1. O profissional de Línguas Estrangeiras Aplicadas às Negociações
Internacionais no contexto brasileiro:
atuação profissional e seus desafios
Profa. Adriana Ramos
Prof. Antonio Ferreira da Silva Junior
Departamento de Línguas Estrangeiras Aplicadas
CEFET/RJ
01 de dezembro de 2017
Colégio Hispano-Brasileiro
2. Pontos para reflexão
1.Implantação do projeto Leani na realidade do Cefet/Rj;
2.Que formação em Linguagens esperamos?
3.Representações de alun@s em formação;
4.Desafios e desdobramentos
4. 8 campi no Estado do Rio de Janeiro
+ 900
Professores
+ 600 Administrativos
5. Motivação para a abertura do curso
■ Anseios profissionais pelo crescimento da área na estrutura interna da
instituição.(Maracanã e demais unidades);
■ Histórico do ensino de LE na instituição (Projeto Nacional ESP – PUC-SP,
Professores Multiplicadores, Campo de estágio, etc);
■ Atuação no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Ensino de Línguas
Estrangeiras (desde 2011);
■ Experiência de internacionalização do CEFET/RJ;
■ Projeto de transformação do CEFET/RJ em UTFRJ;
■ Ampliação da oferta de cursos de Linguagens/Letras no cenário da Rede
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.;
■ Crescimento da instituição no cenário da RFEPT.
6. Originalidade da proposta/ Justificativa:
-Ausência desse tipo de curso no Estado do Rio de Janeiro (somente
três cursos no país:
UESC – Ilhéus (2002),
UFPB – Campus João Pessoa (2009)
UnB – Campus Brasília (2011).
- Carência de profissionais no mundo contemporâneo com domínio de
diferentes línguas estrangeiras aliado à administração, economia, direito e
cultura geral.
- Projeção do Brasil no cenário internacional.
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11. Mercado traduzido:
Pagamentos feitos a
intérpretes no país crescem
acima da média mundial
RIO - Um mercado que deve movimentar US$ 33,5 bilhões (R$ 69,3 bilhões), em
todo o mundo este ano, encontra no Brasil espaço para se expandir. Nos últimos
dez anos, segundo a empresa americana de pesquisa de marketing Common Sense
Advisory, serviços linguísticos de tradução, interpretação e localização são cada
vez mais procurados, exigindo um número maior de profissionais qualificados para
atuar no país. O fortalecimento da economia e a realização de eventos como a
Rio+20, Copa de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016 são fatores que, segundo
especialistas, impulsionam esse crescimento — que tende a continuar. Afinal, com
mais acontecimentos de porte internacional por aqui, maior é a necessidade de se
traduzir. E para diferentes idiomas.
Leia mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/emprego/mercado-traduzido-5235110#ixzz1z3x7HfXq
12. BACHARELADO EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS APLICADAS ÀS
NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS
Missão do curso:
- Formar um profissional multidisciplinar para atuar em diferentes
contextos do mundo contemporâneo.
- Desenvolver o conhecimento de três línguas estrangeiras (inglês,
espanhol e francês), de suas respectivas culturas, da língua materna e de
saberes do mundo corporativo e de serviços (Administração, Economia,
Direito, Turismo) com o objetivo de formar um profissional conhecedor de
diferentes culturas e questões organizacionais.
Perfil do profissional egresso:
O curso pretende formar assessores internacionais, cuja atuação pressupõe
competências como: negociação e gerenciamento, assessoramento
empresarial, intermediação de conflitos, coordenação de processos,
elaboração e desenvolvimento de projetos, conhecimento sócio-político
de diferentes culturas, promoção do intercâmbio comercial e cultural, etc.
21. Espera-se que esse profissional seja capaz de:
entender a linguagem como uma prática discursiva, social e
historicamente constituída;
refletir sobre o uso da linguagem em múltiplos contextos profissionais e
interculturais;
compreender e se apropriar dos diferentes gêneros presentes nas
práticas da língua/ dos gêneros profissionais;
refletir sobre o uso social da linguagem, principalmente, no contexto de
negócios/atividade profissional;
entender sua identidade linguística e cultural e de um sujeito produtor
de diferentes discursos com intencionalidades múltiplas;
conseguir mediar negociações entre diferentes culturas e em múltiplas
LE, além de perceber as implicações sócio-políticas do interdiscurso;
desenvolver o conhecimento instrumental para fins de
comunicação/formação linguística em espanhol, francês e inglês;
ver-se como um consultor linguístico conhecedor do mercado de LE,
políticas públicas e projetos de cunho intercultural.
29. Sobre representações do Curso Leani, Silva Júnior (2015) aponta:
Falta de entendimento do que seja LEANI:
mercado de trabalho;
contexto federal;
Comunidade interna e acadêmica (Letras # Línguas Estrangeiras Aplicadas #RI)
Pontos positivos:
O aprendizado de três idiomas;
O contato com diferentes áreas do conhecimento;
Flexibilidade de atuação no mercado/ Possibilidade de adaptação em vários espaços;
Troca de experiências culturais.
Necessidades:
Revisão na matriz curricular de modo constante;
O acadêmico deve assumir e reconhecer o papel do seu curso de graduação;
Envolvimento/ diálogo/ colaboração entre os professores atuantes no curso LEANI;
Divulgação da pesquisa acadêmica produzida no curso.
30. Participante A
Enquanto egressa da UESC, precursora do curso LEA no Brasil, nos últimos 5
anos observei um crescente interesse e reconhecimento do curso na
comunidade acadêmica, que até em 2008 não o conhecia suficientemente.
Tive a oportunidade de estudar o mesmo curso em uma instituição
estrangeira, em um programa de intercambio e em um programa regular.
Nessas experiências constatei que a grade curricular do curso LEA proposto
no Brasil é mais densa e há mais incentivo à programas de iniciação e
produção cientifica. Em relação ao mercado de trabalho, acredito que o
curso LEA no Brasil tem sido bastante valorizado, visto a variedade de
disciplinas abordadas e especialmente as competências linguisticas
desenvolvidas. Acredito ainda, baseado em experiência pessoal, que o
profissional LEA do Brasil é mais valorizado no recém descoberto mercado
nacional que em mercados onde ele existe há mais tempo, como na França.
Para concluir, sinto-me extremamente realizada em ter escolhido este
curso, pois ele me abriu muitas portas.
31. Participante B
LEA é o curso do futuro, ou melhor do agora. Eu mesmo acredito ser
muito interessante esse curso, pois o profissional egresso será capaz
de se engajar em qualquer causa trabalhística em qualquer lugar no
mundo. Logo que tenha um elo que o faz participar daquela causa.
Por exemplo, após o curso poderia se especializar em qualquer área
e será capaz de se desenvolver nela. Creio que em princípio essa
disformidade para alguns estudantes, gera conflitos e até um
desespero interno, porém ao chegar ao fim da graduação o
indivíduo sentirá muito mais motivado a continuar seu sonho em
qualquer carreira que desejar, pois as habilidades conquistadas no
LEA aprimoram qualquer profissão que por este for escolhida.
33. Por ser um curso com pouco histórico de pesquisas, ainda
precisam ser mapeadas representações de alunos em formação e de
egressos, além de experiências teórico-práticas de professores
formadores das diferentes LE obrigatórias do curso.
46. “Aprender outro idioma não só revela como pensam e sentem outras
sociedades, suas experiências e valores e como se expressam; mas
também proporciona um espelho cultural no qual podemos ver mais
claramente nossa própria sociedade”
(Edward Lee Gorsuch)
47. BIBLIOGRAFIA
• BRASIL, MEC, Expansão da Rede Federal. Disponível em:
<www.http://portal.mec.gov.br/setec/index.php?
option=content&task=view&id=91&Itemid=207>. Último acesso em: 03 set 2009.
• CELANI, Maria Antonieta Alba; FREIRE, Maximina M.; RAMOS, Rosinda de Castro Guerra (orgs.) A
abordagem instrumental no Brasil: um projeto, seus percursos e seus desdobramentos.
Campinas, SP: Mercado das Letras, EDUC, 2009.
• CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares para os cursos de Letras. Parecer
CNE/CES 492/2001a.
• SILVA JÚNIOR, Antonio Ferreira. Cursos de Letras no universo de instituições tecnológicas: o
projeto do Bacharelado do CEFET/RJ. In: Anais do VI Colóquio Internacional de Políticas e
Práticas Curriculares - Currículo: (re)construindo os sentidos de educação e ensino. João Pessoa:
UFPB/Enterprise, 2013. v. 1. p. 1741-1758.
• ONODERA, Jorge. Análise de necessidades do uso da língua inglesa na execução
de tarefas em uma empresa multinacional. 2010. 119 f. Dissertação (Mestrado em
Lingüística) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2010.
• SOBRAL, Francisco José Montório. “Os desafios do Ensino Superior nos Institutos Federais”.
Disponível em: < http://www.ifc-riodosul.edu.br/secao/capacitacao/artigos/Palestra%20Rio
%20do%20Sul%20II.pdf>. Último acesso em: 05 jan. 2012.