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  1. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 1 MÓDULO I Capelania Evangélica TEMAS: ♦ Fundamentação Bíblica para Capelania Evangélica ♦ Ética do Capelão Evangélico ♦ Dignidade do Capelão Evangélico ♦ Conceituação de Capelania Evangélica ♦ Visão, Valores, Objetivos da Capelania Evangélica. ♦ Levando o visitado não só a ouvir, mas a ver o Reino de Deus. Texto: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pela as obras a fé foi aperfeiçoada". Tg. 2.22 Há cerca de 30 anos atrás, aprendi na Escola do Ensino Fundamental (19 grau) que o corpo humano é constituído de cabeça, tronco e membros. Há cerca de 20 anos atrás, aprendi na Escola de Teologia (Bacharel em Teologia) que o homem é constituído de corpo no grego soma, alma no grego psique e espírito no grego pneuma. Há cerca de 10 anos atrás, aprendi em pesquisas quando fazia (Mestrado em/ Teologia) que o espírito daquele que está em Cristo é constituído de fé, esperança e amor. É sobre a realidade deste espírito que possuímos, isto é, todo aquele que está em Cristo que nos levará nesta homilia ao entendimento espiritual vindo do Deus da Bíblia, isto é, visão Bíblica. Para tal, é preciso observar as respostas que daremos a três perguntas, ainda que não esgotaremos o assunto, mas indubitavelmente é um começo certo para o desenvolvimento dos nossos olhos espirituais no que se refere à revelação Bíblica que nos dá a certeza para afirmar: Capelania Evangélica é Visão Bíblica. V-. PERGUNTA - O QUE É CAPELANIA EVANGÉLICA? No dicionário Aurélio o significado da palavra Capelania é: Cargo, dignidade, o benefício de capelão. E o significado de capelão é: Padre encarregado da Assistência Espiritual a Regimentos Militares, Escolas, Hospitais e Irmandades. Logo, Capelão Evangélico é tal encarregado só que ao invés de ser padre é pastor ou aquele evangélico que se torna preparado para exercer tal Ministério. Capelania Evangélica toma-se diferente da simplesmente capelania tal como é diferente tudo que se compara entre a igreja romana e a
  2. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 2 igreja evangélica. O que faz a diferença é a fundamentação "Bíblia" somente. Por isso, Capelania Evangélica é visão Bíblica. Não possui em seu caráter nada além do que está na Bíblia e que é simples de assimilar quando se tem um espírito de fé, esperança, e amor, isto é, quando se está em Cristo. Capelania Evangélica, portanto, é dar Assistência Espiritual a Regimentos Militares, Escolas, Hospitais, Presídios, Asilos, Favelas, enfim, a carentes de tal Ministério. Não com fins proselitistas, ou seja, fomentação de sectarismo, mas simplesmente levar fé, esperança e amor se é que isto é simples, porque vemos na sociedade humana, principalmente nos nossos dias, tudo, menos fé, esperança e amor Bíblicos. E falando do primeiro componente do espírito de quem está em Cristo que é Fé conforme Paulo escreveu em - Coríntios 13.13 e lembrando que é o próprio Senhor, o Autor da nossa fé conforme está escrito em Hebreus 12.2, atentemos novamente para a citação Bíblica mencionada no início desta palavra, ou seja: "Bem vês que a tua fé cooperou com as suas obras e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada". Quero chamar-te a atenção para duas verdades neste texto sobre a fé: 1-. "A FÉ COOPEROU COM AS OBRAS" no caso específico citado e é nada mais nada menos do que a Fé de Abraão, o nosso Pai na fé conforme Romanos 4.16. Fé coopera com Capelania porque Capelania é obras de Assistência Espiritual. Capelania Evangélica é o avivamento da fé. Sem uma fé avivada, isto é, aperfeiçoada pela Capelania Evangélica, o Cristão incorre no modo de vida apenas teórico ou emocional. Capelania Evangélica tem teoria e tem emoção, mas, sobretudo é vida espiritual Bíblica que ultrapassa estes níveis encontrados no âmbito eclesiástico e que são confundidos com a espiritualidade projetada do coração de Deus para o seu povo. Capelania Evangélica é teoria Bíblica focada para a prática do Reino de Deus; são emoções da fé aperfeiçoada pela disposição, coragem, ousadia, firmeza e determinação para sentindo a presença de Deus, seu poder, sua perfeita palavra, e a realização de todas as promessas, ou seja, mais de oito mil registradas na Bíblia. Acima de tudo é a rejeição da mediocridade do intelectualismo racional humano e do misticismo psicológico sem profundidade essencial da nobreza do exame. Isto significa que Capelania Evangélica é serviço resultante da fé equilibrada que balanceia nossa formação com o propósito perfeito de Deus quanto a nossa origem. E ver a explicação anterior ao explicado e viver conforme a mente de Cristo da maneira que está escrito em 2- Pedro 3.1: "Mente sincera". Sincero do grego elikrines literalmente é traduzido como "testado pela luz do sol". Isto denota que Capelania Evangélica é obra da fé que pode edeve ser testada pela luz do sol no sentido ético e moral. É resultado da fé dada pelo próprio Deus. É o despertamento do Espírito Santo ao povo de Deus em nossa geração que nada mais é do que o retorno à moda Bíblica daqueles que têm fé. 2o. PERGUNTA - PARA QUÊ CAPELANIA EVANGÉLICA? O 2- componente do espírito daquele que está em Cristo é a esperança. Esperança é esperar o que se deseja. Capelania Evangélica é a maneira pela qual objetivamos levar às pessoas a
  3. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 3 mensagem Bíblica que revela o poder que devemos ter para esperarmos aquilo que desejamos e mais: precisamos ser orientados a saber desejar o desejo de Deus que é a vida de excelência para todo aquele que crê Nele. Capelania Evangélica é para que obedeçamos ao mover de Deus com fé em Deus, com fé que vem dele e quando abençoamos aqueles que se encontram cansados e sobrecarregados nós é que somos ainda mais e mais enriquecidos pelo poder restaurador de Deus. Capelania Evangélica é para expressar de forma sobrenatural a viva esperança descrita na Bíblia. A esperança e âncora (Hb. 6.18); a esperança consola (SI. 146.5); ela é dada por Deus assim como a fé (1ê Pe. 1.3). Capelania Evangélica é enfim, para levarmos a viva esperança (1ã Pe. 1.3). Isto porque o mundo jaz no maligno conforme está escrito em 1â Jo. 5.19. Eu prefiro dizer que o mundo é dominado por uma sociedade capitalista, ou melhor "capetalista" e por isso a Igreja que no grego ekklesia significa tirados para fora ::;e ce"o:ar sair de dentro das 4 paredes do templo para ministrar fé, esperança e amor. Por isso o Senhor Jesus disse a Pedro em Mt. 16.18: "As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja". É preciso entrar nas portas do Hades para Ministrar a boa esperança (Salmos 16.9). E volto a dizer: ;:~e_:e ::~ dísocsição, coragem, ousadia, firmeza e determinação. Respondamos a 3ã. Pergunta cesta abordagem para que esta impressão em nosso espírito fique bem impressa; com letras bem legíveis; a expressão é: Capelania Evangélica é Visão Bíblica. 2o-. PERGUNTA - COMO FAZER? Se o que é, é resultado da fé; se para que é devido à viva esperança; como fazer é fazer com amor. Lembramos novamente que em 1ê Co. 13.13 está escrito que permanece no espírito quem está em Cristo, fé, esperança e amor, e está escrito que o maior destes é o amor. Como fazer é o caminho mais excelente citado na Bíblia conforme 1- Co. 12.31. Dar Assistência Espiritual, isto é, Capelania Evangélica sem amor não é Capelania Evangélica; é espúrio. Não tem legalidade Bíblica. É preciso ter amor que significa: 1â João 3.16 e 1ã João 4.16 - Capelania Evangélica é o resultado da fé; É para exercer, isto é, ministrar a viva esperança; É feita com amor, ou seja, com Deus em nós. Mais do que com a alma que é com nossas afeições, vontade, desejo, emoções, mente, razão e compreensão que é a nossa vida interior e isto significa mais do que com a nossa vida interior, mas com a vida no grego zoe que é mencionada em 1â Jo. 5.20. Com a vida por excelência, ou seja, o Reino de Deus dentro de nós. Lucas 17.21. Façamos tudo com Deus, isto é com amor porque Deus é amor. Isto é com afeição ou sem afeição; com vontade ou sem vontade; com desejo ou sem desejo; com emoção ou sem emoção; com amor de Deus que excede todo nosso entendimento. Ef. 3.19 cheios de toda plenitude de Deus. ♦ CAPELÃO EVANGÉLICO TEM QUE TER ÉTICA Ética do Capelão Evangélico - O estudo do que é certo e errado do Capelão Evangélico: Neste estudo, isto é, a Ética do Capelão Evangélico, dividamos a Ética em © Razões para se agir de acordo com a vontade de Deus; © Modelo, padrão, regras, e princípios; ® A forma do Capelão Evangélico.
  4. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 4 RAZÕES PARA SE AGIR DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS (motivação)1s. Desejo de louvar a Deus; 2 -. Desejo de ajudar aos outros - beneficiar, edificar e não prejudicar; 3. Desejo de compreender a sua própria pessoa. MODELO, PADRÃO, REGRAS E PRINCÍPIOS. 1O. Somos libertos da maldição e condenação da lei; 2°. Somos libertos de nos justificarmos por meio da lei; 3o. Temos liberdade para cumprir a lei, alegres e voluntariamente pelo poder (carisma) que o próprio Deus provê. (D A FORMA 1o. Centrada em Deus: => Obediência <= Culto => Testemunho o Desembaraço 2o. Dirigida às pessoas: => Respeito =5 Compaixão -» sentir como a outra pessoa =5 Castidade o Honestidade => Perdão =* Generosidade => Justiça 3S. Auto-aceitação: o Apreciação <=> Confiança o Provisão Satisfação ♦ A DIGNIDADE DO CAPELÃO EVANGÉLICO (Fp. 1.27; 2.22). Dignidade significa título ou cargo que confere ao indivíduo uma posição graduada; é a autoridade moral; honestidade; honra; respeitabilidade. Isto está totalmente relacionado ao procedimento, isto é, a ação. O procedimento deve ser motivado pela autoridade que só pode ser conservada pela dignidade do Capelão Evangélico. VISÃO "porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes- me; estive na prisão, e fostes-me ver-me". (Palavras de Jesus em Mateus 25:35-36). Administração de um Serviço Social por excelência aos Carentes (mendigos, desempregados, favelados); Asilados (crianças e idosos em asilos); Doentes (hospitalizados ou em tratamento médico); e Presos (presidiários ou apenados). ♦ OBJETIVOS a Preparar pessoas para o Serviço Social conforme a Visão citada, através de Cursos de Especialização. a Conservar a Ética e o Caráter necessários para o sucesso almejado pelos idealizadores do Projeto. a Dar suporte aos Visitadores e Capelães Evangélicos. a Representar a Classe dos Visitadores Evangélicos e Capelães Evangélicos tendo para isso, um Conselho de Classe. ♦ VALORES Fé a Ética a Espírito Voluntário a Compromisso a Dedicação 3 Excelência 3 Amor CONCLUSÃO Precisamos levar aqueles que visitamos, a perspectiva de não apenas ouvir as boas novas, mas ver Deus. Receber Jesus como Aquele que é muito mais que religião. O Senhor Jesus não é apenas uma filosofia ou ideologia ou pensamento ou um herói como outros. Jesus é Deus. É Palavra com Unção. Quando entendermos a nossa responsabilidade de Capelães Evangélicos então seremos bem sucedidos, pois com entendimento o Senhor confirma as obras das nossas mãos (SI. 90.17). Sem vermos, mas só ouvindo, nos tornamos zelosos, mas é a visão que nos habilita para termos fé aperfeiçoada pelas obras que é manifestação da nossa visão porque quem não tem visão é cego, isto é, enfermo na fé (Rm. 14.1) e não pode ser Capelão. Capelão tem fé sadia ( Tt. 1.13; 2.2). Ouvir é muito importante. Em Apocalipse por diversas vezes está escrito: "Quem tem ouvidos ouça". Entretanto, como diz Jó, ouvir sem ver é não compreender (Jó 42.3,5). Quando nossos olhos vêem o Senhor
  5. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 5 saímos da mediocridade daqueles que falam as línguas dos homens e dos anjos, conhecem todos os mistérios e toda ciência e que tem fé para transportar os montes, mas que não são nada e pensam que são (João 15.5); distribuem sua fortuna para o sustento dos pobres e entregam seu corpo para ser queimado, mas não têm amor. Capelão Evangélico é: Ouvir e Ver o Senhor. É falar, pregar, ensinar e demonstrar (curar) conforme o Ministério do Capelão dos Capelães: "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo". Mt. 4.23. Capelão Evangélico deve: Ensinar e pregar e, sobretudo demonstrar a realidade do Reino de Deus. 1. DOENÇA - Doença é qualquer perturbação das funções normais do organismo. Do ponto de vista biológico não é nada mais que a penetração de agentes patogênicos no indivíduo, cuja ação rompe o seu equilíbrio. Saúde: Equilíbrio do organismo; Doença: Desequilíbrio do organismo. Do ponto de vista teológico, doença e enfermidade, representariam a ação de agentes desintegradores que, à luz da Bíblia, poderiam ser chamados de demoníacos, satânicos. Na natureza há dois princípios fundamentais: 1. Força de coesão = Vida, saúde; 2. Força de desintegração = Doença, morte. A atitude do indivíduo em relação a sua enfermidade varia de acordo com sua filosofia ou modo de vida. Alguns encaram-na com naturalidade, outros como punição ou castigo de Deus. Emílio Mira y Lopes faz a diferença entre SER, ESTAR, SENTIR-SE e PARECER DOENTE. Há indivíduos que são doentes: estado permanente. São portadores de doenças crónicas ou incuráveis. Estar doente denota uma situação transitória, passageira. Sentir-se doente - Neste caso a sintomatologia é de origem emocional, psicológica (hipocondria). Há pessoas que assumem certas atitudes, certos estilos de vida que dão o "parecer" (impressão) de estarem doentes. Doença representa ameaça à integridade do homem. Muitos não resistem e chegam até ao suicídio. Ela altera a sua auto-imagem, paralisa ou inibe suas atividades, tornando a vida mais difícil e na maioria das vezes sem significado e propósito, gerando nas pessoas sentimentos de ira, desânimo, solidão, amargura, revolta, confusão, culpa, medo, ansiedade. Logo, adoecer é sofrer. Todo indivíduo que sofre, em maior ou menor grau sente ansiedade ou angústia. E o indivíduo ansioso regride; e se regride, é um ser em crise. Contudo, "adoecer", de modo geral, é fundamental para o crescimento. Em meio às crises (enfermidades) as pessoas têm oportunidade de mudar, de desenvolver meios de vencê-las ou superá-las. Por outro lado, ficam mais receptivas à ajuda de outras e abertas para auxílio ou terapia espiritual, {capelania cristã). A maioria das enfermidades são funcionais causadas por conflitos emocionais ou espirituais. Há uma pequena parte ou minoria que depende de falha do corpo. A fé é uma útil terapêutica em todos os casos, mesmo para aqueles portadores de uma doença que não se encontra entre as psicossomáticas. A fé é ajuda. À medida que acalma o paciente e contribui para sua cura. Por outro lado não devemos descartar a possibilidade de milagre uma vez que nada é impossível para Deus.
  6. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 6 Por esta razão todo crente deve reconhecer que o milagre é sempre uma possibilidade. Há enfermidades que são expressões inconscientes do sentimento de culpa. A eliminação deste sentimento significa a eliminação da enfermidade. Marcos 2: PERDOADOS - A fé em Jesus e o perdão pela fé Nele faz possível o milagre. LEVANTA-TE. Há quem afirme erroneamente que todas as enfermidades são produto do pecado. Também há quem vê em todo enfermo um possuído de demónios, a quem se há de libertar. Muitas pessoas têm morrido, negando sua enfermidade, afirmando que isto é coisa da sua mente, podendo ser curada por um médico. Afirmar que todas as enfermidades têm origem no pecado é um disparate. Os animais também adoecem (PECAM?). É exagerado também afirmar que todas as doenças que têm origem em transtorno emocional são produtos do pecado, embora acreditemos que muitas são. Cremos que algumas doenças têm sua origem na religiosidade neurótica dos pais ou de outros familiares ou de líderes. "A fé cristã não é uma neurose: Mas alguns neuróticos são cristãos". Tentam refugiar-se nos muros protetores da Igreja. Outros desejam e chegam ao pastorado. Mesmo que não tenham consciência da sua neurose (desequilíbrio) constantemente estão influenciando os demais (comunidade) de forma negativa (DOENTIA). Por outro lado há pessoas que praticamente passam sua vida no consultório médico. Gastam dinheiro em medicamento, entretanto nunca serão curadas. Alguns desses enfermos ficariam ofendidos se o médico lhes falasse ou assegurasse de que não há doença alguma. Na realidade, esse tipo de enfermidade não se cura com medicamentos já que é causada por conflitos emocionais ou espirituais. Logo, necessita de uma assistência espiritual cristã, isto é, capelania. Curso de Capelania Evangélica MóduloII MÓDULO II CAPELANIA HOSPITALAR É a organização responsável em transmitir cuidados espirituais cristãos aos enfermos ou pessoas em crises, e descobrir os meios de auxiliá-las a enfrentar de maneira realística seus problemas e ministrar-lhes o Evangelho. O capelão, (visitador) junto ao enfermo, deve demonstrar-lhe que no homem há um grande potencial psicológico de adaptação. Isto é, explorar as possibilidades de recuperação e adaptação (casos irrecuperáveis), e levar o enfermo a aceitar sua enfermidade, porque há enfermidades crónicas, incuráveis. Um grande desafio que pode ser vencido com os recursos da Graça de Deus. 2.1 - REQUISITOS INDISPENSÁVEIS A) Habilidade para ministrar o Evangelho a enfermos: Naturalmente que isto só pode acontecer com o preparo espiritual através da oração, conhecimento e familiarização com a Palavra de Deus (Maturidade Espiritual). A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, fala sobre doenças ou pessoas que foram ou eram acometidas de enfermidades, mostrando-nos que a doença faz parte da vida. Está ligada a nossa condição humana. Mas, apesar disso, ela é indesejável. Jesus dedicou grande parte de seu tempo curando enfermos. Não existe, necessariamente, uma relação direta entre doença, pecado e fé. Embora, em síntese, toda doença tenha origem de pecado (Queda) os casos individuais nem sempre são consequência de pecados de pessoa doente (1). Há ocasiões, entretanto, em que isto pode acontecer (2). Atualmente, a maioria dos casos de Aids, por exemplo. Portanto, é fundamental conhecer o que a Bíblia evidencia: doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de
  7. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 7 falta de fé (3). É uma crueldade ensinar ou pregar cura, saúde instantânea, exigindo do paciente uma fé robusta ou como alguns preferem uma "super fé". Já vi paciente desafiando pregadores cara-a-cara, chamando-os de mentirosos, por causa desta questão. Por outro lado, Deus não prometeu curar todas as enfermidades do corpo (físico). Alguns crêem "cegamente" que o fato de se terem convertido ou recebido Jesus como Salvador, lhes confere imunidades em relação às enfermidades, apegando-se em textos (ou só este) como Isaías 53. Como seres humanos somos sujeitos ao sofrimento, decepções, frustrações, doença, morte. Mas a despeito disso, poderemos ter vitórias (4). Jesus está muito mais preocupado com a saúde total, integral, e não somente a do corpo. Esta é sua missão: "Eu vim para que tenham vida, disse Ele, vida abundante". (João 10.10), O homem é muito mais do que corpo físico e vale muito. É precioso aos olhos de Deus. - Capacidade para ajudar a pessoa enferma a reencontrar o equilíbrio perdido ou alterado: A doença não é confortável para ninguém. Toda e qualquer enfermidade grave provoca profundos distúrbios na vida psicológica ou emocional do indivíduo. - Ajudar o paciente a aceitar a realidade da sua doença e suas consequências: sem passividade, sem considerar-se vítima da sorte, porém aceitar a enfermidade dentro do quadro geral da vida humana que é limitada - finitude humana. - Incutir no enfermo o senso de tranquilidade e confiança, preparando-o para o tratamento que se seguirá. Notas: 1 - Jo. 9.1-12; Lc. 13.1-5 2 - Mt. 9.1-8 e refs; I Co. 11.28-30 3 - Jo. 6.33; Rom. 8.13-39 2.2 - CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O EXERCÍCIO DA CAPELANIA CRISTÃ A) Empatia - É um dom fundamental que torna possível nos vincularmos ou ligarmo-nos com os demais, emocionalmente. É a capacidade de sentir ou perceber o que o outro sente, por meio de seus gestos e das variações de seu tom de voz (Nós nos damos conta do estado de ânimo de outra pessoa só escutando a sua voz, vendo a expressão de seu rosto). Empatia é a comunicação entre dois seres humanos. É a base da comunicação. B) Identificação - Expressa a ideia de duas coisas iguais, semelhantes - o outro é ser humano igual a mim. Empaticamente percebemos os sentimentos de outras pessoas; esses sentimentos nos lembram sentimentos próprios, experimentados em alguma ocasião. Quando nos identificamos com outra pessoa, subconscientemente nos projetamos em seus sentimentos (percebidos empaticamente) e por um momento sentimos como se fossemos aquela pessoa sofrendo ou passando a experiência. Identificação é o sentir o mesmo, ligado a importância especial que damos a essa pessoa. A identificação faz que as atitudes da outra pessoa penetrem em nós e se façam parte nossa . C) Amor (2) A necessidade de amor e relacionamento realiza-se no contexto das relações humanas ;:"•;=: vas. A falta ou necessidade de amor pode levar à depressão e até ao desejo de morte. Qualquer doença pode reforçar no enfermo a ideia de que nunca foi realmente amado. Amar é sinal, de maturidade. O capelão deve estabelecer um clima de mútua confiança, permitindo ou encorajando o paciente a expressar-se livremente. Influenciá-lo sob forma de amor e não de julgamento. Amor que se manifesta em aceitação. Isto é aceitar o paciente e amá-lo a despeito de seus problemas. Amor que se manifesta em compreensão, a despeito das diferenças individuais (respeito e dignidade para com o outro) (3). Algumas vezes o paciente é agressivo, revoltado contra a doença, contra os médicos; contra o capelão e, sobretudo, contra Deus. A doença pode intensificar o medo, emoção dolorosa. Medo da dor, do diagnóstico, de não se recuperar, medo de perder o controle. Ou ainda: ♦ Medo de expor ou perder parte do corpo. ♦ Medo de perder a aprovação, o amor. ♦ Medo do futuro, medo da morte. O conhecimento da presença de Deus é a chave para experimentar seu amor. Mas que Deus? Quem está sofrendo precisa conhecer um Deus que deseja o melhor para ele (4). Um Deus amoroso, que promete andar com a pessoa através da dificuldade. Aquele que experimenta o amor de Deus sente-se valorizado, libertando-se para amar a Deus, a si mesmo e aos outros. Quando eu transmito este amor, vou servir de canal do amor de Deus ao paciente e de sua presença fiel na crise. Lucas 10.25-37 ilustra bem a qualidade desse amor. Não apenas sentimento, mas amor que se revela em ação. "Cuida dele" - ou "Cuida deste homem!" Compaixão - (não importa quem seja o outro), este é o ministério da visitação hospitalar. Base: AMOR - Uso de misericórdia por aqueles que sofrem. É esse tipo de amor que Deus oferece ao homem. Não exige nada do outro além do que lhe aceite. Quando alguém reconhece esta oferta de amor que vem de Deus, seu relacionamento com ele será mais significativo, podendo sustentar ou reabilitar um relacionamento enfraquecido por uma doença. Autocomiseração, depressão, insegurança, solidão, desespero e medo, são sinais da necessidade de amor próprio, das outras pessoas e do amor de Deus. Autovalorização, alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que a necessidade de amor está suprida. Estes são os benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas esperam encontrar isto em você, querido (a) irmão (a) que se dispõe a desenvolver este ministério de capelania. Para elas você é o (a) representante de Deus. Que Deus você representa? Muitos pensam em Deus, apenas como juiz, vingador. O seu relacionamento com o paciente será um desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e o seu
  8. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 8 temor. O Deus que representamos é um Deus justo, santo, que não apenas condena o mal, o erro, mas que aceita o pecador, um Deus que ama, que corrige, que perdoa. 7- Ro 12.15 2 - I Cor. 13 3- Jo. 4.6-18 4- Is. 43.1-3 3 – RECURSOS PESSOAIS - Avaliação Exercício individual O objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você explore seus próprios recursos espirituais e elabore um plano para poder utilizá-los com eficiência. Os nossos recursos espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes. As experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de produzirem crescimento e conhecimento de nós mesmos, desenvolvem a compreensão para com o sofrimento dos pacientes. 3.1 -USO DE SI MESMO a) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida? b) De que forma essa experiência foi negativa? c) De que maneira foi construtiva? d) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo? e) O que você aprendeu sobre outras pessoas? f) O que você aprendeu sobre Deus? 3.2 - O USO DA ORAÇÃO A oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; de que forma? 3.3 - O USO DA BÍBLIA O que você tem aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um recurso para você? 3.4 - O RELACIONAMENTO COM SEU PASTOR De que forma seu Pastor tem sido um recurso pessoal para você? Como você poderia utilizar melhor os recursos do Pastor? 3.5 - COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO A CONVIVÊNCIA COM OUTROS CRISTÃOS TEM SIDO UM APOIO PARA VOCÊ?.. DE QUE FORMA? COMO VOCÊ PODERIA USAR MELHOR ESSES RECURSOS?(PARA ALGUMAS SUGESTÕES, VEJA: ROMANOS 12.1; I CORÍNTIOS 12.13; GÁLATAS 6.1 -6; EFÉSIOS 4; COLOSSENSES 3.12-17). Quando alguém reconhece esta oferta de amor que vem de Deus, seu relacionamento com ele será mais significativo, podendo sustentar ou reabilitar um relacionamento enfraquecido por uma doença. Autocomiseração, depressão, insegurança, solidão, desespero e medo, são sinais da necessidade de amor próprio, das outras pessoas e do amor de Deus. Autovalorização, alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que a necessidade de amor está suprida. Estes são os benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas esperam encontrar isto em você, querido (a) irmão (a) que se dispõe a desenvolver este ministério de capelania. Para elas você é o (a) representante de Deus. Que Deus você representa? Muitos pensam em Deus, apenas como juiz, vingador. O seu relacionamento com o paciente será um desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e o seu temor. O Deus que representamos é um Deus justo, santo, que não apenas condena o mal, o erro, mas que aceita o pecador, um Deus que ama, que corrige, que perdoa. 7- Ro 12.15 ............. 2 - I Cor. 13 5- Jo. 4.6-18 6- Is. 43.1-3 3 – RECURSOS PESSOAIS - Avaliação Exercício individual - (Extraído do livro: "Cuidado Espiritual do Paciente") O objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você explore seus próprios recursos espirituais e elabore um plano para poder utilizá-los com eficiência. Os nossos recursos espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes. As experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de produzirem crescimento e conhecimento de nós mesmos, desenvolvem a compreensão para com o sofrimento dos pacientes. 3.1 -USO DE SI MESMO g) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida? h) De que forma essa experiência foi negativa? i) De que maneira foi construtiva? j) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo? k) O que você aprendeu sobre outras pessoas? l) O que você aprendeu sobre Deus? 3.2 - O USO DA ORAÇÃO A oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; de que forma? 3.3 - O USO DA BÍBLIA O que você tem aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um recurso para você? 3.4 - O RELACIONAMENTO COM SEU PASTOR De que forma seu Pastor tem sido um recurso pessoal para você? Como você poderia utilizar melhor os recursos do Pastor? 3.5 - COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO A CONVIVÊNCIA COM OUTROS CRISTÃOS TEM SIDO UM APOIO PARA VOCÊ?.. DE QUE FORMA? COMO VOCÊ PODERIA USAR MELHOR ESSES RECURSOS?(PARA ALGUMAS SUGESTÕES, VEJA: ROMANOS 12.1; I CORÍNTIOS 12.13; GÁLATAS 6.1 -6; EFÉSIOS 4; COLOSSENSES 3.12-17). 4 - O CAPELÃO CRISTÃO E O PESSOAL DO HOSPITAL A eficiência de um hospital depende sempre da perfeita integração de todo o seu pessoal, consciente que o mesmo existe unicamente em função do doente, que em quaisquer circunstâncias, deve ser considerado a pessoa mais importante. O capelão será parte desse pessoal, pois passará a lidar com o doente e muitas vezes até se envolvendo com muitos dos seus problemas. Às vezes este relacionamento não é muito fácil. Algumas falhas são encontradas. Surgem alguns problemas. Mas com amor e vontade de ajudar seremos úteis àqueles que sofrem e realizaremos um bom trabalho. Hierarquia, regulamentos, normas de trabalhos, horários, etc,
  9. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 9 devem ser respeitados rigorosamente. Portanto, quaisquer observações, críticas, pedidos de informações, deverão ser dirigidas a quem de direito. 4.1 - O CAPELÃO E O MÉDICO a) O médico é para o doente a pessoa mais importante. A sua visita é grandemente esperada. É no médico que o paciente deposita toda a sua esperança para a recuperação completa de sua saúde. b) O capelão deve retirar-se discretamente quando médico chegar ao quarto do doente. Muitas vezes o doente tem alguma coisa a contar particularmente ao seu médico. O capelão não deve quebrar a intimidade que deve existir entre o paciente e o seu médico. c) O capelão deve evitar a terminologia médica como também falar sobre a doença. d) Não comentar se o tratamento está sendo ou não o indicado. 4.2 - O Capelão E A ENFERMEIRA a) O capelão deve trabalhar em harmonia com a enfermeira que está sempre em contato com o doente, e este depende muito dela. b) A enfermeira tem condições de sentir e transmitir ao capelão as várias reações do doente. Por esta razão é muito importante que o capelão procure a enfermeira para cientificar-se da condição física e psicológica do paciente. c) O capelão deve guardar confidência daquilo que a enfermeira lhe relatou sobre o doente. d) O capelão deverá lembrar-se de que o tempo da enfermeira é sagrado (precioso), devendo por isso evitar perguntas fora da área da visitação. 4.3 - O ENCONTRO DO Capelão COM O PACIENTE Como dissemos anteriormente, a pessoa mais importante do hospital é o doente. Ele precisa sentir-se querido, amado, lembrado e considerado. - Ao entrar no quarto o capelão deverá cumprimentar o paciente sem, contudo lhe apertar a mão, a não ser que o paciente estenda a sua. - O capelão deve colocar-se numa posição de modo que o paciente possa vê-lo sem muito esforço. - Nunca se sentar na cama do paciente, evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por ele. - Evitar visitas na hora das refeições e repouso. - As visitas não devem ser muito longas. Muitas vezes as melhores visitas são as mais curtas. Entretanto, o visitador não deve demonstrar que está apressado. - Não fazer muitas perguntas na primeira visita. Outras informações poderão ser colhidas na próxima visita. O paciente se cansa com muita facilidade. - Evitar interjeições, discussões, polémicas, notícias tristes e alarmantes. O capelão deve evitar semblante de compaixão (pena). - Lembrar sempre que o doente é muito sensível a perfumes, luz, cores vivas, sons - Nunca se mostrar insultado ou irritado com o doente, como também não falar de si mesmo, nem de seus problemas. - Nunca demonstrar que está cansado, preocupado ou sentindo algum mal estar, pois o doente ficar preocupado com aquilo que poderá acontecer. - Não levar jornal para o quarto do doente, pois será ser um veículo de contaminação. - Não dar água nem alimento ao doente sem falar com o médico ou com a enfermeira - Não entrar no quarto do doente quando a porta estiver fechada. - Guardar segredo das confidências feitas pelo paciente. - Não tagarelar com o doente. A visita deve ter um propósito: CONSOLO, CONFORTO PARA QUEM SOFRE. Muitas vezes a tentação de "pregar" e apresentar o seu discurso, faz com que muitos esqueçam que estão em um hospital, desvirtuando assim todo o propósito da visita. 4.4 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CAPELANIA CRISTÃ HOSPITALAR a) Não catequize - converse assunto de interesse do paciente. b) Peça orientação à enfermeira de como poderá ajudar o paciente; seguir o princípio de urgência. c) Informe-se a respeito do estado do paciente. d) Não demore muito na visita. e) Não demonstre alarme (espanto) na voz ou na face. f) Não tenha pena do paciente. g) Lembre-se de que o paciente tem profunda sensibilidade ao som e aos odores, h) Coloque-se numa posição em que o paciente possa vê-lo (a) livremente. i) Mostre seu interesse pelo paciente, sem exagero! j) Preste atenção à conversa do paciente para verificar suas preocupações.
  10. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 10 k) Não discuta assunto que necessite de grande concentração e esforço mental para acompanhar. I) Encoraje o paciente que achar que não ficará bom. Faça-o, porém com prudência. m) Não fale sobre assunto pavorosos. n) Nunca funcione como auxiliar de enfermaria, (nunca dê água, alimento ou qualquer outra coisa ao paciente), o) Nunca discuta a medicação do paciente. p) Mantenha os segredos profissionais, (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e de sua vida). q) Nunca comente nos corredores do hospital ou fora dele o tipo de conversa ou o encaminhamento de sua entrevista mantido com o paciente. r) A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado! s) Não cochiche! (paciente apresenta alto nível de desconfiança!). t) Visite no tempo apropriado. u) Aproveito a oportunidade como se fosse a única. O ministério ao enfermo no hospital deve ser completo, numa dose. ATITUDES DO PACIENTE A seguir, mencionaremos algumas atitudes características observadas no paciente recém - internado ou depois da internação. 1- O Recém Internado a) Temor do diagnóstico (seja grave, permanência no hospital). b) Preocupação em deixar o trabalho. c) Ao obter o diagnóstico, uma luta entre conformar-se e buscar saúde; temor que o tempo seja longo. d) Vontade de chorar. e) Desejo de contar a todos que se internou, porém não se quer contar o porquê, muito menos em público. f) Tristeza ao chegar, por temer sair em um caixão. g) Ansiedade de ver os parentes e avisar-lhes de sua situação. 2 - DEPOIS DA INTERNAÇÃO a) Emoção ao tomar posse da cama e o uniforme de enfermo; vários complexos. b) Adaptação a um horário de medicamentos, moléstias, dor (rotina hospitalar). c) As perguntas cansam (o porquê da internação). d) Ansiedade de deixar o mais rápido possível o hospital (considera uma prisão). e) Há preocupação pela morte. PENSA-SE EM DEUS f) Resignação por causa do desejo de restaurar a saúde, quando medicamentos e comidas são repetidos e desagradáveis ao paladar. g) Considera-se a enfermidade como sinónimo de castigo; alguns se resignam, aceitando que se faça a vontade de Deus. h) Há muita sensibilidade:
  11. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 11 i) Faz-se avaliação de caráter de todas as pessoas com quem se mantém contato. j) Fazem-se críticas. k) Preocupa-se com os parentes quando sai um morto. I) Preocupam-se com os que choram ou gemem. m) Há um desejo de realizar qualquer coisa - passear, ler, cantar, escrever, ajudar o (a) companheiro (a) de cama (se pode, claro!). O sofrimento os une mesmo sem serem amigos. 3 - MÉDICOS E ENFERMEIRAS a) Compartilham suas experiências, temores, vitórias. b) O bom ânimo deles estimula o sorriso como uma terapia. c) Os maus tratos desanimam a todos: desatenção, críticas, respostas "crespas", ironias, etc. d) O bom tratamento estimula. Dá segurança. 4 - COMPANHEIROS DE SALA (quarto, enfermaria) a) Pede-se mais ajuda à (ao) companheiro (a) que pode. b) Contam-se os temores, os detalhes da enfermidade que sofre e suas causas. c) Queixa-se das enfermeiras e médicos; algumas vezes verdade, outras, mentiras. d) Um se faz de valente, forte; que pode mais que os outros. e) Compartiiham-se experiências passadas em qualquer espera da vida. Os momentos vividos são valorizados. f) Há preocupações recíprocas; consolam-se ou animam-se. g) Compartilham problemas; dividem sentimentos e emoções positivas e negativas. 5 - PARENTES E AMIGOS a) A solidão leva à ansiedade de ver as pessoas mais queridas. b) Pensa-se que se não vêm é porque são falsos amigos ou não o consideram. c) Alguns parentes e amigos se emocionam ao ver pela primeira vez o internado (choram ou empalidecem, assustam- se); outros se resignam e consolam o paciente, dizendo que estão para aceitar a vontade de Deus. Outros se mostram alegres. d) Aos amigos e parentes contam as experiências de seu mundo. Uns trazem alegrias, outros tristezas, mais sofrimento. e) O paciente se preocupa com os parentes que são chamados e não aparecem. f) As visitas dos pacientes do lado (se são abertos) estimulam com seus cumprimentos e depois sua amizade. g) Há alegria pelos novos amigos. h) Compartilham com todos a alegria de sair.
  12. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 12 i) Promessa de visitar o (a) companheiro (a) que fica por mais tempo. j) Agradecimentos a todos que o assistiram. O QUE SIGNIFICA SABER ESCUTAR A Bíblia diz que há um tempo para todas as coisas, debaixo do céu, cada coisa tem sua hora; "... tempo de estar calado e tempo de falai" (1). A maioria das pessoas pensa que o ar deve estar cheio de som de suas vozes, porém a Palavra diz que o tempo de calar é igual ao tempo de falar. Os conselheiros de Israel necessitavam da capacidade de ouvir, de escutar. Jesus disse: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". Terrivelmente esta é a época em que ninguém escuta. A tónica da educação de hoje é que o aluno participe e se expresse. Isto nos leva a pensar que o falar é mais importante que o escutar. Naturalmente não é possível que um fale todo o tempo. Alguém tem de escutar. A maioria dos que falam não deseja dar informes ou na realidade comunicar-se, mas tão somente buscam um auditório. O Escutar pode ser caracterizado por distintos níveis. I. NÍVEL SUPERFICIAL - Nesse nível escutamos somente as palavras das outras pessoas. Não preocupamos avaliar ou compreendê-las. Poderíamos repeti-las se fosse necessário, porém nada mais (recado). II. O NÍVEL DA AVALIAÇÃO - Neste escutamos as palavras e logo avaliamos e talvez de alguma forma aceitamos ou rejeitamos. Ex: escutar o sermão aos domingos. O capelão pode escutar e avaliar o que disse um paciente e até fazer um diagnóstico de seu problema de maneira objetiva. Mas, cuidado para não "rotular". III. NÍVEL DE ESCUTAR ALÉM DAS PALAVRAS - Há poucas pessoas que chegam a escutar neste nível porque nele se escuta a pessoa em vez de escutar acerca dela. Isto é, compreender o que fica atrás das palavras. Já não se é mais "observador do balcão" e se avaliam as palavras. Neste nível escuta-se a pessoa como uma verdadeira pessoa, digna de ser ouvida. O que significa escutar além das palavras? (2). Jesus disse: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça"'. Naturalmente que uma pessoa não surda pode ouvir bem, porém Jesus explicou: "Se tem ouvidos para ouvir que escutem o verdadeiro sentido da palavra e o que a pessoa deseja dizer-lhe". a) Ouvir com simpatia - compreender a ideia expressada; os motivos de sua atitude. b) Escutar com paixão; interesse. c) Colocar-se no lugar do outro. d) Não se importar se o que ele disse é justo ou injusto; correto ou incorreto. Entrar em companheirismo emotivo com a pessoa. e) Significa ouvir além das perguntas. Estas podem estabelecer uma relação mais pessoal. A resposta não é tão importante. Ex: perguntas sobre algum livro, médico, horas, etc. Significa escutar o significado do silêncio (3). O silêncio como a palavra pode cobrir ou descobrir. A tentação é nos apressarmos em dizer algo. Parece terrível ficar 15 segundos sem dizer alguma coisa. f) Prestar verdadeira atenção. Escutar estimula o outro se comunicar. Indiferença inibe o outro se expressar com naturalidade. g) Escutar é ouvir abertamente - sem julgamento.
  13. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 13 BARREIRAS PARA ESCUTAR BEM a) Dificuldade na comunicação. b) Falta de percepção - falta de sensibilidade. c) Preocupação - pressa (olhar relógio). d) Escutar somente as palavras. e) Falta de paciência. f) Medo de uma relação íntima com outra pessoa. OBSERVAÇÕ ES: NEGATIVO: 1. Não faça sugestões. Infundir confiança muito cedo a alguém pode dar maus resultados. Ele não teve oportunidade de expressar seus sentimentos negativos. 2. Não vá a outro extremo de deixar o paciente falar demais sem a sua direção. 3. Não dê conselhos; na primeira oportunidade é quase impossível não fazê-lo. 4. Não "pregue". Até usar a Bíblia tem o seu tempo certo, (citar textos já prontos, um perigo!). POSITIVO: 1. Escutar mais que as verdades relatadas (veja: ouvir além das palavras). 2. Tenha interesse no paciente como uma pessoa. 3. Tenha uma fé que lhe dê força e estabilidade espiritual. 4. Os textos e as orações devem estar de acordo com a necessidade dele, não do que você acha. É possível aprender a escutar. Alguns têm maior dificuldade que outros. Escutar outra pessoa é aprender a escutar-nos a nós mesmo, reconhecer os desejos interiores, compreender nossos ideais; entender tanto alegrias supremas como grandes depressões. Todos somos movidos pela mesma esperança, medos e desejos dos que buscam um ouvido compreensivo. Há uma tentação de assumir uma atitude de superioridade ("sentar em lugar alto") e fingir que não temos de lutar com os mesmos problemas dos demais. O capelão (conselheiro) deve aceitar sua própria humanidade antes de procurar ajudar outros. Aquele que pode olhar no rosto do outro como se fosse o seu próprio rosto (identificação), naturalmente vai poder escutar bem o outro. Isto não significa dizer: "tive uma experiência igual..." "nossa história...". Porém como vamos compreender a outras pessoas se não aprendemos a enfrentar nossas próprias depressões, sentir o "sabor" delas, entendendo o seu verdadeiro significado? E que diremos da solidão, rancor ou ira, etc, etc. Muitas vezes não os reconhecemos ou nos negamos porque eles são cobertos por um sentimento de culpa por havermos experimentado. Tenho de admitir ou aceitar que naquele momento sou uma pessoa irada, deprimida, etc, como alguém (pessoa) que tem o direito de irar-se, entristecer-se.
  14. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 14 Então começamos escutando-nos a nós mesmos, descobrimos e aceitamos nossa humanidade. Além de escutar-nos podemos desenvolver a arte de escutar bem através da leitura, pela experiência da vida (mestra útil) e por fim participando da experiência de outras pessoas. É um falso conceito dizer que escutar é somente prestar atenção a outras pessoas. Escutar criativamente é mais do que dizer Uhm-hum!. Sentar e escutar de uma maneira passiva pode parecer ou ser interpretado como indiferença ou rechaço. Escutar de maneira responsiva significa interação entre duas pessoas. O PODER TERAPÊUTÍCO DO SABER OUVIR Nem sempre temos preparo adequado para ajudar uma pessoa com problemas sérios. No entanto, muitos pacientes se sentem aborrecidos, desanimados, medrosos, sozinhos, separados de seus familiares e necessitam de alguém com quem possam compartilhar seus sentimentos e assim encontrar uma solução. Muitas vezes as pessoas só precisam de alguém com quem possam desabafar, aliviando suas tensões, experimentando melhora do seu estado interior. Todos experimentamos isto falando com um amigo, nossos maridos ou esposas. Contudo há pessoas que não têm a ninguém com que possam compartilhar seus problemas. Por isso, bendito aquele que sabe como escutar! Isto é o que chamamos de terapia de apoio (4). Muitas vezes o paciente se assusta por causa da dor ou porque está sangrando; um outro paciente que falece no mesmo quarto. Pode ser que ele deseje falar do que passou na enfermaria, no seu quarto, etc... Deixe-o falar e recontar "tudo", fará bem a ele. Em meio à conversa pode-se identificar de maneira clara seus temores, dando oportunidade de ajudá-lo, orando objetivamente. SABER ESCUTAR 1. Elimina ou alivia a solidão. 2. Os problemas expressados muitas vezes desaparecem. 3. Às pessoas suprem a necessidade de desabafar-se. 4. A expressão de emoções agitadas faz que elas percam sua intensidade. 5. A confissão pode ser uma experiência significante do ponto de vista psicológico e, sobretudo, religioso porque ela purifica a mente, alivia a consciência, termina com o pretexto de solidão e abre caminho para que se possa ter uma experiência de fé em Cristo. Notas: 1 Ec 3.7 2 Mt 3.9 3 Jó 2.13 4 Mt. 13.16 EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS 1. Leitura do livro de Jó (caps. 1-17) 2. Que necessidade Jó expressa verbalmente?_______________________________ 3. Que tipo de ajuda foi prestada?
  15. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 15 4. Você faria uma oração que expressasse as necessidades dele a Deus? 5. Você compartilharia as Escrituras com ele? 6. Que textos(s)? 7. Quando você está com medo ou necessita de auxílio o que mais o ajuda? 8. Quando você enfrenta problemas, seus sentimentos para com Deus são alterados? 9. Quando você tem lidado com sentimentos de: ira, mágoa, rancor, solidão, culpa, etc? 10. Será que não os tem? 11. Se você estivesse hospitalizado, que tipo de ajuda gostaria de receber? 12. Faça uma lista das suas passagens prediletas. As enfermidades também assumem aspectos diferentes segundo a idade de cada pessoa. CRIANÇA Para a criança é penoso adoecer porque ela não compreende as implicações da enfermidade. Que fazer? Tratar com naturalidade. Neste caso, os pais ou familiares mais próximos são os que mais precisam de assistência espiritual em virtude do cansaço, do abatimento físico, emocional. Uma palavra de ânimo, conforto e consolação, mas sobretudo uma mensagem de fé e esperança no Senhor, será oportuna. Lembrar lhe que Jesus ama as crianças e que devem deixá-las aos cuidados do Senhor. ADOLESCENTES - JOVENS O jovem é o ser humano que mais ama a vida. A enfermidade para ele é essencialmente traumática porque é contra o que ele espera da vida. Na maioria das vezes; vamos encontrá-lo revoltado, dificultando o diálogo. Faz-se necessária uma atitude de muita compreensão e também muita habilidade. O mais recomendável é ajudá-lo a expressar os sentimentos negativos (todos) sem julgamento e encarar a realidade de sua doença de maneira positiva (2). ADULTOS O medo de invalidez é bastante acentuado e isto causa desânimo, depressão. Isto está relacionado com as perdas. Perda de oportunidade, de um emprego, posição liberdade e inclusive bens. Medo de "depender". Confiança em Deus é o remédio. Fazê-lo entender que Deus está vivo e que tem o controle de tudo, pode dar esperança e coragem para enfrentar todos os acontecimentos da vida. Ele supre todas as nossas necessidades (3). VELHICE A doença na velhice é problemática; significa além da mudança de status, função, etc, dependência. Enfermidade na velhice é igual à solidão, intensificada pelas fraquezas da idade e a debilidade da própria doença. Ensinar que o amor e cuidado de Deus por seu povo não diminuem com o tempo ou passar dos anos (4). Notas: 1 - LC.18.1 5-17 2 - Ml. 3.2,7 3- SI.24; Fl.4.19 4- ls.46.4 CASOS ESPECIAIS 1 - PERDA: Por acidentes, cirurgias, etc. O paciente normalmente passa por estado de choque, expressado por negação da realidade ou por emoções como choro, depressão, solidão. Ajude-o a reformular sua auto-imagem, reconhecendo o seu valor diante de Deus (ser íntegro) (1). Para o paciente nessas circunstâncias pode ser muito
  16. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 16 difícil perceber o amor de Deus e entender a Sua vontade. Citar textos bíblicos já decorados como: "... todas as coisas contribuem..." (Ro 8.28); frases como: "é a vontade de Deus", etc, em geral não ajuda, pelo contrário c"f" aumentar sua revolta, e baixar a auto-estima. Atitude de compreensão é a base para esses casos. II - PACIENTE CARDÍACO 1. Características gerais: a) Dor (incontrolada). b) Ansiedade em face à morte (preocupação com a família, etc). c) Medo (esconde a possibilidade de recuperação). d) Depressão - desencorajamento. e) Perda da auto-estima ("eu não tenho valor; sou um inválido") - inválido para o resto da vida. (vida sedentária; monótona). 2. Papel do capelão; recuperar a auto-estima: do paciente (muitas vezes inacessível, trancado). É necessário visitá- lo diariamente. III - PACIENTE DE CÂNCER É um paciente por demais dependente. Depende de tudo e de todos. Voltado para si mesmo, é sempre movido de autocompaixão. É individualista. Consciente ou inconscientemente alimenta o sentimento de culpa: ("estou sendo castigado" "o que eu fiz?". "Por que isto aconteceu comigo?" etc.) É facilmente tomado pela depressão, pensa muito na morte. Teme cirurgia que possa mutilar um de seus membros ou partes do seu corpo. Normalmente tem dificuldade de relacionar-se com o pessoal responsável pelo cuidados médicos. Acha que está abandonado e em consequência disto se revolta contra tudo e contra todos. Suas emoções mais comuns: 1. Medo (vários aspectos) 2. Culpa 3. Sentimento de rejeição - inferioridade 4. Negação da realidade. COMO AJUDÁ-LO: 1. Considerando-o como um caso especial. Necessita de afeto. 2. Ajudá-lo a restaurar suas relações humanas. 3. Encorajá-lo a expressar os seus sentimentos, especialmente os de ira, revolta. 4. Ajudá-lo a reconciliar com o mundo em que vive. 5. Ajudá-lo a se confiar na medicina. 6. Incentivá-lo a tornar-se independente. 7. Visitá-lo com frequência, demonstrando real interesse por ele.
  17. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 17 8. Fazê-lo reconhecer suas reais necessidades de reconciliação com Deus através de Cristo. IV-PACIENTE EM U.T.I Normalmente paciente grave, fragilizado, inseguro, angustiado. Sente muita solidão em virtude do isolamento de tudo e de todos. Horário de visita é restrito. Na maioria das vezes o contato é apenas auditivo. Ouve-se de outros pacientes: queixas, gemidos, etc; mistérios (biombo, separação). Espaço reduzido - tira a visão normal do paciente; relação com o mundo exterior é completamente cortada. A ausência da família é muito sentida. Também a ausência de um médico com vínculo responsável. O maior incómodo é ter necessidades fisiológicas em "comadres"; perda da posse do corpo e da identidade (regressão adaptativa). Raros são os médicos que pedem autorização do paciente (sondas, banhos, etc, etc.) especialmente mulheres e pacientes idosos. Há dificuldade em dormir, luz acesa todo o tempo. Perda da noção do tempo. Contato íntimo com a morte - proximidade, ("se eu ficar bonzinho..." "Por que?" "o que eu fiz a Deus?") Enfim há uma grande agressão ao paciente (manipulação). Justificativa: não há tempo de explicar. COMO AGIR Tratar o paciente com muita compreensão. Procurar amenizar ou aliviar suas tensões com oração, palavras de esperança, sempre. Visitá-lo diariamente, se possível. V - PACIENTE EM ÉSPERA DE CIRURGIA OU AGUARDANDO DIAGNÓSTICO Nesta situação o paciente apresenta um certo grau de medo e ansiedade que muitas vezes se manifesta de forma não verbal. Exemplos: nervosidade - falar demais. Choro, afirmações ousadas como: "vou operar e não estou com medo. Confio em Deus. O que ele pensa: capelão espere dele essa atitude, então ele "antecipa" (naturalmente que há casos reais de confiança)." Sentimento de culpa também é constante. Nessas circunstâncias, admitir de maneira razoável sem piorar a situação. Para o medo oferecer a Fé. Para o sentimento de culpa: mensagem de esperança, do arrependimento, do perdão. Perdão completo: a) Horizontal - próximo b) Vertical - Deus c) Profundidade - Eu. VI - PACIENTE DE AIDS (AIDÉTICO) Desenvolver um trabalho de assistência ao aidético não é fácil. Quase sempre se experimenta uma angústia intensa pelas dificuldades encontradas: Medo do contágio Exposição ao perigo Morte iminente Confronto com a própria morte Moral Culpa A vida pode acabar a qualquer instante, pois o processo degenerativo é acelerado. O paciente de Aids não tem tempo de familiarizar-se com as várias etapas da morte. Além disso o seu isolamento é prolongado; é como se fosse um "morrer antes da hora". Há um estima morrer indigno, (vergonha, degeneração física, total isolamento). Condenação total. SOBRE OS CULTOS 1) Devem ser bastante simples de modo que seja agradável participar deles.
  18. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 18 2) A mensagem deve ser breve e objetiva, com duração de dez (10) a quinze (15) minutos, no máximo. 3) O capelão deve ter uma visão ampla do reino de Deus. O ministério no hospital não é oportunidade parta angariar mais adeptos para sua Igreja ou denominação mas "abrir o coração para as verdades sublimes do evangelho". 4) O culto em hospital tem suas características peculiares. Alguns incorrem no erro gravíssimo de apresentarem a "liturgia comum" de suas comunidades eclesiásticas. Outros pregam como se estivessem numa grande praça pública ou num "palanque armado". São tão impessoais! A voz tão ensaiada, artificial, que chegam a gritar. Esquece-se de que o enfermo é muito sensível especialmente a "sons". O "sermão" deve ter um bom propósito (é essencial). Não é necessário dizer alguma coisa, mas ter uma mensagem a entregar. Mensagem que sai da Palavra de Deus. Deve terminar sempre com ponto positivo. Exemplo: Pecado (culpa) - apresentar Cristo como Salvador. Cristo está interessado. Ele quer salvar o pecador. Falar (relatar) da vida de alegria quando se aceita Cristo. QUANTO AOS TEMAS DAS MENSAGENS A enfermidade, na maioria das vezes, é uma dura experiência. Além do sofrimento físico, o enfermo enfrenta o sofrimento moral. Os sentimentos de culpa, fracasso, decepção, medo constante da morte parece tomar conta de todo o seu ser. Por essa razão, temas que se refiram a julgamento, morte, condenação eterna devem ser evitados. Entretanto, mensagens que falem do amor de Deus, de sua presença constante (fidelidade), que incentivam uma fé cristã genuína e que estabeleçam um relacionamento adequado entre o paciente e Deus, é o que se recomenda. Enfim, mensagens de esperança que levem ao arrependimento, confissão e perdão, lembrar-se sempre que o culto deve constituir uma oportunidade de salvação para aqueles que assim desejarem, e ocasião própria para consolar e confortar os que sofrem. As músicas devem obedecer a critérios semelhantes aos dos cultos. É preferível que se cantem hinos de fácil aprendizado (simples, objetivos) que tenham uma mensagem, sem complicação; produzam efeito realmente terapêutico. Portanto, o equilíbrio é imprescindível. Se possível, prepare cópias e distribua entre os pacientes mesmo nas enfermarias (ortopedia), facilita o seu trabalho (maior participação) e produz efeitos terapêuticos surpreendentes. Experimente ensiná-los a cantar, louvando a Deus e veja o que acontece! OBS: As mensagens apresentadas nas enfermarias não devem ultrapassar (7) (sete minutos) PACIENTE À MORTE (Pacientes Terminais) Assim como o nascimento, a morte é experiência universal. São eventos naturais, faz parte da vida. Nascimento x Morte (Alegria) (Tristeza) (1) É dito que a "meta da vida é a morte". A Bíblia fala que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez”. "0 salário do pecado é a morte' (2).Mas a Bíblia também fala que a morte não é fim de vida, mas início de uma vida plena para aqueles que crêem em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta mesma vida (pois não perde a identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação (3). Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de Deus anima o cristão a suplantar as barreiras - Há certeza de ressurreição (4). Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a ideia de morrer espanta. Jesus ensinou várias vezes aos seus discípulos a respeito de sua morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes, havia feito a
  19. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 19 maravilhosa confissão - "Tu és o Cristo..." Jesus Cristo o Messias, e espanta-se diante da ideia que o seu Mestre tenha de morrer (5). Como todos nós, Pedro sentia medo diante da morte. Qual deve ser a nossa Atitude? Encará-la como realidade desta vida. Compreendê-la, aceitá-la. Negando-a estaremos negando a nossa própria finitude, a nossa própria humanidade. No passado, a morte era um acontecimento público de que participavam familiares e amigos. O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto se fazia necessário para que pudesse tomar todas as providências em relação à sua vida e a de seus familiares. Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da tecnologia a morte tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família, dos amigos. É proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não acontece nas casa (lares) foi transferida para hospitais. Porém estes não estão preparados para lidar com ela. O desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico contribuem para que a visão da integridade humana (homem como um todo) se perca, tratando-se de doenças e não de doentes. A tónica é lidar com a vida, com doenças, com a cura. E é praticamente impossível prever a morte ou quanto alguém com uma doença dita incurável vai viver, gerando "onipotência" de se pensar que a morte foi banida. Contudo, quando ela ocorre, há uma sensação de fracasso como se deixasse de fazer algo adequadamente. Morrer tornou-se complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano (barulho, sondas, luz, vozes). O paciente à morte ou gravemente enfermo geralmente é tratado como alguém sem direito de escolha, de opinião. Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc). Esquece-se de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e sobretudo o direito de ser ouvido. Diante dessa realidade, qual o papei da religião ou que ajuda podemos prestar àqueles que já estão passando por essa etapa da vida? 1) Refletindo sobre a nossa própria morte, entendendo a razão de ser do sofrimento (seu significado). 2) Transmitir esperança e dar sentido às experiências dolorosas desta vida, tornando-a mais humana. A psiquiatra Elisabeth Kubler Ross, no seu livro "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as etapas pelas quais as pessoas passam antes de morrer. Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente. Ela as descreve em cinco estágios: 1 - NEGAÇÃO É a primeira reação de um paciente ao saber do diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença fatal (incurável). A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes; Assim como o nascimento, a morte é experiência universal. São eventos naturais, faz parte da vida. Nascimento x Morte (Alegria) (Tristeza) (1) É dito que a "meta da vida é a morte". A Bíblia fala que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez”)."0 salário do pecado é a morte' (2). Mas a Bíblia também fala que a morte não é fim de vida, mas início de uma vida plena para aqueles que crêem em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta mesma vida (pois não perde a identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação (3). Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de Deus anima o cristão a suplantar as barreiras - Há certeza de ressurreição (4). Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a ideia de morrer espanta. Jesus ensinou várias vezes aos seus discípulos a respeito de sua morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes, havia feito a maravilhosa confissão - "Tu és o Cristo..." Jesus Cristo o Messias, e espanta-se diante da ideia que o seu Mestre tenha de morrer
  20. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 20 (5). Como todos nós, Pedro sentia medo diante da morte. Qual deve ser a nossa Atitude? Encará-la como realidade desta vida. Compreendê-la, aceitá-la. Negando-a estaremos negando a nossa própria finitude, a nossa própria humanidade. No passado, a morte era um acontecimento público de que participavam familiares e amigos. O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto se fazia necessário para que pudesse tomar todas as providências em relação à sua vida e a de seus familiares. Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da tecnologia a morte tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família, dos amigos. É proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não acontece nas casa (lares) foi transferida para hospitais. Porém estes não estão preparados para lidar com ela. O desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico contribuem para que a visão da integridade humana (homem como um todo) se perca, tratando-se de doenças e não de doentes. A tónica é lidar com a vida, com doenças, com a cura. E é praticamente impossível prever a morte ou quanto alguém com uma doença dita incurável vai viver, gerando "onipotência" de se pensar que a morte foi banida. Contudo, quando ela ocorre, há uma sensação de fracasso como se deixasse de fazer algo adequadamente. Morrer tornou-se complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano (barulho, sondas, luz, vozes). 0 paciente à morte ou gravemente enfermo geralmente é tratado como alguém sem direito de escolha, de opinião. Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc). Esquece-se de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e sobretudo o direito de ser ouvido. Diante dessa realidade, qual o papei da religião ou que ajuda podemos prestar àqueles que já estão passando por essa etapa da vida? 3) Refletindo sobre a nossa própria morte, entendendo a razão de ser do sofrimento (seu significado). 4) Transmitir esperança e dar sentido às experiências dolorosas desta vida, tornando-a mais humana. A psiquiatra Elisabeth Kubler Ross, no seu livro "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as etapas pelas quais as pessoas passam antes de morrer. Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente. Ela as descreve em cinco estágios: 1 - NEGAÇÃO É a primeira reação de um paciente ao saber do diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença fatal (incurável). A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes; E uma forma saudável de lidar com a situação difícil, dolorosa (amortecedor de angústia). Normalmente a negação é uma defesa temporária. É usada por quase todos os pacientes ou nos primeiros estágios da doença ou logo após a constatação; alguns adotam a negação durante a maior parte de sua vida. Esse mecanismo de defesa é também usado pela família (mais difícil) e pelo próprio médico. O médico nega para negar sua própria angústia que traz a tona a angústia da própria morte. Sua "onipotência" é ameaçada. Neste período os pacientes costumam trocar de médicos ou achar que houve engano nos seus exames. Expressões como: "Não, não ser comigo! Não, eu não, etc." são muito comuns. Ele pode falar sobre coisas importantes para sua vida; pode até falar acerca da morte ou da vida após a morte de maneira. Surpreendente, fantástica. Neste ponto precisamos de muita habilidade para entender as dicas que o paciente está dando. É o momento que ele prefere voltar-se para coisas mais alegres e felizes. Permitir que ele sonhe, mesmo que a nosso ver algumas situações sejam pouco prováveis ou de remota realização. Ser um ouvinte sensível, deixar que o paciente faça uso de suas defesas sem se conscientizar de suas contradições. Embora a negação seja uma defesa temporária, durante certos momentos o paciente volta a utilizá-la porque não é possível encarar a morte de frente durante todo o tempo. II - RAIVA O segundo estágio é o da raiva. Quando não é mais possível manter a negação, ela é substituída por sentimentos de raiva, (agressividade), de revolta, de inveja, de ressentimento. "Por que eu?".
  21. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 21 Talvez este seja o estágio mais difícil para lidar; tanto do ponto de vista da família como do pessoal do hospital. Essa raiva se prolonga em todas as direções. Os doentes reclamam de tudo e de todos: "médicos não prestam"; "são incompetentes". Na maioria das vezes as enfermeiras são alvo constante dessa raiva. As visitas dos familiares são recebidas sem entusiasmo. A reação deles é de choro, pesar, culpa e humilhação; alguns evitam visitas, aumentando a mágoa e a raiva do paciente. Estas reações estão a declarar: "não esqueçam que estou vivo!". " Vocês podem ouvir minha voz, ainda não morri!". Atitudes de compreensão, atenção e carinho devem ser dispensadas, ajudando o paciente a lidar melhor com a sua raiva. Infelizmente, nem sempre isto acontece; enfermeiros e familiares retribuem com uma raiva ainda maior, alimentando o comportamento hostil do paciente, a sua revolta contra Deus e as pessoas. III - BARGANHA Este é o terceiro estágio, possivelmente o menos conhecido, mas útil ao paciente; "primeiro exigem, depois pedem por favor". A barganha, é uma tentativa de alimento. São mantidas geralmente em segredo e são feitas a Deus. (Maior consagração; promessas de doar parte de seu corpo para benefício de ciência e outros; o que alguns chamam "dividas coma vida"). As promessas podem estar associadas a uma culpa escondida. É importante que estes aspectos sejam considerados e que se procure descobrir qual o motivo da culpa, aliviando-o dos seus temores. IV-DEPRESSÃO Quando o paciente não pode mais negar sua doença, pois apesar do tratamento não acontecem melhoras, ao contrário está mais debilitado, ele entra em depressão. A autora Elisabeth K. Ross fala da depressão sob dois aspectos: Depressão reativa - causada pelo desconforto da doença ou consequência do tratamento (perda). Depressão preparatória - é um instrumento na preparação da perda iminente de todos os objetos amados. Ela facilita a aceitação. Neste caso não convém animar o paciente para olhar o lado alegre, risonho da vida. Dizer-lhe para não ficar triste não ajuda em nada. O paciente está preste a perde tudo e todos a quem ama. Deixar que ele exteriorize seu pesar faz com que aceite mais facilmente sua situação. Fase quase terminal. Nossa atitude deve ser de muita compreensão. Há pouca ou nenhuma necessidade de palavras. A presença e contato físico são muito importantes. Podem ser expressos por um "sentar se ao lado" silencioso; um toque carinhoso de mão, afago nos cabelos. Este é o momento de orar e apresentar a mensagem de esperança, nova vida com Cristo. Nem sempre se entende que este tipo de depressão é benefício e permite que o paciente morra em um estágio de aceitação e paz. Muitos tentam animá-lo, retardando a sua preparação emocional, causando-lhe mais tristeza e angústia por se ver forçado a lutar pela vida, quando estava pronto a se preparar para a morte. V - ACEITAÇÃO Se o paciente tiver o tempo necessário (não ter morte súbita ou inesperada) e tiver recebido alguma ajuda, poderá atingir em estágio em que não mais sentirá raiva ou depressão quanto a seu "destino". Estará bastante fraco e cansado, mas é provável que já tenha externado seus sentimentos de inveja pelos vivos e sadios e sua raiva por aqueles que não são obrigados a enfrentar a morte tão cedo. Nesta fase ele vai cochilar bastante, dormir com frequência.
  22. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 22 Não é um sonho de fuga. À medida que ele, às vésperas da morte, encontra uma certa paz e aceitação, seu círculo de interesse diminui. Deseja que o deixem só, ou pelo menos que não o perturbem com notícias do mundo exterior. Os visitantes quase sempre são indesejados e o paciente já não sente vontade de conversar com eles. É provável que só segure nossa mão num pedido velado que fiquemos em silêncio. Para quem não se perturba diante de quem está para morrer, estes momentos de silêncio podem encerrar as comunicações mais significativas. Há alguns pacientes que lutam até o fim, que se debatem e se agarram à esperança, tornando impossível atingir este estágio de aceitação. Quando deixam de iutar, a luta acaba. "Quando mais se debatem para driblar a morte inevitável, quanto mais tentam negá-la, mais difícil será alcançar o estágio final de aceitação, paz e dignidade". O ministério (trabalho) com paciente terminal requer uma certa maturidade que só vem com a experiência. É necessário um auto-exame da nossa posição diante da morte e do morrer para podermos sentar tranquilos e sem ansiedade ao lado de um paciente terminal. Finalmente,"... cuida dele (cuida deste homem)..." Lucas 10.25-37. 1) Indo ao encontro dele. 2) Identificando-te com ele e seu sofrimento. 3) Tratando-o com dignidade. 4) Respeitando-o. 5) Aceitando-o, amando-o para que ele também conheça o amor de Cristo derramado no teu coração. "Então dirá o Rei... vinde, benditos de meu Pai... Porque estive enfermo e visitastes-me". "Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mateus 25.34-40 Curso de Capelania Evangélica MÓDULO III CAPELANIA EVANGÉLICA "ÊNFASE PRISIONAL" (Hb. 13.3 - Ef. 6.20). CONCEITUAÇÃO DO VISITADOR PRISIONAL Texto Bíblico: Hebreus 13.3 Assunto: Visitador Prisional Introdução Visitador Prisional é aquele que vai visitar o preso: orar, ouvir, ministrar. Esta é uma das áreas da Capelania Evangélica que consiste em assistir - prestar auxílio, ajudar o preso espiritualmente. Vejamos sobre os significados gerais de visitador prisional. 1o. Aquele que está com o preso. 2°. Aquele que ora com o preso.
  23. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 23 3o. Aquele que ministra ao preso. Visitador Prisional é ovelha; está à direita de Jesus - Mateus 25.33. O PODER DA ORAÇÃO NA VIDA DO VISITADOR PRISIONAL Texto Bíblico: 2 Crónicas 7; Mateus 7.7; Lucas 11.9-13 Assunto: O Poder da Oração Introdução A Bíblia nos revela o Poder da Oração. Vejamos duas observâncias importantes sobre a Oração e 7 fatos a considerar. 1o - Como a oração deve ser feita 2o - O conteúdo da oração Sete fatos a considerar: 1o. Abre o caminho 2o. A ajuda 3o. Alcance de objetivos 4o. Ato de criação 5o. Estilo de vida de Jesus 6o. Crescimento espiritual 7o. A alegria Assunto: ÉTICA DO VISITADOR PRISIONAL Ética é o ramo da Filosofia que tem por objetivo a moral. É o conjunto de princípios pelos quais o indivíduo deve pautar seu proceder no desempenho do seu ofício. Logo, a Ética do Visitador Prisional é o conjunto de regras relativo ao que é incorreto e correto relativo aos procedimentos do Visitador Prisional. E quando o Visitador Prisional Evangélico possui ética, (e isto deveria ser regra geral comum a todos os Visitadores Evangélicos), ele de forma inerente tem dignidade. A dignidade cristã é intimamente ligada à ética. Quando se tem ética, se tem Autoridade_ moral. Precisamos estar no nível da Autoridade que o Próprio Senhor Jesus nos dá, que é ter Ética, isto é, Dignidade Cristã. Vejamos do que se compõe esta dignidade: 1. VOCAÇÃO E o chamado de Deus para nós e temos a liberdade que o Senhor nos dá de escolhermos sermos visitadores com Ética Bíblica ou não. Com ética, inerentemente temos dignidade para suportarmos com Fé e Paciência (Hebreus 6.12). 2. A BONDADE DE DEUS Temos dignidade porque o Senhor é bom. A garantia da autoridade morai que possuímos porque é Ele que nos ensina e nos guia (Salmos 25.8; 32.8). Nós somos galhos da Videira Verdadeira (João 15.5). Conclusão Somente com Ética Bíblica temos Dignidade Cristã como chamados de Deus por sua bondade. Que o Nome do Senhor Jesus seja Exaltado em nós cada dia da nossa vida. O PRESÍDIO
  24. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 24 Texto Bíblico: João 16.33 Assunto: Entendendo o Estado de Aflição dos Presos A palavra grega thlipsis que é traduzida no verso lido significa pressão, opressão, estresse, angústia, tribulação, adversidade, espremer, esmagar, apertar, sofrimento, aflição. A palavra é usada para o esmagamento de uvas ou azeitonas em uma prensa. Esta é a situação dos presos que devemos visitar. Não obstante o que eles tenham feito, eles são alvo do amor de Deus e se amamos a Deus devemos visitá-los como se estivéssemos visitando Jesus porque foi assim que ele nos ensinou em Mt. 25.36. Entendamos sobre os presos e estejamos visitando-os, levando a eles o toque soberano de Deus que pode libertar suas almas de toda aflição porque esta é a vontade de Deus, como diz o Senhor Jesus: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". João 8.32 1º Os presos são opressos 2º Os presos são sofridos 3º Os presos são alvo do amor de Deus Conclusão O presídio é um grande campo missionário e com certeza faz parte da Seara citada pelo Senhor Jesus em Mateus 9.37,38 e Ele roga por nós, ou seja, intercede com insistência por cada visitador prisional evangélico. EVANGELISMO NO PRESÍDIO Introdução A Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas;que proclama em todo tempo que Jesus salva a todos que o aceitam. Saibamos sobre as 4 qualidades indispensáveis para a tarefa de Evangelismo no Presídio. Ser: 1o. Embaixador de Cristo - (2 Coríntios 5.20) 2o Cheio do Espírito Santo - (2 Tm 2.21; Jo. 16.18; Ef. 5.18; At.4.31) 3o Uma pessoa de Oração - (1 Ts 5.17) 4o-. Uma pessoa consagrada a Deus - (Fp. 1.21). E o que se deve saber para Evangelizar nos Presídios? • Conhecer a Bíblia e saber usá-la (At 8.35; SI. 119.105; II Tm. 2.15) • Manter leituras constantes da Bíblia (I Tm. 4.13) • Conhecer a vida das pessoas e suas desculpas (Jo. 4.16-18) (geralmente as pessoas tentam escapar com as mais diversas artimanhas) • Preparar-nos para enfrentar os contra-ataques dos religiosos (Mt. 24.5,11; I Tm. 4.11; II Tm. 4.3,4). Conclusão O Evangelismo nos Presídios consiste em características qualitativas e sábias originadas do próprio Deus, MINISTRAÇÕES - CAPELANIA EVANGÉLICA "ÊNFASE PRISIONAL" • Seguir os procedimentos, normas e rotinas. • Conhecer os tipos de situações e realidades prisionais • Estar por dentro do relacionamento com os profissionais prisionais
  25. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 25 • Saber ministrar o culto no presídio Introdução Precisamos entender os tipos de situações e das realidades prisionais. Em consequência disto, as normas são passíveis de adaptações às vezes até de improvisos e isto exige inspiração para a própria ocasião. Então, vejamos sobre duas correlações dos tópicos deste resumo: 1a- CORRELAÇÃO: RELACIONAMENTOS "Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor". Filipenses 4.5. Para que o Visitador Prisional tenha os relacionamentos adequados no Presídio. Observemos a orientação do apóstolo Paulo: MODERAÇÃO. Isto é qualidade de evitar exageros. Procedimentos: sem exageros Normas e Rotinas: com flexibilidade Cultos no Presídio: com sabedoria (Culto Racional - Romanos 12.1) 2a CORRELAÇÃO: CARÁTER "E conhecereis o seu caráter provado". Filipenses 2.22 As qualidades só são boas quando provadas e aprovadas. As qualidades do Visitador devem ser: Fé; Ética; Compromisso; Dedicação; Excelência; Amor; Espírito Voluntário. Conclusão Duas bases para o Visitador Prisional: Relacionamentos com Moderação e Caráter Provado. Curso de Capelania Evangélica Módulos IV CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL Introdução Há uma importância Evangélica Bíblica de dar assistência aos que estão com fome, nus, conforme escrito em Mateus 25.35,36. É ordem do Senhor Jesus; aperfeiçoa a fé conforme está escrito em Tiago 2.22. Capelania de Assistência em Ação Social com Fundamentação Bíblica ♦ Provérbios 22.6 - A responsabilidade do Assistente de Ação Social de ensinar. ♦ Mateus 25.35 - Levar para os asilos, creches não apenas o material como alguns fazem mas principalmente AMOR e a ÁGUA DA VIDA pois assim os visitados por nós não mais serão carentes mas filhos de Deus tornando cada um cheio da glória do poder de Deus. ♦ Mateus 28.19-20 - Estamos com a responsabilidade de lembrar daqueles que são esquecidos pela sociedade. ♦ Mateus 16.18 - As portas do inferno não podem prevalecer contra nós.
  26. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 26 ♦ Isaías 61.1-3 - Façamos um ano sabático na vida dos visitados, libertando-os e transformando-os em carvalhos de justiça. O serviço de Capelania Evangélica na área de Assistência de Ação Social deve produzir UNIDADE nas denominações evangélicas pois prioriza os valores bíblicos que são comuns em todas, João 17.23. Espírito Voluntário é essencial para o Capelão Evangélico de Assistência em Ação Social 1. Espírito Voluntário é ter humildade - Mateus 18.4 2. Espírito Voluntário é ter a motivação certa. 1. SOCORRER COM VISITAS 2. SOCORRER COM ORAÇÃO 3. SOCORRER COM AMPARO Comunicação Bíblica Capelania de Assistência de Ação Social é comunicar com aqueles que estão nos asilos, nos orfanatos, na mendicância. É comunicar com os favelados e com aqueles que se abrigam nas calçadas ou debaixo das pontes. Comunicar significa participar; transmitir. Comunicar é Participar Em Filipenses 3.10 Paulo diz sobre a comunicação que havia das aflições de Cristo nele. Precisamos participar das dores daqueles que são nosso alvo na Assistência de Ação Social porque estes são alvos do Amor de Deus. Precisamos nos identificar com aqueles que sofrem como se fossemos nós mesmos. Lembre-se do 2S Mandamento dado pelo Senhor Jesus é "Amar nosso próximo como a nós mesmos"Mt.22.39. Comunicar é Transmitir Leia e 1 Tessalonicenses 2.8. Transmitir o Evangelho e a própria alma. Junto com a Bíblia precisamos transmitir nossa alma que é nosso sentimento e raciocínio. Precisamos ter apreço pelos que vamos atingir e precisamos de verdade valorizá-los. Precisamos ver neles o Propósito de Deus que é de restaurá-los; curá-los; que é dar a eles o verdadeiro sentido para a vida. Precisamos ver o potencial que todos eles têm, independente de como eles estejam no momento que os conhecemos. Há vários exemplos Bíblicos do encontro de Jesus com gente que talvez não consideraríamos gente mas que Ele amou nos dando exemplo de Capelania Evangélica com Assistência de Ação Social com os desprezados pelos religiosos inclusive. Renúncia Renúncia: deixar voluntariamente ao que se tem direito; recusar, rejeitar. Filipenses 2.7 - Nosso Senhor se esvaziou de si, renunciando a toda a sua honra, a todo o seu poder, e a toda a sua glória, para que através de um ato de capelania, pudesse atingir milhões de pessoas. Ao perder a sua vida, trouxe vida para outros. Mateus 20.28 - Servir é fonte para renúncia, porém o prémio é a coroa para todos aqueles que abrem mão de sua própria vida em favor de outros. Por isso nunca deveremos nos esquecer que em nós não há poder algum, pois todo poder emana de Deus Combater a separação entre a fé e as obras Tiago 1.22-27 Não posso ser meramente ouvinte ou espectador da Palavra de Deus, mas pleno trabalhador que apenas obedece e vive um evangelho prático. Esta prática está em manifestar o amor fraternal, a separação do sistema do mundo e do domínio da língua, este pequeno órgão, mas que pode ser mortal. Se reaimente você tiver fé e não tiver obra, estará de mão vazia diante de Deus. Está fé é como se estivesse enterrada em um sepulcro, não podemos fazer nada, ficando totalmente inútil no mundo físico como no espiritual. Tiago 2.1 A fé verdadeira é apresentada quando não temos acepção de pessoas, ou seja, agir sem qualquer parcialidade. Nisso se manifesta o amor de Cristo. Efésios 2.10 Você é imagem e semelhança de Cristo, para que como Ele, fizesse boas obras a com elas, andar em sua presença. HÁ UMA NECESSIDADE DE CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL Ne 5.1-19 Neemias estava envolvido com a restauração, reconstrução de Jerusalém. Havia adversários, havia muito serviço, mas havia também uma brecha, um problema social! "Um grande clamor" dos judeus contra seus próprios irmãos. POR QUE? 1. Estavam em grande pobreza, sem alimento básico para viver - v. 2 2. Estavam sem terras, sem vinhas, sem trabalho (terras hipotecadas para comprar o trigo) -v.3 3. Estavam endividados por pagarem tributos pelas terras hipotecadas - v.4
  27. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 27 4. Estavam sem herança e sem história - v.5 REFLEXÃO: Há entre nós muitos brasileiros que estão em grande clamor (Pv 21.13) > Sem alimento > Sem terras para plantar > Sem trabalho > Sem casa > Filhos escravizados pelas drogas, pela prostituição, pela ignorância, sem história (vivem embaixo das pontes e viadutos, casas, apartamentos, nas mansões) "Filhos tão bons quanto os nossos... nós somos da mesma carne como eles..." A DIMENSÃO SOCIAL DO REINO DE DEUS Há um Necessitado 1. Deus abomina a injustiça - Pv.22-16, 22,23 > Mensagem dos profetas > A igreja foi colocada na terra como sal e luz > A igreja tem uma responsabilidade social 2. Quatro tendências na Assistência Ação social > Assistência - um prato de sopa, creche, distribuição > Ensino - através de ensino de princípios > Participação - envolvimento da pessoa assistida > Transformação - quando o ambiente, a comunidade, o estilo de vida mudam (novo nascimento) A CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL É DIRIGIDA AO INDIVÍDUO E AO GRUPO Os desfavorecidos financeiramente falando, carregam um peso acentuado, pois enfrentam muitas dificuldades como todos os demais e ainda são muito pobres. > O evangelho é para os pobres - Lc.4.8 > Deus escolheu os que para o mundo são pobres para serem ricos em fé - Tg.2.5 > Sempre teremos pobres conosco - Mt.26.11 ALGUÉM OUVE O CLAMOR Iniciou-se uma Capelania de Ação Social Neemias ouve o clamor e as palavras dos seus irmãos. CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL - não é modismo, é uma ação movida pelo amor (1 Jo.3.16,17), em face de uma necessidade, ação esta, com propósitos bem definidos, de ensinar a guardar os princípios bíblicos e a transmiti-los a outros através de um estilo de vida transformado. Quando falamos de Capelania e Assistência de Ação Social, falamos de Educação Cristã, ou seja, Discipulado. CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL Passos Para A Ação Social 1. Antes de construir um sonho devemos renunciar a tudo quanto temos. (Lc. 14.28-33) 2. Ter convicção quanto à importância do poder do evangelho na transformação de vidas e da sociedade - somente cremos numa transformação quando existir o novo nascimento. 3. Orar - orar - orar. 4. Engajar no trabalho Capelânico. 5. Observar - conhecer a necessidade para não tratarmos apenas dos efeitos. Precisamos atacar as causas; Neemias foi direto na raiz do problema social de seu país - usura, os magistrados e os nobres a qualquer custo queriam se enriquecer... "Qualquer semelhança é mera coincidência" 6. Identificar-se, encarar - Jesus se identificou com o homem e daí veio a nossa redenção. Não se faz ação social pela TV, nem tão pouco nas mesas redondas. É preciso subir os morros, ir onde o indivíduo está, nas praias, nas cidades, nas igrejas, nos banquetes. Jesus passava pelas searas e sempre encontrava alguém que precisava dele. Quando nós (igreja) decidimos ouvir o clamor do necessitado de uma maneira efetiva e não de forma esporádica devemos responder: a) O QUE FAZER? b) POR QUE FAZER?
  28. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 28 c) COMO FAZER? d) QUANDO? e) COM QUEM? f) ONDE? g) COM QUE RECURSOS? Módulo V Curso de Capelania Evangélica Militar Capelania Militar Portaria nº 088, de 26 de Novembro de 1985 Normas para o Funcionamento do Serviço de Assistência Religiosa no Exército O Chefe do Departamento Geral do Pessoal, no uso das atribuições que lhe confere o item 3) do Art. 2º do Regulamento do Departamento-Geral do Pessoal (R-156), aprovado pelo Decreto nº 78.724, de 12 de novembro de 1976, modificado pelo Decreto nº 80.968, de 07 de dezembro de 1977 e o item a) do artigo 10 da Portaria Ministerial nº 1.348, de 21 de dezembro de 1981, RESOLVE: 1. Aprovar as NORMAS PARA O FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA NO EXÉRCITO, (SAREX) que com esta baixa. 2. Determinar que esta Portaria entre em vigor, na data de sua publicação. CAPÍTULO I Da Finalidade Art. 1º O Serviço de Assistência Religiosa do Exército (SAREX), subordinado ao Departamento-Geral do Pessoal (DGP), tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis em serviço nas Organizações Militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas no Exército. CAPÍTULO II Da Organização
  29. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 29 Art. 2º O SAREX é CONSTITUÍDO DE: a. CHEFIA; b. SUBCHEFIAS; c. CAPELANIAS MILITARES. Art. 3º A Chefia do SAREX é o órgão de direção do Serviço de Assistência Religiosa do Exército, diretamente subordinada ao Departamento-Geral do Pessoal. Art. 4º As Subchefias de Assistência Religiosa são Órgãos de Coordenação das Atividades do SAREX nos Comandos de Exército e Militar de Área. Art. 5º As Capelanias Militares são Órgãos de Execução das Atividades de Serviço de: Assistências Religiosas do Exército, sendo constituídas em Guarnições Militares designadas pelo Departamento- Geral do Pessoal (DGP), atendendo a propostas dos Comandantes de Exército e Militar de Área. Parágrafo único. No ato de criação de Capelania Militar, o DGP especificará a OM a que ficará subordinada a sua área de atuação, enumerando todas as Guarnições que serão assistidas pela mesma. Art. 6º Os Capelães Militares, em qualquer cargo ou função, ficarão subordinados aos Comandantes, Chefes ou Diretores das OM que integrarem, enquadrados pelos Chefes de Estado-Maior dos Grandes Comandos ou GU. CAPÍTULO III Das Atribuições Art. 7º SÃO ATRIBUIÇÕES DOS COMANDANTES, CHEFES OU DIRETORES DE OM: a) Supervisionar as atividades do Capelão junto aos elementos assistidos; b) Proporcionar aos órgãos do SAREX que atuam em sua OM, os meios necessários ao cumprimento de suas missões; c) Assegurar a operação dos demais setores. Art. 8º COMPETE AO CAPELÃO CHEFE: a) Exercer a direção geral da Assistência Religiosa do Exército, coordenando o Serviço e harmonizando a prática das diferentes religiões representadas no SAREX; b) Praticar atos administrativos, dentro dos limites de sua autoridade e propor ao Chefe do DGP aqueles que fugirem a sua competência; c) Assegurar a perfeita harmonia das atividades do SAREX, com os objetivos da Política de Pessoal em vigor; d) Ligar-se às autoridades religiosas no que for necessária a execução de suas atribuições, inclusive ao recrutamento de novos Capelães Militares; e) Elaborar estudos, planos, normas e instruções técnicas atinentes às atividades do SAREX;
  30. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 30 f) Realizar a coordenação técnica do SAREX, orientando e inspecionando as atividades das Subchefias e Capelanias Militares, a fim de que haja unidade de procedimentos; g) Apresentar ao Chefe do DGP a proposta de programa anual de trabalho do SAREX; h) Manter atualizados os dados estatísticos sobre o número de militares praticantes das diversas religiões; i) Redigir o "Boletim Informativo" como órgão oficioso do SAREX; j) Apresentar anualmente ao Chefe do DGP a proposta de viagens de inspeção as Subchefias de Assistência Religiosa e Capelanias, estágio de novos Capelães Militares, retiro anual dos Capelães, de forma que os órgãos de orçamento do Exército disponham em tempo útil dos dados para poder prever os recursos financeiros para a execução; l) Apresentar ao Chefe do DGP o relatório anual descritivo e numérico das atividades do SAREX; m) Manter um arquivo de documentos expedidos e recebidos, bem como atualizar fichários e mapas do SAREX; n) Propor ao Chefe do DGP as transferências de Capelães bem como qualquer alteração na estrutura do SAREX. Art. 9º COMPETE AO CAPELÃO SUBCHEFE: a) Propor ao Comandante de Exército ou Militar de Área, diretrizes para a execução dos serviços de Assistência Religiosa na sua respectiva área, de acordo com a orientação técnica da Chefia do SAREX b) Assessorar o Comandante do Exército ou Militar de Área na solução de problemas relacionados com a Assistência Religiosa na sua área de responsabilidade; c) Coordenar as atividades das Capelanias subordinadas; d) Propor ao Comandante de Exército ou Militar de Área, para aprovação, o plano anual de inspeção nas Capelanias subordinadas; e) Visitar suas Capelanias subordinadas e fazer relatórios descritivos das visitas efetuadas; f) Propor ao Comandante do Exército ou Militar de Área as Organizações Militares a serem atendidas pelas Capelanias Militares, atendendo as distâncias e meios de comunicação; g) Como as atividades de coordenação e inspeção das Capelanias subordinadas não esgotam toda a ação do Capelão Subchefe, o mesmo dividirá com seus Capelães subordinados atribuições específicas do Capelão junto à Tropa;
  31. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 31 h) Elaborar para a Chefia do SAREX, relatórios atinentes às suas atividades de Assistência Religiosa junto a tropa, bem como de suas viagens a serviço. Art. 10 COMPETE AO CAPELÃO MILITAR: a) Exercer as atividades de Assistência Religiosa e Espiritual e cooperar na orientação educacional e moral do pessoal das Unidades que lhe forem designadas; b) Colaborar na programação e na realização de atividades festivas; c) Prestar assistência aos presos e enfermos; d) Manter seus Chefes Militares e os do SAREX a par de suas atividades, de acordo com a orientação recebida dos mesmos; e) Sugerir as medidas que julgar necessárias para o melhor desempenho de suas atividades; f) ELABORAR RELATÓRIOS DESCRITIVOS DE TODAS AS VIAGENS A SERVIÇO, OBEDECENDO AOS SEGUINTES ITENS: 1º - Finalidade; 2º - Atividades Desenvolvidas; 3º - Observações; 4º - Sugestões; 5º - Conclusões. g) Elaborar relatórios descritivos semestrais de todas as atividades desenvolvidas na Guarnição sede da Capelania. Este relatório deve ser acompanhado do relatório numérico dos atos praticados durante o semestre; h) Remeter cópia dos relatórios elaborados, para a subchefia correspondente e para a Chefia do SAREX; i) Solicitar isso ao Comandante da Organização a que estiver subordinada, distribuição de sala própria que proporcione condições para o cumprimento de suas atribuições. 5 - Prescrições Diversas
  32. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 32 Art. 11 O Capelão Militar, em sua condição de não combatente, não será obrigado a usar arma. Art. 12 - O Capelão Militar não deverá ser designado para serviços alheios à sua função específica, particularmente aqueles relacionados com Relações Públicas, Inquérito Policial Militar e Sindicância. Art. 13 O Capelão Militar deverá passar o maior espaço de tempo possível com a Tropa. Art. 14 As presentes Normas entrarão em vigor na data de sua publicação. 6 PORTARIA N° 050 - EME, DE 03 DE JULHO DE 2002 Aprova as Diretrizes para a realização do Estágio de Instrução e adaptação para Capelães Militares O CHEFE DO ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da competência que lhe confere o art. 38, inciso I, do Decreto nº 3.182, de 23 de setembro de 1999 - Regulamento da Lei do Ensino no Exército e o que prescreve o inciso IX, do art. 3º da Portaria Ministerial nº 226, de 27 de abril de 1998 - Regulamento do Estado-Maior do Exército (R173), ouvidos o DGP e o DEP resolve: Art. 1º Aprovar as Diretrizes para a realização do Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães Militares. Art. 2º Revogar a Portaria nº 107/1ª SCh-EME, de 28 de outubro de 1991. Art. 3º Determinar que a presente Portaria entre em vigor na data de sua publicação. DIRETRIZES PARA A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO PARA CAPELÃES MILITARES 1. FINALIDADE Regular a realização do Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães Militares, a ser realizado pelos religiosos selecionados pelo DGP, de acordo com a legislação vigente. 2. REFERÊNCIAS a. Lei nº 6.923, de 29 de Junho de 1981 - Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. b. Portaria nº 211, de 3 de maio de 2001, do Comandante do Exército - Instruções Gerais para o Funcionamento do Serviço de Assistência Religiosa no Exército (IG 10- 50).
  33. UTEL – Universidade de Teologia Livre COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182- 9192 33 c. Portaria nº 101, de 26 de março de 2002, do Comandante do Exército - Altera o art. 12 das IG 10-50. 3. EXECUÇÃO a. Desenvolvimento O Estágio de Instrução e Adaptação constará de 3 (três) períodos: 1º Período (Período de Instrução Militar Geral) - realizado na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), com duração de 8 (oito) semanas; 2º Período (Período de Observação) - realizado na Escola de Sargentos das Armas (ESA), com duração de 4 (quatro) semanas; 3º Período (Período de Adaptação) - realizado na GU onde o Capelão será classificado após o Estágio, com duração de 20 semanas. b. Direção Em cada período, o Diretor do Estágio será um Oficial Superior das Armas, designado pelos Comandantes das Escolas ou GU onde estiver sendo desenvolvido o Estágio, assessorado por um Oficial Capelão designado pela Chefia do SAREX. c. Estagiários Sacerdotes e pastores, selecionados de acordo com as normas baixadas pelo DGP e a legislação vigente. d. Duração O Estágio terá a duração total de 32 (trinta e duas ) semanas. e. Regime de Trabalho O estagiário cumprirá o regime de trabalho da Organização Militar em que estiver sendo realizado o Estágio, de acordo com instruções específicas dos respectivos Comandantes. f. Objetivos do Estágio 1) 1º Período: a) habilitar o religioso ao desempenho de funções previstas para capelães militares, através de um Período de Instrução Militar; b) integrar o futuro Capelão Militar nas atividades do Corpo de Cadetes, através da observação das formaturas matinais, da participação em sala de aula de disciplinas afins à formação humanística dos estagiários e de visitas aos diversos cursos que estejam realizando exercícios de campanha; e
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