênio verdadeiro da literatura romana foi o autor de comédias Plauto. As obras do
segundo gênio romano cômico, Terêncio, são mais tranqüilas e engraçadas.
          O político Catão o Velho foi o primeiro mestre da prosa romana, e o escritor mais importante de
sátiras, gênero supostamente inventado por Ennio, foi Caio Lucílio.
          O precursor da idade de ouro da poesia romana foi Lucrécio, que tratou de liberar as pessoas da
superstição e do medo da morte. Catulo foi o primeiro grande poeta lírico, embora o maior de todos tenha
sido Virgílio. Cada época encontrou em Eneida a mensagem que mais lhe convinha.
          Os autores de prosa mais destacados na idade do ouro foram Cícero, Júlio César e o principal
historiador romano, Tito Lívio, enquanto que a chamada idade de prata pertencem Lucano, Publio Papinio
Estacio e Sêneca, filósofo estóico e autor de terríveis tragédias.
        Os primeiros escritores cristãos importantes foram Tertuliano, um mestre da prosa, santo
Ambrósio e Aurélio Clemente Prudêncio, que inaugurou uma nova tradição na poesia cristã.
         A prosa cristã foi dominada por dois padres da Igreja: são Jerônimo, tradutor da Bíblia (Vulgata),
e santo Agostinho, um dos pensadores europeus mais influentes.




                                                                                  Tito Lívio


                                   São Jerônimo
             Virgílio
Gastronomia

                  Durante a Roma antiga a gastronomia consistia somente vegetais e frutas. Os
romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo,romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas. O prato típico era
mingau de água com cevada. Uma versão mais sofisticada carne, geralmente de carneiro, burro, porco,
ganso, pato ou pombo. Alimentavam os porcos com figos para que sua carne ficasse perfumada e
criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. Faziam o mesmo com os frangos,
alimentando-os com anis e outras especiarias.

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Romanos

  • 2. Localização geográfica e povoamento da Itália Geograficamente, a Itália se divide em quatro regiões bem delimitadas: no extremo norte, uma região montanhosa, entrecortada de rios: a planície do Pó, ao longo do caudaloso rio Pó; a região Apenina: a colina litorânea dos mares Adriático e Tirreno. Durante diferentes épocas se estabeleceram na região das Península Itálica, diversos povos. De acordo com pesquisas arqueológicas, antes da chegada dos povos de origem indo-européia, já havia se estabelecidos ali, alguns povos. Os grupos de origem indo-européia teriam chegado à Itália por volta de 2200 a.C., tendo sido denominados de itálicos ou italiotas e ocuparam a região centro-sul da península. Os latinos, um desses povos, habitou o curso inferior do rio Tibre. Os sabinos habitou nas montanhas e eram tribos que viviam do pastoreio e do saque.
  • 3. Os etruscos, outro povo que colonizou a Itália, é de origem desconhecida. Há pesquisadores que os consideram autóctones (nativos da região), porém, algumas pesquisas realizadas com o DNA mitocondrial , apontam como sendo originários da Ásia Menor. Os etruscos ocupavam-se da agricultura, do pastoreio, do trabalho manufaturado e do comércio. Seus produtos metalúrgicos e têxteis chegavam a todo Oriente e todo mundo grego através dos cartagineses e colonos gregos. O povoamento da Itália se completou com a chegada dos gauleses, no início do século IV a.C., que se estabeleceram ao norte, no vale do rio do Pó (Gália Cisalpina).
  • 4. Origem lendária de Roma Enéias Conta a lenda que o troiano Enéias, filho de Venus e Anquises, tendo sobrevivido a destruição de Tróia, foge com seu filho Iulo (filho de Creúsa) e uma tropa com vinte navios. Aportam nas costas Laurentinas onde é recebido de forma amigável por Latino, rei das tribos aborígines, que lhe dá por esposa sua filha Lavínia. Enéias constrói uma cidade e lhe dá o nome de Lavinium. Desse casamento nasce um filho que recebeu o nome de Ascânio. Morrendo Latino, Enéias reuni os dois povos sob a denominação de latinos. Com a morte de Enéias, seu filho Ascânio fundou no sopé do monte Albano uma nova cidade com o nome de Alba Longa. Rômulo e Remo Algumas gerações depois, Numitor era o rei de Alba Longa, Amúlio, seu irmão, destrona-o e manda matar todos os filhos varões de seu irmão e faz de sua sobrinha Rhea Silvia, uma vestal (sacerdotisa da deusa Vesta), devendo assim permanecer virgem por toda a vida. Segundo a lenda, indo ela pegar água num bosque sagrado perto do rio Tibre foi ela seduzida por Marte, deus romano, ficando grávida. Foi então Rhea Silvia mãe de Rômulo e Remo, gêmeos. Enfurecido o rei Amúlio condena Rhea Silvia a morte e manda abandonar os gêmeos na floresta para que fossem devorados pelas feras. Ao serem abandonados na floresta, uma mulher pública, os vendo chorar, os recolheu. A essa classe de mulheres públicas, chamava-se lobas (lupa – loba na gíria latina, daí a lenda da loba) e por isso os lugares onde viviam eram chamados de lupanares (do latim lupanar), que quer dizer, casa de meretrizes, de prostituição. Provavelmente quem amamentou os gêmeos teria sido Aca Laurência, mulher do pastor Fáustulo, que teria exercido o ofício de prostituta. A lenda do animal que os socorre teria surgido, portanto, da ambigüidade da palavra lupa. Na adolescência, eles vão caçar na floresta e saquear salteadores, repartindo depois o saque com os pastores. Ao ir a uma festa, são reconhecidos. Rômulo consegue escapar, mas Remo é capturado e entregue a Amúlio, sendo acusado de saquear nas terras de Numitor. Ao tomar conhecimento, por Fáustulo, de sua origem, Rômulo apresenta-se a Numitor como seu neto, liberta seu irmão e juntos matam Amúlio e reconduzem seu avô ao trono. Este lhes concede o direito de fundar uma cidade no mesmo local onde foram encontrados. Não sabendo ao certo onde era o exato local, , Remo se instalou no monte Aventino e Rômulo no Palatino. Quando traçavam o sulco que havia de delimitar o território da cidade, brigam entre si e Rômulo mata o irmão, dando a cidade o seu nome. Segundo escritores, isto aconteceu em 753 a.C
  • 5. Sacerdotisa Vestal Rômulo e Remo O rapto das sabinas Necessitando os romanos de mulheres, Rômulo organiza uma grande festa e convida os vizinhos. Entre os visitantes estão os sabinos, que trouxeram as esposas e as filhas. No desenrolar da festa, inesperadamente, a juventude romana captura as raparigas. Os pais fogem para as suas aldeias, estupefatos e ofendidos pela grave violação dos romanos às leis da hospitalidade. Dali nasceu uma áspera querela com os sabinos do rei Tito Tácio. Porém, na batalha decisiva, as mulheres sabinas interpuseram-se entre as duas hostes, pacificando os adversários. Os sabinos juntaram-se aos romanos num Estado único, com Tito Tácio e Rômulo no poder. Passando assim Roma ser uma mistura de latinos e sabinos. Com morte de Tito Tácio, Rômulo reinou sozinho durante trinta e três anos. A ele foi atribuída a instituição do Senado, inaugurando a realeza romana e divisão dos cidadãos em patrícios e plebeus. A morte de Rômulo é um mistério. Reza a lenda que aos cinqüenta e quatro anos, enquanto passava em revista a tropa, houve uma terrível tempestade, acompanhada de eclipse solar. Ao término o rei tinha desaparecido.
  • 6. A formação de Roma segundo Emmanuel em sua obra A Caminho da Luz A Itália primitiva era dividida em duas partes, a Gália Cisalpina e a Magna Grécia. Nesta época o Vale do Pó era habitada pelos etruscos, que sofriam constantes invasões dos gauleses. Entre todos os povos que formaram Roma, eles eram os mais esforçados e inteligentes. Acreditavam na sobrevivência e ofereciam sacrifícios as almas dos mortos. Veneravam deuses que presumiam conhecer através dos fenômenos comuns da natureza. Devido as constantes lutas com os gauleses, decidiram abandonar o local onde viviam. Grande parte deles se fixam na futura Roma que nada mais era que um agrupamento de cabanas humildes e desprotegidas. Foram os etruscos que em grande parte edificaram as primeiras organizações da cidade, fundando escolas de trabalho, criando com seu esforço energético e decidido, uma nova terra. Lá eles encontraram as tribos latinas Ramnenses, Titienses e Luceres. Quando Rômulo chegou por lá, encontrou uma cidade próspera e trabalhadora. A influência etrusca foi fundamental nos primórdios de Roma,bastando para isto citar Tarquínio Prisco, filho da Etrúria, que trouxe à cidade grandes reformas e inúmeras inovações em todos os departamentos. Temos como exemplo a construção da Cloaca Máxima (rede de esgotos) e do Capitólio (templo dedicado a Júpiter). Seu sucessor, Sérvio Túlio, da mesma família, dividiu o povo em classes e centúrias, de acordo com as possibilidades financeiras de cada um, o que desagradou os patrícios (camada superior da sociedade). Porém, o que mais evidenciou a influência etrusca, foi na alma popular, devotada aos gênios, aos deuses e às superstições de toda a espécie. Cada família, cada lar, possuía o seu gênio invisível e amigo e na sociedade se alastrou em comunidades religiosas, o que culminou no Colégio dos Pontífice sendo substituído mais tarde pelo Pontífice Máximo, que deu origem ao Vaticano e ao Papado dos tempos atuais .
  • 7. Origem de Roma segundo os arqueólogos Pesquisas arqueológicas apontam que em meados do século VIII a.C. já existiam no local da cidade de Roma uma aldeia latina. Os seus habitantes eram basicamente povos agricultores e pastores, mas que realizavam algumas trocas com outros povos da região. A partir do século VII a.C. Acentuou-se a urbanização de Roma, mas foi em meados do século VI a.C., após a sua conquista pelos etruscos que Roma se transformou na principal cidade da região do Lácio.
  • 8. A história Romana é dividida em três períodos: 1 - Monarquia ( em torno de 750 a 509 a.C.) - Este período se iniciou com a fundação de Roma. Organização social: Basicamente era a gens: formada por um grupo extenso de pessoas que se reconhecem como descendentes de um antepassado comum. As propriedades e as fortunas não saiam do interior da gens, pois excluía as mulheres da herança, que a partir do casamento, vinculava-se a gen do marido. A organização da gens era restrita a população nativa da cidade e seus membros eram conhecidos como patrícios (palavra derivada de pater que significava pai ou chefe de família). A reunião de dez gens, constituía uma cúria e a reunião de dez cúrias constituía uma tribo. Dessas tribos saíam os chefes militares e os sacerdotes. O conjunto de três tribos formava o populus romanus (povo romano). Só pertencia ao povo romano os membros de uma gens. Os plebeus eram membros das tribos submetidos a população romana nativa. Eram homens livres, possuíam propriedades territoriais, pagavam impostos, prestavam serviços militares, mas não exerciam funções públicas e também não tinham direitos a partilha de terras conquistadas pelo Estado Romano. Não eram cidadãos e sim súditos. Os clientes eram homens livres, mas dependentes da aristocracia, que lhes davam pedaços de terras em troca de pagamento de taxa e serviços prestados. Os escravos eram propriedades da família patrícia.
  • 9. Organização política: Roma era governada por um rei, que ao mesmo tempo era o chefe militar, juiz supremo e sumo sacerdote. Ele era escolhido entre os chefes militares e religiosos saídos das três tribos. O senado era formado pelo conselho dos anciãos. Eles prestavam assistência ao rei. A comitia curiata eram as assembléias por cúrias, onde se elegiam os chefes, e declaravam a guerra ou a paz. Formada pelos homens adultos do populus romanus. A monarquia teve sete reis. Quatro reis latinos e sabinos e três reis etruscos. Romanos: Rômulo: Fundador de Roma. Numa Pompílio: Era sabino. Atribui-se a ele a organização religiosa romana, o calendário, etc. Túlio Hostílio: destruiu Alba Longa e transferiu sua população para Roma. Construiu o palácio do senado chamado de “Cúria de Hostílio”. Anco Márcio: construtor da primeira ponte de madeira sobre o rio Tibre.
  • 10. Etruscos: Tarquínio Prisco: Empreendeu guerras vitoriosas; aumentou em 100 o número de senadores; iniciou a dragagem da cidade mandando construir canais. Sérvio Túlio: Organizou o exército e realizou uma importante reforma social. Dividiu o povo romano em tribos, segundo o domicílio. Dividiu também a população em cinco classes, de acordo com a renda de cada indivíduo. Criou o censo que deveria ser realizado de cinco em cinco anos, e melhorou as defesas da cidade. Dividiu a cidade em quatro tribos urbanas (Suburana, Palatina, Esquilina, Colina). Tarquínio (o Soberbo): Era despótico. Dotou Roma de grandes obras infraestruturais. Terminou o Capitólio (templo dedicado a Júpiter)e a Cloaca Máxima (rede de esgotos). Tentou conquistar as colônias gregas do sul da Península,mas foi derrotado. Ruínas do Capitólio romano Cloaca Máxima Capitólio
  • 11. 2 - República Romana A monarquia teve fim em 509 a.C. Quando a aristocracia rebelou-se contra a dominação etrusca e a tirania do rei Tarquínio, que foi deposto. O senado assumiu o poder. O endividamento dos pequenos proprietários levava a um aumento do número de escravos, dos trabalhadores servis e dos clientes. Aumentam os conflitos entre patrícios e plebeus. Os plebeus pobres passaram a lutar pela absolvição das dívidas, da servidão por dívidas e pela repartição das terras. Os plebeus mais ricos lutavam pelo acesso aos cargos públicos. Roma passa a organizar lutas contra seus vizinhos. Inicialmente, em caráter defensivo, passando depois a caráter expansionista. A organização política sofre transformações. Surge os cônsules (2) em substituição ao rei, que em tempo de paz eram eleitos por um ano e em tempo de guerra era substituído por um ditador pelo período de seis meses. O senado e a assembléia popular eram outras instituições existentes na época. Devido ao expansionismo, as terras pertencentes ao Estado aumentaram consideravelmente. Essas terras que deveriam ser cedidas aos membros da comunidade, eram apropriadas pela aristocracia que sempre levava vantagem, pois o senado e a magistratura eram de seu monopólio. Assembléias: patrícios e plebeus. Assembléia Centurial (comitia centuriata): votava as leis e elegiam os Cônsules. Os plebeus participavam, porém não tinham poder de decisão. Assembléia Curial: assuntos religiosos. Assembléia Tribal: escolhia Questões e Edis.
  • 12. Lutas Sociais Os plebeus não podiam se casar com patrícios. Como os plebeus passaram a ter participação na vida militar, muitos deles iam a ruína, pois ficavam muito tempo afastados de suas propriedades e com as conquistas, as propriedades dos patrícios só aumentavam. Estas questões levaram a intensificação das lutas entre patrícios e plebeus. Em 494 a.C. os plebeus abandonaram Roma e foram para o Monte Sagrado, o que significou em um enfraquecimento do exército romano, levando os patrícios a admitirem concessões aos plebeus. Conquistas da plebe: Tribuno da plebe(comício da plebe à plebiscito) : vetar leis que prejudicassem os plebeus à assembléia centuriata. Leis das Doze Tábuas: as leis passaram a ser escritas e limitaram as arbitrariedades. Lei Canuléia: permitia o casamento entre plebeus e patrícios. Lei Licínia-Sêxtia: proibição da escravidão por dívida (nexum). Depois a escravidão de romanos foi proibida, além da eleição dos magistrados plebeus, inclusive um cônsul da plebe. Os casamentos entre plebeus e patrícios, levou a uma associação entre os plebeus mais ricos e os patrícios. Os plebeus conseguiram acesso a todos os cargos, porém, a divisão interna entre ricos e pobres se acentuaram. Tribuno da plebe
  • 13.
  • 14. Expansionismo Romano (Mare Nostrun) Etapas: Conquista da Península Itálica: ocorrida em 272 a. C. com a finalidade de obter alimentos e defesa. Conquista do Mediterrâneo Ocidental: Cartago era uma cidade de origem fenícia (punicus,em latim), situada no norte da África. Contra ela, entre os anos 264 e 146 a.C., Roma travou três guerras, na segunda das quais teve que enfrentar o lendário general cartaginês Aníbal. Esses confrontos ficaram conhecidos como Guerras Púnicas, e os romanos venceram todos eles. A vitória contra Cartago possibilitou a Roma o domínio das ilhas de Sardenha, Córsega e Sicília, além da Espanha e do norte da África. Conquista do Mediterrâneo Oriental: Roma não parou mais de se expandir depois disso. Conquistou a Macedônia, Grécia, Egito, Ásia Menor, Síria.
  • 15. Conseqüências: • ● Aumento da escravidão: povos conquistados viravam escravos. • ● Aumento do número de latifúndios: os grandes proprietários aumentavam suas posses, apropriando-se das terras conquistadas. • ● Ruínas dos plebeus: substituídos pelos escravos, ficavam sem trabalho e alguns perderam as terras para os latifundiários. • ● Ascensão de uma nova classe social: os Cavaleiros, plebeus enriquecidos pelo comércio e artesanato. • ● Conquista de territórios • ● Controle do Mar Mediterrâneo: Mare Nostrum. Reformas dos Irmãos Graco: em favor da plebe Tibério Graco: Tribuno da plebe. Reforma agrária no ager publicus. Foi assassinado. Caio Graco: Tribuno da plebe Lei frumentária: venda de trigo mais barata para a plebe. Reforma agrária. Foi eliminado. As propostas foram aprovadas pela Assembléia Popular e obstaculizadas pelo Senado.
  • 16. Mário (cônsul): governo popular. Instituição do soldo para os soldados pobres (profissionalização do exército). • Sila (cônsul): governo conservador. Em 82 a. C., instaurou a ditadura em Roma, onde anulou o poder dos tribunos, limitou o direito da Assembléia Popular e entregou o controle da justiça à aristocracia senatorial. Foi um governo violento, antipopular com agravamento da situação social. Os Triunviratos de Roma O Triunvirato é um governo formado por 3 representantes. • O primeiro Triunvirato No ano de 59 a.C , Roma se via governada por Gaius Julius César (cônsul), Pompeu (general) e Marco Lucínio Crasso (o homem mais rico), que se juntaram para formar uma aliança forte. Os motivos dessa junção era de puro interesse, onde Pompeu precisava de terras para distribuir à suas Legiões veteranas de combate, Crasso queria apoio para uma guerra contra os Persas e Julio César apoio para combater os Gauleses ao norte. Crasso morre combatendo na Pérsia. Aumentam os conflitos entre César e Pompeu. Pompeu é proclamado cônsul único, destituindo César. César derrota Pompeu. Ditadura de Gaius Julius César , apoiado pelo exército e pela plebe. Lutou contra o senado. Foi assassinado em uma conspiração promovida pelo senado em 44 a.C.
  • 17. O segundo Triunvirato Marco António, lugar-tenente de César, Lépido, mestre de cavalaria, e Octávio, sobrinho e herdeiro de César. Os três dividiram entre si o governo do império, ficando cada um com responsabilidades sobre uma determinada parcela do território. A aliança foi desfeita com a queda de Lépido em 36 a. C., e de Marco António após a sua derrota, em 31 a. C., em Actium. Na seqüência desta batalha, todo o poder passou para as mãos de Otávio Augusto, que viria a se tornar o primeiro imperador de Roma. Mapa da República Romana durante o Segundo Triunvirato (32ª.C.). A área em verde escuro é o setor sob poder de Otávio. A área em azul escuro estava sob poder de Marco Antônio. A área em azul claro, sob poder de aliados ou vassalos de Antônio. 3 – Império Romano O principado de Otávio Augusto: início da Roma Imperial. -Liberou os camponeses da obrigação do serviço militar. -Realizou muitas obras de urbanização. -Criou a guarda pretoriana. -Criou novo sistema de cobrança de impostos. -Dividiu o império em províncias senatoriais (administradas pelo senado) e províncias imperiais (subordinadas ao império). -Pax romana: período de paz e prosperidade econômica e cultural. -Política do Pão e Circo: distribuição de trigo e promoção de diversão.
  • 18. Após o governo de Otávio, o Império Romano foi governado por várias dinastias: 1. Dinastia Júlio-Claudiana (do ano 14 ao 68). Perseguição aos cristãos: Os cristãos não aceitavam o politeísmo nem o caráter divino do imperador. O caráter pacifista e universalista do cristianismo chocou-se com o militarismo e o escravismo do império romano. Nero iniciou as perseguições. 2. Dinastia dos Flávios (do ano 69 ao 96). Marco Aurélio o último grande imperador, promoveu um reflorescimento cultural. 3. Dinastia dos Antoninos (do ano 96 ao 192). 4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235). • Crise e Decadência do Império Romano O império Romano foi afetado pela crise geral do escravismo. A prosperidade romana estava alicerçada na agropecuária e, nessa época, ocorreu uma decadência na produção de técnicas agrícolas, sobretudo na Itália. Somou-se a isso a interrupção da expansão romana no Ocidente, que levou à falta de mão-de-obra escrava, barateando,assim, o trabalho livre e assalariado. Os proprietários passaram a arrendar suas terras aos colonos, instituindo o “sistema de colonato” (a permanência do camponês na terra). Desses fatores, resultou a diminuição da arrecadação de tributos, levando o Estado a dificuldades de manter a máquina administrativa, principalmente o exército, o que culminou com as invasões bárbaras.
  • 19. Diocleciano Tentou reduzir a inflação, por meio do Edito Máximo que consistia na fixação dos preços máximos para os produtos comercializados e um limite de ganhos sobre a jornada de trabalhos. Criou a Tetrarquia: dividiu o governo para quatro pessoas para facilitar a administração. • Constantino Fundou Constantinopla. Instituiu o Edito de Milão, no qual reconheceu a religião cristã, transformando-a na mais importante de Roma. Criou a Lei do Colonato: fixação do colono à terra que trabalhava. • Teodósio Instituiu o Edito de Tessalônica, em 330, pelo qual a religião cristã tornava-se oficial do Império. Por ocasião da morte de Teodósio (395), o Império foi divido em Ocidente (capital Roma), governado por Honório, e Oriente (capital Constantinopla), governado por Arcádio – ambos filhos do Imperador. O Império Romano decaiu em 476, invadido pelos hunos.
  • 20. Religião Romana A tradição atribui ao rei legendário, Numa Pompílio, a fundação de uma religião internacional, valendo-se do auxilio da ninfa sagrada Egrégia, mas o que se supõe ter sido a vida daquele rei está de tal modo obscurecido pelo mito, que o próprio fato de sua existência é posto em dúvida por numerosas autoridades. Em tempos primitivos os romanos procedentes da religião do Danúbio acreditavam fervorosamente na magia e nos espíritos. Estes espíritos transformavam-se gradativamente em deuses, ligados menos a lugares determinados do que a certas ocupações diárias e sazonais do povo. Jano protegia a porta, e Vesta, o lar. Saturno era o deus que presidia o plantio. Ceres amparava o crescimento dos cereais. Ops era o patrono das safras, e Pomona a deusa das frutas. Com exceção de Vesta, todos estes deuses eram adorados ao ar livre, podendo pois considerar-se, esta época religiosa, a do animismo agrícola. Sob os Tarquínos etruscos, pai e filho, apareceram deuses de fato, com templos. Júpiter, Juno e Minerva formaram a grande trindade romana. O templo de Júpiter sobre o Monte Capitolino, cuja construção, segundo consta, foi iniciada pelo velho Tarquínio e concluída pelo filho, era objeto de grande veneração dos romanos. Ter-se-ia desenvolvido, possivelmente, um vigoroso monoteísmo, no qual Júpiter fosse o deus supremo, mas nos três séculos decorridos entre 500 e 200 antes de Cristo, sobreveio, paralisando a ascendência crescendo do grande deus.
  • 21. À medida que os romanos conquistavam as cidades vizinhas, os deuses destas eram incorporados ao Panteão nacional. Acresce o fato de a prosperidade de Roma haver-se originado dos numerosos estrangeiros que traziam consigo os deuses próprios, sendo-lhes permitido à vontade, o culto dos mesmos. Sob a ameaça de uma grande calamidade atingir o Estado, os volúveis romanos procuravam o auxilio de outros deuses. Por exemplo, em 293 a. C., quando em Roma se alastrara grande peste, importou-se o deus grego da cura, Esculápio, a fim de sustar o flagelo. Uma deusa advena recebida com grande regozijo, por pouco deixou de levar todo Estado a um desastre: Cibele, a grande mãe. Ligada ao seu culto existia uma pedra meteórica, a qual, provavelmente, se assemelhava a Caaba dos muçulmanos. Todavia, o culto de Cibele introduziu a chancela religiosa para os excessos sexuais. Combinamos estes com os ritos de Baco, que nos deu "bacanal". O culto de Cibele tornou-se tão popular que o senado romano, a despeito de sua política permanente de tolerância religiosa, se vira obrigado, em defesa do próprio Estado, a por cabo à observância dos rituais da deusa-mãe. No século anterior ao do nascimento de Cristo e em um ou dois outros séculos depois, afluíram a Roma, do oriente, tantas crenças e mistérios, que pouco restou da religião romana original. A grande cidade transformou-se em verdadeira semeadura de cultos de toda a espécie, cada qual em busca de supremacia. Finalmente, surge nova religião, proveniente da Palestina. Apenas notada a principio, robusteceu-se gradativamente graças à pureza de seus ensinamentos e à fé de seus adeptos, fé inquebrantável até à própria morte. No começo do quarto século de nossa era, Constantino estabeleceu o cristianismo como religião oficial do Império Romano.
  • 22. Cristianismo tornou-se religião de Estado do Império Romano em 380 d.C. Até o Concílio de Nicéia, no ano de 325 d.C., igrejas eram incendiadas, cristãos eram caçados e tinham seus bens confiscados. As perseguições se agravaram sobretudo sob o imperador Diocleciano (cerca de 245-316). Este pretendia reviver a velha cultura pagã, tornando-a religião de Estado. Porém sua política anticristã fracassou e foi abolida pelo sucessor, o imperador Constantino 1º (cerca de 285-337). O Concílio de Nicéia No dia 19 de junho de 325, o imperador Constantino interferiu num conflito eclesiástico. Para pacificá-lo, ele convidou os bispos cristãos para um concílio em Nicéia. O objetivo não era a imposição do cristianismo como religião estatal, mas sim o estabelecimento de uma paz religiosa, a fim de estabilizar o Império Romano. Após longos debates, Constantino 1º aceitou o consenso segundo o qual Deus e Jesus constituiriam uma mesma entidade. Com a assinatura dessa definição pelos religiosos presentes, teve fim a perseguição dos cristãos. Em 27 de fevereiro de 380 o imperador bizantino Teodósio 1º (347-395) promulgou um decreto declarando o cristianismo religião de Estado e punindo o exercício de cultos pagãos. A prática de cultos pagãos passou a ser tratada como alta traição. Templos e relíquias foram destruídos, da mesma forma que o Oráculo de Delfos, lendário local de profecia da Grécia antiga. Nos séculos seguintes, sob a cruz de Cristo, não apenas se deu de comer aos pobres, como também foram assassinados críticos e dissidentes em nome do Senhor.
  • 23. Cultura Romana - influenciada pela cultura grega e etrusca Arquitetura O romano foi um povo construtor de grandes obras públicas. Entre elas destacam-se imensos aquedutos, alguns com centenas de metros de comprimento e dezenas de altura. Usavam muito o arco, invenção mesopotâmica, levada para a Itália pelos etruscos. Além disso, edificaram grandes circos, teatros ao ar livre, onde eram exibidas corridas de carros, lutas contra feras ou combate de gladiadores. Muitos palácios também foram edificados. Usaram colunas, a exemplo dos gregos, com algumas modificações. Também empregaram abóbadas em algumas obras (como no Panteão de Roma), sob influência oriental. ARCOS – Foram construídos para comemorar feitos de alguns imperadores. Os mais famosos são o de Tito (exaltando seu triunfo sobre os judeus) e o Triplo de Sétimo Severo, em TEMPLOS – Os romanos Roma construíram templos Arco do Triunfo muito semelhantes aos dos gregos. Via Ápia
  • 24. AQUEDUTOS – Construídos de pedra ou de alvenaria, levavam água às cidades. Somente para Roma os aquedutos “Aqua Martia”, “Aqua Appia” e “Aqua Claudia” conduziam, diariamente, mais de 2 milhões de metros cúbicos de água. Além dos aquedutos da capital, os romanos também os construíram nas províncias. (Espanha, frança, etc.). CIRCOS – Eram, talvez, a diversão predileta do povo. Neles reuniam-se multidões que deliravam, vendo lutas de gladiadores, corridas, ou cristãos lançados às feras. O chamado Circo Máximo era um teatro que abrigava quase 90 mil pessoas. No dia de sua inauguração foram sacrificados mais de 5 mil animais, em luta com gladiadores. Coliseu Circo Máximo
  • 25. Pintura e escultura A pintura reflete as cenas mitológicas. A escultura representava os fatos da história de Roma. deuses Culto a Baco Venus de Milus Mosaico da batalha de Isos, Casa do Fauno, Pompeya Escultura romana
  • 26. Direito É o conjunto de leis romanas, que teve como base as “Leis das Doze Tábuas”. O Direito romano foi um dos aspectos mais importantes que os romanos deixaram para outros povos. Ele surgiu como resultado de um processo histórico lento, fruto de lutas sociais distintas entre patrícios e plebeus. A igualdade civil conseguida entre as duas camadas sociais possibilitou o aprimoramento do jus civili romano. Por outro lado, a conquista de outros povos exigiu um tratamento especial para os mesmos, originando o jus gentium. É de suma importância a introdução dos princípios de um direito natural, como por exemplo, o direito à vida. Língua A Inscrição Duenos, do século VI a.C., é um dos textos mais O Latim é a língua falada pelos remotos em latim antigo, romanos. É uma antiga língua provavelmente da tribo dos indo-européia. latinos. O seu alfabeto baseia-se no alfabeto itálico antigo, mas sofreu a influência da língua etrusca. Réplica da escrita cursiva de Roma
  • 27. Literatura A literatura romana se desenvolveu a partir da literatura grega e se iniciou com Lívio Andrônico, que escreveu os primeiros dramas em latim. O primeiro escritor romano nativo foi Gneo Nevio, ainda que Ênio Quinto, famoso por seus Anais, tenha sido o primeiro importante. O primeiro gênio verdadeiro da literatura romana foi o autor de comédias Plauto. As obras do segundo gênio romano cômico, Terêncio, são mais tranqüilas e engraçadas. O político Catão o Velho foi o primeiro mestre da prosa romana, e o escritor mais importante de sátiras, gênero supostamente inventado por Ennio, foi Caio Lucílio. O precursor da idade de ouro da poesia romana foi Lucrécio, que tratou de liberar as pessoas da superstição e do medo da morte. Catulo foi o primeiro grande poeta lírico, embora o maior de todos tenha sido Virgílio. Cada época encontrou em Eneida a mensagem que mais lhe convinha. Os autores de prosa mais destacados na idade do ouro foram Cícero, Júlio César e o principal historiador romano, Tito Lívio, enquanto que a chamada idade de prata pertencem Lucano, Publio Papinio Estacio e Sêneca, filósofo estóico e autor de terríveis tragédias. Os primeiros escritores cristãos importantes foram Tertuliano, um mestre da prosa, santo Ambrósio e Aurélio Clemente Prudêncio, que inaugurou uma nova tradição na poesia cristã. A prosa cristã foi dominada por dois padres da Igreja: são Jerônimo, tradutor da Bíblia (Vulgata), e santo Agostinho, um dos pensadores europeus mais influentes. Tito Lívio São Jerônimo Virgílio
  • 28. Gastronomia Durante a Roma antiga a gastronomia consistia somente vegetais e frutas. Os romanos gostavam de alho, cebola, nabo, figo,romãs, laranjas, peras, maçãs e uvas. O prato típico era mingau de água com cevada. Uma versão mais sofisticada carne, geralmente de carneiro, burro, porco, ganso, pato ou pombo. Alimentavam os porcos com figos para que sua carne ficasse perfumada e criavam os gansos de maneira especial para com eles preparar patês. Faziam o mesmo com os frangos, alimentando-os com anis e outras especiarias.