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1
Guia de Auto Avaliação - Pecuária
HORIZONTE RURAL
Guia de Auto Avaliação - Pecuária
HORIZONTE RURAL
Relatório de Análise Coletiva
76 Pecuaristas
Região Oeste da Bahia
Projeto Piloto, 2013Projeto Piloto, 2013
Programa
Horizonte Rural
2
SUMÁRIO
1. A Acrioeste .................................................................................................................................
2. Resumo Executivo .....................................................................................................................
3. Introdução .................................................................................................................................
4. Contextualização .....................................................................................................................
5. Justificativa .................................................................................................................................
6. Metas .................................................................................................................................
7. Objetivos .................................................................................................................................
8. Resultados do Diagnóstico ........................................................................................................
8.1 Desempenho do grupo por temas abordados ...........................................................................
9. Discussão .................................................................................................................................
10. Considerações Finais ........................................................................................................
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A ACRIOESTE – Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia – foi fundada em setembro
de 1994, tendo como missão representar os interesses dos pecuaristas da Região Oeste da Bahia.
É uma entidade sem fins lucrativos, sediada em Barreiras, estado da Bahia, atuando nesta região
através do desenvolvimento de atividades relacionadas à pecuária, tais como:
a. Exposições Agropecuárias Municipais;
b. Colaboração permanente com as autoridades para a erradicação da Febre Aftosa na região;
c. Participação efetiva no trabalho que resultou na liberação da Zona Tampão da Bahia;
d. Realização de mais de 45 Leilões de Bovinos, entre 1998 e 2013;
e. Parceria com o Banco do Nordeste, visando o desenvolvimento da pecuária regional;
f. Parcerias estabelecidas com entidades representativas da pecuária nacional, como a ABCZ,
a Associação de Gado Simental e Simbrasil, Pardo-Suíço, ABAC, ABCN, AIBA, entre outras;
g. Apoio no Projeto do Frigorífico Regional de Barreiras – FRIBARREIRAS;
h. Realização de 11 edições do Fórum de Pecuária Regional (2002 a 2012), além de diversas
palestras que tiveram como intuito levar ao pecuarista conhecimento sobre novas tecnologias,
tendências do mercado pecuário, perspectivas para a produção animal, modelos de sistemas de
produção, entre outros temas de relevância, visando mostrar meios de viabilizar a pecuária de
maneira sustentável no curto, médio e longo prazo.
1. A ACRIOESTE
4
A pecuária bovina de corte é a atividade que ocupa a maior extensão territorial no Brasil, de
modo que para cada 1 hectare utilizado pela agricultura existem aproximadamente de 3 hectares
destinados à pecuária de corte. No cenário internacional, a pecuária brasileira também se destaca,
sendo o país o segundo maior produtor e o maior exportador de carne bovina no mundo.
O Guia de Autoavaliação – Pecuária, cuja aplicação foi realizada entre os meses de janeiro e abril
de 2013, permitiu que se conhecesse melhor como a pecuária vem sendo desenvolvida na região
Oeste da Bahia, tanto quanto, gerou subsídios para uma avaliação imparcial e objetiva da pecuária
como modalidade de exploração econômica da terra.
É oportuno considerar que o Guia foi desenvolvido para auxiliar os pecuaristas a pensarem sobre
as práticas adotadas em suas propriedades e identificarem aquelas que precisam ser melhoradas
visando-se atender satisfatoriamente os mercados consumidores, tanto quanto, a legislação
vigente no país. Na prática, o Guia poderá servir como importante ferramenta para subsidiar
uma reflexão sobre os princípios e práticas adotadas na pecuária, visando ao aperfeiçoamento
constante na condução da atividade.
Enormes desafios foram identificados, dentre os quais destacam as questões relativas à própria
sobrevivência da pecuária como atividade econômica. Não obstante, existem gargalos em
praticamentetodosostemasavaliados,desdeaquelesrelativosàsquestõeseconômico-financeiras,
passando pela regulamentação fundiária, por aspectos da produção e pela legislação ambiental e
trabalhista. Ha necessidade de melhorias, em maior ou menor escala, na execução de práticas
gerenciais, na produção e no atendimento da legislação em vigor.
No que tange ao pilar econômico, as respostas dos pecuaristas revelaram um cenário de
dificuldadesnasquestõesrelativasaoplanejamentodasações,nagestãoeconômico-financeiradas
propriedades, problemas relacionados à falta de registros e apontamentos para fins de controles
gerenciais e de produção, tanto quanto, dificuldades financeiras propriamente ditas. A maioria
não gerencia de forma apropriada os recursos financeiros, não conhece o custo de produção
efetivo e não faz a análise de viabilidade do negócio ao longo do tempo. Nesse caso, para que a
atividade tenha sustentabilidade econômica, o produtor precisa se capacitar e se disciplinar para
fazer efetivamente a gestão rural. O gerenciamento, empírico e sem métodos específicos, deverá
dar lugar à definição de objetivos, metas e estratégias claras, suportadas por planos eficazes e
a adoção de um método sistemático de trabalho. Os dados também mostraram que a situação
fundiária é problemática, não garantindo estabilidade jurídica aos pecuaristas.
No pilar ambiental, os pontos prioritários para adequação estão relacionados à regularização da
reserva legal, áreas de preservação permanente e uso da água para o fornecimento aos animais.
Neste particular, a orientação precedida de treinamento e capacitação para os pecuaristas deverá
contribuir substancialmente para o avanço nestas questões.
No pilar social, foram identificados vários pontos que precisam ser avaliados e melhorados.
Percebeu-seclaramenteadificuldade nocumprimentodalegislaçãovigentee,consequentemente,
foi observado um significativo número de desconformidades. Para solucionar os problemas nesse
caso, serão necessárias ações visando à adequação dos sistemas de registro das horas trabalhadas
pelos funcionários, a melhoria dos procedimentos relativos à segurança dos trabalhadores. Faltam
locaisadequadosparaahigienepessoal.Muitospecuaristasnãooferecemostreinamentosexigidos
2. RESUMO EXECUTIVO
5
pela lei ou não registram a realização desses treinamentos. Parte significativa dos pecuaristas ainda
não investiu em um Programa de Prevenção de Riscos e Ambientais (PPRA) e em um Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Todas essas exigências legais demandam um
aprimoramento na gestão de recursos humanos e, eventualmente, a melhoria da infraestrutura
das propriedades. Não obstante, esse é um tema que merece apreço das lideranças do setor,
no sentido de que a legislação em vigor esteja adequada e seja condizente com a realidade da
pecuária brasileira.
Concluiu-se, como resultado desta primeira etapa de trabalho, que o pecuarista precisa de apoio,
orientação, treinamento e capacitação no intuito de adquirir conhecimento gerencial e técnico,
teremcontatoeacessoasnovastecnologiaeidentificarpráticasvisandoalcançarasustentabilidade
para garantir a sobrevivência e a viabilidade da atividade pecuária no curto, médio e longo prazo.
6
O relatório em questão visa apresentar o resultado da análise consolidada de dados informados
entre janeiro e março de 2013 por 76 pecuaristas que exploram a pecuária de corte na Região Oeste
da Bahia, a partir das respostas obtidas no Guia de Autoavaliação Pecuária composto por questões
relativas à estrutura fundiária, planejamento e gestão, finanças, aspectos produtivos, ambientais
e sociais nas propriedades. O referido Guia caracterizou a primeira etapa do projeto de apoio à
melhoria socioambiental de pecuaristas desenvolvido em parceria pela Fundação Solidaridad e a
ACRIOESTE (Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia) e também contemplou, além
desta análise coletiva, a elaboração dos relatórios individuais de recomendação. Cada pecuarista
participante do projeto receberá uma avaliação confidencial sobre a respectiva propriedade e
práticas, com sugestões visando nortear as ações para aprimorar os resultados da atividade no
que tange aos critérios de sustentabilidade. Os dados individuais dos fornecedores serão mantidos
anônimos pela Fundação Solidaridad.
Esta avaliação coletiva buscou:
• Caracterizar o desempenho individual e do grupo;
• Identificar as prioridades, os principais desafios e os pontos fortes por pilar da
sustentabilidade (econômico, social e ambiental) e por temas prioritários;
• Avaliar a situação do grupo, no caso dos temas críticos, em relação ao cumprimento da
legislação e aos padrões preliminares estabelecidos pelo GTPS e BPA (EMBRAPA).
É importante destacar que não se tratou de uma análise detalhada de conformidades e não
conformidades resultantes de uma auditoria, mas de um diagnóstico baseado nas declarações dos
pecuaristas.
De acordo com o número de respostas positivas ou negativas, o desempenho de cada pecuarista
foi classificado nos três pilares (econômico, ambiental e social) conforme os seguintes estágios:
• Prioridade: 25% ou mais do total da amostra no Estágio 1
• Desafio: 50% ou mais do total da amostra nos Estágios 1 e 2 e/ou 10% dos pecuaristas no
Estágio 1
• Ponto forte: 70% ou mais do total da amostra nos Estágios 3 e 4
• Ponto de excelência: 75% ou mais do total da amostra no Estágio 4
Na segunda parte do relatório, foi mostrado e debatido o desempenho do grupo nos temas
identificados como mais críticos (prioridades e desafios).
Na terceira parte do relatório, foi apresentada uma tabela de vulnerabilidades, que destaca a
ocorrência de não conformidades que representam um risco alto de reputação, mesmo que
identificadas em poucas propriedades. Em seguida, os desafios aplicáveis a menos de 50% das
propriedades são destacados como pontos de atenção. Nos anexos, apresentamos a caracterização
do grupo de acordo com o perfil das propriedades e os pontos de não conformidades em relação
à legislação nacional e aos padrões preliminares do GTPS e BPA (EMBRAPA).
Esse relatório sintetizou as características e os principais desafios do grupo. Não obstante, os dados
coletados permitem outros detalhamentos que podem ser fornecidos pela Fundação Solidaridad.
3. INTRODUÇÃO
7
Historicamente, a pecuária brasileira começou a ser desenvolvida primeiramente em São Vicente
(SP) e logo se expandiu para o nordeste brasileiro – especialmente ao longo do Rio São Francisco.
A partir de uma grande seca no Nordeste e a descoberta de minerais preciosos em Minas Gerais
no final do século XVIII, o polo pecuarista no Brasil transferiu-se para as regiões Sudeste e Sul,
mais especificamente, São Paulo e Rio Grande do Sul. Como consequência deste processo de
desbravamento e interiorização, as fazendas de criação de gado foram responsáveis pelas
primeiras etapas de ocupação e desenvolvimento do interior do país. A pecuária desenvolvida no
Brasil, desde os primeiros momentos até o final do século XX, foi marcada pela expansão territorial
(horizontalização) da atividade, abertura de áreas e uso pouco significativo de tecnologia,
resultando em índices de produtividade modestos. A partir de meados da década de 1990, em
virtude, primeiramente, de pressões econômicas impostas pela própria atividade, que vem
obrigando os pecuaristas a se tornarem mais eficazes na geração de lucros para a sobrevivência
do negócio e, em seguida, graças às pressões socioambientais, que determinam um uso cada vez
mais eficiente das áreas abertas e exploradas, a pecuária de corte entrou num processo crescente
de modernização e tecnificação, apesar de ainda caracterizar-se, em grande parte, pela produção
extensiva com os animais criados em pasto de forma primitiva e extrativista.
Por outro lado, se reconhece que a produção animal baseada no uso racional e eficiente de
pastagens, a partir da aplicação de princípios científicos e de tecnologia adequada, pode atuar
como importante aliada às práticas de produção agropecuária com baixa emissão de carbono,
promovendo uma exploração sustentável da natureza no longo prazo. É fato amplamente
conhecido que a recuperação de pastagens degradadas e a exploração efetiva e adequada dos
sistemas pastoris (aumento da produtividade das áreas de pastagens, resultando em uma maior
lotação por unidade de área e menor uso de terras para uma mesma produção) poderão impedir
a abertura de novas áreas e, ao mesmo tempo, permitir a produção de mais alimentos, grãos e
fibras para o uso humano. Ademais, como atualmente a abertura de novas áreas para pastagens
é uma das causas do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, a recuperação das áreas de
pecuária de baixa produtividade já usadas atualmente vai ser fator fundamental na liberação de
áreas para acomodar a expansão de alimentos, fibras e biocombustíveis sem a necessidade de
novos desmatamentos. Portanto, o potencial de redução de emissões de gases estufa oferecido
pela modernização e tecnificação da pecuária no Brasil é muito expressivo e constitui-se na mais
importante oportunidade de mitigação.
Especificamente,aregiãoOestedaBahia,quecontacommaisde2milhõesdehectaresdepastagens
e, desta forma, pode servir de modelo para muitas outras regiões do Nordeste brasileiro, dada a
semelhança histórica, cultural e o modelo de desenvolvimento adotado. A inserção de pequenos
e médios produtores no contexto da agricultara integrada, ou o sistema conhecido como ILP –
Integração Lavoura Pecuária, pode alavancar grandes melhorias às fazendas, tanto no sentido
operacional quanto como meio de sobrevivência, conferindo ganhos significativos em qualidade
de vida para estes produtores. Ao mesmo tempo, para grandes produtores essa integração provoca
uma quebra de paradigmas aliada à mudança de visão, resultando em atividades mais produtivas,
modernas e sustentáveis, com menor impacto ambiental. A produção agrícola e pecuária baseada
em princípios de baixa emissão de carbono confere às atividades agropecuárias as características
necessárias em prol da sustentabilidade no longo prazo.
Não obstante, todavia, muito pouco se sabe da situação in loco das propriedades pecuárias com
4. CONTEXTUALIZACÃO
8
sistemas de produção baseadas em modelos tradicionais existentes nesta região. Configura-se,
hipoteticamente, uma situação onde produtores necessitam de apoio técnico e gerencial para
avaliar os sistemas de produção, incluindo os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais
dentro de uma visão sustentável, através de instrumentos críticos que auxiliem efetivamente as
tomadas de decisão.
O rápido crescimento populacional ao longo das últimas décadas mostra que é preciso aumentar
a produção de alimentos de forma sustentável no curto, médio e longo prazos. Desta forma,
conhecer o perfil do produtor rural, identificar lacunas nos sistemas e modelos de produção
utilizados, compreender os principais gargalos da atividade como modalidade de exploração
econômica da terra e a respectiva interação desta com a qualidade de vida dos produtores de
alimentos, desenvolver soluções apropriadas e incentivar a adoção de processos tecnológicos
que minimizam os impactos negativos da exploração do ambiente deverão, cada vez mais, fazer
parte da agenda das entidades preocupadas com o desenvolvimento sustentável do homem.
Partindo-se do pressuposto que o Brasil se constitui em uma das últimas fronteiras agrícolas do
mundo e que a região Nordeste do país possui enorme potencial para a produção de alimentos,
grãos, fibras e biocombustíveis, potencial esse ainda parcialmente conhecido e pouco explorado,
e, adicionalmente, reconhecendo a Região Oeste da Bahia como principal pólo de tecnologia
nordestino, a compreensão das características da pecuária regional de forma detalhada e o
entendimento dos principais gargalos da produção animal sob a ótica da sustentabilidade poderão
subsidiar ações efetivas para garantir o desenvolvimento de modelos sustentáveis de produção
para os pecuaristas, motivando a sobrevivência justa, saudável e digna dos mesmos.
5. JUSTIFICATIVA
As principais metas do projeto proposto foram:
• Desenvolver uma metodologia de auto-avaliação das propriedades pecuárias sugerindo
recomendações práticas que visem promover mudanças significativas e positivas na vida dos
pecuaristas;
• Realizar e compartilhar um diagnóstico para avaliar a situação atual da pecuária regional
e apontar as lacunas (GAP’s) existentes nos critérios de sustentabilidade preconizadas pelo GTPS
através da aplicação de questionário específico;
• Levantar a taxa média de lotação e produtividade anual das fazendas e relacionar o sistema
de produção com o balanço de carbono.
6. METAS
9
O objetivo geral do projeto era o de diagnosticar a pecuária desenvolvida na região Oeste da Bahia
tomando como referência os critérios de sustentabilidade adotados pelo GTPS, bem como, as BPA
recomendadas pela EMBRAPA Gado de Corte.
Destarte, os objetivos específicos do projeto eram:
• Aplicar um questionário sistematizado utilizando como referencial os critérios de
sustentabilidade adotados pelo GTPS para 76 pecuaristas de diferentes portes, origens e sistemas
de produção;
• Processar, analisar e revisar os dados obtidos a partir da aplicação dos questionários através
de um sistema automatizado de processamento de dados;
• Apresentar os resultados do diagnóstico sob a forma de relatório, incluindo a análise dos
dados processados, as principais lacunas existentes e recomendações individuais baseadas em
análise de benchmark, visando à publicação dessas informações;
• Elaborar um Informe de Avaliação e Plano de Continuidade para o projeto;
• Confeccionar um relatório final, contendo os resultados, conclusões e recomendações, que
possa ser usado em outras regiões e situações semelhantes.
7. OBJETIVOS
10
8. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO
Pilar Gestão da Propriedade Rural
0%	
  
10%	
  
20%	
  
30%	
  
40%	
  
50%	
  
60%	
  
70%	
  
80%	
  
90%	
  
100%	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
   Não	
  aplicável	
  
22%	
  
76%	
  
1%	
   0%	
   0%	
  
GESTÃO	
  DA	
  PROPRIEDADE	
  RURAL	
  
Estágio 1: precisam de mudanças urgentes
Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS
Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS
Estágio 4: acima das exigências do GPTS
Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado)
O pilar Gestão da Propriedade Rural teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos relativos
à propriedade pecuária: (a) propriedade e regulamentação fundiária; (b) receitas e gastos
com a atividade; (c) situação financeira do pecuarista; (d) planejamento e investimento e (e)
comercialização da produção.
A maioria dos pecuaristas entrevistados (76%) foram classificados no Estágio 2. Isso se deve
ao baixo desempenho do grupo nos temas Receitas e Gastos, Planejamento e investimento e
Comercialização. O desempenho no pilar evidencia a dificuldade, por parte dos entrevistados, em
manter um registro dos gastos e da receita, planejar as ações e a programar os investimentos,
assim como, utilizar mecanismos de mercado que possam assegurar melhores preços na hora de
realizar a venda da produção, como o hedge por exemplo.
11
Pilar Produção Animal
Estágio 1: precisam de mudanças urgentes
Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS
Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS
Estágio 4: acima das exigências do GPTS
Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado)
O pilar Produção Animal teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos relativos à propriedade
pecuária: (a) infraestrutura; (b) identificação do rebanho e controle da produção; (c) oferta de
alimento; (d) manejo e degradação das pastagens; (e) saúde animal; (f) manejo racional do rebanho
e (g) padronização de processos operacionais.
A maioria dos pecuaristas foi classificada entre os Estágios 1 e 2. O baixo desempenho no pilar
indica a ausência de práticas essenciais para o manejo racional do rebanho, práticas ineficientes
na condução das pastagens e falta de controle da produção e de não identificação do rebanho.
A falta de infraestrutura mínima necessária para manter a atividade pecuária também contribuiu
para o baixo desempenho do grupo no que diz respeito às práticas de produção. Por fim, a falta
de padronização dos processos operacionais revelou que uma série de ineficiências ao longo da
produção possivelmente esteja estabelecida e, nem sequer, seja percebida pelo pecuarista.
0%	
  
20%	
  
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60%	
  
80%	
  
100%	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
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   Estágio	
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   Não	
  aplicável	
  
43%	
  
55%	
  
1%	
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PRODUÇÃO	
  ANIMAL	
  
12
Pilar Trabalho na Propriedade Rural
Estágio 1: precisam de mudanças urgentes
Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS
Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS
Estágio 4: acima das exigências do GPTS
Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado)
O pilar Trabalho na Propriedade Rural teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos: (a)
contratação de trabalhadores; (b) jornada de trabalho; (c) equipamento de proteção individual;
(d) saúde e segurança do trabalhador e (e) treinamentos.
Na avaliação das práticas que se referem ao trabalho na propriedade rural, os pecuaristas
entrevistados também apresentaram um desempenho baixo, pois a maioria (86%) foi classificada
entre os Estágios 1 e 2. As práticas que mais contribuíram para o desempenho dizem respeito à
falta de registro dos funcionários, ausência de controle das horas trabalhadas, falta de controle na
entregadosEPI,desconhecimentodosriscosdasatividadesrealizadasnapropriedadeeausênciade
capacitação específica para os funcionários. Para 11,84% dos pecuaristas entrevistados a avaliação
desse pilar é não aplicável, pois não possuem trabalhadores contratados em suas propriedades.
0%	
  
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40%	
  
60%	
  
80%	
  
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Estágio	
  1	
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   Não	
  aplicável	
  
62%	
  
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3%	
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TRABALHO	
  NA	
  PROPRIEDADE	
  RURAL	
  
13
Pilar Meio Ambiente
Estágio 1: precisam de mudanças urgentes
Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS
Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS
Estágio 4: acima das exigências do GPTS
Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado)
O pilar Meio Ambiente teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos: (a) reserva legal; (b) áreas
de preservação permanente; (c) recursos hídricos e (d) conservação do solo.
Nos quesitos ambientais o desempenho não foi diferente dos demais pilares e a maioria do
grupo foi classificada entre os Estágios 1 e 2. A falta de conhecimento da legislação por parte dos
pecuaristas, sobremaneira os de pequeno porte, associada à ausência de campanhas de orientação
e conscientização dos pecuaristas contribuíram muito para o baixo desempenho obtido.
0%	
  
20%	
  
40%	
  
60%	
  
80%	
  
100%	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
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   Estágio	
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   Estágio	
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   Não	
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57%	
  
42%	
  
1%	
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   0%	
  
MEIO	
  AMBIENTE	
  
14
Pilar Comunidade
Estágio 1: precisam de mudanças urgentes
Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS
Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS
Estágio 4: acima das exigências do GPTS
Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado)
O pilar Comunidade teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos: (a) relação com a comunidade
e (b) impactos socioambientais.
No que diz respeito à relação com vizinhos e comunidades, quase a totalidade dos entrevistados
(97%) se encontrava entre os Estágios 3 e 4. Quando, todavia, é analisada a consciência e a
avaliação dos impactos socioambientais da atividade nas comunidades vizinhas, mais de 80% dos
entrevistados se encontram entre os Estágios 1 e 2, o que implica na perda de desempenho no que
tange o pilar Comunidade.
0%	
  
20%	
  
40%	
  
60%	
  
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Estágio	
  1	
   Estágio	
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   Estágio	
  3	
   Estágio	
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   Não	
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   49%	
  
0%	
   0%	
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COMUNIDADE	
  
15
8.1 DESEMPENHO DO GRUPO POR TEMAS ABORDADOS
1. PROPRIEDADE E REGULAMENTAÇÃO FUNDIÁRIA
Desafios
Lacunas
Desafio
ponto forte
a maioria dos pecuaristas entrevistados
possui a documentação necessária para
comprovar a posse da terra e a regularização
fundiária da propriedade. Deve-se considerar,
todavia, que cerca de 30% dos pecuaristas
entrevistas encontram-se entre os Estágios 1
e 2 e precisam ser orientados no sentido de
regularizarem a situação da documentação
relativa à posse da terra.
apenas 4% dos pecuaristas entrevistados são
assentados. Pôde ser percebido que todos
estão entre os Estágios 3 e 4, demonstrando
que, tratando-se da regularização fundiária
existe maior nível de organização e a
necessidade de orientação visando a
regularização fundiária é significativamente
menor do que para o proprietário tradicional.
Ausência de documentação para comprovar
a posse da terra; ausência de CCIR.
Ausência de título de domínio do imóvel
rural regularizado.
Classificação
2. PROPRIEDADE E REGULAMENTAÇÃO FUNDIÁRIA –
Assentado Rural Preparo e Descarte de Agroquímicos
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
3%	
   11%	
   20%	
   14%	
  
53%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
96%	
  
0%	
   0%	
   3%	
   1%	
  
16
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
4%	
  
24%	
  
13%	
  
35%	
  
24%	
  
3. RECEITA E GASTOS
4. SITUAÇÃO FINANCEIRA
prioridade
desafio
mais de 80% dos pecuaristas entrevistados
não tem o hábito de registrar e controlar
as finanças relativas à atividade. Raros tem
informações precisas sobre a movimentação
financeira. Isso implica que os resultados
efetivosdapecuária(resultadodecaixaelucro)
são desconhecidos por parte significativa dos
pecuaristas que, possivelmente, tomam as
decisões com base no saldo de caixa. Essa
situação é bastante preocupante e denota o
elevado risco relativo à atividade
considerando que perto de 80% dos
entrevistadosnãoregistramosdadosmínimos
sobre as finanças, no que tange a situação
econômica, acredita-se que as respostas
apresentadas dizem respeito ao saldo de
caixa. Isso é muito preocupante, pois o saldo
de caixa não reflete lucro.Indica a capacidade
de honrar as contas. Ademais, preocupa
saber que quase 40% dos entrevistados não
estão obtendo resultado satisfatório com a
pecuária.
Ausência de registros dos gastos e receitas
provenientes da atividade pecuária.
Ausência de lucro na atividade pecuária nos
últimos anos.
Desafios
Lacunas
Classificação
Desafios
Lacunas
Classificação
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
65%	
  
17%	
  
4%	
  
14%	
  
17
5. PLANEJAMENTO E INVESTIMENTO
6. COMERCIALIZAÇÃO
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
37%	
  
13%	
  
43%	
  
6%	
  
prioridade
metade dos entrevistados, já demonstra um
nível de planejamento satisfatório. Por outro
lado,quase 40% dos pecuaristas ainda não têm
o hábito de planejar as ações e programar
os investimentos. É relevante considerar que
o planejamento é uma atividade necessária
para garantir a sobrevivência da atividade no
curto, médio e longo prazos, servindo para
nortear as tomadas de decisão e revisar os
rumos do negócio.
Ausência de planejamento das ações e
programação dos investimentos.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
16%	
  
78%	
  
7%	
  
0%	
  
desafio
mais de 93% dos entrevistados não fazem
planejamento para venda dos animais. Não
se utilizam ferramentas para garantia de
preços e mitigação de riscos (mercado
futuro), visando garantir melhores resultados
na comercialização. Isto ocorre porque os
pecuaristasnãoconhecemessesinstrumentos
de mercado.
Ausência de levantamento de preços
praticados pelo mercado; ausência de
planejamento de vendas; ausência de uso de
instrumentos de mercado para obter melhor
resultado nas vendas.
Desafios
Lacunas
Classificação
18
7. INFRAESTRUTURA
8. IDENTIFICAÇÃO DO REBANHO
E CONTROLE DA PRODUÇÃO
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
34%	
  
24%	
   21%	
   21%	
  
prioridade
os resultados revelam que a maior parte
das propriedades opera com infraestrutura
inadequada ou insuficiente em relação às
necessidades mínimas da atividade pecuária
(cercas, bebedouros, cochos e curral).
Houve evolução no conhecimento acerca da
infraestrutura (bem-estar e manejo racional
do rebanho), que não foi acompanhado pelo
pecuarista.
Ausência da quantidade mínima necessária
de infraestrutura para atender as demandas
da atividade pecuária.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
74%	
  
5%	
   8%	
   11%	
  
prioridade
mais de 70% dos pecuaristas não realizam a
identificação ou o registro das ocorrências
do rebanho,impossibilitando a quantificação
da produção. Associado à inexistência
de controles financeiros, o panorama
encontrado é caótico e merece atenção para
que seja revertido em breve, garantindo a
sobrevivência e a permanência do pecuarista
no campo.
Ausência de identificação do rebanho (grupo
ou individual); ausência de registros acerca
das ocorrências com o rebanho;ausência de
pesagem dos animais.
Desafios
Lacunas
Classificação
19
9. OFERTA DE ALIMENTO
10. MANEJO E DEGRADAÇÃO DAS PASTAGENS
prioridade
a principal vantagem competitiva da pecuária
brasileira reside na exploração das pastagens
tropicais. Por falta de conhecimento técnico
associado à falta de assistência técnica
eficaz, mais de 80% dos entrevistados
indicam ter problemas com a oferta de
alimento, comprometendo os indicadores
de desempenho produtivo e reprodutivo do
rebanho.
Oferta de alimento insuficiente para atender
a demanda do rebanho durante todo o ano;
ausência de estratégias para otimizar o uso
dos recursos forrageiros produzidos.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
51%	
  
29%	
  
5%	
   13%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
34%	
  
62%	
  
1%	
   1%	
  
prioridade
mais de 95% dos pecuaristas indicaram
possuir pastos com produtividade em algum
estágio de degradação. Não obstante, esse
dado revela uma fraqueza muito grande, que
repercute diretamente nos indicadores de
produtividade, lucro, rentabilidade e, mais
do que isso, na sobrevivência da atividade
pecuária na região.
Ausência de produtividade do pasto para
alimentar o rebanho durante o ano.
Desafios
Lacunas
Classificação
20
11. SAÚDE ANIMAL
12. MANEJO RACIONAL DO REBANHO
ponto forte
a sanidade é um dos pontos forte da
pecuária regional. Parte significativa dos
entrevistados (acima de 85%) cumpre todas
as medidas sanitárias obrigatórias, tanto
quanto, adotam medidas preventivas em
relação a outras doenças.As campanhas de
conscientização dos pecuaristas por parte
das autoridades competentes têm gerado
resultados satisfatórios.
Ausência de medidas contra doenças
não exigidas pelo MAPA ou ADAB; falta
de padronização e formalização dos
procedimentos sanitários.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
   0%	
   14%	
  
76%	
  
9%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
59%	
  
30%	
  
3%	
   8%	
  
prioridade
foi constatado que ainda predomina o
manejo tradicional do rebanho (gritos,
cachorro, chicote e ferrão). Cerca de 90%
dos entrevistados ainda fazem parte desse
grupo. A introdução de novas práticas de
manejo do rebanho e bem-estar animal é
necessária para que haja maior eficácia no
na produção de alimentos de forma racional
e sustentável.A conscientização dos atores,
associada à capacitação das equipes se
mostra necessária para que esses objetivos
sejam efetivamente alcançados.
Ausência de técnicas de manejo racional
do rebanho.
Desafios
Lacunas
Classificação
21
13. PADRONIZAÇÃO DE PROCESSOS OPERACIONAIS
14. CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES
desafio
não mais do que 10% dos entrevistados
indicam que existe algum tipo de preocupação
efetiva com a padronização dos processos
operacionais.Por dedução,em 90% dos casos,
os processos são realizados de forma não
padronizada (gasto inadequado de tempo,
perda de qualidade e aumento de custos;
ocorrência de desperdícios).
Ausência de padronização dos processos
operacionais críticos.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
16%	
  
75%	
  
4%	
   5%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
18%	
  
58%	
  
17%	
  
0%	
   7%	
  
prioridade
como a maioria dos entrevistados foi de
pecuaristas de pequeno porte, era de se
esperar um maior grau de informalidade
nas relações trabalhistas. Perto de 75%
dos entrevistados mostraram falta de
conformidade com a legislação em vigor.
A ausência de conhecimento sobre a
legislação trabalhista e os elevados valores
dos encargos sociais, proibitivos em certos
casos, são os principais determinantes deste
cenário.
Ausência de registro dos trabalhadores em
carteira.
Desafios
Lacunas
Classificação
22
15. JORNADA DE TRABALHO
16. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
prioridade
desafio
o pequeno pecuarista tem dificuldade
de acompanhar a legislação de forma
geral, inclusive a trabalhista. Somado
a isso, não foram realizadas ações de
esclarecimento dirigidas para uma maior
conscientização do empregador brasileiro.
Dessa forma, o cenário diagnosticado,
apesar de preocupante, é compreensível.
Ações de capacitação, esclarecimento e
conscientização deverão ser promovidas
para permitir a regularização da situação
dos empregadores.
existe uma minoria de empregadores (13%)
que não fornece EPI para os colaboradores.
Perto de 16% dos entrevistados fornece
todos os EPI recomendados e registra a
entrega dos mesmos. Destaca-se ainda, um
conjunto significativo de pecuaristas (58%)
que cumpre parcialmente as exigências,
fazendo a entrega dos EPI, mas não
registrando a mesma.
Ausência de controle das horas trabalhadas;
jornada de trabalho excessiva.
Ausência de fornecimento de EPI; ausência
de registro de entrega de EPI.
Desafios
Lacunas
Classificação
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
15%	
  
67%	
  
3%	
   0%	
  
16%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
13%	
   13%	
  
58%	
  
0%	
  
16%	
  
23
17. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR
18. TREINAMENTOS
desafio
mais de 80% dos entrevistados nunca
procedeu a uma avaliação de riscos na
propriedade. Consequentemente, não
possuem PPRA e PCMSO. Isso ocorre
porque grande parte dos pecuaristas não
sabe que esses documentos são obrigatórios
para todas as propriedades que possuam ao
menos um funcionário registrado.
Ausência de conhecimento sobre os riscos
das atividades realizadas na propriedade
em relação à saúde e segurança dos
trabalhadores.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
12%	
   3%	
  
79%	
  
1%	
   5%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
16%	
   15%	
  
62%	
  
4%	
   4%	
  
desafios
o grau de conhecimento relativo à
pecuária está (muito) abaixo do desejado.
Mais de 75% dos entrevistados não tem
como prática o treinamento das equipes.
Associado ao baixo grau de escolaridade
dos trabalhadores é compreensível que
existam falhas nas questões de planejamento,
execução, controle e ajuste das ações,
tanto nas questões econômico-financeiras,
como nas operacionais, resultando na baixa
lucratividade vivenciada pelo pecuarista.
Ausência de capacitação e treinamento
periódico para os trabalhadores.
Desafios
Lacunas
Classificação
24
19. RESERVA LEGAL - RL
20. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
desafio
desafio
perto de 8% dos entrevistados não possuem
área destinada à reserva legal. Outros 51%
possuem reserva legal sem identificação
e sem averbação desta área na matrícula.
Portanto, há necessidade de conscientizar
e capacitar o pecuarista para que as áreas
sejam preservadas e regularizadas.
a situação das APP é relativamente mais
delicada do que aquela encontrada para a
RL. Cerca de 40% dos entrevistados que
devem preservar as APP encontra-se em
situação irregular. Por outro lado. 16% dos
entrevistados (ou perto de 30% daqueles
que devem preservar APP) encontram-se
integralmente regularizados.
Ausência de área destinada à reserva legal;
ausência de identificação da reserva legal
com placa;ausência de averbação da reserva
legal na matrícula da propriedade.
Ausência de destinação correta para asAPP;
ausência de isolamento para as APP.
Desafios
Lacunas
Classificação
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
1%	
   8%	
  
51%	
  
14%	
   25%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
43%	
  
21%	
  
1%	
  
19%	
   16%	
  
25
21. RECURSOS HÍDRICOS
22. CONSERVAÇÃO DO SOLO
prioridade
mais de 95% dos pecuaristas entrevistados
afirmam que não adotam práticas
convencionais para a conservação do solo.
Esse dado merece ser tratado com atenção.
Medidas de conscientização e capacitação
parecem ser necessárias para que práticas
efetivas de conservação do solo sejam
adotadas periodicamente.
Ausência de utilização de práticas de
conservação do solo e/ou contenção de
erosões.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
80%	
  
9%	
   1%	
   9%	
  
prioridade
existe certa dificuldade de cumprimento
das exigências legais (âmbitos trabalhista
e ambiental). Por uma questão de
desconhecimento da legislação, mais de
80% dos entrevistados estão irregulares.
Não obstante, quase 10% dos entrevistados
adotam práticas de uso racional da água e/ou
possuem um plano de manejo dos recursos
hídricos da propriedade.
Ausência de documento de outorga ou
dispensa de outorga de água; ausência de
práticas para o uso racional da água.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
  
34%	
  
62%	
  
0%	
   4%	
  
26
23. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
24. IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS
ponto forte
a maioria dos pecuaristas (perto de 97%
dos entrevistados) mantem uma relação
de proximidade com os vizinhos e a
comunidade, participando das reuniões,
atividades e eventos. Esse comportamento
pode ser muito bem aproveitado, inclusive
para intensificar as ações de conscientização
e capacitação dos pecuaristas e da própria
comunidade.
Ocorrência de conflitos e/ou uma relação
mínima de aproximação com a vizinhança.
Desafios
Lacunas
Classificação
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
0%	
   1%	
   1%	
  
49%	
   49%	
  
Não	
  
aplicável	
  /	
  
Não	
  
respondido	
  
Estágio	
  1	
   Estágio	
  2	
   Estágio	
  3	
   Estágio	
  4	
  
1%	
  
25%	
  
68%	
  
0%	
   5%	
  
desafio
cerca de 5% dos pecuaristas, possivelmente,
os de porte grande e, talvez um ou outro
médio, realizou uma avaliação dos riscos
socioambientais da atividade pecuária. A
maior parte dos pecuaristas entrevistados
(acima de 93%), por outro lado, ainda não
promoveu uma avaliação dos riscos que
a atividade pecuária pode promover à
comunidade. Muitos, inclusive não têm
conhecimento sobre a necessidade e o
alcance de uma avaliação dessa natureza.
Ausência de conhecimento sobre os
impactos socioambientais da atividade para
a comunidade.
Desafios
Lacunas
Classificação
27
25.NãoConformidadesLegais
0%	
  
10%	
  
20%	
  
30%	
  
40%	
  
50%	
  
60%	
  
70%	
  
80%	
  
90%	
  
100%	
  
PPRA	
  inexistente	
  
PCMSO	
  inexistente	
  
Ausência	
  de	
  avaliação	
  de	
  riscos	
  da	
  a:vidade	
  
Ausência	
  de	
  registro	
  para	
  trabalhadores	
  temporários	
  
Ausência	
  de	
  exame	
  médico	
  admissional	
  para	
  trabalhadores	
  
temporários	
  
Área	
  de	
  APP	
  não	
  iden:ficada	
  
Ausência	
  de	
  registro	
  de	
  entrega	
  de	
  EPI	
  
Ausência	
  de	
  contribuição	
  sindical	
  
Ausência	
  de	
  outorga	
  ou	
  despensa	
  de	
  outorga	
  para	
  o	
  uso	
  da	
  água	
  
Registro	
  de	
  jornada	
  não	
  arquivado	
  
Ausência	
  de	
  registro	
  de	
  jornada	
  
Ausência	
  de	
  pagamento	
  das	
  parcelas	
  do	
  lote	
  (assentado)	
  
Ausência	
  de	
  exame	
  médico	
  admissional	
  para	
  todos	
  os	
  trablahdores	
  
contratados	
  
Ausência	
  de	
  iden:ficação	
  individual	
  do	
  rebanho	
  
Não	
  emite	
  nota	
  fiscal	
  de	
  venda	
  da	
  produção	
  
Ausência	
  de	
  registro	
  dos	
  trabalhadores	
  contratados	
  por	
  tempo	
  
indeterminado	
  
Ausência	
  de	
  recolhimentos	
  dos	
  encargos	
  trabalhistas	
  
Falta	
  de	
  proteção	
  às	
  APPs	
  
Arquivamento	
  dos	
  comprovantes	
  de	
  registro	
  dos	
  trabalhadores	
  
Ausência	
  de	
  treinamento	
  sobre	
  a	
  correta	
  u:lização	
  dos	
  EPIs	
  
Não	
  verificação	
  do	
  uso	
  de	
  EPI	
  pelos	
  trabalhadores	
  
Gado	
  ou	
  cul:vo	
  em	
  área	
  de	
  APP	
  
Ausencia	
  de	
  iden:ficação	
  do	
  rebanho	
  por	
  grupos	
  ou	
  lotes	
  
Áreas	
  de	
  APP	
  degradadas	
  
Não	
  possui	
  cer:dão	
  da	
  cadeia	
  dominial	
  da	
  propriedade	
  
Ausência	
  de	
  registro	
  dos	
  acidentes	
  que	
  ocorrem	
  na	
  propriedade	
  
Ausência	
  de	
  cer:dão	
  de	
  ônus	
  reais	
  legais	
  ou	
  convencionais	
  da	
  
propriedade	
  
CCIR	
  desregularizado	
  junto	
  ao	
  INCRA	
  
Ausência	
  de	
  registro	
  de	
  horas	
  extras	
  
Excesso	
  de	
  jornada	
  
Áreas	
  de	
  APP	
  à	
  serem	
  preservadas	
  
Não	
  pagamento	
  de	
  horas	
  extras	
  
Não	
  fornecimento	
  de	
  EPI	
  
Ausência	
  de	
  sistema	
  de	
  comunicação	
  e	
  transporte	
  para	
  as	
  
emergências	
  
Matricula	
  do	
  imóvel	
  desregularizada	
  
Ausência	
  de	
  Reserva	
  Legal	
  
Ausência	
  de	
  folga	
  semanal	
  para	
  os	
  trabalhadores	
  
Ausência	
  de	
  escritura	
  ou	
  contrato	
  de	
  compra	
  e	
  venda	
  do	
  imóvel	
  
ITR	
  desregularizado	
  
Trabalho	
  de	
  jovens	
  entre	
  16	
  e	
  18	
  anos	
  
Ausência	
  de	
  intervalo	
  de	
  pelo	
  menos	
  11	
  horas	
  de	
  uma	
  jornada	
  para	
  
outra	
  
%	
  de	
  fornecedores	
  em	
  não	
  conformidade	
  	
  
(encima	
  do	
  número	
  total	
  de	
  fornecedores)	
  
28
A partir dos resultados do diagnóstico, ficou evidente que o pecuarista, na maior parte dos casos,
temconhecimentolimitadonoquetangeasquestõestécnicas,operacionais,produtivas,gerenciais,
econômico-financeiras e legais. Como consequência, a situação do pecuarista se revelou precária
e preocupante, sobremaneira para um horizonte de sobrevivência e sustentabilidade da pecuária
no médio e longo prazo.
A necessidade de treinamento e capacitação do pecuarista (proprietário) e dos trabalhadores é
incontestável, de sorte que, ações emergenciais e urgentes devem ser propostas nesse sentido
visando aprimorar as questões supracitadas para que haja garantia de permanência do pecuarista
no campo, gerando emprego e renda.
Ainda que não tenha sido diretamente avaliado, outro ponto que necessita ser revisto e
aperfeiçoado diz respeito à cultura e a filosofia de trabalho dos pecuaristas. Esta é uma ação para
longo prazo, que precisa ser iniciada de alguma forma. As principais lacunas e gargalos levantados
pelo diagnóstico são, em última análise, frutos de uma cultura pouco evoluída e de uma filosofia
extrativista de uso dos recursos produtivos.
O Guia de Autoavaliação – Pecuária mostrou que existem diversas questões importantes que
precisam ser tratadas com atenção para garantir a sobrevivência do pecuarista no campo.
Ficouevidentequeexistemlacunasimportantesqueprecisamserrevistasecorrigidas.Estaslacunas
foram identificadas tanto nas questões gerenciais, econômico-financeiras, técnicas, operacionais,
e também àquelas relativas à legislação vigente, com ênfase à trabalhista e ambiental. Do exposto,
pode-se concluir que o pecuarista é carente de informações em todos os aspectos citados, sendo
diretamente penalizado pela implantação de uma legislação trabalhista e ambiental, ambas
extremamente sofisticadas. Considerando que o estabelecimento dessas legislações não foi
acompanhado de qualquer tipo de trabalho de orientação, acompanhamento e ou esclarecimento
por parte dos órgãos competentes, é necessário considerar que o pecuarista deve ser tratado com
respeito e dignidade e terá o compromisso de melhorar as práticas em sua propriedade.
Emassimsendo,aeducaçãoformalassociadaàcapacitaçãoetreinamentocontínuopoderágarantir
o acesso às ferramentas necessárias para a geração de lucro, produtividade, atendimento integral
à legislação vigente e satisfação para o pecuarista no médio e longo prazo. Por consequência,
as próximas etapas do projeto deverão contemplar ações ligadas à educação, capacitação e
aperfeiçoamento do pecuarista.
9. DISCUSSÃO
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
29
30
Acrioeste
Avenida Ahylon Macedo 11
Bairro Morada Nobre, Barreiras | BA
telefone: +55 77 3611.5027
Profissional Assessoria
Rua Capitão Miranda 512
Centro, Barreiras | BA
telefone: +55 77 3613.6654
Solidariedad Network
Rua Pinto Gonçalves 31
Bairro Perdizes, São Paulo | SP
telefone: +55 11 2532.4525

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  • 1. 1 Guia de Auto Avaliação - Pecuária HORIZONTE RURAL Guia de Auto Avaliação - Pecuária HORIZONTE RURAL Relatório de Análise Coletiva 76 Pecuaristas Região Oeste da Bahia Projeto Piloto, 2013Projeto Piloto, 2013 Programa Horizonte Rural
  • 2. 2 SUMÁRIO 1. A Acrioeste ................................................................................................................................. 2. Resumo Executivo ..................................................................................................................... 3. Introdução ................................................................................................................................. 4. Contextualização ..................................................................................................................... 5. Justificativa ................................................................................................................................. 6. Metas ................................................................................................................................. 7. Objetivos ................................................................................................................................. 8. Resultados do Diagnóstico ........................................................................................................ 8.1 Desempenho do grupo por temas abordados ........................................................................... 9. Discussão ................................................................................................................................. 10. Considerações Finais ........................................................................................................ 03 04 06 07 08 08 09 10 15 28 28 página
  • 3. 3 A ACRIOESTE – Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia – foi fundada em setembro de 1994, tendo como missão representar os interesses dos pecuaristas da Região Oeste da Bahia. É uma entidade sem fins lucrativos, sediada em Barreiras, estado da Bahia, atuando nesta região através do desenvolvimento de atividades relacionadas à pecuária, tais como: a. Exposições Agropecuárias Municipais; b. Colaboração permanente com as autoridades para a erradicação da Febre Aftosa na região; c. Participação efetiva no trabalho que resultou na liberação da Zona Tampão da Bahia; d. Realização de mais de 45 Leilões de Bovinos, entre 1998 e 2013; e. Parceria com o Banco do Nordeste, visando o desenvolvimento da pecuária regional; f. Parcerias estabelecidas com entidades representativas da pecuária nacional, como a ABCZ, a Associação de Gado Simental e Simbrasil, Pardo-Suíço, ABAC, ABCN, AIBA, entre outras; g. Apoio no Projeto do Frigorífico Regional de Barreiras – FRIBARREIRAS; h. Realização de 11 edições do Fórum de Pecuária Regional (2002 a 2012), além de diversas palestras que tiveram como intuito levar ao pecuarista conhecimento sobre novas tecnologias, tendências do mercado pecuário, perspectivas para a produção animal, modelos de sistemas de produção, entre outros temas de relevância, visando mostrar meios de viabilizar a pecuária de maneira sustentável no curto, médio e longo prazo. 1. A ACRIOESTE
  • 4. 4 A pecuária bovina de corte é a atividade que ocupa a maior extensão territorial no Brasil, de modo que para cada 1 hectare utilizado pela agricultura existem aproximadamente de 3 hectares destinados à pecuária de corte. No cenário internacional, a pecuária brasileira também se destaca, sendo o país o segundo maior produtor e o maior exportador de carne bovina no mundo. O Guia de Autoavaliação – Pecuária, cuja aplicação foi realizada entre os meses de janeiro e abril de 2013, permitiu que se conhecesse melhor como a pecuária vem sendo desenvolvida na região Oeste da Bahia, tanto quanto, gerou subsídios para uma avaliação imparcial e objetiva da pecuária como modalidade de exploração econômica da terra. É oportuno considerar que o Guia foi desenvolvido para auxiliar os pecuaristas a pensarem sobre as práticas adotadas em suas propriedades e identificarem aquelas que precisam ser melhoradas visando-se atender satisfatoriamente os mercados consumidores, tanto quanto, a legislação vigente no país. Na prática, o Guia poderá servir como importante ferramenta para subsidiar uma reflexão sobre os princípios e práticas adotadas na pecuária, visando ao aperfeiçoamento constante na condução da atividade. Enormes desafios foram identificados, dentre os quais destacam as questões relativas à própria sobrevivência da pecuária como atividade econômica. Não obstante, existem gargalos em praticamentetodosostemasavaliados,desdeaquelesrelativosàsquestõeseconômico-financeiras, passando pela regulamentação fundiária, por aspectos da produção e pela legislação ambiental e trabalhista. Ha necessidade de melhorias, em maior ou menor escala, na execução de práticas gerenciais, na produção e no atendimento da legislação em vigor. No que tange ao pilar econômico, as respostas dos pecuaristas revelaram um cenário de dificuldadesnasquestõesrelativasaoplanejamentodasações,nagestãoeconômico-financeiradas propriedades, problemas relacionados à falta de registros e apontamentos para fins de controles gerenciais e de produção, tanto quanto, dificuldades financeiras propriamente ditas. A maioria não gerencia de forma apropriada os recursos financeiros, não conhece o custo de produção efetivo e não faz a análise de viabilidade do negócio ao longo do tempo. Nesse caso, para que a atividade tenha sustentabilidade econômica, o produtor precisa se capacitar e se disciplinar para fazer efetivamente a gestão rural. O gerenciamento, empírico e sem métodos específicos, deverá dar lugar à definição de objetivos, metas e estratégias claras, suportadas por planos eficazes e a adoção de um método sistemático de trabalho. Os dados também mostraram que a situação fundiária é problemática, não garantindo estabilidade jurídica aos pecuaristas. No pilar ambiental, os pontos prioritários para adequação estão relacionados à regularização da reserva legal, áreas de preservação permanente e uso da água para o fornecimento aos animais. Neste particular, a orientação precedida de treinamento e capacitação para os pecuaristas deverá contribuir substancialmente para o avanço nestas questões. No pilar social, foram identificados vários pontos que precisam ser avaliados e melhorados. Percebeu-seclaramenteadificuldade nocumprimentodalegislaçãovigentee,consequentemente, foi observado um significativo número de desconformidades. Para solucionar os problemas nesse caso, serão necessárias ações visando à adequação dos sistemas de registro das horas trabalhadas pelos funcionários, a melhoria dos procedimentos relativos à segurança dos trabalhadores. Faltam locaisadequadosparaahigienepessoal.Muitospecuaristasnãooferecemostreinamentosexigidos 2. RESUMO EXECUTIVO
  • 5. 5 pela lei ou não registram a realização desses treinamentos. Parte significativa dos pecuaristas ainda não investiu em um Programa de Prevenção de Riscos e Ambientais (PPRA) e em um Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). Todas essas exigências legais demandam um aprimoramento na gestão de recursos humanos e, eventualmente, a melhoria da infraestrutura das propriedades. Não obstante, esse é um tema que merece apreço das lideranças do setor, no sentido de que a legislação em vigor esteja adequada e seja condizente com a realidade da pecuária brasileira. Concluiu-se, como resultado desta primeira etapa de trabalho, que o pecuarista precisa de apoio, orientação, treinamento e capacitação no intuito de adquirir conhecimento gerencial e técnico, teremcontatoeacessoasnovastecnologiaeidentificarpráticasvisandoalcançarasustentabilidade para garantir a sobrevivência e a viabilidade da atividade pecuária no curto, médio e longo prazo.
  • 6. 6 O relatório em questão visa apresentar o resultado da análise consolidada de dados informados entre janeiro e março de 2013 por 76 pecuaristas que exploram a pecuária de corte na Região Oeste da Bahia, a partir das respostas obtidas no Guia de Autoavaliação Pecuária composto por questões relativas à estrutura fundiária, planejamento e gestão, finanças, aspectos produtivos, ambientais e sociais nas propriedades. O referido Guia caracterizou a primeira etapa do projeto de apoio à melhoria socioambiental de pecuaristas desenvolvido em parceria pela Fundação Solidaridad e a ACRIOESTE (Associação dos Criadores de Gado do Oeste da Bahia) e também contemplou, além desta análise coletiva, a elaboração dos relatórios individuais de recomendação. Cada pecuarista participante do projeto receberá uma avaliação confidencial sobre a respectiva propriedade e práticas, com sugestões visando nortear as ações para aprimorar os resultados da atividade no que tange aos critérios de sustentabilidade. Os dados individuais dos fornecedores serão mantidos anônimos pela Fundação Solidaridad. Esta avaliação coletiva buscou: • Caracterizar o desempenho individual e do grupo; • Identificar as prioridades, os principais desafios e os pontos fortes por pilar da sustentabilidade (econômico, social e ambiental) e por temas prioritários; • Avaliar a situação do grupo, no caso dos temas críticos, em relação ao cumprimento da legislação e aos padrões preliminares estabelecidos pelo GTPS e BPA (EMBRAPA). É importante destacar que não se tratou de uma análise detalhada de conformidades e não conformidades resultantes de uma auditoria, mas de um diagnóstico baseado nas declarações dos pecuaristas. De acordo com o número de respostas positivas ou negativas, o desempenho de cada pecuarista foi classificado nos três pilares (econômico, ambiental e social) conforme os seguintes estágios: • Prioridade: 25% ou mais do total da amostra no Estágio 1 • Desafio: 50% ou mais do total da amostra nos Estágios 1 e 2 e/ou 10% dos pecuaristas no Estágio 1 • Ponto forte: 70% ou mais do total da amostra nos Estágios 3 e 4 • Ponto de excelência: 75% ou mais do total da amostra no Estágio 4 Na segunda parte do relatório, foi mostrado e debatido o desempenho do grupo nos temas identificados como mais críticos (prioridades e desafios). Na terceira parte do relatório, foi apresentada uma tabela de vulnerabilidades, que destaca a ocorrência de não conformidades que representam um risco alto de reputação, mesmo que identificadas em poucas propriedades. Em seguida, os desafios aplicáveis a menos de 50% das propriedades são destacados como pontos de atenção. Nos anexos, apresentamos a caracterização do grupo de acordo com o perfil das propriedades e os pontos de não conformidades em relação à legislação nacional e aos padrões preliminares do GTPS e BPA (EMBRAPA). Esse relatório sintetizou as características e os principais desafios do grupo. Não obstante, os dados coletados permitem outros detalhamentos que podem ser fornecidos pela Fundação Solidaridad. 3. INTRODUÇÃO
  • 7. 7 Historicamente, a pecuária brasileira começou a ser desenvolvida primeiramente em São Vicente (SP) e logo se expandiu para o nordeste brasileiro – especialmente ao longo do Rio São Francisco. A partir de uma grande seca no Nordeste e a descoberta de minerais preciosos em Minas Gerais no final do século XVIII, o polo pecuarista no Brasil transferiu-se para as regiões Sudeste e Sul, mais especificamente, São Paulo e Rio Grande do Sul. Como consequência deste processo de desbravamento e interiorização, as fazendas de criação de gado foram responsáveis pelas primeiras etapas de ocupação e desenvolvimento do interior do país. A pecuária desenvolvida no Brasil, desde os primeiros momentos até o final do século XX, foi marcada pela expansão territorial (horizontalização) da atividade, abertura de áreas e uso pouco significativo de tecnologia, resultando em índices de produtividade modestos. A partir de meados da década de 1990, em virtude, primeiramente, de pressões econômicas impostas pela própria atividade, que vem obrigando os pecuaristas a se tornarem mais eficazes na geração de lucros para a sobrevivência do negócio e, em seguida, graças às pressões socioambientais, que determinam um uso cada vez mais eficiente das áreas abertas e exploradas, a pecuária de corte entrou num processo crescente de modernização e tecnificação, apesar de ainda caracterizar-se, em grande parte, pela produção extensiva com os animais criados em pasto de forma primitiva e extrativista. Por outro lado, se reconhece que a produção animal baseada no uso racional e eficiente de pastagens, a partir da aplicação de princípios científicos e de tecnologia adequada, pode atuar como importante aliada às práticas de produção agropecuária com baixa emissão de carbono, promovendo uma exploração sustentável da natureza no longo prazo. É fato amplamente conhecido que a recuperação de pastagens degradadas e a exploração efetiva e adequada dos sistemas pastoris (aumento da produtividade das áreas de pastagens, resultando em uma maior lotação por unidade de área e menor uso de terras para uma mesma produção) poderão impedir a abertura de novas áreas e, ao mesmo tempo, permitir a produção de mais alimentos, grãos e fibras para o uso humano. Ademais, como atualmente a abertura de novas áreas para pastagens é uma das causas do desmatamento na Amazônia e no Cerrado, a recuperação das áreas de pecuária de baixa produtividade já usadas atualmente vai ser fator fundamental na liberação de áreas para acomodar a expansão de alimentos, fibras e biocombustíveis sem a necessidade de novos desmatamentos. Portanto, o potencial de redução de emissões de gases estufa oferecido pela modernização e tecnificação da pecuária no Brasil é muito expressivo e constitui-se na mais importante oportunidade de mitigação. Especificamente,aregiãoOestedaBahia,quecontacommaisde2milhõesdehectaresdepastagens e, desta forma, pode servir de modelo para muitas outras regiões do Nordeste brasileiro, dada a semelhança histórica, cultural e o modelo de desenvolvimento adotado. A inserção de pequenos e médios produtores no contexto da agricultara integrada, ou o sistema conhecido como ILP – Integração Lavoura Pecuária, pode alavancar grandes melhorias às fazendas, tanto no sentido operacional quanto como meio de sobrevivência, conferindo ganhos significativos em qualidade de vida para estes produtores. Ao mesmo tempo, para grandes produtores essa integração provoca uma quebra de paradigmas aliada à mudança de visão, resultando em atividades mais produtivas, modernas e sustentáveis, com menor impacto ambiental. A produção agrícola e pecuária baseada em princípios de baixa emissão de carbono confere às atividades agropecuárias as características necessárias em prol da sustentabilidade no longo prazo. Não obstante, todavia, muito pouco se sabe da situação in loco das propriedades pecuárias com 4. CONTEXTUALIZACÃO
  • 8. 8 sistemas de produção baseadas em modelos tradicionais existentes nesta região. Configura-se, hipoteticamente, uma situação onde produtores necessitam de apoio técnico e gerencial para avaliar os sistemas de produção, incluindo os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais dentro de uma visão sustentável, através de instrumentos críticos que auxiliem efetivamente as tomadas de decisão. O rápido crescimento populacional ao longo das últimas décadas mostra que é preciso aumentar a produção de alimentos de forma sustentável no curto, médio e longo prazos. Desta forma, conhecer o perfil do produtor rural, identificar lacunas nos sistemas e modelos de produção utilizados, compreender os principais gargalos da atividade como modalidade de exploração econômica da terra e a respectiva interação desta com a qualidade de vida dos produtores de alimentos, desenvolver soluções apropriadas e incentivar a adoção de processos tecnológicos que minimizam os impactos negativos da exploração do ambiente deverão, cada vez mais, fazer parte da agenda das entidades preocupadas com o desenvolvimento sustentável do homem. Partindo-se do pressuposto que o Brasil se constitui em uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo e que a região Nordeste do país possui enorme potencial para a produção de alimentos, grãos, fibras e biocombustíveis, potencial esse ainda parcialmente conhecido e pouco explorado, e, adicionalmente, reconhecendo a Região Oeste da Bahia como principal pólo de tecnologia nordestino, a compreensão das características da pecuária regional de forma detalhada e o entendimento dos principais gargalos da produção animal sob a ótica da sustentabilidade poderão subsidiar ações efetivas para garantir o desenvolvimento de modelos sustentáveis de produção para os pecuaristas, motivando a sobrevivência justa, saudável e digna dos mesmos. 5. JUSTIFICATIVA As principais metas do projeto proposto foram: • Desenvolver uma metodologia de auto-avaliação das propriedades pecuárias sugerindo recomendações práticas que visem promover mudanças significativas e positivas na vida dos pecuaristas; • Realizar e compartilhar um diagnóstico para avaliar a situação atual da pecuária regional e apontar as lacunas (GAP’s) existentes nos critérios de sustentabilidade preconizadas pelo GTPS através da aplicação de questionário específico; • Levantar a taxa média de lotação e produtividade anual das fazendas e relacionar o sistema de produção com o balanço de carbono. 6. METAS
  • 9. 9 O objetivo geral do projeto era o de diagnosticar a pecuária desenvolvida na região Oeste da Bahia tomando como referência os critérios de sustentabilidade adotados pelo GTPS, bem como, as BPA recomendadas pela EMBRAPA Gado de Corte. Destarte, os objetivos específicos do projeto eram: • Aplicar um questionário sistematizado utilizando como referencial os critérios de sustentabilidade adotados pelo GTPS para 76 pecuaristas de diferentes portes, origens e sistemas de produção; • Processar, analisar e revisar os dados obtidos a partir da aplicação dos questionários através de um sistema automatizado de processamento de dados; • Apresentar os resultados do diagnóstico sob a forma de relatório, incluindo a análise dos dados processados, as principais lacunas existentes e recomendações individuais baseadas em análise de benchmark, visando à publicação dessas informações; • Elaborar um Informe de Avaliação e Plano de Continuidade para o projeto; • Confeccionar um relatório final, contendo os resultados, conclusões e recomendações, que possa ser usado em outras regiões e situações semelhantes. 7. OBJETIVOS
  • 10. 10 8. RESULTADOS DO DIAGNÓSTICO Pilar Gestão da Propriedade Rural 0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90%   100%   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   Não  aplicável   22%   76%   1%   0%   0%   GESTÃO  DA  PROPRIEDADE  RURAL   Estágio 1: precisam de mudanças urgentes Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS Estágio 4: acima das exigências do GPTS Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado) O pilar Gestão da Propriedade Rural teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos relativos à propriedade pecuária: (a) propriedade e regulamentação fundiária; (b) receitas e gastos com a atividade; (c) situação financeira do pecuarista; (d) planejamento e investimento e (e) comercialização da produção. A maioria dos pecuaristas entrevistados (76%) foram classificados no Estágio 2. Isso se deve ao baixo desempenho do grupo nos temas Receitas e Gastos, Planejamento e investimento e Comercialização. O desempenho no pilar evidencia a dificuldade, por parte dos entrevistados, em manter um registro dos gastos e da receita, planejar as ações e a programar os investimentos, assim como, utilizar mecanismos de mercado que possam assegurar melhores preços na hora de realizar a venda da produção, como o hedge por exemplo.
  • 11. 11 Pilar Produção Animal Estágio 1: precisam de mudanças urgentes Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS Estágio 4: acima das exigências do GPTS Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado) O pilar Produção Animal teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos relativos à propriedade pecuária: (a) infraestrutura; (b) identificação do rebanho e controle da produção; (c) oferta de alimento; (d) manejo e degradação das pastagens; (e) saúde animal; (f) manejo racional do rebanho e (g) padronização de processos operacionais. A maioria dos pecuaristas foi classificada entre os Estágios 1 e 2. O baixo desempenho no pilar indica a ausência de práticas essenciais para o manejo racional do rebanho, práticas ineficientes na condução das pastagens e falta de controle da produção e de não identificação do rebanho. A falta de infraestrutura mínima necessária para manter a atividade pecuária também contribuiu para o baixo desempenho do grupo no que diz respeito às práticas de produção. Por fim, a falta de padronização dos processos operacionais revelou que uma série de ineficiências ao longo da produção possivelmente esteja estabelecida e, nem sequer, seja percebida pelo pecuarista. 0%   20%   40%   60%   80%   100%   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   Não  aplicável   43%   55%   1%   0%   0%   PRODUÇÃO  ANIMAL  
  • 12. 12 Pilar Trabalho na Propriedade Rural Estágio 1: precisam de mudanças urgentes Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS Estágio 4: acima das exigências do GPTS Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado) O pilar Trabalho na Propriedade Rural teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos: (a) contratação de trabalhadores; (b) jornada de trabalho; (c) equipamento de proteção individual; (d) saúde e segurança do trabalhador e (e) treinamentos. Na avaliação das práticas que se referem ao trabalho na propriedade rural, os pecuaristas entrevistados também apresentaram um desempenho baixo, pois a maioria (86%) foi classificada entre os Estágios 1 e 2. As práticas que mais contribuíram para o desempenho dizem respeito à falta de registro dos funcionários, ausência de controle das horas trabalhadas, falta de controle na entregadosEPI,desconhecimentodosriscosdasatividadesrealizadasnapropriedadeeausênciade capacitação específica para os funcionários. Para 11,84% dos pecuaristas entrevistados a avaliação desse pilar é não aplicável, pois não possuem trabalhadores contratados em suas propriedades. 0%   20%   40%   60%   80%   100%   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   Não  aplicável   62%   24%   3%   0%   12%   TRABALHO  NA  PROPRIEDADE  RURAL  
  • 13. 13 Pilar Meio Ambiente Estágio 1: precisam de mudanças urgentes Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS Estágio 4: acima das exigências do GPTS Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado) O pilar Meio Ambiente teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos: (a) reserva legal; (b) áreas de preservação permanente; (c) recursos hídricos e (d) conservação do solo. Nos quesitos ambientais o desempenho não foi diferente dos demais pilares e a maioria do grupo foi classificada entre os Estágios 1 e 2. A falta de conhecimento da legislação por parte dos pecuaristas, sobremaneira os de pequeno porte, associada à ausência de campanhas de orientação e conscientização dos pecuaristas contribuíram muito para o baixo desempenho obtido. 0%   20%   40%   60%   80%   100%   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   Não  aplicável   57%   42%   1%   0%   0%   MEIO  AMBIENTE  
  • 14. 14 Pilar Comunidade Estágio 1: precisam de mudanças urgentes Estágio 2: ainda têm desafios para atender ao padrão GPTS Estágio 3: muito perto de atender aos requisitos do GPTS Estágio 4: acima das exigências do GPTS Número de respostas insuficiente (estágio do pilar não calculado) O pilar Comunidade teve por objetivo avaliar os seguintes quesitos: (a) relação com a comunidade e (b) impactos socioambientais. No que diz respeito à relação com vizinhos e comunidades, quase a totalidade dos entrevistados (97%) se encontrava entre os Estágios 3 e 4. Quando, todavia, é analisada a consciência e a avaliação dos impactos socioambientais da atividade nas comunidades vizinhas, mais de 80% dos entrevistados se encontram entre os Estágios 1 e 2, o que implica na perda de desempenho no que tange o pilar Comunidade. 0%   20%   40%   60%   80%   100%   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   Não  aplicável   50%   49%   0%   0%   1%   COMUNIDADE  
  • 15. 15 8.1 DESEMPENHO DO GRUPO POR TEMAS ABORDADOS 1. PROPRIEDADE E REGULAMENTAÇÃO FUNDIÁRIA Desafios Lacunas Desafio ponto forte a maioria dos pecuaristas entrevistados possui a documentação necessária para comprovar a posse da terra e a regularização fundiária da propriedade. Deve-se considerar, todavia, que cerca de 30% dos pecuaristas entrevistas encontram-se entre os Estágios 1 e 2 e precisam ser orientados no sentido de regularizarem a situação da documentação relativa à posse da terra. apenas 4% dos pecuaristas entrevistados são assentados. Pôde ser percebido que todos estão entre os Estágios 3 e 4, demonstrando que, tratando-se da regularização fundiária existe maior nível de organização e a necessidade de orientação visando a regularização fundiária é significativamente menor do que para o proprietário tradicional. Ausência de documentação para comprovar a posse da terra; ausência de CCIR. Ausência de título de domínio do imóvel rural regularizado. Classificação 2. PROPRIEDADE E REGULAMENTAÇÃO FUNDIÁRIA – Assentado Rural Preparo e Descarte de Agroquímicos Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   3%   11%   20%   14%   53%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   96%   0%   0%   3%   1%  
  • 16. 16 Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   4%   24%   13%   35%   24%   3. RECEITA E GASTOS 4. SITUAÇÃO FINANCEIRA prioridade desafio mais de 80% dos pecuaristas entrevistados não tem o hábito de registrar e controlar as finanças relativas à atividade. Raros tem informações precisas sobre a movimentação financeira. Isso implica que os resultados efetivosdapecuária(resultadodecaixaelucro) são desconhecidos por parte significativa dos pecuaristas que, possivelmente, tomam as decisões com base no saldo de caixa. Essa situação é bastante preocupante e denota o elevado risco relativo à atividade considerando que perto de 80% dos entrevistadosnãoregistramosdadosmínimos sobre as finanças, no que tange a situação econômica, acredita-se que as respostas apresentadas dizem respeito ao saldo de caixa. Isso é muito preocupante, pois o saldo de caixa não reflete lucro.Indica a capacidade de honrar as contas. Ademais, preocupa saber que quase 40% dos entrevistados não estão obtendo resultado satisfatório com a pecuária. Ausência de registros dos gastos e receitas provenientes da atividade pecuária. Ausência de lucro na atividade pecuária nos últimos anos. Desafios Lacunas Classificação Desafios Lacunas Classificação Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   65%   17%   4%   14%  
  • 17. 17 5. PLANEJAMENTO E INVESTIMENTO 6. COMERCIALIZAÇÃO Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   37%   13%   43%   6%   prioridade metade dos entrevistados, já demonstra um nível de planejamento satisfatório. Por outro lado,quase 40% dos pecuaristas ainda não têm o hábito de planejar as ações e programar os investimentos. É relevante considerar que o planejamento é uma atividade necessária para garantir a sobrevivência da atividade no curto, médio e longo prazos, servindo para nortear as tomadas de decisão e revisar os rumos do negócio. Ausência de planejamento das ações e programação dos investimentos. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   16%   78%   7%   0%   desafio mais de 93% dos entrevistados não fazem planejamento para venda dos animais. Não se utilizam ferramentas para garantia de preços e mitigação de riscos (mercado futuro), visando garantir melhores resultados na comercialização. Isto ocorre porque os pecuaristasnãoconhecemessesinstrumentos de mercado. Ausência de levantamento de preços praticados pelo mercado; ausência de planejamento de vendas; ausência de uso de instrumentos de mercado para obter melhor resultado nas vendas. Desafios Lacunas Classificação
  • 18. 18 7. INFRAESTRUTURA 8. IDENTIFICAÇÃO DO REBANHO E CONTROLE DA PRODUÇÃO Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   34%   24%   21%   21%   prioridade os resultados revelam que a maior parte das propriedades opera com infraestrutura inadequada ou insuficiente em relação às necessidades mínimas da atividade pecuária (cercas, bebedouros, cochos e curral). Houve evolução no conhecimento acerca da infraestrutura (bem-estar e manejo racional do rebanho), que não foi acompanhado pelo pecuarista. Ausência da quantidade mínima necessária de infraestrutura para atender as demandas da atividade pecuária. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   74%   5%   8%   11%   prioridade mais de 70% dos pecuaristas não realizam a identificação ou o registro das ocorrências do rebanho,impossibilitando a quantificação da produção. Associado à inexistência de controles financeiros, o panorama encontrado é caótico e merece atenção para que seja revertido em breve, garantindo a sobrevivência e a permanência do pecuarista no campo. Ausência de identificação do rebanho (grupo ou individual); ausência de registros acerca das ocorrências com o rebanho;ausência de pesagem dos animais. Desafios Lacunas Classificação
  • 19. 19 9. OFERTA DE ALIMENTO 10. MANEJO E DEGRADAÇÃO DAS PASTAGENS prioridade a principal vantagem competitiva da pecuária brasileira reside na exploração das pastagens tropicais. Por falta de conhecimento técnico associado à falta de assistência técnica eficaz, mais de 80% dos entrevistados indicam ter problemas com a oferta de alimento, comprometendo os indicadores de desempenho produtivo e reprodutivo do rebanho. Oferta de alimento insuficiente para atender a demanda do rebanho durante todo o ano; ausência de estratégias para otimizar o uso dos recursos forrageiros produzidos. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   51%   29%   5%   13%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   34%   62%   1%   1%   prioridade mais de 95% dos pecuaristas indicaram possuir pastos com produtividade em algum estágio de degradação. Não obstante, esse dado revela uma fraqueza muito grande, que repercute diretamente nos indicadores de produtividade, lucro, rentabilidade e, mais do que isso, na sobrevivência da atividade pecuária na região. Ausência de produtividade do pasto para alimentar o rebanho durante o ano. Desafios Lacunas Classificação
  • 20. 20 11. SAÚDE ANIMAL 12. MANEJO RACIONAL DO REBANHO ponto forte a sanidade é um dos pontos forte da pecuária regional. Parte significativa dos entrevistados (acima de 85%) cumpre todas as medidas sanitárias obrigatórias, tanto quanto, adotam medidas preventivas em relação a outras doenças.As campanhas de conscientização dos pecuaristas por parte das autoridades competentes têm gerado resultados satisfatórios. Ausência de medidas contra doenças não exigidas pelo MAPA ou ADAB; falta de padronização e formalização dos procedimentos sanitários. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   0%   14%   76%   9%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   59%   30%   3%   8%   prioridade foi constatado que ainda predomina o manejo tradicional do rebanho (gritos, cachorro, chicote e ferrão). Cerca de 90% dos entrevistados ainda fazem parte desse grupo. A introdução de novas práticas de manejo do rebanho e bem-estar animal é necessária para que haja maior eficácia no na produção de alimentos de forma racional e sustentável.A conscientização dos atores, associada à capacitação das equipes se mostra necessária para que esses objetivos sejam efetivamente alcançados. Ausência de técnicas de manejo racional do rebanho. Desafios Lacunas Classificação
  • 21. 21 13. PADRONIZAÇÃO DE PROCESSOS OPERACIONAIS 14. CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES desafio não mais do que 10% dos entrevistados indicam que existe algum tipo de preocupação efetiva com a padronização dos processos operacionais.Por dedução,em 90% dos casos, os processos são realizados de forma não padronizada (gasto inadequado de tempo, perda de qualidade e aumento de custos; ocorrência de desperdícios). Ausência de padronização dos processos operacionais críticos. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   16%   75%   4%   5%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   18%   58%   17%   0%   7%   prioridade como a maioria dos entrevistados foi de pecuaristas de pequeno porte, era de se esperar um maior grau de informalidade nas relações trabalhistas. Perto de 75% dos entrevistados mostraram falta de conformidade com a legislação em vigor. A ausência de conhecimento sobre a legislação trabalhista e os elevados valores dos encargos sociais, proibitivos em certos casos, são os principais determinantes deste cenário. Ausência de registro dos trabalhadores em carteira. Desafios Lacunas Classificação
  • 22. 22 15. JORNADA DE TRABALHO 16. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI prioridade desafio o pequeno pecuarista tem dificuldade de acompanhar a legislação de forma geral, inclusive a trabalhista. Somado a isso, não foram realizadas ações de esclarecimento dirigidas para uma maior conscientização do empregador brasileiro. Dessa forma, o cenário diagnosticado, apesar de preocupante, é compreensível. Ações de capacitação, esclarecimento e conscientização deverão ser promovidas para permitir a regularização da situação dos empregadores. existe uma minoria de empregadores (13%) que não fornece EPI para os colaboradores. Perto de 16% dos entrevistados fornece todos os EPI recomendados e registra a entrega dos mesmos. Destaca-se ainda, um conjunto significativo de pecuaristas (58%) que cumpre parcialmente as exigências, fazendo a entrega dos EPI, mas não registrando a mesma. Ausência de controle das horas trabalhadas; jornada de trabalho excessiva. Ausência de fornecimento de EPI; ausência de registro de entrega de EPI. Desafios Lacunas Classificação Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   15%   67%   3%   0%   16%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   13%   13%   58%   0%   16%  
  • 23. 23 17. SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR 18. TREINAMENTOS desafio mais de 80% dos entrevistados nunca procedeu a uma avaliação de riscos na propriedade. Consequentemente, não possuem PPRA e PCMSO. Isso ocorre porque grande parte dos pecuaristas não sabe que esses documentos são obrigatórios para todas as propriedades que possuam ao menos um funcionário registrado. Ausência de conhecimento sobre os riscos das atividades realizadas na propriedade em relação à saúde e segurança dos trabalhadores. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   12%   3%   79%   1%   5%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   16%   15%   62%   4%   4%   desafios o grau de conhecimento relativo à pecuária está (muito) abaixo do desejado. Mais de 75% dos entrevistados não tem como prática o treinamento das equipes. Associado ao baixo grau de escolaridade dos trabalhadores é compreensível que existam falhas nas questões de planejamento, execução, controle e ajuste das ações, tanto nas questões econômico-financeiras, como nas operacionais, resultando na baixa lucratividade vivenciada pelo pecuarista. Ausência de capacitação e treinamento periódico para os trabalhadores. Desafios Lacunas Classificação
  • 24. 24 19. RESERVA LEGAL - RL 20. ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE desafio desafio perto de 8% dos entrevistados não possuem área destinada à reserva legal. Outros 51% possuem reserva legal sem identificação e sem averbação desta área na matrícula. Portanto, há necessidade de conscientizar e capacitar o pecuarista para que as áreas sejam preservadas e regularizadas. a situação das APP é relativamente mais delicada do que aquela encontrada para a RL. Cerca de 40% dos entrevistados que devem preservar as APP encontra-se em situação irregular. Por outro lado. 16% dos entrevistados (ou perto de 30% daqueles que devem preservar APP) encontram-se integralmente regularizados. Ausência de área destinada à reserva legal; ausência de identificação da reserva legal com placa;ausência de averbação da reserva legal na matrícula da propriedade. Ausência de destinação correta para asAPP; ausência de isolamento para as APP. Desafios Lacunas Classificação Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   1%   8%   51%   14%   25%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   43%   21%   1%   19%   16%  
  • 25. 25 21. RECURSOS HÍDRICOS 22. CONSERVAÇÃO DO SOLO prioridade mais de 95% dos pecuaristas entrevistados afirmam que não adotam práticas convencionais para a conservação do solo. Esse dado merece ser tratado com atenção. Medidas de conscientização e capacitação parecem ser necessárias para que práticas efetivas de conservação do solo sejam adotadas periodicamente. Ausência de utilização de práticas de conservação do solo e/ou contenção de erosões. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   80%   9%   1%   9%   prioridade existe certa dificuldade de cumprimento das exigências legais (âmbitos trabalhista e ambiental). Por uma questão de desconhecimento da legislação, mais de 80% dos entrevistados estão irregulares. Não obstante, quase 10% dos entrevistados adotam práticas de uso racional da água e/ou possuem um plano de manejo dos recursos hídricos da propriedade. Ausência de documento de outorga ou dispensa de outorga de água; ausência de práticas para o uso racional da água. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   34%   62%   0%   4%  
  • 26. 26 23. RELAÇÃO COM A COMUNIDADE 24. IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS ponto forte a maioria dos pecuaristas (perto de 97% dos entrevistados) mantem uma relação de proximidade com os vizinhos e a comunidade, participando das reuniões, atividades e eventos. Esse comportamento pode ser muito bem aproveitado, inclusive para intensificar as ações de conscientização e capacitação dos pecuaristas e da própria comunidade. Ocorrência de conflitos e/ou uma relação mínima de aproximação com a vizinhança. Desafios Lacunas Classificação Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   0%   1%   1%   49%   49%   Não   aplicável  /   Não   respondido   Estágio  1   Estágio  2   Estágio  3   Estágio  4   1%   25%   68%   0%   5%   desafio cerca de 5% dos pecuaristas, possivelmente, os de porte grande e, talvez um ou outro médio, realizou uma avaliação dos riscos socioambientais da atividade pecuária. A maior parte dos pecuaristas entrevistados (acima de 93%), por outro lado, ainda não promoveu uma avaliação dos riscos que a atividade pecuária pode promover à comunidade. Muitos, inclusive não têm conhecimento sobre a necessidade e o alcance de uma avaliação dessa natureza. Ausência de conhecimento sobre os impactos socioambientais da atividade para a comunidade. Desafios Lacunas Classificação
  • 27. 27 25.NãoConformidadesLegais 0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90%   100%   PPRA  inexistente   PCMSO  inexistente   Ausência  de  avaliação  de  riscos  da  a:vidade   Ausência  de  registro  para  trabalhadores  temporários   Ausência  de  exame  médico  admissional  para  trabalhadores   temporários   Área  de  APP  não  iden:ficada   Ausência  de  registro  de  entrega  de  EPI   Ausência  de  contribuição  sindical   Ausência  de  outorga  ou  despensa  de  outorga  para  o  uso  da  água   Registro  de  jornada  não  arquivado   Ausência  de  registro  de  jornada   Ausência  de  pagamento  das  parcelas  do  lote  (assentado)   Ausência  de  exame  médico  admissional  para  todos  os  trablahdores   contratados   Ausência  de  iden:ficação  individual  do  rebanho   Não  emite  nota  fiscal  de  venda  da  produção   Ausência  de  registro  dos  trabalhadores  contratados  por  tempo   indeterminado   Ausência  de  recolhimentos  dos  encargos  trabalhistas   Falta  de  proteção  às  APPs   Arquivamento  dos  comprovantes  de  registro  dos  trabalhadores   Ausência  de  treinamento  sobre  a  correta  u:lização  dos  EPIs   Não  verificação  do  uso  de  EPI  pelos  trabalhadores   Gado  ou  cul:vo  em  área  de  APP   Ausencia  de  iden:ficação  do  rebanho  por  grupos  ou  lotes   Áreas  de  APP  degradadas   Não  possui  cer:dão  da  cadeia  dominial  da  propriedade   Ausência  de  registro  dos  acidentes  que  ocorrem  na  propriedade   Ausência  de  cer:dão  de  ônus  reais  legais  ou  convencionais  da   propriedade   CCIR  desregularizado  junto  ao  INCRA   Ausência  de  registro  de  horas  extras   Excesso  de  jornada   Áreas  de  APP  à  serem  preservadas   Não  pagamento  de  horas  extras   Não  fornecimento  de  EPI   Ausência  de  sistema  de  comunicação  e  transporte  para  as   emergências   Matricula  do  imóvel  desregularizada   Ausência  de  Reserva  Legal   Ausência  de  folga  semanal  para  os  trabalhadores   Ausência  de  escritura  ou  contrato  de  compra  e  venda  do  imóvel   ITR  desregularizado   Trabalho  de  jovens  entre  16  e  18  anos   Ausência  de  intervalo  de  pelo  menos  11  horas  de  uma  jornada  para   outra   %  de  fornecedores  em  não  conformidade     (encima  do  número  total  de  fornecedores)  
  • 28. 28 A partir dos resultados do diagnóstico, ficou evidente que o pecuarista, na maior parte dos casos, temconhecimentolimitadonoquetangeasquestõestécnicas,operacionais,produtivas,gerenciais, econômico-financeiras e legais. Como consequência, a situação do pecuarista se revelou precária e preocupante, sobremaneira para um horizonte de sobrevivência e sustentabilidade da pecuária no médio e longo prazo. A necessidade de treinamento e capacitação do pecuarista (proprietário) e dos trabalhadores é incontestável, de sorte que, ações emergenciais e urgentes devem ser propostas nesse sentido visando aprimorar as questões supracitadas para que haja garantia de permanência do pecuarista no campo, gerando emprego e renda. Ainda que não tenha sido diretamente avaliado, outro ponto que necessita ser revisto e aperfeiçoado diz respeito à cultura e a filosofia de trabalho dos pecuaristas. Esta é uma ação para longo prazo, que precisa ser iniciada de alguma forma. As principais lacunas e gargalos levantados pelo diagnóstico são, em última análise, frutos de uma cultura pouco evoluída e de uma filosofia extrativista de uso dos recursos produtivos. O Guia de Autoavaliação – Pecuária mostrou que existem diversas questões importantes que precisam ser tratadas com atenção para garantir a sobrevivência do pecuarista no campo. Ficouevidentequeexistemlacunasimportantesqueprecisamserrevistasecorrigidas.Estaslacunas foram identificadas tanto nas questões gerenciais, econômico-financeiras, técnicas, operacionais, e também àquelas relativas à legislação vigente, com ênfase à trabalhista e ambiental. Do exposto, pode-se concluir que o pecuarista é carente de informações em todos os aspectos citados, sendo diretamente penalizado pela implantação de uma legislação trabalhista e ambiental, ambas extremamente sofisticadas. Considerando que o estabelecimento dessas legislações não foi acompanhado de qualquer tipo de trabalho de orientação, acompanhamento e ou esclarecimento por parte dos órgãos competentes, é necessário considerar que o pecuarista deve ser tratado com respeito e dignidade e terá o compromisso de melhorar as práticas em sua propriedade. Emassimsendo,aeducaçãoformalassociadaàcapacitaçãoetreinamentocontínuopoderágarantir o acesso às ferramentas necessárias para a geração de lucro, produtividade, atendimento integral à legislação vigente e satisfação para o pecuarista no médio e longo prazo. Por consequência, as próximas etapas do projeto deverão contemplar ações ligadas à educação, capacitação e aperfeiçoamento do pecuarista. 9. DISCUSSÃO 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 29. 29
  • 30. 30 Acrioeste Avenida Ahylon Macedo 11 Bairro Morada Nobre, Barreiras | BA telefone: +55 77 3611.5027 Profissional Assessoria Rua Capitão Miranda 512 Centro, Barreiras | BA telefone: +55 77 3613.6654 Solidariedad Network Rua Pinto Gonçalves 31 Bairro Perdizes, São Paulo | SP telefone: +55 11 2532.4525