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GESTÃO DA QUALIDADE
FERRAMENTAS
DA QUALIDADE
DEFINIÇÃO
As ferramentas da qualidade são as técnicas
utilizadas nos processos de Gestão da Qualidade,
principalmente a partir da década de 50, com base
em conceitos e práticas existentes, aplicando
fortemente a Estatística.
As ferramentas da qualidade são gerenciais e
permitem análises de fatos e tomada de
decisão com base em dados, dando a certeza de
que a decisão é realmente a mais indicada.
Proporcionar à todos aqueles que
administram executam atividades dentro
de industrias, empresas de prestação de
serviços, etc., uma metodologia e
ferramentas eficientes nos processos da
melhoria da qualidade e na busca da
excelência da qualidade dos produtos e
serviços e do meio ambiente.
OBJETIVOS
• Superprodução;
• Transporte;
• Processamento em si;
• Movimentação;
• Estoque;
• Defeitos;
• Espera.
AS 7 GRANDES PERDAS
FERRAMENTAS GERENCIAIS
1. AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS
2. MÉTODOS ESPECÍFICOS DE GESTÃO
AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS
a) Brainstorming
b) Cartas de controle
c) Diagrama de causa e efeito
d) Lista de verificação
e) Diagrama de Pareto
f) Plano de ação 5W2H
BRAINSTORMING
A técnica do Brainstorming (tempestade de
idéias) é um processo de grupo em que os
indivíduos emitem idéias de forma livre, sem
críticas, no menor espaço de tempo possível. Os
grupos, geralmente, são formados por 5 a 12
integrantes, sendo a participação voluntária.
O propósito do Brainstorming é lançar e detalhar
idéias com certo enfoque, originais, em uma
atmosfera sem inibições. Busca-se diversidade de
opiniões a partir de um processo de criatividade
grupal. Adicionalmente, é uma ferramenta para o
desenvolvimento de equipes.
- capacidade de auto-expressão
- liberação da criatividade
- capacidade de aceitar e conviver com diferenças
- ausência de julgamento prévio
- registro de idéias
- capacidade de síntese
- delimitação de tempo
- ausência de hierarquia durante o processo
O Brainstorming apresenta as
seguintes características:
O Brainstorming tem as
seguintes fases:
-clareza e objetividade na apresentação dos
assuntos
- geração e documentação das idéias
- análise e seleção das idéias
CARTAS DE CONTROLE
É um tipo de gráfico para monitorar a variação
de um processo, identificando as causas
comuns (intrínsecas ao processo) e especiais
(aleatórias).
As causas comuns estão relacionadas ao
funcionamento do próprio sistema (ex.: projeto
e equipamentos).
Por sua vez, as causas especiais refletem
ocorrências fora dos limites de controle (ex.:
falha humana e matéria prima não conforme).
Limite sup. de especificação
Limite sup. de controle
Média
Limite inf. de controle
Limite inf. de especificação
CARTAS DE CONTROLE
É um método particularmente efetivo de
ajudar a pesquisar as raízes do problema
através do levantamento de questões. A
partir dos questionamentos deve-se ir
preenchendo a espinha.
DIAGRAMA DE ISHIKAWA
(Espinha de Peixe/ Causa e Efeito)
DIAGRAMA DE ISHIKAWA
(Espinha de Peixe/ Causa e Efeito)
Também conhecido como diagrama de
Ishikawa, é uma representação gráfica das
possíveis causas que levam a um efeito
(defeito/falha).
As causas são agrupadas por categorias e
semelhanças: materiais, equipamentos,
pessoas e processos.
Etapas:
- discussão do assunto
- descrição do efeito
- levantamento das possíveis causas
- análise do diagrama e coleta de dados
DIAGRAMA DE ISHIKAWA
(Espinha de Peixe/ Causa e Efeito)
MATERIAIS EQUIPAMENTOS
>insumos >falta de manutenção
de baixa preventiva
qualidade
>uso inadequado do
>armazenamento equipamento
inadequado
Exames de
laboratório
com erros
>falta de padrões >desmotivação
documentados
>baixo nível de >treinamento
padronização inadequado
PROCESSOS PESSOAS
LISTA DE VERIFICAÇÃO
É uma ferramenta que permite quantificar a
freqüência com que certos eventos ocorrem,
em um período de tempo. Serve para a
construção do Diagrama de Pareto.
As etapas para a elaboração:
- estabelecer o que será verificado
- período em que os dados serão coletados
- utilizar um formulário de fácil manuseio
- dados confiáveis e consistentes
Itens No de Reclamações
(freq.)
a) Loja Leste 60
b) Loja Sul 50
c) Loja Oeste 40
d) Loja Norte 30
e) Loja Centro 20
Total 200
Ex.: reclamações dos clientes de uma
pequena rede de varejo ao SAC, durante
o mês de janeiro/2006.
DIAGRAMA DE PARETO
É um gráfico de barras construído a partir de
coletas de dados utilizando-se uma lista de
verificação. Pode ser empregado quando se
deseja priorizar problemas relativos a um
determinado assunto.
No eixo horizontal está a descrição dos
eventos.
Nos eixos verticais direito e esquerdo,
mostram, respectivamente, o número das
ocorrências e o percentual.
Ex.: reclamações dos clientes de uma pequena
rede de varejo ao SAC, durante o mês de
janeiro/2006.
a b c d e
freqüência
absoluta
freqüência
relativa
100 %
200
60
PLANO DE AÇÃO (5W2H)
Utilizado no mapeamento e padronização de
processos, na elaboração de planos de ação e nos
procedimentos associados a indicadores. Busca-se o
fácil entendimento através da definição de
responsabilidades, métodos, prazos, objetivos e
recursos.
WHY - (Por que fazer)
WHAT - (O que será feito)
WHERE - (Onde será feito)
WHEN - (Quando será feito)
WHO - (Quem fará)
HOW - (Como fará)
HOW MUCH - (Quanto custará)
MÉTODOS ESPECÍFICOS DE
GESTÃO
a) Definição
b) Círculos de Controle da Qualidade
c) Seis Sigma
d) FMEA
e) MASP
d) Outros métodos
MÉTODOS ESPECÍFICOS DE GESTÃO
DEFINIÇÃO
Os métodos específicos de gestão representam
um conjunto de práticas disponíveis para a
gestão de empresas. Utilizam-se ferramentas
de gerenciamento e técnicas aplicadas na
condução de grupos.
Tais métodos são implantados pelas diversas
áreas da organização à medida em que surgem
necessidades específicas.
CÍRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE
Também conhecidos como times da
qualidade. São formados por funcionários
da base hierárquica da organização que se
propõem voluntariamente e de forma
autônoma, desenvolver trabalhos na
busca de melhorias em seus setores de
trabalho. Estas melhorias na qualidade
podem ser no ambiente de trabalho, no
aumento da produtividade, na redução de
custos, etc.
Benefícios para as pessoas que
participam:
> Aprendem a trabalhar em equipe
> Permitem o auto-desenvolvimento
> Os membros adquirem autoconfiança
> Incentivo à criatividade e inovação
> Solução dos problemas no posto de trabalho
> Melhoria nas condições de trabalho
> Maior satisfação no trabalho
> Melhoria na qualidade de vida
Benefícios para a empresa:
> Melhoria da qualidade do produto
> Melhor aproveitamento dos recursos
disponíveis
> Redução de custos
> Racionalização do trabalho
> Aumento da produtividade
> Maior integração entre empregados
> Melhoria do ambiente de trabalho
Os grupos de um círculo de
controle da qualidade
Os grupos têm de 4 a 8 funcionários, que deve
ser oficializado pela empresa e com a
autorização do supervisor/gerente da área.
Na primeira reunião do grupo, são eleitos o
líder e o secretário.
Os integrantes do grupo devem receber
treinamento na utilização de ferramentas da
qualidade.
SEIS SIGMA
A estratégia Seis Sigma é uma extensão dos
conceitos da Qualidade Total com foco na
melhoria contínua dos processos, iniciando por
aqueles que atingem o cliente diretamente. A
estratégia Seis Sigma não é uma proposta
inovadora, foi introduzida e popularizada pela
Motorola.
Ela aproveita todas as iniciativas dos
programas da qualidade que estão em
andamento ou que já foram implementadas na
empresa, harmonizando-as e estabelecendo
metas desafiadoras de redução de desperdício.
No Brasil, seguindo essa tendência, registram-se
iniciativas na Brahma, Belgo Bekaert, Ford, Gerdau,
Maxion, Votorantim Cimentos, América Latina, Fiat
Logística, Líder Táxi Aéreo, Tupy Fundições, Kodak
e Mangels.
SEIS SIGMA
Embora os resultados divulgados sejam de
grandes empresas, a filosofia que sustenta o Seis
Sigma é a da melhoria contínua e pode ser
aplicada em organizações de todos os tamanhos,
nos vários ramos de prestação de serviços ou de
manufatura, seja de capital público ou privado.
SEIS SIGMA
A estratégia Seis Sigma considera a natureza do
negócio, seu tamanho, suas características
específicas e os aspectos culturais e sociais das
pessoas que dele participam.
Nessa caracterização, são identificadas as
lacunas existentes entre as necessidades e
desejos dos clientes e as atuais capacidades
produtivas.
Para cada empresa, são escolhidas as
ferramentas da qualidade a serem empregadas,
sendo estabelecidas as metas e quantificados os
recursos necessários para atingi-las.
SEIS SIGMA
Reduzir o desperdício
Uma preocupação permanente na estratégia Seis
Sigma é a redução da quantidade de desperdício, que
tecnicamente é denominada de “defeito”.
No Seis Sigma, defeito é qualquer desvio de uma
característica que gere insatisfação ao cliente
(externo ou interno).
O fato de que um processo Seis Sigma equivale à
redução de defeitos em produtos ou serviços para
um nível de 3,4 defeitos por milhão causa um
bloqueio inicial às organizações, que julgam ser
praticamente impossível.
SEIS SIGMA
Ciclo DMAIC
Na estratégia Seis Sigma o ciclo DMAIC
representa a melhoria contínua dos processos.
D – Define (Definir)
M – Measure (Medir)
A – Analyze (Analisar)
l – Improve (Melhorar)
C – Control (Controlar)
SEIS SIGMA
Ciclo DMAIC - DEFINIR
Nesta etapa é necessário definir os pontos:
- as necessidades e desejos dos clientes;
- transformar as necessidades e desejos dos
clientes em especificações do processo,
considerando a disponibilidade de
fornecimento de insumos, a capacidade
produtiva e o posicionamento do serviço ou
produto no mercado, tendo em conta as
ofertas dos concorrentes.
SEIS SIGMA
Ciclo DMAIC - MEDIR
Nesta etapa é necessário medir com muita
precisão o desempenho de cada etapa do
processo, identificando os pontos críticos e
passíveis de melhoria.
Todas as vezes que ocorrem defeitos no
processo ocorrem gastos adicionais de
recursos para repor o nível de produção e
estes precisam ser mensurados.
SEIS SIGMA
Ciclo DMAIC – ANALISAR
Analisar os resultados das medições
possibilita a identificação das “lacunas”, ou
seja, determinar o que falta nos processos
para atender e encantar os clientes.
Para realizar as melhorias são elaborados
projetos ou planos de ação acompanhados
de cronogramas, dimensionamento de
recursos necessários, custos e retorno do
investimento.
SEIS SIGMA
Ciclo DMAIC – IMPLANTAR MELHORIAS
O sucesso da implementação das melhorias
está relacionado com a forma de venda do
plano às pessoas, que deve contemplar a
demonstração das vantagens que a mudança
vai trazer e, sempre que possível, aproveitar
suas contribuições na operacionalização da
estratégia.
SEIS SIGMA
Ciclo DMAIC – CONTROLAR
O estabelecimento de um sistema
permanente de avaliação e controle é
fundamental para garantia da qualidade
alcançada e identificação de desvios ou
novos problemas, os quais devem exigir
ações corretivas e padronizações de
procedimentos.
SEIS SIGMA
Os participantes do processo
Um dos pontos mais importantes para se
implementar o programa Seis Sigma é a
capacitação de especialistas, assim, apresentam-
se os seguintes participantes:
- Green Belts: profissionais que participam das
equipes lideradas pelos Black Belts na condução
do Seis Sigma.
- Black Belts: são aqueles que atuam na condução
do Seis Sigma, orientando os demais funcionários
a praticar formas de trabalho mais eficientes.
Os participantes do processo:
-Master Black Belts: profissionais que atuam em
tempo integral como mentores dos Black Belts e
assessoram os Champions.
- Champions: gestores que definem a direção que o
Seis Sigma tomará e têm a responsabilidade de
apoiar os projetos e remover as barreiras ao
desenvolvimento.
A idéia de se estabelecer um paralelo entre o
“karate” e a implementação do Seis Sigma surgiu
porque ambas dependem de força, velocidade e
determinação, bem como disciplina mental e
treinamento sistemático e intensivo.
SEIS SIGMA
Objetivos
- reduzir o número de defeitos, falhas e erros
- reduzir a variabilidade do processo
- melhorar os produtos
- diminuir o tempo de ciclo
- otimizar os estoques
- obter custos mais baixos
- melhorar a qualidade
- satisfazer os clientes
- aumentar a lucratividade
BENCHMARKING
Benchmarking é um processo contínuo e sistemático
para avaliar produtos, serviços e processos de
trabalho de organizações que são reconhecidas
como aquelas que utilizam as melhores práticas,
com a finalidade de melhoria organizacional.
Na medida em que são realizadas comparações
entre empresas, o hiato constatado entre elas
sinaliza uma oportunidade de melhoria a ser
explorada. Assim, é preciso identificar os
referenciais de excelência, isto é, o benchmark, e
realizar as devidas comparações com esses
referenciais.
Objetivos
BENCHMARKING
No Benchmarking, não se comparam as organizações
como um todo e, sim, processos específicos. Assim, o
principal objetivo é captar e aprender, identificando
oportunidades e ameaças.
- busca-se melhores processos e práticas inovadoras
- aceleração dos ciclos e aprendizado e melhorias
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  • 3. DEFINIÇÃO As ferramentas da qualidade são as técnicas utilizadas nos processos de Gestão da Qualidade, principalmente a partir da década de 50, com base em conceitos e práticas existentes, aplicando fortemente a Estatística. As ferramentas da qualidade são gerenciais e permitem análises de fatos e tomada de decisão com base em dados, dando a certeza de que a decisão é realmente a mais indicada.
  • 4. Proporcionar à todos aqueles que administram executam atividades dentro de industrias, empresas de prestação de serviços, etc., uma metodologia e ferramentas eficientes nos processos da melhoria da qualidade e na busca da excelência da qualidade dos produtos e serviços e do meio ambiente. OBJETIVOS
  • 5. • Superprodução; • Transporte; • Processamento em si; • Movimentação; • Estoque; • Defeitos; • Espera. AS 7 GRANDES PERDAS
  • 6. FERRAMENTAS GERENCIAIS 1. AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS 2. MÉTODOS ESPECÍFICOS DE GESTÃO
  • 7. AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS a) Brainstorming b) Cartas de controle c) Diagrama de causa e efeito d) Lista de verificação e) Diagrama de Pareto f) Plano de ação 5W2H
  • 8. BRAINSTORMING A técnica do Brainstorming (tempestade de idéias) é um processo de grupo em que os indivíduos emitem idéias de forma livre, sem críticas, no menor espaço de tempo possível. Os grupos, geralmente, são formados por 5 a 12 integrantes, sendo a participação voluntária. O propósito do Brainstorming é lançar e detalhar idéias com certo enfoque, originais, em uma atmosfera sem inibições. Busca-se diversidade de opiniões a partir de um processo de criatividade grupal. Adicionalmente, é uma ferramenta para o desenvolvimento de equipes.
  • 9. - capacidade de auto-expressão - liberação da criatividade - capacidade de aceitar e conviver com diferenças - ausência de julgamento prévio - registro de idéias - capacidade de síntese - delimitação de tempo - ausência de hierarquia durante o processo O Brainstorming apresenta as seguintes características:
  • 10. O Brainstorming tem as seguintes fases: -clareza e objetividade na apresentação dos assuntos - geração e documentação das idéias - análise e seleção das idéias
  • 11. CARTAS DE CONTROLE É um tipo de gráfico para monitorar a variação de um processo, identificando as causas comuns (intrínsecas ao processo) e especiais (aleatórias). As causas comuns estão relacionadas ao funcionamento do próprio sistema (ex.: projeto e equipamentos). Por sua vez, as causas especiais refletem ocorrências fora dos limites de controle (ex.: falha humana e matéria prima não conforme).
  • 12. Limite sup. de especificação Limite sup. de controle Média Limite inf. de controle Limite inf. de especificação CARTAS DE CONTROLE
  • 13. É um método particularmente efetivo de ajudar a pesquisar as raízes do problema através do levantamento de questões. A partir dos questionamentos deve-se ir preenchendo a espinha. DIAGRAMA DE ISHIKAWA (Espinha de Peixe/ Causa e Efeito)
  • 14. DIAGRAMA DE ISHIKAWA (Espinha de Peixe/ Causa e Efeito) Também conhecido como diagrama de Ishikawa, é uma representação gráfica das possíveis causas que levam a um efeito (defeito/falha). As causas são agrupadas por categorias e semelhanças: materiais, equipamentos, pessoas e processos.
  • 15. Etapas: - discussão do assunto - descrição do efeito - levantamento das possíveis causas - análise do diagrama e coleta de dados DIAGRAMA DE ISHIKAWA (Espinha de Peixe/ Causa e Efeito)
  • 16. MATERIAIS EQUIPAMENTOS >insumos >falta de manutenção de baixa preventiva qualidade >uso inadequado do >armazenamento equipamento inadequado Exames de laboratório com erros >falta de padrões >desmotivação documentados >baixo nível de >treinamento padronização inadequado PROCESSOS PESSOAS
  • 17. LISTA DE VERIFICAÇÃO É uma ferramenta que permite quantificar a freqüência com que certos eventos ocorrem, em um período de tempo. Serve para a construção do Diagrama de Pareto. As etapas para a elaboração: - estabelecer o que será verificado - período em que os dados serão coletados - utilizar um formulário de fácil manuseio - dados confiáveis e consistentes
  • 18. Itens No de Reclamações (freq.) a) Loja Leste 60 b) Loja Sul 50 c) Loja Oeste 40 d) Loja Norte 30 e) Loja Centro 20 Total 200 Ex.: reclamações dos clientes de uma pequena rede de varejo ao SAC, durante o mês de janeiro/2006.
  • 19. DIAGRAMA DE PARETO É um gráfico de barras construído a partir de coletas de dados utilizando-se uma lista de verificação. Pode ser empregado quando se deseja priorizar problemas relativos a um determinado assunto. No eixo horizontal está a descrição dos eventos. Nos eixos verticais direito e esquerdo, mostram, respectivamente, o número das ocorrências e o percentual.
  • 20. Ex.: reclamações dos clientes de uma pequena rede de varejo ao SAC, durante o mês de janeiro/2006. a b c d e freqüência absoluta freqüência relativa 100 % 200 60
  • 21. PLANO DE AÇÃO (5W2H) Utilizado no mapeamento e padronização de processos, na elaboração de planos de ação e nos procedimentos associados a indicadores. Busca-se o fácil entendimento através da definição de responsabilidades, métodos, prazos, objetivos e recursos. WHY - (Por que fazer) WHAT - (O que será feito) WHERE - (Onde será feito) WHEN - (Quando será feito) WHO - (Quem fará) HOW - (Como fará) HOW MUCH - (Quanto custará)
  • 23. a) Definição b) Círculos de Controle da Qualidade c) Seis Sigma d) FMEA e) MASP d) Outros métodos MÉTODOS ESPECÍFICOS DE GESTÃO
  • 24. DEFINIÇÃO Os métodos específicos de gestão representam um conjunto de práticas disponíveis para a gestão de empresas. Utilizam-se ferramentas de gerenciamento e técnicas aplicadas na condução de grupos. Tais métodos são implantados pelas diversas áreas da organização à medida em que surgem necessidades específicas.
  • 25. CÍRCULOS DE CONTROLE DA QUALIDADE Também conhecidos como times da qualidade. São formados por funcionários da base hierárquica da organização que se propõem voluntariamente e de forma autônoma, desenvolver trabalhos na busca de melhorias em seus setores de trabalho. Estas melhorias na qualidade podem ser no ambiente de trabalho, no aumento da produtividade, na redução de custos, etc.
  • 26. Benefícios para as pessoas que participam: > Aprendem a trabalhar em equipe > Permitem o auto-desenvolvimento > Os membros adquirem autoconfiança > Incentivo à criatividade e inovação > Solução dos problemas no posto de trabalho > Melhoria nas condições de trabalho > Maior satisfação no trabalho > Melhoria na qualidade de vida
  • 27. Benefícios para a empresa: > Melhoria da qualidade do produto > Melhor aproveitamento dos recursos disponíveis > Redução de custos > Racionalização do trabalho > Aumento da produtividade > Maior integração entre empregados > Melhoria do ambiente de trabalho
  • 28. Os grupos de um círculo de controle da qualidade Os grupos têm de 4 a 8 funcionários, que deve ser oficializado pela empresa e com a autorização do supervisor/gerente da área. Na primeira reunião do grupo, são eleitos o líder e o secretário. Os integrantes do grupo devem receber treinamento na utilização de ferramentas da qualidade.
  • 29. SEIS SIGMA A estratégia Seis Sigma é uma extensão dos conceitos da Qualidade Total com foco na melhoria contínua dos processos, iniciando por aqueles que atingem o cliente diretamente. A estratégia Seis Sigma não é uma proposta inovadora, foi introduzida e popularizada pela Motorola. Ela aproveita todas as iniciativas dos programas da qualidade que estão em andamento ou que já foram implementadas na empresa, harmonizando-as e estabelecendo metas desafiadoras de redução de desperdício.
  • 30. No Brasil, seguindo essa tendência, registram-se iniciativas na Brahma, Belgo Bekaert, Ford, Gerdau, Maxion, Votorantim Cimentos, América Latina, Fiat Logística, Líder Táxi Aéreo, Tupy Fundições, Kodak e Mangels. SEIS SIGMA Embora os resultados divulgados sejam de grandes empresas, a filosofia que sustenta o Seis Sigma é a da melhoria contínua e pode ser aplicada em organizações de todos os tamanhos, nos vários ramos de prestação de serviços ou de manufatura, seja de capital público ou privado.
  • 31. SEIS SIGMA A estratégia Seis Sigma considera a natureza do negócio, seu tamanho, suas características específicas e os aspectos culturais e sociais das pessoas que dele participam. Nessa caracterização, são identificadas as lacunas existentes entre as necessidades e desejos dos clientes e as atuais capacidades produtivas. Para cada empresa, são escolhidas as ferramentas da qualidade a serem empregadas, sendo estabelecidas as metas e quantificados os recursos necessários para atingi-las.
  • 32. SEIS SIGMA Reduzir o desperdício Uma preocupação permanente na estratégia Seis Sigma é a redução da quantidade de desperdício, que tecnicamente é denominada de “defeito”. No Seis Sigma, defeito é qualquer desvio de uma característica que gere insatisfação ao cliente (externo ou interno). O fato de que um processo Seis Sigma equivale à redução de defeitos em produtos ou serviços para um nível de 3,4 defeitos por milhão causa um bloqueio inicial às organizações, que julgam ser praticamente impossível.
  • 33. SEIS SIGMA Ciclo DMAIC Na estratégia Seis Sigma o ciclo DMAIC representa a melhoria contínua dos processos. D – Define (Definir) M – Measure (Medir) A – Analyze (Analisar) l – Improve (Melhorar) C – Control (Controlar)
  • 34. SEIS SIGMA Ciclo DMAIC - DEFINIR Nesta etapa é necessário definir os pontos: - as necessidades e desejos dos clientes; - transformar as necessidades e desejos dos clientes em especificações do processo, considerando a disponibilidade de fornecimento de insumos, a capacidade produtiva e o posicionamento do serviço ou produto no mercado, tendo em conta as ofertas dos concorrentes.
  • 35. SEIS SIGMA Ciclo DMAIC - MEDIR Nesta etapa é necessário medir com muita precisão o desempenho de cada etapa do processo, identificando os pontos críticos e passíveis de melhoria. Todas as vezes que ocorrem defeitos no processo ocorrem gastos adicionais de recursos para repor o nível de produção e estes precisam ser mensurados.
  • 36. SEIS SIGMA Ciclo DMAIC – ANALISAR Analisar os resultados das medições possibilita a identificação das “lacunas”, ou seja, determinar o que falta nos processos para atender e encantar os clientes. Para realizar as melhorias são elaborados projetos ou planos de ação acompanhados de cronogramas, dimensionamento de recursos necessários, custos e retorno do investimento.
  • 37. SEIS SIGMA Ciclo DMAIC – IMPLANTAR MELHORIAS O sucesso da implementação das melhorias está relacionado com a forma de venda do plano às pessoas, que deve contemplar a demonstração das vantagens que a mudança vai trazer e, sempre que possível, aproveitar suas contribuições na operacionalização da estratégia.
  • 38. SEIS SIGMA Ciclo DMAIC – CONTROLAR O estabelecimento de um sistema permanente de avaliação e controle é fundamental para garantia da qualidade alcançada e identificação de desvios ou novos problemas, os quais devem exigir ações corretivas e padronizações de procedimentos.
  • 39. SEIS SIGMA Os participantes do processo Um dos pontos mais importantes para se implementar o programa Seis Sigma é a capacitação de especialistas, assim, apresentam- se os seguintes participantes: - Green Belts: profissionais que participam das equipes lideradas pelos Black Belts na condução do Seis Sigma. - Black Belts: são aqueles que atuam na condução do Seis Sigma, orientando os demais funcionários a praticar formas de trabalho mais eficientes.
  • 40. Os participantes do processo: -Master Black Belts: profissionais que atuam em tempo integral como mentores dos Black Belts e assessoram os Champions. - Champions: gestores que definem a direção que o Seis Sigma tomará e têm a responsabilidade de apoiar os projetos e remover as barreiras ao desenvolvimento. A idéia de se estabelecer um paralelo entre o “karate” e a implementação do Seis Sigma surgiu porque ambas dependem de força, velocidade e determinação, bem como disciplina mental e treinamento sistemático e intensivo.
  • 41. SEIS SIGMA Objetivos - reduzir o número de defeitos, falhas e erros - reduzir a variabilidade do processo - melhorar os produtos - diminuir o tempo de ciclo - otimizar os estoques - obter custos mais baixos - melhorar a qualidade - satisfazer os clientes - aumentar a lucratividade
  • 42. BENCHMARKING Benchmarking é um processo contínuo e sistemático para avaliar produtos, serviços e processos de trabalho de organizações que são reconhecidas como aquelas que utilizam as melhores práticas, com a finalidade de melhoria organizacional. Na medida em que são realizadas comparações entre empresas, o hiato constatado entre elas sinaliza uma oportunidade de melhoria a ser explorada. Assim, é preciso identificar os referenciais de excelência, isto é, o benchmark, e realizar as devidas comparações com esses referenciais.
  • 43. Objetivos BENCHMARKING No Benchmarking, não se comparam as organizações como um todo e, sim, processos específicos. Assim, o principal objetivo é captar e aprender, identificando oportunidades e ameaças. - busca-se melhores processos e práticas inovadoras - aceleração dos ciclos e aprendizado e melhorias - redução de prazos e custos - consenso interno sobre as limitações e deficiências - estabelecer referências para melhoria dos resultados