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Atividades
1) Leia o texto abaixo e responda:
O Fabuloso Reino de Prestes João
Desde o tempo das Cruzadas, no século XII,
circulavam histórias na Europa sobre um reino
fabuloso, para além do Egito, cujo monarca era
cristão.
Por meio de uma carta dirigida ao imperador de
Bizâncio, Manuel I, e depois ao imperador
Frederico, o Barba Ruiva, Preste João descrevia
seu maravilhoso reino. Mel e leite fluíam por
paragens lindíssimas, o rei concedia proteção
aos cristãos; a comunidade era rica, aberta e
generosa, as refeições palacianas eram
servidas por reis, duques, condes e marqueses,
que reuniam e divertiam diariamente 30 mil
comensais.
A descrição começa enumerando a diversidade
de pedras preciosas e medicinais que cativavam
a imaginação do europeu: esmeraldas,
carbúnculo, safiras, topázios, crisólitos, ônix –
riquezas a disposição de um rei dadivoso. Não
existiria império mais justo sob o céu, mais
perfeito e organizado, com mais ouro, prata e ametistas. Até os utensílios onde se consumiam
as iguarias eram de ouro. A autoridade do rei expressava-se por toda parte: na beleza beatifica
da natureza; na capacidade de o soberano proteger ou castigar; na posse de riquezas sem
igual; na harmonia da comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes João era como a
vitória do cristianismo sobre o paganismo.
Ainda segundo a lenda, Preste João dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um réptil que
vivia no fogo e guerreava precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era atacar
Jerusalém e eliminar os infiéis.
Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-se, juntamente com a ideia missionária e o
ideal das Cruzadas, a justificativa religiosa para as viagens dos descobrimentos.
a) Em que época a lenda do Prestes João circulava na Europa?
b) Você conhece outras lendas sobre reinos perdidos? Faça um relato por escrito.
2) O texto abaixo do líder núbio M. Oudul descreve o nacionalismo núbio atualmente no Egito:
"Eu sou natural de Alexandria, nascido e criado em Alexandria, embora eu seja etnicamente
núbio. O Egito é a minha terra de nascimento. Não há contradição entre eu ser tanto núbio e de
Alexandria e do Egito. Eu tenho várias identidades e não são conflitantes ou contraditórios,
Apesar dos núbios atualmente possuírem grande mobilidade no território egípcio, os núbios
querem manter sua própria língua e os costumes antigos. A luta núbia é política, mas também é
econômica e cultural. Exigimos os nossos direitos e liberdades civis, incluindo o nosso direito de
falar e ser educado em nossa própria língua. Nós núbios somos famosos por nossa
hospitalidade”.
a) Conceitue identidade.
b) Caracterize o nacionalismo núbio atualmente e enumere as aspirações do povo núbio no
reconhecimento egípcio de sua singularidade.
3) Compare as relações entre egípcios e núbios na Antiguidade, na Idade Média e atualmente.
Atividades
1) Observe as imagens abaixo e responda:
Mesquita de Sexta-Feira
em Djenné (Mali), edificada
em adobe (barro cozido) e
Mesquita Koutoubia em
Marrakesh (Marrocos),
edificada em pedra.
A presença do islamismo
na África é tão antiga
quanto à própria religião.
O islamismo, no entanto,
apresentou dois meios de penetração no continente: o pacífico, através do proselitismo; e o
violento, por meio da jihad (guerra santa). Assim sendo caracterize a penetração do islamismo
na África do Norte e na África Ocidental.
Audaghost
A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana.
Observe a descrição dessa importante cidade “porto de camelos” africana, situada num
oásis e entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara:
“O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros
que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois meses de viagem de
norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre
camelos de raça. Possui muita importância como centro islâmico, pois é dotada de uma
mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem estar desta povoação, a formigar
de transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma
grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor do deserto A
criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em
pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel que vem do país dos
negros. As gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre
muito animado. A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz.
As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se belas
construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A comida preparada
pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. “ Relato de Al-Bakri, In:
Costa e Silva, Alberto. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2006. p. 280.
2) A partir da leitura do texto descreva a importância do camelo e dos “portos de camelos” para
o desenvolvimento do comércio transaariano.
3) Compare as imagens ao lado, e responda:
Cabeça de um obá (rei) de Ifé, País Iorubá,
Nigéria, século XIII, autor desconhecido.
Máscara mortuária do faraó Tutankhamon, século
XIII a.C., Museu do Cairo, Egito.
a) Diferencie as “duas Áfricas”?
b) Diferencie as duas Áfricas nos aspectos
geográfico, histórico e cultural.
4) Sobre a economia do Reino de Gana,
organizado na África Ocidental entre os rios
Níger e Senegal, explique:
a) Cite as quatro principais riquezas do país.
b) Explique a importância de cada uma das
quatro riquezas saracoles para o reino de
Gana, e suas relações com a África do Norte e Ocidental.
Atividades
1) Analise o relato do viajante europeu sobre um Legba
(Exu) de Ouidah (cidade do Benin) em 1743, e do
pesquisador Pierre Verger
Eis como apresenta o Legba de Ouidah, onde permaneceu
de 1743 a 1765. A um quarto de légua dos fortes os
daomeanos ainda têm um deus Príapo, feito
grosseiramente de terra, com seu principal atributo, que é
enorme e exagerado em relação à proporção do restante
do corpo. As mulheres, sobretudo, vão oferecer-lhes
sacrifícios, de acordo com sua devoção e com o pedido que
lhe farão. Esta má estátua encontra-se debaixo do forro de
uma choupana que a abriga da chuva. (Pruneau de
Pommegorge, 1743)
Porque os assentamentos de Eshu encontrados na África
eram considerados obscenos e imorais pelos europeus que
lá chegaram. Em toda expedição que era feita à África
sempre tinham padres missionários com a finalidade de
catequizar e converter os pagãos africanos. E naturalmente
essa catequese não permitia que continuassem a cultuar
seus orixás pagãos..(Pierre Verger, Notas sobre o culto aos
Orixás e Voduns, p. 133).
a) Qual a visão de Pruneau de Pommegorge sobre a
religião dos daomeanos?
b) Porque a representação de Exu é evocada como “má”?
2) Relacione os reinos de Benim e Daomé com os iorubas.
3) O que são orixás e vodus?
4) Qual a importância de Ifé ou Ilê-Ifé para os povos iorubas?
5) Como é a organização política dos povos iorubas?
6) Indique três elementos da arte ioruba.
A Noz de Cola
A noz de cola é um dos itens da longa listagem de plantas
identificadas pelos africanos no seu meio ambiente.
Comercializada na África a longas distâncias, chegou à
América com os escravos. Pela sua ação estimulante,
recorria-se a ela para atenuar a exaustão física. Nas
religiões afro-americanas, a noz de cola é indispensável
em muitos rituais. Na umbanda e no candomblé, serve de
oferenda e é usada em práticas divinatórias. No Brasil é
conhecida pelos nomes de abajá, café-do-sudão, cola,
mukezu, obi, oribi, orobó e orobô. A noz de cola constituiu
uma das matérias-primas originais dos ditos refrigerantes
de cola, dentre os quais a coca-cola e a pepsi-cola.
7) Quais as utilidades da noz de cola para os africanos?
8) Indique outros alimentos e fibras de origem africana presentes na nossa alimentação.
Os Reis e Rainhas da Chuva
As realezas africanas teriam surgido da expansão do ofício de “Fazedor de
Chuvas” originário do Egito. Alguns historiadores justificavam o surgimento de
Estados na África Ocidental ao longo do Níger, Senegal e Lago Chade a
expansão desse atributo divino. A chuva era necessária para a atividade
agrícola notavelmente no continente africano, o mais seco e desértico do planeta.
Apesar de praticamente não chover no Egito e na Núbia, os Estados mais antigos da
África, no Sudão chove. O semiárido Sahel possui um regime pluvial anual com três
meses de chuva. Porém o rei “Fazedor de Chuvas” não se restringia ao Sudão. Na
África ao sul do Saara muitas características encontradas entre os reis fazedores de
chuva são partilhadas por vários povos de norte a sul do continente.
A maior parte das sociedades humanas adorava a chuva e a sua importância
para a atividade agrícola e para a sobrevivência do homem. Entre os bantos havia um culto mítico a
chuva e nas aldeias eram construídos locais para reverência a chuva. Alguns contraíam urnas rituais
para a captação da água da chuva e geralmente essas moringas eram instaladas na casa do chefe. Na
cidade de Zimbábue existia uma colina que provavelmente correspondia ao território sagrado da
manifestação divina através da chuva.
Ao rei mandachuva o seu atributo divino era sagrado e a esse poder estava associado uma série de
proibições e rituais. O rei não poderia cometer incesto, não poderia ter defeitos físicos, seus pés não
podiam tocar a terra, não podia ver cadáveres ou sangue, não podia comer e beber publicamente. Devia
permanecer invisível para os súditos e seu rosto devia ser coberto. Não se comunicava diretamente com
os outros, apenas com auxílio de intermediários. O rei pagava com a vida caso não fizesse chover ou
descumprisse suas obrigações.
Em uma tribo africana um ritual era realizado pelo rei para trazer a chuva. Todo ano, no início da estação
das chuvas, um grande festival acontecia na capital. O povo, após ter agradecido ao rei por sua
proteção, suplicava-lhe para fazer chover. Uma vez as festividades terminadas, o rei, erguido em seu
trono, atirava uma flecha para o céu e, havia neste dia um grande regozijo, porque frequentemente
chovia.
Al-Bakri narra que o rei do Mallal orou a Alá pedindo chuva, e Deus a enviou, o que forçou a conversão
da família real malinque. Os reis mwami dos Grandes Lagos, nas atuais Ruanda, Burundi e Uganda,
também eram grandes fazedores de chuva.
O surgimento da realeza no Reino de Mapungubwe está associado ao ofício de fazedor de chuva. Os
reis fazedores de chuva em Mapungubwe influenciaram posteriormente a realeza do Grande Zimbábue.
O Reino de Mapungubwe localizado nas proximidades da montanha Mapungubwe na África do Sul foi
um antigo Estado africano que existiu nessa parte da África entre 1075 e 1220. A cidade perdida do ouro
sul-africana do Reino de Mapungubwe foi possivelmente o embrião do grande reino de Zimbábue, e este
por sua vez, originou o Reino de Monomotapa.
No século XVI um chefe do reino de Monomotapa, herdeiro do Grande Zimbábue, presenteou sua filha
Dzugundini com os poderes de fazer chover. Esse presente seria talvez uma relação incestuosa entre pai
e filha, e ela acabou sendo expulsa do reino. Dzugundini instalou-se no Vale Molototsi que atualmente
corresponde ao Reino de Balobedu. Os lobedus ou balobedus (“falantes de lobedu”) são aparentados
com os Phalaborwa, mas a existência das Rainhas da Chuva e de uma sociedade matrilinear distância
os dois grupos. Balobedu nasceu da união real entre a princesa monomotapa Dzugundini e o líder
Mugudo e seus asseclas. Porém o reino lobedu entrou em intermináveis guerras entre famílias rivais que
levou o líder Mugudo a transmitir o trono para sua filha Modjadjii. Modjadjii tornou-se a primeira “Rainha
da Chuva” e seu nome significa “governante do dia”. Modjadjii legou o trono a Masalanabo Modjadjii que
se tornou a segunda rainha da chuva de Balobedu. Essa rainha inspirou o escritor britânico Henry Rider
Haggard a escrever sua obra mais conhecida:“Ela, a Feiticeira”. Haggard é famoso por ter escrito a
obra “As Minas do Rei Salomão” e viveu na Inglaterra Vitoriana no século XIX.
Atividades
1) Explique a importância do ofício de fazedor de chuvas na África.
2) Quais as obrigações dos reis mandachuvas?
3) Como surgiram os reinos de Zimbábue e Monomotapa.
4) Explique qual a origem e importância das rainhas da chuva lobedu.
5) Caracterize a cultura suaíle.
6) Qual a importância do Oceano Índico para as cidades-Estado suaíles.

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Atividades

  • 1. Atividades 1) Leia o texto abaixo e responda: O Fabuloso Reino de Prestes João Desde o tempo das Cruzadas, no século XII, circulavam histórias na Europa sobre um reino fabuloso, para além do Egito, cujo monarca era cristão. Por meio de uma carta dirigida ao imperador de Bizâncio, Manuel I, e depois ao imperador Frederico, o Barba Ruiva, Preste João descrevia seu maravilhoso reino. Mel e leite fluíam por paragens lindíssimas, o rei concedia proteção aos cristãos; a comunidade era rica, aberta e generosa, as refeições palacianas eram servidas por reis, duques, condes e marqueses, que reuniam e divertiam diariamente 30 mil comensais. A descrição começa enumerando a diversidade de pedras preciosas e medicinais que cativavam a imaginação do europeu: esmeraldas, carbúnculo, safiras, topázios, crisólitos, ônix – riquezas a disposição de um rei dadivoso. Não existiria império mais justo sob o céu, mais perfeito e organizado, com mais ouro, prata e ametistas. Até os utensílios onde se consumiam as iguarias eram de ouro. A autoridade do rei expressava-se por toda parte: na beleza beatifica da natureza; na capacidade de o soberano proteger ou castigar; na posse de riquezas sem igual; na harmonia da comunidade; na estabilidade da hierarquia. Prestes João era como a vitória do cristianismo sobre o paganismo. Ainda segundo a lenda, Preste João dominava 72 reis, vestia-se com a pele de um réptil que vivia no fogo e guerreava precedido por treze cruzes de ouro. É que o seu intuito era atacar Jerusalém e eliminar os infiéis. Para os portugueses, a procura do rei cristão tornou-se, juntamente com a ideia missionária e o ideal das Cruzadas, a justificativa religiosa para as viagens dos descobrimentos. a) Em que época a lenda do Prestes João circulava na Europa? b) Você conhece outras lendas sobre reinos perdidos? Faça um relato por escrito. 2) O texto abaixo do líder núbio M. Oudul descreve o nacionalismo núbio atualmente no Egito: "Eu sou natural de Alexandria, nascido e criado em Alexandria, embora eu seja etnicamente núbio. O Egito é a minha terra de nascimento. Não há contradição entre eu ser tanto núbio e de Alexandria e do Egito. Eu tenho várias identidades e não são conflitantes ou contraditórios, Apesar dos núbios atualmente possuírem grande mobilidade no território egípcio, os núbios querem manter sua própria língua e os costumes antigos. A luta núbia é política, mas também é econômica e cultural. Exigimos os nossos direitos e liberdades civis, incluindo o nosso direito de falar e ser educado em nossa própria língua. Nós núbios somos famosos por nossa hospitalidade”. a) Conceitue identidade. b) Caracterize o nacionalismo núbio atualmente e enumere as aspirações do povo núbio no reconhecimento egípcio de sua singularidade. 3) Compare as relações entre egípcios e núbios na Antiguidade, na Idade Média e atualmente.
  • 2. Atividades 1) Observe as imagens abaixo e responda: Mesquita de Sexta-Feira em Djenné (Mali), edificada em adobe (barro cozido) e Mesquita Koutoubia em Marrakesh (Marrocos), edificada em pedra. A presença do islamismo na África é tão antiga quanto à própria religião. O islamismo, no entanto, apresentou dois meios de penetração no continente: o pacífico, através do proselitismo; e o violento, por meio da jihad (guerra santa). Assim sendo caracterize a penetração do islamismo na África do Norte e na África Ocidental. Audaghost A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana. Observe a descrição dessa importante cidade “porto de camelos” africana, situada num oásis e entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara: “O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância como centro islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem estar desta povoação, a formigar de transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado. A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz. As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. “ Relato de Al-Bakri, In: Costa e Silva, Alberto. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. p. 280. 2) A partir da leitura do texto descreva a importância do camelo e dos “portos de camelos” para o desenvolvimento do comércio transaariano. 3) Compare as imagens ao lado, e responda: Cabeça de um obá (rei) de Ifé, País Iorubá, Nigéria, século XIII, autor desconhecido. Máscara mortuária do faraó Tutankhamon, século XIII a.C., Museu do Cairo, Egito. a) Diferencie as “duas Áfricas”? b) Diferencie as duas Áfricas nos aspectos geográfico, histórico e cultural. 4) Sobre a economia do Reino de Gana, organizado na África Ocidental entre os rios Níger e Senegal, explique: a) Cite as quatro principais riquezas do país. b) Explique a importância de cada uma das quatro riquezas saracoles para o reino de Gana, e suas relações com a África do Norte e Ocidental.
  • 3. Atividades 1) Analise o relato do viajante europeu sobre um Legba (Exu) de Ouidah (cidade do Benin) em 1743, e do pesquisador Pierre Verger Eis como apresenta o Legba de Ouidah, onde permaneceu de 1743 a 1765. A um quarto de légua dos fortes os daomeanos ainda têm um deus Príapo, feito grosseiramente de terra, com seu principal atributo, que é enorme e exagerado em relação à proporção do restante do corpo. As mulheres, sobretudo, vão oferecer-lhes sacrifícios, de acordo com sua devoção e com o pedido que lhe farão. Esta má estátua encontra-se debaixo do forro de uma choupana que a abriga da chuva. (Pruneau de Pommegorge, 1743) Porque os assentamentos de Eshu encontrados na África eram considerados obscenos e imorais pelos europeus que lá chegaram. Em toda expedição que era feita à África sempre tinham padres missionários com a finalidade de catequizar e converter os pagãos africanos. E naturalmente essa catequese não permitia que continuassem a cultuar seus orixás pagãos..(Pierre Verger, Notas sobre o culto aos Orixás e Voduns, p. 133). a) Qual a visão de Pruneau de Pommegorge sobre a religião dos daomeanos? b) Porque a representação de Exu é evocada como “má”? 2) Relacione os reinos de Benim e Daomé com os iorubas. 3) O que são orixás e vodus? 4) Qual a importância de Ifé ou Ilê-Ifé para os povos iorubas? 5) Como é a organização política dos povos iorubas? 6) Indique três elementos da arte ioruba. A Noz de Cola A noz de cola é um dos itens da longa listagem de plantas identificadas pelos africanos no seu meio ambiente. Comercializada na África a longas distâncias, chegou à América com os escravos. Pela sua ação estimulante, recorria-se a ela para atenuar a exaustão física. Nas religiões afro-americanas, a noz de cola é indispensável em muitos rituais. Na umbanda e no candomblé, serve de oferenda e é usada em práticas divinatórias. No Brasil é conhecida pelos nomes de abajá, café-do-sudão, cola, mukezu, obi, oribi, orobó e orobô. A noz de cola constituiu uma das matérias-primas originais dos ditos refrigerantes de cola, dentre os quais a coca-cola e a pepsi-cola. 7) Quais as utilidades da noz de cola para os africanos? 8) Indique outros alimentos e fibras de origem africana presentes na nossa alimentação.
  • 4. Os Reis e Rainhas da Chuva As realezas africanas teriam surgido da expansão do ofício de “Fazedor de Chuvas” originário do Egito. Alguns historiadores justificavam o surgimento de Estados na África Ocidental ao longo do Níger, Senegal e Lago Chade a expansão desse atributo divino. A chuva era necessária para a atividade agrícola notavelmente no continente africano, o mais seco e desértico do planeta. Apesar de praticamente não chover no Egito e na Núbia, os Estados mais antigos da África, no Sudão chove. O semiárido Sahel possui um regime pluvial anual com três meses de chuva. Porém o rei “Fazedor de Chuvas” não se restringia ao Sudão. Na África ao sul do Saara muitas características encontradas entre os reis fazedores de chuva são partilhadas por vários povos de norte a sul do continente. A maior parte das sociedades humanas adorava a chuva e a sua importância para a atividade agrícola e para a sobrevivência do homem. Entre os bantos havia um culto mítico a chuva e nas aldeias eram construídos locais para reverência a chuva. Alguns contraíam urnas rituais para a captação da água da chuva e geralmente essas moringas eram instaladas na casa do chefe. Na cidade de Zimbábue existia uma colina que provavelmente correspondia ao território sagrado da manifestação divina através da chuva. Ao rei mandachuva o seu atributo divino era sagrado e a esse poder estava associado uma série de proibições e rituais. O rei não poderia cometer incesto, não poderia ter defeitos físicos, seus pés não podiam tocar a terra, não podia ver cadáveres ou sangue, não podia comer e beber publicamente. Devia permanecer invisível para os súditos e seu rosto devia ser coberto. Não se comunicava diretamente com os outros, apenas com auxílio de intermediários. O rei pagava com a vida caso não fizesse chover ou descumprisse suas obrigações. Em uma tribo africana um ritual era realizado pelo rei para trazer a chuva. Todo ano, no início da estação das chuvas, um grande festival acontecia na capital. O povo, após ter agradecido ao rei por sua proteção, suplicava-lhe para fazer chover. Uma vez as festividades terminadas, o rei, erguido em seu trono, atirava uma flecha para o céu e, havia neste dia um grande regozijo, porque frequentemente chovia. Al-Bakri narra que o rei do Mallal orou a Alá pedindo chuva, e Deus a enviou, o que forçou a conversão da família real malinque. Os reis mwami dos Grandes Lagos, nas atuais Ruanda, Burundi e Uganda, também eram grandes fazedores de chuva. O surgimento da realeza no Reino de Mapungubwe está associado ao ofício de fazedor de chuva. Os reis fazedores de chuva em Mapungubwe influenciaram posteriormente a realeza do Grande Zimbábue. O Reino de Mapungubwe localizado nas proximidades da montanha Mapungubwe na África do Sul foi um antigo Estado africano que existiu nessa parte da África entre 1075 e 1220. A cidade perdida do ouro sul-africana do Reino de Mapungubwe foi possivelmente o embrião do grande reino de Zimbábue, e este por sua vez, originou o Reino de Monomotapa. No século XVI um chefe do reino de Monomotapa, herdeiro do Grande Zimbábue, presenteou sua filha Dzugundini com os poderes de fazer chover. Esse presente seria talvez uma relação incestuosa entre pai e filha, e ela acabou sendo expulsa do reino. Dzugundini instalou-se no Vale Molototsi que atualmente corresponde ao Reino de Balobedu. Os lobedus ou balobedus (“falantes de lobedu”) são aparentados com os Phalaborwa, mas a existência das Rainhas da Chuva e de uma sociedade matrilinear distância os dois grupos. Balobedu nasceu da união real entre a princesa monomotapa Dzugundini e o líder Mugudo e seus asseclas. Porém o reino lobedu entrou em intermináveis guerras entre famílias rivais que levou o líder Mugudo a transmitir o trono para sua filha Modjadjii. Modjadjii tornou-se a primeira “Rainha da Chuva” e seu nome significa “governante do dia”. Modjadjii legou o trono a Masalanabo Modjadjii que se tornou a segunda rainha da chuva de Balobedu. Essa rainha inspirou o escritor britânico Henry Rider Haggard a escrever sua obra mais conhecida:“Ela, a Feiticeira”. Haggard é famoso por ter escrito a obra “As Minas do Rei Salomão” e viveu na Inglaterra Vitoriana no século XIX. Atividades 1) Explique a importância do ofício de fazedor de chuvas na África. 2) Quais as obrigações dos reis mandachuvas? 3) Como surgiram os reinos de Zimbábue e Monomotapa. 4) Explique qual a origem e importância das rainhas da chuva lobedu. 5) Caracterize a cultura suaíle. 6) Qual a importância do Oceano Índico para as cidades-Estado suaíles.