Postura
Nossa postura pode ser definida como a
posição que nosso corpo adota no espaço,
bem como a relação direta de suas partes
com a linha do centro de gravidade. Para
que possamos estar em boa postura, é
necessário uma harmonia/equilíbrio do
sistema neuromusculoesquelético.
Postura
Cada indivíduo apresenta características
individuais de postura que podem vir a ser
influenciada por vários fatores: anomalias
congênitas e/ou adquiridas, obesidade,
alimentação inadequada, atividades físicas
sem orientação e/ou inadequadas, distúrbios
respiratórios, desequilíbrios musculares,
frouxidão ligamentar e doenças
psicossomáticas.
Postura
A boa postura é aquela que melhor ajusta nosso
sistema musculoesquelético, equilibrando e
distribuindo todo o esforço de nossas
atividades diárias, favorecendo a menor
sobrecarga em cada uma de suas partes.
Postura x Gravidade
Os problemas da postura
estática giram em
torno do axioma de
que o equilíbrio do
corpo humano e de
suas partes articuladas
depende de uma fina
neutralização das
forças da gravidade.
Estática e Dinâmica
Não existe estática corporal pura, como
também não existe movimento coordenado
sem uma prévia estabilização.
O sistema tônico postural estabiliza, apóia,
inicia, guia e equilibra o movimento
corporal. A postura vertical é um conjunto
de micromovimentos permanentes e
adaptativos, que utiliza referências
sensoriais múltiplas para seu controle.
Sistema Cruzado do Tronco
“De ambos os lados há uma organização simétrica,
duas camadas musculares cruzadas, uma para a
flexão, outra para a extensão. Quando há torção, a
camada para a flexão de um lado trabalha com a
camada para extensão do lado oposto de forma
indissociável. “
Cada lado duas camadas: Superficial e Profunda
Origem: Pelve
Término: Ombro Oposto
Sistema Cruzado do Tronco
Eixo de Torção Centro de Torção
Eixo oblíquo desde a O centro de torção está
cabeça umeral até a sobre a linha que liga o
cabeça femoral oposta. umbigo a L3 na
horizontal, com a linha
da gravidade.
Sistema Cruzado do Tronco
C.C.A. C.C.P
camada superficial:
camada superficial: (oblíquos
(fibras do quadrado lombar,
externos, intercostais serrátil póstero-inferior,
externos) intercostais internos)
iniciam a torção anterior iniciam a torção posterior:
recuo e abaixamento do
hemitórax
camada profunda: camada profunda:
(oblíquos internos, (fibras do quadrado lombar)
intercostais internos) terminam a torção posterior:
recuo e subida da
terminam a torção anterior hemipelve.
Sistema Cruzado do Tronco
C.C.A.E. C.C.P.D.
Intercostais (região Anterior Intercostais (região
D.) Posterior E.)
Oblíquo Externo D. Serrátil Póstero-inferior E.
Oblíquo Interno E. Quadrado lombar E. Fibras
costo-lombares
Quadrado lombar D. Fibras
ilio-lombares
Sistema Cruzado da Cervical
C.C.A. C.C.P.
Omo - hióideo; Esplênio da cabeça;
Digástrico; Oblíquo superior da cabeça;
Milohióideo; Oblíquo inferior da cabeça;
Temporal; Trapézio;
Esternocleidomastóideo. Levantador da escápula;
Esplênio do pescoço.
Sistema Cruzado da Cervical
Eixo de Torção Centro de Torção
Eixo oblíquo desde a O centro de torção está
Mastóide até a cabeça sobre a linha que liga a
da Clavícula oposta. C3 ao osso hioídeo na
horizontal, com a linha
da gravidade.
Membros Inferiores
Iliopsoas;
Pectínio;
Adutor Curto;
Adutor Longo;
Adutor Magno;
Grácil;
Quadríceps;
Tibial Anterior;
Extensor Longo do Hálux;
Extensor Longo dos Dedos;
Fibular Terceiro;
Fibulares Longo e Curto.
Membros Inferiores
• Glúteo máximo;
• Pelvitrocanterianos profundos;
• Bíceps da coxa;
• Semimembráceo;
• Semitendíneo;
• Poplíteo;
• Gastrocnêmio;
• Flexor longo dos dedos;
• Flexor longo do hálux.
Membros Superiores
Flexor radial do carpo;
Flexor ulnar do carpo;
Flexor superficial dos dedos;
Flexor profundo dos dedos;
Extensores do punho e dos dedos
Abdutor longo do polegar;
Abdutor curto do polegar;
Adutor do polegar;
Oponente do polegar;
Flexor curto do polegar;
Flexor longo do polegar;
Flexor curto dedo mínimo;
Deltóide; Oponente dedo mínimo;
Coracobraquial; Abdutor dedo mínimo;
Bíceps do braço; Interósseos dorsais;
Tríceps do braço Interósseos palmares;
Braquial; Lumbricais.
Braquiorradial;
Pronador redondo;
Mecanismo Adaptativo
Lesão ou
Dor Primária
Lesões e Dores
Secundárias
Posição Antálgica
Alterações
Morfo-funcionais
Compensações
Princípios de Tratamento
Posturamento
Posturas ativas, isométricas no sentido excêntrico das
cadeias miofasciais, sempre em decoaptação articular,
progressivas, buscando ir da conseqüência até a causa
do problema.
Primeira lei de F.M.
“Toda tentativa de correção local irá
gerar uma compensação à distância”
Segunda lei de F.M.
“Toda tentativa de tensionamento
de uma cadeia muscular resulta em
uma tendência de rotação interna
dos membros”
Terceira lei de F.M.
“Toda tentativa de tensionamento
de uma cadeia muscular tende à
um bloqueio respiratório em apnéia
inspiratória”
Abordagem da Tridimensionalidade
A Individualidade
Todo ser é único e indivisível e manifestará sua patologia de
maneira única e individual.
A Causalidade
Observar as alterações posturais partindo do efeito até a
causa.
A Globalidade
Corrigir ao mesmo tempo a sintomatologia, as fixações e a
causa de uma patologia.
Reeducação Postural Global
ÂNGULO ABERTO ÂNGULO FECHADO
1. D.D. 1. D.D.
2. EM PÉ, COM APOIO 2. SENTADA
3. EM PÉ, SEM APOIO 3. EM PÉ, INCLINADO
Coluna Vertebral
Funções
Estática – Capacidade de suportar carga.
Cinética – Permite adaptação ao movimento.
Proteção ao sistema nervoso (medula).
Coluna Vertebral
Estática – Capacidade de suportar carga.
Quando a coluna é o tutor do tronco, este é controlado
pela musculatura tônica, essencialmente constituída
pelos transversos espinais que, em uma ação unilateral,
gera uma latero-flexão e rotação para o lado oposto.
Coluna Vertebral
Cinética – Permite adaptação ao movimento.
Quando a coluna é a articulação de movimentos do tronco,
ela é mobilizada pela musculatura dinâmica: longo do
tórax, iliocostal e espinal do tórax que, em uma função
unilateral, causa latero-flexão e rotação para o mesmo
lado.
Longo do Iliocostal do Iliocostal Espinal do
Tórax Tórax Lombar Tórax
Definição
Escoliose se define como um desvio lateral da
Coluna Vertebral, parcialmente estrutural, que
não pode voltar a endireitar-se completamente.
História
Escoliose se define como um desvio lateral da
Coluna Vertebral, parcialmente estrutural, que
não pode voltar a endireitar-se completamente.
(Galeno de Pérgamo - 129/199 dC – “De Anatomicis Administratonibus”)
Escoliose
Definição
“É uma deformidade ântero-posterior em
lordose, causada por um movimento em
torção de todo segmento raquidiano. Essa
deformidade se expressa lateralmente e
trata-se de uma curva reversa.”
(Perdriolle)
A escoliose funcional
Caracteriza-se por posição
viciosa escoliótica, não
demonstrando ao exame
radiológico sinais de
deformação e ao exame
clínico nenhuma
evidência de giba .
Diagnóstico Diferencial
A escoliose funcional: Escoliose:
Redutível; *Irredutível;
*Ausência de Presença de gibosidade;
gibosidade; Rotação e Inclinação
Rotação e Inclinação para o lados opostos;
para o mesmo lado; Geralmente evolutiva.
Não evolutiva.
A Rotação do Corpo Vertebral
O corpo vertebral
encontra-se rodado para
o lado da convexidade
da curva, enquanto as
espinhosas rodam para a
concavidade.
Alterações Respiratórias
A Escoliose proporciona deficiência na
expansibilidade torácica, alterando
negativamente a complacência
toracopulmonar e a ventilação com
diminuição da capacidade vital.
Alterações Respiratórias
• Freqüência Respiratória Aumentada;
• Diminuição do Volume de Reserva Expiratório;
• Comprometimento dos Músculos Acessórios;
• Alteração da Biomecânica do Diafragma.
Alterações Respiratórias
Lado Côncavo: as costelas estão em posição
expiratória, embora verticais demais.
Lado Convexo: a horizontalização das costelas
limita o movimento que poderia aumentar o
diâmetro transverso do tórax.
A Medida das Curvas
Uma curva escoliótica é delimitada por duas
vértebras limites e uma ou duas apicais.
Vértebras Limites ou Terminais;
Vértebra Ápice ou Apical;
Vértebra de Transição (Neutra).
A evolução da Escoliose
É fato que escolioses
aparentemente
semelhantes entre si
podem evoluir de
maneira completamente
diversa.
As Indicações Terapêuticas
Tratamento Cirúrgico
Tratamento Ortopédico com
Protetores
Tratamento Cinesioterápico
O Tratamento Cinesioterápico
Ganho de flexibilidade;
Favorecer a redução da curva;
Desacelerar a evolução da curva;
Reequilíbrio das massas paravertebrais;
Efetuar uma reeducação neuromuscular;
Criar automatismos subseqüentes;
Oferecer meios de manutenção;
Integração da correção postural.
RPG
ÂNGULO ABERTO ÂNGULO FECHADO
1. D.D. 1. D.D.
2. EM PÉ, COM APOIO 2. SENTADA
3. EM PÉ, SEM APOIO 3. EM PÉ, INCLINADO
RPG
1ª postura em ângulo aberto
• Coluna apoiada perto de uma posição fisiológica;
• Rotação externa de coxa e ligeira flexão de coxa e de perna;
• Planta dos pés unidas.
Fabio Mazzola
RPG
1ª postura em ângulo aberto
• Coluna apoiada perto de uma posição fisiológica;
• Coxas em posição neutra e pernas estendidas;
• Dorsiflexão.
Fabio Mazzola
RPG
1ª postura em ângulo fechado
• Coluna apoiada perto de
uma posição fisiológica;
• Rotação externa e flexão
(≈90°) de coxa;
• Ligeira flexão de perna;
• Dorsiflexão (calcanhar-
calcanhar).
Fabio Mazzola
RPG
1ª postura em ângulo fechado
• Coluna apoiada perto de
uma posição fisiológica;
• Coxa em 90° de flexão e
pernas estendidas;
• Pés unidos e dorsiflexão.
Fabio Mazzola
Posturas de Tratamento
POSTURA LATERAL
POSIÇÃO: Decúbito dorsal
IDEAL
• cabeça inclinada a E.
• respiração relaxante
• MS D. em abdução máxima,
MS E. ao longo do corpo
• MI D. em adução máxima,
com joelho flexionado.
Posturas de Tratamento
POSTURA CRUZADA
POSIÇÃO: Decúbito dorso-lateral
IDEAL • cabeça no eixo e de acordo com
os MMSS
• ombros apoiados
• respiração relaxante
• Tornozelo em dorsi-flexão
• MSE com cotovelo estendido e
ombro com 90° de abdução
• MIE 180° de coxofemoral
• Do lado direito MS e MI
extendidos com ombro abduzido
em 135°.
= esquerda
= direita
• A utilização da eletromiografia na análise postural teve início após a Segunda Guerra Mundial. A definição de postura pode ser mais ampla ou restrita dependendo do que queremos. No seu sentido mais restrito pode ser entendida como a atitude ereta e bem balanceada do indivíduo em posição "normal". Neste sentido, a eletromiografia da postura encarregar-se-á da manutenção da postura ereta com relação à força da gravidade. Não podemos esquecer que há uma multiplicidade de posições "normais" bípede, sentado, reclinado, etc. • Os problemas da postura estática giram em torno do axioma de que o equilíbrio do corpo humano e de suas partes articuladas depende de uma fina neutralização das forças da gravidade. A postura mais simples em que o homem consegue equilíbrio é na posição de decúbito. Esta é a posição normal durante o primeiro ano de vida e mais ou menos da metade do resto das nossas vidas. Quando deitamos levamos o centro de gravidade do corpo o mais perto possível de superfície de sustentação. A postura ereta é a que representa menor gasto de energia. A postura ereta normal é aquela em que uma linha imaginária desce pelo centro do corpo tendo como referência lateralmente: 1) a apófise mastóide; 2) à frente da articulação do ombro; 3) corpo das vértebras lombares; 4) à frente da articulação do joelho; e, 5) na articulação do tarso
Curvas primárias são mais rígidas, os corpos vertebrais são cuneiformes para frente criando a concavidade anterior; Curvas secundárias são flexíveis mas frágeis, os discos são cuneiformes para trás, formando a convexidade anterior, são as únicas a terem músculos inseridos nos corpos anteriormente. Vértebras de Transição: T1, T12 e L5. R= N ² + 1
Figura 138 pág. 220 Tribastone
L'insuffisance respiratoire s'aggrave de façon directement proportionnelle à l'angle de la scoliose. Elle n'est mesurable que pour des angles de plus de 25°. Elle n'est source de décompensation respiratoire qu'après 45 ans pour des angles supérieurs à 80°. Au-delà du simple problème ventilatoire, certaines formes de scolioses, principalement les infantiles et les paradysplasiques peuvent s'accompagner d'un lit alvéolocapillaire mal développé donc insuffisamment efficace. De plus, il existe une asymétrie anatomique et fonctionnelle entre poumons concave et convexe liée à la disposition des côtes et des diaphragmes (horizontalisés dans la concavité, verticalisés dans la convexité). Les dysfonctionnements dépistés lors du bilan doivent être rééduqués. Il ne faut pas oublier les muscles accessoires respiratoires qui interfèrent également avec la disposition spatiale de la cage thoracique, de la ceinture scapulaire et donc du rachis. La fréquence ventilatoire doit être maitrisée si elle est accélérée. Le volume de réserve expiratoire doit être diminué pour améliorer la mixique. Le travail d'adaptation cardio-respiratoire aux efforts est parfois bien utile. Cette recherche de la meilleure ventilation possible est plus minutieuse en cas d'orthèse du tronc ; toute contention orthopédique contrarie les mouvements thoraciques.
L'insuffisance respiratoire s'aggrave de façon directement proportionnelle à l'angle de la scoliose. Elle n'est mesurable que pour des angles de plus de 25°. Elle n'est source de décompensation respiratoire qu'après 45 ans pour des angles supérieurs à 80°. Au-delà du simple problème ventilatoire, certaines formes de scolioses, principalement les infantiles et les paradysplasiques peuvent s'accompagner d'un lit alvéolocapillaire mal développé donc insuffisamment efficace. De plus, il existe une asymétrie anatomique et fonctionnelle entre poumons concave et convexe liée à la disposition des côtes et des diaphragmes (horizontalisés dans la concavité, verticalisés dans la convexité). Les dysfonctionnements dépistés lors du bilan doivent être rééduqués. Il ne faut pas oublier les muscles accessoires respiratoires qui interfèrent également avec la disposition spatiale de la cage thoracique, de la ceinture scapulaire et donc du rachis. La fréquence ventilatoire doit être maitrisée si elle est accélérée. Le volume de réserve expiratoire doit être diminué pour améliorer la mixique. Le travail d'adaptation cardio-respiratoire aux efforts est parfois bien utile. Cette recherche de la meilleure ventilation possible est plus minutieuse en cas d'orthèse du tronc ; toute contention orthopédique contrarie les mouvements thoraciques.
L'insuffisance respiratoire s'aggrave de façon directement proportionnelle à l'angle de la scoliose. Elle n'est mesurable que pour des angles de plus de 25°. Elle n'est source de décompensation respiratoire qu'après 45 ans pour des angles supérieurs à 80°. Au-delà du simple problème ventilatoire, certaines formes de scolioses, principalement les infantiles et les paradysplasiques peuvent s'accompagner d'un lit alvéolocapillaire mal développé donc insuffisamment efficace. De plus, il existe une asymétrie anatomique et fonctionnelle entre poumons concave et convexe liée à la disposition des côtes et des diaphragmes (horizontalisés dans la concavité, verticalisés dans la convexité). Les dysfonctionnements dépistés lors du bilan doivent être rééduqués. Il ne faut pas oublier les muscles accessoires respiratoires qui interfèrent également avec la disposition spatiale de la cage thoracique, de la ceinture scapulaire et donc du rachis. La fréquence ventilatoire doit être maitrisée si elle est accélérée. Le volume de réserve expiratoire doit être diminué pour améliorer la mixique. Le travail d'adaptation cardio-respiratoire aux efforts est parfois bien utile. Cette recherche de la meilleure ventilation possible est plus minutieuse en cas d'orthèse du tronc ; toute contention orthopédique contrarie les mouvements thoraciques.