O documento discute o selamento e os selados mencionados em Apocalipse 7. Apresenta três pontos principais:
1) O selo representa qualidades de caráter semelhantes a Cristo que levam os possuidores a permanecer firmes na verdade. Abel foi o primeiro a receber esse selo.
2) Haverá um selamento geral e um selamento especial antes do fim. O selamento especial ocorrerá após o decreto dominical e antes das sete últimas pragas.
3) Três decretos ocorrerão no período
1. O Selamento e os Selados
Por Daniel F. Porto (RA, maio/1986)
A obra de assinalamento descrita em Apocalipse 7 é uma obra especial que será levada
a efeito também em um tempo especial.
Atendendo a um procedimento didático deve-se considerar o assinalamento dividido
em duas fases distintas. A primeira fase antecede ao tempo de angústia e deve ser
considerada como fase geral do assinalamento. O selo não é nenhuma marca ou sinal
visível, mas qualidades de caráter semelhantes às de Cristo. "O selo a ser fixado sobre
os fiéis servos de Deus é 'o puro sinal da verdade', o 'sinal' de Sua 'aprovação'... Ele
atesta 'semelhança a Cristo em caráter'.... Aqueles que são selados são servos de Deus,
e o selo sobre eles é um atestado de Deus de que eles são, na verdade, Sua
propriedade."1 /'Logo o povo de Deus será selado em suas testas. Não é nenhum selo
ou marca que se possa ver, mas uma determinação (Settling into the truth) de
permanecer ao lado da verdade, em ambos os sentidos: intelectual e espiritualmente
de tal maneira que permanecerão inabaláveis."2
Com base nas citações feitas que atestam que o selo é semelhança com Cristo no que
concerne às qualidades de caráter que levam os possuidores a permanecer inabaláveis
ao lado da verdade, concluímos que o primeiro servo de Deus a ser assinalado para a
eternidade foi o jovem Abel. Ele encabeça a lista dos verdadeiros adoradores que
foram, através dos tempos, marcados pelo, "puro sinal da verdade", neles impresso
pelo poder do Espírito Santo. Todos quantos escolheram permanecer ao lado de toda
verdade não importando as circunstâncias e conseqüências, ao morrer, morreram
selados para a vida eterna, e ao ressuscitar hão de ouvir dos lábios de seu Salvador as
palavras: "Vinde, benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo." S. Mat. 25:34. Todos quantos baixaram à
sepultura, conservando essa semelhança com Cristo no caráter, desde Abel até a
segunda vinda de Cristo, estão incluídos na fase do selamento geral e ressurgirão para
a vida eterna.
A segunda fase do selamento há de ter lugar nos últimos dias da história da Igreja de
Deus--aqui neste mundo, intensificando-se com a decretação das leis dominicais, e
culminando com o encerramento do tempo da graça. Esse aspecto da questão era
muito claro para E. G. White, e ela assim se expressou: "Que estais fazendo, irmãos, na
grande obra de preparação? Os que se estão unindo com o mundo, estão se
amoldando ao modelo mundano, e preparando-se para o sinal da besta. Os que
desconfiam do eu, que se humilham diante de Deus, e purificam a alma pela
obediência à verdade, estão recebendo o molde divino, e preparando-se para receber
2. na fronte o selo de Deus. Quando sair o decreto, e o selo for aplicado, seu caráter
permanecerá puro e sem mácula para toda a eternidade."3
Essa fase, ou fase especial e final do selamento, é uma obra definitiva tanto fora como
dentro da Igreja, e está diretamente relacionada com a "sacudidura". Tem caráter
interno e externo em relação à Igreja, porque é nessa fase que o joio será separado do
trigo, a escória do ouro, isso antes do fechamento da porta da graça. O período de
assinalamento que se seguirá ao decreto dominical será curto: "O tempo do selamento
é muito curto, e logo passará. Agora, enquanto os quatro anjos estão contendo os
ventos, é o tempo de fazer firme a nossa vocação e eleição."4 Embora seja um período
muito curto, será ele marcado por uma verdadeira agitação fora e dentro da Igreja.
Fora, porque os que são sinceros, sob o efeito da chuva serôdia, tomarão posição ao
lado da verdade, enquanto os que estão dentro da Igreja, professos guardadores do
sábado, mas que se mantiveram ligados ao mundo e seus prazeres, não moldando
seus caracteres pelo poder da verdade e não adquirindo semelhança de caráter com
Cristo, serão lançados fora, arrojados pelos ventos da sacudidura. A Ellen G. White foi
mostrado o seguinte quadro: "Diminuíra o número dos que faziam parte desse grupo.
Ao serem sacudidos, alguns tinham sido arrojados fora do caminho. Os descuidosos e
indiferentes, que não se uniam com os que prezavam suficientemente a vitória e a
salvação, para por elas lutar e angustiar-se com perseverança, não as alcançaram e
foram deixados atrás, em trevas, e seu lugar foi imediatamente preenchido pelos que
aceitavam a verdade e a ela se filiavam. Anjos maus se lhes agrupavam ainda ao redor,
mas sobre eles não tinham poder."5
Considerando que a observância do sábado representa o sinal de Deus que distingue o
Seu povo, surge a pergunta: Por que muitos guardadores do sábado não serão
selados? Há um outro selo além do sábado do 4? mandamento? Não, não há outro
selo ou sinal. O que há são dois tipos de observadores da verdade. Um tipo são os
professos adoradores do Deus vivo, grupo que pode ser definido como observadores
de um sabatismo intelectual. Conhecem a doutrina, pregam-na com muita clareza e
eloqüência, mas não a vivem em sua essência. Esse foi o conceito emitido por E. G.
White quando assim se expressou a respeito do assunto: "nem todos os que professam
guardar o sábado serão selados. Muitos há mesmo entre os que ensinam a verdade a
outros, que não receberão na testa o selo de Deus. Tinham a luz da verdade, souberam
a vontade de seu Mestre, compreenderam todos os pontos de nossa fé, mas não
tiveram as obras correspondentes."6 Ser um sabatista, apenas fechando seu escritório,
oficina ou loja no sábado e vir à igreja, e ser um verdadeiro adorador do Deus vivo, são
duas coisas bem distintas. "Nenhum de nós jamais receberá o selo de Deus, enquanto
o caráter tiver uma nódoa ou mácula sequer. Cumpre-nos remediar os defeitos de
caráter, purificar de toda contaminação o templo da alma. Então a chuva serôdia cairá
sobre nós, como caiu a têmpora sobre os discípulos no dia de Pentecostes."7
Mas é possível ao homem remediar os seus defeitos de caráter, purificar, de toda
contaminação, o templo da alma? Não, não é possível. O homem é demasiadamente
frágil, incapaz, conseqüentemente, de efetuar tal obra. Se assim é, quem receberá
finalmente o selo da aprovação divina? Continua E. G. White: "Hoje é o tempo para
atender-se à admoestação da Testemunha Verdadeira: 'Aconselho-te que de Mim
compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos para que te
3. vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio
para que vejas.' Apoc. 3:18."8
Ouro provado no fogo, vestidos brancos e colírio, eis as riquezas espirituais que Cristo
oferece a todos quantos desejarem e que podem ser adquiridas sem dinheiro e sem
preço. Esse ouro figurativo pode ser interpretado como se referindo à fé que opera
pelo amor. "O ouro provado no fogo é a fé que opera por amor. Somente isto nos
pode pôr em harmonia com Deus. Podemos ser ativos, e podemos executar muito
trabalho; mas sem o amor, amor como o que há no coração de Cristo, jamais podemos
ser contados na família celestial."9 Vestidos brancos devem ser compreendidos como
simbolizando a justiça de Cristo, ou a pureza de caráter que o pecador deve adquirir.
"Este vestido fiado nos teares do Céu não tem um fio de origem humana. Em sua
humanidade, Cristo formou caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter."10 "O colírio
é aquela sabedoria e graça que nos habilitam a distinguir entre o mal e o bem, e
perceber o pecado sob qualquer disfarce.... O colírio divino comunicará clareza ao
entendimento. Cristo é o depositário de todas as graças. Ele diz: "Aconselho-te que de
Mim compres."" Eis aí os produtos que o Mercador Celestial deseja comercializar
gratuitamente com cada um de Seus filhos, únicos capazes de habilitá-los a purificar o
caráter e receber o selo da aprovação de Deus, condição indispensável para manter-se
em pé no dia da tormenta; passaporte que nos dará o direito de ingressarmos na
cidade eterna pelas portas.
Três Decretos
Três decretos terão lugar dentro do curto período do selamento especial ou final:
1? Decreto Dominical. Esse marcará o início do assinalamento final. "Quando sair o
decreto e o selo for aplicado", disse E. G. White. A esse decreto seguir-se-ão os
seguintes acontecimentos: a) Alto clamor do 3? anjo — Proclamação que sucederá a
chuva serôdia, por meio da qual a Igreja terminará a obra de evangelização. Cumprir-
se-á a profecia de Apocalipse 18:1-4: A Terra será iluminada com a mensagem da vinda
de Cristo e da justificação pela fé, e resultante obediência irrestrita dos mandamentos
de Deus. Milhares se converterão, milagres serão realizados, ao tempo em que há de
crescer a ira do dragão contra os remanescentes de Deus. (Apoc. 12:17.) "A medida
que a terceira mensagem se avoluma e se torna alto clamor, e que a obra final é
acompanhada de grande poder e glória, o fiel povo de Deus participa dessa glória. É a
chuva serôdia que os vivifica e fortalece para passar pelo tempo de angústia. Seus
rostos brilharão com a glória daquela luz que acompanha a mensagem do terceiro
anjo."12 A igreja nasceu e se fortaleceu, habilitando-se para o avanço inicial, sob o
poder da chuva têmpora derramada no dia de Pentecostes: Era o poder divino abrindo
caminho para a semeadura e germinação do bendito grão: A chuva serôdia será o
derramamento desse mesmo poder que há de derribar as barreiras da apostasia,
promovendo o amadurecimento do precioso grão e o ajuntamento dos molhos para os
celeiros eternos. "Assim como a 'chuva têmpora' foi dada no derramamento do
Espírito Santo no início do evangelho, para efetuar a germinação da preciosa semente,
a 'chuva serôdia' será dada em seu final para o amadurecimento da seara... A grande
obra do evangelho não deverá encerrar-se com menor manifestação do poder de Deus
do que a que assinalou o seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento
da chuva têmpora no início do evangelho, devem novamente cumprir-se na chuva
4. serôdia, no final do mesmo. Eis aí 'os tempos de refrigério' que o apóstolo São Pedro
esperava quando disse: 'Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam
apagados os vossos pecados, e, venham assim, os tempos de refrigério pela presença
do Senhor, e envie Ele a Jesus Cristo' — (Atos 3:19 e 20)... Os doentes serão curados e
sinais e maravilhas seguirão aos crentes."13
Essa gloriosa obra será cumprida imediatamente antes do derramamento das sete
últimas pragas enquanto Cristo está no Santuário (curto período do assinalamento).
Naquele tempo enquanto prossegue a obra de salvação (selamento do povo de Deus),
a provação virá sobre a Terra e as nações encolerizar-se-ão, mas serão contidas para
não impedir a obra do terceiro anjo (os ventos continuam sendo detidos pelos quatro
anjos até que seja completada a obra do selamento — Apoc. 7:1-3). Naquele tempo a
"chuva serôdia", ou o refrigério da presença do Senhor, virá, para dar poder ao alto
clamor do terceiro anjo, e preparar os santos para permanecerem no período em que
as sete últimas pragas serão derramadas.14
b) Sacudidura. Decretadas as leis dominicais, cada um por sua vez deverá tomar
posição em favor da verdade ou contra ela; não haverá neutros. A lei de Deus e as leis
dos homens serão projetadas diante da consciência de cada ser humano, cabendo a
cada um tomar uma decisão irreversível, a qual o marcará com o sinal de Deus ou com
o da besta. É a separação do falso e do verdadeiro, do joio e do trigo. Isso fará com que
a Igreja seja sacudida em seus fundamentos. O sabatismo apenas intelectual ruirá por
terra, mas os verdadeiros adoradores do Deus vivo permanecerão em pé, marcados
pelo selo da verdade neles impresso pelo poder do Espírito Santo. Foi referindo-se a
essa atitude de aceitação e rejeição da verdade que Jesus afirmou: "Então dois estarão
no campo, um será tomado, e deixado o outro, duas estarão trabalhando num moinho,
uma será tomada, e deixada a outra." S. Mat. 24:40 e 41.
A sacudidura é uma obra de seleção. Cada um, individualmente, há de posicionar-se; e
é essa posição, assumida contra ou a favor da verdade, que há de determinar se é o
selo da verdade, da obediência, ou o selo da mentira, da desobediência, que será
aplicado. Todos os falsos adoradores que estão dentro da Igreja não suportarão a
prova e, em conseqüência, serão lançados fora. E todos os que são sinceros e que
ainda estavam indecisos tomarão posição ao lado da verdade e unir-se-ão ao
remanescente povo de Deus, ocupando os lugares vagos dentro da Igreja. "Começou a
forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir uma
posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar-se por Deus e por Sua causa,
serão joeirados.... Perguntei a significação da sacudidura que eu vira, e foi-me
mostrado que era determinada pelo testemunho direto contido no conselho da
Testemunha verdadeira à Igreja de Laodicéia. Isso produzirá efeito no coração daquele
que o receber, e o levará a empunhar o estandarte e propagar a verdade direta. Alguns
não suportarão esse testemunho direto. Levantar-se-ão contra ele, e isso é o que
determinará a sacudidura entre o povo de Deus.... Os honestos, que tinham sido
impedidos de ouvir a verdade, agora avidamente a ela aderiram. Fora-se todo o receio
de seus parentes, e somente a verdade lhes parecia sublime. Haviam estado com fome
e sede da verdade; esta lhes era mais querida e preciosa do que a vida. Perguntei o
que havia operado esta grande mudança. Um anjo respondeu: 'Foi a chuva serôdia, o
refrigério pela presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo'."15
5. c) Assinalamento dos fiéis. Já vimos que o assinalamento terá lugar logo após a
decretação das leis dominicais, durante um curto período que se encerrará com o
fechamento da porta da graça, período esse marcado pela sacudidura que há de
purificar a Igreja preparando-a para o encontro com Jesus, visto que, quando se fechar
a porta da graça, o joio deverá estar separado do trigo, a escória do ouro. Esse é o
objetivo precípuo da sacudidura. Todos os fiéis estarão selados em suas testas. Por que
na testa? Segundo comprovam os estudos científicos, o centro da consciência e razão
humanas encontra-se localizado na parte anterior do cérebro em nível paralelo aos
olhos. É aí nesse ponto que são tomadas as decisões segundo a consciência de cada
um. O selo não é nenhum sinal visível, mas uma decisão irreversível ao lado da
verdade. Ficar ao lado da verdade, ou não, é uma questão de consciência, e essa
decisão é tomada no centro da consciência humana, localizado na parte anterior do
cérebro, na testa, em outras palavras.
2? Decreto Fechando a Porta da Graça: Esse decreto é promulgado por Jesus Cristo ao
encerrar Seu ministério sacerdotal no lugar santíssimo do santuário celestial. Esse
decreto divino encontra-se em Apocalipse, e assim reza: "Continue o injusto fazendo
injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da
justiça, e o santo continue a santificar-se." Apoc. 22:11. Comentando este texto,
escreveu E. G. White: "Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão
santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com
o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos, serão injustos e sujos
ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios,
confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto o que se há de fazer para livrar
as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes [agora] que Jesus saia do
lugar santíssimo do santuário celestial."16
3? Decreto de Morte. O terceiro e último decreto será promulgado depois do
fechamento da .porta da graça e durante as pragas, que começarão a ser vertidas
sobre a terra imediatamente após o fim do tempo de graça. Nessa altura dos
acontecimentos o fiel povo de Deus estará refugiado nas montanhas e cavernas e
milhares recolhidos nas prisões, acusados de serem as causas das tormentas e pragas
que assolam a Terra. Julgados pelos tribunais, serão declarados culpados por rebeldia,
pois não se submeteram às leis humanas, o que os levaria a violentar os ditames de
sua consciência. Eles tomaram uma decisão irreversível ao lado da verdade e
permanecem inabaláveis, arraigados a ela que lhes é mais preciosa que todos os
tesouros da Terra. E então vem a sentença! Que sentença?"Vi que Deus preservara
Seu povo, de maneira maravilhosa, durante o tempo de angústia. Como Jesus
derramou Sua alma em agonia, no Jardim, eles hão de clamar e angustiar-se
fervorosamente dia e noite, pedindo libertação. Sairá o decreto para que eles rejeitem
o sábado do quarto mandamento e honrem o primeiro dia, ou morram."17 "Estas
pragas enfureceram os ímpios contra os justos, pois pensavam que nós havíamos
trazido os juízos divinos sobre eles, e que se pudessem livrar a Terra de nós, as pragas
cessariam. Saiu um decreto para se matarem os santos, o que fez com que estes
clamassem dia e noite por livramento. Esse foi o tempo da angústia de Jacó. Então
todos os santos clamaram com angústia de espírito, e alcançaram livramento pela voz
de Deus. Os cento e quarenta e quatro mil triunfaram."18
6. O decreto de morte será promulgado, mas não executado, pois na hora aprazada para
o extermínio, Deus manifestar-Se-á para salvar Seus filhos que mesmo em face à
morte, preferiram selar sua sorte ao lado de Deus, honrando Sua sagrada lei,
sobretudo o quarto mandamento, identidade do Deus criador e mantenedor de todas
as coisas. "As hostes de Satanás e homens ímpios os rodearão, e exultarão sobre eles,
pois parecerá não haver escape para eles. Em meio, porém, de sua orgia e triunfo,
ouve-se ribombo após ribombo dos mais estrondosos trovões. Os céus se enegrecem,
sendo iluminados apenas pela brilhante luz e a terrível glória do céu ao fazer Deus soar
Sua voz desde Sua santa habitação. Abalam-se os fundamentos da Terra; os edifícios
vacilam e caem em terrível fragor. 0 mar ferve como uma caldeira, e a Terra toda se
acha em horrível comoção. Vira-se o cativeiro dos justos e, em suaves e solenes
murmúrios, dizem uns aos outros: 'Somos libertados. É a voz de Deus'.... Satanás e
seus anjos e os ímpios, que há pouco se regozijavam de que o povo de Deus se
encontrasse no poder deles, para os destruírem da Terra, testemunham a glória
conferida aos que honraram a Santa Lei de Deus. Contemplam os rostos dos justos
iluminados e refletindo a imagem de Jesus. Os que estavam tão ansiosos de destruir os
santos não podem resistir à glória que se manifesta sobre os libertados, e caem por
terra como mortos. Satanás e os anjos maus fogem da presença dos santos
glorificados. Desaparece para sempre, seu poder de os molestar."19 Terminou a
batalha, a luta entre a verdade e a mentira. Ganha foi a vitória, e o povo de Deus está a
salvo do outro lado do vale da sombra da morte.
Os Assinalados
Por uma questão de lógica, não se pode falar sobre Obra de assinalamento sem fazer
menção aos assinalados. O verso 4 de Apocalipse 7 informa-nos que o apóstolo João
ouviu o número dos assinalados, que era de cento e quarenta e quatro mil. Sobre a
identidade dos cento e quarenta e quatro mil, muito se tem dito, havendo mesmo várias
teorias em confronto.
Não é nosso propósito demorar sobre o assunto, analisando cada ponto de vista, mesmo
porque não é produtivo do ponto de vista espiritual saber quem são os cento e quarenta
e quatro mil. O que é mais importante não é saber quem são eles mas, sim, o que são
eles. Nossa preocupação primeira é exaltar as qualidades que os transformarão em um
grupo especial que se destaca da multidão de salvos de todos os tempos. Vejamos
alguns pontos relacionados com eles.
1. Receberão definitivamente o selo de aprovação de Deus após a decretação das leis
dominicais, permanecendo seu caráter puro e sem mácula. 2. Não serão os únicos salvos
pois além deles João contemplou uma multidão incontável (Apoc. 7:9). 3. É um grupo
especial que terá privilégios também especiais. 4. Estarão no Monte de Sião com o
Cordeiro e cantarão um cântico novo (Apoc. 14:1-3). 5. Seguem o "Cordeiro por onde
quer que vá" (Apoc. 14:4). 6. Foram redimidos dentre os homens como primícias para
Deus. 7. Em sua boca não se achou engano porque são irrepreensíveis diante de Deus
(Apoc. 14:5). 8. Não foram encontrados contaminados com falsas doutrinas (mulheres).
Com base nestes fatos inspirados, de saída, chegamos à seguinte conclusão: Os cento e
quarenta e quatro mil, ao chegarem ao Céu, terão passado, todos eles, por uma
experiência idêntica na Terra. E isto nos leva a crer que eles deverão estar vivendo na
Terra ao mesmo tempo, numa mesma época definida e sob as mesmas circunstâncias.
7. Primícias Para Deus e o Cordeiro
"São os que foram redimidos dentre os homens, primícias para Deus e para o Cordeiro."
Apoc. 14:4. Que são primícias? Qualquer bom dicionário nos informa que primícias são
os primeiros frutos da lavoura, primeiras produções ou ainda primeiros efeitos de uma
causa. Para o agricultor, as primícias são os primeiros frutos a amadurecerem em sua
lavoura antes de a mesma estar preparada para a colheita total. No plano da salvação
Cristo é chamado "as primícias" da grande ressurreição dos justos que ainda jazem na
sepultura. Nesse sentido Ele é o primeiro ressurreto que encabeça a ressurreição geral
dos santos, que ocorrerá por ocasião de Sua vinda. A Bíblia usa a expressão "primícias"
referindo-se aos cristãos gerados pela palavra: "Segundo o Seu querer, Ele nos gerou
pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das Suas criaturas" S. Tiago
1:18. Assim são os cento e quarenta e quatro mil. Ao voltar o Salvador, para efetuar a
colheita dos Santos, eles serão os primeiros frutos maduros visíveis que o divino
Segador terá diante de Seus olhos.
A Identidade dos 144.000
Sem entrar no mérito de outras teorias que existem tentando provar a identidade dos
componentes do grupo dos cento e quarenta e quatro mil, tentaremos trazer à
consideração algumas declarações da Bíblia e do Espírito de Profecia que nos parecem
bem elucidativas. Voltando a Apocalipse 14, vimos que eles foram comprados,
redimidos, ou ainda tirados dentre os vivos. Ora, se foram tirados dentre os vivos é claro
que estavam vivos quando foram resgatados. Na resposta do Ancião dada ao apóstolo
João há uma evidência bem clara quanto ao tempo em que estarão vivendo os cento e
quarenta e quatro mil. Referindo-se ao grupo, o Ancião perguntou a João: "Um dos
anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são
e donde vieram? Respondi-Lhe: Meu Senhor, Tu o sabes. Ele, então, me disse: São
estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no
sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e O servem de dia
e de noite no Seu santuário; e Aquele que Se assenta no trono estenderá sobre eles o Seu
tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem
ardor algum, pois o Cordeiro que Se encontra no meio do trono os apascentará e os
guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima"
Apoc. 7:13-17.
No texto supracitado há algumas assertivas esclarecedoras. /. _ Vieram "da grande
tribulação". A tribulação aqui mencionada- é uma referência ao "tempo de angústia,
qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo", citado por Daniel na
profecia do capítulo 12:1. É o mesmo tempo das sete últimas pragas, época em que
estará vivendo o grupo cento e quarenta e quatro mil. 2. "Jamais terão fome, nunca mais
terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum."
Se nunca mais terão fome, sede e não sofrerão o calor solar, isso significa que passarão
por essas calamidades que marcarão um período terrível. 3. "Vencedores da besta, da
sua imagem e do número do seu nome, ... e entoavam o cântico de Moisés, servo de
Deus, e o cântico do Cordeiro..." Apoc. 15:2 e 3. Comentando esse texto, escreveu Ellen
G. White: "No mar cristalino diante do trono, naquele mar como que de vidro misturado
com fogo — tão resplendente é ele pela glória de Deus — está reunida a multidão dos
que 'saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu
nome'. Apoc. 15:2. Com o Cordeiro, sobre o monte Sião, 'tendo harpas de Deus', estão
os cento e quarenta e quatro mil que foram remidos dentre os homens; e ouve-se como o
8. som de muitas águas, e de grande trovão, 'uma voz de harpistas, que tocavam com as
suas harpas'. E cantavam um 'cântico novo diante do trono' — cântico que ninguém
podia aprender senão os cento e quarenta e quatro mil. E o hino de Moisés e do
Cordeiro — hino de livramento. Ninguém, a não ser os cento e quarenta e quatro mil,
pode aprender aquele canto, pois é o de sua experiência — e nunca ninguém teve
experiência semelhante. 'Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai'.
'Estes, tendo sido trasladados da Terra, dentre os vivos, são tidos como as primícias para
Deus e para o Cordeiro.' Apoc. 14:1-5; 15:3. 'Estes são os que vieram de grande
tribulação' (Apoc. 7:14); passaram pelo tempo de angústia tal como nunca houve desde
que houve nação; suportaram a aflição do tempo da angústia de Jacó; permaneceram
sem intercessor durante o derramamento final dos juízos de Deus. Mas foram livres,
pois 'lavaram os seus vestidos,, e os branquearam no sangue do Cordeiro'. 'Na sua boca
não se achou engano; porque são irrepreensíveis' diante de Deus. 'Por isso estão diante
do trono de Deus, e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está
assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra.' Apoc. 7:15. Viram a Terra
devastada pela fome e pestilência, o Sol com poder para abrasar os homens com grandes
calores, e eles próprios suportaram o sofrimento, a fome e a sede. Mas, 'nunca mais
terão fome, nunca mais terão sede; nem Sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque
o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as
fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima'. Apoc. 7:16 e
17."'
O trecho transcrito não deixa nenhuma dúvida quanto ao tempo em que estarão vivendo
na Terra os cento e quarenta e quatro mil, ficando claro, tão claro como a luz meridiana,
que estarão vivos após o fechamento da porta da graça. Suportarão, naquele tempo, a
fome, a sede e o calor abrasador do Sol que, na quarta praga há de atingir os homens
(Apoc. 16:8 e 9). Eles enfrentarão antes a ira do dragão, sofrendo os rigores da
imposição do primeiro decreto impingindo as leis dominicais; mas sairão vitoriosos
sobre a besta, sua imagem, seu sinal e o número de seu nome. Atravessarão o tempo de
angústia que se seguirá ao fechamento da porta da graça sem um mediador ou
intercessor. Em conseqüência, cantarão no mar de vidro üm cântico que ninguém, nem
mesmo os anjos, pode aprender, pois é o cântico da libertação, o cântico de sua
experiência, experiência essa jamais vivida por alguém antes deles. Sofrerão fome,
sofrerão sede, sofrerão os rigores dos calores solares, verterão lágrimas, mas agora estão
do outro lado do vale da sombra da morte, com o Cordeiro, livres da fome, da sede, do
calor abrasador, da angústia e das lágrimas.
É evidente que os cento e quarenta e quatro mil são os justos vivos (não ressuscitados)
que estarão em pé por ocasião da vinda de Cristo no fim da sétima praga; foram tirados
"dentre os vivos", o que é bem diferente de serem tirados dentre os mortos. Há aqueles
que sustentam a tese de que haverá uma multidão de santos vivos por ocasião da vinda
de Cristo, sendo, porém, os cento e quarenta e quatro mil, um grupo especial tirado
dentre eles e que passaram por uma experiência especial, diferente da experiência dos
demais. Com base no que há revelado no Espírito de Profecia e na própria Bíblia, todos
os que entrarem no período de angústia após o fechamento da porta da graça, viverão a
mesma e idêntica experiência. É verdade que muitos estarão encarcerados, outros,
refugiados nas montanhas e nas cavernas, cercados pelos irados inimigos, mas, em
essência, a experiência da fome, sede, calores, angústias e outros sofrimentos será a
mesma. Todos foram proscritos, cifrados de rebeldes, culpados pelas calamidades das
pragas que assolam a Terra, e em virtude disso, condenados à morte.
9. Faremos a seguir, uma citação da pena inspirada que se nos afigura profundamente
esclarecedora: "Logo ouvimos a voz de Deus semelhante a muitas águas, a qual nos
anunciou o dia e a hora da vinda de Jesus. Os santos vivos, em número de 144.000,
reconheceram e entenderam a voz, ao passo que os ímpios julgaram fosse um trovão, ou
terremoto... Os 144.000 estavam todos selados e perfeitamente unidos. Em sua testa
estava escrito: 'Deus, Nova Jerusalém', e tinham uma estrela gloriosa que continha o
novo nome de, Jesus... Então a trombeta de prata de Jesus soou, ao descer Ele sobre a
nuvem, envolto em labaredas de fogo. Olhou para as Sepulturas dos santos que
dormiam, ergueu então os olhos e mãos aos céus, e exclamou: — 'Despertai! despertai!
despertai, vós que dormis no pó, e levantai-vos!' Houve um forte terremoto. As
sepulturas se abriram, e os mortos saíram revestidos de imortalidade. Os 144.000
clamaram — 'Aleluia!', quando reconheceram os amigos que deles tinham sido
separados pela morte..."2
Dois Grupos Distintos
Na citação acima, estão bem caracterizados dois grupos de salvos distintamente
destacados. 1. Santos vivos. 2. Santos ressuscitados. De maneira idêntica, o apóstolo
Paulo assim os viu: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os
vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que
dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do
arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro. Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim
estaremos para sempre com o Senhor." I Tess. 4:15-17. Em outro testemunho a senhora
White confirma acreditar que os cento e quarenta e quatro mil são os assinalados no
curto período precedente ao fechamento da porta da graça. "Não há nisto nada que não
sustentemos ainda. Referências a nossas obras publicadas mostrarão nossa crença de
que os vivos justos receberão o selo de Deus antes do fim da graça; também que eles
fruirão honras especiais no reino de Deus."3 Os 144.000 hão de fruir honras especiais.
Diante das declarações de Ellen G. White, destacando o tempo do assinalamento dos
cento e quarenta e quatro mil, temos que concluir dizendo: os cento e quarenta e quatro
mil são aqueles que estarão em pé por época da segunda vinda de Jesus; aqueles, pois,
que não provarão a morte e que, ao fechar-se a porta da graça, estarão assinalados pela
verdade, neles grafada pelo poder do Espírito, atravessando o tempo de angústia sem
um intercessor. Essa foi a posição de pioneiros contemporâneos de Ellen G. White.
Entre eles citaremos Uriah Smith: "Embora seja verdade, até certo ponto para todos os
cristãos, que 'por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus', isso é
verdade, de um modo muito particular, relativamente aos 144.000. Eles passam através
do grande tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação (Dan. 12:1).
Experimentam a ânsia mental do tempo de angústia de Jacó (Jer. 30:4-7) Estão sem
mediador através das terríveis cenas das sete últimas pragas — dessas manifestações da
não-misturada ira de Deus na Terra. Apocalipse, capítulos 15 e 16. Passam através do
mais duro tempo de angústia que jamais o mundo conheceu, se bem que sejam
libertados."4 "... Uma redenção dentre os homens, dentre os vivos, deve significar uma
coisa diferente, e só pode significar uma coisa — a trasladação. Por isso os 144.000 são
os santos vivos, que serão trasladados por altura da segunda vinda de Cristo."5
Seguramente surgirá a pergunta: Estarão vivos por ocasião da vinda de Cristo apenas
144.000 pessoas assinaladas para o reino de Deus? Há muita especulação em torno do
10. número dos assinalados. Não é de nenhuma importância espiritual saber se são somente
144.000, e por que só 144.000, se é real ou simbólico esse número, etc. Não importa em
nada se é real ou simbólico! É possível que seja simbólico, uma vez que o capítulo sete
de Apocalipse é profundamente simbólico. As doze tribos ali apresentadas são apenas
simbólicas, podendo ocorrer que o número 144.000 destacado dentre elas seja um
número simbólico. O importante é que os assinalados foram identificados por um
número não importando se esse número se refere a um grupo maior ou menor. O que
importa verdadeiramente são as qualidades de caráter que os habilitaram para o reino de
Deus. Nos dias de Ellen G. White havia muita discussão sobre o grupo dos 144.000,
havendo três correntes de.pensamentos divergentes. Muito tempo se gastava em
polêmicas infrutíferas. Para corrigir essa perda de tempo, escreveu a Sra. Ellen G.
White: "Não é Sua vontade que entrem em discussão sobre questões que.não os
ajudarão espiritualmente, como por exemplo essa de querer saber quem fará parte dos
cento e quarenta e quatro mil."6
Conclusão
Com base nesse conselho do Espírito de Profecia, a Igreja Adventista tem adotado uma
posição, aliás, muito correta: não se preocupar com a questão — Quem são os cento e
quarenta e quatro mil?
Mas, preocupar-se em saber o que eles são, isto é, preocupar-se em saber quais as
qualidades de caráter, as virtudes que os marcaram, transformando-os em um grupo
especial, distinto da multidão de salvos de todos os tempos, e que acompanharão o
Cordeiro por onde quer que for. Deles é dito que são verdadeiros (Apoc. 14:5). São
verdadeiros porque amaram a verdade e nela se firmaram de tal maneira que se
tornaram inabaláveis mesmo sob os horrores das provações quase ao ponto do
desfalecimento. Permanecerão irrepreensíveis diante de Deus. Essas virtudes de caráter,
todavia, não lhes foram dadas num passe de mágica. Todo e qualquer poder
transformador emana da cruz do Calvário! Os cento e quarenta e quatro mil, bem como
todos quantos hão de alcançar o Céu, fizeram da graça remidora de Cristo — justiça
pela fé, sua única fortaleza. Transformados pelo poder remidor que emana da cruz,
desconfiando constantemente do eu e confiando no Salvador, eles tornaram-se
vencedores. Estudaram, entenderam e, mediante o assessoramento do Espírito Santo,
viveram de maneira prática a fé que abraçaram. O fato de em sua boca não se encontrar
engano, e ser irrepreensíveis diante de Deus, não significa que nunca erraram. Erraram,
sim! Mas mediante o poder da graça de Cristo, eles venceram todos os defeitos de
caráter.
É com essas qualidades de caráter dos cento e quarenta e quatro mil que devemos
preocupar-nos, buscando, mediante a fé, os poderes que vêm através da justiça de Cristo
imputada e comunicada, a fim de corrigirmos os defeitos de caráter. Somente assim
haveremos de nos tornar vitoriosos sobre a besta, seu nome e seu número, se nos for
dada a oportunidade de enfrentarmos os terríveis dias preditos na profecia, pelos quais
hão de passar os cento e quarenta e quatro mil.
Ao ler essas linhas, embora tenhamos afirmado ser os cento e quarenta e quatro mil os
justos vivos, ou aqueles que hão de encontrar-se com o Senhor sem haverem passado
pela morte, não se preocupe demais com esse aspecto. Não se demore em saber quem
são eles, mas demore-se, e demore-se com meditação profunda, em saber o que eles são.
Lance mão dos poderes que emanam da cruz para o aperfeiçoamento de seu caráter até à
semelhança do caráter de Cristo, fator esse que há de torná-lo vitorioso, candidato ao
11. reino dos Céus. Se permanecermos fiéis aos princípios da verdade, batalhando as
batalhas do Senhor, logo, muito logo, estaremos do outro lado do vale da sombra da
morte, onde haveremos de trocar nossa cruz de espinhos por uma coroa de glória.
"Sobre eles está a marca indelével de Deus. Deus pode alegar que o Seu próprio nome
ali está escrito. Deus os circunda. Seu destino está escrito: 'DEUS, NOVA
JERUSALÉM.' São a propriedade de Deus, a Sua possessão. Será este selo colocado
sobre o que tem a mente impura, o profano, o adúltero, o homem que cobiça a mulher
do próximo? Responda vossa alma à pergunta: Corresponde meu caráter às
qualificações essenciais para que eu possa receber um passaporte para as mansões que
Cristo preparou para os que para elas estão habilitados? A santidade deve estar gravada
em nosso caráter."7 Lave as vestimentas de seu caráter no sangue do Cordeiro e você
será, em conseqüência, um súdito do Seu reino!
Referências:
1. S.D.A. Bible Commetuary, vol. 7, pág. 782.
2. E. G. White — Manuscrito 173-1902.
3. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 2. págs. 70 e 71.
4. E. G. White — Primeiros Escritos, pág. 58.
5. Idem, pág. 271.
6. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 68.
7. Idem, pág. 69.
8. Ibidem.
9. E. G. White — Parábolas de Jesus, pág. 158.
10. Idem, pág. 311.
11. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1. pág. 478.
12. Idem, pág. 131.
13. E. G. White — O Conflito dos Séculos, págs. 616, 617.
14. E. G. White — Primeiros Escritos, págs. 85. 86.
15. Idem. págs. 50, 270. 271.
16. Idem, pág. 48.
17. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 131 • (grifo acrescentado)
18. E. G. White — Primeiros Escritos, págs. 36 e 37.
19. E. G. White — Testemunhos Seletos, vol. 1 págs. 131. 132.
12. Referências:
1. E. G. White — O Grande Conflito, págs. 653 e 654.
2. E. G. White — Vida e Ensinos, págs. 58 e 59.
3. E. G. White — Mensagens Escolhidas, vol I. pág. 66.
4. Uriah Smith — 45 Profecias do Apocalipse, pág. 120.
5. Idem, pág. 260.
6. E. G. White — Manuscrito 26, 1901.
7. E. G. White — Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, pág. 446.