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Felipe P Carpes [email_address] www.ufsm.br/gepec/biomec  Cinética  Angular
Forças associadas ao movimento CINÉTICA De batalhas passadas já sabemos (deveríamos saber) que:
Objetivos da aula Definir o conceito de centro de massa Definir torque e discutir as suas características Discutir o conceito de momento de inércia Diferenciar as três classes de alavancas Compreender os análogos angulares das leis de Newton e suas relações com o movimento humano Visualizar o impacto do momento angular no movimento humano
Centro de massa P = m . g O vetor peso corporal se origina em um ponto denominado  centro de gravidade , ou o ponto sobre o qual todas as partículas do corpo estão uniformemente distribuídas O ponto sobre o qual a massa do corpo está uniformemente distribuída é denominado  centro de massa . Ponto sobre o qual o somatório dos torques é zero Translação
Centro de massa O centro de massa é também chamado de centro de gravidade no caso do corpo humano Representa o corpo em análises mecânicas É utilizado em análises do equilíbrio corporal É indicador do posicionamento corporal
Determinação do centro de massa Método da prancha de reação Localização do CG em uma posição particular O cálculo envolve a soma dos torques agindo sobre o corpo Duarte, (2005)
 
 
Determinação do centro de massa Método segmentar Conhecimento das massas e localização do CM de cada segmento Cálculo do CM para cada segmento CM total será a posição resultante da ação da força peso de cada segmento, bem como sua distância do ponto de referência assumido
Método segmentar Dimensões corporais Massa dos segmentos estimadas a partir de tabelas antropométricas A posição do CM do segmento é expressa em distância relativa (proximal ou distalmente)
Ting (2007)
CG Ponto fixo Temos uma força atuando em um distância – temos tendência a rotação
Torque ou momento de força Tendência de uma força para causar rotação sobre um eixo específico N.m
+ - Grandeza vetorial Magnitude, direção e o sentido determinados pela regra da mão direita
Exemplo de torque
Exemplo de torque
Eixo de rotação do joelho Motor primário Distância perpendicular até o eixo de rotação Resistência externa Torque sentido H
P = 50 N, Ps = 20 N, F = 400 N a = 5 cm, b = 15 cm, c = 30 cm
Binário Dois torque iguais e opostos agindo sobre um corpo Dupla de força – bom exemplo:  saltos na ginástica
 
Rotação e alavanca No corpo humano, os movimentos são gerados por torques atuando em distâncias perpendiculares diversas Bioalavancas Alavanca uma alavanca é uma haste rígida que é rodada sobre um ponto fixo ou eixo chamado de  fulcro . formada pelos braços de força e braço de resistência
EFICIÊNCIA DE UMA ALAVANCA Vantagem mecânica Relação entre o braço de esforço e o braço de resistência. No corpo humano, o braço de esforço é a distância da inserção ao eixo de rotação, sendo o braço de resistência a distância até a carga a ser vencida ou mantida. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
VM = 1 B e  = B r Neste caso, a alavanca apenas altera a direção do movimento, Não ampliando nenhuma das forças Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec FORÇA RESISTÊNCIA B e B r
VM > 1 B e  > B r A alavanca amplia a força de esforço. Com menor força se vence cargas mais elevadas. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec FORÇA RESISTÊNCIA B e B r
VM < 1 B e  < B r Nesse caso é necessária uma força muito maior para vencer a resistência. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec FORÇA RESISTÊNCIA B e B r
BIO-ALAVANCAS A ação muscular através das alavancas o que caracteriza o torque São três as classes de alavancas Existem todos os tipos no corpo humano, porém uma delas é maioria Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
Manutenção de posturas e/ou equilíbrio Articulações intervertebrais na posição sentado Disposição em órteses para suporte e/ou função corretiva BIO-ALAVANCAS 1ª Classe – Alavanca INTERFIXA Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
Exige menos força Exemplo: ação do braquirradial e extensores do punho BIO-ALAVANCAS 1ª Classe – Alavanca INTER-RESISTENTE Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
A mais comum Possui um arranjo para grande movimento distal BIO-ALAVANCAS 2ª Classe – Alavanca INTER-POTENTES Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
BIO-ALAVANCAS 3ª Classe – Alavanca INTER-POTENTES Patela  muda a direção da força Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec Fm
 
10kg
Alavancas – exercícios resistidos com pesos Mudança na resistência sem alterar a carga externa, somente a posição corporal
 
 
 
 
 
 
Momento de inércia Resistência a aceleração angular
Momento de inércia Dependerá: da massa da distribuição da massa (raio de giração)  Cada partícula fornece alguma resistência à mudança no movimento angular. Essa resistência é igual á massa da partícula vezes o quadrado da distância da partícula ao eixo de rotação. Unidade: kg.m 2 I = mr 2 I =  Σ m i r i 2
Momento de inércia Na cinética linear a massa era o mais importante No momento de inércia,  a   distribuição da massa é mais significativa que a própria massa Para uma mesma massa, quanto mais afastada do eixo de rotação ela estiver distribuída/concentrada maior será o momento de inércia
 
I = mr 2 r 1 r 1 r 2 r 2 r 3 r 3
Dependendo do eixo em torno do qual um objeto gira, seu momento de inércia varia, apesar da massa ser a mesma. O  momento de inércia sempre é relativo a um eixo de rotação.
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
Momento angular É possível manipular os momentos de inércia do corpo humano pela alteração no momento angular
H = I  .    Unidade: kg.m 2 /s Momento angular “ quantidade de movimento angular de um corpo” Depende do momento de inércia e velocidade angular H = m . k 2   .   
 
Momento angular Durante um salto, o momento angular é conservado, pois a única força agindo sobre o corpo é a força peso, que age no CM
Conservação do momento angular ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 
Queda do gato É mais fácil realizar rotação no eixo transverso, pois é onde se tem menor distribuição de massa
Transferência do momento angular O momento angular total para um sistema permanece constante na ausência de torques externos H1 = H2 (m . k 2   .    ) 1  = (m . k 2   .    ) 2
Análogos angulares das leis do movimento - Newton
Lei da inércia Um corpo em rotação continuará em estado de movimento angular uniforme a menos que seja influenciado por um torque externo
Lei da aceleração angular Um torque externo produzirá uma aceleração angular de um corpo que é proporcional ao torque, na direção do torque, e inversamente proporcional ao momento de inércia do corpo
Lei da ação e reação Para cada torque exercido sobre outro corpo, há um torque igual e oposto exercido pelo segundo corpo sobre o primeiro.
Aplicações especiais do torque Trabalho angular  = T  .   Δθ Potência angular  = T  .   ω trabalho positivo trabalho negativo Impulso angular  =  Δ H
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Referências HALL SJ.  Biomecânica básica . 4ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009 HAMILL J; KNUTZEN KM.  Bases biomecânicas do movimento humano . 2ª edição, Manole, 2008 ENOKA RM.  Bases neuromecânicas da cinesiologia.  2ª edição, São Paulo: Manole, 2000

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  • 1. Felipe P Carpes [email_address] www.ufsm.br/gepec/biomec Cinética Angular
  • 2. Forças associadas ao movimento CINÉTICA De batalhas passadas já sabemos (deveríamos saber) que:
  • 3. Objetivos da aula Definir o conceito de centro de massa Definir torque e discutir as suas características Discutir o conceito de momento de inércia Diferenciar as três classes de alavancas Compreender os análogos angulares das leis de Newton e suas relações com o movimento humano Visualizar o impacto do momento angular no movimento humano
  • 4. Centro de massa P = m . g O vetor peso corporal se origina em um ponto denominado centro de gravidade , ou o ponto sobre o qual todas as partículas do corpo estão uniformemente distribuídas O ponto sobre o qual a massa do corpo está uniformemente distribuída é denominado centro de massa . Ponto sobre o qual o somatório dos torques é zero Translação
  • 5. Centro de massa O centro de massa é também chamado de centro de gravidade no caso do corpo humano Representa o corpo em análises mecânicas É utilizado em análises do equilíbrio corporal É indicador do posicionamento corporal
  • 6. Determinação do centro de massa Método da prancha de reação Localização do CG em uma posição particular O cálculo envolve a soma dos torques agindo sobre o corpo Duarte, (2005)
  • 7.  
  • 8.  
  • 9. Determinação do centro de massa Método segmentar Conhecimento das massas e localização do CM de cada segmento Cálculo do CM para cada segmento CM total será a posição resultante da ação da força peso de cada segmento, bem como sua distância do ponto de referência assumido
  • 10. Método segmentar Dimensões corporais Massa dos segmentos estimadas a partir de tabelas antropométricas A posição do CM do segmento é expressa em distância relativa (proximal ou distalmente)
  • 12. CG Ponto fixo Temos uma força atuando em um distância – temos tendência a rotação
  • 13. Torque ou momento de força Tendência de uma força para causar rotação sobre um eixo específico N.m
  • 14. + - Grandeza vetorial Magnitude, direção e o sentido determinados pela regra da mão direita
  • 17. Eixo de rotação do joelho Motor primário Distância perpendicular até o eixo de rotação Resistência externa Torque sentido H
  • 18. P = 50 N, Ps = 20 N, F = 400 N a = 5 cm, b = 15 cm, c = 30 cm
  • 19. Binário Dois torque iguais e opostos agindo sobre um corpo Dupla de força – bom exemplo: saltos na ginástica
  • 20.  
  • 21. Rotação e alavanca No corpo humano, os movimentos são gerados por torques atuando em distâncias perpendiculares diversas Bioalavancas Alavanca uma alavanca é uma haste rígida que é rodada sobre um ponto fixo ou eixo chamado de fulcro . formada pelos braços de força e braço de resistência
  • 22. EFICIÊNCIA DE UMA ALAVANCA Vantagem mecânica Relação entre o braço de esforço e o braço de resistência. No corpo humano, o braço de esforço é a distância da inserção ao eixo de rotação, sendo o braço de resistência a distância até a carga a ser vencida ou mantida. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
  • 23. VM = 1 B e = B r Neste caso, a alavanca apenas altera a direção do movimento, Não ampliando nenhuma das forças Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec FORÇA RESISTÊNCIA B e B r
  • 24. VM > 1 B e > B r A alavanca amplia a força de esforço. Com menor força se vence cargas mais elevadas. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec FORÇA RESISTÊNCIA B e B r
  • 25. VM < 1 B e < B r Nesse caso é necessária uma força muito maior para vencer a resistência. Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec FORÇA RESISTÊNCIA B e B r
  • 26. BIO-ALAVANCAS A ação muscular através das alavancas o que caracteriza o torque São três as classes de alavancas Existem todos os tipos no corpo humano, porém uma delas é maioria Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
  • 27. Manutenção de posturas e/ou equilíbrio Articulações intervertebrais na posição sentado Disposição em órteses para suporte e/ou função corretiva BIO-ALAVANCAS 1ª Classe – Alavanca INTERFIXA Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
  • 28. Exige menos força Exemplo: ação do braquirradial e extensores do punho BIO-ALAVANCAS 1ª Classe – Alavanca INTER-RESISTENTE Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
  • 29. A mais comum Possui um arranjo para grande movimento distal BIO-ALAVANCAS 2ª Classe – Alavanca INTER-POTENTES Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec
  • 30. BIO-ALAVANCAS 3ª Classe – Alavanca INTER-POTENTES Patela muda a direção da força Biomecânica - Felipe Carpes – www.ufsm.br/gepec/biomec Fm
  • 31.  
  • 32. 10kg
  • 33. Alavancas – exercícios resistidos com pesos Mudança na resistência sem alterar a carga externa, somente a posição corporal
  • 34.  
  • 35.  
  • 36.  
  • 37.  
  • 38.  
  • 39.  
  • 40. Momento de inércia Resistência a aceleração angular
  • 41. Momento de inércia Dependerá: da massa da distribuição da massa (raio de giração) Cada partícula fornece alguma resistência à mudança no movimento angular. Essa resistência é igual á massa da partícula vezes o quadrado da distância da partícula ao eixo de rotação. Unidade: kg.m 2 I = mr 2 I = Σ m i r i 2
  • 42. Momento de inércia Na cinética linear a massa era o mais importante No momento de inércia, a distribuição da massa é mais significativa que a própria massa Para uma mesma massa, quanto mais afastada do eixo de rotação ela estiver distribuída/concentrada maior será o momento de inércia
  • 43.  
  • 44. I = mr 2 r 1 r 1 r 2 r 2 r 3 r 3
  • 45. Dependendo do eixo em torno do qual um objeto gira, seu momento de inércia varia, apesar da massa ser a mesma. O momento de inércia sempre é relativo a um eixo de rotação.
  • 46.
  • 47.  
  • 48. Momento angular É possível manipular os momentos de inércia do corpo humano pela alteração no momento angular
  • 49. H = I .  Unidade: kg.m 2 /s Momento angular “ quantidade de movimento angular de um corpo” Depende do momento de inércia e velocidade angular H = m . k 2 . 
  • 50.  
  • 51. Momento angular Durante um salto, o momento angular é conservado, pois a única força agindo sobre o corpo é a força peso, que age no CM
  • 52.
  • 53.  
  • 54. Queda do gato É mais fácil realizar rotação no eixo transverso, pois é onde se tem menor distribuição de massa
  • 55. Transferência do momento angular O momento angular total para um sistema permanece constante na ausência de torques externos H1 = H2 (m . k 2 .  ) 1 = (m . k 2 .  ) 2
  • 56. Análogos angulares das leis do movimento - Newton
  • 57. Lei da inércia Um corpo em rotação continuará em estado de movimento angular uniforme a menos que seja influenciado por um torque externo
  • 58. Lei da aceleração angular Um torque externo produzirá uma aceleração angular de um corpo que é proporcional ao torque, na direção do torque, e inversamente proporcional ao momento de inércia do corpo
  • 59. Lei da ação e reação Para cada torque exercido sobre outro corpo, há um torque igual e oposto exercido pelo segundo corpo sobre o primeiro.
  • 60. Aplicações especiais do torque Trabalho angular = T . Δθ Potência angular = T . ω trabalho positivo trabalho negativo Impulso angular = Δ H
  • 61.
  • 62. Referências HALL SJ. Biomecânica básica . 4ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009 HAMILL J; KNUTZEN KM. Bases biomecânicas do movimento humano . 2ª edição, Manole, 2008 ENOKA RM. Bases neuromecânicas da cinesiologia. 2ª edição, São Paulo: Manole, 2000