O documento discute o desafio das mídias e redes sociais para a Igreja. Apresenta uma palestra sobre como a tecnologia pode ser usada para sustentar, suplementar ou subverter as atividades da Igreja, e que mudanças nos meios podem melhorar o desempenho sem alterar os fins da Igreja. Também destaca a importância de considerar possíveis consequências não intencionadas da introdução de novas tecnologias.
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
Igreja Virtual e Desafios das Mídias
1. A Igreja Virtual
O Desafio da Mídias e Redes Sociais - 3
Eduardo Chaves
chaves@igrejavirtual.space
https://igrejavirtual.space
Faculdade de Teologia
São Paulo
Igreja Presbiteriana Independente
FATIPI
Programa “Faculdade Aberta”
12-14 de Julho de 2016
Slides disponíveis em
http://pt.slideshare.net/edwardkeys
2. Dois Anúncios de Cigarro
“Experimente Carlton: o prazer de fumar”
“Se você fuma, experimente Carlton”
O que muda, de um anúncio para o outro?
3. Comparação: Aula 1 e Aula 2
Na primeira aula, quase só eu falei (como pastor no
púlpito...)
Na segunda aula, todo mundo teve oportunidade de falar e
muitos falaram, havendo um maior nível de interação,
diálogo, discussão, debate
O que foi mais produtivo?
O que eu falei na terça-feira vocês podem encontrar no site
O que foi dito por todos ontem aqui é bem mais difícil
reconstruir
O que gerou maior desconforto ou incômodo? O que
mexeu mais com a gente?
No primeiro dia, quase ninguém quis falar; ontem houve
4. Tecnologia e Mudança
Quando contemplamos usar a tecnologia em nossa vida
pessoal, ou introduzir a tecnologia em alguma instituição,
como a Igreja, contemplamos, necessariamente, um
processo de mudança
Ou vamos ter de fazer as coisas que fazíamos de forma
diferente
Ou vamos ter de fazer coisas novas, que não fazíamos
antes
Ou vamos ter de deixar de fazer coisas que fazíamos
anteriormente
Não há escapatória: quem não está disposto a enfrentar
algum tipo de mudança, ou em sua vida pessoal, ou na
instituição em que está envolvido, é melhor nem começar
a pensar no uso da tecnologia
5. Mudanças, Fins e Meios
Começar a fazer coisas novas ou deixar de fazer coisas
velhas é (vamos estipular) fazer uma mudança nos
nossos fins
Começar a fazer de forma diferente as mesmas coisas
que sempre fizemos é (vamos estipular) fazer uma
mudança nos nossos meios
Vamos manter isso em mente: tudo o que a gente discutiu
ante-ontem e ontem sobre o uso de tecnologia na Igreja
foi do ponto de vista da mudança de meios, não de
mudança de fins
Isso não quer dizer que mudança de meios não seja
importante:
a mudança da missa católica do Latim para o vernáculo
6. Mudança: Desejo e Insatisfação
Para que a gente mude é preciso, em primeiro lugar, que
a gente queira mudar...
Para que uma instituição razoavelmente democrática
mude é preciso, em primeiro lugar, que sua liderança e
seus membros queiram mudar
Para que uma pessoa ou uma instituição queira mudar é
preciso que haja algo nela que incomoda, que nos deixa
insatisfeitos
Se nos achamos perfeitos, ou achamos perfeita a
instituição com a qual estamos envolvidos, não teremos
motivação para mudar
A razão pela qual Deus é imutável é que ele é também
7. Mudança: A Realidade
Mudar não é fácil, mesmo quando se reconhece a
necessidade de mudar e se deseja mudar
O ser humano é uma criatura de hábitos, que se
acostuma a fazer algumas coisas, ou a fazer algumas
coisas de determinada forma, e esses hábitos facilmente
se tornam arraigados, difíceis de extirpar
Para mudar, precisamos APRENDER a fazer outras coisas
(fins), ou a fazer as mesmas coisas de forma diferente
(meios)
Mas, e mais importante, para mudar precisamos
DESAPRENDER de fazer as coisas que queremos mudar, ou
desaprender de faze-las da forma em que estávamos
acostumados a faze-las
8. Tipos de Mudança
Localizada (setorizada, parcial, focada)
Exemplo na área de mudança física
Exemplos (na Igreja):
Mudar a nossa forma de evangelizar
Mudar o estilo do nosso culto
Mudar a forma de lidar com os adolescentes
Sistêmica (abrangente, generalizada, envolvendo todos os
aspectos)
Exemplo na área de mudança física
Exemplo (na Igreja)
Mudar o conceito de Igreja, os objetivos da Igreja, a forma
como ela atua, etc.
Mudança de meios é, basicamente, mudança do primeiro
9. Mudança pequena,
parcial, lenta,
incremental,
superficial
Mudança ampla,
total, rápida,
sistêmica, profunda
Mudança dentro
do paradigma
vigente: próxima
do pensamento
e/ou da prática
atual
Mudança que
subverte o
paradigma:
distante do
pensamento e da
prática atual
REFORMA
TRANSFORMAÇÃO
Mudança: Reforma, Inovação e Transformação
[Adaptado de David Hargreaves, Education Epidemic ]
+
−
10. Tecnologia e Mudanças
A tecnologia pode servir a três propósitos básicos à
medida em que entra em uma organização qualquer
(como a Igreja):
Sustentar, isto é, sustentar e apoiar o que já se faz ali
Suplementar, isto é, enriquecer e expandir o que já se faz
ali
Subverter, isto é, solapar e transformar o que se faz ali
Em outras palavras, a tecnologia pode entrar em uma
organização com um dos seguintes objetivos:
Conservador
Reformador
Transformador
11. Conservar, Reformar,
Transformar
Se estamos totalmente satisfeitos com o desempenho de
uma instituição, agimos de forma conservadora – “não se
mexe em time que está ganhando”, ou, “quando algo já
está perfeito, qualquer mudança será para pior”
Se estamos insatisfeitos com alguns aspectos do
desempenho de uma instituição, mas achamos que, no
geral, ela está bem, agimos de forma reformadora,
tentando mudar apenas aqueles aspectos que deixam
algo a desejar, preservando e melhorando os demais
Se, porém, estamos totalmente insatisfeitos com o
desempenho de uma instituição, agimos de forma
transformadora, removendo as barreiras ou os freios que
impedem ou reduzem a inovação
12. Voltando à Analogia
Comparar com Jeff Bezos e a Amazon
Alguma coisa do que Jeff Bezos propôs para a Amazon
envolve alguma mudança no conceito de livro em si, nas
finalidades do ato de escrever, nos hábitos e costumes
dos autores?
Ou, apesar de todas as mudanças, Jeff Bezos e a
Amazon estão deixando o texto e o livro intactos, estão
apenas facilitando o acesso a eles e expandindo o seu
alcance e a possibilidade de seu impacto?
13. Voltando para a Igreja
Alguém aqui está insatisfeito com algum dos objetivos ou
funções da Igreja atual e está disposto a tentar muda-los?
Alguém aqui tem desejo e interesse de acrescentar algum
objetivo ou função à Igreja como a conhecemos?
Alguém aqui acha que a forma de fazer as coisas que a
Igreja atual adota é perfeita, não comporta nenhuma
mudança?
Lidando apenas com os meios, não com os fins, alguém
acha que eles podem melhorados, aprimorados,
aperfeiçoados?
Quais os meios que podem ser melhorados?
14. Um Lembrete Importante
“Quando você pensar sobre como as mídias sociais podem ajudar
o seu ministério, evite pensar em termos ‘ou isto / ou aquilo’. Em
vez de perguntar ‘Devemos fazer isso virtualmente em vez de
continuarmos a fazer como atualmente o fazemos?’, pergunte:
‘Como pode a comunicação virtual melhorar e enriquecer as
formas em que atualmente executamos esse ministério?’ As mídias
sociais são um conjunto de ferramentas que aumentarão
exponencialmente sua capacidade de executar os ministérios da
Igreja. As mídias sociais são tanto um estetoscópio, que magnifica
sua habilidade de ouvir a sua congregação e a sua comunidade,
como um megafone, que magnifica sua habilidade de se fazer
ouvido quando você leva a palavra de Deus para a sua
comunidade. Sua pergunta sempre deve ser ‘Como eu posso usar
essas novas ferramentas para melhorar o nosso desempenho
como membros da igreja?’”
15. Consequências não
Intencionadas
A tecnologia em geral produz mudanças nas pessoas e
nas instituições que não faziam parte das intenções
daqueles que inicialmente contemplaram e propuseram o
seu uso
Em geral subestimamos o impacto que a introdução de
uma tecnologia pode causar
Computador uso na guerra
E-mail não pretendia substituir o correio tradicional
Televisão teleteatro, teleconcerto, telesporte
Telefone Móvel Chamadas feitas e recebidas em
qualquer lugar