2. DESCRIÇÃO
• É uma doença infecciosa febril de início abrupto, cujo
espectro pode variar desde um processo inaparente até
formas graves. Trata-se de uma zoonose de grande
importância social e econômica, por apresentar elevada
incidência em determinadas áreas, alto custo hospitalar e
perdas de dias de trabalho, como também por sua
letalidade, que pode chegar a 40%, nos casos mais
graves.
• Sua ocorrência está relacionada às precárias condições
de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores
infectados. As inundações propiciam a disseminação e a
persistência do agente causal no ambiente, facilitando a
ocorrência de surtos..
3. AGENTE ETIOLÓGICO
• O agente etiológico da leptospirose, ou seja, o
organismo causador da doença, é a bactéria do
gênero Leptospira sendo um dos mais importante
Leptospira
interrogans
e
Leptospira
Icterohaemorrhagiaeuns dos componentes da
Família dos Espiroquetídeos.
4. RESERVATÓRIO
• Os animais sinantrópicos domésticos e selvagens são
os reservatórios essenciais para a persistência dos
focos da infecção. Os seres humanos são apenas
hospedeiros acidentais e terminais dentro da cadeia
de transmissão.
• O principal reservatório é constituído pelos roedores
sinantrópicos, das espécies Rattus norvegicus
(ratazana ou rato de esgoto), Rattus rattus (rato de
telhado ou rato preto) e Mus musculus (camundongo
ou catita). Ao se infectarem, não desenvolvem a
doença e tornam-se portadores, albergando a
leptospira nos rins, eliminando-a viva no meio
ambiente e contaminando, dessa forma, água, solo e
alimentos.
5. MODO DE TRANSMISSÃO
• A infecção humana resulta da exposição direta ou
indireta à urina de animais infectados. A
penetração do microrganismo ocorre através da
pele com presença de lesões, da pele íntegra
imersa por longos períodos em água
contaminada ou através de mucosas.
• A transmissão entre humanos é muito rara e de
pouca relevância epidemiológica, podendo
ocorrer pelo contato com urina, sangue,
secreções e tecidos de pessoas infectadas
8. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE
• Os animais infectados podem eliminar a
leptospira através da urina durante meses, anos
ou por toda a vida, segundo a espécie animal e o
sorovar envolvido.
9. SINAIS E SINTOMAS
• O paciente com leptospirose poderá apresentar a forma sem
icterícia, mais frequente e mais branda, e a forma com
icterícia, a mais severa. Na forma sem icterícia, o paciente
poderá apresentar duas fases distintas (doença bifásica): a
primeira fase ou fase “ sipticêmica” e a segunda fase ou fase
“imune”. A primeira fase caracteriza-se por febre adrupta que
pode chegar a 40° C, calafrios, cefaleia, dor abdominal e
mialgias. Já na segunda fase, reaparecem os sintomas da
primeira fase, além de surgimento de anticorpos no soro,
meningite, uveíte (processo inflamatório da túnica média do
olho), erupção e adenopatia. Na forma com icterícia surgem
com hemorragias, anemia, febre, distúrbios do estado mental,
hipotensão, distúrbios renais, piúria (presença de pus na
urina), hematúria (presença de sangue na urina) e proteúria
(presença de proteína na urina).
10. TRATAMENTO
• O
tratamento da pessoa com leptospirose é feito
fundamentalmente com hidratação. Não deve ser utilizado
medicamentes para dor ou para febre que contenham ácido
acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®, Melhoral® etc.), que
podem aumentar o risco de sangramentos. Os
antiinflamatórios (Voltaren®, Profenid® etc) também não
devem ser utilizados pelo risco de efeitos colaterais, como
hemorragia digestiva e reações alérgicas. Quando o
diagnóstico é feito até o quarto dia de doença, devem ser
empregados antibióticos (doxiciclina, penicilinas), uma vez
que reduzem as chances de evolução para a forma grave.
As pessoas com leptospirose sem icterícia podem ser
tratadas no domicílio. As que desenvolvem meningite ou
icterícia devem ser internadas. As formas graves da doença
necessitam de tratamento intensivo e medidas terapêuticas
como diálise peritonial para tratamento da insuficiência
renal.
11. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E
CONTROLE
• Vários fatores interagem na ocorrência de um caso de
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leptospirose, portanto, as medidas de controle deverão ser
direcionadas não só ao controle de roedores (medidas de antiratização e desratização), como também à melhoria das
condições higiênico-sanitárias da população e alterações do
meio ambiente.
Controle da população de roedores por meio de medidas de
anti-ratização e desratização;
Redução do risco de exposição de ferimentos às águas/lama
de enchentes ou situação de risco;
Limpeza e desinfecção com hipoclorito de sódio de áreas
físicas domiciliares ou que não estejam contaminadas;
Utilização de água filtrada, fervida ou clorada para ingestão;
Em caso de suspeita clínica, procurar orientação médica,
relatando a história epidemiológica nos vinte dias que
antecederam os sintomas ;
12. ESTATÍSTICA DA DOENÇA NO
AMAZONAS
• De acordo com o secretário de Saúde da
SEMSA, Francisco Deodato, em 2011 foram
confirmados 58 casos de leptospirose, em
Manaus. Este ano, até o maio, foram 18 casos
confirmados.
• Fonte: G1 Amazonas