O documento discute a inspiração divina da Bíblia, afirmando que: (1) A Bíblia foi escrita por vários autores humanos ao longo de 1500 anos, mas foi inspirada e guiada por Deus; (2) O Espírito Santo supervisionou os autores para que registrassem exatamente o que Deus queria dizer, sem erros ou contradições; (3) Isso confere autoridade total à Bíblia como a Palavra de Deus.
2. TEXTO BÍBLICO
Salmos 119: 1-12
1 - Felizes são os que não podem
ser acusados de nada,
que vivem de acordo com a lei
de Deus, o SENHOR!
2 - Felizes os que guardam
os mandamentos de Deus
e lhe obedecem de todo o coração!
3. 3 - Felizes os que não praticam o mal,
os que andam nos caminhos de Deus!
4 - Tu, ó Deus, nos deste as tuas leis
e mandaste que as cumpríssemos
fielmente.
5 - Como desejo obedecer às tuas ordens
e cumpri-las com fidelidade!
6 - Se eu der atenção
a todos os teus mandamentos,
não passarei vergonha.
7 - Com um coração sincero eu te louvarei
à medida que for aprendendo
os teus justos ensinamentos.
4. 8 - Obedecerei às tuas leis;
peço-te que não me abandones nunca.
9 - Como pode um jovem conservar pura
a sua vida?
É só obedecer aos teus mandamentos.
10 - Eu procuro te servir de todo o coração;
não deixes que eu me desvie
dos teus mandamentos.
11 - Guardo a tua palavra no meu coração
para não pecar contra ti.
12 - Eu te louvo, ó SENHOR Deus!
Ensina-me as tuas leis.
5. DESTAQUE
• “Como pode um jovens conservar pura a sua vida?
É só obedecer aos teus mandamentos” (Salmos
119:9)
6. I – O QUE É A INSPIRAÇÃO PLENA DE
DEUS
• Não devemos dar crédito ao liberalismo teológico com
suas teorias como a do Modernismo que sustenta que a
Bíblia contém a Palavra de Deus e menos ainda a da
Neo-Ortodoxia que afirma que a Bíblia torna-se a
Palavra de Deus.
• É necessário reafirmarmos o que a Ortodoxia Cristã fez
por 18 séculos ao longo da história da igreja:
• A Bíblia é a Palavra de Deus!
7. • Porque os cristãos devem crer que a Bíblia é a
Palavra de Deus? Porque a própria Escritura declara
ser um livro dotado de autoridade divina, resultante de
um processo pelo qual homens movidos pelo Espírito
Santo escreveram textos “soprados” (inspirados) pelo
próprio Deus (2 Tm 3:16; 2 Pe 1:21).
8. • É claro que como se deu a inspiração canônica aos
“autores originais” e como foram instrumentalizados as
fontes e gêneros diferentes que compuseram a
*revelação harmônica da Bíblia, há implicações e fatores
a serem considerados. Mas, como não tenho tempo e
espaço para ponderações correlatas, dediquei-me a
apresentar apenas os argumentos a favor da *inspiração
e autoridade da Bíblia Sagrada.
9. • A Bíblia não é somente o principium cognoscendi de
teologia; é também o meio que o Espírito Santo
emprega para a propagação da igreja e para a
edificação e nutrição dos santos.
• Ela é preeminentemente a palavra da graça de Deus, e,
daí, também o meio de graça mais importante.
• Estritamente falando, é a Palavra pregada em nome de
Deus, e em virtude de um
• Comissionamento divino, que é considerada como meio
de graça no sentido técnico da palavra, ao lado dos
sacramentos, que são administrados em nome de Deus.
• Naturalmente, a Palavra de Deus também pode ser
considerada como meio de graça num sentido mais
geral.
10. • Há, desenvolvida no transcurso da história, uma grande
diferença de opiniões a respeito da eficácia da Palavra,
e, conseqüentemente, quanto à ligação existente entre a
efetiva operação da Palavra e a obra do Espírito Santo.
11. • 1. O nomismo, em suas várias formas, tais como o
judaísmo, o pelagianismo, o semipelagianismo, o
arminianismo, o neonomismo e o racionalismo
imaginam a influência intelectual, moral e estética da
Palavra como a única influência que se lhe pode
atribuir.
• O nomismo não crê na operação sobrenatural do
Espírito Santo mediante a Palavra.
• A verdade revelada na Palavra de Deus age somente
pela persuasão moral.
12. • Nalgumas de suas formas, como nas do
pelagianismo e do racionalismo, o nomismo nem
sequer sente necessidade de uma operação especial
do Espírito Santo na obra de redenção, mas em suas
formas mais moderadas.
• Como nas do semipelagianismo, do arminianismo e
do neonomismo, ele considera a influência moral da
Palavra insuficiente, de modo que precisa ser
suplementada pela obra do Espírito Santo.
13. • 2. De outro lado, o antinomismo não considera a Palavra
externa necessária, de modo nenhum, e ostenta um
misticismo que espera que tudo da palavra interior ou da
luz interior ou da operação imediata do Espírito Santo.
• Seu lema è, “A letra mata, mas o espírito vivifica”.
A PALAVRA DE DEUS É VIDA
14. • A palavra externa pertence ao mundo natural, não
está à altura do homem verdadeiramente espiritual e
não pode produzir resultados espirituais válidos.
• Embora os antinômios de todas as categorias revelem
uma tendência para menosprezar, senão para ignorar
totalmente os meios de graça, essa tendência recebeu
sua mais clara expressão das mãos de alguns
anabatistas.
15. • 3. Em oposição a estes dois conceitos, os Reformadores
sustentavam que a Palavra, sozinha, não é suficiente
para produzir a fé e a conversão; que o Espírito Santo
pode agir sem a Palavra, mas ordinariamente não o faz;
e que, portanto, na obra de redenção a Palavra e o
Espírito trabalham juntos.
16. • Embora a princípio houvesse pouca diferença sobre
este ponto entre os luteranos e os reformados, aqueles
desde o início davam ênfase ao fato de que o Espírito
age por meio da Palavra como Seu instrumento (per
verbum, pela palavra), ao passo que estes preferiam
dizer que a operação do Espírito Santo acompanha a
Palavra (cum verbo, com a Palavra).
17. • A inspiração da Bíblia foi plena (2 Tm 3:16; 2 Pe
1:21).
• A Bíblia reivindica a inspiração divina de todas as
suas partes.
• É inspiração plena, total, absoluta e nenhuma parte
das Escrituras deixou de receber total autoridade
doutrinária (Rm 15:4).
• Jesus e todos os autores do N.T. exemplificaram
amplamente sua crença firme na inspiração integral
e completa do A.T., citando trechos daquelas
Escrituras que eram para eles de autoridade (Mt
21:42; At 17:2; Rm 9:6; 2 Co 4:2; Hb 4:12; At 10:43).
18. • Quanto à inspiração e autenticidade do N.T., o
evangelista Lucas afirmou ter apresentado um relato
exato de “tudo o que Jesus começou, não só a fazer,
mas também a ensinar” em seu evangelho.
• Ele dá a entender que Atos registra o que Jesus
continuou a fazer e a ensinar mediante seus apóstolos
(At 1:1; Lc 1:3-4).
19. II – HOMENS QUE ELABORARAM
O MANUAL DO FABRICANTE
• Além dos autores humanos, a Bíblia foi essencialmente
escrita por Deus.
• 2 Timóteo 3:16 nos diz que a Bíblia foi "inspirada" por
Deus.
• Deus supervisionou os autores humanos da Bíblia de tal
forma que, enquanto cada um usou o seu próprio estilo
de escrever e personalidade, eles ainda registraram
exatamente o que Deus queria que dissessem.
• A Bíblia não foi ditada por Deus, mas foi perfeitamente
guiada e completamente inspirada por Ele.
20. • Humanamente falando, a Bíblia foi escrita por
aproximadamente 40 homens de diversos estilos de vida
diferentes, durante um período de 1500 anos.
• Isaías era um profeta, Esdras era um sacerdote, Mateus
um coletor de impostos, João era um pescador, Paulo
era um fabricante de tendas, Moisés era um pastor.
• Apesar de ter sido escrita por autores diferentes durante
15 séculos, a Bíblia não se contradiz e não contém
erros.
21. • Todos os autores apresentam perspectivas
diferentes, mas todos proclamam o mesmo Deus
único e verdadeiro, e o mesmo único caminho para
salvação – Jesus Cristo (João 14:6; Atos 4:12).
22. • Poucos dos livros da Bíblia nomeiam especificamente o
seu autor. Veja a seguir uma lista dos livros da Bíblia
com o nome de quem os estudiosos acreditam ter sido o
autor humano, assim como a data aproximada de
quando cada um foi escrito.
23. III – O ESPÍRITO SANTO INSPIROU
ESSES HOMENS.
• Uma pergunta muito importante! E difícil de responder.
Lembro de uma pintura de Caravaggio, na Igreja São
Luiz, em Roma, que mostra um anjo que dita as
palavras e Mateus que escreve aquilo que ele conta.
• Um modo que, embora exagerado, mostra a
influência divina sobre os escritores sagrados.
• A tradição caracterizou essa influência dizendo que a
Bíblia é Palavra de Deus, pois é inspirada pelo Espírito
Santo.
24. • É muito difícil fazer teoria em relação à ação do Espírito
sobre os autores sagrados.
• Tentando caracterizar o seu agir, poderíamos tomar as
palavras do exegeta espanhol Alonso Schökel: O
Espírito Santo é um vento divino, é uma força elementar.
25. • O Espírito é um vento impetuoso e línguas de fogo no
dia de Pentecostes e é o dispensador dos dons e dos
carismas variados da igreja em todos os tempos.
• Assim precisamos imaginar o Espírito: forte, livre, ativo e
múltiplo, presente e invisível.
26. • Em relação à Bíblia, foi o Espírito Santo que fez com
que algumas pessoas falassem em nome de Deus,
preparando ao mesmo tempo aqueles que depois
colocaram por escrito os eventos e as palavras ditas e
realizadas por essas pessoas.
• Nesse sentido são inúmeras as passagens bíblicas
que atestam como o Espírito conduz os
protagonistas bíblicos.
• Além disso há dois textos importantes, textos
clássicos, nos quais se fala explicitamente da ação
do Espírito de Deus na Palavra escrita, nos livros da
Bíblia.
• Trata-se de 2Pedro 1,16-21 e 2Timóteo 3,14-17.
27. CONCLUSÃO
• Portanto, a inspiração divina atribui autoridade à
Bíblia. Fica, pois, saliente que o fato de que a
inspiração concede autoridade indiscutível ao texto ou
documento escrito (Jo 10:35).
• Em numerosas ocasiões Jesus recorreu à Palavra de
Deus escrita, que ele considerava árbitro definitivo em
questões de fé e prática (Mc 11:17; Mt 4:4, 7, 10; 15:3-4;
22:29).
• Algumas vezes, Jesus declarou: “… era necessário que
se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de
Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lc 24:44).
28. • Portanto, a Palavra de Deus não pode ser anulada.
Provém de Deus e está envolta na autoridade divina que
o próprio Deus lhe concedeu.
• Como advertência final, ai daquele que acrescentar
qualquer coisa ou tirar qualquer palavra dessa
grande e extraordinária revelação de Deus chamada
e conhecida por todos como Bíblia Sagrada (Ap
22:18-19).